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A vidade 1: Leia os textos a seguir.

Todos tratam do mesmo assunto – a devastação da Mata Atlân ca –,


no entanto apenas um deles pertence ao universo acadêmico. Você seria capaz de descobrir qual é?

Texto 1 – Mata Atlân ca – ontem e hoje


A exploração do pau-brasil foi o primeiro passo para o processo de desmatamento da Mata Atlân ca,
que no litoral do Brasil ia do atual Estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Apesar de
ficarem deslumbrados com a beleza e a riqueza da natureza brasileira, os europeus começaram a
destruí-la de forma sistemá ca. Não apenas pau-brasil foi explorado, mas diversos outros pos de
árvores. Quando começou a produção de açúcar, o desmatamento foi acelerado, e não havia nenhuma
ideia de preservação. Esse processo con nuou nos séculos seguintes, se intensificando no século XX.
Atualmente, a Mata Atlân ca está quase em ex nção, pois 93% da área original já não existe.

Texto 2 – A mata pede trégua


O passado foi de glória. Imagine 1,3 milhão de quilômetros quadrados de massa verde, o equivalente a
15% do atual território brasileiro, numa faixa que atravessava o país. Paisagens alternavam-se de forma
surpreendente e con nua: manguezais intactos, árvores enormes enfeitadas com bromélias e orquídeas,
vegetação baixa no topo das serras, araucárias nas regiões mais frias. Os primeiros europeus que a
conheceram ficaram boquiabertos. A muitos faltaram as palavras certas para descrevê-la. Era majestosa.
Um pedacinho do Éden. Abrigava uma diversidade incalculável de animais, insetos e plantas. Durante os
séculos iniciais da colonização portuguesa, ocupou o primeiríssimo lugar nas paradas de sucesso da terra
do pau-brasil.
Mas 500 anos se passaram e os áureos tempos ficaram para trás. Aquela que era a segunda maior
floresta brasileira, nos idos de 1500, conheceu o purgatório. A duras penas sobreviveu aos ciclos
econômicos que se sucederam – a exploração do pau-brasil, as monoculturas da cana-de-açúcar e do
café – e ao estabelecimento de pólos industriais. Hoje, restam pouco mais de 7% de Mata Atlân ca – a
exuberante cobertura verde descrita no parágrafo anterior. […]
“Apesar de bastante degradada, a Mata Atlân ca con nua sendo uma das regiões mais ricas em
biodiversidade do planeta”, diz o biólogo Luiz Paulo Pinto, diretor de programa da ONG Conserva on
Interna onal. Trata-se de um hotspot, como dizem os ambientalistas – ou seja, de uma área com uma
riqueza biológica extraordinária, reduzida a 25% ou menos da sua cobertura original. […]

Texto 3 – U lização de Índice de vegetação na classificação integrada de fragmentos florestais em


Mata Atlân ca de Tabuleiros no Município de Sooretama, ES

1 Introdução
A Mata Atlân ca outrora íntegra ocupava cerca de 15% do atual território brasileiro, ao longo da costa,
cons tuindo um dos mais ricos biomas brasileiros. Todavia, através de cinco séculos, em épocas e
intensidade dis ntas, sempre crescentemente, foi subme da a diversos processos de antropização,
acarretando significa va redução de oferta de serviços ecológicos, com sérias implicações para a
sustentabilidade ambiental em algumas regiões. Uma das causas mais significa vas da redução e
modificação da diversidade biológica no planeta é o fenômeno fragmentação dos ecossistemas, cuja
conservação é uma questão global. A fragmentação da Floresta Atlân ca iniciou-se no século XVI e foi
acelerada, ao longo do tempo, pela fixação do homem na zona costeira, bem como pela expansão da
fronteira agrícola, destacando-se na história econômica, os ciclos da cana de açúcar e café.
Consequentemente, originaram-se fragmentos florestais de diferentes pos.
O Estado do Espírito Santo […], que na década de 50 exibia aproximadamente 30% de sua área
florestada, hoje possui apenas 9% (Fundação Mata Atlân ca, 2000), sendo que em relação à Floresta
Atlân ca de Tabuleiros, dos 30% que exis am no final da década de 50, hoje restam apenas 2% (JESUS,
1987).[...]
Fontes:
Texto 1: XAVIER, Edson; PRESTES FILHO, Ubirajara F. História intera va: 7º ano. Tatuí (SP): Casa
Publicadora Brasileira, 2009. p. 207.

Texto 2: VOMERO, Maria Fernanda. A mata pede trégua. Superinteressante, ed. 171a, dez. 2001.
Disponível em: h ps://super.abril.com.br/ciencia/a-mata-pede-tregua/ Acesso em: 14 mar. 2019.

Texto 3: AGAREZ, Fernando Vieira et al. U lização de Índice de vegetação na classificação integrada de
fragmentos florestais em Mata Atlân ca de Tabuleiros no Município de Sooretama, ES. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 10, 2001, Foz do Iguaçu. Anais… Inpe, 2001. Disponível em:
h p://marte.dpi.inpe.br/rep/dpi.inpe.br/lise/2002/02.07.16.00?languagebu on=pt-BR Acesso em: 14
mar. 2019.

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