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NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 1

EXTENSIVO PRÉ-IFMG/COLUNI
2022

MATEMÁTICA
Jéssica Abreu
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 2

Prezado aluno,

É com muita satisfação que lhe apresento o nosso material de estudos


de MATEMÁTICA. Durante este curso extensivo preparatório para a prova
do IFMG E COLUNI 2022, trabalharemos com a apostila e as atividades
propostas no caderno de questões e material complementar que será
entregue em sala de aula (conforme conteúdo estudado).
Pensando no prazo e nas exigências do edital, seguem algumas dicas
importantes para nos organizarmos em nossa jornada de estudos
orientados:

DESENVOLVA, NÃO PESQUISE RESPOSTAS! Procure


desenvolver as atividades propostas sem recorrer a gabaritos
prontos da internet. O desenvolvimento tornará o processo de
aprendizagem mais consistente e produtivo.
FOQUE NOS ESTUDOS, EVITE DISTRAÇÕES! As atividades
propostas exigem concentração, evite interrompê-las de forma
desnecessária.
ANOTE AS DICAS DO PROFESSOR! Além desta apostila e do
material complementar, anote as dicas que o professor dispor no
quadro.
DEDIQUE-SE A LEITURA! Para interpretar corretamente,
antes de qualquer coisa o aluno precisa ser um bom leitor. Neste
período, dedique-se a leitura de jornais, revistas, livros, etc.

Seja bem-vindo ao nosso núcleo de capacitação!

Bons estudos! Jéssica Abreu


NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 3

UNIDADE 01

Teoria dos Conjuntos

 CONJUNTO
É uma coleção ou grupo de objetos ou símbolos que são chamamos de elementos, compondo o conjunto.
Geralmente, os conjuntos são nomeados utilizando uma letra maiúscula do alfabeto, e os seus elementos,
utilizando letras minúsculas.

 REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO
 Listagem dos Elementos
É quando todos os elementos do conjunto são apresentados numa lista, envolvidos por um par de chaves
e separados por vírgula ou por ponto e vírgula.

 Propriedade Comum dos Elementos


Quando, pela quantidade, não for conveniente escrever todos os elementos que formam o conjunto,
podemos descrevê-los por uma propriedade ou característica comum a eles.

 Diagrama de Venn – Euler


É quando representamos o conjunto por um recinto plano limitado por uma curva fechada.

 RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA E INCLUSÃO


 Relação de Pertinência
Indica se um determinado elemento pertence ou não a um determinado conjunto.
Quando fazemos uso da relação de pertinência estamos, necessariamente, relacionando um elemento a
um conjunto.
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 Relação de Inclusão
Indica se um determinado conjunto está contido ou não em um outro conjunto, assim como, se um
conjunto contém ou não um outro conjunto.
Se todos os elementos de um conjunto pertencem a outro, então o primeiro conjunto está contido no
segundo e, consequentemente, o segundo conjunto contém o primeiro. No entanto, basta um único
elemento do primeiro conjunto não pertencer ao segundo para que o primeiro conjunto não esteja contido
no segundo.
Quando fazemos uso da relação de inclusão estamos, necessariamente, relacionando um conjunto a outro
conjunto.

 CONJUNTO ESPECIAIS
 Conjunto Universo
É o conjunto que contém todos os elementos dos conjuntos que estamos representando.
Esse conjunto, normalmente, é representado pela letra maiúscula U.

 Conjunto Unitário
É o conjunto que possui apenas um elemento.

 Conjunto Vazio
É o conjunto que não possui elementos.
Não é correto representar {ø} pois, essa expressão indica um conjunto com um elemento, logo não é um
conjunto vazio e sim um conjunto unitário.
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 Conjuntos Iguais
Dois ou mais conjuntos são iguais quando apresentam os mesmos elementos, independentemente da
ordem como são apresentados ou da quantidade de vezes que um mesmo elemento se repete.

 Subconjunto
Um subconjunto de A é qualquer outro conjunto em que todos os seus elementos também pertencem a A.
Assim, se um conjunto B está contido no conjunto A, dizemos que B é um subconjunto de A.

 Conjunto das Partes


É o conjunto de todos os subconjuntos de A, denotado por P(A).
E o número de subconjuntos de A é dado por 2 n, onde n é o número de elementos do conjunto A.
Lembrando que dentre os subconjuntos de um dado conjunto, estão o conjunto vazio e o próprio conjunto.

 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS


 União
A união de dois conjuntos A e B, (A U B) é o conjunto de todos os elementos que pertencem a A ou B,
sem repetir os elementos comuns.
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O número de elementos da união de dois conjuntos pode ser escrito pela seguinte equação.

 Interseção
A interseção de dois conjuntos A e B, (A ∩ B) é o conjunto formado pelos elementos comuns a esses
conjuntos, ou seja, que pertencem, simultaneamente, aos conjuntos A e B.

 Diferença
A diferença entre dois conjuntos A e B, (A – B), nessa ordem, é o conjunto formado pelos elementos que
pertencem a A e não pertencem a B.

 Complementar
O complementar do conjunto B em relação ao A, (CAB ou B ̅), é formado pelos elementos de A que não
pertencem a B, ou seja, é o mesmo que a diferença do conjunto A – B.
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UNIDADE 02

Conjuntos Numéricos e Operações


 CONJUNTOS NUMÉRICOS
Os Conjuntos Numéricos são formados pelo agrupamento de números que possuem características
semelhantes entre si, sendo dado pelos números Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
 Conjunto dos Números Naturais
Conjunto dos números inteiros e positivos.

 Conjunto dos Números Inteiros


Conjunto dos números inteiros positivos e os negativos.

 Conjunto dos Números Racionais


Conjunto dos números que podem ser escritos sob a forma fracionária (números inteiros, decimais finitos,
dízimas periódicas), ou seja, são expressos por “a/b” (numerador/denominador), no qual b ≠ 0.

 Conjunto dos Números Irracionais


Conjunto dos números que não podem ser escritos sob a forma fracionária, ou seja, a representação
decimal infinito e não periódico.
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 Conjunto dos Números Reais


O conjunto dos números Reais é a união do conjunto dos números Racionais com o conjunto dos números
Irracionais.
Outra definição importante é que, o conjunto dos números Irracionais é complementar ao conjunto dos
números Racionais dentro do universo dos números Reais.

 Conjunto dos Números Complexos


Conjunto de números no qual o radicando “a” é negativo, e o índice da raiz “n” é par, logo o radical n√−a,
não representa um elemento do conjunto dos Reais e, assim, passa a pertencer ao conjunto denominado
de números Complexos. Esse caso pode ocorrer, por exemplo, em equações do 2º grau onde o Δ < 0, não
apresentando, assim, raízes reais.

 Relação entre os Conjuntos Numéricos


I) O conjunto dos números Naturais é subconjunto do conjunto dos números Inteiros;
II) O conjunto dos números Inteiros é subconjunto do conjunto dos números Racionais;
III) O conjunto dos números Racionais é subconjunto do conjunto dos números Reais;
IV) O conjunto dos números Irracionais é subconjunto do conjunto dos números Reais;
V) O conjunto dos números Racionais e o conjunto dos números Irracionais não possuem nenhum
elemento em comum;
VI) O conjunto dos números Reais é subconjunto do conjunto dos números Complexos.
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 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS


 Divisão Euclidiana
A divisão do número dividendo “D” por um divisor “d”, sendo “d” ≠ 0, significa encontrar um quociente “q” e
um resto “r”, sendo 0 ≤ r < d.

 Múltiplos e Divisores
Sejam dois números Naturais “a” e “b”, em que “b” ≠ 0, o número “a” será múltiplo de “b” quando
multiplicamos por esse, um número Natural “m”.

Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando esse número por cada um dos sucessivos números
Naturais. Logo, o conjunto dos múltiplos de um número é um subconjunto infinito do conjunto dos números
Naturais.

Os divisores de um número são obtidos dividindo esse número pelos números Naturais que resultarão em
uma divisão exata, isto é, com resto igual a zero. Logo, o conjuntos dos divisores de um número é um
subconjunto finito do conjunto dos números Naturais, sendo o último elemento, ele mesmo.

 Critério de Divisibilidade
São critérios que permitem verificar se um número é divisível por outro sem precisar efetuar grandes
operações.
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 Números Primos e Números Compostos


Números Primos são os números Naturais que têm apenas dois divisores diferentes: o número 1 e ele
mesmo.
O 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
O 2 é o único número primo que é par.

Já os Números Compostos são os números Naturais que têm mais de dois divisores: além do número 1 e
dele mesmo.
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Para verificar se um número é primo, divide-se esse número pelos números primos 2, 3, 5, 7, 11, até que
se tenha:
I) Ou uma divisão com resto zero. E neste caso, o número não é primo;
II) Ou uma divisão com quociente menor que o divisor e o resto diferente de zero. E neste caso, o
número é primo.

 Decomposição em Fatores Primos


A Decomposição em Fatores Primos ou Fatoração é o processo em que todo número Natural, maior que
1, pode ser escrito na forma de uma multiplicação em que todos os seus fatores são números primos.

 Determinação da Quantidade e dos Divisores de um Número


Para a determinação da quantidade de divisores de um número, efetua-se o seguinte procedimento:
I) Decompor o número em fatores primos.
II) Tomar os expoentes de cada fator primo e somar 1 a cada um deles.
III) Multiplicar os resultados anteriores, sendo o produto, a quantidade de divisores positivos do número.
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Para a determinação de todos os divisores de um número, efetua-se o seguinte procedimento:


I) Decompor o número em fatores primos.
II) Traçar uma linha vertical e colocar o número 1 no topo, que é o divisor para qualquer número.
III) Multiplicar, sucessivamente, cada fator primo da coluna pelos divisores já obtidos e escrever esses
produtos ao lado de cada fator primo.
IV) Representar todos os divisores, aqueles já obtidos não precisam ser repetidos.

 Máximo Divisor Comum (M.D.C.)


O Máximo Divisor Comum de dois ou mais números Naturais é o maior número que é divisor de todos
esses ao mesmo tempo.
Se o número 1 é o único divisor comum entre dois números Naturais, então eles são denominados primos
entre si.
Se um número natural “n” é divisível por dois números Naturais “a” e “b” primos entre si, então “n” é
também divisível pelo produto de “a.b”.
O cálculo do M.D.C. para números grandes pode ser facilitado através da decomposição em fatores
primos, efetuando o seguinte procedimento:
I) Decompor os números em fatores primos.
II) Tomar os fatores primos comuns com seus menores expoentes.
III) Efetuar o produto desses fatores.
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 Mínimo Múltiplo Comum (M.M.C.)


O Mínimo Múltiplo Comum de dois ou mais números Naturais é o menor número, diferente de zero, que é
múltiplo de todos esses ao mesmo tempo.
O cálculo do M.M.C. para números grandes pode ser facilitado através da decomposição em fatores
primos, efetuando o seguinte procedimento:
I) Decompor os números em fatores primos.
II) Tomar todos os fatores primos comuns e não comuns com seus maiores expoentes.
III) Efetuar o produto desses fatores.

 OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS


 Números Opostos e o Módulo
Os números Inteiros são formados pelos números Naturais e seus opostos (com sinal negativo), isto é,
aqueles que são simétricos, estando, assim, a uma mesma distância do ponto de origem (o zero)
representado na reta numérica.
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Essa distância é denominada de módulo ou valor absoluto, no entanto, não existindo valores de distâncias
negativas, o módulo sempre será representado como um número positivo.

O conjunto de números Inteiros é infinito nos dois sentidos da reta numérica, devendo ser observado que,
um número que esteja à direita sempre será maior do que um número que esteja à sua esquerda.

 Adição e Subtração
Na adição ou subtração de números Inteiros, utiliza-se o seguinte procedimento:
I) Sinais iguais na soma ou na subtração: adicione os números e conserve o sinal.
II) Sinais diferentes na soma ou na subtração: conserve o sinal do número de maior módulo e subtraia.

 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação ou divisão de números Inteiros, utiliza-se o seguinte procedimento:
I) Sinais iguais na multiplicação ou na divisão: o resultado terá sinal positivo.
II) Sinais diferentes na multiplicação ou na divisão: o resultado terá sinal negativo.
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No caso do número zero na divisão, deve-se observar:


I) Quando o dividendo é zero e o divisor é um número diferente de zero, o quociente é igual a zero.
II) Quando o dividendo é um número diferente de zero e o divisor é zero, a divisão não pode ser realizada
no conjunto dos números reais.

 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS (FRACIONÁRIOS)


 Frações
As Frações representam a divisão de partes iguais, sendo que cada uma delas é uma fração do inteiro.
Desse modo, o numerador indica quantas partes do inteiro são tomadas e o denominador indica em
quantas partes estamos dividimos o inteiro, sabendo que este número inteiro deve sempre ser diferente de
zero.

 Frações Impróprias e Frações Mistas


As Frações Impróprias são aquelas cujo o numerador é maior ou igual ao denominador, assim,
diferentemente da ideia original de fração, elas não representam uma parte do inteiro.
Portanto, uma Fração Mista, constituída por uma parte inteira e uma fracionária, pode ser escrita sob a
forma de uma Fração Imprópria.
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 Frações Equivalentes e Simplificações de Frações


Frações Equivalentes são frações que representam a mesma parte do todo pois, quando multiplicamos o
numerador e o denominador de uma fração por um mesmo número Natural, diferente de zero, obtemos
uma fração equivalente a ela.

O processo em que dividimos o numerador e o denominador de uma fração por um mesmo número
Natural, diferente de zero, também pode ser utilizado para encontrar frações equivalentes e, nesse caso,
dizemos que a fração foi simplificada.

 Adição e Subtração
Na adição ou subtração de números fracionários, utiliza-se o seguinte procedimento:
I) Quando os denominadores são iguais: soma ou subtraía os numeradores e conserve o denominador.

II) Quando os denominadores são diferentes: obtenha as frações equivalentes, com o mesmo
denominador. Utilizando o M.M.C., divida-o pelo denominador e o resultado multiplique pelo numerador de
cada fração, obtendo o novo numerador. Em seguida, soma ou subtraía os numeradores e conserve o
novo denominador.
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 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação de números fracionários, utiliza-se o seguinte procedimento:
I) Deve-se multiplicar numerador por numerador e, denominador por denominador, levando em
consideração o quadro de sinais.

Na divisão de números fracionários, utiliza-se o seguinte procedimento:


I) Deve-se conservar a primeira fração e multiplicar pela segunda fração invertida.

 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS (DECIMAIS)


 Representação Decimal
Os números decimais exatos ou periódicos fazem parte do conjunto dos números Racionais.
A representação dos números decimais é feita pela união da parte inteira do número (expressa antes da
vírgula) e a quantidade de casas decimais (depois da vírgula) que corresponde a parte fracionária: décimo,
centésimo, milésimo, décimo de milésimo, centésimo de milésimo, milionésimo e assim por diante. Desse
modo, todos os números com casas decimais finitas são iguais a uma fração cujo denominador é uma
potência de 10.

 Números Decimais Periódicos


Os Números Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas são aqueles em que há repetição periódica e
infinita de um ou mais algarismos, denominado de período.
Esses números podem ser escritos na forma de fração, pertencendo, assim, ao conjunto dos números
Racionais. Por outro lado, quando o número é decimal infinito, mas não apresenta algarismos que se
repetem, ou seja, não possui um período, ele não será um dízima periódica e sim um número Irracional.
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 Fração Geratriz
A Fração Geratriz é a fração que gerou uma dízima periódica quando dividimos o numerador pelo
denominador. Podendo ser tratada como dízima simples ou composta.
As dízimas são chamadas de simples quando apresentam a parte inteira e após a vírgula há apenas
algarismos que se repetem, sendo efetuado o seguinte procedimento:
I) Coloca-se o período no numerador da fração e, para o denominador, tantos algarismos 9 quantos forem
os algarismos do período.

Já as dízimas periódicas compostas possuem a parte inteira e depois da vírgula há algarismos que não se
repetem, seguido de algarismos que se repetem, sendo efetuado o seguinte procedimento:
I) No numerador, realiza-se a subtração do número formado pelos algarismos da parte inteira, os
algarismos que não se repetem e o período (sem a vírgula) pelo número formado pela parte inteira e parte
que não se repete, também sem a vírgula. Para o denominador, utiliza-se tantos 9 quantos forem os
algarismos do período seguidos de tantos 0 quantos forem os algarismos da parte não periódica
(antiperíodo).
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 Adição e Subtração
A adição ou subtração de números decimais é definida de maneira semelhante à operação com números
inteiros, utilizando o seguinte procedimento:
I) Deve-se operar parte inteira com parte inteira, décimos com décimos, centésimos com centésimos, e
assim sucessivamente, isto é, alinhar os números segundo a vírgula e as casas decimais.

 Multiplicação e Divisão
A multiplicação de números decimais é definida de maneira semelhante à operação com números Inteiros,
utilizando o seguinte procedimento:
I) Após a operação de multiplicação, deve-se posicionar a vírgula no resultado, a partir dos algarismos da
direita, separando a parte inteira da decimal, de acordo com a quantidade de casas decimais totais dos
fatores.

Na divisão de números decimais, utiliza-se o seguinte procedimento:


I) Deve-se deslocar a vírgula do dividendo e do divisor a mesma quantidade de casas decimais,
multiplicando por potência de 10 até que a vírgula não esteja mais presente. E, quando o dividendo for um
número menor que o divisor, acrescenta-se um 0 antes de vírgula no quociente.

 OPERAÇÕES COM NÚMEROS IRRACIONAIS


 Origem dos números Irracionais
O surgimentos dos números Irracionais está relacionado com os estudos de Pitágoras sobre a Geometria,
no qual a medida da diagonal de um quadrado de lado igual a 1, mede √2.
Essa raiz, assim como os demais números Irracionais, possuem uma característica particular quando
representados na forma decimal pois, diferentemente dos números Racionais, eles são números decimais
infinitos e não periódicos. Em outras palavras, são aqueles números que possuem infinitas casas decimais
e em nenhuma delas obtêm-se um período de repetição, não podendo ser representados por meio de
frações irredutíveis.
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 Adição e Subtração
Na adição de números Irracionais, tem-se o seguinte procedimento:
I) Se temos a adição de “x + y”, em que ao menos uma das variáveis é Irracional, isso resultará em um
número Irracional (exceto se x = -y).

E, na subtração de números Irracionais, tem-se o seguinte procedimento:


I) Se temos a subtração de “x – y”, em que ao menos uma das variáveis é Irracional, isso resultará em um
número Irracional (exceto se x = y).

 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação de números Irracionais, tem-se o seguinte procedimento:
I) Se em uma multiplicação um dos fatores for Irracional, o seu produto será, também, Irracional (exceto se
um dos fatores for zero, ou se ocorrer a repetição de uma mesma raiz n vezes, em que n também é o
índice).
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E, na divisão de números Irracionais, tem-se o seguinte procedimento:


I) Se a divisão envolve um número Irracional, isso resultará em outro número Irracional (exceto se o
mesmo número Irracional multiplique n vezes tanto no numerador quanto no denominador, ou se o número
zero estiver presente no numerador).

 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS


 O Conjuntos dos Racionais e Irracionais
Os números Reais formam um conjunto que engloba aos números positivos, negativos, zero, decimais,
fracionários, além das dízimas periódicas e não periódicas, exceto as raízes de índice par de números
negativos (os números Complexos).
Por isso, esse conjunto é considerado o mais completo, formado pela união entre os números Racionais e
Irracionais que contém quase todos os números conhecidos até o Ensino Médio.

 A Reta Real e os Intervalos


A Reta Real é uma representação gráfica dos números Reais, o qual o zero marca a posição de origem,
sendo que os números à direita da origem são positivos e aqueles à esquerda da origem são negativos.
Outro fator importante é que todos os números possuem seu oposto, e cada número corresponde apenas
a um ponto, assim como, cada ponto corresponde apenas a um único número.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 22

Entre dois números quaisquer, existem infinitos números Reais, que podem ser representados por um
intervalo, isto é, um subconjunto da Reta Real delimitado por um intervalo fechado (quando se inclui o
número do extremo) e/ou por intervalo aberto (quando não se inclui os número do extremo).

 Adição e Subtração
Na adição e subtração de números Reais, tem-se o seguinte procedimento:
I) A soma de dois números Reais é um número Real.
II) A diferença entre dois números Reais é um número Real.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 23

 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação e divisão de números Reais, tem-se o seguinte procedimento:
I) O produto entre dois números reais é um número Real.
II) E o quociente entre dois números Reais (com o divisor diferente de zero) também é um número Real.

 Propriedades dos Números Reais


As propriedades dos números Reais decorrem da construção dos conjuntos numéricos e das definições de
cada operação matemática.
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UNIDADE 03

Potenciação, Radiciação e as Expressões


Numéricas
 POTENCIAÇÃO
A Potenciação é a operação que tem como finalidade fazer uma multiplicação de fatores iguais. O número
que se repete como fator é denominado base, o número de vezes que a base se repete é denominado
expoente e o resultado é denominado potência.

Para efetuar a potenciação, deve-se levar em consideração as seguintes análises:


I) Quando a base é positiva, o resultado da potência é sempre positivo.
II) Quando a base é negativa e o expoente é par, o resultado é positivo.
III) Quando a base é negativa e o expoente é ímpar, o resultado é negativo.

 Propriedades da Potenciação
Nas operações com potenciação, considerando “a” e “b” números reais, e “m” e “n” números Naturais,
temos as seguintes propriedades para simplificação dos cálculos.
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 Potência de 10
A potência de 10 é utilizada para abreviar múltiplos (ou submúltiplos) de dez.

 Notação Científica
A Notação Científica, frequentemente empregada na resolução de problemas de Física e Química, é
utilizada para expressar números Reais muito pequenos ou muito grandes, por meio do uso de
uma potência de base dez.
Para a transformação de um número em notação científica, utiliza-se o seguinte procedimento:
I) Escreva o número na forma decimal com apenas um algarismo diferente de 0 na frente da vírgula.
II) Coloque no expoente da potência de 10 o número de casas decimais que tivemos que deslocar a
vírgula.
III) Escreva o produto do número pela potência de 10 encontrada.

 Operações com Potência na Base 10


Na adição ou subtração de números com potências, tem-se o seguinte procedimento:
I) Representar os números com a potência de dez de mesmo expoente;
II) Realizar a adição (ou subtração) dos valores e conservar a potência encontrada.

Na multiplicação ou divisão de números com potências, tem-se o seguinte procedimento:


I) Efetuar a multiplicação ou divisão entre os números que antecedem a potência.
II) E, multiplicar pela potência de 10, conservando-se a base e somando os expoentes (no caso da
multiplicação) ou subtraindo os expoentes (no caso da divisão).
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 RADICIAÇÃO
A Radiciação é a operação inversa da Potenciação onde, no radical temos o índice e o radicando, sendo o
resultado dado pela raiz enésima aritmética do radicando.

Para efetuar a radiciação, deve-se levar em consideração as seguintes análises:


I) Quando o índice for par e o radicando positivo, a raiz é Real e positiva.
II) Quando o índice for par e o radicando negativo, não existe raiz no conjunto dos números Reais.
III) Quando o índice for ímpar e o radicando positivo, a raiz é Real e positiva.
IV) Quando o índice for ímpar e o radicando negativo, a raiz é Real e negativa.

 Propriedades da Radiciação
Nas operações com radiciação, considerando “a” e “b” números Reais positivos, e “m”, “n” e “p” números
Naturais, temos as seguintes propriedades para simplificação dos cálculos.

 Adição e Subtração
Na adição e subtração com radicais, temos o seguinte procedimento:
I) Se os radicais são semelhantes, podemos reduzi-los a um único radical somando-se os fatores externos
desses radicais.
II) Se os radicais são semelhantes após a simplificação, podemos reduzi-los a um único radical somando-
se os fatores externos desses radicais.
III) Se os radicais não são semelhantes, podemos extrair as raízes e efetuar as operações.
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 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação e divisão com radicais, temos o seguinte procedimento:
I) Se os radicais têm raízes exatas, podemos extrair as raízes e efetuar as operações.
II) Se os radicais têm o mesmo índice, conservamos o índice e multiplicamos ou dividimos os radicandos,
simplificando sempre que possível o resultado obtido.
III) Se os radicais não têm o mesmo índice, utilizamos a propriedade para multiplicar um fator ao índice e
transformá-lo. E, com isso, conservamos o novo índice comum e multiplicamos ou dividimos os
radicandos, simplificando sempre que possível o resultado obtido.

 Racionalização de Denominadores
Racionalizar uma fração significa reescrevê-la eliminando do denominador os radicais. Dessa forma, uma
fração cujo denominador é um número Irracional, será representada através de uma fração equivalente
com denominador racional. E, para isso, devemos multiplicar ambos os termos da fração por um número
conveniente para a simplificação.
Na Racionalização de denominadores, temos o seguinte procedimento:
n
I) Quando o denominador é um radical √ap de índice 2, multiplicamos o numerador e o denominador pelo
n p
√a , para simplificarmos a fração.
n
II) Quando o denominador é um radical √ap de índice diferente de 2, multiplicamos o numerador e o
n
denominador por √an−p , para simplificarmos a fração.
III) Quando o denominador é uma soma ou subtração com radicais, utilizamos os Produtos Notáveis para
multiplicar o numerador e o denominador e, assim, simplificar a fração.
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 RAÍZES
A raiz de um primeiro número resume-se a procurar por outro número que, multiplicado por ele mesmo
determinada quantidade de vezes, conforme o índice, tenha como resultado o primeiro número dado.

Fonte: 9GAG.com

 Raiz Quadrada
A raiz quadrada de um número “a” é “b”, quando elevamos “b” ao expoente 2, encontrando “a”.
O Quadrado Perfeito é um caso específico em que fatora-se um número e, por meio da Potenciação,
reúne-se os números primos em potências de 2, obtendo uma raiz exata de um número Natural.

 Raiz Cúbica
A raiz cúbica de um número “a” é “b”, quando elevamos “b” ao expoente 3, encontrando “a”.
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 Raiz Exata
Uma raiz é exata quando o seu resultado faz parte do conjunto dos números Racionais, ou seja, podem
ser números inteiros, decimais exatos e dízimas periódicas.

 Raiz Não-Exata
Uma raiz não é exata quando o seu resultado faz parte do conjunto dos números Irracionais, ou seja, são
os números decimais, infinitos e não-periódicos.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 30

 EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Expressões Numéricas são conjuntos de números que sofrem operações matemáticas com uma ordem de
operações preestabelecida.
As operações de matemática que são apresentadas em uma expressão numérica, devem ser resolvidas
na seguinte ordem de prioridade:
I) Potenciação e Radiciação:
Inicialmente, devem ser resolvidas as potências e as raízes, conforme a ordem de qual aparece primeiro
na expressão, não havendo assim, prioridade entre elas.
II) Multiplicação e Divisão:
Em seguida, devem ser resolvidas as multiplicações e divisões, conforme a ordem de qual aparece
primeiro na expressão, não havendo assim, prioridade entre elas.
III) Adição e Subtração:
Por último, devem ser resolvidas as adições e subtrações, conforme a ordem de qual aparece primeiro na
expressão, não havendo assim, prioridade entre elas.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 31

Quando for necessário alterar a prioridade das operações, serão utilizados parênteses ( ), colchetes [ ]
e/ou chaves { } para separar as partes da expressão, de acordo com a seguinte ordem:
I) Parênteses:
Inicialmente, as operações dentro de parênteses devem ser realizadas de acordo com
a ordem das operações dada anteriormente.
II) Colchetes:
Em seguida, as operações dentro de colchetes devem ser realizadas de acordo com
a ordem das operações.
III) Chaves:
Por último, as operações dentro de chaves devem ser realizadas de acordo com a ordem das operações.

 Quadro de Operações nos Conjuntos Numéricos


NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 32
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 33

UNIDADE 04
Expressões Algébricas, Produtos Notáveis
e Fatoração
 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
As Expressões Algébricas são formadas pela parte numérica (denominados de coeficientes), pela parte
literal (representados por letras e denominados de incógnitas ou variáveis) e as operações matemáticas.
Essas operações seguem a mesma prioridade de resolução utilizada nas Expressões Numéricas, dessa
maneira, aquelas dentro de parênteses têm prioridade sobre as outras, assim
como multiplicações e divisões têm prioridade sobre adições e subtrações.

 Monômio
Os Monômios são Expressões Algébricas compostas apenas pela multiplicação entre uma parte numérica
e uma parte literal.

 Polinômio
Os Polinômios são Expressões Algébricas compostas pela adição ou subtração de Monômios, sendo que
cada um desses Monômios dentro do Polinômio é chamado de termo.
E o Grau de um Polinômio é igual ao maior grau dos Monômios envolvidos, obtido pela soma dos
expoentes da parte literal.

 Raiz de um Polinômio
A raiz de um Polinômio é o valor da variável que anulam o Polinômio e, nesse caso, P(x) = 0 denomina-se
Equação Polinomial ou Equação Algébrica.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 34

 Adição e Subtração
Na adição e subtração com Polinômios, temos o seguinte procedimento:
I) Somamos ou subtraímos os coeficientes dos termos semelhantes e mantemos a parte literal.

 Multiplicação e Divisão
Na multiplicação com Polinômios, temos o seguinte procedimento:
I) Utilizamos a propriedade distributiva, multiplicando o primeiro termo do primeiro polinômio por todos os
termos do segundo, depois o segundo termo do primeiro polinômio por todos os termos do segundo e,
assim, sucessivamente, até que todos os termos do primeiro polinômio tenham sido multiplicados.
II) Para isso, realizamos o produto dos coeficientes numéricos e o produto das partes literais. No caso das
partes literais iguais, usamos a propriedade da potenciação para multiplicação, repetindo a base e
somando os expoentes; e no caso das partes literais diferentes, basta criarmos uma associação entre
elas, até reduzirmos todos os termos semelhantes.

Já na divisão com Polinômios, temos os seguintes procedimentos:


I) Quando operamos um polinômio por um monômio, dividimos os seus coeficientes e na parte literal, usa-
se a propriedade da divisão de potência de mesma base (repete-se a base e subtrai os expoentes).

II) Quando operamos um polinômio por um outro polinômio, procuramos um monômio que, multiplicado
pelo termo de grau mais alto do divisor, seja igual ao termo de grau mais alto do dividendo. Depois, basta
subtrair do dividendo o resultado dessa multiplicação e “descer” o resto para continuar a divisão.

 Potenciação e Radiciação
Na potenciação com Polinômios, temos o seguinte procedimento:
I) Aplicamos o expoente ao coeficiente numérico e à parte literal.
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO “CAMILA VIANA” 35

E na radiciação com Polinômios, temos o seguinte procedimento:


I) Devemos calcular a raiz do coeficiente numérico e da parte literal (dividindo o expoente pelo índice da
raiz).

 PRODUTOS NOTÁVEIS
Os Produtos Notáveis são expressões algébricas utilizadas em muitos cálculos matemáticos, por exemplo,
nas equações de 1º e de 2º grau. Algumas identidades aparecem com muita frequência e, por isso, são
consideradas notáveis, possuindo regras definas que facilitam a determinação dos resultados.

 FATORAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS


A Fatoração de Expressões Algébricas é um processo utilizado na matemática que consiste em
representar uma expressão como produto de fatores, empregando determinadas técnicas que permitem a
sua simplificação.

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