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Newton propôs a Lei da Gravitação Universal: segundo ela, qual quer par de objetos no Universo atrai-se
mutuamente. Essa atração mútua, denominada atração gravitacional, é tanto maior quanto maior a massa dos
objetos e quanto menor a distância entre eles.
Heliocentrismo: Insatisfeito com alguns aspectos do modelo de Ptolomeu, o polonês Nicolau Copérnico (1473-
1543) elaborou um novo modelo, dessa vez heliocêntrico, ou seja, no qual o Sol seria considerado o centro do
Universo. No modelo de Copérnico, a Terra e os demais planetas girariam ao redor do Sol em órbitas circulares.
Rochosos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte apresentam crostas rochosas e têm composição química relativamente
semelhante, sendo cha mados de planetas telúricos (o adjetivo telúrico significa relativo à Terra), que alguns
denominam planetas rochosos.
Gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, ao contrário, são planetas bem maiores, com grande conteúdo de
gases, especialmente hidrogênio e hélio. Eles são denominados planetas jovianos (o adjetivo joviano se refere a
Júpiter) ou planetas gigantes gasosos.
Nas décadas finais do século XIX, cálculos teóricos referentes à quantidade de energia emitida pelo Sol indicavam
que não e possível que essa energia fosse proveniente da reação química de queima de combustíveis.Qual seria,
então, a fonte de energia solar? Nas primeiras décadas do século XX, os físicos gradualmente descobriram a
resposta. O que ocorre no Sol – e é responsável pela liberação de energia por esse astro – não é uma reação
química, mas um fenômeno nuclear (uma transformação que envolve núcleos de átomos) denominado fusão
nuclear. A fusão nuclear que ocorre no Sol é uma série de processos por meio dos quais núcleos de hidrogênio
reúnem-se formando núcleos de hélio, com a simultânea liberação de grande quantidade de energia.
Os cientistas comumente expressam a temperatura das estrelas usando a unidade kelvin, simbolizada por K. Para
converter da unidade grau Celsius (°C) para a kelvin (K), somamos 273 ao valor da temperatura em Celsius.
Estrutura do Sol:
O núcleo, é a região solar mais quente, com temperaturas da ordem de 15 milhões de kelvins. É no núcleo que
ocorre a fusão nuclear do hidrogênio, formando hélio. A energia liberada no núcleo é irradiada por meio de ondas
eletromagnéticas através da região chamada de zona radioativa, isto é, onde acontece a radiação, ou irradiação. Na
zona convectiva, o aquecimento dos gases solares cria correntes de convecção, movimentações de material fluido
devido a diferenças de temperatura. A fotosfera é relativamente bem fina e cuja temperatura média é de
aproximadamente 5.800 K. Ela tem esse nome porque é a região que emite luz. A cromosfera tem coloração róseo-
avermelhada que se deve principalmente as emissões provenientes de elétrons excitados quando retornam ao
estado fundamental em átomos de hidrogênio. As proeminências solares são jatos de gás aquecido que se
estendem a alturas de cerca de 700 quilômetros com aparência de labaredas. A última camada do sol,
extremamente rarefeita, é um grande galo esbranquiçado e irregular chamado de coroa solar.
Galáxias:
Expressando distâncias em Astronomia:
Para expressar as grandes distâncias envolvidas em Astronomia, é costume empregar a unidade ano-luz, que é a
distância percorrida pela luz em um ano.
Nossa galáxia:
A Via Láctea é a nossa Galáxia (do grego gálaktos, leite), um grande conjunto de estrelas, que inclui gás, poeira e
também cor pos celestes que orbitam as estrelas. A espessura aproximada do disco galáctico é de 2 mil anos-luz e
ele apresenta uma protuberância na região central, denominada bojo nuclear, cujo centro é núcleo galáctico. Acima
e abaixo do disco, há grupos de estrelas, chamados aglomerados globulares, que também fazem parte da Via
Láctea. A Galáxia está em rotação ao redor do seu centro. O Sol (e a região onde está o Sistema Solar) movimentam-
se 200 km/s ao redor desse centro e completam uma volta ao redor dele a cada 250 milhões de anos.
Outras galáxias:
Com auxilio de telescópicos, é possível visualizar agrupamentos de estrelas, muitos deles com formato elíptico ou
circular, que não pertencem à nossa Galáxia e que, segundo evidências astronômicas, são outras galáxias.
Existem estrelas vermelhas, laranjas, amarelas, brancas e azuis. As diferentes cores estão relacionadas à
temperatura da parte externa da estrela, aquela que, como a fotosfera solar, é responsável pela emissão de luz. Os
estudos realizados pela escocesa Williamina Fleming (1857-1911) e pela estadunidense Annie J. Cannon (1863-
1941) possibilitaram dividir as estrelas em categorias chamadas classes espectrais, de acordo com características
dos espectros luminosos estelares. As classes espectrais são designadas pelas letras O, B, A, F, G, K e M. Nessa
sequência, a temperatura decresce de O para M.
Segundo a hipótese cientifica mais aceita, as estrelas se formam a partir de nébulas, nuvens interestelares contendo
predominante mente gases, com cerca de três quartos de hidrogênio e um quarto de hélio. Pode haver outros
elementos presentes, mas respondem geralmente por cerca de 2% da massa. Aos poucos, a atração gravitacional
provoca a coalescência (aglutinação) do material da nébula, que, à medida que se encolhe, gira cada vez mais
rápido ao redor de seu centro, torna-se mais plana e com um centro cada vez mais definido e protuberante, no qual
se forma uma enorme esfera de gás. Durante a coalescência, a temperatura no interior dessa esfera aumenta
muito. De modo análogo, quando a atração gravitacional faz com que grandes massas de gás das nuvens
interestelares se aproximem, a energia potencial gravitacional inicial do sistema (constituído pelas moléculas de gás
muito separadas) converte-se gradualmente em energia cinética e, depois, em energia térmica, o que faz a
temperatura aumentar à medida que a nuvem coalesce. Chamamos de protoestrela (do grego prôtos, primitivo) o
estágio precursor de uma estrela. Para que uma protoestrela se transforme em uma estrela, sua massa deve ser, no
mínimo, 8% da massa solar e, no máximo, 100 vezes a massa solar.
O diagrama H-R:
Embora luminosidade e temperatura sejam propriedades distin tas, existe, no caso de muitas estrelas, uma relação
entre elas. No início do século XX, o dinamarquês Ejnar Hertzsprung (1873-1967) e o estadunidense Henry N. Russel
(1877-1957) elaboraram um gráfico, conhecido como diagrama H-R (veja-o na imagem abaixo), em que essa relação
ficou evidente.
No eixo horizontal, estão as temperaturas (em kelvins) da superficie emissora de luz das estrelas. No eixo vertical,
estão as luminosidades, expressas como múltiplos da luminosidade do Sol.
Nascimento é o momento em que se inicia a fusão nuclear do hidrogênio. A morte ocorre quando a fusão nuclear
não mais ocorrer. O ciclo de vida é a sequência de eventos do nascimento à morte. Após o nascimento da estrela, o
aquecimento devido à energia liberada na fusão nuclear provoca aumento da pressão em seu interior, o que tende
a fazer a estrela se expandir. Contudo, existe um fator que se opõe a essa expansão. É a atração gravitacional, que
tende a provocar a contração do astro. Uma estrela permane ce estável, mantendo seu tamanho ao longo do
tempo, enquanto esses dois fatores – a pressão interna e a atração gravitacional permanecerem equilibrados, um
compensando o outro. Enquanto esse equilíbrio perdurar, uma estrela permanece em sua posição, na sequência
principal do diagrama H-R. O tempo de permanência na sequência principal depende da massa da estrela. As de
maior massa reali zam fusão nuclear mais rapidamente (acarretando maior pressão interna, que equilibra a maior
atração gravitacional), esgotando o suprimento de hidrogênio do núcleo em menos tempo.
O sol se transformará em gigante vermelha:
Após cerca de 1 bilhão de anos como gigante vermelha (há controvérsias sobre esse tempo), quando processos de
fusão nuclear não mais ocorrerem no Sol, a atração gravitacional provocará sua violenta contração. Nessa
contração, o interior se aquecerá ainda mais e, como consequência, a estrela explodirá, lançando parte de seu
material no espaço, restando um corpo celeste muito compacto. O material ejetado constitui uma nuvem de gás e
poeira chamada de nébula planetária. O corpo celeste resultante é uma anã branca, que tem tamanho semelhante
ao da Terra, porém massa próxima à do Sol, o que acarreta uma altíssima densidade, da ordem de uma tonelada
por mililitro.
Quando o material que poderia sofrer fusão nuclear está terminando, as estralas com massa maior que 8 vezes a
do Sol sofrem violenta contração devido à atração gravitacional, causando rápida e altíssima elevação da
temperatura interna, o que provoca uma explosão de proporções inimaginavelmente grandes. Essa explosão é um
fenômeno denominado supernova. Quando as estrelas que apresentam entre 8 e 25 vezes a massa solar explodem
como supernovas, expelindo boa parte de seu material, resta um corpo celeste mais denso que uma anã branca,
denominado estrela de nêutrons. Essas estrelas são constituídas exclusivamente de nêutrons. Segundo acreditam
os cientistas, quando as estrelas com massa superior a 25 vezes a do Sol explodem como supernovas, o que resta é
uma região do espaço com densidade tão alta (maior ainda que a de uma estrela de nêutrons) que nenhuma porção
de matéria nela presente conseguiria escapar de sua atração gravitacional. Nem mesmo a luz e outras radiações
eletromagnéticas nela originadas escapariam de sua gravidade, o que valeu a esse tipo de remanescência estelar o
sugestivo nome de buraco negro.