Você está na página 1de 10

Os relacionamentos dos Diáconos e Obreiros Cristão

I- O Diácono e Obreiro com ele mesmo


A Bíblia nos transmite ela toda e principalmente nas cartas pastorais,
muitos ensinamentos sobre o comportamento pessoal do Obreiro. Dentre
eles podemos tirar para o nosso proveito pessoal alguns que podem ser
classificados na escala abaixo:
1. O obreiro e sua comunhão com Deus
a) Deve ser o ponto primeiro de sua escala de valores. O Senhor antes
de todas as coisas. At. 4:19; 1Tm. 4:6; 6:13,14;
a) A comunhão com o Senhor, mantém o homem de Deus apto. 2Tm
3:17;
b) Não deve o obreiro descurar-se disso. 1Tm 4: 14,15.

2. O obreiro e suas emoções


“ Quando o homem está debaixo de fortes tensões e emoções tais
como o medo, o orgulho, a exaltação, a ira, a ansiedade, saberá que se
está abeirando da mais perigosa zona da vida, pelo que deve proceder
com a máxima cautela. ” O homem de Deus, portanto:
a) Não deve desistir em face das dificuldades;
b) Deve agir sem precipitação nas horas de maré alta, isto é, nos
momentos de euforia;
c) Ter sobriedade – virtude de todo obreiro cristão. 2tm 4:5. Sob
pena de se ver jogadas pelas ondas das emoções.

3. Obreiro e seu coração – Jr 17:9


a) A cada momento, devemos vigiar e guardar nosso coração.

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 1


b) “ a carne sempre haverá de se levantar-se, perseguir, atrapalhar e
afligir o homem. Mesmo depois de salvo, as más inclinações não
deixam o homem. ”
c) Alguns obstáculos a uma vida vitoriosa:

c.1 – vaidade e orgulho – deixar-se se levar por pequenos elogios, pode


ser tão fatal, como representar o fim de nossa carreira. Por exemplo,
algumas pessoas poderão dizer que pregamos tão bem. Este elogio poderá
ser sincero, mas terá sérios problemas de vaidade se deixarmos ser
arrastados por ele.
c.2 – complacência – Sem estar sendo supervisionado, e depois de
firmado em uma comunidade da qual já ganhamos a confiança do povo,
podemos ser tentados a não exercemos nossas tarefas em tempo hábil.
c.3 – negligência – afrouxar as responsabilidades e descansar mais do que
deve, pode ser tão perigoso quanto o foi para Davi. 2Sm 11; mandar
outros fazer a obra que está nas tuas mãos.
 Não estar em todos os cultos, chegar atrasado, não priorizar outras
coisas, reclamando sempre, nunca pode. Etc...
c.4 – ciúme – enfermidade do coração que se cura através de uma total
consagração a Cristo. Se olharmos para o futuro e vermos a Cristo
glorificado, sem pensarmos no que os outros pensam dos nós, estaremos
caminhando para uma maturidade espiritual;
c.5 – liberalidade ou tolerância – é um extremo tão perigoso que
invariavelmente conduzirá tal obreiro e igreja á bancarrota moral e
espiritual. Uma igreja sem doutrina é uma igreja capaz de ir para o
inferno:
c.6 – intolerância – outro extremo que deve ser evitado. É o que não
admite os que falharam terem chance de recuperação. Somente o amor
de Cristo derramado em nossos corações pode evitar que tais extremos se
aprofundem.
 Queremos ser tolerados, com o nosso modo de agir, falar e
confrontar. Mas não toleramos ninguém.
c.7 – a aparência do mal – nesses pontos muitos tem caído e se
desgraçado por não vigiarem. O trato com as mulheres tem de ser de tal
modo tão bem vigiado ao ponto de não trazer suspeitas a quem quer que

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 2


veja o seu pastor conversando com uma mulher, ou seja, seja crente ou
descrente. Nos mínimos detalhes deve haver sempre uma vigilância.

4. O obreiro e sua imagem – 1Tm 4: 16


a) Ter cuidado de si mesmo e da doutrina. ( 4:6 ). Muitos se preocupam em
doutrinar os outros e se esquecem de manter a comunhão com Deus e de
vigiar – eis a causa de queda e fracasso de muitos obreiros.
b) Persistência em pesquisas sociais ( 4:13);
c) Jamais se esquecer de que o dom que está sobre ele pode ser desprezado
(4:14);
d) Meditação – Eis o segredo de ter sempre alimento para o povo.

5. O obreiro e os quatros elementos essenciais de 2Rs. 4:10


a) Cama – repouso
b) Mesa – trabalho
c) Cadeira – meditação
d) Candeeiro – iluminação: artificial e espiritual.

6. O Obreiro e o cuidado com a saúde


a) Paula recomenda a Timóteo sobre a saúde de seu estômago (1Tm 5:23);
b) A mordomia do corpo deve ser observada pelo obreiro, sob pena de dentro de
poucos anos de vida ministerial ele não servir para mais nada;
c) Exercícios de respiração e de dicção ajudam a manter em ordem
principalmente se estiver pregando em campanhas de evangelismo.

II- O obreiro e sua família


Muito se tem escrito sobre o relacionamento do obreiro cristão com
a sua família. Na realidade, este deveria ser também um tópico muito
importante nas reuniões e nas confraternizações de obreiros.
1- O obreiro e sua esposa

Convém que seja bem casado (1Tm 3.2), que governe bem a sua casa
(3.4), sendo portanto, exemplo dos fiéis em tudo, inclusive na família (Ec
4.9, 10). (1Tm 4.12)
a) Deve amá-lo (Ef 5.25,33)
b) Deve honrá-la e jamais criticá-la ou expô-la ao ridículo diante da
igreja;
ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 3
c) Deve ter tempo para a esposa durante a semana a fim de que ela
espaireça um pouco das responsabilidades de casa (Ec 3.5b). Um
passeio a sós, não somente a revitaliza o casamento, como também
previne a família contra os constantes ataques de Satanás neste
campo (1Co 7.3,5)

2- A esposa do obreiro
a) A esposa deve também se manter na hospitalidade;
b) Ser idônea apta para ensinar com as demais mulheres da igreja (Tt
2.2-5);
c) Evitar ser contenciosa, especialmente permitir que suas emoções
afluam numa briga ou discussão do casal perante outros inclusive os
filhos.

3- O obreiro e seus filhos


a) Envolve atenção, compreensão e diálogo. Exemplo: Certo Pastor
disse “ Por anos a fil, viajei através dos país, trabalhando para
ganhar almas dos filhos outros nomes. E os meus deixei-os
entregues a própria sorte e talvez tenha ido para o inferno. ”
Poderia ele dizer: “ A vinha que me pertence não guardei”. (Ct 1.6);
b) Envolve disciplina e respeito mútuo (Pv 23.13,14; 1Tm 3:4b);
c) Deve amá-los e ser amigo também (Cl 3.20,21) não os provocando a
ira, mas criando-os na doutrina e admoestação do Senhor. (Ef 6.4);
d) Os filhos por sua vez devem ser obedientes aos pais (Ef 6. 1,3 – 3 ) -
> PROMESSA

4- Quando o Obreiro está ausente


a) A esposa assume o comando do lar;
b) Deve ela ter equilíbrio moral e espiritual necessário para conduzir
os filhos, especialmente quando já crescido, não sobrecarregado o
marido assim que ele chegar, com os problemas de casa e da igreja.
Com tato deve a esposa aguarda o momento oportuno (a sós no
quarto de dormir, por exemplo), para tratar de assuntos outros;

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 4


c) Não deixe o pastor problemas pendentes para sua esposa resolver,
pois a sobrecarregará e a deixará por situações por vezes
embaraçosas.

5- O culto doméstico
Merece destaque especial, haja visto que o altar do lar deve manter-se
aceso continuamente.

Observação:
Este assunto poderia tomar dimensões maiores. Porém queremos a
luz da bíblia apenas o que de mais importante existe no relacionamento
de líder cristão e sua família. Parece que a casa do Pastor é feita de vidro
bem transparente, em que não pese em consideração que a mulher e os
filhos do obreiro sejam feitos de carne e osso. Torna-se imprescindível ao
homem de Deus, dedicar um tempo de sua mordomia para sua família,
pois ela representa um exemplo para a igreja. Não devemos deixar a única
tarefa e exclusiva de levantar o altar do lar, orar, ler a Bíblia e fazer o culto
doméstico, bem como disciplinar os filhos unicamente para mulher. Ela
não suportará tamanha carga de responsabilidades. Também somos
corresponsáveis. Portanto, em criancinha, o pai deve dar atenção mesmo
que seja por uma hora para brincar e ninar a criança. Em adolescente a
atenção redobra, pois, os conflitos dos adolescentes filhos de presbítero,
ou pastor, ou missionário é bem maior que os demais filhos dos crentes da
igreja. Com estes, deve o obreiro através do diálogo, mostrar-se amigo,
sobretudo nos assuntos relacionados com namoro, amizade, emprego,
etc... Não deve, contudo, perder a moral para os filhos ao ponto de tornar-
se como sacerdote Eli (1Sm 2.12- 17). Há muitos filhos de obreiros
brincando com o dinheiro do altar de Deus, bem como de coisas
consagradas. Tal líder se não tivesse os seus filhos em sujeição, não
poderia ser qualificado para a igreja primitiva (Tt 1.6)

III- O Obreiro e sua igreja

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 5


O relacionamento obreiro-igreja deve ser observado do ponto de vista
de que, sendo-lhe atribuído a tarefa de apascentar, cuidar, proteger, zelar
administrar, não somente o rebanho como tudo o que lhe diz respeito,
isto é, prédios, móveis, veículos, a reciprocidade deverá ser tomada a
efeito pelo rebanho pastoreada. O Apostolo Paulo preocupa-se em
ministrar aos seus pupilos, lições sobre o relacionamento cristão entre o
obreiro e o povo.

1- O obreiro e as crianças
a) O exemplo de cristão com relação ás crianças (Mt 18.2; Lc 18.15)
b) O obreiro deve dar atenção a todas as crianças, isto é, a afago que
demonstra ao filho dos ricos deve ser o mesmo que o do mais pobre
irmão, pois a (congregação o está observado)

2- O obreiro e a mocidade
a) Preocupemo-nos com os jovens de nossa igreja. O que fazem deve
ser motivo de nosso interesse;
b) Tanto quando pudermos, devemos integrar a mocidade nos
programas de igreja;
c) Incentivar os jovens nos avanços evangelísticos e missionários da
igreja;
d) Manter o devido respeito (Hb 13.7, 17);
e) Conhecer o rebanho (Jo 10.14)
f) Devemos ser sensíveis aos problemas que afetam a juventude;
g) Ser simples no trato com os jovens deve ser uma das virtudes
cultivadas por todos os obreiros, sob pena de cair em descrédito
diante dos jovens da congregação, por assumir ares de
superioridade. ( a habilidade no tratamento com os jovens diz
respeito ao fazer diz e dizer o que é certo, sem ofender a pessoa
com que se está tratando.)
h) Imparcialidade (ITm 5.21). A igreja é constituída dos mais diferentes
tipos de pessoas, e devemos estar preparados para lidar com todo
este tipo de gente; não pode ter facção.
i) O obreiro deve ser um orientador para as grandes decisões dos
jovens.

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 6


3- O obreiro e os idosos
a) Não repreender asperamente os anciões (Tm 5.1);
b) As irmãs idosas devem ser tratadas como mães e as mais jovens
como irmãs, com toda pureza (Tm 5.2);
c) As viúvas devem ser honradas (1Tm 5.3);
d) Honrar a face do velho (Lv 19.32)
IV- O obreiro e seus colegas de ministério
Em toda as profissões organizadas existem em código de ética em
que os agregados de uma classe profissional pelo menos devem respeitar
e seguir. Este código de ética tem por finalidade estabelecer o bom
relacionamento destes profissionais bem como delimitar sua área de ação.
Por exemplo: os médicos, os advogados, os contabilistas, etc... No
exercício pastoral, o mais sublime oficio, encontramos um código de ética
mais excelente e perfeito no universo – a Bíblia. E o maior representante
dele foi o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo tinha condições de
dizer: “aprendei de mim” (Mt 11.29).

V- OBRIGAÇÕES DO OBREIRO
 Não faltar aos cultos de oração;
 Ser participante da E.B.C.
 Participar das convocações (reuniões)
 Conhecer as declarações de fé da sua denominação a ser dizimista
fiel;
 Não promover discórdia entre os irmãos;
 Não trabalhar contrário a visão do pastor da igreja e impor ordem e
disciplina na igreja;
 Prestar relatórios aos supervisores;
 Evitar movimentos exagerados durante o culto;
 Contabilizar os participantes do culto e registrar os que aceitaram a
Jesus. (Nome, endereço, telefone, se aceita visita)
 Olhar o estacionamento (visando melhor comodidade e segurança
para os irmãos da igreja);
 Cuidar da aparência (roupas sempre limpas e passadas, cabelos,
barbas feitas higiene pessoal é fundamental);
 Olhar a escala de trabalha e não trabalhar mal-humorado;
 Ser um intercessor durante o culto (ainda que haja grupo especifico
para esse fim);
ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 7
 Orar e ler a Bíblia diariamente (desenvolver devocional);
 Promover espiritualidade no culto.

VI- Horário de chegada no culto


Os diáconos/diaconisas escalados devem chegar pelo menos trinta
minutos antes do culto, para um período de oração, preparo e
organização no templo caso seja necessário.
PONTUALIDADE: Já se disse que chegar atrasado a um encontro
marcado equivale a mentir e roubar o tempo de outra pessoa. A
pontualidade é uma virtude.
VESTIMENTA: Verificar o que ficou estabelecido pela liderança.
CONTENTAMENTO: Estar sempre alegre na fartura ou na
necessidade, sem reclamações, queixumes, sem maldizer, eis o retrato de
um verdadeiro servo de Deus (Fp 4:4; 11-13; Tm 6:6).

VII- DISCIPULO E O EVANGELISMO.

“MC 16:15 - Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”

Jesus envia 70 discípulos para a evangelização, dentre os 70 os 12 futuros


apóstolos. (Lucas 10:1 - 24)

 Missões dos 70 discípulos

1. Anunciar a inauguração do Reino de Deus na terra falando sobre as


boas novas de salvação através de jesus. (v9b)
2. Levar paz e boas novas de jesus as pessoas, famílias e cidades (v5 e
v10).
3. Instituir o Reino de Deus através da Fé, não em suprimentos
humanos. (Lucas 10:4 e 22:35)

O próprio Senhor Jesus evangelizava. (MT 4:12-17)

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 8


MT (10:5) - Jesus envia somente os doze.

“Portanto ide e fazei discípulos...” - (MT 28: 18,19 e 20)

Quando Jesus fala de evangelização, envolve todo o corpo de Cristo.


Dentre os 70, estavam os 12 apóstolos, mas o propósito do IDE de Jesus
continuava a ser tarefa de todos. Houve união do corpo de Cristo, todos
os que possuíam “cargos eclesiásticos”, ministério, função, como queira
chamar e os que não possuíam se uniram em prol da propagação das boas
novas de Cristo. Se alinharam em evangelizar, ganhar almas, difundir o
evangelho levando as boas novas de salvação para os perdidos, fazendo
discípulos, expandindo o evangelho da salvação por cidades, estados e
nações.
Devemos agir como um corpo bem ajustado, unido em um só propósito
que é a expansão do reino. Devemos nos portar conforme a vocação na
qual fomos chamados.
Temos sido discipulados, tratados e ensinados sobre a necessidade de
buscarmos a Deus para que sejamos cheios da unção dEle e também
temos sido ensinados sobre como evangelizar. Está na hora de colocarmos
isso em prática. Devemos ser um agente transmissor da salvação de
Cristo, do poder libertador da palavra e da novidade de vida através de
Jesus.
Devemos ser igreja fora de 4 paredes, levando o evangelho nas ruas, nas
praças, no trabalho, nos locais de estudo, nas casas, em nossas redes
sociais. Devemos ser um canal de benção para o perdido e o necessitado.
É nossa obrigação seguir o exemplo de Jesus que saiu das sinagogas para
pregar salvação. Devemos deixar o egoísmo de lado e entender que a
salvação de Jesus não é só para nós e sim para o mundo inteiro e para que
o mundo saiba é necessário que nós levemos essa informação a ele, que
digamos o que Jesus fez em nossa vida, que sejamos luz no meio das
trevas e que por onde passarmos as pessoas vejam a luz de Cristo em nós.
Não podemos ser passivos enquanto milhares de pessoas vão ao inferno.
Quantos parentes, amigos, conhecidos já se foram e sequer um convite

ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista 9


fazemos? Precisamos falar de Cristo em tempo e fora de tempo pois a
volta dEle está próxima.
Com a expansão do reino, os ministérios e funções eclesiásticas vão se
encaixando.
Através do ganhar almas, acompanhar, batizar essas almas na rocha que é
Jesus, Consolidar, discipular os agora discípulos de Jesus e depois enviar
para que os mesmos possam desempenhar o Ide de Jesus levando as boas
novas de salvação.

1
ADMAIN – Ap alexandre batista e ap eunice batista
0

Você também pode gostar