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AULA 0409 | ACORDES INVERTIDOS

Chegamos ao nosso capítulo sobre os acordes invertidos ou inversões
de acordes. E já vamos começar com a definição: acordes invertidos
são todos os acordes que têm como nota mais grave qualquer nota
que pertença ao acorde, mas que seja diferente da fundamental.

Assim, até agora, você já aprendeu no capítulo sobre tríades que para
formar um acorde qualquer é necessário agrupar a fundamental, a
terça (maior ou menor, dependendo do acorde) e a quinta (justa ou
diminuta).

Relembrando o conceito e a aplicação, vamos a um exemplo: para

formar o acorde de C (Dó Maior) é necessário utilizar a fundamental, a
terça maior e a quinta justa. Dessa forma, o acorde proposto teria as
notas Dó, Mi e Sol.

Para facilitar a visualização, veja a tabela abaixo, contendo a escala de

C Maior. Posiciono também a escala cromática, contendo todas as
notas, para fins didáticos:

Intervalos S S S S S S S S S S S S

Graus da Cromática I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

Notas da Cromática C C# D D# E F F# G G# A A# B

Notas da Maior C D E F G A B

Graus da Maior F 2M 3M 4J 5J 6M 7M

Intervalos T T S T T T S

Pois bem. Nos acordes invertidos, temos as demais notas do acorde

(terça, quinta ou sétima) como notas mais graves, sempre diferentes
da fundamental. E daí decorre uma classificação das inversões,
conforme veremos.
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Primeira inversão: ocorre quando tornamos a terça a nota mais grave

do acorde. No caso do nosso exemplo seria a nota Mi. A grafia, neste
caso, passa a ser C/E, e a leitura desta cifra é Dó maior com baixo em
Mi.

Segunda inversão: seria quando tornamos a quinta a nota mais grave

do acorde. No caso do nosso exemplo seria a nota Sol. A grafia, neste
caso, passa a ser C/G, e a leitura desta cifra é Dó maior com baixo em
Sol.

Terceira inversão: ocorre quando tornamos a sétima a nota mais grave

do acorde. No caso do nosso exemplo seria a nota Si - sétima nota da
escala de Dó. A grafia, neste caso, passa a ser C/B, e a leitura desta
cifra é Dó maior com baixo em Si.

Dica prática: Conforme você vai se familiarizando com as

inversões, a formação dos acordes também vai se fixando na sua
memória, bem como o desenho dos acordes.

C C/E C/G C7M/B

G

G
E

E
C

C
B
E

E
G
C

C
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Nos desenhos dos acordes, repare que nas três primeiras formações
(C, C/E e C/G) utilizamos as tríades. Já no quarto desenho utilizamos a
tétrade - acorde de 4 notas - para a ilustração. Isso se dá, obviamente,
em função da sétima maior da formação do acorde estar presente no
baixo.

Vamos agora para o estudo dos acordes menores. Neste caso, repare
que as terças de todos os acordes são menores, conforme sua
formação. Logo, as notas que compõem este exemplo seriam: C, Eb e
G. Na terceira inversão (sétima no baixo) Estou exemplificando com a
sétima menor, uma vez que sua utilização é mais frequente e usual na
harmonização.
Cm Cm/Eb Cm/G Cm7/Bb

Bb
G

G
C

G
Eb

Eb

Eb

Eb
G

G
C

G
Bb
Eb

Em função da limitação mecânica do violão, uma vez que possuímos

apenas 4 dedos na mão esquerda para formar os acordes, pode ser
necessário suprimir uma das notas do acorde, para que o desenho se
torne viável. Você poderá retirar a terça, a quinta ou até mesmo a
fundamental ainda assim sem descaracterizar o acorde.

Quero também te lembrar que, muitas vezes, a nota suprimida pode

estar na melodia cantada, o que complementa o resultado harmônico
de forma geral.
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Para facilitar seus estudos, segue uma tabela com todas as notas de
todos os acordes, para que você conheça as inversões possíveis.

Intervalos T T S T T T S

Graus da Maior I II III IV V VI VII

Intervalo gerado T 2M 3M 4J 5J 6M 7M
Dó Maior (C) C E G B
Sol Maior (G) G B D F#
Ré Maior (D) D F# A C#
Lá Maior (A) A C# E G#
Mi Maior (E) E G# B D#
Si Maior (G) B D# F# A#
Fá Sustenido Maior (F#) F# A# C# E#
Dó Sustenido Maior (C#) C# E# G# B#
Fá Maior (F) F A C E
Si Bemol Maior (Bb) Bb D F A
Mi Bemol Maior (Eb) Eb G Bb D
Lá Bemol Maior (Ab) Ab C Eb G
Ré Bemol Maior (Db) Db F Ab C
Sol Bemol Maior (Gb) Gb Bb Db F

Assim, fica fácil saber quais são todas as inversões em qualquer

tonalidade. Para usar a tabela acima, vamos fazer mais alguns
exemplos:

Sol Maior na segunda inversão: G/D: Sol Maior com baixo em Ré

Lá Maior na primeira inversão: A/C#: Lá com baixo em Dó sustenido
Mi Maior na terceira inversão: E/D#: Mi com baixo em Ré sustenido
Fá Maior na primeira inversão: F/A: Fá com baixo em Lá
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Note que, se falarmos de um acorde menor, teremos que utilizar a

terça menor da escala, ou seja, a terça maior meio tom abaixo.
Observe os exemplos utilizando a tabela anterior.

Dó Menor na primeira inversão: Cm/Eb: Dó menor com baixo em Mi

Bemol
Sol Menor na segunda inversão: Gm/D: Sol menor com Ré no baixo.

O mesmo vale para as sétimas, quando ocorre a chamada terceira

inversão. Sempre repare se o acorde possui a sétima maior ou menor.
No caso daquela, utilize a nota da escala, e desta, utilize a sétima
maior meio tom abaixo. Acompanhe o exemplo:

C7M/B: Dó com sétima maior e baixo em Si.

C7/Bb: Dó com sétima menor e baixo em si bemol.

Dica prática: Geralmente a sétima menor é mais presente como

forma de inversão. A sétima maior ocorre em casos especiais,
sobretudo em harmonias mais complexas. Quando se trata de
estilos musicais, as inversões com sétima maior quase sempre
ocorrem em Jazz ou Bossa Nova.

E por fim, gostaria de convidá-lo a rever nossa vídeo-aula sobre os

acordes invertidos. Nela, eu apresento a canção “Deus está aqui”,
fazendo uso de diversas inversões, criando um caminho de baixos
muito interessante.

Recomendo que você procure visualizar todos os acordes no braço do

seu instrumento, e já comece a se familiarizar com a localização de
cada acorde e cada baixo invertido.
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Deus está aqui

C G C C7 F G7 C C7
Deus está aqui, tão certo como o ar que eu respiro

F G7 E7 Am
Tão certo como o amanhã que se levanta

Dm G7 C
Tão certo como eu te falo e podes me ouvir

C G/B Am C7/G F G/F C/E

Deus está aqui, tão certo como o ar que eu respiro

F G/F E7 E7/G# Am7

Tão certo como o amanhã que se levan- ta

F/A Fm6/A C
Tão certo como eu te falo e podes me ouvir