Você está na página 1de 54

Entenda como

funcionam
as carteiras
completas de
investimento
Introdução 3
O que é a Spiti 4
O Conceito de Independência 6
Como funciona o acompanhamento profissional da Spiti 8
Antes de Investir 11
Orçamento familiar 11
Reserva de Emergência 12
Corretora 14

O tripé impossível: retorno, risco e líquidez 16


Sobre as carteiras recomendadas de valorização e renda 18
A importância de uma alocação estrutural 18
Como a Spiti define a alocação estrutural de suas carteias? 19
A importância do rebalanceamento de carteiras? 21
Sobre a carteira de Valorização 22
Sobre a carteira de Renda 24
Sobre ambas as carteiras 25

Três dúvidas frequentes sobre


as classes de ativos que recomendamos 27
Renda Fixa 27
Ações 30
Fundos Imobiliários 32
Fundos Multimercados 34
Investimentos Internacionais 37
Alternativos 40
Temas gerais 42

Como construir a minha carteira do zero


a partir das recomendações da Spiti 44
Como migrar a minha carteira atual para a carteira da Spiti 47
Entendendo a sua carteira 47
Cuidado na hora de vender seus ativos, principalmente os de crédito privado 48
E como comprar os ativos que ainda não tenho 50

Imposto de Renda 51

2
Olá, turma!
Investir é algo essencial, mas não pode ser feito de qualquer maneira,
sem o mínimo de preparo prévio. Embora seja para todos, o mer-
cado financeiro exige alguns cuidados e boas práticas.

Ter um conhecimento básico sobre algumas questões pode au-


mentar bastante a sua chance de sucesso e evita que você co-
meta erros simples ou tenha suas expectativas frustradas.

Para te guiar de maneira apropriada, elaboramos este relatório


de introdução. Ele ajuda quem está desembarcando por aqui
a se adaptar ao modelo de uma casa de análise independente
como a Spiti.

Vale dizer que muitos temas abordados aqui poderiam ter um


relatório inteiro dedicado e com bastante aprofundamento. En-
tretanto o objetivo desta publicação não é que você entenda com
profundidade todos os temas, mas, sim, que tenha visibilidade
sobre alguns assuntos que são importantes e que devem impac-
tar a sua jornada de enriquecimento através de investimentos.

Pode entender este relatório como um manual de boas práticas


e alinhamento de expectativas. Ele será uma leitura indispensá-
vel para todo novo assinante que chegue por aqui.

Boa leitura!
3
O que é a Spiti
A Spiti é uma casa de análise; vamos te explicar o que isso signifi-
ca e o que ela pode e deve fazer.

No mercado financeiro cada participante tem suas atribuições


muito bem definidas. Alguns tem uma função comercial (geren-
tes e assessores), outros são mais operacionais e administrativos
(custodiantes). Já as casas de análise são instituições habilitadas
a recomendar investimentos (não é qualquer profissional que pode
fazer isso).

A atividade de recomendação profissional de investimentos foi um


pouco banalizada no Brasil pelo fato de muitas pessoas realizarem
essa atividade mesmo sem poderem. Hoje, ao abrir conta em uma
corretora, não demora muito a recebermos um primeiro contato
com alguém disposto a ajudar você a montar uma carteira.

A questão é que a função de um assessor de investimentos ou um


gerente de banco é (ou deveria ser) apenas de caráter comercial,
como um vendedor que conhece e é capaz de explicar muito bem
os investimentos que possui em prateleira para que o cliente seja
capaz de tomar a decisão.

4
Uma casa de análise, por sua vez, tem a autorização legal para
atuar com análise e recomendação de investimentos. Exige-se
que a maior parte do time de análise seja composto por profis-
sionais com Certificado Nacional de Profissional de Investimentos
(CNPI), o que traz uma camada a mais de segurança, uma vez que
se passa a ter regras claras para definir a maneira que os analistas
trabalham.

A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do


Mercado de Capitais (Apimec) é a instituição que supervisiona a
atividade dos analistas profissionais de forma que haja uma res-
ponsabilização direta entre a instituição (e o analista) e a reco-
mendação feita, exigindo sempre o devido embasamento teórico
e técnico para cada ativo recomendado.

Agora, talvez o ponto mais importante seja o contexto que influen-


cia as recomendações. A exigência de respaldar cada recomen-
dação pelo lado teórico e técnico visa minimizar intenções detur-
padas. Uma casa de análise deveria ser independente e prezar
apenas pelo benefício gerado a seus assinantes.

Este assunto é tão importante que merece um


detalhamento especial.

5
O conceito de independência
Costumamos dizer que passamos por duas revoluções na indús-
tria de investimentos e estamos passando pela terceira neste exa-
to momento.

Revolução 1.0. Os grandes bancos como solução para sua cons-


trução patrimonial. Muitas pessoas têm a percepção de que investir
através dos grandes bancos é seguro e por isso contam com a ajuda
dos gerentes para escolher aplicações disponíveis na plataforma. O
gerente, como já discutimos, tem a prerrogativa de agir como um ven-
dedor, e não “recomendador” de investimentos. Ainda assim, apre-
senta para seus clientes opções que, na maioria das vezes, são do
próprio banco e que não costumam ser as melhores possíveis (isso
para não dizer outra coisa).

Revolução 2.0. A chegada das corretoras trouxe uma imensa aber-


tura em termos de acessibilidade a investimentos melhores. As cor-
retoras atuam na intermediação, sendo a ponte entre os clientes e
investidores, e colocam em sua plataforma uma diversidade maior de
produtos de terceiros. Essa revolução melhorou muito a diversidade
de opções disponíveis, mas, se utilizamos a corretora como fonte de
informação para tomada de decisão, podemos ter problemas. Mesmo
que a corretora tenha uma gama maior de opções, só te oferecerá
produtos que estão disponíveis em sua plataforma já que eles geram
um comissionamento. Esse comissionamento é diferente para cada
investimento de forma que não saberemos ao certo se o investimento
é realmente interessante para nós ou se apenas foi escolhido por ge-
rar mais comissão para quem vende.

6
Revolução 3.0. A revolução 3.0. passa pelo amadurecimento de al-
ternativas que sejam alinhadas, de fato, com os interesses dos inves-
tidores. Casas de análise e consultorias independentes têm um papel
de destaque aqui.

Nossa única fonte de receita é o dinheiro que nossos assinantes


pagam para continuar tendo nossa orientação. Se você recebe
uma recomendação de compra de uma ação, por exemplo, você
pode executar essa ordem na corretora de sua preferência e a Spiti
não ganhará nada com a materialização do investimento.

Nossa única fonte de receita é o dinheiro que nossos assinantes


pagam para continuar tendo nossa orientação. Se você recebe
uma recomendação de compra de uma ação, por exemplo, você
pode executar essa ordem na corretora de sua preferência e a Spi-
ti não ganhará nada com a materialização do investimento.

Se o cliente ganha dinheiro e se interessa pelos embasamentos


técnicos e educativos da casa de análise, ele fica satisfeito e per-
manece renovando sua assinatura. Entretanto, se o cliente não
gosta do serviço, tem a liberdade de cancelar a assinatura. Esse
ambiente faz com que os analistas estejam com os interesses ali-
nhados ao dos seus assinantes.

O Brasil é um país muito pobre em educação financeira. Muita gen-


te investe bastante tempo estudando e pesquisando para comprar
um novo eletrodoméstico, mas, sem pensar muito, investe o di-
nheiro em alguma alternativa qualquer.

7
Se temos um problema de saúde, por exemplo, queremos a segu-
rança de que o médico que nos atende cuide de nossa saúde em
primeiro lugar. Imagino que você teria um grande desapontamen-
to se descobrisse que seu médico tem vínculo com uma farma-
cêutica e por isso te receitou um remédio que não era o melhor
possível para o seu problema.

Da mesma maneira, se queremos um cuidado especial com


nosso patrimônio, temos que entender que a ajuda profissional
não pode ser gratuita. Afinal, se um serviço é de graça pode ser
que o produto seja você.

Como funciona o
acompanhamento
profissional da Spiti
O trabalho é vasculhar e estudar o mercado a procura das melho-
res alternativas de investimentos para as nossas carteiras reco-
mendadas. Como comentamos anteriormente, a Spiti é uma casa
de análise regulada e conta com analistas certificados, o que traz
algumas obrigações sobre a forma de atuarmos.

Toda nossa interação com assinantes deve ser pública e acessível


a todos de forma que não podemos resolver questões individuais.

8
Portanto, se você enviar uma pergunta operacional para o e-mail
de algum de nossos analistas, ele eventualmente pode te ajudar,
mas jamais poderia responder a uma pergunta relacionada a in-
vestimentos.

Uma resposta individualizada pode configurar uma atividade de


consultoria, o que nós não somos habilitados a fazer. Lembre-se
de que, no mercado, cada participante tem uma função e a consul-
toria individual fica a cargo dos consultores.

Assim sendo nosso contato no dia a dia será feito, principalmente,


através dos seguintes formatos:

Relatórios de análise: por questões legais, toda recomendação ou


retirada de recomendação necessita de um material técnico que a
embase. De modo geral, até para incluir uma quantidade maior de de-
talhes, elaboramos relatórios escritos de recomendação ou retirada
de ativos da carteira. Portanto, entenda que o relatório é apenas um
dos formatos possíveis que utilizaremos para que um bom conteúdo
chegue até você.

Lives tira-dúvidas: justamente por não podermos falar individual-


mente com os assinantes, as dúvidas podem ser tiradas em um canal
aberto que possa ser acessado por todos. As lives tira-dúvidas são
excelentes para que você possa interagir diretamente com o analista
responsável por algum tema.

Vídeos: o consumo de conteúdo digital hoje é muito diverso e o mo-


delo escrito de um relatório tradicional fica defasado caso seja a úni-
ca opção. Por vezes, entendemos que um vídeo mais dinâmico e inte-
rativo possa ser mais eficaz para explicar algum conceito importante.
Além do mais, percebemos ao longo do tempo que os assinantes
consomem mais nossos conteúdos quando apostamos em recursos
de audiovisual.

9
Podcasts: o Brasil rapidamente se tornou um dos mercados mais
aquecidos para podcasts. A correria do dia a dia favorece o consumo
de um conteúdo via áudio (mas que muitas vezes tem vídeo também)
que promova debates e insights dentro das áreas de interesse. Costu-
mamos fazer podcasts com o time de análise para discutir perspecti-
vas de mercado. Também costumamos convidar pessoas de merca-
do para gravar conversas exclusivas para nossos assinantes.

Comunidade: temos uma comunidade digital que permite uma troca


direta entre os assinantes e que também conta com a presença de
nosso time de profissionais. Lá criamos tópicos de discussões e os
assinantes podem mandar perguntas e interagir com a comunidade.

Inclusive, incentivamos fortemente que você participe de nos-


sa comunidade no Circle, pois lá temos um espaço especial para
trocar ideias, sanar dúvidas e interagir com outras pessoas que
possam ter objetivos similares aos nossos.

Toda vez que houver algum assunto pertinente a ser tratado, falare-
mos dele por meio dos nossos conteúdos. Sempre que houver uma
nova recomendação ou retirada de algum ativo, você será notificado.

Você pode contar também com nosso time de atendimento, que


conhece profundamente a Spiti e os analistas, e pode te ajudar
com direcionamentos mais operacionais de utilização da platafor-
ma e questões ligadas à sua assinatura.

O e-mail para contato com nosso time de atendimento é


atendimento@invistaspiti.com.br. Você também consegue
fazer contato através do chat disponível em nossa área logada.

E por falar em área logada, vamos falar como ela funciona.

10
Antes de investir...
Agora que você entendeu o nosso trabalho e como nosso relaciona-
mento irá se desenrolar ao longo do tempo, é hora de estalar os de-
dos e começar a organização prática para começarmos a jornada.

É muito comum que, depois de descobrir a importância dos in-


vestimentos, pessoas tenham certa pressa para começar logo. A
questão é que boa parte (talvez a maior parte) da energia deve
ser empregada antes mesmo de investirmos.

Orçamento familiar
Este tópico pode ser óbvio para muitos, mas, infelizmente, sabe-
mos que muitas pessoas não cuidam devidamente de suas finan-
ças antes de se prepararem para investir.

Importante ressaltar que na Finclass é possível encontrar muitos


conteúdos interessantes com essa temática, os quais podem aju-
dar bastante no nosso sucesso financeiro.

O ato de poupar é tão importante (diria até mais importante) que


o investimento e, portanto, precisamos nos organizar internamen-
te dentro de nossos lares para criar uma estrutura de gastos que
acomode um investimento recorrente, mesmo que seja pequeno.

11
Assim como sabemos que todo mês temos o aluguel, a mensali-
dade do colégio dos filhos, a conta de luz ou qualquer outro gasto
obrigatório, deveríamos separar uma quantia que servirá para o
seu eu do futuro. Pense como se todo mês você tivesse um boleto
a pagar para construir o seu futuro ideal.

Não estamos falando de viver no aperto em prol de poupar muito,


mas de equilibrar prioridades de forma que sobre um pedacinho
para poupar.

Além disso, vale mencionar que nunca devemos deixar de pagar


uma dívida para investir. É improvável que possamos conseguir
rentabilidades altas e de forma garantida de maneira a cobrir os
juros de uma dívida.

Em casos assim é melhor procurarmos nos organizar financeira-


mente para controlarmos a situação da dívida para depois cons-
truirmos uma reserva de emergência e pensarmos em investir.

Reserva de emergência

Antes de começar a investir nas carteiras da Spiti


(de renda ou valorização), tenha a sua reserva de
emergência construída!

Por mais chato que seja ficar pensando que as coisas podem dar
errado, não podemos negligenciar que isso faz parte da vida e
é importante estarmos preparados ou preparadas para um mo-
mento ruim.

12
A maior parte dos investimentos recomendados pode ser resga-
tada com certa facilidade, entretanto, poder resgatar não signifi-
ca que você deva fazer isso. Nossas carteiras recomendadas são
desenhadas para o longo prazo, ou seja, é possível que passemos
por momentos muito desafiadores no curto prazo.

Caso você precise sacar seus recursos em um momento ruim de


mercado, você venderá seus investimentos na baixa e poderá ter
uma perda permanente de capital. Se você tem um bolsão de
emergência, pode se dar ao luxo de resgatar recursos enquanto
mantém sua carteira intocada.

A reserva de emergência também serve para oportunidades.

Imagine um cenário em que a Bolsa despenca e você precise re-


equilibrar a carteira sem ter um dinheiro novo disponível. Ou até
mesmo quando aquele fundo de investimento que estava fechado
há anos decide abrir bem quando você não tem um dinheirinho
sobrando.

A reserva pode ajudar você neste processo. Podemos utilizar os


recursos tanto para emergências quanto para oportunidades,
sempre com o compromisso de repor a quantidade usada.

Usou, repõe!

Normalmente algo em torno de seis meses dos seus custos men-


sais é suficiente, mas isso pode ser ajustado de acordo com a ne-
cessidade de cada um. Um profissional autônomo, por exemplo,
que não possui uma estabilidade de receita poderia considerar

13
ter algo entre 8 e 12 meses de reserva, enquanto um funcionário
público que possua estabilidade de emprego poderia ter até algo
entre quatro e seis meses.

Por último, mas não menos importante, muitas pessoas gastam


muita energia tentando maximizar o retorno da reserva de emer-
gência e acabam trazendo riscos para um bolsão que deveria ser
extremamente seguro.

A ideia é que a reserva de emergência possa ser acessada a qual-


quer momento, que seja segura e que renda ao menos o custo de
oportunidade, que no Brasil é o CDI.

Por isso, não achamos que valha a pena corrermos riscos desne-
cessários para tentar turbinar a rentabilidade deste bolsão emer-
gencial. Nossa carteira será a responsável por buscar retornos
mais elevados e nossa reserva deve ficar em uma alternativa con-
servadora.

Para constituir a reserva de emergência recomendamos o


Tesouro Selic ou fundos simples de taxa zero (destacados na
aba de fundos).

Corretora
Corretoras são necessárias nessa jornada como intermediárias
entre você e seu investimento, mas não recomendamos corretoras
específicas. Cada cliente se adapta de maneira diferente às dife-
rentes plataformas e esse aspecto qualitativo deve ser respeitado.

14
Destacaremos, é claro, quando existirem vantagens e desvanta-
gens claras entre as corretoras mais importantes do mercado.

Observamos se a corretora é minimamente confiável, se nossos


assinantes costumam gostar do serviço, se as taxas são elevadas
e se possui uma grande disponibilidade de opções que são reco-
mendadas pelo time de análise.

Os ativos listados em Bolsa, assim como ativos do Tesouro Direto


(que acabam por ser um pouco mais da metade dos ativos reco-
mendados) podem ser investidos em qualquer corretora. Nesse
caso deixamos você livre para escolher a sua corretora predileta,
embora seja importante destacar nossa preferência de não pagar
taxa de corretagem (muitas corretoras já não cobram essa taxa).

Entendemos que hoje existam corretoras que, sozinhas, dariam


cobertura a todos (ou quase) todos os ativos recomendados, mas
não deixe de considerar qual é o custo financeiro para concentrar
os ativos em uma única corretora. Por exemplo, se a sua corretora
predileta tem todos os fundos de investimento de que você preci-
sa para montar a carteira, mas cobra taxa de corretagem, talvez
valha a pena ter uma segunda conta em uma corretora com corre-
tagem zero.

Constantemente produzimos materiais que auxiliam


na parte prática da execução dos investimentos. Se
tiver dúvidas nesse sentido, poderemos te ajudar.

15
O tripé impossível: retorno,
risco e líquidez
Aqui é importante fazer um ajuste de expectativas sobre o que es-
perar de nossos investimentos.

Quando não conhecemos minimamente o merca-


do, podemos ter expectativas desconectadas da
realidade.

O ser humano é naturalmente avesso a riscos e ninguém gosta de


perder dinheiro. Da mesma forma que ninguém gosta de perder,
todos nós queremos ganhar o máximo possível. Melhor ainda se
ainda tivermos a segurança de poder acessar o dinheiro a qual-
quer momento.

Infelizmente não podemos ter liquidez, segurança e altos retornos


em um mesmo ativo. Este é o tripé impossível e precisamos abrir
mão de um aspecto para almejarmos outro.

16
Você pode ter ativos com um retorno altíssimo, mas provavelmen-
te eles não devem ser acessados a qualquer momento e possuem
um risco maior. Por outro lado, o Tesouro Selic é o ativo mais segu-
ro de nossa economia e pode ser acessado a qualquer momento,
mas, como esperado, não terá a rentabilidade mais vultuosa do
mercado.

Retornos elevados acontecem no mercado finan-


ceiro, mas não são garantidos nem recorrentes. A
diversificação, como explicaremos melhor adiante,
é fundamental para enfrentarmos a incerteza do
futuro maximizando as probabilidades de ganhos
e minimizando as probabilidades de perda.

17
Sobre as carteiras
.

recomendadas de
valorização e renda
Aqui na Spiti nós vamos disponibilizar duas carteiras de inves-
timentos, uma voltada para valorização, com a possibilidade de
implementar via fundos ou ativos diretamente, e outra de renda,
como abordaremos com maiores detalhes nos tópicos abaixo.

A importância de uma alocação


estrutural
A experiente e cuidadosa equipe de analistas da Spiti, após mui-
tos estudos, chegou à conclusão de que as pessoas devem man-
ter uma alocação estrutural de longo prazo para seus investi-
mentos. Corroborando essa conclusão, citamos aqui como uma
das principais referências que utilizamos um famoso estudo da
Vanguard, uma das maiores gestoras do mundo, que apontou que
mais de 90% dos resultados de uma carteira são explicados por
essa abordagem.

18
Inconscientemente, carregamos diversos vieses comportamen-
tais que podem prejudicar nossa jornada como investidores ou in-
vestidoras. Seguir fielmente uma alocação estrutural nos protege
de nos empolgarmos demais quando as coisas estão indo bem e
também ajuda a manter o controle emocional quando as coisas
vão mal.

Nosso objetivo por aqui é sempre seguir a alocação estru-


tural, mesmo que no dia a dia seja utópico empatar os pe-
sos pré-estabelecidos devido às atualizações de preços. O
importante mesmo é que estejamos sempre perseguindo a
alocação pré-definida.

Como a Spiti define a alocação


estrutural de suas carteias?
Citando como exemplo nossos estudos sobre a carteira de valori-
zação, inicialmente definimos que gostaríamos de construir uma
carteira com alto potencial de retorno, de perfil mais agressivo,
porém com riscos controlados.

Nossas alocações são definidas a partir de muitos


estudos e, se fôssemos separar em etapas, o tra-
balho poderia ser dividido em sete partes:

19
1 Analisamos o poder da diversificação em 12 países, cobrindo to-
dos os continentes e utilizando regiões desenvolvidas e em desen-
volvimento.

2 Entramos em maiores detalhes do Brasil e Estados Unidos, visando


melhor entender em que ponto estamos e qual seria o caminho até
atingir um estado de alto grau de desenvolvimento de mercado.

3 Projetamos o futuro a partir de estudos de bancos e consultorias


especializadas, visando não limitar nossa análise a apenas eventos
passados.

4 Testamos nossa alocação no mercado brasileiro utilizando índices


de mercado. Aqui nós calculamos os resultados de diversas possi-
bilidades de carteiras por várias métricas estatísticas.

5 Calibramos a tolerância ao risco. No mundo dos investimentos é


importante não correr mais riscos do que podemos suportar, por
isso, diversas simulações foram feitas nessa etapa para garantir
algo rentável e seguro para o longo prazo.

6 Aqui aplicamos uma etapa do teste cego. Os analistas da Spiti, com


o conhecimento acumulado das cinco primeiras etapas, fizeram
suas sugestões particulares de alocação estrutural, e para nossa
surpresa chegamos a um resultado muito parecido, que resultou na
nossa proposta oficial.

7 Backtest com ativos reais, em que recuperamos as movimentações


das nossas carteiras por classe de ativos e simulamos na alocação
estrutural sugerida para verificar que, em uma simulação de vida
real, nossa proposta se mostra válida.

20
A importância do
rebalanceamento de carteira
Como já mencionado, é crucial manter uma alocação estrutural e
segui-la de perto. Nesse contexto, o rebalanceamento constante
de uma carteira de investimentos se torna fundamental para man-
ter a consistência no plano.

No geral, preferimos realizar ajustes por meio de novos aportes,


evitando resgates sempre que possível, o que pode resultar em
melhor eficiência tributária, uma vez que a maioria dos ativos fi-
nanceiros e fundos de investimento está sujeita a tributação sobre
o rendimento.

Uma dica valiosa que gostaríamos de compartilhar é que podemos


utilizar os dividendos recebidos para realizar o rebalanceamento
da carteira, o que tira a necessidade de ter que fazer resgates mui-
tas vezes.

Sugerimos a utilização de uma planilha de acompanhamento da


carteira. Esse tipo de ferramenta permite identificar as classes
de ativos e ativos que estão sobre ou subalocados. Ao identificar
ativos abaixo da alocação sugerida, priorize-os ao efetuar novos
aportes.

Pequenos desajustes são normais e não exigem preocupação, no


entanto, se a diferença em relação à alocação sugerida se tornar
significativa, talvez seja o momento de considerar resgates pontu-
ais para retornar à alocação estrutural previamente definida.

21
Sobre a carteira de Valorização

1) Para quem é essa carteira?

Essa carteira costuma ser mais indicada para quem não necessi-
ta de geração de renda recorrente oriunda de investimentos para
arcar com suas despesas pessoais. Os dividendos recebidos por
alguns ativos dessa carteira podem, inclusive, ser utilizados para
fazer novos aportes com a finalidade de rebalancear a carteira na
alocação estrutural proposta.

2) Quais classes de ativos compõem a alocação base?

Sua alocação é composta por 15% de renda fixa pós, 20% de ren-
da fixa ativa, 15% de fundos imobiliários, 15% de ações, 12% de
fundos multimercados, 20% de investimentos internacionais e 3%
de investimentos alternativos. Nessa carteira escolhemos as me-
lhores opções de ativos e fundos de investimento disponíveis no
mercado independentemente se pagam dividendos ou não.

3) A partir de quanto de patrimônio posso montar a


carteira?

Com valores a partir de R$ 5 mil já é possível construir sua cartei-


ra, mas lembre-se de que você deve já ter construído a sua reser-
va de emergência antes.

22
4)O que esperar da rentabilidade da carteira?

Essa carteira foi fruto de uma alocação estrutural cuidadosamente


construída pelo time de analistas da Spiti com a intenção de im-
pulsionar os retornos ao longo do tempo.

Importante mencionar que não temos como mensurar precisa-


mente o desempenho potencial de uma carteira de investimen-
tos, o que podemos saber é que, pela natureza mais agressiva
de sua alocação estrutural e acompanhamento profissional de
excelência, é possível que obtenhamos ganhos consideravel-
mente superiores ao CDI no longo prazo.

5) Carteira de valorização via fundos ou ativos


diretamente: alguma delas é melhor?

Não existe diferença quando pensamos em potencial de retorno


pois atuam sob a mesma filosofia de alocação por classes de ati-
vos. Você pode escolher se prefere a “maior interação” de comprar
e vender ativos diretamente ou se prefere a “comodidade opera-
cional” de fazer por fundos.

23
Sobre a carteira de Renda

1) Para quem é essa carteira?

A carteira de renda da Spiti é mais indicada para quem necessi-


ta da renda dos dividendos para cobrir despesas mensais, geral-
mente mais usual na fase de usufruto (por exemplo, aposentado-
ria). A carteira também pode ser interessante para pessoas que
se sintam mais confortáveis com a estratégia de receber valores
mais volumosos de dividendos para crescer patrimônio ao longo
do tempo.

2) Quais classes de ativos compõem a alocação base?

Trata-se de uma carteira em que escolhemos ativos e fundos mais


maduros, no patamar de conseguir pagar renda recorrente com
facilidade e ter alta previsibilidade desse “fluxo de pagamentos”.

Nela temos uma alocação maior em fundos imobiliários (40%) e


ações (30%), além de 20% em dívida corporativa e 10% em títulos
públicos.

3) A partir de quanto de patrimônio posso montar a


carteira?

Com valores a partir de R$ 5 mil já é possível construir sua cartei-


ra, mas lembre-se de que você deve já ter construído a sua reser-
va de emergência antes.

24
4) O que esperar da rentabilidade da carteira?

Assim como no caso da carteira de valorização, não podemos pre-


ver o potencial de retorno, mas podemos saber que buscará uma
rentabilidade superior aos principais benchmarks de mercado e
atenderá perfeitamente ao propósito de geração de renda com
boa diversificação e alocação eficiente dos recursos.

Sobre ambas as carteiras

1) Posso ter uma carteira de renda e uma de


valorização?

É possível ter ambas as carteiras, mas faça uma reflexão se isso


realmente é necessário. Caso julgue que sim, sugerimos que con-
trole ambas com clara separação, para evitar confusões na aloca-
ção estrutural. Vale observar também que existem ativos que são
recomendados nas duas.

2) Quando saber o momento de mudar da carteira de


valorização para a de renda?

Trata-se de uma decisão muito pessoal, podendo variar muito de


pessoa para pessoa e envolve uma gama de circunstâncias, inclu-
sive de preferência pessoal.

25
Na maior parte dos casos, a carteira de valorização tende a fazer
mais sentido para pessoas jovens e de meia idade, com foco de lon-
go prazo e que não tenham necessidade de gerar renda recorrente
das aplicações financeiras para arcar com despesas pessoais.

Já a carteira de renda passa a fazer mais sentido quando o in-


vestidor ou investidora entra em uma fase de usufruto e a renda
recorrente torna-se necessária para arcar com as suas despesas
pessoais.

Sabemos que existem muitas pessoas entusiastas


das carteiras de renda, pois é algo que as ajuda a
manter a disciplina e consistência para crescer o
patrimônio ao longo do tempo. Portanto, ainda que
não tenha necessidade de gerar renda recorrente
para arcar com despesas do dia a dia, essa pode
ser uma estratégia útil para te ajudar psicologica-
mente a atingir seus objetivos. Afinal, investir tam-
bém diz respeito a se sentir bem com o que está
fazendo.

26
Três dúvidas frequentes
sobre as classes de ativos
que recomendamos
Renda fixa

1) Quais ativos são protegidos pelo FGC?

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), é uma instituição civil sem


fins lucrativos que visa proteger credores e investidores de insti-
tuições financeiras no Brasil.

Logo de cara, podemos entender que ativos de crédito não emiti-


dos por bancos não são protegidos pelo FGC, como debêntures,
CRIs e CRAs.

Os ativos que contam com a proteção do FGC são: CDB, LCI, LCA,
LH, LC e poupança.

Vale ressaltar que a proteção do FGC é de até R$ 250 mil por CPF
e por instituição financeira.

27
2) Posso comprar outros ativos de crédito privado que
não estão na carteira recomendada?

Gosto de ressaltar que um título de renda fixa é basicamente um


empréstimo.

Sendo assim, você precisa entender qual a capacidade do tomador


do dinheiro de pagar esse recurso que pegou emprestado. Para
entender isso, uma análise minuciosa é mais do que necessária.

Quando você adquire um título de crédito privado, com exceção


daqueles que têm liquidez diária, o seu dinheiro só estará dispo-
nível novamente no vencimento do ativo, que pode ocorrer em um
prazo mais curto, de um a três anos, ou até em prazos superiores
a cinco anos.

O grande problema de comprar títulos de crédito privado de longo


prazo é que você necessariamente vai precisar verificar consisten-
temente como anda a saúde financeira daquela empresa/banco
para a qual você emprestou o seu dinheiro.

Na Spiti recomendamos que o investimento em crédito privado de


longo prazo seja realizado única e exclusivamente através de fun-
dos de investimento, de preferência os listados em Bolsa. Essa é
uma maneira de diversificar sua exposição nessa classe de ativos
e não perder a liquidez do seu capital, conseguindo transformá-lo
em dinheiro rápido, e sem penalidade com relação ao seu valor
justo, em poucos dias.

Portanto, se você não tem tempo e conhecimento para acom-


panhar de perto os resultados e saúde financeira de empresas e

28
bancos, seria prudente evitar ter exposição relevante em ativos
de crédito privado sem um acompanhamento profissional como o
que oferecemos.

3) Quais ativos de renda fixa devo ter na carteira?

A ideia de nossa carteira recomendada é oferecer uma solução


completa. Depois de selecionarmos os melhores ativos dentro de
cada classe, entendemos como cada um se comporta com relação
ao todo, como se fosse um verdadeiro time de futebol. Precisamos
ter ativos (jogadores) que formem uma boa carteira (time).

Isso significa que, se a sua intenção é montar uma carteira de in-


vestimentos completa, com exposição em ações, fundos imobiliá-
rios e outras classes, o ideal é seguir exatamente a recomendação
dos ativos que passamos em nossa carteira.

Entendo que o perfil de investimento de alguns pode ser mais


agressivo, porém ressaltamos que uma carteira diversificada,
com rebalanceamento constante, tende a trazer benefícios em
termos de eficiência para o seu patrimônio no médio e longo
prazo.

29
Ações

1) O que é uma ação?

É um pedacinho de uma empresa, uma fração do seu patrimônio.


Quando você compra ações, você se torna sócio da empresa que
as vendeu. Se a empresa vai muito bem e tem lucros crescendo,
suas ações tendem a se valorizar bastante; se a empresa quebrar,
elas podem valer zero.

A grande diferença entre investir diretamente num negócio (por


exemplo, num restaurante) é que existe o mercado, que permite
a você saber quanto os outros investidores acham que vale a sua
empresa todos os dias.

2) Como funciona a dinâmica de Imposto de Renda em


ações? Como e quando declarar?

Caso venda até R$ 20 mil em ações em um mês, você está isento


de pagar o IR sobre o lucro dessa venda. Essa regra vale apenas
para operações de swing trade (compra em um dia e venda num
dia diferente). No caso de day trade (compra e venda no mesmo
dia), a isenção não se aplica.

As alíquotas do IR variam conforme a operação. Na operação de


day trade, a alíquota de imposto é de 20% sobre o lucro. Já no
swing trade a alíquota é de 15% sobre o lucro. Abaixo escrevemos
a fórmula básica para cálculo:

30
RESULTADO
(LUCRO OU PREJUÍZO)
= VALOR DA
VENDA - ( VALOR
COMPRA + DA BOLSA DA OPERAÇÃO )
DA TAXAS DE CORRETAGEM E

Caso você venda mais de R$ 20 mil no mês e tenha lucro nessa


venda, você deve ir ao site da Receita Federal e gerar um DARF
para pagar o imposto. Ele deve ser pago até o último dia do mês
subsequente ao mês da venda da sua posição. Por exemplo: se
você teve lucro nas vendas de ações em janeiro, tem até o último
dia útil de fevereiro para emitir, apresentar e pagar o documento
referente ao mês de janeiro.

Você pode emitir seu DARF online por meio da Sicalc.

3) O que é o mercado fracionário?

É aquele em que você consegue comprar menos do que 100 ações,


ou seja, um lote de ações, ou diferente de múltiplos de 100.

Caso o investidor ou a investidora não disponha dos recursos para


comprar um lote inteiro, é possível comprar a quantidade que qui-
ser até 99 unidades nesse tipo de mercado.

E como fazer isso? Basta que, ao lado do código da ação desejada,


você coloque uma letra “F” quando realizar a compra ou a venda
de ações no home broker da sua corretora. Por exemplo, para o
código de Petrobras (PETR4), o código para comprar no mercado
fracionário é PETR4F.

31
Fundos imobiliários

1) Não tenho recurso para comprar todos os FIIs


recomendados em cada aporte. Qual devo escolher? O
de menor P/VP?

A carteira recomendada é um guia. Ao encarar desta forma, você


tira a obrigação de ter que comprar todos os ativos a cada aporte,
até porque, esta obrigação não existe.

Então para qual ativo devo direcionar meu aporte?

Não use a métrica de P/VP para comprar aquele que aparente-


mente tem mais desconto. Procure fazer aportes para promover
uma boa diversificação, respeitando o preço máximo para com-
pra. No próximo aporte, mire outros FIIs que ficaram de fora do
último aporte, dessa forma o processo de construção de sua alo-
cação ocorrerá respeitando a diversificação e o preço de entrada
em cada ativo.

2) Um dos fundos imobiliários recomendados está


fazendo uma nova emissão de cotas. Tenho direito de
preferência, devo exercer?

A emissão é apenas uma outra oportunidade para você adquirir


cotas daquele FII, além da compra no mercado secundário atra-
vés de seu home broker. Você deve olhar para sua carteira de in-
vestimentos e verificar se há mais espaço para FIIs e se há mais

32
espaço para aquele FII que está em emissão. Se a resposta for
afirmativa para ambas as questões, então você descobriu que
deve comprar este FII.

Mas será que é melhor comprar no mercado secundário ou parti-


cipar da emissão de cotas?

Chegou a hora de comparar os preços, mas não apenas verificar


onde está mais barato. É preciso avaliar se o recurso captado na
oferta destravará valor para o fundo, se será importante para a es-
trutura de capital e/ou para maior diversificação, enfim, uma série
de elementos que inclusive vamos ajudá-lo a identificar em cada
emissão de novas cotas que tivermos nos FIIs recomendados.

Lembre-se de que nenhuma emissão de FIIs tem o poder de


transformar sua vida financeira, mas pode ser uma alternativa
interessante para comprar as cotas que você já estava preci-
sando comprar de acordo com seu plano de investimentos.

3) Tenho FIIs que não estão na carteira recomendada,


devo vendê-los imediatamente?

O ideal é que você tenha a fração de FIIs em sua carteira de inves-


timento seguindo nossas recomendações. Isso não significa que
aqueles que você comprou antes de assinar nossos serviços pre-
cisam ser vendidos imediatamente.

33
A velocidade com a qual você executará essa migração não de-
terminará sucesso ou fracasso de sua jornada como investidor ou
investidora. O mais importante é ter em mente que o movimento
precisará ser feito, executá-lo de forma gradual — inclusive é o que
recomendamos — e redistribuir o recurso oriundo das vendas em
sua carteira, sempre respeitando os percentuais e preços máxi-
mos de compra recomendados.

Enquanto tais ativos não recomendados estiverem em sua posi-


ção, você deve considerá-los na composição de sua carteira, de
forma que eles ocuparão uma fração do setor ao qual pertencem.
Por exemplo, se você tem um FII não recomendado de shopping
center, essa alocação deve ser considerada em sua carteira ocu-
pando um espaço no segmento de shoppings. Isso serve para
manter a alocação setorial o mais próxima possível da alocação
recomendada, ainda que os ativos possam apresentar diferenças.

Fundos multimercados

1) Não gosto de fundos! Posso não ter fundos


multimercados?

A maior parte dos argumentos usados por quem não gosta de fun-
dos de investimento parte de premissas falsas. Infelizmente, te-
mos uma indústria que é dominada por fundos ruins e muita gen-
te acaba por odiar o instrumento por conta de uma experiência
negativa. Tudo, na média, tende a ser ruim e isso vale para quase

34
toda generalização. Existem fundos péssimos (talvez até a maio-
ria), mas existem também os ótimos.

Fundos multimercados atuam como um bolsão “coringa” na car-


teira. Eles costumam investir de maneira ampla e empregam um
perfil mais tático, podendo até ganhar dinheiro com o mercado em
queda, exemplos de coisas que muitas vezes não conseguiríamos
fazer com a mesma eficiência sozinhos.

Vale lembrar que nossa análise considera todo o impacto de ta-


xas de administração, performance e do famoso come-cotas, de
forma que, quando concluímos que um determinado fundo é bom,
significa que, mesmo cobrando todas as taxas, o retorno que che-
ga ao investidor é vantajoso.

2) Posso ter um número maior ou menor de fundos


nesta classe de ativo?

Sim! Mas vale usar um pouco de bom senso. Queremos escolher


bons gestores para nossa carteira e devemos pensar sobre o es-
paço que damos para cada um. Se escolhemos dez bons fundos,
teríamos apenas 1,2% da carteira de valorização para cada um.
Isso aumentaria o número de peças ao passo que limitaria muito
o espaço dado para cada um dos fundos.

Por outro lado, se você tem apenas um fundo multimercado repre-


sentando 12% da sua carteira, você está concentrando o risco na
tomada de decisão de uma única casa sendo que existem outras
boas opções para diversificarmos. Os fundos recomendados foram
aprovados em nossos duros critérios qualitativos e quantitativos,

35
mas não são infalíveis. Mesmo os melhores gestores do mundo
passam por períodos em que a performance é desafiada.

Em geral costumamos mirar em um número próximo de quatro


peças para preencher esta fatia de 12%, o que resultaria em um
peso de 3% para cada fundo.

3) Como escolher entre diferentes fundos


multimercado?

Temos um leque relativamente amplo de boas opções recomen-


dadas atualmente e às vezes fica até difícil para nós escolhermos
entre o “filho favorito”, uma vez que todas as peças contam com
nosso selo de aprovação.

Para tirar um peso de seu ombro, pense que, mesmo que você
escolhesse aleatoriamente entre os recomendados as peças para
rechear as fatias de sua carteira, teria em mãos uma boa carteira.
Agora, é claro que é necessário fazer ressalvas.

Existem fundos que possuem estilos particulares e que podem


ser peças “alternativas”. Por exemplo, temos fundo recomenda-
do com 25% de volatilidade, um nível muito acima dos 5% de um
multimercado de volatilidade intermediária.

Ou seja, nem todo mundo tem perfil para investir neste fundo usa-
do como exemplo e, por consequência, é importante o processo de
leitura dos relatórios de recomendação e acompanhamento dos
fundos. Você não precisa ler todos, mas com certeza é recomen-
dável que leia pelo menos os das peças em que considera investir.

36
Investimentos internacionais

1) Por que não temos ações individuais na carteira


internacional?

Por mais que seja extremamente cativante a ideia de comprar


ações de empresas conhecidas como Google, Microsoft, Meta,
Tesla etc., acreditamos que, quando investimos internacionalmen-
te, comprar ações de modo individual (stock picking) não é a alter-
nativa que oferece o melhor equilíbrio entre risco e retorno.

Em mercados mais desenvolvidos, encontramos um maior nível


de eficiência, de forma que o diferencial competitivo para se ana-
lisar ações melhor que a média do mercado é irrisório. Em outras
palavras, é muito difícil bater o mercado.

Além disso, para os poucos felizardos que conseguem obter um


resultado acima dos índices de mercado, o excesso de retorno
(chamado de alfa) é, em média, muito magro, de maneira que não
cria uma boa assimetria para o investidor. Ou seja, é um caso em
que o risco parece não compensar em forma de retorno.

Por isso, seguimos uma abordagem simples, eficiente e barata,


que é investir em ações internacionais priorizando a gestão pas-
siva. É possível que possamos incluir algumas peças ativas nas
carteiras, mas com menor peso que as estratégias passivas.

37
2) É melhor investir diretamente lá fora ou daqui do
Brasil?

Não existe uma alternativa que seja universalmente melhor que


a outra. Existem vantagens e desvantagens em cada uma delas
e, geralmente, o critério de desempate acaba por ser um critério
qualitativo.

Temos, na verdade, três maneiras de implementar nossa alocação


global. Podemos priorizar ETFs listados no Brasil, BDRs de ETFs
listados no Brasil ou o investimento direto no exterior. Cada alter-
nativa com sua particularidade.

Temos diversos conteúdos em relatórios anteriores, vídeos no


canal do YouTube além de Finclasses sobre o tema.

Agora, se você ainda não chegou ao ponto de ter convicção de qual


alternativa poderia ser melhor para você, nossa sugestão é que
comece priorizando a maneira mais simples de se implementar,
que é investir priorizando os ETFs listados aqui mesmo no Brasil.

A comodidade de poder investir de qualquer corretora e de ter o


reinvestimento automático dos dividendos costuma ajudar muitos
investidores a seguirem com um planejamento organizado com
menos trabalho operacional.

38
3) Qual a melhor corretora para investir
internacionalmente?

Nós da Spiti evitamos falar muito sobre corretoras internacionais


pelo fato de que as condições mudam ao sabor dos interesses co-
merciais de cada uma. É um mercado que ainda carece de concor-
rência e por isso os custos ainda são elevados para investidores
pessoas físicas.

No geral, procure verificar se a corretora tem regis-


tro na autarquia de investimentos dos EUA (a SEC),
se te dá acesso a comprar ativos listados nas Bol-
sas americanas e, é claro, se os custos são baixos.

A taxa de remessa hoje é a parte mais cara do processo, que é o


custo que a empresa cobra para mandar o seu dinheiro para fora
(muitas ainda acabam te obrigando a usar o serviço próprio de re-
messa da casa), mas também temos um IOF de 0,38% que incide
sobre toda remessa feita e, é claro, o custo de taxa de corretagem
e, em alguns casos, até uma taxa bizarra de inatividade de conta
(se não movimentar dentro de um certo tempo, paga).

Procure a corretora que melhor te atenda em termos de suporte,


usabilidade de plataforma, segurança e custos.

39
Alternativos

1) O que são os criptoativos e o blockchain?

Os criptoativos são ativos digitais baseados em uma tecnologia


chamada blockchain, que basicamente é um banco de dados in-
terligados e sequenciais. Todos os computadores que rodam o
blockchain de determinado criptoativo possuem as mesmas infor-
mações, e por isso ele é tão seguro, pois qualquer inconsistência
de informação que chega na rede é automaticamente rejeitada.

Por meio dele, os criptoativos conseguem ser totalmente descen-


tralizados, pois essas informações são armazenadas em compu-
tadores espalhados pelo mundo todo, não tendo uma localização
específica. Todas as transações dos usuários ficam registradas no
blockchain. Isso permite que os criptoativos realizem transações
extremamente confiáveis, transparentes, imutáveis e, assim, con-
sigam operar de modo totalmente independente das instituições
financeiras e de governos.

2) Como escolher a corretora cripto (exchange) e quais


preferimos?

O primeiro passo que você deve dar nesse mercado cripto é esco-
lher a sua corretora de criptoativos (exchange). Para isso, devemos
analisar principalmente dois dados.

40
O mais importante é o volume de negociação, pois, diferentemen-
te das corretoras tradicionais, cada exchange negocia somente
entre seus próprios clientes, o que limita bastante a liquidez. Se
o volume for baixo, você terá grandes dificuldades de compra e
venda dos ativos.

A segunda característica é o número de ativos, principalmente para


aqueles que pretendem diversificar dentro do mercado cripto.

Outros fatores relevantes são o tempo de existência da exchange


— sempre dê preferência às mais antigas — e as taxas. Esses da-
dos podem ser utilizados para um critério de desempate. Algumas
exchanges que se enquadram nesses critérios e que recomenda-
mos atualmente para os iniciantes são o Mercado Bitcoin e a Nova-
DAX. A Bitybank perde na variedade de ativos, mas também pode
ser uma opção interessante para quem só quer BTC e ETH. Já a
Binance é recomendada somente para aqueles que já possuem al-
guma vivência no mercado financeiro devido a sua complexidade.

3) Quais são os principais riscos do mercado cripto?

O mercado cripto é muito novo e só isso já representa um gran-


de risco. Costumo comparar os criptoativos com as startups, que
são pequenos projetos disruptivos. Enquanto a grande maioria das
startups falham, algumas viram unicórnios. Por ser um mercado
ainda novo, claro que há muita especulação e volatilidade, o que
acaba aumentando o risco. Tome como referência de oscilação de
preço as maiores correções históricas do BTC, que foram entre
75% e 85%. Além disso, quanto menor o projeto, maior é o risco.

41
Por isso, caso você ainda esteja começando no mercado finan-
ceiro, fique ciente de que o mercado cripto é o mais arriscado de
todos, tanto por causa da volatilidade quanto por projetos que po-
dem literalmente fracassar do dia para noite.

Por outro lado, acertando nos ativos,


o ganho pode ser muito significativo.

Portanto, a dificuldade principal é fazer uma análise de autoco-


nhecimento, refletir se seu perfil comporta este mercado e não se
expor a ele mais do que deveria na tentativa de ganhos rápidos.

Temas gerais

1) Qual o tempo mínimo suficiente para alcançar


ganhos com as carteiras de Valorização e Renda da
Spiti? Se eu tiver um propósito específico para resgatar
meus recursos no curto ou médio prazo, as carteiras
servem para mim?

Pelo grau de risco que definimos para as carteiras e seu grau de


sofisticação atual, o horizonte de tempo para se investir em nos-
sas carteiras tende a ser próximo de três a cinco anos ou mais.
Este é o tempo que consideramos plausível para alcançar resulta-
dos consideravelmente acima das aplicações mais conservadoras
do mercado.

42
Caso tenha um objetivo importante de curto prazo para utilização
do seu dinheiro, como a compra de um imóvel para daqui a dois
anos, por exemplo, nossa sugestão é que não siga nossas carteiras
plenamente, e opte por uma construção de portfólio mais conser-
vador para evitar o risco de postergar ou não realizar um grande
sonho.

2) Preciso vender imediatamente um investimento


depois de uma recomendação de venda da Spiti?

Sim, se recomendamos a venda é porque não acreditamos mais


no potencial de valorização do produto ou por alguma perda de
fundamento no ativo ou fundo. Portanto, a orientação é que venda
imediatamente.

3) Por que temos mais opções de fundos para escolher,


além dos que estão na tabela da carteira base?

Fundos de investimento abrem e fecham para novos aportes em


diversos momentos. Precisamos manter na alocação base peças
que possam ser investidas, afinal, temos nossos assinantes che-
gando a cada dia e outros aumentando seu patrimônio, o que ne-
cessita adição de novas alternativas.

Nossa maior preocupação será a de rechear as fatias de classes


de ativos com peças que tenham sido aprovadas pelo nosso time.
Portanto, se você investe em um fundo que não aparece na aloca-
ção base, mas está contigo no rol de fundos aprovados, está tudo
certo!

43
Como construir a minha
carteira do zero a partir das
recomendações da Spiti
A construção efetiva da sua carteira de investimentos deve come-
çar após a constituição da sua reserva de emergência, conforme
detalhamos anteriormente. Reconhecemos a ansiedade que mui-
tos têm em começar a investir de maneira diversificada, mas im-
previstos na vida podem acontecer, e ser prudente nesse momen-
to é a melhor maneira de garantir tranquilidade nos momentos de
maior dificuldade.

Se já possui uma reserva de emergência completa, reflita se tem


um horizonte de investimento de pelo menos três a cinco anos
e avalie sua capacidade de suportar oscilações de preços mais
acentuadas, uma vez que nossas carteiras são consideradas mais
agressivas perante o mercado e podem ter momentos de queda
mais intensos por vezes.

Após essa análise, reflita sobre seu momento de


vida e preferências pessoais para escolher entre a
carteira de Valorização ou de Renda.

44
Compreendidos os requisitos exigidos até aqui, você pode come-
çar a investir nas carteiras da Spiti.

Neste momento, a sugestão é que, se sua carteira (desconside-


rando a reserva de emergência) tiver valores menores, você pode
efetuar as compras dos ativos ou fundos de uma única vez.

Por uma questão de preservação de capital, com patrimônios


maiores, você poderia separar as compras por etapas, por exem-
plo, aportar uma vez a cada 15 dias ou a cada 2 meses, podendo ir
a pelo menos três etapas se as cifras ultrapassarem R$ 1 milhão.

E por que preferimos dessa forma?

Porque evitamos um ponto de entrada muito desfavorável para


nossos investimentos oriundo de intercorrências de mercado e,
com isso, diluímos um pouco o risco de perdas na construção ini-
cial. Os recursos que estiverem aguardando seu momento para
serem investidos podem ser aplicados em opções conservadoras,
como Tesouro Selic e fundos DI de taxa zero que apliquem 100%
da carteira em Tesouro Selic.

Você também pode ser perguntar se deveria já construir a carteira


de maneira totalmente equilibrada, conforme sugerimos na área
logada, ou se pode ir construindo classe por classe. Neste aspec-
to, costumamos dizer que poderia fazer o que te deixar mais con-
fortável, sendo possível começar por ativos de natureza menos
arriscada, como a renda fixa, se assim desejar.

O mais importante é entender que, num contexto de longo prazo, o


crucial é começar e o tempo gasto para construir sua carteira não
necessariamente precisa ser rápido.

45
Não há uma ciência exata e comprovada para efetuar essa cons-
trução, mas o que compartilhamos aqui pode ser considerado uma
boa prática.

Lembre-se de que dúvidas relacionadas ao tema podem ser


compartilhadas em nossa comunidade, onde nossos monito-
res e analistas podem ajudar com esse processo e tratar de
algumas de suas questões mais específicas.

46
Como migrar a
minha carteira atual
para a carteira da Spiti
Aqui vamos partir da premissa de que você já tem sua reserva de
emergência constituída e que possuía uma carteira de investimen-
tos antes de nos conhecer ou decidir seguir nossas propostas de
carteira.

Entendendo a sua carteira


A primeira orientação é buscar uma boa e velha planilha e colocar
lado a lado a sua carteira e a nossa para identificar as diferenças.
Temos planilhas trazidas via relatórios que podem te auxiliar nes-
sa missão.

Uma abordagem interessante seria começar analisando por clas-


se de ativos, como o percentual alocado em renda fixa, ações e
outros, para identificar o quão distante você está da alocação es-
trutural proposta pela Spiti.

Uma vez identificada a diferença por classes de ativos, você pode


descer ao nível dos ativos (ou fundos), observando seus respec-
tivos pesos indicados e comparando se estão muito distantes ou
próximos do que é sugerido. A partir dessas informações, você já
consegue ter uma ideia do que comprar e vender para se adequar
à nossa proposta.

47
Cuidado na hora de vender seus ativos,
principalmente os de crédito privado
Agora chegamos ao momento de efetivamente comprar e vender.
Vamos começar pelo exercício de venda.

A dinâmica de realizar as vendas por etapas, dependendo do ta-


manho do patrimônio, como sugerido na seção de construção do
portfólio do zero, funciona melhor para o exercício de compra. No
caso das vendas, podemos agir um pouco mais rapidamente, pois
estamos assumindo que se trata de ativos não recomendados pela
Spiti.

Embora existam ótimos ativos que podem não estar em nossas


recomendações por diversos motivos, a probabilidade de que
possuam menor qualidade ou potencial do que os que constam
em nossa proposta é razoavelmente grande. Deixamos aqui a dica
para que utilize nossos meios de comunicação para tirar dúvidas
sobre ativos.

Para algumas classes de ativos, temos maior facilidade em vender


sem levar prejuízos exacerbados, como no caso das ações, ETFs,
fundos e FIIs negociados em bolsa, além dos títulos públicos fe-
derais. No entanto, no caso de ativos de dívida corporativa, preci-
samos tomar um cuidado maior, pois uma saída antecipada pode
gerar grandes prejuízos.

Recebemos a seguinte pergunta com frequência:

48
“Mas tenho debêntures, CRIs e CRAs na carteira
de antes de conhecer a Spiti. Como me desfazer
deles sem ser prejudicado pela venda antecipada
na corretora?”

Neste momento precisamos avaliar qual o desconto oferecido na


comparação com o valor justo de determinado ativo de crédito na
suposição de venda antecipada (antes do vencimento do papel).

Por exemplo, talvez você queira vender debêntures que estão


marcadas na sua carteira ao valor de R$ 1.100 e, ao falar com seu
assessor, recebe a desagradável notícia de que irão te pagar ape-
nas R$ 800 pelo ativo.

Normalmente essa oferta vem acompanhada de uma narrativa de


deterioração do mercado de crédito privado e um cenário macro-
econômico mais desafiador.

Mas como saber se isso é verdade?

Para saber se o valor que oferecem pelo seu título de crédito pri-
vado está em linha com que o mercado está pagando, você pode
consultar o Anbima Data. Trata-se de uma plataforma que reúne
dados de ativos do mercado e ferramentas para ajudar na sua to-
mada de decisão.

49
E como comprar os ativos que ainda
não tenho?
Conforme você for ajustando seu patrimônio, por meio de novos
aportes e dos recursos provenientes da venda de ativos não re-
comendados, poderá começar a adquirir os ativos recomendados
para se aproximar da alocação proposta.

A dinâmica de compras se assemelha ao tópico que discutimos


sobre iniciar os investimentos do zero, onde compras de volumes
financeiros menores podem ser feitas de uma vez. No entanto, à
medida que o patrimônio aumenta, é possível considerar a divisão
das compras em etapas, com intervalos de 15 dias a dois meses,
como mencionamos anteriormente.

Esse processo de ajuste pode levar algum tempo, mas fique tran-
quilo. O mais importante já foi realizado, e dado que nossa estra-
tégia é de longo prazo, esse período de ajuste pode ser conduzido
com calma e cuidado.

Reforçamos novamente que as sugestões citadas não são regras


oficiais, trata-se apenas de boas práticas que julgamos importan-
tes para evitar imprevistos indesejados.

Conte conosco durante essa transição!

50
Imposto de Renda
Ainda que não achemos que a declaração anual do Imposto de
Renda seja um bicho de sete cabeças, sabemos que às vezes ela
se revela um processo desconfortável para os investidores.

Embora não sejamos especialistas no tema, sempre que se apro-


xima o período da declaração anual de IR, publicamos relatórios
com essa temática, visando auxiliá-los dentro do que estiver ao
nosso alcance. Adicionalmente, a Finclass comumente convida
especialistas do tema para ministrar aulas incríveis sobre como
fazer sua declaração, proporcionando um suporte muito completo
nessa questão.

Ressaltamos que, para questões mais específicas,


nossa orientação é que procurem um contador es-
pecialista na área para auxiliá-los.
Uma parte significativa das pessoas que optam por gerenciar suas
carteiras via fundos de investimento o faz para simplificar o esfor-
ço na declaração de IR, uma vez que os lucros são calculados e
retidos pela própria corretora ou banco, o que facilita o trâmite na
declaração anual de IR.

51
Ficamos por aqui!
Esperamos que esta leitura tenha sido proveitosa para você!

Nossa sugestão é que utilize este relatório como um guia a ser


consultado sempre que tiver alguma dúvida sobre o funcionamen-
to geral de nossas carteiras de investimento.

Lembre-se de que o objetivo aqui não foi nos aprofundar nos te-
mas, mas, sim, abordar diversos pontos que consideramos im-
portantes para que você possa tirar o melhor proveito do que a
Finclass e a Spiti têm a oferecer.

Um grande abraço,

Equipe de analistas da Spiti


Disclaimer. Este relatório de análise foi elaborado pela Spiti Análise Ltda. (“Spiti
Análise” ou “Spiti”) de acordo com todas as exigências previstas na Resolução
CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, tem como objetivo fornecer informações
que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento,
não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda
de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas
válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Spiti
Análise não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelos assinantes
com base no presente relatório. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que
as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões
pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação
à Spiti Análise e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decor-
rência de alterações nas condições de mercado. O analista responsável pelo
conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Resolução CVM nº 20/2021
está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista
no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencio-
nado no relatório. Os analistas da Spiti Análise estão obrigados ao cumprimento
de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista
de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobi-
liários da Spiti Análise. Os produtos apresentados neste relatório podem não
ser adequados para todos os tipos de investidor. Antes de qualquer decisão,
os assinantes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os pro-
dutos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material
não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre pro-
dutos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produ-
tos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar
ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são
necessariamente indicativos de resultados futuros. As informações presentes
neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser
significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva
para a rede de relacionamento da Spiti Análise. Fica proibida sua reprodução
ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja
o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Spiti. A Spiti se exime de
qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que ve-
nham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.

53

Você também pode gostar