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REFORMAS NO ENSINO MILITAR E A ESCOLA MILITAR • Curso Fundamental: 2 anos

DE REALENGO
• Curso Específico: 1 ano (Infantaria,
Antecedentes: Cavalaria) ou 2 anos (Artilharia, Engenharia)

1. EMPV fechada após Revolta da Vacina (1904) 3. Geração do Realengo (1919)

2. Ensino militar disperso: Escola de Guerra, Escola de • Primeira formação verdadeiramente militar
Aplicação de Cavalaria e Infantaria, Escola de
• Regulamento de 1934: ampliação da base
Artilharia e Engenharia
social dos candidatos
3. Edificação: Palácio das Indústrias (1908), Escola de
4. Intervencionismo político
Estado-Maior (1910-1920), 3º Regimento de
Infantaria (1921-1935) • Legado da EMPV, positivismo, florianismo,
Benjamin Constant
4. Currículo EMPV: teor civil, ciências matemáticas,
físicas, naturais, filosóficas • Simpatia com Revolução Constitucionalista
de 1932
5. Prática e técnica militar em segundo plano
• Intentona Comunista de 1935: defesa da
6. Oficiais "tarimbeiros" e "científicos"
Escola e legalismo
7. Influência do cientificismo, positivismo,
5. Líderes militares formados
republicanismo
• Prestes, Siqueira Campos, Eduardo Gomes,
8. Crítica de Francisco de Paula Argolo ao sistema de
Cordeiro de Farias, Juarez Távora
formação
• Castelo Branco, Costa e Silva, Mourão Filho,
AS REFORMAS DE 1905-1913:
Kruel, Figueiredo
1. Formação de oficiais e consolidação do Estado
6. Transição para AMAN (1944)
republicano
• Afastamento da agitação política e
2. Reforma do ensino no Exército: organismo
atendimento de exigências diversas
moderno, sintonia com mudanças
7. Prédio atual
3. Serviço militar obrigatório: Lei do Sorteio (1908),
aplicada em 1917 • Sede do Grupamento de Unidades-Escola
da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada
4. Campanhas de Canudos e Contestado
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
5. Argentina e Forças Armadas, preocupações no Cone
Sul 1. Primeira Guerra Mundial e modernização do
Exército
6. "Jovens turcos" e revista A Defesa Nacional (1913)
• Modelo germânico inicialmente preferido
7. Reforma educacional (1905): substituir ensino
teórico-cientificista por formação prática • Missão Militar Francesa (1919-1940)
8. Regulamentos de 1910, 1913, 1918, 1919, 1924, 2. Participação brasileira na PGM
1929, 1934
• Proteção do Atlântico contra submarinos
9. Foco no conteúdo prático e teórico-prático alemães
10. Criação da Escola Militar do Realengo • 7 embarcações
A ESCOLA MILITAR DO REALENGO: • José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque:
comando de pelotões de cavalaria francesa
1. Escola Militar do Realengo
e unidade blindada
• Fundada em 1913
3. Transformação do ensino militar
• Rio de Janeiro
• Concurso interno para seleção de
2. Formação de cadetes instrutores (1918)
• "Missão Indígena": força de instrução 13. Radicalização ideológica
nacional
• Intentona Comunista (1935)
4. Ministro da guerra Pandiá Calógeras (1919-1922)
• Integralista (1938)
• Solução de problemas de recursos no
14. Formação de uma elite homogênea
ensino e instrução
• Cadetes (desde 1931): filhos da "boa sociedade"
• Ministro civil que marcou época
• Oficial idealizado: moral, cívico, nacionalista,
5. Ambiente político e militares nas disputas político-
patriota, conservador e corporativista
partidárias
15. Declínio da influência francesa
• Eleição de Artur Bernardes (1922)
• Máximo de 36 oficiais franceses atuando no Brasil
6. Revolta na Escola Militar do Realengo (1922)
FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB)
• Movimento tenentista
16. Antecedentes (contexto)
• Participação de instrutores da Missão
Indígena • Revolução Russa (1917) e surgimento da URSS
7. Forte Copacabana • Europa devastada pela Grande Guerra
• Resistência e marcha dos "18 do Forte" • Tratado de Versalhes e rearranjo geopolítico
europeu
8. Reformulação do ensino militar
• Quebra da bolsa de Nova York (1929)
• Influência da Missão Militar Francesa
• Depressão econômica dos anos 1930
• Foco no ensino profissional e retorno da
cultura geral • Nacionalismo, fascismo x comunismo, Estado-Novo
no Brasil, EUA potência emergente, colapso da Liga
• Criação da EsAO, EEM e escolas de
das Nações
especialização
17. Brasil na época
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Cerca de 40 milhões de habitantes
9. Revolução de 1930
• Busca pela industrialização
• Impacto no ensino militar e
reposicionamento de lideranças militares • Doutrina militar baseada no modelo francês
10. Cel. José Pessoa na Escola Militar do Realengo • Experiência na PGM: navios de patrulha, aviadores
(1931) navais, Missão Médica Brasileira, estágio de oficiais
no Exército francês
• Inspiração: West Point, Saint-Cyr e Sandhurst
18. Antecedentes políticos
• Defesa de um corpo de oficiais como aristocracia
física, moral e profissional • Ascensão do totalitarismo
11. Reformas na Escola Militar do Realengo • Isolamento da URSS
• Sabre de Caxias, uniforme histórico, distintivo das • Suspeitas de simpatias do Brasil pelo Eixo
Agulhas Negras
• Costa brasileira considerada estratégica
• Transferência da Escola para Resende (1944)
• Governo Vargas pragmático e benefício mútuo
12. Generais Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra
• Evita confrontar Alemanha e Itália por razões
(1930-45)
comerciais e políticas
• Figuras dominantes na cúpula militar
• Brasil exporta matérias-primas estratégicas para
• Impacto no ensino militar, principalmente no inimigos do Eixo
Estado Novo (1937-1945)
• Pressão norte-americana intensifica
19. Rumo à guerra fortificações e a 1ª ELO apoiando a Artilharia
Divisionária da FEB.
• Navios mercantes brasileiros torpedeados pela
Marinha de Guerra Alemã 23. Considerações finais

• Rompimento da neutralidade em 1942 • Brasil convidado a contribuir com tropas no pós-


guerra
• Pressão popular pela declaração de guerra ao Eixo
• Prerrogativa de abrir a reunião anual do Conselho
• EUA intensificam aproximação com Brasil
Geral da Nações Unidas
• Disney no esforço de aproximação
• Surgimento da CSN com financiamento dos EUA
20. Força Expedicionária Brasileira (FEB)
• Impacto da proximidade Brasil-EUA na doutrina
• Criação da FEB em 9 de agosto de 1943 militar e ensino militar brasileiro

• Problemas enfrentados: doutrina militar obsoleta, • Posicionamento brasileiro favorável aos EUA
recrutas com dificuldades, falta de equipamentos durante a Guerra Fria (1947 em diante)

• Mobilização apesar das dificuldades • Repatriação dos corpos de 454 soldados mortos
durante o conflito, atualmente no Monumento
• Organização da FEB na Itália em 5 de setembro de Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial
1944, mobilizando mais de 25 mil pessoas
24. Conclusão
• 1ª DIE comandada pelo General Mascarenhas de
Moraes • A necessidade de preservar a soberania nacional
diante de ambições externas não será extinta pela
21. FEB na Itália passividade
• Batalha de Monte Castello: entrada do Brasil no • O Brasil, devido ao seu tamanho territorial e
combate em setembro de 1944 reservas naturais, não ficará livre de pressões
• Dificuldades iniciais e excesso de confiança levaram externas e ameaças
a fracassos • Forças Armadas bem equipadas e uma sociedade
• Batalha de Montese (14 a 17 de abril de 1945): industrializada com domínio de novas tecnologias
combate mais sangrento são essenciais para uma política externa soberana

• Conquista de Fornovo: rendição de quase 20 mil A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
soldados inimigos trouxe consequências importantes, como o
reconhecimento internacional, a aproximação com
22. Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial os EUA e a criação da CSN. Durante a Guerra Fria, o
• 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) e 1ª posicionamento brasileiro favoreceu os EUA. A
Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) experiência destaca a importância de ter Forças
Armadas bem equipadas e uma sociedade
• 1º GAVCA: 43 aviadores de caça, mais de 80 industrializada e tecnologicamente avançada para
veículos destruídos, ataques a pontes e fortificações garantir a soberania nacional e enfrentar ameaças
externas.
• 1ª ELO apoiou a Artilharia Divisionária da FEB: cerca
de 684 missões de observação, ligação, ESCOLA MILITAR DE ENGENHARIA E ESCOLA TÉCNICA
reconhecimento e regulagem de tiro DO EXÉRCITO
A FEB desempenhou um papel importante na Segunda 25. Antecedentes
Guerra Mundial, apesar dos desafios enfrentados,
como doutrina militar obsoleta e falta de recursos. • Curso de formação de soldados técnicos no Brasil-
A força lutou em batalhas significativas, como a Colônia em 1699
Batalha de Monte Castello e a Batalha de Montese, • Primeira Aula de Fortificação em território
e conseguiu a rendição de quase 20 mil soldados brasileiro pelo Capitão Engenheiro Gregório Gomes
inimigos na conquista de Fornovo. A Força Aérea Henriques
Brasileira também teve uma participação ativa, com
o 1º GAVCA realizando ataques a pontes e
• Aulas de Fortificação e Artilharia em Salvador no • Dividia instalações com a Escola de Estado-Maior do
Forte de São Pedro (1710-1829) Exército e o Colégio Militar do Rio de Janeiro

• Aula de Fortificação em Recife em 1718, com • Cursos oferecidos: Construção, Eletricidade, Técnico
estudos de Geometria, Cálculo Integral, Mecânica e de Artilharia e Química
Hidrodinâmica em 1795 e 1809
28. Escola Técnica do Exército
• Aula de Artilharia no Rio de Janeiro em 1738, com
• Escola de Engenharia Militar renomeada para
adição da cadeira de Arquitetura Militar em 1774
Escola Técnica do Exército (ETE) em 1933
• Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
• Cursos nomeados de: Fortificação e Construção,
(1792) no Rio de Janeiro como berço do Ensino
Armamento, Química e Eletricidade
Superior de Engenharia Civil e Militar no Brasil
• Atuação da Missão Militar Americana no Brasil em
26. Evolução das instituições de ensino
1936
• Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
• Transferência para a Rua Moncorvo Filho em 1937
transforma-se em Academia Real Militar (1810) e
depois muda de nome várias vezes • Novos cursos criados: Engenheiro de Transmissões
e Engenheiro Aeronáutico (1939), Engenheiro
• Escola Central desliga-se das finalidades militares
Industrial e de Automóvel (1947)
em 1874, passando a formar apenas engenheiros
civis 29. Instituto Militar de Tecnologia
• Formação de engenheiros militares na Escola • Criado em 1949, nas mesmas instalações da ETE
Militar da Praia Vermelha (1874-1904)
• Influência das relações entre Brasil e EUA na criação
• Outras escolas de Engenharia: Ouro Preto (1874), do IMT
São Paulo (1893), Recife (1895), Porto Alegre
(1896), Salvador (1897) • Primeiro curso de especialização em Engenharia
Nuclear do Brasil criado na ETE em 1957
A formação de soldados técnicos e engenheiros
militares no Brasil começou no período colonial A Escola de Engenharia Militar foi criada no Brasil em
com aulas de Fortificação e Artilharia em diversas 1928 e inaugurada em 1930, oferecendo cursos de
cidades. Ao longo dos anos, várias instituições de Construção, Eletricidade, Técnico de Artilharia e
ensino foram criadas e evoluíram, como a Real Química. Em 1933, a escola foi renomeada para
Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, a Escola Técnica do Exército (ETE) e passou por
Academia Real Militar e a Escola Central. Essas diversas mudanças, incluindo a criação de novos
instituições serviram como base para a criação de cursos e a transferência de sua sede. Em 1949, o
escolas de Engenharia em diferentes regiões do Instituto Militar de Tecnologia (IMT) foi criado nas
país. mesmas instalações da ETE, e em 1957, a ETE criou
o primeiro curso de especialização em Engenharia
27. Escola de Engenharia Militar Nuclear do Brasil. A influência das relações entre
Brasil e EUA teve impacto na criação do IMT e na
• Criada em 1928, inaugurada em 1930
formação dos oficiais brasileiros.
• Sede na Rua Pinto de Figueiredo, Rio de Janeiro

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