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CUBATÃO NEWS

Entenda o motivo pelo 8 ano


qual o guará vermelho é
considerado um símbolo
de Cubatão

foto: yasmin soares

27 de setembro de 2023
Características do guará-vermelho

Sua característica distintiva é a cor vermelha carmesim


que cobre toda a sua plumagem. No início de suas vidas,
eles são esbranquiçados e, à medida que envelhecem, a
sua cor vermelha se intensifica. Esse fato ocorre
igualmente em ambos os sexos.
Além disso, as suas patas também são vermelho-claro.
Assim como no caso dos flamingos, a sua cor
avermelhada é causada pelo consumo de crustáceos.
Medem de 55 a 63 centímetros de comprimento e têm
um peso corporal entre 775 e 925 gramas. Outra de suas
características são as patas palmadas, a cauda curta e
gordinha e uma coloração preta nas pontas das asas.
Os filhotes desta espécie são semelhantes aos íbis
brancos. Ou seja, eles têm uma cabeça e pescoço castanho-
claro, asas e cauda marrom-escuro, barriga branca e cauda
rosa.
A história da poluição em
Cubatão e como a cidade deixou
de ser o “Vale da Morte”

Localizado a 40 Km da capital do
estado de São Paulo, o município
de Cubatão, que atualmente é
visto como exemplo de
planejamento e consciência
socioambiental, já teve grandes
problemas relacionados a
poluição do meio ambiente.
Durante o início da década de 80
a cidade era mundialmente
conhecida como “Vale da Morte”,
sendo apontada pela ONU como o
município mais poluído do
mundo. O boom industrial que fez
de Cubatão um dos polos
industriais mais ricos do país,
pagou um alto preço por não se
preocupar e nem se resguardar
quanto aos danos causados por
toneladas de poluentes lançados
no meio ambiente.
história
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, deu-se
início a um processo acelerado de industrialização do Brasil e
Cubatão, até então, era um paraíso verde. Cercada pela Mata
Atlântica, a cidade era rica em recursos naturais e estava
estrategicamente localizada: a apenas 40 km de São Paulo, maior
berço econômico do país; e do Porto de Santos, o maior porto da
América Latina, e por onde entram e saem grandes quantidades de
mercadorias. Ou seja, um local perfeito para dar início ao grandioso
centro industrial paulista.
Na década de 1960, Cubatão contava com 18 grandes indústrias,
sendo uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de
produtos químicos. A construção delas aconteceu de forma indevida
e invasiva ao meio ambiente. Em 15 anos cerca de 60 Km² de Mata
Atlântica havia sofrido a degradação, formando uma clareira que
podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar.
Contudo, os governantes da cidade, assim como os empresários, não
se preocupavam em reverter a situação, uma vez que a poluição de
Cubatão rendia bilhões ao ano, levando a cidade a ser uma das cinco
maiores arrecadadoras de impostos do estado, cerca de 76 bilhões
de cruzeiros. O município representava 2% de toda a exportação do
país.
vale da morte
O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando
quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de
forma descontrolada, começou a ter consequências
catastróficas visíveis e preocupantes. Vale lembrar que a
industrialização aconteceu antes da Lei de Controle de
Poluição do Estado de São Paulo entrar em vigor (1976).
O ar de Cubatão no início dos anos 80 era denso, possuía
cheiro e cor. Segundo dados da CETESB (Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), 30 mil
toneladas de poluentes eram lançadas por mês no ar da
cidade, peixes e pássaros sumiram da poluição de Cubatão,
pois não havia condições naturais para sobreviverem e nem
para se
reproduzirem, mas o estado só começou a intervir quando
os danos à saúde da população começaram a demonstrar
números alarmantes.
Entre outubro de 1981 e abril de 1982, cerca 1.800 crianças
nasceram na cidade, destas, 37 já nasceram mortas, outras
apresentavam graves problemas neurológicos e
anencefalia. Cubatão era líder em casos de problemas
respiratórios no país.
A ONU alarmou o mundo sobre os problemas e
consequências causados pela poluição do polo industrial,
usando a cidade como exemplo a não ser seguido.
recomeço
O governo do estado convocou a CETESB
para que fizesse um mapeamento e estudo
das causas da poluição na cidade litorânea,
com isso, a partir de 1983 foi implantado um
plano de recuperação ambiental.
Governantes, industriais e população
passaram a trabalhar em conjunto pela
recuperação da saúde local. Em 1989 as 320
fontes poluentes que existiam na época já
estavam controladas.

O plano de controle ambiental foi feito com


medições constantes das emissões de
poluentes no ar e do controle da despoluição
dos rios, causados pelo despejo de
substâncias tóxicas indevidas em grande
escala, gerenciamento por conta do estado e
investimento em maquinário moderno por
conta das indústrias. Metas a serem seguidas
e um planejamento rigoroso foram
essenciais para que a situação fosse
controlada, segundo arquivo da secretaria
do meio ambiente do estado de São Paulo.
Além do controle das emissões de poluentes,
também foram feitos planos de recuperação
da Mata Atlântica com o replantio da
vegetação nativa.

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