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ISSN 2595-7236

Recebido em: 17/10/2018


Aceito para publicação em: 19/12/2018

COMPARAÇÃO ENTRE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO DOS


SENSORES SRTM E ALOS PALSAR PARA ANÁLISE DIGITAL DE
TERRENO

Renê Jota Arruda de Macêdo


Universidade Federal do Vale do São Francisco, Colegiado de Ciências da Natureza, São
Raimundo Nonato, PI, Brasil.
rene.macedo@univasf.edu.br

Leandro Surya
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Colegiado de Arqueologia e Preservação
Patrimonial, São Raimundo Nonato, PI, Brasil.
leandro.surya@univasf.edu.br

RESUMO – Modelos digitais de elevação (MDE) são importantes fontes de dados para se realizar
mapeamentos e análises quantitativas de determinadas áreas da superfície terrestre a um baixo
custo. Neste artigo foi realizado um comparativo dos MDE SRTM e ALOS através da extração de
atributos básicos do relevo, como: elevação, declividade, aspecto, relevo sombreado e rugosidade
do terreno. Além disso, foram gerados gráficos de densidade e frequência acumulada para verificar
a distribuição dos dados de cada modelo. Para melhor visualizar as diferenças, utilizou-se uma
área de interesse aproximada (Polígono de Interesse). Os atributos de relevo refletiram as
diferenças do grau de detalhe de mapeamento de cada sensor. Os mapas derivados do modelo
ALOS, com maior resolução, permitiram mapear morfologias de mesoescalas como variações
intermediárias na elevação, aumento dos valores do declive e detalhamento do relevo sombreado e
dos azimutes dos declives em vertentes antes não discretizadas pelo MDE SRTM.

Palavras-chave: Análise digital de terreno; Geomorfometria; Índice de Rugosidade Topográfica; R.

SRTM AND ALOS PALSAR DIGITAL ELEVATION MODELS


CAMPARINSON FOR DIGITAL TERRAIN ANALYSIS

ABSTRACT – Digital elevation models (DEM) are important data sources to perform quantitative
analysis and mappings to a specific landscape area at low cost. In this work, we carried a comparative
analysis between SRTM and ALOS DEM’s by terrain attributes such as elevation, gradient, aspect,
hillshade and terrain ruggedness. Besides, density and cumulative frequency were plotted to verify
data frequency distribution from each model. To better maps visualization, a small area defined by a
polygon was used in both DEM’s. The basic terrain attributes had differed by the resolution of each
sensor model. Maps derived from ALOS, with bigger resolution, provided to survey mesoscale
features like intermediate rate elevation, increasing of gradient values and detailing of hillshade and
aspect of slopes not discretized by SRTM DEM.

Keywords: Digital Terrain Analysis; Geomorphometry; Topographic Rouggedness Index; R.

INTRODUÇÃO
O modelo digital de elevação (MDE) é uma representação digital matemática da superfície
terrestre (Zhilin, 2004). Para um conjunto de dados coordenados no espaço, temos um valor
correspondente de elevação de um ponto da superfície do terreno. Deste modo, a superfície
terrestre pode ser representada por uma função z = f(x,y), isto é, para cada coordenada no plano
xy de um ponto, este possui uma elevação z. Para modelagem de terreno é necessário que uma

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função polinomial passe por todos os pontos do MDE de modo que através dela seja possível
extrair atributos do relevo.
A construção de um MDE depende de uma fonte de dados que disponha os valores de elevação
da superfície terrestre num conjunto numérico coordenado. Os dados que compõe um MDE
divergem em alguns fatores tais como distribuição espacial dos dados e resolução da área que
será representada num pixel.
A forma mais difundida e mais simples de se trabalhar são os MDE de grade regular que forma
uma malha de pontos coordenados igualmente espaçados no plano xy (Figura 1). A vantagem
em se trabalhar nestes tipos de dados é que, além de fácil computação de atributos do relevo,
não há necessidade, a priori, de realizar interpolação (Florinsky, 2012). Além disto, não é
necessário grandes investimentos em termos de hardware e software, existe também um gama
de ferramentas open source como o Quantum GIS, GRASS e a linguagem computacional R.

Figura 1. Representação de um MDE de grade regular de dimensão 3 x 3 com origem no centro

MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO: SRTM E ALOS PALSAR


O sensor da missão Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) da NASA é um dos mais
conhecidos e confiáveis na disponibilização e utilização de suas imagens para análises digitais.
Foi o primeiro sensor, lançado em 2000, a produzir o mais completo mapeamento da topografia
terrestre (Farr et al, 2007).
Ao assumir que a topografia é um fenômeno dependente da escala (Florinsky, 2012), as
imagens da missão SRTM disponíveis podem não ser suficientes para caracterização de
determinadas feições devido a resolução espacial máxima alcançada por este tipo de imagem. O
MDE SRTM é distribuído na resolução de 30 m para o território dos EUA e de 90 m para as
demais áreas continentais. O Brasil possui estes dados na resolução de 30 m derivados de
interpolação dos modelos de 90 m (Valeriano & Rossetti, 2011), os quais podem ser adquiridos

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na plataforma TOPODATA de dados geomorfométricos disponibilizada pelo Instituto Nacional


de Pesquisas Espaciais (INPE).
O sensor PALSAR do satélite ALOS (Advanced Land Observing Satellite) foi lançado em 2006
pela missão da agência de exploração aeroespacial japonesa (Japan Aerospace Exploration
Agency - JAXA). A coleta de dados do sensor PALSAR durou até 2006 e foi projetado com
mais dois instrumentos para contribuir no mapeamento da topografia terrestre, precisão no
monitoramento da cobertura vegetal e de desastres e no levantamento de recursos naturais (ASF
DAAC, 2018). Os MDE ALOS PALSAR podem ser adquiridos gratuitamente, já corrigidos e
projetados no sistema UTM WGS84, nas resoluções baixa e alta, de 30 m e 12,5 m,
respectivamente.

MATERIAIS E MÉTODOS
A comparação entre os MDE dos referidos sensores se deu pela visualização por mapas de
elevação e dos atributos do relevo derivados dos valores das elevações que compõem a grade de
cada imagem, bem como da análise quantitativa de alguns atributos.
Foram utilizadas duas imagens do sensor SRTM e uma do ALOS PALSAR (Tabela 1). A região
da superfície terrestre corresponde à porção sudeste da borda da Bacia Sedimentar do Parnaíba e
a faixa Riacho do Pontal, na área do município de São Raimundo Nonato, Piauí. O MDE ALOS
vem projetado no datum WGS84, zona 23 do sistema UTM no quadrante 721074.3E,
801811.8E, 8967703N, 9040815N. O MDE oriundo das imagens SRTM passaram por
mosaicagem, recorte para a mesma dimensão e reprojeção para o datum do modelo ALOS para
que compreendessem a mesma área de extensão e padronização dos sistemas de referência.
.
Tabela 1. Dados das imagens utilizadas para extração de atributos do relevo
RESOLUÇÃO
SENSOR QTD REFERÊNCIA FONTE
ESPACIAL
08S435 https://www.webmapit.com.br/in
SRTM 02 ~30 m (interpolado)
09S435 pe/topodata/
ALOS AP_13142_FBD_F
01 12,5 m (L1.1) https://vertex.daac.asf.alaska.edu/
PALSAR 7000_RT1

O pré-processamento e extração dos atributos do relevo nas duas imagens foram realizados
utilizando a linguagem computacional R (R Core Team, 2014) através do ambiente de
desenvolvimento RStudio (RStudio Team, 2015). Os atributos básicos de relevo extraídos para
esse trabalho foram: elevação, declividade, aspecto, sombreamento e rugosidade do terreno, este
último a partir do Topographic Rouggedness Index (TPI), baseado no algoritmo de Riley et al
(1999) e utilizado por Wilson et al (2007).
As formulações de cada atributo (Tabela 2) e os procedimentos de extração podem ser vistos em
Macêdo & Floquet (2017). A derivação destes parâmetros podem ser executadas diretamente
pela aplicação de uma função focal, que se move numa subgrade de 3x3 pixels por todos os
elementos do MDE, pela qual encontram-se os valores para o pixel central da subgrade. Em
softwares livres como Quantum GIS esta função já vem embutida facilitando a extração destes
parâmetros para usuários que não possuem prática em programação.
Na linguagem R, para este trabalho, utilizou-se a biblioteca raster que compreende os
algoritmos necessários para derivar os atributos do relevo sobre um MDE através da função
focal nativa desta biblioteca.

Tabela 2. Atributos do relevo derivados dos MDE

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Atributo Descrição Equação


Declividade Taxa de variação da elevação S = arctan(sqrt(p² + q²))
Aspecto Azimute da declividade A = 180 arctan(q/p) + 90(p/abs(p))
Sombreamento Reflectância e sombra Hs = cos(S)cos(θ0) + sen(S)sen(θ0)cos(ϕ - A)
Rugosidade (TRI) Complexidade do terreno TRI = 1/8
*p e q são derivadas parciais nas direções x e y, respectivamente; θ 0 = ângulo zenital solar e ϕ= ângulo azimutal
solar; Z-1,1 = primeiro pixel da subgrade 3x3; Z1,-1 = último pixel da subgrade 3x3; Zij = pixel amostrado da
subgrade; Z00 = pixel central da subgrade 3x3.

A partir dos dados dos modelos e atributos derivados, gráficos de densidade e frequência
acumulada foram gerados a fim de compreender as diferenças nas distribuições dos valores de
cada MDE dos sensores estudados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os metadados dos MDE permitem verificar as diferentes características de cada raster (Tabela
3). Devido a maior resolução espacial, o modelo ALOS apresenta aproximadamente 6 vezes
mais pixels que o SRTM, isto é, um aumento de mesma magnitude dos alvos no pixel. Deste
modo, uma maior amostragem aumenta significativamente o tempo de processamento para
visualização e extração dos atributos do relevo, exigindo um maior poder de processamento,
memória e armazenamento para os produtos derivados do MDE ALOS.

Tabela 3. Comparação entre as dimensões dos MDE para uma mesma área
DIMENSÕES ELEVAÇÃO (m)
SENSOR ÁREA DO PIXEL
LINHAS COLUNAS N° DE PIXELS MÍNIMO MÁXIMO
SRTM 2.397 2.647 6.344.859 258 663 900 m²
ALOS
5.849 6.459 37.778.691 247 648 156,25 m²
PALSAR

Visualmente, as imagens de elevação ALOS e SRTM são indistinguíveis entre si. Ao realizar
uma composição de imagem de elevação e relevo sombreado, e aproximar numa determinada
área, que aqui será chamada de polígono de interesse (POI), é possível visualizar as diferenças
(Figura 2). O MDE SRTM suaviza a superfície ao passo que detalhes se destacam no MDE
ALOS, principalmente nos entalhes ao longo dos paredões dos cânions que se desenvolvem a
partir da cuesta e pequenas cabeceiras de drenagem, antes indiscrimináveis.
A distribuição dos valores de elevação também variam, como podem ser vistos no gráfico de
densidade e frequência acumulada (Figura 3). Observa-se que a curva do MDE SRTM é mais
suave apresenta um leve deslocamento dos intervalos de elevação para à direita.
A diferença na distribuição das frequências e seu deslocamento nos valores de elevação pode
estar relacionada com a densidade de amostragem da superfície, que é superior no MDE ALOS,
e ao processo de interpolação de dados brutos de 90 m refinando-os para 30 m no MDE SRTM
(Valeriano & Rossetti, 2011) gerando artefatos. Em modelos de baixa resolução, vales e picos
podem desaparecer, dependendo da complexidade do terreno (Hengl, 2006).
A área das imagens é de uma região limítrofe entre duas províncias geológicas com relevos
bastante distintos e com uma certa complexidade acentuada na cuesta com morfologias
ruiniformes que se projetam sobre o embasamento cristalino. Observa-se que a frequência de
elevação é bimodal com densidades concentradas entre 300 e 450 m que correspondem às
altitudes do embasamento e entre 500 e 620 m que correspondem ao reverso da cuesta.

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Nas medidas de declividade no MDE ALOS ocorre aumento significativo na amplitude dos
gradientes, que varia de 0 a 73°, ao passo que no SRTM a amplitude é menor, de 0 a 57°.
Visualmente (Figura 4 - área do POI), há maior refinamento nos gradientes das áreas da borda
da Bacia Sedimentar, com destaques para as escarpas erosivas dos cânions cujos declives são
acentuados. O maior detalhamento do mapeamento de vertentes reflete diretamente no
comparativo das frequências acumuladas de ambos os modelos para toda a área (Figura 5).

Figura 2. Composição de imagens de elevação e relevo sombreado da região do MDE com aproximação
a um POI da borda da Bacia do Parnaíba

Figura 3. Densidade e curva de frequência acumulada de elevação

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Figura 4. Declividade do terreno na área do POI

Figura 5. Frequência acumulada da declividade para a área total dos MDE ALOS e SRTM

No MDE ALOS, cerca de 80% dos gradientes são de 0° a 5° enquanto que no SRTM a mesma
taxa percentual compreende aproximadamente o intervalo de 0° a 3°. Este efeito é esperado pelo
aumento da resolução espacial, haja vista que numa vertente longa é mais provável que valores
intermediários sejam amostrados, de modo que, em baixas resoluções, estes passem
despercebidos pela baixa densidade de amostragem.
O mapa de aspecto determina as orientações de declives num plano horizontal com medidas a
partir do norte geográfico. O MDE SRTM apresenta de modo generalizado os azimutes dos
declives, com três ou quatro orientações nas encostas dos vales (Figura 6). O modelo ALOS
permite caracterizar pequenas variações nestas encostas discretizando até mais de quatro
azimutes para uma mesma vertente.

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Figura 6. Mapas de aspecto dos MDE ALOS e SRTM na área do POI

O índice de rugosidade TRI tem por propósito quantificar a heterogeneidade do terreno (Riley et
al., 1999). O modo de computação desta variável determina o quão varia a altitude de um ponto
em relação aos pontos adjacentes. No comparativo dos modelos (Figura 7), observa-se que no
MDE SRTM a amplitude é um pouco maior, de 0 a 36. Visualmente, em ambos os modelos
concentram-se maiores índices no relevo ruiniforme da borda da Bacia. Identifica-se uma
relação inversa concernente à resolução - quanto maior a resolução menor é o índice de
rugosidade (Figura 8).
O TRI é um medida da média das diferenças de elevação e, portanto, no MDE SRTM, a baixa
quantidade de pixels que representam a superfície tende a não amostrar desníveis intermediários
de alguns declives. Por isso, a discrepância de altitude leva a um aumento nos valores de TRI
pelas elevadas diferenças entre os níveis nas áreas do embasamento para o topo do reverso da
cuesta nos limites da Bacia do Parnaíba. No MDE ALOS, a alta densidade captura parte dos
desníveis, suavizando a relação entre as diferenças de altitude dos pontos, gerando um índice
menor, cuja área apresenta 70% dos pixels com TRI de 0 a 1 enquanto que o mesmo percentual
aproximado só ocorre com TRI igual a 2 para imagem SRTM.

Figura 7. Rugosidade do terreno da área do POI

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Figura 8. Frequência acumulada do TRI para o POI

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho foram realizadas modelagens de terreno extraindo-se alguns atributos básicos do
relevo para fins comparativos entre MDE dos sensores ALOS PALSAR e da missão SRTM,
distribuídos gratuitamente. Seguem as principais conclusões:

- O fenômeno geomorfológico é dependente da escala, assim, observou-se este efeito na


resolução, isto é, nos modelos ALOS, de maior resolução, foi possível discretizar uma
maior quantidade de feições morfológicas antes não mapeáveis nos modelos SRTM;
- A respeito da visualização de mapas na comparação destes modelos, as diferenças só
são sutis quando há uma aproximação numa determinada área de interesse;
- O MDE ALOS demanda uma maior capacidade do computador para o processamento
dos dados;
- O MDE ALOS é apropriado para mapeamento de morfologias de mega e mesoescalas,
enquanto que o MDE SRTM, disponibilizado pelo INPE, é propício para megaescala.
- Devido a diferença do tamanho do pixel o MDE SRTM tende a suavizar a superfície ao
passo que os detalhes se destacam no MDE ALOS.

REFERÊNCIAS
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