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UNIVERSIDADE POTIGUAR
NATAL/RN
2022
PEDRO VITOR SOUZA LIMA MATHEUS LUCAS PINTO SOARES
NATAL/RN
2022
Natal/RN, de de 2022.
(letra 12, centralizado)
BANCA EXAMINADORA
(letra 12, negrito, centralizado)
Os crimes cibernéticos são cada vez mais populares. No Brasil, esses crimes visam
principalmente o ganho financeiro através do acesso indevido a contas bancárias pela Internet,
furtos e principalmente da clonagem de cartões de crédito. Observa-se que esse tipo de atividade
atrai principalmente indivíduos jovens, alguns ainda no início da adolescência.
Esses indivíduos são popularmente conhecidos como “hackers”, utilizam-se de ambientes
virtuais para se comunicar e comercializar produtos oriundos do crime. Ademais, na Internet há
várias salas e grupos criados exclusivamente para o cometimento de tais atos ilícitos. Contudo,
o presente trabalho foi elaborado através de observações do respectivo aumento de casos, da
deficiência legislativa e das elaborações de novas leis, gerando assim danos o individuo e ao
seu patrimônio. Todavia, quais são os fatores mais utilizados para o cometimento do crime
cibernético, como pode ser identificado os aspectos do perfil do criminoso. Durante a análise
destacaram-se alguns aspectos recorrentes na comunicação desses jovens, dentre os quais: o uso
de linguagem específica, suas vontades e realizações fora do mundo virtual, também como
encaram as medidas punitivas impostas pelo Estado, além disso, como as classes sociais e
configurações familiares estão sendo inseridas. Nota-se que a prática dos crimes virtuais pode
se mostrar como uma alternativa tentadora e um caminho mais rápido para a inserção do jovem
no mundo dos adultos, também como para a conquista de sua independência financeira. Desse
modo, os jovens tem acesso a produtos, bens e lugares que desejam frequentar nessa faixa etária.
Infelizmente, as condições socioeconômicas do país, a falta de oportunidades profissionais,
educacionais e a ineficiência das medidas punitivas promovidas pelo Estado acabam servindo
de estímulos para esses jovens se inserirem no mundo dos popularmente conhecido como
“hackers”.
Cyber crimes are increasingly popular. In Brazil, these crimes are mainly aimed
at financial gain through improper access to bank accounts over the Internet, theft
and especially the cloning of credit cards. It is observed that this type of activity
attracts mainly young individuals, some still in their early teens. These individuals
are popularly known as "hackers", they use virtual environments to communicate
and sell products from crime. Furthermore, on the Internet there are several rooms
and groups created exclusively for the commission of such illicit acts. However,
the present work was elaborated through observations of the respective increase
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of cases, the legislative deficiency and the elaboration of new laws, thus
generating damages to the individual and his patrimony. However, what are the
most used factors for the commission of cyber crime, how can the aspects of the
criminal profile be identified. During the analysis, some recurring aspects in the
communication of these young people were highlighted, among which: the use of
specific language, their desires and achievements outside the virtual world, as well
as how they face the punitive measures imposed by the State, in addition, as the
social classes and family settings are being entered. It is noted that the practice of
virtual crimes can prove to be a tempting alternative and a faster way for the
insertion of young people in the world of adults, as well as for the conquest of
their financial independence. In
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................07
1 CRIMES CIBERNÉTICOS ................................................................................................08
1.1 PERFIL DO CRIMINOSO .................................................................................................10
1.2 DA LEGISLÇÃO BRASILEIRA E ATUAÇÃO DA POLÍCIA INVESTIGATIVA .......11
2 LEI CAROLINA DIECKMANN .......................................................................................13
2.1 A INEFICÁCIA DA LEI CAROLINA DIECKMANN .....................................................15
3 PROJETO DE LEI LUCAS SANTOS ..............................................................................17
CONCLUSÃO .........................................................................................................................22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................23
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INTRODUÇÃO
1 CRIMES CIBERNÉTICOS
pode-se dizer que a prática delitiva que se utilizada na internet como meio para
atingir a finalidade ilícita, viola bens jurídicos garantidos por nossa Carta
Magna como a intimidade, a liberdade de expressão, a privacidade, dentre outros
de suma importância.
Esse conceito acompanha a definição por Alexandre de Moraes (2016, p. 122)
“Assim, intimidade relaciona-se às relações subjetivas e de trato íntimo da pessoa,
suas relações familiares e de amizade, enquanto vida privada envolve todos
os demais relacionamentos”.
Contudo, o Estado pouco injeta recursos que priorizem políticas públicas que
possam evitar ou informar a população de como proteger seus dados pessoais e até
mesmo de evitar extorsões, onde poderia ser utilizado maneiras de identificar o
criminoso ou o local que está sendo realizado o ato ilícito, no qual seria uma forma
para proporcionar condições melhores a população e as vítimas que sofreram algum
tipo de dano ao indivíduo e seu patrimônio.
Segundo Silva, as leis tiveram que se modernizar com o avanço tecnológico:
região nordeste do país, onde aparentemente estes crimes são cometidos em maior
número (ASSI, 2011).
A empresa Clearsale, gerenciava na época 80% dos dados do e- commerce
(comércio eletrônico) brasileiro (ASSI, 2011). Na avaliação realizada, dentre as
115.612 operações do Estado avaliadas, aproximadamente 15% apresentaram clientes
com informações pessoais utilizadas de forma indevida por terceiros em mais compras.
Em alguns casos, a transação foi efetivada. Em outros, não foi concluída (ASSI, 2011).
Com base nas pesquisas pode ser destacado o aumento de tais crimes em situação
crítica no estado do Rio Grande do Norte, no qual as vitimais ficaram frangeis em
virtude da pandemia, no qual a locomoção e procedimentos se dificultaram gerando
assim, o aumento do uso de dispositivos eletrônicos conectados a internet, onde poderia
resolver tudo pelo simples aparelho tornando algo mais cômodo.
De acordo com ROSA, os crimes virtuais são difíceis de ser identificado:
virtual não possui mecanismos de proteção deixaria uma brecha para não ser
considerado como crime.
Com o passar do tempo, é possível perceber que a Lei Carolina Dieckmann se
faz necessário uma atualização, pois deixou de atender diversas necessidades da
sociedade, verifica-se uma enorme quantidade de lacunas existentes nesta lei.
Portanto, apesar dos aspectos negativos expostos, já é um avanço significativo
para que haja maiores reflexões e evolução da referida Lei. Pois, a lei precisa de
algumas atualizações, já que o ambiente virtual está em constante evolução e sendo
assim os hackers também estão encontrando novas maneiras de prejudicar possíveis
vítimas.
Sobre a ineficácia Ferreira discorre:
Essa atualização da lei, tornou as punições mais rígidas, já que a primeira lei
apresentava algumas lacunas. Com a nova lei alterou-se as penas que antes eram
somente detenção e passou a ser reclusão. O regime inicial de pena pode ser fechado e
antes podia ser semiaberto ou aberto. Anteriormente qualquer falta de controle podia
ser usado para tentar desqualificar o crime, como por exemplo a simples falta de senha
no celular da vítima.
Com a modificação desta lei, as penas podem chegar até 8 anos de prisão e
multas, podendo ser agravadas em casos em que os crimes forem praticados com o uso
de servidor fora do Brasil ou se a vítima for idosa ou vulnerável.
Os alunos com faixa etária entre 12 (doze) e 14 (catorze) anos serão orientados
na produção de apresentações próprias, após estudo, de temas relacionados à
conscientização do uso saudável das redes sociais e combate ao cyberbullying.
As emissoras de rádio e televisão, que gozarem de isenções, patrocínios ou
benefícios, também farão parte do processo de educação.
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A luta de Walkyria Santos, mãe de Lucas, para a criação desta lei, tem tido um
papel fundamental para auxiliar as mães e familiares que passam pelo mesmo
problema, a cantora tem uma enorme quantidade de seguidores em suas redes sociais,
que ela divulga o projeto de lei, com a seguinte hashtag #Leilucassantosja, diversos
famosos e seguidores aderiram a hashtag. Com isso, visa conscientizar que o
bullying/cyberbullying é crime.
Contudo, Walkiria recebeu diversos tipos de apoios das mídias sociais, e
psicológicos, o caso foi de repercussão nacional e logo em seguida recebeu apoio da
Câmara dos Deputados e dos Vereadores, que propuseram apresentar o projeto de lei,
respectivamente nas suas casas legislativas, aguardando a devida aprovação deste
projeto.
Vale lembrar, que a cantora se empenha até hoje em apoiar pessoas que
enfrentam este problema que ela enfrentou. A cantora empenhada em ajudar, pessoas
que sofrem ataques de haters, sejam famosos ou anônimos. O importante é prestar
solidariedade e lutar por leis que punam severamente os infratores.
O Instituto Lucas Santos, foi criado para ajudar adolescentes vítimas de
cyberbullying em Natal/RN, o projeto é encabeçado pela cantora Walkyria Santos e o
empresário César Soanata, pais de Lucas, a intenção é prestar assistência a adolescentes
que enfrentam esses ataques, que podem ocasionar ou desencadear depressão, baixa
autoestima, ansiedade ou até mesmo o caso de suicídio.
O instituto, visa ajudar as pessoas mais carentes, que não tem condições de
receber esses auxílios psicológicos, psiquiátricos e medicações. Lembrando que é
apenas um centro de acompanhamento e acolhimento ao jovem. Evitando que os
jovens que sofrem ataque de haters, não cometam suicídio.
Vale ressaltar, que são atitudes assim, que fazem a diferença quando a vítima
está com o psicológico abalado, portanto é de fundamental importância do acolhimento
de maneira eficaz que fazem reduzir a quantidade de jovens e adolescentes que
cometem o suicídio.
Com a criação desta lei e o apoio da sociedade, o instituto terá a possibilidade
de salvar muitas vítimas, conseguindo alcançar o seu objetivo principal. Se a cada ação,
conseguir ajudar a pelo menos 1 adolescente já será considerado uma grande satisfação
ter ajudado uma vítima. Pois, só o fato de acolher e ter a assistência, já é considerado
suficiente para evitar um suicídio.
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CONCLUSÕES
Portanto, a criação dessas leis, mesmo que com algumas lacunas, apresentam
um grande avanço na defesa do indivíduo no âmbito virtual. Por isso, já houve
atualizações na lei Carolina Dieckmann, que torna mais rígida a punição para os
infratores, trazendo maior segurança para os usuários dos ambientes virtuais.
REFERÊNCIAS
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito penal, volume 2. 33 ed. São Paulo: Saraiva,
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LIMA, Ronaldo Pinheiro de; LIMA, Vera Helena Barbosa. O perfil do jovem na
prática do crime cibernético no Brasil. Relatório de Estágio Básico
Supervisionado, de Curso de Graduação em Psicologia. Centro de Ensino Superior de
Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2017.
PRADO, Luiz Regis. Bem jurídico-penal e constituição. 3. ed. São Paulo: RT,
2003.
ROSA, Fabrízio. Crimes de Informática. 2.ed. Campinas: BookSeller, 2006
SILVA. Ana Beatriz Barbosa, Bullying: mentes perigosas nas escolas. -Rio de
Janeiro: Objetiva, 2010
VIANNA, Túlio; MACHADO, Felipe. Crimes Informáticos. Belo Horizonte: Fórum,
2013.
WENDT, Emerson. JORGE, Higor Vinicius Nogueira. Crimes Cibernéticos –
Ameaças e Procedimentos Investigativos. Editora Brasport: Rio de Janeiro. 2012.
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