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FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO - PIO XII

NEIDE LAURA DIAS DE SOUSA SANTOS

PUBLICIDADE PROFISSIONAL

CARIACICA
2023
NEIDE LAURA DIAS DE SOUSA SANTOS

PUBLICIDADE PROFISSIONAL

Trabalho submetido à Faculdade Espirito Santo de


Estudos Sociais “PIO XII”, apresentado à disciplina
de Ética.
Professora: Marta Vimercarti.

CARIACICA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................3
2. DA PUBLICIDADE NA ADVOCACIA..............................................................3
2.1. CONDUTAS ADMITIDAS:........................................................................3
2.2. CONDUTAS NÃO ADMITIDAS:...............................................................4
3. CONCLUSÃO:.................................................................................................6
4. REFERÊNCIAS.............................................................................................. 6
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1 INTRODUÇÃO

A humanidade há vários anos discute o conceito de ética e sua importância.


“Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou
filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações
humanas” (livro O que é Ética, editora Brasiliense, Álvaro L. M.Valls). A ética na
advocacia compreende os princípios e padrões que orientam o comportamento do
profissional do direito. A ética é um dos requisitos fundamentais a todos os cidadãos,
inclusive ao advogado.
O advogado que age com ética, traz uma imagem positiva a si, a classe, e
traz consequências positivas para a sociedade.
A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 133,
preceitua que o Advogado é indispensável à administração da justiça. O advogado
que não atua com o devido zelo e ética profissional coloca em risco a liberdade, o
patrimônio e todos os direitos de seu constituinte, podendo ocasionar prejuízos
imensuráveis.
Para nortear o advogado em sua conduta profissional, temos o Estatuto da
Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, lei nº 8.906/94, além do Código
de Ética e Disciplina da OAB, instituído pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil.
O Estatuto da Advocacia determina que o advogado é obrigado a cumprir o
Código de Ética e Disciplina. Este se norteou por princípios que formam a
consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua.

2 DA PUBLICIDADE NA ADVOCACIA
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente
informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar
captação de clientela ou mercantilização da profissão. (Brasil, 2015).

2.1. CONDUTAS ADMITIDAS:

O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais com discrição e


moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em
conjunto com outra atividade.
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Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz
estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço
público;
IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou
a indicação de vínculos entre uns e outras;
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas
de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de
advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas
fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.

O anúncio deve mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição


da OAB. É vedada a denominação de fantasia.
O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do
advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem
qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de “outdoor” ou equivalente.
O uso das expressões “escritório de advocacia” ou “sociedade de advogados” deve
estar acompanhado da indicação de número de registro na OAB ou do nome e do
número de inscrição dos advogados que o integrem.
 O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de
rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou de qualquer outro
meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente
ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou
profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus
colegas de profissão.
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São admitidos como veículos de informação publicitária da advocacia:


 Internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhantes;
 revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de imprensa escrita;
 placa de identificação do escritório;
 papéis de petições, de recados e de cartas, envelopes e pastas.

 Networking O networking em qualquer mercado é fundamental para o bom


desenvolvimento de uma empresa ou um profissional. Na Advocacia, não é diferente.
Existem diversas formas para o desenvolvimento da rede de contatos profissionais de um
profissional da Advocacia. São tantas que não cabem neste manual.

(CITACAO) Segundo Raul Candeloro, network é “uma corrente de conexões que se cruzam em
intervalos regulares, envolvendo contatos e relacionamentos que podem ajudá-lo a alcançar seus
objetivos profissionais. Não é prospectar, nem recrutar, nem vender. É conhecer, se relacionar,
conversar”.

 São meios lícitos de publicidade da advocacia:


a) a utilização de cartões de visita e de apresentação do escritório, contendo,
exclusivamente, informações objetivas;
b) a placa identificativa do escritório, afixada no local onde se encontra instalado;
c) o anúncio do escritório em listas de telefone e análogas;
d) a comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de
identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, assim como
por meio de mala-direta aos colegas e aos clientes cadastrados;
e) a menção da condição de advogado e, se for o caso, do ramo de atuação, em
anuários profissionais, nacionais ou estrangeiros;
f) a divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado ou à sociedade.

2.2. CONDUTAS NÃO ADMITIDAS:


 O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, desenhos,
logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia, sendo
proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos
Advogados do Brasil.
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 São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou forma


de pagamento, termos ou expressões que possam iludir ou confundir o público,
informações de serviços jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente,
captação de causa ou clientes, bem como menção ao tamanho, qualidade e
estrutura da sede profissional.
 Considera-se imoderado o anúncio profissional do advogado mediante
remessa de correspondência a uma coletividade, salvo para comunicar a clientes e
colegas a instalação ou mudança de endereço, a indicação expressa do seu nome e
escritório em partes externas de veículo, ou a inserção de seu nome em anúncio
relativo a outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não.
 O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente,
qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha
exercido, passível de captar clientela.
 Não são admitidos como veículos de publicidade da advocacia:
a) rádio e televisão;
b) painéis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer outros meios de
publicidade em vias públicas;
c) cartas circulares e panfletos distribuídos ao público;
d) oferta de serviços mediante intermediários.
 Não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à
advocacia:
a) menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas sob seu patrocínio;
b) referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, função pública ou relação de
emprego e patrocínio que tenha exercido;
c) emprego de orações ou expressões persuasivas, de auto engrandecimento ou de
comparação;
d) divulgação de valores dos serviços, sua gratuidade ou forma de pagamento; e)
oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer convocação para
postulação de interesses nas vias judiciais ou administrativas;
f) veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade;
g) informações sobre as dimensões, qualidades ou estrutura do escritório; h)
informações errôneas ou enganosas;
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i) promessa de resultados ou indução do resultado com dispensa de pagamento de


honorários;
j) menção a título acadêmico não reconhecido;
k) emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos incompatíveis com a
sobriedade da advocacia;
l) utilização de meios promocionais típicos de atividade mercantil.

3 CONCLUSÃO

O Código mencionado, em seus artigos 39 a 47, estabelece parâmetros no tocante à


publicidade profissional, apresentando os meios de comunicação permitidos e como estes devem ser
utilizados, quais vedações devem ser observadas e cumpridas na elaboração da publicidade, para não
incorrer em atos inflacionários. Alguns dos meios de comunicação permitidos na legislação são:
cartões de visita, material de escritório, participação em entrevistas e programas de rádio,
publicações de anúncios em jornais e revistas etc. Em relação às vedações: não se pode utilizar
outdoor, fazer panfletagem, fazer propaganda na rádio e na televisão, dentre outras.
Cabe ao advogado atuar com extrema vinculação aos preceitos do Código de
Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, Estatuto da Advocacia e da
Ordem dos Advogados do Brasil e o Provimento nº 94/2000 da Ordem dos
Advogados do Brasil, estipula-se que é dever do advogado lutar pela justiça, ser fiel
a verdade, proceder com retidão nas relações profissionais, não fazer acepção de
pessoas por classes sociais, não agir de maneira gananciosa e buscar conhecer os
processos éticos, sempre buscando agir com honradez, a fim de que engrandeça
sua categoria

REFERÊNCIAS

BRASIL. Resolução nº 02/2015. Aprova o Código de Ética e Disciplina da Ordem


dos Advogados do Brasil – OAB. Brasília, DF: Presidente Nacional da OAB, 2020.

Manual do Jovem Advogado/2ª EDIÇÃO/2015;

Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Franca / ISSUE DOI: 10.21207/1983-


4225.2021.1193.

https://www.oabes.org.br/arquivos/manual-ceaic-interativo.pdf- Manual da
Advocacia em Início de Carreira • 2018
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https://www.oabes.org.br/arquivos/eleicoes/sociedade-do-advogado/codigo-
de-etica.pdf

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