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Sumário

O que é Bolsa de Valores 6


O que é Ação 7
Mercado Primário 7
Mercado Secundário 8
Tipos de Ações 8
Ações Ordinárias 8
Ações Preferenciais 9
Como participar do Mercado de Ações 10
Fundos de Investimento em Ações. 11
Clubes de Investimento 11
Corretora de Valores 12
Passo 1: A escolha da Corretora 13
Busque sua Corretora 14
Home Broker o que é ? 15
Como abrir sua conta 15
Um alerta importante 16
Custos 18
Corretagem 18
Imposto de Renda 20
Como calcular o imposto 22
Mitos sobre investimento em Ações 23
É muito complicado? 24
É muito arriscado? 25
Exige muito dinheiro? 26
Por que investir em Ações? 26
Proventos e Direitos 27
Dividendos 27
Juros sobre o Capital Próprio 28
Bonificação 28

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Subscrição 28
Entendendo O Índice Bovespa 29
Ibovespa 29
Qual o significado do Ibovespa para o investidor? 29
Outros Índices 30
Passo 2: Como Investir – O passo a passo 31
1º Passo 31
2º Passo 31
Passo 3: Ferramentas de Análise (O que comprar) 33
As Escolas Fundamentalista e Gráfica 33
Analise Gráfica (ou Analise Técnica) e Analise Fundamentalista 34
Como lucrei 42,85% em um único dia 35
Comentários Finais 39

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Os 3 Passos para Investir em Ações
Pequena, curvada, cabelos completamente brancos, aparência frágil e roupas simples:
aos olhos de seus vizinhos do bairro de Copacabana, dona Marlene Santos parece
apenas mais uma simpática vovó.

Fosse feita uma enquete, provavelmente nenhum deles adivinharia que, aos 82 anos, a
verdadeira vocação que corre em suas veias é outra: a de investidora apaixonada pelo
mercado de ações: "Não tive filhos, sou solteirona e sempre gostei de lidar com
dinheiro. Descobri a bolsa de valores na década de 60 e nunca mais parei".

Dona Marlene é leitora ávida de jornais, revistas e relatórios. Sempre fez questão de
escolher pessoalmente as ações que compõem sua carteira e de desenhar toda sua
estratégia no mercado.

O resultado de tudo isso? Três apartamentos comprados na zona sul carioca e uma
carteira de papéis com um valor de mercado interessante e diversão diária garantida.
"Escuto algumas dicas do pessoal da corretora e de outros investidores, mas sempre
acabo indo pela minha cabeça", conta ela, que administra também o patrimônio da
família. "Ela é a nossa ministra da economia", brinca a irmã e companheira inseparável,
Zildete Fonseca.

Foi graças a bolsa de valores que dona Cléa Silva, 76 anos, professora aposentada da
Tijuca, zona norte do Rio, pôde viajar e conhecer o mundo inteiro. É também com o
ganho das ações que a aposentada Edith Arruda, 82 anos, pode manter hoje o padrão de
vida que sempre teve, mesmo após a morte de seu marido, cuja pensão não lhe rende
nem R$1 mil por mês. Também é graças ao ganho que teve e continua tendo com os
papéis que o ex-comerciário Ermelindo Tozzato, 82 anos, conseguiu montar hoje uma
carteira diversificada de investimentos que incluem fundos e imóveis, além de suas
ações, das quais não abre mão.

Todos garantem que sempre ganharam na bolsa e que as perdas ocorreram, sim, mas
foram largamente superadas pelos ganhos e minimizadas pela diversificação.

Trecho extraído da matéria publicada no Valor Econômico em 01/10/03.

O texto, retirado do valor econômico, retrata bem alguns dos objetivos dos investidores
ao procurarem a bolsa de valores para diversificar sua carteira de investimentos.

Buscar uma aposentadoria, realizar um sonho como viajar pelo mundo, ou construir
uma poupança que possibilite a redução do ritmo de trabalho.

É um espelho daqueles que conseguem atingir o sucesso como investidor em ações.


Aqueles que tiveram paciência, disciplina e souberam planejar e

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analisar as diversas oportunidades que surgem a todo o momento no mercado de ações.

Importante ter em mente que ações são ativos financeiros de maior risco do que a renda
fixa, no entanto possibilitam maiores retornos. Quando investimos parcela do nosso
patrimônio nessa classe de ativos, buscamos um retorno acima das taxas de juros
oferecidas nos diversos produtos de renda fixa.

Ao investirmos parte de nossas economias em ações, será exigido do investidor uma


contrapartida. Um maior cuidado e dedicação no acompanhamento das empresas e do
mercado financeiro. Uma maior atenção na curva de crescimento do seu patrimônio.

O cenário hoje quando falamos em investir em ações é favorável ao chamado investidor


pessoa física.

Segundo dados da Bovespa, principal e única bolsa de Ações no Brasil, a participação


do investidor pessoa física tem aumentado.

Em 2019 batemos o recorde de 1 milhão de investidores na Bolsa de Valores.

Ainda assim, é muito pouco para um país de amplitudes continentais como o Brasil.

A título de comparação, os estrangeiros representavam, no mesmo ano, 53,7% do


volume financeiro negociado.

O que será que os estrangeiros viram que nós, brasileiros natos, não conseguimos
enxergar?

Esse Ebook foi escrito para ajudar você a conhecer os processos que possibilitam
qualquer pessoa investir em ações. Procuramos nessa obra mostrar o passo a passo para
conseguir comprar ações.

É preciso deixar claro que acessar o mercado de bolsa de valores é uma coisa, escolher
as ações que você irá comprar e farão parte do seu patrimônio é outro assunto. Esse
Ebook foca suas atenções no primeiro.

O que é Bolsa de Valores


As Bolsas de Valores são entidades, que têm o objetivo de manter local adequado à
realização de compra e venda de ações e outros valores mobiliários1.

1 Valores mobiliários são documentos emitidos por empresas ou outras entidades, em grande quantidade, que
representam direitos e deveres, podendo ser comprados e vendidos, nomeadamente na Bolsa.

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No Brasil, o mercado acionário está concentrado na B3 que é uma sociedade anônima
(S.A.) de capital aberto formada, em 2008, a partir da integração das operações da Bolsa
de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.

A B3 tem suas ações negociadas na própria Bolsa de Valores.

No passado o ambiente de negociações era físico. Quando falamos em bolsa de valores,


muitas pessoas se recordam da aglomeração de operadores gritando e gesticulando,
negociando todos os tipos de ativos financeiros.

Hoje, todo esse processo é eletrônico, em um ambiente próprio disponibilizado pela B3.
O investidor, para realizar negociações, acessa esse ambiente eletrônico, não
diretamente, mas por meio de um intermediário, que falaremos mais a frente.

O que é Ação
O principal ativo negociado na bolsa de valores é a ação. Mas você sabe o que
representa esse valor mobiliário?

Ação é uma fatia de uma empresa, a menor fatia possível do capital social da mesma.

Portanto, quando você compra ações de determinada empresa é como se você possuísse
“fatias” da mesma. Você passa a deter parte do patrimônio desta companhia.

As empresas emitem ações e as vendem para investidores objetivando levantar capital


para investimentos em geral, capital de giro ou aquisição de outras empresas no
mercado.

Com a emissão de ações os investidores ficam sócios do negocio, assumindo os riscos,


de forma que somente terão rendimento se a empresa obtiver lucros e consequentemente
suas ações valorizarem no mercado.

Emitir ações é a forma mais barata para uma companhia levantar capital. A empresa
poderia tomar empréstimos no mercado, procurando, por exemplo, um banco, mas neste
caso ela teria que devolver o dinheiro corrigido pelos juros.

Ao emitir ações a empresa não tem o compromisso de recomprá-las no futuro. O


investidor entrega seus recursos exigindo em troca os lucros futuros e a valorização das
ações da companhia.

Mercado Primário
O mercado primário é onde a empresa faz a venda, chamada de subscrição pública, de
novas ações ao público em geral, ou seja, onde a empresa obtém

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recursos para seu crescimento. É a primeira negociação da ação e o dinheiro da venda
vai para a empresa - isso é muito importante.

Os lançamentos de ações novas no mercado chamam-se lançamentos públicos de ações


ou operações de underwriting.

O underwriting é o processo de lançamento de ações para compra pelo público em geral,


no qual a empresa encarrega um intermediário financeiro da colocação destes títulos no
mercado.

Este intermediário realiza diversos estudos econômico-financeiros, consubstanciados


sob a forma de um Prospecto de Lançamento, exigido pela CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, que é colocado à disposição do público investidor em potencial.
Um underwriting pode ser executado, também, por um consórcio de instituições
financeiras liderado por uma delas.

O Mercado Primário é apenas uma nomenclatura. Não existe uma segregação de fato.
Esse nome é utilizado para os investidores saberem que se trata de uma venda direta da
empresa ao público.

Mercado Secundário
É onde se transferem títulos entre investidores e/ou instituições. Um mercado
secundário organizado e eficiente é extremamente importante. É a condição para a
existência do mercado primário, pois um dos fatores fundamentais na decisão do
investidor quando compra ações de novos lançamentos, é a possibilidade de que mais
tarde, ao necessitar do total ou parte do capital investido, possa se desfazer delas e
reaver seu dinheiro com lucros.

Quando você compra uma ação no mercado secundário os recursos não irão para a
empresa e sim para a chamada contraparte, que é o investidor que lhe vendeu as ações.

A negociação em Bolsas de Valores confere às ações uma condição especial e ao


investidor garantias significativas. É um mercado altamente disciplinado,
supervisionado e fiscalizado e as negociações se processam segundo regras rígidas e do
amplo conhecimento de todos que nele atuam.

Em Bolsa, só são admitidos títulos de empresas previamente registradas na CVM, que


satisfazem pré-requisitos de natureza jurídica e econômico-financeira e, ainda, se
comprometem a seguir os padrões das Bolsas.

Tipos de Ações
No Brasil temos exclusivamente dois tipos de ações.

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Ações Ordinárias
Também conhecidas por ONs, são títulos representativos do capital fracionado de uma
empresa. As ações ON´s dão direito a voto nas assembleias gerais da companhia,
permitindo ao acionista maior participação nos rumos da empresa através de seu voto.

Para isso faz-se necessário deter uma participação mínima de pelo menos 5% do capital
social da companhia em ações ON.

Atualmente a B3 tem privilegiado a unificação, pelas companhias, em ações ON,


extinguindo assim a outra classe.

Em função da evolução do mercado da B3, a maioria das empresas que têm realizado
abertura de capital têm optado pela emissão somente de Ações Ordinárias.

Portanto, você como investidor poderá encontrar empresas que possuem duas classes de
ações, ON´s e PN´s (que falaremos a seguir), ou empresas somente com ações ON´s.

Ações Preferenciais
São ações típicas do mercado brasileiro. Não há ações com essas características em
mercados mais desenvolvidos, como o americano, por exemplo.

No Brasil, no entanto, são as ações PN as que geralmente têm maior liquidez,


negociando um maior volume financeiro.

Essa classe permite à empresa emitir ações, sem precisar ter sócios comdireito a
voto, não correndo assim o risco de perder o controle da empresa.

Por outro lado os acionistas preferencialistas, como são chamados os detentores de


ações PN, têm preferência no recebimento dos dividendos pagos pela empresa, quando
ela tem lucro, os chamados Dividendos.

O acionista preferencialista também tem preferência na restituição do capital a que tem


direito, como acionista, no caso de extinção da empresa.

Alguns pontos importantes devem ser levantados para determinar qual tipo de ação
investir, ON ou PN.

O primeiro deles é o prazo do investimento. Alguns investidores têm prazos mais curtos
de investimentos, buscam especular com ações. Para isso, um fator muito importante é
a liquidez, ou o volume financeiro transacionado durante um dia de negociações, o
chamado pregão.

O pregão é a sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma
bolsa de valores, diretamente pelo sistema de negociação

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eletrônica. Um exemplo de uso do termo: podemos falar assim “no pregão de 16/01 as
ações da Petrobras subiram muito”.

Quanto maior a liquidez, mais fácil de negociar as ações de determinada empresa


próximas do último preço negociado. Ações mais líquidas possuem melhor formação de
preço.

No mercado acionário brasileiro as ações PN´s possuem maior liquidez do que as ações
ON´s. Por esse motivo são as mais utilizadas pelos investidores em geral.

Não se esqueça de que algumas empresas possuem somente ações ON´s. Portanto, o
investidor não terá escolha e deverá comprar somente as ON´s.

Já as ações ON´s colocam você no mesmo lado do bloco de controle da companhia. E


isso é muito importante!

Caso haja mudança no controle acionário da empresa, a companhia que está comprando
a parte pertencente ao bloco controlador, é obrigada a fazer uma oferta pública de
aquisição das ações ordinárias pertencente aos minoritários de, no mínimo, 80% do
valor pago pela aquisição das ações do grupo controlador.

Esse mínimo de 80% é definido em lei, porém algumas empresas, em conjuntocom a B3


estendem esse benefício para percentuais maiores, chegando até os 100%, ou seja, o
comprador da empresa na qual você é acionista, deverá pagar aos minoritários o
mesmo valor oferecido ao controlador.

Esse dispositivo é chamado de Tag Along. Veja no exemplo como o Tag Along
funciona:

Se determinada empresa possui suas ações ON distribuídas da seguinte forma: 60%


entre o grupo dos controladores, 20% para um fundo de investimentos e os 20%
restantes para os acionistas minoritários, ou seja, os investidores que negociam
diariamente na Bolsa de Valores.

Uma segunda companhia quer adquirir esta empresa. Para isso ela vai precisar, além de
fazer uma oferta para o grupo controlador (que detém aqueles 60% das ações ON´s),
oferecer aos minoritários a compra de suas ações por pelo menos 80% do valor proposto
para os controladores, segundo a lei das SA´s (6.404/76).

Por isso, em caso de mudança de controle acionário, vemos as ações ON se valorizando


muito acima das ações PN.

Foi exatamente o que aconteceu com as ações de Bematech que estavam na minha
carteira e descrevo mais a frente nesse ebook.

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Como participar do Mercado de Ações
Para investir em ações, ou ter acesso ao mercado da B3 o investidor conta com
algumas possibilidades, direta ou indiretamente.

As principais formas indiretas de acessar o mercado de ações são:

Fundos de Investimento em Ações.


Nessa modalidade o investidor compra cotas de fundos de ações distribuídos pelo
mercado. Os fundos de ações têm por obrigação manter pelo menos 67% do seu
patrimônio alocados em ações de empresas negociadas em bolsa de valores.

Essa via indireta não permite que o investidor tome decisões de investimento baseados
em suas análises, pois ele fica subjugado às decisões da gestão do fundo.

Para escolher em qual fundo de ações você deve comprar cotas, basicamente o
investidor olhará para o desempenho passado do fundo - sem garantia de rentabilidade
futura, a qualidade da gestão e suas políticas de investimento e poderá no máximo
saber quais ações compõem o portfólio do fundo no qual tem cota.

Clubes de Investimento
Clube de Investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas – de no
mínimo 3 e no máximo 50 participantes -, funciona como um instrumento para o
pequeno investidor e um canal de acesso ao mercado de capitais para a pessoa física
investir em ações de diferentes empresas e setores da economia, com custos de
transação proporcionalmente menores.

É, portanto, um instrumento de investimento coletivo no mercado de capitais, porém


mais restrito que um Fundo de Investimento.

Os clubes foram planejados para ser uma forma de introdução do pequeno investidor ao
mercado de capitais.

Nesse intuito, foram desenvolvidas normas de constituição e funcionamento muito mais


simples e flexíveis para os clubes de investimento. Entre elas, eu destaco a dispensa de
registro na Comissão de Valores Mobiliários.

Um ponto muito importante sobre os clubes de investimento é que a gestão da sua


carteira pode ser realizada por um ou mais cotistas.

Essa possibilidade permite um maior envolvimento do cotista com a escolha das


ações que comporão o portfólio.

Fica evidente que os clubes de investimento facilitam o aprendizado sobre as técnicas


de gestão de carteira e da dinâmica do mercado.

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Os clubes são utilizados, em geral, por grupos de amigos, familiares, colegas de
trabalho ou pessoas com objetivos comuns, como forma de aplicação em conjunto das
suas economias no mercado de capitais. Assim como nos fundos, o patrimônio do clube
de investimento é dividido em cotas.

Já a forma direta de acessar o mercado de ações é recorrer a uma:

Corretora de Valores
Não é permitido ao investidor comprar ou vender ações diretamente no pregão da B3.

Todo participante do mercado acionário, seja ele uma pessoa física, fundos em geral,
clubes de investimento, para comprar ou vender ações na bolsa, precisará de uma
corretora como intermediário.

Uma corretora é uma instituição financeira que realiza operações de compra e venda de
ações e outros ativos na bolsa de valores. Elas são o único meio de se acessar o pregão
da bolsa. São responsáveis por intermediar a negociação dos investidores em geral na
bolsa.

Para começar a investir você deverá escolher uma Corretora!

Saiba que para uma corretora operar no mercado de bolsa ela deve ter autorização do
Banco Central, da CVM – Comissão de Valores Mobiliários e daprópria B3.

Importante destacar as principais funções de uma Corretora:

● Difundir o sinal da Bolsa. Permitir acesso dos clientes as informações sobre


preço e volume negociado das ações negociadas e outros títulos disponíveis;
● Prover orientação ao cliente nas decisões de compra e venda. Para isso é
importante que a corretora tenha uma boa equipe de análise e você como cliente
consiga ter acesso aos relatórios e até aos analistas;
● Distribuir produtos financeiros e serviços da BM & FBovespa, além de
intermediar as negociações.

O mercado de distribuição de ativos financeiros para o investidor pessoa física vem se


ampliando, não ficando restrito somente aos bancos de varejo. As corretoras vêm
assumindo esse papel.

Algumas corretoras além de intermediar a compra e venda de ativos na Bolsa, passaram


a atuar também distribuindo outros produtos, tais como fundos de investimento,
produtos de renda fixa, tesouro direto, etc.

Um exemplo são as LCI´s e LCA´s. Um excelente ativo para o investidor pessoa física,
mas até certo ponto desconhecido da grande parte dos poupadores brasileiros.

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Será nas corretoras que o investidor encontrará as melhores taxas nas LCI´s e LCA´s
para remunerar seu capital e não nos grandes bancos de varejo.

Diante da mudança na atuação das Corretoras, deixando de ser um simples


intermediador de compra e venda de ações, e passando a assumir o papel de distribuidor
de produtos financeiros, você deve procurar a instituição que mais atenda ao seu perfil e
interesse.

Para lhe ajudar nessa tarefa levantamos alguns pontos importantes que devem ser
levados em consideração para sua tomada de decisão.

Passo 1: A escolha da Corretora


O ponto de partida para escolher sua corretora é saber exatamente como irá transmitir
suas ordens para a mesma.

Toda corretora mantém uma estrutura de atendimento telefônico para receber as ordens
dos clientes e as repassar ao sistema eletrônico da bolsa.

Esse procedimento é rápido e para o cliente se traduz em comodidade, pois em um


simples telefonema ele consegue efetuar sua movimentação – compra ou venda, bem
como saber a cotação em tempo real dos papéis que desejar, bastando para isso
perguntar ao operador do outro lado da linha.

Todas as ligações são gravadas por determinação da B3. Isso é uma segurança maior,
tanto para você, quanto para a corretora. Pois em caso de erro essa gravação determinará
onde este ocorreu.

Porém esse tipo de serviço, que chamamos de ligação para mesa de operações, tem um
custo maior.

A segunda forma de transmitir ordens ao sistema eletrônico da bolsa é através do


chamado Home Broker. Essa ferramenta, baseada na internet, é comum a todas as
corretoras, porém algumas entregam funções mais avançadas do que outras. Você como
investidor determinará quais funções precisa no seu Home Broker e essa necessidade
lhe guiará na escolha da corretora que melhor lhe atenda.

Por exemplo, se você precisa de um Home Broker mais simples, somente com as
cotações, envio de ordens, funções simples, a grande maioria das corretoras lhe
atenderão.

Mas se sua necessidade for por um Home Broker mais completo, com gráficos, maiores
altas e baixas, envio automático de ordens, etc, sua busca por uma corretora para lhe
atender começa a se restringir, pois nem todas têm em seus Home Brokers funções mais
complexas.

O uso do Home Broker tem custo bem menor do que usar a mesa de operações. Em
contrapartida não existe nenhuma interação com os

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profissionais que atuam internamente, nas mesas de operação, acompanhando
diariamente o pregão.

Além da forma com que vai enviar suas ordens é muito importante ter auxílio para
determinar quais ações comprar.

Caso você não tenha a experiência para produzir suas próprias análises e escolher os
melhores papéis para compor seu patrimônio, faz-se necessário buscar ajuda de
profissionais qualificados, analistas que acompanhem o mercado.

Algumas corretoras mantém área de análise disponibilizando relatórios para os clientes.


Então, é muito importante incorporar essa característica na hora de buscar sua corretora.
Escolher uma que forneça relatórios feitos por analistas competentes.

No final desse e-book, no Apêndice 1, estão listadas todas as corretoras que atuam na
Bolsa de Valores, inclusive com um link “mais informações” para você clicar e saber
mais sobre cada uma.

No site da B3 você pode encontrar uma corretora que atenda às suas necessidades, para
isso basta escolher os serviços que você gostaria de usar, clicar em resultados, e o site
lhe mostrará todas as corretoras que atenda às suas necessidades. O botão abaixo te
levará até o site para Buscar sua Corretora.

Busque sua Corretora


A gama de serviços prestados por uma corretora é ampla. Como já comentei você deve
buscar sempre a melhor corretora para suas necessidades.

No intuito de ajudar nessa escolha levantei mais alguns itens que devem ser levados em
consideração na hora de abrir uma conta em uma instituição.

● Taxas de corretagem apropriadas;


● Limite operacional;
● Agilidade na transmissão das ordens;
● Ferramentas de análise;
● Conceituação no mercado;
● Facilidade na remessa e na retirada de recursos (dinheiro de suascompras e
vendas);
● Produtos financeiros para aplicação (Renda Fixa, Distribuição deFundos,
Tesouro Direto).

Ter conta em uma corretora com bons serviços irá ajudar você a aumentar em muito a
rentabilidade do seu Patrimônio, uma vez que na grande maioria das vezes elas possuem
produtos com rentabilidade superior à dos bancos de varejo.

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Amplie sua zona de conforto e descubra outros produtos financeiros além daqueles que
o seu gerente de banco lhe oferece.

Na verdade, quando você investe somente nos produtos do seu banco, fundos,
previdência entre outros, você fica restrito a mesma instituição financeira, seu banco.

Bancos não podem operar no mercado de bolsa, eles também precisam de uma
corretora. Os maiores bancos brasileiros têm uma corretora própria, ligada à instituição
bancária.

Já nas instituições que somente atuam como corretoras você encontrará produtos de
vários gestores e bancos. Elas não ficam presas a um único Gestor (como no caso dos
Bancos). Seu leque de opções será muito maior. Você terá acesso a praticamente todo o
mercado de produtos financeiros do Brasil, dependendo da corretora, claro.

Home Broker o que é ?


O home broker (HB) é uma ferramenta de acesso aos mercados da Bolsa oferecida por
quase todas as corretoras e por meio da qual os investidores negociam ações pela
Internet, de qualquer lugar, bastando ter um meio eletrônico com internet.

Com o Home Broker (HB) você poderá enviar ordens de compra e venda diretamente
do seu computador, tablet ou até celular, dependendo do suporte que a ferramenta da
corretora proporciona.

As ofertas enviadas pelo cliente trafegam pela infraestrutura tecnológica da corretora


antes de alcançarem as plataformas de negociação na B3. O cliente conecta-se
diretamente à infraestrutura tecnológica da corretora e esta, à Bolsa.

A principal vantagem de se utilizar do Home Broker (HB) é o custo – falaremos dele


mais a frente. A grande comodidade também é destaque nessa forma de investir.

Com o HB ao seu lado, o investidor pode acompanhar o mercado em tempo real, na


palma da mão ou no seu computador. Páginas específicas sobre investimentos colocam
à disposição dos interessados os mais variados bancos de dados. Cotações, índices,
panoramas, gráficos, análises de profissionais, notícias, fatos relevantes, relatórios, tudo
deverá estar extremamente acessível no HB. Essa é inclusive uma métrica de qualidade
do HB da sua corretora.

Por outro lado, a responsabilidade pela tomada de decisões, envio de ordens pertence ao
investidor, que deverá estar bem informado sobre os movimentos, as oportunidades e
riscos do mercado.

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Ao fazer uso do HB o investidor perde o contato com a mesa de operações e com o
profissional para discutir suas decisões de investimento. Nesse estágio é importante ter
um mínimo de discernimento para tomada de decisão.

Como abrir sua conta


Após a escolha da corretora é necessário abrir um cadastro na mesma. Esse cadastro é
semelhante a abrir uma conta num banco. Para isso alguns documentos importantes
deverão ser apresentados.

● Seu RG e CPF;
● Um comprovante de endereço;
● Preencher um cadastro e assiná-lo;
● Apresentar uma conta em Banco.

Importante saber que por medida de segurança as transferências de recursos entre sua
conta na corretora e seu banco, somente poderão ser feitas entre o mesmo CPF, nesse
caso o seu próprio, e tais contas deverão estar antecipadamente cadastradas na corretora.

Essa medida evita que recursos sejam transferidos para contas que não são de sua
titularidade.

Um alerta importante
É comum ao iniciante no aprendizado do investimento em ações desenvolver um
fascínio instantâneo sobre o mercado de bolsa e logo se transforma num impulso para
sair comprando e vendendo ações.

Aproveitando-se das facilidades que os sites das corretoras hoje oferecem,


principalmente das opiniões de analistas (que aos olhos do iniciante podem ser
considerados “deuses” do mercado), nosso estreante se lança a comprar isso eaquilo.

Na maioria das vezes está nascendo aí um grande erro e talvez grandes prejuízos. Neste
mercado, dicas só devem ser seguidas após passarem pelo crivo e análise do próprio
investidor, pois quem já investe no mercado sabe que dificilmente existe consenso entre
analistas de quais são as melhores opções, a ponto de ser possível encontrar,
simultaneamente, recomendações de "compra" e de "venda" para o mesmo papel
formuladas por analistas diferentes.

Até mesmo quando você já tenha adquirido algum conhecimento e experiência sobre o
mercado, o bom senso manda que você deva analisar a opinião de vários analistas e
tentar identificar algum tipo de consenso.

Além disso, sempre avalie as premissas utilizadas para as projeções, já que elas podem
fazer a diferença. Identifique se as premissas utilizadas estão de acordo com sua visão.
Saber ponderar as diversas visões e chegar a uma

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conclusão própria pode fazer a diferença na hora de ganhar ou não dinheiro neste
mercado.

Nesse momento, ter contato com um profissional de mercado, um analista, ou mesmo


um bom corretor, ajudará significativamente nas suas tomadas de decisão.

Portanto, o bom investidor não deve seguir cegamente as recomendações de quem quer
que seja, mas sim deve obter e analisar o máximo de informações para chegar a um
consenso que tenha o poder de alimentar a sua própria conclusão.

Em um mercado de retorno variável, tomar decisões conscientes e fundamentadas pode


evitar dores de cabeça no futuro.

Outra armadilha que também precisa ser evitada é com relação à figura dos chamados
“gurus”, pessoas a quem é atribuída a capacidade de “sempre acertar”. Nesta hora, faça
uma pergunta simples: será que alguém que acerta com tanta frequência precisa ganhar
a vida dando conselhos para os outros? Muita gente certamente não faria isso, pois, por
lógica, já estaria “curtindo” numa ilha paradisíaca as coisas boas da vida.

Portanto, muita atenção na hora de seguir o conselho dos "gurus". Afinal de contas, o
dinheiro é seu e qualquer perda, portanto, vai sair do seu bolso.

Lembre-se também que profissional jornalista não é profissional do mercado acionário e


que jornal vende pelas manchetes. Por esta razão nem sempre refletem a realidade.
Comentários jornalísticos nada mais são do que a tentativa de explicar acontecimentos
passados que movimentaram o mercado naquele dia ou semana.

Nós necessitamos de justificativas para explicar a aleatoriedade do mercado financeiro.


Isso acalma nosso ímpeto, pois passamos a aceitar os movimentos justificados por
“gurus”.

Diante disso, busque sempre obter o máximo de informações antes de tomar suas
decisões no mercado de ações.

Identifique fontes interessantes e analise o que pode acontecer com a companhia no


futuro. Afinal de contas, uma ação nada mais é do que uma parte da empresa. Sem
boas perspectivas para o negócio, não há expectativa de ganhos consistentes de longo
prazo.

Identificar o futuro é algo difícil, principalmente o futuro longínquo. Tenha o costume


de acompanhar muito de perto seus investimentos em bolsa. Quando transformamos um
futuro distante na soma de futuros mais próximos, sem sombra de dúvidas reduzimos
muito o risco de erro.

Estude, aprenda, confie na sua capacidade de julgamento e discuta sua visão do


mercado com profissionais. Ninguém nasce sabendo, de forma que a

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experiência no mercado é fundamental para saber identificar o melhor rumopara seu
dinheiro.

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Custos
Corretagem
O principal custo para quem investe em ações é a corretagem.

Quando o investidor faz uso do HB, na maioria das corretoras, o custo de corretagem é
fixo por operação sendo o seu preço de livre cobrança, ou seja, cada corretora
disponibiliza uma gama de serviços e pratica seu preço pelo uso do seu HB.

Já quando o investidor utiliza a mesa de operações, geralmente, ele tem o custo


variável. Este é um percentual do volume transacionado mais um valor fixo.

Esse custo variável segue uma tabela sugerida pela própria B3, mas você pode fazer uso
dela com um bom desconto, basta negociar com seu assessor na corretora. Lembre-se de
que nessa modalidade, você terá um profissional para lhe atender e deve exigir
reciprocidade nesse atendimento.

O custo de corretagem é para remunerar a corretora diante não só do serviço de


transmissão de ordens, mas também os demais serviços que ela venha a oferecer ao
investidor.

Portanto é importante adequar seus custos operacionais as suas necessidades. Isso é


feito na escolha da melhor corretora que lhe atenda.

Abaixo reproduzimos a tabela de Corretagem Bovespa:

Volume Operado no dia Corretagem Adicional*

De R$ 0,00 até R$ 135,07 0% R$2,70

De R$ 135,08 até R$ 498,62 2,00% R$ 0,00

De R$ 498,63 até R$ 1.514,69 1,50% R$ 2,49

De R$ 1.514,70 até R$ 3.029,38 1,00% R$ 10,06

Acima de R$ 3.029,38 0,50% R$ 25,21


*Cobrado apenas uma vez ao dia.

Além do custo da corretagem temos ainda o custo com emolumentos e liquidação das
operações. Esses custos são marginais, mas devem ser considerados para uma correta
apuração dos resultados.

São sempre em percentuais sem nenhuma fração fixa. Esses custos são exclusivos da
B3, desta forma a corretora não tem como conceder nenhuma desconto sobre os
mesmos.

19
Abaixo reproduzimos a tabela de custos com emolumentos e liquidação:

Mercado a Vista Emolumentos Liquidação Total

Pessoas físicas e demais investidores 0,0050% 0,0275% 0,0325%

Fundos e Clubes de Investimento 0,0050% 0,0200% 0,0250%

Após a compra das ações elas devem ser guardadas ou custodiadas, ou em sistema
eletrônico na própria bolsa, denominado agente de custódia, ou mantidas no banco
custodiante determinado pela empresa emissora das ações. O investidor escolhe onde
quer deixar custodia suas ações.

Basicamente, a custódia de títulos compreende o serviço de guarda e de exercício de


direitos prestados aos investidores pela instituição custodiante. Entende-se por direitos
as bonificações, os dividendos e os direitos de subscrição distribuídos por uma
companhia a seus acionistas.

Caso o investidor opte por custodia na própria bolsa, ele incorrerá no custo de custódia,
conforme tabela mais abaixo.

Algumas corretoras isentam seus clientes dessa taxa, porém esse procedimento tem
deixado de ser feito por ordem da própria B3. A taxa de custódia é cobrada
mensalmente conforme tabela abaixo.

Valor Mensal

Conta sem movimentação ou posição R$3,00

Conta com movimentação ou posição de ativos de Renda Variável R$6,90

Se sua opção for por custodiar suas ações no banco determinado pela empresa emissora
das ações, você deverá informar a sua corretora para que ela não envie para a custódia
da B3.

Esse procedimento irá lhe isentar do custo de custódia, mas não é prático. Saiba que
para negociar ações na bolsa, as mesmas deverão estar custodiadas no serviço da
própria B3.

Desta forma, antes de comprar ou vender, você deverá pedir ao banco custodiante que
transfira sua posição para a custódia da bolsa. Esse procedimento levará um tempo,
fazendo que seu preço de negociação não seja o atual e sim um preço que se formará
quando sua posição estiver disponível futuramente para negociação.

Os direitos que a empresa distribuir irá para a conta custodiante. Se sua opção for pelo
banco eles serão enviados para lá. Caso opte pela a custódia da B3, eles aparecerão na
conta da sua corretora.

20
Esse serviço de custodia é muito importante e deve ser ágil. Manter segregado, num
banco custodiante, fora da sua conta na corretora não é indicado. O custo mensal é
baixo frente à velocidade e qualidade do serviço.

Imposto de Renda
Assim como outros investimentos, ações também são tributadas. Porém dentre os
investimentos que o brasileiro tem disponível é um dos que detém a menor alíquota.

Na tabela a seguir você vai entender por que o investimento em ações tem uma
atratividade extra, o imposto de renda.

21
Fato Gerador Auferir ganho líquido na alienação de ações.
art. 45 da IN 1.022/2010

Resultado positivo entre o valor de alienação (venda) do ativo e o seu custo


de aquisição. Deve ser calculado usando a média ponderada dos custos
unitários. Admiti-se, ainda, a dedução dos custos e despesas incorridos,
Base de Cálculo
necessários à realização das operações, tais como corretagem e
emolumentos.
art. 45, §3º e art. 47 da IN 1.022/2010

Alíquota 15%
art. 46 da IN 1.022/2010

Apurado em períodos mensais e pago até o último dia útil do mês


Recolhimento subsequente ao da apuração. (código DARF 6015)
art. 45, §4º, da IN 1.022/2010

Responsabilidade pelo Do contribuinte


recolhimento art. 45, § 4º, da IN 1.022/2010

Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos


líquidos, as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos
Compensação de auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras operações
Perdas realizadas nos mercados a vista, exceto no caso de perdas em operações
de day trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em
operações da mesma espécie.
art. 53 da IN 1.022/2010

Ficam isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa


física quando o total das alienações de ações no mercado à vista de bolsas
de valores no mês não exceder R$ 20.000,00, exceto (i) em operações de
Isenção day trade; (ii) negociação das cotas dos fundos de investimento em índice
de ações; (iii) resgate de cotas de fundos ou clubes de investimento em
ações.
art. 48 da IN 1.022/2010

Dividendos
Os dividendos pagos pelas companhias aos detentores de ações não são
sujeitos ao imposto de renda.
Tratamento dos art. 51 da IN 11/96
Proventos Juros sobre o Capital
Os juros pagos aos acionistas pelas companhias sofrem a incidência do
imposto de renda na fonte à alíquota de 15%.
art. 29, §6º, da IN 11/96

Há incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de 0,005%


sobre o valor da alienação (venda). O imposto retido na fonte poderá ser (i)
deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês; (ii)
compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos
Retenção (Antecipação meses subsequentes; (iii) compensado na declaração de ajuste anual se,
do Imposto) após a dedução de que tratam os itens I e II, houver saldo de imposto
retido; e (iv) compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na
alienação de ações.
O imposto de renda retido na fonte deve ser recolhido até o terceiro dia útil
da semana subsequente à data da retenção. (código DARF 5557).
art. 52 da IN 1.022/2010

22
Como calcular o imposto
Exemplo 1 – Compra por preço único

Momento 1 – Compra

10.000 ações da empresa ABC ao custo unitário de R$ 3,00, totalizando R$ 30.000,00,


mais despesas necessárias incorridas na operação de compra R$150,00 = Custo de
aquisição R$ 30.150,00.

Momento 2 – Venda

10.000 ações da empresa ABC pelo valor unitário de 3,50, totalizando R$ 35.000,00,
menos despesas necessárias incorridas na venda R$ 175,00. Valor líquido da venda =
R$ 34.825,00.

Momento 3 – Cálculo do imposto

Ganho líquido apurado (base de cálculo do imposto: R$ 34.825,00 (-) R$ 30.150,00) =


R$ 4.675,00. Alíquota aplicável 15%. Imposto apurado = R$ 701,25.

Momento 4 - Recolhimento do imposto

O imposto é apurado em bases mensais (resultado de todos os ganhos e perdas no mês


nas operações nos mercados à vista) e deverá ser recolhido, pelo próprio investidor, até
o último dia útil do mês subsequente ao da venda das ações, identificando no DARF o
código de arrecadação nº 6015.

Exemplo 2 – Compras por preços diferentes

Quando o investidor realizar mais de uma compra da mesma ação e por preços
diferentes, o valor desses títulos deverá ser controlado pelo preço médio ponderado das
aquisições.

Momento 1 – Compra

10.000 ações da empresa ABC pelo preço unitário de R$ 3,50 = R$ 35.000,00. Mais a
compra de outras 8.000 ações da mesma empresa ao preço unitário de R$ 3,80 = R$
30.400,00.

Despesas incorridas com as compras = R$ 450,00. Custo de aquisição das


18.000 ações = R$ 65.850,00, com custo médio ponderado de R$ 3,66, por ação.

Momento 2 – Venda

5.000 ações da empresa ABC pelo valor unitário de R$ 4,20 = R$ 21.000,00.

23
Despesas incorridas R$ 145,00, resultando em um valor líquido de R$ 20.855,00, ou
R$ 4,17 por ação. Lucro apurado (5.000 x 4,17 menos 5.000 x
3,66) = R$ 2.550,00.

Momento 3 Imposto apurado

R$ 2.550,00 à alíquota de 15% = Imposto apurado de R$ 382,50, que deverá ser pago
até o último dia do mês subsequente ao da venda, mediante DARF, com o código nº
6015.

Momento 4 – Tratamento do estoque

Controle do saldo das ações em estoque (13.000 ações ao preço médio ponderado de R$
3,66) = R$ 47.580,00.

Mitos sobre investimento em Ações


O Brasil é o maior país da América Latina, não só em tamanho, mas em riqueza. Tem o
maior mercado financeiro da região. Porém sua população está longe de ser investidora
em produtos derivados da bolsa de valores, como ações.

Em parte esse fato pode ser explicado pela inflação e altas taxas de juros que
historicamente foram praticadas pelas equipes econômicas. Sempre foi mais fácil
aplicar os recursos na gorda remuneração das taxas de renda fixa do que correr mais
risco no mercado acionário.

Não está no DNA do brasileiro buscar no mercado de renda variável uma alternativa
para impulsionar a rentabilidade das suas economias. Não temos intimidade com ações.

Após o advento do plano real, onde foi estabelecido metas de inflação, cambio flutuante
e superávit fiscal primário, foi possível reduzir a taxa Selic, ou seja, os juros.

Segundo um dos idealizadores do plano real, o economista e sócio do Banco BTG


Pactual, Pérsio Arida, o sucesso do plano real está diretamente ligado à redução das
taxas de juros no Brasil a níveis internacionais.

Essa realidade vem se materializando no Brasil. Com alguns percalços no meio do


caminho e apesar de ainda termos uma das maiores taxas de juros real do mundo,
caminhamos para uma redução da Selic mais a frente.

Para os brasileiros só restará aprender maneiras alternativas para remunerar cada vez
mais seu patrimônio de investimentos, uma vez que as taxas das aplicações de renda
fixa tenderão lá na frente, a uma redução.

O brasileiro precisará aprender a tomar risco. A alocar parte do seu patrimônio em renda
variável, e as ações fatalmente farão parte do seu portfólio de investimentos.

24
Hoje nos deparamos com algumas narrativas que todos nós já escutamos quando o
assunto é bolsa de valores. São os chamados Mitos.

Eles foram criados justamente pelo ambiente macroeconômico vivenciado por décadas
no país não ser propício a maiores riscos, não havia necessidade de buscar nas ações
rentabilidade que já era suficientemente boa na renda fixa.

Levantamos três desses Mitos para que possamos desmontá-los e você possa
compreender melhor a dinâmica do investimento em ações.

O primeiro deles:

É muito complicado?
Há 30 anos quando um investidor procurasse o mercado de ações para investir, com
absoluta certeza, ele encontraria grandes dificuldades.

O mercado acionário era pouco conhecido e o conteúdo didático para aprendizado era
escasso, o que gerava pouco interesse sobre ele.

Naquela época, os meios de comunicação eram limitados e por conta disso as


informações (que são a base para a tomada de qualquer decisão na área de
investimentos) chegavam das fontes com razoável atrasado.

Balanços, fatos relevantes, comentários de analistas e tudo mais sobre as empresas só


chegavam às mãos dos investidores, em geral, no dia seguinte, quando da leitura de
jornais como Gazeta Mercantil e Jornal do Comércio.

Materiais importantes que pesavam na tomada das decisões demandavam tempo demais
para serem elaborados, como os gráficos de análises, que eram feitos a mão.

Acompanhar a evolução das cotações no pregão? Impossível, a menos que se dispusesse


de tempo para ficar o dia todo na sede da corretora ou no recinto próprio da Bolsa.

Com o advento da informática e da internet o mercado acionário se viu extremamente


beneficiado. Hoje, através do Home Broker e das páginas virtuais das corretoras, é
possível acompanhar o mercado financeiro com total atualização de informações.

Páginas específicas sobre investimentos colocam a disposição dos interessados os mais


variados bancos de dados, inclusive de aprendizado.

Cotações, índices, panoramas, gráficos, análises de profissionais, notícias, fatos


relevantes, relatórios, tudo está extremamente acessível a todos.

Mesmo o investidor sem conhecimento na área de análise financeira pode hoje contar
com a ajuda dos analistas ou consultores financeiros, seja dentro das

25
próprias corretoras, sejam eles independentes. Essa ajuda é fundamental para auxiliar
qualquer investidor na tomada de decisão.

O mercado financeiro cresceu bastante ao longo dos últimos anos. Muitos profissionais
se formaram e foram se dedicar a carreira financeira. É muito fácil encontrar cursos,
analistas e consultores fazendo um bom trabalho de auxilio ao investidor.

É muito arriscado?
Esse é o Mito que mais penaliza o investimento em ações. Talvez esse Mito seja
alimentado pela errônea comparação entre Renda Fixa e Renda Variável.

O investidor quer que a renda variável tenha uma estabilidade de rendimento com
característica semelhante à renda fixa, crescimento constante e em linha, porem numa
velocidade muito maior.

Ao primeiro sinal de queda no preço das ações o investidor abandona o barco e


reafirma o Mito de que é muito arriscado.

Além dos retornos serem diferentes entre Renda Fixa e Renda Variável, as pessoas
usam como referencial de comparação as aplicações em renda fixa, a qual atribuem,
erroneamente, risco zero.

Cabe esclarecer que o fato de ser “renda fixa” não deve ser confundido como “sem
risco”. Todos, investimentos e aplicações, estão sujeitos a algum tipo de risco.

A grande questão é saber a quais riscos se está subordinado e a partir daí reunir os
meios necessários para administrá-los.

Imagine que você irá saltar de paraquedas. Altíssimo risco concorda? Certamente para
você executar seu salto se cercará dos recursos necessários para preservar sua vida.

O maior erro do investidor em ações é não se cercar dos meios para preservar seu
patrimônio. Por isso é tão importante determinar seus objetivos e definir o percentual de
alocação em renda fixa e renda variável.

É comum entre investidores em ações apaixonar-se pela dinâmica do mercado e sair da


rota traçada. Por isso um dos maiores segredos dos investidores de sucesso é alocar
corretamente seu dinheiro nos diversos ativos.

Foi visto que quando se investe em ações está se comprando “pedaços” duma empresa.
Logicamente, o risco mais direto e o retorno desse empreendimento estão vinculados ao
desempenho positivo ou negativo dela e às oscilações dospreços das ações na Bolsa.

Mas e quanto a uma aplicação, por exemplo, em um fundo de renda fixa, você sabe
para onde está sendo destinado o dinheiro e consequentemente a que

26
risco direto você está exposto? Talvez na composição da carteira desse fundo esteja
CDB´s de alto risco de credito.

Alguns títulos públicos têm o seu preço diretamente influenciado pela variação da taxa
Selic. Desta forma o aplicador, até o vencimento do título, poderá ver o seu preço
variaria positivamente ou negativamente.

E a rentabilidade desses ativos é superior à inflação? Manter seu patrimônio em títulos


ou fundos de renda fixa e perder mensalmente para inflação é o maior risco que você
poderá expor seu patrimônio.

Exige muito dinheiro?


Dos três mitos, esse, com certeza, é o mais sem fundamento de todos, considerando que
várias corretoras trabalham com valores mínimos muito baixos para aplicação (tem-se
noticia de patamares para compra de ações a partir de R$ 200,00).

Se você optar por investir indiretamente, seja por meio de um clube de investimento ou
fundos de ações, você poderá investir valores baixos também.

A maior difusão do mercado de ações foi acompanhada de maior facilidade de


investimento nessa modalidade. É possível comprar apenas uma única ação de uma
empresa. Claro que nesse caso os custos de transação impactarão substancialmente o
preço pago.

Por que investir em Ações?


Para se atingir a liberdade financeira é preciso manter um nível constante de
rentabilidade, bem acima da inflação, no seu patrimônio investido.

Com a estabilidade econômica conquistada pelo Brasil após o plano real a expectativa
futura para nossa taxa de juros é queda. Desta forma a renda fixa tenderá a remunerar
cada vez menos a sua poupança.

Chegará o momento em que o brasileiro necessariamente precisará tomar mais risco e o


mercado de ações é uma excelente oportunidade.

As empresas recorrem ao mercado de ações para financiar seu crescimento. É a


oportunidade de o investidor fazer parte desse crescimento. Se o país cresce, as empresas
crescem e seu patrimônio segue junto.

Claro que se a economia vai mal, as empresas tenderão a reduzir seu lucro e seu
patrimônio reduzirá, faz parte do jogo da renda variável.

Por isso quando se investe em ações há sempre a necessidade de estudar e se


aperfeiçoar. Mas posso lhe garantir, é imensamente recompensador.

Do ponto de vista do investidor eu elencaria três pontos fundamentais que fazem das
ações extremamente atrativas.

27
Esses pontos dão ao investimento em ações uma personalidade peculiar que bem
trabalhados no seu patrimônio irão lhe ajudar na busca pela independência financeira:

1. Possibilidade de ganhar-se de duas formas: uma pela valorização da própria ação


e a outra pelos ganhos com os PROVENTOS e com os DIREITOS (Dividendos,
juros sobre o capital próprio, bonificações e subscrição de ações);
2. Questão fiscal;
3. Combinação de elementos do item 1 com o item 2, que chamaremos de “ganhar
de três formas”, ou seja, valorização da ação + ganhos com proventos e com
direitos + ganhar pelo pagamento de pouco ou nenhumimposto de renda.

Para muitos olhos, a maior atratividade do investimento em ações não existe, ela se faz
quando o acionista usa e associa os elementos do mercado a seu favor. Assim acontece
quando um acionista opta por montar um patrimônio em cima papéis com excelente
potencial de valorização, de empresas com excelente histórico de pagamento de
dividendos.

Como visto o processo de compra para a formação desse patrimônio não gerará
qualquer imposto e, ao longo dos anos, todos os dividendos pagos podem ser
reinvestidos na compra de mais ações da empresa. A tendência é que lá na frente, se a
escolha foi bem feita:

✓ O acionista tenha multiplicado seu patrimônio;


✓ A empresa na qual ele investiu tenha crescido (e consequentementetambém
os dividendos que ela paga);
✓ Ele possa estar vivendo unicamente da renda dos dividendos (se foremde
pagamento mensal melhor ainda);
✓ Estar com um vultoso patrimônio sem tem que pagar um único centavode
imposto de renda.

Esta exata situação acontece com quem apostou há 20 ou 30 anos nas ações dos bancos
Bradesco e Itaú. Muitas pessoas hoje possuem um considerável patrimônio (por conta
da valorização gigantesca que essas ações tiveram ao longo dos anos), vivem com a
renda dos dividendos, (que são pagos mensalmente há décadas) e não pagam nada de
imposto de renda (porquenão precisam vender as ações).

28
Proventos e Direitos
Dividendos
Ao comprar uma ação, quem a adquire se torna sócio da empresa e, portanto, tem
direito a receber a sua parte dos lucros que ela gera. Essa distribuição obrigatória de
parte do lucro aos acionistas recebe o nome de Dividendos.

Como o lucro líquido das companhias já foi tributado, os dividendos entram na conta
dos acionistas totalmente isentos de imposto de renda, sem nenhuma retenção.

Juros sobre o Capital Próprio


Outro provento que o acionista recebe da empresa é os Juros Sobre Capital Próprio -
JSCP.

Ao contrário dos dividendos, os JSCP não são pagos de acordo com o desempenho da
empresa no período. Eles se baseiam nas reservas de lucros, ou seja, nos lucros
apresentados nos anos anteriores e que ficaram retidos na empresa.

A grande diferença entre os dividendos e os juros sobre o capital próprio é que no caso
do acionista que recebe JSCP ele tem que pagar 15% de imposto de renda na fonte, de
forma que sempre é preciso ficar atento se o valor anunciado é o bruto (sem impostos)
ou líquido (já descontando os impostos).

O pagamento de JSCP traz vantagens para as empresas. Este valor é descontado sob a
forma de despesa financeira e, quanto maior as despesas da empresa, menor o lucro. Já
que a incidência do Imposto de Renda é sobre o lucro da empresa, ela consegue, assim,
pagar menos imposto.

Bonificação
A bonificação não é, na grande maioria das vezes, um provento em dinheiro, mas sim
em ações.

Assim, representa uma distribuição gratuita de novas ações, geralmente em função de


aumento de capital ou incorporação de reservas.

É importante destacar que no caso de bonificações as cotações das ações podem se


ajustar. Por exemplo, se a empresa anunciar uma bonificação de 100%, ou seja, uma
nova ação para cada possuída, sem uma contrapartida em termos de aumento do efetivo
valor da empresa, o preço das ações tende a se ajustar. Se o valor da empresa era de R$
1 bilhão e ela tinha 500 milhões de ações a R$ 2,00 cada, dar uma bonificação de 100%
em geral leva o preço das

29
ações a R$ 1,00, já que são agora 1 milhão de ações de uma empresa que continua
valendo R$ 1 bilhão.

Subscrição
Quando uma companhia aumenta seu capital através de captação de recursos ela oferece
a seus acionistas o direito de comprar novas ações a um preço e prazo pré-determinados.
O número de novas ações que o acionista pode subscrever (comprar) é proporcional à
quantidade de ações que ele já possui daquela empresa.

O processo de subscrição é simples. O acionista ganha o "direito" de subscrever ações a


um determinado preço. Se o acionista acha que esse preço é um bom negócio, ele exerce
o direito.

Caso o acionista não queira exercer o direito de comprar as ações, ele pode vender esse
direito na bolsa para outros investidores.

Se o acionista não exercer nem vender o direito de comprar as ações dentro do prazo
determinado, ele perde o direito de subscrição.

Como você pode perceber o investimento em ações possibilita pagar o mínimo de


imposto de renda possível. Nenhum outro tipo de investimento tem essa característica.

Há obrigatoriedade de recolhimento de imposto somente quando o investidor efetua a


venda de ações com lucro, ainda assim ele conta com o beneficio da isenção do
recolhimento para vendas abaixo de R$20.000 mensais.

Entendendo O Índice Bovespa


Aqui talvez esteja uma dúvida da maioria das pessoas que, ainda, não atuam no
mercado acionário. A representatividade de um índice.

Um índice é um indicador do desempenho de um grupo de ações no qual se fará um


investimento teórico. Os índices de ações foram criados de modo a apontar o
comportamento de um determinado mercado acionário, de um setor de empresas ou
simplificar o entendimento do que ocorre com ações negociadas em uma bolsa, um país,
uma região e até mesmo em termos globais.

O índice indica o comportamento das ações que fazem parte do mesmo. Sendo uma
abstração estatística, pode não representar adequadamente um mercado como um todo,
ou certo momento dele.

30
Ibovespa
O Ibovespa é o mais importante índice de ações da B3. Ele é o resultado de uma carteira
teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos em sua
metodologia estatística.

O objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos
de maior negociabilidade e representatividade do mercado de açõesbrasileiro.

Clicando aqui você pode conferir a atual composição do Ibovespa. Saiba que de quatro
em quatro meses a composição do índice é revisada, de acordo com os critérios
estatísticos.

Qual o significado do Ibovespa para o investidor?


A função de qualquer índice é fornecer um norte para as pessoas que acompanham o
mercado financeiro.

A composição do Índice Bovespa leva em consideração o volume financeiro negociado,


ele engloba aproximadamente as 68 ações mais negociadas no nosso mercado.

Hoje temos cerca de 400 ações em negociação na bolsa, porém por um critério de
composição, o Ibovespa representa apenas o desempenho das 68 maiores.

Digamos que é um clube exclusivo!

O importante a entender sobre o índice é que ele deixa de representar o comportamento


de um setor específico ou de alguma empresa que por um motivo ou outro se descole do
comportamento do mercado.

Essa seletividade do Ibovespa não retrata o comportamento do mercado como um todo.

Vamos exemplificar para um melhor entendimento.

Entre novembro de 2010 e novembro de 2013 o Ibovespa recuou cerca de 27%. Ou


seja, as principais ações do mercado, representadas pelo índice, sofreram queda que
fizeram o índice perder 27% do seu valor.

Algumas ações dentro da composição do índice caíram mais outra menos. Além disso, a
representatividade no valor final do Ibovespa não é igual por ação.

As ações do Bradesco, por exemplo, subiram 8% no mesmo período analisado. Tendo


ela um peso importante na composição do Ibovespa.

As ações da Kroton, empresa do setor educacional com pequena participação no índice,


valorizaram cerca de 280% no mesmo período.

31
Um índice em queda não significa que você não possa ganhar dinheiro comprando
ações. Basta analisar corretamente e montar sua posição em empresas que poderão ter
um desempenho bem superior ao mercado.

Claro que em um ambiente de maior otimismo, onde o Ibovespa suba consistentemente,


é mais fácil se sair bem sucedido. Porém esse assunto diz mais respeito à alocação e o
momento da tomada de decisão. Assunto que abordamos em outros materiais da escola.

Portanto da próxima vez que você escutar nos telejornais que o Ibovespa subiu X% ou
que caiu Y% saiba que um determinado número de ações, na média, teve esse
comportamento e não a bolsa como um todo. Nem todas as ações que são negociadas na
B3 tiveram esse desempenho no dia.

Outros Índices
Com a intensão de medir setores específicos ou grupo de empresas com características
similares a Bolsa implementou o cálculo de outros índices.

Você pode conferir a lista completa dos índices da B3 descritos abaixo. Basta clicar no
tipo de índice e ir até a pagina d B3 para conferir a lista:

● Indices Amplos;
● Indices de Governança;
● Indice de Segmento;
● Indice de Sustentabilidade;
● Indices Setoriais;
● Indices SPDJI/BVMF;
● Outros Indices.

Passo 2: Como Investir – O passo a passo


Para ter acesso ao mercado acionário e começar a comprar ações é necessário seguir
alguns passos.

1º Passo
Antes de qualquer coisa você deve escolher a corretora, seja a corretora do seu banco
ou uma corretora independente.

Em seguida você deverá preencher um cadastro com seus dados e fornecer documentos
como CFP e comprovante de residência.

32
Para sua primeira compra a corretora independente deverá exigir uma transferência de
recursos para a compra. Caso sua corretora seja a do seu banco ele usará sua própria
conta corrente.

2º Passo
O segundo momento é o momento da compra. Porém antes de montar uma posição em
Bolsa, o investidor já deve ter avaliado quais empresas gostaria de ser sócio.

Para os iniciantes, eu sugiro escolher papéis de maior liquidez, ou seja, com maior
volume de dinheiro negociado. Se você comprar uma ação sem negociação diária
poderá vir a precisar dos recursos investidos e não conseguir se desfazer deles com
facilidade.

Após a definição do que comprar, o investidor acessa o “Livro de Ofertas” (se estiver
fazendo uso do home broker) ou checa com a corretora os preços que estão sendo
praticados para a ação de seu interesse.

O “Livro de Ofertas” é o banco de dados onde estão registradas as ofertas de compra e


venda, com quantidade e preços ordenados numa fila. Veja um exemplo a seguir para as
ações de Petrobras:

Com a ideia de preço formada, o investidor transmite a ordem de compra. Na ordem


deverá constar o código da ação que pretende negociar, a quantidade de papéis e o
preço que se pretende pagar.

Muita atenção nesse momento para não errar, pois um pequeno erro poderá representar
um grande prejuízo para sua conta de investimento.

Após a execução da ordem partimos para um 4º passo. O processo de liquidação da


compra.

33
A liquidação da compra ou venda é toda automática, sem que seja necessárianenhuma
intervenção do investidor.

O processo se divide em liquidação física e financeira. O prazo de


encerramento completo da liquidação são de 3 dias.

Quando você efetuar uma venda para sacar recursos, é importante se ater queo mesmo
somente será liberado para saque após 3 dias úteis.

Com base nessa informação, temos o seguinte “calendário”:

✓ D+0 – dia da operação;


✓ D+1 – prazo para os intermediários financeiros especificarem as operações por
eles executadas junto à bolsa – nesse processo, tanto sua corretora quanto a
corretora contra parte sinalizam a negociação para a Bovespa;
✓ D+2 – entrega e bloqueio dos títulos para a liquidação física da operação, caso
ainda não estejam na custódia da Bolsa;
✓ D+3 – liquidação financeira da operação

34
Passo 3: Ferramentas de Analise (O que
comprar)
As pessoas podem achar que o se negocia nas bolsas de valores são ações outítulos. Mas
não é isso. As transações se dão em torno de expectativas. Segundo Martin J. Pring
(Technical Analysis Explainde: the successful Investor's Guide to Spotting Investment
Trends and Turning Points. New York. McGraw-Hill. 1985), não há nenhuma razão
para que uma pessoa não possa obter lucro substancial no mercado financeiro, mas
existem várias razões para que este investidor perca dinheiro. Diante dessas realidades
os investidores necessitam de ferramentas para auxiliá-los a tomar a decisão certa.

Existem duas escolas que visam ajudar o investidor na melhoria da qualidade de suas
decisões: a Escola Técnica e a Escola Fundamentalista.

As Escolas Fundamentalista e Gráfica


Ambas as escolas estudam o comportamento do mercado e auxiliam o investidor na
escolha das ações e no melhor momento para comprar ou vender. Basicamente as duas
escolas procuram resolver o mesmo problema: a decisão de compra ou venda, mas com
abordagens diferentes. Enquanto a análise fundamentalista estuda as causas do
movimento dos preços e a análise técnica estuda o efeito, ou o comportamento dos
preços.

Apesar de serem metodologias com abordagens diferentes, usualmente utiliza-se a


abordagem fundamentalista para identificar oportunidades de investimentos e a
abordagem técnica para definir o momento de entrada e saída.

Recentemente uma pesquisa conduzida pela InfoMoney junto a 2.045 usuários do site
www.infomoney.com.br confirmou que, dos usuários pesquisados que analisam o
mercado de ações, 49% utilizam conceitos tanto de análise fundamentalista como
técnica. Para 29% a análise técnica prevalece, enquanto 22% apontaram sua preferência
pela análise fundamentalista. O importante é entender que as metodologias não se
excluem, pelo contrário aplicadas em conjunto têm condição de aprimorar a
rentabilidade do investidor.

Uma forma cada vez mais comum de combinar as duas análises é a filtragem dos papéis
por critérios de análise fundamentalista e a definição do timing de compra ou venda dos
papéis com base nos critérios da análise técnica.

Na prática isso se traduz pela escolha de ações de empresas sólidas, de bons


fundamentos e perspectivas positivas de acordo com a análise fundamentalista e com
base nesta “short list” de ações selecionadas, o investidor aplica os diversos conceitos
de análise técnica, como análise de tendências, linhas de suporte e resistência, linhas de
tendência, candlesticks e o uso de indicadores técnicos, com o objetivo de determinar
o melhor momento para entrar ou sairde cada papel.

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Nos Estados Unidos esta combinação recebe o nome de “technofundamental trading”, e
permite ao investidor aplicar simultaneamente conceitos das duas escolas, buscando,
sobretudo, identificar quando as duas metodologias indicam o ativo correto para
compra ou venda.

Analise Gráfica (ou Analise Técnica) e Analise Fundamentalista


Análise gráfica ou técnica é o estudo dos movimentos passados dos preços e dos
volumes de negociação de ativos financeiros, com o objetivo de fazer previsões sobre o
comportamento futuro dos preços. Para os analistas técnicos, a resposta está nos
gráficos de preços e volumes negociados das ações.

Os gráficos traduzem o comportamento do mercado, e avaliam a participação de massas


de investidores a induzir as formações de preços. Nessa análise, não importam os lucros
obtidos e projetados, política de dividendos das empresas, expectativas para o setor de
atividade, grau de endividamento, etc. O que importa são os fatores de procura e oferta
internos de mercado, sendo importante entender a “psicologia” do mercado.

Entre os pais da Análise Técnica estão os americanos William Peter Hamilton (1867 –
1929) e Charles Dow (1851 – 1902), um dos fundadores da Dow Jones e do Wall Street
Journal.

Charles Dow formulou uma série de estudos que vieram a compor o âmago da Análise
Técnica e que ficaram conhecidos como a Teoria de Dow.

A Análise Fundamentalista procura estabelecer um valor justo para o ativo, com base
nos fundamentos contábeis, econômicos e gerenciais da empresa, de seu setor de
atuação e da economia como um todo.

Portanto, cabe à analise fundamentalista levar à descoberta do preço justo de cada ação
no mercado em determinado momento e, pela comparação do valor justo da ação com o
seu preço de mercado, indicar o investimento que apresentar o maior potencial de
valorização.

Um dos maiores expoentes da analise fundamentalista é Benjamin Graham (1874-


1976). Graham além de estudar os fundamentos das empresas em seus próprios
investimentos foi um grande organizador e acadêmico do arcabouço conceitual utilizado
até hoje na Análise Fundamentalista.

Entre os seus maiores discípulos eu citaria Warren Buffett e um dos homens mais ricos
do mundo. Fez fortuna investindo em ações e seguindo a escola de analise de Graham.

O livro mais famoso ja publicado por Graham é o Investidor Inteligente, onde ele
descreve em detalhes todo o seu método.

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Como lucrei 42,85% em um único dia
Sábado, 15 de agosto de 2015.

São 8:20 da manhã, enquanto eu tomo meu café aproveito para ler notícias sobre o
mercado, não tive tempo na ultima sexta de passar os olhos nos principais jornais sobre
os acontecimentos que fecharam o mercado na semana.

Nada de especial no noticiário além de quedas no Ibovespa, crise econômica e política,


etc, até me deparar com uma chamada que prendeu minha atenção:

“Totvs anuncia acordo para incorporar Bematech em operação com ágio de mais de
60%”

...Opa! Belo início de fim de semana!

Não é novidade para ninguém que sempre nutri um apreço especial por Bematech e,
claro, ela faz parte da minha carteira de investimentos com objetivo de longo prazo.

No entanto, para contar essa história de amor, entre eu e Bematech, e esse exponencial
lucro de mais de 40%, preciso voltar um pouco no tempo...

Quero que você entenda qual a base para começar uma boa avaliação de empresas na
hora de investir em ações.

Você verá que diferente do que você deve pensar, ou o senso comum lhe indica, para se
investir em ações é preciso abrir sua mente, adquirir conhecimento e uma visão global.

É preciso ampliar sua zona de conforto e sair da mesmice que faz com que a maioria
dos brasileiros quando se aventuram na bolsa de valores querem, de cara, comprar
Petrobras e Vale.

Como tudo começou e a atenção as pequenas coisas

Voltando um pouco no tempo. Certo dia de 2013 eu estava na corretora em que


trabalhava e fui atender um assessor. Em determinado momento da nossa reunião ele
me perguntou:

- Você já analisou Bematech?

Como eu conhecia a empresa, superficialmente, sabia que ela produzia aquelas


maquininhas fiscais e os softwares para emissão das notas. Um negócio que nunca me
emocionou. Não me apaixonaria por esse modelo.

Então, minha resposta ao assessor foi que não havia estudado e achava o modelo de
negócio não muito atraente.

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E o assessor encerrou dizendo:

- você devia dar uma analisada!

Em 2014 participo de uma reunião com outros analistas e num bate papo informal um
deles me pergunta:

- Gustavo, você já analisou Bematech? Gostei do que viu e poderíamos trocar


figurinhas!

- Opa! Já escutei isso antes.

Bom...o raio caiu duas vezes no mesmo lugar. É bom dar uma verificada na situação.

Algo soou no meu ouvido: Gustavo vá estudar Bematech!

Bastaram alguns dias lendo os relatórios da companhia para descobrir que aquela
empresa de maquininhas e software para emissão de notas havia mudado, ganhou mais
tecnologia e um plano de negócio interessante. Ela havia mudado para muito melhor.

Ela dividiu seu mercado em três segmentos distintos que chamou de verticais: Varejo,
Hospitality e Food Service. Oferecendo uma solução completa para esses clientes.

E mais...

Intencionava colocar tudo em nuvens eliminando a necessidade do cliente em ter


equipamento para armazenagem física de dados. Havia inclusive comprado uma
empresa que detinha a tecnologia específica para esse fim.

Uma boa execução dessa estratégia colocaria a Bematech como a única empresa que
teria dados de consumo de três importantes segmentos de negócio.

Ela poderia saber, por exemplo, em que região do Rio de Janeiro a Coca-Cola vende
mais. Informações muito valiosas para qualquer empresa.

Durante a análise, outros pontos importantes se revelaram. Diante de tanta novidade


positiva para a companhia eu não poderia sugerir outra coisa senão a compra de
Bematech.

O risco existia claro!

O maior que eu identifiquei era a execução de uma estratégia como essa por parte de
uma empresa de menor porte.

São planos ambiciosos, custosos e que demandariam investimentos e comprometimento


de todos na Bematech.

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Outro risco é o ambiente interno, a economia brasileira. Uma retração na mesma
afetaria a empresa.

Porém a importante relação entre o risco e retorno era extremamente favorável à


compra.

Nesse período eu era analista e sócio de um Asset no Rio de Janeiro e indiquei a compra
para o Head da área. Esperei os dias exigidos pela lei e comprei paramim também.

Vários clientes, alunos que me acompanham também compraram.

Inclusive usei a empresa como estudo de caso na minha aula de finanças no MBA e um
aluno depois veio me falar que também comprou.

Eu fiquei tão empolgado com a análise da companhia que em um Hangout da Escola de


Finanças com o tema dólar, inflação e Petrobras eu comentei sobre Bematech para fazer
um paralelo entre comprar boas empresas e perder tempo com empresas mal geridas.

...esse hangout foi ao vivo em março de 2015.

O que aconteceu durante minha análise foi que eu simplesmente me apaixonei pelo
negócio da companhia por vislumbrar um futuro promissor. Tudo se mostrava
extremamente atraente.

Reparem que não comentei aqui de nenhuma técnica de analise, de valuation, de


gráficos, de nada. O que bastou foi ver um negócio promissor na minha frente e o
mercado cego para ele.

Claro que para entregar a recomendação de compra no Asset eu usei as técnicas de


análise para precificar a ação e confirmar que realmente havia um imenso desconto no
preço.

Talvez pelo tamanho de Bematech poucos analistas e investidores “perdiam tempo”


analisando a empresa, além da pequena liquidez das suas ações.

...e olha que a empresa fazia de tudo para aparecer. Promovia encontro com analista,
atendia a todos os investidores que para lá ligavam, etc.

Mas, para o investidor comum, não havia a necessidade de profundo conhecimento de


análise de ações, bastava enxergar um bom negócio à frente e uma empresa bem gerida
ocupando esse nicho de mercado.

O investidor deve identificar o quão promissor é o negócio que a empresa atua. Se a


administração está focada em gerar valor para o acionista. Somente assim ele
encontrará boas empresas para investir.

Depois é esperar um bom momento para compra, o chamado “timing” da decisão e


pronto!

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O investidor para montar uma posição com essa de Bematech deve ter foco lá na frente.
Não se trata de uma compra especulativa buscando ganhos de curto prazo. A aposta
aqui é no crescimento da empresa, na geração de valor no tempo.

E foi o que eu fiz. Acompanhava os resultados e a evolução do negócio.

Apesar de a crise ter impactado os números, o núcleo do negócio estava intacto,


seguindo o plano traçado pela diretoria, principalmente, a receita recorrente nas novas
verticais de atuação.

Porém no meio do caminho havia alguém que, assim como eu, também identificou um
negócio promissor na Bematech. Esse alguém foram os executivos da Totvs.

Para quem não conhece a Totvs é também uma empresa de tecnologia que provem
soluções de gestão empresarial integrada, com foco nas empresas de médio e pequeno
porte. Líder no seu mercado e também uma empresa de capital aberto.

A Totvs fez então, no dia 14 de agosto, após o fechamento dos mercados, uma proposta
de compra das ações de Bematech, oferecendo R$9,35 por ação mais cerca de 0,0434
ações da Totvs para cada ação da Bematech.

Essa oferta totaliza um valor em dinheiro de cerca de R$11 para as ações de Bematech.
Um Upsite potencial de mais de 60%. Nada mal para um papel que vinha sendo
negociado na casa dos R$7.

Imaginem como foi meu fim de semana do dia 15. Não via a hora da abertura do
mercado na segunda para contabilizar o ganho.

Em uma operação como essa o mercado financeiro não precifica tudo de uma só vez.
Pois a operação ainda precisa de aprovação pelas assembleias das duas companhias
envolvidas, além do CADE (Conselho de Administração e Defesa Econômica).

O preço das ações de Bematech tenderia a se ajustar até a data definitiva da negociação.
Mas boa parte da operação seria precificada já na segunda-feira.

Segunda-feira, 17 de agosto de 2015.

Às 10 horas o pregão da Bovespa é aberto e BEMA3 (código para as ações de


Bematech) negociam com alta de mais de 40% vindo a fechar em exatos 9,50
contabilizando uma alta de 42,85%.

Nada mal para uma segunda-feira!

E pensar que tudo começou quando um raio bateu nos meus ouvidos duas vezes!

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Comentários Finais
Nesse e-book abordamos o processo de investimento em ações através da B3.

Desmistificamos pontos importantes que afastam o brasileiro do mercado acionário.


Mostramos que o processo para se investir em si é simples, porém alertamos para o
maior risco de se tornar investidor em ações – o vício.

Mostramos os benefícios do investimento em ações, principalmente na questão fiscal.


Investir em ações, quando feito da forma correta, torna-se uma ferramenta poderosa
para impulsionar seu patrimônio.

Porém o processo para se escolher boas ações para compor seu portfólioexige tempo de
aprendizado e experiência em análise. Nesse e-book abordamos fatores técnicos, os
primeiros passos para se acessar o mercadode acionário.

O final da leitura desse ebook é apenas o começo da sua caminhada para inserir o
investimento em ações na sua vida.

Importante reforçar que embora as ações sejam excelentes ativos para composição do
seu patrimônio, elas nunca lhe foram oferecidas pelo seu gerente, o profissional de
investimentos mais próximo.

Talvez você tenha ouvido falar em ações apenas pelos seus amigos. Esse tipo de
investimento não é oferecido ao poupador pelas instituições financeiras. Elas preferem
lhe apresentar títulos de capitalização como investimento.

Seu esforço para ampliar seu horizonte de investimento e consequentemente sua zona
de conforto está na negativa em aceitar tais produtos, que em essência só remuneram a
própria instituição.

Alguém já lhe telefonou dizendo: “Olha, temos uma excelente oportunidade de


investimento em ações localizada pela nossa área de analise de ações e você tem agora a
oportunidade de aumentar seus rendimentos dentro do nível de risco que você pode
suportar!”.

Acredito que isso nunca tenha acontecido contigo. O sistema é preparado não para lhe
oferecer as melhores opções de investimento, aquelas que geram maior retorno para
você investidor.

O sistema está todo montado para lhe aterrorizar e com você na defensiva lhe oferecer
os melhores produtos com os maiores lucros para as próprias instituições.

Experimente pressionar seu gerente do banco mostrando produtos de outras instituições,


como corretoras, e veja sua reação! Com certeza ele começará a reduzir suas taxas no
banco, lhe colocará medo citando o risco, etc.

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O investimento em ações deve ser bem estudado e considerado como complementar ao
seu patrimônio.

É fundamental ter ciência de que as ações são suas e não da corretora ou da bolsa. A
corretora é apenas uma intermediaria entre você e a bolsa de valores, e a corretora
poderá até quebrar que você não perderá suas posições em ações.

O investimento em ações é regulado e fiscalizado por órgãos públicos competentes


como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários. Isso garante ao investidor
confiabilidade e segurança.

As corretoras, assim como os bancos, são fiscalizadas constantemente, são obrigadas a


manter internamente setores que fiscalizam constantemente seus procedimentos internos
a fim de manter a segurança ao cliente.

Boa sorte no seu processo de tornar-se investidor em ações e conte comigo!

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