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A Lei da Gravitação Universal:

Newton propôs a Lei da Gravitação Universal: segundo ela, qual quer par de objetos no Universo atrai-se
mutuamente. Essa atração mútua, denominada atração gravitacional, é tanto maior quanto maior a massa dos
objetos e quanto menor a distância entre eles.

Geocentrismo versus heliocentrismo:


Geocentrismo: O filósofo grego Aristóteles propôs um modelo (uma concepção) para explicar as regularidades que
se podem observar no céu, no qual os corpos celestes se moveriam todos ao redor da Terra, considerada o centro
do Universo. Esse é um modelo geocêntrico, ou seja, no qual a Terra é o centro. Esse modelo foi aprimorado pelo
matemático, geográfico e astrônomo Cláudio Ptolomeu.

Heliocentrismo: Insatisfeito com alguns aspectos do modelo de Ptolomeu, o polonês Nicolau Copérnico (1473-
1543) elaborou um novo modelo, dessa vez heliocêntrico, ou seja, no qual o Sol seria considerado o centro do
Universo. No modelo de Copérnico, a Terra e os demais planetas girariam ao redor do Sol em órbitas circulares.

As contribuições de Brahe e de Kepler:


Na polêmica do geocentrismo versus heliocentrismo, dois Indivíduos tiveram papel decisivo. Um deles foi o
dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), que construiu instrumentos de alta precisão para medir a posição dos astros
no céu (embora ainda não existisse telescópio). Ele fez medidas e registros por vinte anos. O outro foi Johannes
Kepler (1571-1630). Esse matemático alemão analisou por cerca de duas décadas os registros de Brahe e chegou à
conclusão de que, embora parecesse que o modelo de Copérnico fosse o menos incorreto por ser heliocêntrico,
nenhum dos dois modelos era totalmente adequado para prever a posição dos astros.

Os planetas e o Sistema Solar:


A estrela mais próxima de nós é o Sol. Diversos corpos celestes o orbitam, como planetas (Mercúrio, Vênus, Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), planetas-anões (Ceres, Plutão, Makemake, Éris), satélites naturais de
planetas-anões e de planetas (a Lua, por exemplo). Asteroides (corpos rochosos menores que planetas-anões) e
cometas. O Sol e todos os corpos celestes que o orbitam contituem o Sistema Solar.

Planetas rochosos e planetas gasosos:

Rochosos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte apresentam crostas rochosas e têm composição química relativamente
semelhante, sendo cha mados de planetas telúricos (o adjetivo telúrico significa relativo à Terra), que alguns
denominam planetas rochosos.

Gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, ao contrário, são planetas bem maiores, com grande conteúdo de
gases, especialmente hidrogênio e hélio. Eles são denominados planetas jovianos (o adjetivo joviano se refere a
Júpiter) ou planetas gigantes gasosos.

Sol, a nossa estrela:


O Sol é a estrela mais próxima da Terra. É constituído principalmente de hidrogênio (cerca de três quartos) e hélio
(cerca de um quarto), contendo quantidades bem menores de alguns outros elementos químicos. A detecção dos
elementos químicos presentes no Sol se fundamenta na análise da luz emitida por ele.

No sol, ocorre fusão nuclear do hidrogênio:

Nas décadas finais do século XIX, cálculos teóricos referentes à quantidade de energia emitida pelo Sol indicavam
que não e possível que essa energia fosse proveniente da reação química de queima de combustíveis.Qual seria,
então, a fonte de energia solar? Nas primeiras décadas do século XX, os físicos gradualmente descobriram a
resposta. O que ocorre no Sol – e é responsável pela liberação de energia por esse astro – não é uma reação
química, mas um fenômeno nuclear (uma transformação que envolve núcleos de átomos) denominado fusão
nuclear. A fusão nuclear que ocorre no Sol é uma série de processos por meio dos quais núcleos de hidrogênio
reúnem-se formando núcleos de hélio, com a simultânea liberação de grande quantidade de energia.

Escala kelvin de temperatura:

Os cientistas comumente expressam a temperatura das estrelas usando a unidade kelvin, simbolizada por K. Para
converter da unidade grau Celsius (°C) para a kelvin (K), somamos 273 ao valor da temperatura em Celsius.
Estrutura do Sol:

O núcleo, é a região solar mais quente, com temperaturas da ordem de 15 milhões de kelvins. É no núcleo que
ocorre a fusão nuclear do hidrogênio, formando hélio. A energia liberada no núcleo é irradiada por meio de ondas
eletromagnéticas através da região chamada de zona radioativa, isto é, onde acontece a radiação, ou irradiação. Na
zona convectiva, o aquecimento dos gases solares cria correntes de convecção, movimentações de material fluido
devido a diferenças de temperatura. A fotosfera é relativamente bem fina e cuja temperatura média é de
aproximadamente 5.800 K. Ela tem esse nome porque é a região que emite luz. A cromosfera tem coloração róseo-
avermelhada que se deve principalmente as emissões provenientes de elétrons excitados quando retornam ao
estado fundamental em átomos de hidrogênio. As proeminências solares são jatos de gás aquecido que se
estendem a alturas de cerca de 700 quilômetros com aparência de labaredas. A última camada do sol,
extremamente rarefeita, é um grande galo esbranquiçado e irregular chamado de coroa solar.

Galáxias:
Expressando distâncias em Astronomia:

Para expressar as grandes distâncias envolvidas em Astronomia, é costume empregar a unidade ano-luz, que é a
distância percorrida pela luz em um ano.

Nossa galáxia:

A Via Láctea é a nossa Galáxia (do grego gálaktos, leite), um grande conjunto de estrelas, que inclui gás, poeira e
também cor pos celestes que orbitam as estrelas. A espessura aproximada do disco galáctico é de 2 mil anos-luz e
ele apresenta uma protuberância na região central, denominada bojo nuclear, cujo centro é núcleo galáctico. Acima
e abaixo do disco, há grupos de estrelas, chamados aglomerados globulares, que também fazem parte da Via
Láctea. A Galáxia está em rotação ao redor do seu centro. O Sol (e a região onde está o Sistema Solar) movimentam-
se 200 km/s ao redor desse centro e completam uma volta ao redor dele a cada 250 milhões de anos.

Outras galáxias:

Com auxilio de telescópicos, é possível visualizar agrupamentos de estrelas, muitos deles com formato elíptico ou
circular, que não pertencem à nossa Galáxia e que, segundo evidências astronômicas, são outras galáxias.

Sol e outras estrelas:


Temperatura e cor das estrelas:

Existem estrelas vermelhas, laranjas, amarelas, brancas e azuis. As diferentes cores estão relacionadas à
temperatura da parte externa da estrela, aquela que, como a fotosfera solar, é responsável pela emissão de luz. Os
estudos realizados pela escocesa Williamina Fleming (1857-1911) e pela estadunidense Annie J. Cannon (1863-
1941) possibilitaram dividir as estrelas em categorias chamadas classes espectrais, de acordo com características
dos espectros luminosos estelares. As classes espectrais são designadas pelas letras O, B, A, F, G, K e M. Nessa
sequência, a temperatura decresce de O para M.

Formação das estrelas:

Segundo a hipótese cientifica mais aceita, as estrelas se formam a partir de nébulas, nuvens interestelares contendo
predominante mente gases, com cerca de três quartos de hidrogênio e um quarto de hélio. Pode haver outros
elementos presentes, mas respondem geralmente por cerca de 2% da massa. Aos poucos, a atração gravitacional
provoca a coalescência (aglutinação) do material da nébula, que, à medida que se encolhe, gira cada vez mais
rápido ao redor de seu centro, torna-se mais plana e com um centro cada vez mais definido e protuberante, no qual
se forma uma enorme esfera de gás. Durante a coalescência, a temperatura no interior dessa esfera aumenta
muito. De modo análogo, quando a atração gravitacional faz com que grandes massas de gás das nuvens
interestelares se aproximem, a energia potencial gravitacional inicial do sistema (constituído pelas moléculas de gás
muito separadas) converte-se gradualmente em energia cinética e, depois, em energia térmica, o que faz a
temperatura aumentar à medida que a nuvem coalesce. Chamamos de protoestrela (do grego prôtos, primitivo) o
estágio precursor de uma estrela. Para que uma protoestrela se transforme em uma estrela, sua massa deve ser, no
mínimo, 8% da massa solar e, no máximo, 100 vezes a massa solar.

Luminosidade das estrelas:


Para poder comparar a intensidade da luz das estrelas sem se preocupar com a diferença de distância, os
astrônomos empregam o conceito de luminosidade, que expressa quanta luz cada estrela emite por segundo,
informando o resultado em comparação com o Sol.

O diagrama H-R:

Embora luminosidade e temperatura sejam propriedades distin tas, existe, no caso de muitas estrelas, uma relação
entre elas. No início do século XX, o dinamarquês Ejnar Hertzsprung (1873-1967) e o estadunidense Henry N. Russel
(1877-1957) elaboraram um gráfico, conhecido como diagrama H-R (veja-o na imagem abaixo), em que essa relação
ficou evidente.

No eixo horizontal, estão as temperaturas (em kelvins) da superficie emissora de luz das estrelas. No eixo vertical,
estão as luminosidades, expressas como múltiplos da luminosidade do Sol.

Ciclo de vida das estrelas:


Nascimento e permanência na sequência principal:

Nascimento é o momento em que se inicia a fusão nuclear do hidrogênio. A morte ocorre quando a fusão nuclear
não mais ocorrer. O ciclo de vida é a sequência de eventos do nascimento à morte. Após o nascimento da estrela, o
aquecimento devido à energia liberada na fusão nuclear provoca aumento da pressão em seu interior, o que tende
a fazer a estrela se expandir. Contudo, existe um fator que se opõe a essa expansão. É a atração gravitacional, que
tende a provocar a contração do astro. Uma estrela permane ce estável, mantendo seu tamanho ao longo do
tempo, enquanto esses dois fatores – a pressão interna e a atração gravitacional permanecerem equilibrados, um
compensando o outro. Enquanto esse equilíbrio perdurar, uma estrela permanece em sua posição, na sequência
principal do diagrama H-R. O tempo de permanência na sequência principal depende da massa da estrela. As de
maior massa reali zam fusão nuclear mais rapidamente (acarretando maior pressão interna, que equilibra a maior
atração gravitacional), esgotando o suprimento de hidrogênio do núcleo em menos tempo.
O sol se transformará em gigante vermelha:

Quando o suprimento de hidrogênio no núcleo da estrela diminui significativamente, importantes mudanças


ocorrem e a estrela entra em uma nova fase de sua vida. A pressão interna diminui não mais equilibra a atração
gravitacional, o que provoca contração da estrela. Isso aquece muito o núcleo e possibilita a ocorrência da fusão
nuclear dos átomos de hélio formando átomos de carbono. Dependendo da massa da estrela, o aquecimento do
núcleo pode ser tão grande que outros processos de fusão nuclear também se tornam possíveis. Eles produzem,
progressivamente, outros ele mentos químicos mais pesados, até chegar ao ferro. (Elementos de número atômico
acima do ferro não se formam nessas condições.) Como o núcleo estelar se torna bem mais quente do que era, as
camadas de gás externas se expandem muito, resfriando-se à medida que expandem. A estrela transforma-se,
assim, em uma gigante vermelha. O sol se transformará em gigante vermelha daqui a cerca de 5,4 bilhões de anos.

No final, o Sol se transformará em anã branca:

Após cerca de 1 bilhão de anos como gigante vermelha (há controvérsias sobre esse tempo), quando processos de
fusão nuclear não mais ocorrerem no Sol, a atração gravitacional provocará sua violenta contração. Nessa
contração, o interior se aquecerá ainda mais e, como consequência, a estrela explodirá, lançando parte de seu
material no espaço, restando um corpo celeste muito compacto. O material ejetado constitui uma nuvem de gás e
poeira chamada de nébula planetária. O corpo celeste resultante é uma anã branca, que tem tamanho semelhante
ao da Terra, porém massa próxima à do Sol, o que acarreta uma altíssima densidade, da ordem de uma tonelada
por mililitro.

Supernovas, estrelas de nêutrons buracos negros:

Quando o material que poderia sofrer fusão nuclear está terminando, as estralas com massa maior que 8 vezes a
do Sol sofrem violenta contração devido à atração gravitacional, causando rápida e altíssima elevação da
temperatura interna, o que provoca uma explosão de proporções inimaginavelmente grandes. Essa explosão é um
fenômeno denominado supernova. Quando as estrelas que apresentam entre 8 e 25 vezes a massa solar explodem
como supernovas, expelindo boa parte de seu material, resta um corpo celeste mais denso que uma anã branca,
denominado estrela de nêutrons. Essas estrelas são constituídas exclusivamente de nêutrons. Segundo acreditam
os cientistas, quando as estrelas com massa superior a 25 vezes a do Sol explodem como supernovas, o que resta é
uma região do espaço com densidade tão alta (maior ainda que a de uma estrela de nêutrons) que nenhuma porção
de matéria nela presente conseguiria escapar de sua atração gravitacional. Nem mesmo a luz e outras radiações
eletromagnéticas nela originadas escapariam de sua gravidade, o que valeu a esse tipo de remanescência estelar o
sugestivo nome de buraco negro.

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