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SEM TÍTULO

Nasci no povoado Porteiras de Baixo, no sítio onde residiam meus avós maternos, pertinho do
riacho, que fica abaixo do “BORGES”, às 06h da tarde - Hora do Angelus da quarta-feira, dia 06 de
outubro de 1909. Sou filho legítimo de Antônio Florêncio Gomes e Claudemira Mercês de Sant’Ana, que
passou a chamar-se, depois, Maria das Mercês, por ter nascido no dia 24 de setembro, em que se festeja
Nossa Senhora das Mercês.
Recebi a graça do santo batismo, tornando-me filho de Deus e da Igreja, no Convento de Santa
Maria dos Anjos, de Penedo-Alagoas, com 26 dias de nascido, no dia 1 de novembro — Festa de todos os
santos de 1909, das mãos do padre franciscano Frei Miguel Petri, OFM, sendo meus padrinhos Tertuliano
Mazzoni e Maria Amélia Vinhais.

Igreja Conventual de Santa Maria dos Anjos (Penedo/AL), século XIV.

JOSÉ foi esse nome escolhido, muito antes do meu nascimento. Minha mãe, fazendo orações, no
mencionado Convento, percebeu que era portadora de gente nova. Então, logo aí, fez uns pedidos a Deus
e formulou uma opção! “Se for homem é José; se for mulher é Maria”. Eis porque me chamo JOSÉ,
Ótimo! “Fiquei assim confiado à proteção de poderosíssimo patrono SÃO JOSÉ, pai adotivo de JESUS,
nosso Divino Salvador, esposo Virginal de Maria, mãe de JESUS, Mãe de Deus e nossa, “o Amor de
Deus feito Mãe” e Patrono da Igreja Universal”.

JOSÉ MORENO. De onde vem este MORENO? Vim muito criança para a então Vilanova. Meu
pai faleceu no dia 04 de fevereiro de 1911. Moramos, primeiro na chamada “Rua da Beirada”, hoje
Getúlio Vargas. Meu avô - Manoel Emídio de Sant’Ana - comprou duas casas, na então Rua das Flores,
atualmente, Rua Jackson de Figueiredo, a poucos passos da chamada Rua da Avenida, hoje Barão do Rio
Branco.
Ali morava um menino de nome José, cuja mãe também era Mercês. Ele tipo garoto de rua que a
muitos inquietavam. Quando fazia alguma de suas estripulias: “Foi José de Mercês!”. É a frase, que
também podia ser aplicada mim. Como ele era muito alvo e eu, Moreno, passou a ser critério de distinção
a cor, valendo para mim a alcunha de JOSÉ MORENO. Na escola passei a usar este cognome, que,
finalmente ficou figurando em todos os registros, documentos e assinaturas, até hoje.
De SANT’ANA é nome de família, pelo lado materno, que muito me honra, lembrando
SENHORA SANT’ANA, nossa avó celeste, MÃE DA MÃE DE JESUS NOSSO DEUS1.

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