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HISTÓRIAS DE FAMÍLIA

Famílias que povoaram o vale do rio


Berlengas e as encostas da chapada
Grande na região onde hoje estão os
municípios de Várzea Grande-PI,
Tanque do Piauí-PI, Francinópolis-PI e
Barra D’Alcântara-PI.

Manelito Sousa
Copyright By: Manoel Pereira de Sousa

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total por


qualquer meio, sem permissão prévia por escrito do Autor (Lei nº 9.610, de 19
de fevereiro de 1998).

Revisão: Hercília Barbosa.

Capa: Matheus Ian e Manuella.

Projeto Gráfico e Impressão: Sergipe Soluções Gráficas.

Dados internacionais para catalogação na impressão (CIP)

Sousa, Manoel Pereira.

Histórias de família - Manelito Sousa/Manoel Pereira de Sousa, Brasília (DF),


Edição do autor, Sergipe Soluções Gráficas, 2017.

285 páginas.

1. Crônica 1. Título

CDU 8...

Impresso no Brasil
Printed in Brazil, 2017.
Índice
Prefácio............................................................................................. 3

Apresentação ..................................................................................... 5

Capítulo 1 - Colonização do Piauí e fixação das famílias na região da Chapada


Grande. .......................................................................................... 10

Capítulo 2 – O Agronegócio e a degradação da Chapada Grande. .............. 15

Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,


Buritizinho e Junco. ........................................................................... 19

Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa


Raimunda de Sousa. ......................................................................... 33

Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da


Silva. .............................................................................................. 46

Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e


Mariana Raimunda de Sousa (Nâna)..................................................... 68

Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria


de Sousa. ........................................................................................ 92

Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de


Souza. .......................................................................................... 166

Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa Gomes


Vieira............................................................................................ 222

Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e


Teresinha Maria de Sousa (Teresa). ................................................... 254
Histórias de Família 3
Manelito Sousa

Prefácio

Para prefácio, escolhi um comentário sincero e


emocionado sobre o livro, feito em rede social pelo Leonardo,
filho de minha prima Geny Santos:

“O texto da foto abaixo é um trecho do livro Histórias de


Família, de autoria do meu primo Manelito Sousa. O livro fala sobre a
origem dos nossos ascendentes, desde a época do Brasil Império, e
conta histórias das linhagens que deram origem à nossa imensa
família atual.

Manelito descreve com muito capricho toda a nossa árvore


genealógica, desde os ancestrais mais antigos de que se tem
4 Prefácio

conhecimento, até os dias de hoje. O trecho ao lado da foto conta um


pouquinho da história de minha querida mãe Geny Santos, dos meus
tios e avós. Fala da vida difícil daquela época, da falta de comida, das
longas jornadas pela caatinga no lombo de animais, da perda de
filhos ainda crianças, enfim das dificuldades vividas pela grande
maioria dos sertanejos naqueles tempos difíceis.

Parabéns pelo brilhante trabalho, Manelito! Emocionei-me


muito lendo o livro. Como diz o tio João Santos, somos uma família
de vencedores. Sinto muito orgulho de pertencer a esta família e
tenho certeza de que meus irmãos e primos, bem como os muitos
parentes espalhados pelo Brasil têm o mesmo sentimento. Somos
realmente uma família de gente simples, honesta e batalhadora.”

Leonardo de Sousa Santos


Histórias de Família 5
Manelito Sousa

Apresentação

A ideia de escrever sobre a origem de meus ascendentes


tem por objetivo resgatar, tanto quanto possível, a história das
famílias que se estabeleceram nas localidades Zé Leão,
Ferreiro, Malhada de Baixo e Junco, ainda na época do Brasil
império, que aos poucos se espalharam por diversos povoados
e cidades da região, pelo Piauí e por todo esse imenso Brasil.
Tais povoados estão encravados nas encostas da Chapada
Grande e no vale do rio Berlengas, desde as margens do riacho
do Zé Leão, passando pelo poço Feio, pelas várzeas da
Malhada de Baixo e Junco, sempre acompanhando a mesma
serra. Atualmente estas localidades situam-se nos municípios
de Várzea Grande (Zé Leão, Malhada de Baixo e Junco) e Barra
D’Alcântara (Ferreiro).
As civilizações mais antigas costumavam habitar locais
próximos a fontes d’agua, por ser este um bem indispensável à
sobrevivência humana. Naquela época o povoado Ferreiro e o
Zé Leão atendiam a esta condição. O primeiro era cortado pelo
riacho do Poço Feio, uma espécie de oásis naquela área de
caatinga, o outro pelo riacho do Zé Leão, que possuía inúmeras
minas d’agua ao longo do seu curso. Não há, contudo, uma
explicação plausível para que os meus antepassados tenham
fixado moradia nas localidades Malhada de Baixo e Junco, que
eram locais inóspitos e distantes das aguadas.
Sabe-se, pelos mais velhos, que na primeira metade do
século XIX, o retirante Pedro do Santo migrou da região de
Quixadá e Quixeramobim no Ceará, estabelecendo-se nas
proximidades do Poço Feio no vale do rio Berlengas, município
de Valença do Piauí. Casou-se com Raimunda Pereira Nunes
dos Santos e, após ficar viúvo, contraiu segundo matrimônio
com Jesuína Maria de Sousa, selando a união das famílias
“Pereira de Sousa” e “Santos Fonseca”. Dezesseis, dos vinte e
6 Apresentação

dois filhos de Pedro do Santo com as duas esposas, tiveram


descendentes e formaram provavelmente a maior família que
habita até hoje a região do Vale do Berlengas e da Chapada
Grande.
Meu avô, conhecido por Né do Junco, contava que a
família à qual pertencia sua primeira esposa, descendia de
outro retirante português que fugiu de Juiz de Fora–MG por
problemas com a justiça ainda na época do Brasil Império.
Chegando à região, fixou-se no Bom Sucesso, próximo à
localidade Junco e uniu-se a uma indígena. Habitaram
inicialmente o Bom Sucesso, depois passaram para a localidade
Coco Velho. Na época que viveram meus antepassados o Coco
Velho era repleto de minas d’agua, que deram origem ao
riacho do Coco. Este percorria aproximadamente cinco
quilômetros, passando pelo Poço Feio e seguia seu curso por
mais uns quatro quilômetros até desembocar no rio Berlengas.
Naquelas paragens de difícil acesso até os dias de hoje, morou
parte da família da qual descendia minha avó materna Mariana
Raimunda de Sousa, a Nâna.
Ainda no século XVIII, a família Pereira de Sousa já
habitava as localidades Cedro, Buritizinho e Junco, no vale do
rio Berlengas. Não se sabe ao certo quando os primeiros
membros dessa família chegaram alí, onde se estabeleceram
no povoado Cedro, que com o passar do tempo e aumento da
população, foi emancipado com o nome de Várzea Grande–PI.
Este nome refere-se ao belo vale coberto por mata de cocais,
que fica às margens do rio Berlengas. Dessa família descendia
Manoel Antônio de Sousa (Senhor), pai de Né do Junco, que
representa outro tronco dos meus ascendentes.
Não se tem notícias de quando a família “Gomes Vieira”
chegou às margens do riacho do Poço Feio, na localidade hoje
conhecia como Zé Leão. É fato que no início do século XIX,
meus tataravôs José Vieira (Zé leão) e Eduvirges Gomes já
Histórias de Família 7
Manelito Sousa

habitavam ali, empreendendo na agricultura e na pecuária de


subsistência. Sua família ligou-se à família “Souza Brito”
originária da Bocaina–PI, pela união de Francisco Gomes Vieira
(Chico Leão) com Maria Josefa de Souza (Marica), pais de
minha avó materna Josefa Gomes Vieira (Zefinha).
Apesar de várias pesquisas em cartórios da região, no
Arquivo Público em Teresina e em livros de história da
colonização do Piauí, não encontrei registros históricos de
quando essas famílias se estabeleceram naquelas localidades.
Tudo que se sabe, foi sendo passado de pai para filho. A partir
dos meus quatro casais de biasavôs estão registrados neste
livro, nomes e feitos destas famílias até os dias de hoje, para
que as novas gerações possam contar com registro da história
de seus antepassados, ainda que não seja rico em detalhes,
pois boa parte da história se perdeu com os que a fizeram e já
cumpriram suas missões na terra.
Uma iniciativa de levantamento da história de um dos
ramos da nossa família (os Santos Fonseca) foi feita pelo Dr.
Zeca Fonseca, filho de Miguel Fonseca e neto de Pedro do
Santo. Segundo me contaram seus filhos Graziani e Marconi,
Zeca Fonseca faleceu sem concluir o trabalho e a maior parte
das informações coletadas por ele se perdeu, causando enorme
prejuízo histórico. Marconi, seu filho mais novo, recuperou e
me passou alguns escritos de seu pai, que foram de grande
valia para confirmar alguns fatos e nomes, visto que ele viveu
parte da história e se relacionou com muitos de nossos
ascendentes, que lhe fizeram tais relatos.
Muito do que está registrado nesse livro deve-se a minha
mãe Teresinha Maria de Sousa, a quem faço um agradecimento
especial pela ajuda na montagem do livro sobre nossas
famílias. Graças a sua memória privilegiada, que aos 85 anos
descreve com riqueza de detalhes, nomes, datas e fatos
ocorridos com nossos antepassados. Alguns vividos por ela,
8 Apresentação

muitos outros ouvidos de pessoas mais velhas da família com


quem ela, seus irmãos mais velhos ou seus pais conviveram.
Não poderia deixar de citar e agradecer a meu irmão
Antônio Pereira de Sousa (Erinha, para nós da família) pela
ajuda imprescindível no levantamento de dados e pela
paciência em colher informações de nossos familiares que
ainda residem na região, pois como nunca saiu da nossa terra
e convive com muitos dos nossos parentes, fez o elo necessário
para que esse trabalho tivesse êxito.
Por fim, um agradecimento muito especial aos diversos
parentes espalhados por todo o Brasil, que tiveram
desprendimento e boa vontade em nos ajudar na elaboração
do livro, informando dados dos seus familiares, contando
histórias e contribuindo imensamente com esse trabalho. Tive
o prazer de conhecer muitos desses parentes, cuja existência
eu sequer sabia e com outros passei a manter contatos por
meio de redes sociais, estreitando laços de amizade, facilitado
pelos laços de sangue que nos une.
Para montagem de uma árvore genealógica existem
atualmente aplicativos que fazem links precisos entre os
familiares, facilitando a busca de ascendentes ou
descendentes. Contudo, resolvi fazer as descrições das famílias
da forma tradicional, para que pessoas menos familiarizadas
com as novas tecnologias possam degustar as informações por
meio da leitura. Nada impede que no futuro possamos utilizar
essas informações para elaboração da árvore genealógica de
nossas famílias de maneira sistematizada e técnica.
Além de um pouco da genealogia de nossas famílias,
busquei nessas memórias, destacar feitos e curiosidades de
alguns dos seus membros que foram referência e tiveram
grande importância para seus contemporâneos, contribuíram
com suas descendências e deixaram lições de vida e orgulho
Histórias de Família 9
Manelito Sousa

para cada um de nós que herdamos seus sobrenomes e


carregamos nas veias o mesmo sangue.
Por fim, cabe também me desculpar por eventuais erros
na grafia dos nomes das pessoas, que muitas vezes me foram
repassados por telefone. Desculpar-me também com familiares
que possam ter ficado de fora, pela dificuldade em fazer
contato. Com a divulgação do livro, detectadas tais falhas
poderemos pensar em corrigi-las numa edição futura.
10 Capítulo 1 - Colonização do Piauí e fixação das famílias na região da Chapada
Grande.

Capítulo 1 - Colonização do Piauí e fixação


das famílias na região da Chapada Grande.

O estado do Piauí, diferentemente dos demais estados


da região Nordeste do Brasil, teve sua colonização do interior
para o litoral, baseada na criação de gado. Seu solo foi
conquistado por bandeirantes que partiram das margens do rio
São Francisco no vizinho estado da Bahia, chegando ao sul do
Piauí. Domingos Afonso Sertão, fundou várias fazendas de
gado no Piauí, sendo a mais importante delas a fazenda
Cabrobó, na aldeia de mesmo nome, que virou freguesia e
mais tarde, em 1712, foi elevada a vila, cuja instalação só veio
a ocorrer em 1717. Esta vila é hoje a cidade de Oeiras,
primeira capital do estado do Piauí.
A partir dos campos gerais e das margens do rio São
Francisco no vizinho estado da Bahia, a colonização do Piauí
teve início seguindo os vales dos rios Gurguéia, Piauí e Uruçuí
Preto, passando pelos vales dos rios Canindé e Corrente e,
posteriormente avançando para o centro-norte margeando os
rios São Vicente, São Nicolau e Sambito, afluentes do rio Poti.
Domingos Jorge Velho¹ e Domingos Afonso Mafrense,
conhecido como Domingos Sertão, foram os dois principais
responsáveis pelo desbravamento e povoamento do estado do
Piauí e também pela quase exterminação dos índios que viviam
nessa região. Domingo Jorge Velho tem ainda no seu currículo,
a proeza de ter exterminado o maior e mais importante
Quilombo implantado no Brasil Colônia, o quilombo dos
Palmares² na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas, que
resistiu cerca de 100 anos. Nos últimos anos de existência o
quilombo dos Palmares foi comandado por Ganga Zumba e por
seu sobrinho Zumbi dos Palmares com a esposa Dandara.
Histórias de Família 11
Manelito Sousa

A exterminação do quilombo dos Palmares foi a mais


dura batalha enfrentada pelo velho bandeirante, pois seus
membros eram muito bem treinados em táticas de guerrilha,
diferentemente dos índios com quem o bandeirante vivia
guerreando. Foram necessárias, cerca de dezoito expedições,
organizadas desde o período de dominação holandesa, para
erradicar definitivamente o Quilombo dos Palmares.
¹
Domingos Jorge Velho, filho de Francisco Jorge Velho e de Francisca Gonçalves de
Camargo, foi um dos maiores bandeirantes do Brasil. Já em 1671, perseguia índios no
nordeste do Brasil, montando um primeiro arraial no Sobrado, onde estabeleceu uma
fazenda para criar gado na extremidade ocidental do atual estado de Pernambuco,
limitando em parte com a Bahia, às margens do rio São Francisco. De 1671 a 1674
explorou as serras de Dois Irmãos e Paulista e o rio Canindé, no atual estado do Piauí;
a Chapada do Araripe, os rios Salgado e Icó, no atual estado do Ceará; os rios do
Peixe, Formiga, Piranhas e Piancó, no atual estado da Paraíba. Por fim, regressou ao
Rio São Francisco por Pernambuco.
Acompanhou Domingos Afonso Sertão ao Piauí e, depois de combaterem os índios
pimenteiras, foi sozinho ao Ceará afugentar os índios cariris. Guerreou os índios Icós e
sucurus e, mais ao sul, destroçou os índios Calabaças e Coremas na Paraíba. Em
aproximadamente 1675, estabeleceu grande fazenda agropecuária a qual denominou
Formiga. Em 1676 fundou um arraial no Piancó, logo destruído pelos índios cariris, o
qual reconstruiu depois de exterminá-los.
²
O Quilombo dos Palmares localizava-se na serra da Barriga, na então Capitania de
Pernambuco, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado
de Alagoas. Conheceu seu auge na segunda metade do século XVII, constituindo-se no
mais emblemático dos quilombos formados no período colonial. Resistiu por mais de
um século transformando-se em moderno símbolo da resistência do africano à
escravatura. Após várias investidas infrutíferas contra Palmares, o governador e
capitão-general da Capitania de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, contratou o
bandeirante Domingos Jorge Velho e o capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para
erradicar de vez a ameaça dos escravos fugitivos na região.
Em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante iniciaram
uma empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e
municiados, inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e,
mediante a promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado, revelou o
esconderijo do líder Zumbi, que foi encurralado e morto em uma emboscada, em 20 de
novembro de 1695.

No início do século XVIII, a região de Oeiras no Piauí


experimentou forte crescimento populacional em função da
criação do gado bovino, o que ocorria sempre seguindo as
margens dos rios, cujos vales eram ricos em pastos nativos.
Foi assim que Oeiras se expandiu, passado de freguesia a vila,
e de vila a cidade. Em 1718, com o desmembramento da
12 Capítulo 1 - Colonização do Piauí e fixação das famílias na região da Chapada
Grande.

Capitania do Piauí³ da Capitania do Maranhão e Grão Pará, por


designação do rei de Portugal, D. João V, a vila da Mocha
passou a ser capital da nova capitania. Mesmo com a chegada
do primeiro governador do Piauí (João Pereira Caldas) em
1759, somente em 1761 a vila da Mocha foi elevada à condição
de cidade, com o nome de OEIRAS-PI.
³
A Capitania do Piauí, subordinada ao Estado do Maranhão foi criada no ano de 1718
por um alvará de D. João V, porém, apenas em 29 de julho de 1758 foi executado o
ato que a tornava juridicamente independente. A independência da capitania iniciou-se
motivada pelo desejo de separação dos posseiros da região devido aos conflitos de
domínio de terras com os sesmeiros baianos, o que causou o seu desmembramento da
Capitania da Bahia, passando a jurisdição do Estado do Maranhão, em 1715, sob o
aspecto temporal. Esse conflito que motivou a anexação ao Estado do Maranhão,
também motivou o estabelecimento da primeira vila, Vila de Mocha, em 1712, lugar
onde ficava a freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Piauí e o começo do
estabelecimento de uma estrutura jurídico - administrativa que se concretizou com o
estabelecimento da capitania e da capital, cidade de Oeiras. É importante ressaltar que
a freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Piauí, que foi a origem da vila de Mocha a
primeira vila da capitania, teve sua fundação por iniciativa do Bispo de Pernambuco. A
seguir estão descritas as primeiras vilas criadas no Piauí, no inicio da década de 1760,
pelo Governador João Pereira Caldas:
- A Cidade de Oeiras tem seu início em 19 de junho de 1761, quando por decreto real
[1] a Vila de Mocha recebe os privilégios de cidade. Segundo Odilon Nunes, ao ser
alçada como cidade, Mocha recebe o nome de Oeiras porque o governador da capitania
a época, Pereira Caldas, quis fazer uma homenagem ao ministro Sebastião José de
Carvalho, que era o Conde de Oeiras, e iria se tornar o Marquês de Pombal. [2] Em
1762, Oeiras tinha 270 fogos e 1120 pessoas. [3] Oeiras permanece como capital por
todo o período colonial.
- A vila de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá foi erigida em três de junho de
1762, em cumprimento ao Decreto Real de 16 de junho de 1761 que ordenava a
criação de vilas na capitania do Piauí. [1] A vila foi criada no lugar de uma freguesia.
Sua capela mais antiga é anterior à fundação da vila. [2]
- A vila de Campo Maior, a terceira a ser fundada por Pereira Caldas, foi erigida em 08
de agosto de 1762, na sede da freguesia de Santo Antônio do Surubim. [1] A primeira
menção encontrada sobre essa vila no arquivo do Resgate do Conselho Ultramarino é
de 1765. [2]
- A vila de São João da Parnaíba foi erigida em 18 de agosto de 1762[1], o ato solene
de sua instalação foi na igreja matriz de Piracuruca. [2] A vila foi instalada no povoado
de Testa Branca, porém, aquela localidade carecia, mais do que era costume para
aquela região, de povoação e estrutura urbana. A nova vila no momento de sua
instalação tinha apenas 04 fogos. Ao passo que Testa Branca tinha um
desenvolvimento urbano muito baixo, a localidade de Porto das Barcas vivia certo
florescimento, o que gerou a transferência da sede da vila para Porto das Barcas, em
1770, após a saída de Pereira Caldas do governo. [3] A primeira menção sobre essa
vila encontrada no arquivo do Conselho Ultramarino data de 15 de fevereiro de 1763.
[4]
- A Vila de Marvão é a quinta [1] a ser fundada por Pereira Caldas na sua missão de
cumprir o Decreto Real de 19 de junho de 1761[2]. A vila foi erigida a 13 de setembro
Histórias de Família 13
Manelito Sousa

de 1762 na freguesia de Nossa Senhora do Desterro do Poti, mais precisamente em


sua capela que fica a beira do Rio Cais. [3]
- A Vila de Valença, última vila fundada por Pereira Caldas [1] em 20 de setembro de
1762, teve sua ordem de fundação decretada em 19 de junho de 1671 [2]. A vila foi
erigida onde ficava a freguesia de N. S. da Conceição dos Aroázes. [3]
Referências:
1. ↑ Silva Filho, Olavo Pereira da Carnaúba, pedra e barro na capitania de São José
do Piauhy/ Olavo Pereira da Silva Filho. - Belo Horizonte, Ed. do Autor, 2007.
2. ↑ Nunes, Odilon. Pesquisas para a História do Piauí. Vol. 1. Piauí: Imprensa Oficial
do Estado do Piauí, 1966.
3. ↑ AHU-Piauí, D.2001
4. ↑ AHU-Maranhão, D.1138.

João Pereira Caldas, governador da nova Capitania,


passou a incentivar a colonização do interior do estado,
deixando as terras mais ao litoral para o cultivo da cana de
açúcar que era o principal produto agrícola do Brasil Colônia.
Nesse sentido, o governo concedia largas faixas de terras aos
que se aventuravam a desbravar os sertões, as chamadas
Sesmarias, que chegavam a abranger datas inteiras. Foi assim
que muitas famílias embrenharam-se para o interior do Estado,
apesar das imensas dificuldades enfrentadas naquela época,
com a mais absoluta falta de estrutura, seja de educação,
saúde, estradas, enfim não existia praticamente nada.

O sistema sesmarial perdurou no Brasil até 17 de julho


de 1822, quando a Resolução n.º 76 de José Bonifácio de
Andrade e Silva, pôs termo a este regime de apropriação de
terras. A partir daí, seguiu-se um período de livre ocupação das
terras no Brasil, que se prolongou até a lei Imperial n.º 601, de
18/9/1850, pondo fim àquela situação de ocupação
desordenada. As ocupações consolidadas nesse espaço de
tempo de vazio normativo, conhecido como ”período áureo da
posse”, foram preservadas pelo legislador imperial, que as
excluiu do rol das terras devolutas e garantiu o domínio dos
ocupantes (art. 3.º, parágrafo 2.º - Lei n.º 601/1850, e art. 22
- Decreto n.º 1.318/54). A lei de terras, como ficou conhecida,
foi uma primeira iniciativa no sentido de organizar a
14 Capítulo 1 - Colonização do Piauí e fixação das famílias na região da Chapada
Grande.

propriedade privada no Brasil. Até então, não havia nenhum


documento específico que regulamentasse a posse de terras e
com as modificações sociais e econômicas pelas quais passava
o país, o governo se viu pressionado a organizar esta questão.
A partir de 1850, a ocupação de terras só seria possível
por meio de compra e venda ou de autorização da coroa (as
posses). Os que ocupavam ou tinham benfeitorias pagaram as
taxas governamentais e receberam o título de posse, porém
para mantê-la tinha que residir e produzir no local. Com a lei
ficou definido que as terras não ocupadas passavam a ser
propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da
compra nos leilões mediante pagamento à vista, e não mais
através de posse. Isso perdurou até o início do século XX,
quanto às terras já ocupadas, puderam ser regularizadas por
aqueles que detinham posses adquiridas desde a época do
Brasil Império, preservando o direito de demarca-las para
finalmente ter a posse e propriedade de suas terras.
Foi assim que, por volta de 1930, as terras dos meus
ascendentes foram demarcadas. Boa parte dessas áreas
continua na família até hoje, como é o caso das propriedades
chamadas Malhada de Baixo, Corredor, Junco e Bom Sucesso.
Meu irmão Genésio Júnior, o mais experiente jurista do nosso
núcleo familiar, costuma dizer que a reforma agrária na nossa
região foi feita por sucessão, pois as famílias eram numerosas
e, à medida que os patriarcas iam morrendo, as terras iam
sendo dividas entre os filhos, reduzindo cada vez mais o
tamanho das propriedades.
Histórias de Família 15
Manelito Sousa

Capítulo 2 – O Agronegócio e a degradação


da Chapada Grande.

Em geografia, denominam-se chapadas, áreas planas


localizadas no alto das serras. A Chapada Grande é um platô
de cerrado que se estende desde a serra do Alto Sério no
município de Regeneração até a serra da Bananeira no
município de Tanque do Piauí. Sua extensão no sentido
norte/sul é de aproximadamente oitenta quilômetros e no
sentido leste/oeste varia de cinco a dez quilômetros com área
de mais ou menos 70 mil hectares. Apenas no lugar chamado
estreito, atualmente no município de Tanque do Piauí, a
chapada afina-se a ponto de quase se dividir em duas.
As terras da chapada grande, muito planas e adequadas
para a agricultura mecanizada, pertencem hoje aos municípios
de Regeneração, Arraial, Francinópolis, Tanque do Piauí e
Várzea Grande. Até o início dos anos de 2000, era uma região
muito pouco explorada, com vegetação de cerradão
exuberante, tendo a fauna e flora preservadas.

Área preservada da Chapada Grande – Tanque do Piauí


16 Capítulo 2 – O Agronegócio e a degradação da Chapada Grande.

Na Chapada Grande era praticada apenas a agricultura


de subsistência, com pequenas roças de arroz e mandioca
feitas por habitantes que viviam no chapadão ou em suas
encostas. Era comum a prática da caça a animais silvestres e a
coleta de produtos naturais para a sobrevivência dos
chapadeiros.
A partir de 2004, este platô foi descoberto por
agropecuaristas da região Centro Sul do Brasil, que
intensificaram a aquisição de terras e iniciaram o
desmatamento para exploração da agricultura mecanizada,
cujos principais produtos cultivados são eucalipto, soja, arroz e
milho. Só a Fazenda Real na extremidade norte do chapadão
adquiriu 25 mil hectares e vem ampliando a área plantada,
cujo principal foco é a produção de madeira a partir do cultivo
do eucalipto.
O eucalipto4 é uma planta invasora por excelência, que
consegue extrair grandes quantidades de águas do subsolo,
especialmente nos períodos mais secos, contribuindo
decisivamente para a erradicação da flora nativa e
desertificação do solo. É igualmente prejudicial à fauna, uma
vez que erradicando a flora nativa, afugenta os animais que
dela se alimentam. As variedades vegetais e animais da
Chapada Grande estão aos poucos se dissipando com a
abertura de novas áreas a cada ano. Pouco resta da riqueza
vista outrora, com pastagens naturais e belas paisagens onde
se podiam encontrar animais como emas, seriemas, veados,
onças suçuaranas, tatus, e tantas outras espécies silvestres.
Os reflexos da devastação das matas e da fauna já são
sentidos na região com a quase extinção de diversas espécies
vegetais como pequi, fava d’anta, faveira, cajuí do cerrado,
entre outras. Também não são mais vistas espécies animais
que eram abundantes, mas aos poucos estão sendo
praticamente erradicados da fauna local.
Histórias de Família 17
Manelito Sousa

Chapada Grande – colheita de soja e Plantação de Eucalipto

Esta destruição vem ocorrendo desde 2004, afiançada


pelo IBAMA e SEMAR-PI e financiada pelo Banco do Nordeste
do Brasil com recursos subsidiados pelo próprio povo, que
acaba por sofrer todas as consequências desta ocupação
nefasta. A natureza continua a pedir socorro sem qualquer
ação dos governos municipais e estadual.
4
o Eucalipto foi implantado no Brasil em 1909 pelo engenheiro agrônomo Edmundo
Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista. No Brasil existem extensas
áreas plantadas, sobretudo, no Estado de Minas Gerais, que possui cerca de 2% do seu
território ocupados com eucaliptos. Um dos grandes municípios produtores do país, que
há mais de trinta anos desenvolve a silvicultura, é o município mineiro de
Itamarandiba. Atualmente esta cidade é um dentre os diversos polos da produção de
mudas clonais de Minas Gerais e do Brasil [1].
Referências
1. AZAMBUJA, W. Óleos Essenciais.

Trabalhei na Diretoria de Crédito do Banco do Brasil por


mais de 20 anos e sei que o desenvolvimento do nosso país é
fortemente sustentado pelo agronegócio. Não sou contra a
expansão agrícola, notadamente em um estado pobre como o
Piauí, que tanto depende da geração de emprego e renda.
Porém, a expansão agrícola daquele platô deveria ter sido
precedida de estudos ambientais que garantissem a
preservação da fauna e da flora locais. Não se deveria permitir
18 Capítulo 2 – O Agronegócio e a degradação da Chapada Grande.

o desmatamento de todo um bioma, como vem acontecendo


com a Chapada Grande, sem respeito aos limites exigidos pela
legislação, com o discurso demagógico dos gestores de que é
para o bem do estado e dos municípios, quando sabemos
claramente quanto custa às empresas que ali se instalam para
alcançar seus objetivos, muitas vezes nefastos.
Histórias de Família 19
Manelito Sousa

Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de


Sousa nos Povoados Cedro, Buritizinho e
Junco.

Ainda no Brasil Império, a família Pereira de Sousa


ocupou o lado leste das encostas da Chapada Grande, desde o
povoado Cedro, passando pelo Buritizinho, chegando até a
localidade Junco5, antes município de Valença, hoje Várzea
Grande-PI. Alguns membros da família Sousa, entre eles,
Joaquim Antônio de Sousa, atravessaram a chapada grande e
habitaram o povoado Gentil no lado oeste da referida chapada.

5
O Junco, arbusto que deu nome à localidade onde nasceu boa parte dos meus
ascendentes, inclusive eu, tem diversas variedades. A maioria delas cresce as margens
de aguadas, botando uma flor muito bonita. O junco comum, representado na figura
acima é uma variedade verde-escura, que cresce com frequência nos caminhos úmidos
e nas campinas, podendo medir até 1,5 m de altura. Possui caule arredondado, flexível
e flutua com facilidade na agua. Os juncos podem ser usados para tecer esteiras,
cestos e até mesmo assentos de cadeira. Durante algum tempo a medula dos caules
era utilizada para fazer pavios de velas. Algumas espécies de juncos são cultivadas
como plantas ornamentais.

No final do século XVIII o povoado Cedro, às margens do


rio Berlengas, já era habitado pelos familiares de Joaquim
Francisco de Sousa. Três dos seus filhos se mantiveram na
região, ocupando as duas margens do Berlengas, em toda a
extensão do Povoado. Foram eles: José Francisco de Sousa
20 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

casado com Maria Cândida de Sousa; Aristarco Francisco de


Sousa casado com Elisa Francisca de Sousa; Ana Rita de Sousa
casada com Horácio Domingos de Sousa. Duas de suas filhas,
Maria Francisca de Sousa (Maroca) casada com Pedro Teixeira
Lopes e Raimunda Francisca de Sousa (Mundoca), casada com
Raimundo Nonato de Sousa, mudaram-se para Itaueiras-PI.
Com a emancipação do município de Várzea Grande,
alguns membros dessa família se tornaram políticos e
administraram a cidade por muitos anos. Entre estes,
destacaram-se Antônio Francisco de Sousa, conhecido como
Ioiô do Zé Francisco, um político hábil e influente, que chegou
se eleger vice-prefeito de Valença-PI e, após a emancipação,
prefeito de Várzea Grande por dois mandatos (1962-1966 e
1970-1972). Seu filho Robert Eudes Nunes de Sousa foi
prefeito outros dois mandatos (1982-1988 e 1992-1996) e
Maria Sousa (Consuelo), sobrinha de Ioiô, administrou a cidade
por um mandato (1988-1992).
Oséas Pereira de Sousa, primo dos citados irmãos era
casado com sua prima Maria Rosa de Sousa (Doninha) e viveu
na localidade Buritizinho, próximo a Várzea Grande, onde criou
e educou uma família de sete filhos: Esequias Pereira de Sousa
casado com Eulina Pereira de Sousa, José Oseas de Sousa
casado com Mariana Carolina dos Santos, Joaquim Mateus de
Sousa casado com Alexandrina Jesuína de Sousa, Gabriel
Pereira de Sousa (Pequeno), Jó Pereira de Sousa (Jó), Inês de
Assis Sousa Nunes (Inezinha) casada com Manoel José Nunes
(Manoel Emídio) e José Maria de Sousa casado com Maria
Benedita de Sousa (Maroca do Liço).
Oséas foi um homem sábio e dedicado aos parentes,
uma espécie de delegado e conselheiro do povo que vivia
naquela região. Seus filhos Esequias e Pequeno eram artífices
em pedras e faziam estátuas e escritas em alto-relevo, sendo
que muitos dos serviços feitos nas lápides do cemitério do
Histórias de Família 21
Manelito Sousa

Buritizinho são obras deles. Esequias era professor, estudioso e


já naquela época fez curso de taquigrafia para operar
telégrafos que estavam sendo implantados no Piauí.
Oséas era sobrinho de Maria Joaquina de Sousa, que
casou com Antônio Pereira dos Santos (Antoninho do Junco),
pais de Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e avós de Enéas
Pereira de Sousa, o Né do Junco (meu avô paterno). Joaquina,
que era irmã de Joaquim Francisco de Sousa do povoado
Cedro, depois do casamento com Antoninho estabeleceu-se na
localidade Junco. Tiveram uma família numerosa, mas somente
quatro dos nove filhos deixaram descendência. Por esta razão
sua residência ficou conhecida como a “casa dos velhos do
Junco”. Situada ao pé da Chapada Grande, a casa tinha um
enorme juazeiro que fazia muita sombra, onde outrora os
visitantes amarravam seus cavalos. A casa velha do Junco foi
derrubada, mas o juazeiro resiste até hoje, imponente e
altaneiro.
Dona Sinhá, uma das filhas de Antoninho e Joaquina,
depois de viúva de João do Santo (filho de Pedro do Santo),
voltou para casa dos pais com os dois filhos pequenos e seus
irmãos ajudaram-na a criá-los. Com a morte de Antoninho e
Joaquina, ficaram na casa velha do Junco os filhos: Menandro,
Joaquim, José, Enéas e Raimundo, além de Sinhá com seus
dois filhos Antônio e Maria. Os filhos de Sinhá só saíram de lá
após os respectivos casamentos, enquanto ela e seus irmãos
viveram na casa até suas mortes. Antoninho do Junco e sua
esposa Joaquina formaram o tronco mais antigo da nossa
família no povoado Junco.
Segue a descendência de Antoninho e Joaquina:

ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS (Antoninho do Junco)


casou com MARIA JOAQUINA DE SOUSA
22 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

(1)
MANOEL ANTÔNIO DE SOUSA (Senhor)
(2)
MENANDRO PEREIRA DOS SANTOS;
(3)
JOSEFINA DE SOUSA SANTOS;
(4)
JOAQUIM PEREIRA DOS SANTOS;
(5)
MARIA ISABEL DE SOUSA (Sinhá);
(6)
JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS;
(7)
RAIMUNDO PEREIRA DE SANTOS (Doca);
(8)
ENÉAS PEREIRA DE SOUSA (NÉ);
(9)
JUSCELINO PEREIRA DE SOUSA.

(1)
MANOEL ANTÔNIO DE SOUSA (Senhor) casou com Elisa
Raimunda de Sousa. Família destacada no capítulo 4.

(2)
MENANDRO PEREIRA DOS SANTOS
Menandro foi criado por seu tio e padrinho Joaquim
Antônio de Sousa, irmão de sua mãe Joaquina. Joaquim
Antônio morou inicialmente no Ferreiro e depois que os filhos
foram se tornando adultos e casando, mudou-se para o Gentil,
povoado localizado no outro lado da chapada grande, hoje
pertencente ao município da Santa Rosa. Criou o afilhado
ensinando-lhe os traquejos de campo, já que era um exímio
vaqueiro e possuidor de grande rebanho bovino. Menandro
voltou a morar no Junco com a família depois de adulto, porém
diferentemente de seus pais e irmãos, nunca teve apego ao
cultivo da terra, sendo seu maior prazer lidar com o gado.
Trouxe do Gentil um rebanho de animais que recebera em
doação de seu padrinho e o fez aumentar consideravelmente
com o passar dos anos.
Histórias de Família 23
Manelito Sousa

Meu pai contava que mesmo naqueles tempos de criação


extensiva, em que a vacada era criada solta nos campos da
Chapada Grande e nos grotões do vale do Rio Berlengas,
Menandro chegava a amansar 30 bezerros por safra. Menandro
nunca fizera uma roça e, mesmo que não tivesse uma tarefa a
realizar no campo, selava o cavalo, colocava chapéu de couro,
gibão e perneiras (o traje de vaqueiro) e ia ao pastoreio do
rebanho praticamente todos os dias. Seu sobrinho Antônio
Costa me relatou que Menandro ajudava os irmãos, não
deixando faltar nada em casa. Quase todos os meses fazia a
matança de uma rês, não para vender a carne, mas para
distribuí-la entre os parentes que moravam nas redondezas.
Menandro, já idoso mudou-se para a casa de seu irmão
Juscelino no São João de Sene, onde faleceu.

(3)
JOSEFINA DE SOUSA SANTOS (Sinhá Zifa) casou com
Jesuíno Pereira dos Santos (Neno), filho de Pedro do Santo:

(3)
1. ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS (1900-1984):

Antoninho, que herdou nome e apelido de seu avô, foi


criado pelos velhos do Junco. Menandro, que era seu padrinho
e gozava de boa situação financeira, muito o ajudou, de modo
que Antoninho tornou-se dono de ótimas propriedades e
criador de gado, atividade que desenvolvia com muito gosto e
dedicação. Já naquela época, costumava comprar reprodutores
puros para miscigenar seu rebanho, que era considerado um
dos melhores da região. Tinha uma boa situação financeira e
gosto pela beneficência, ajudando com muito desapego os
vizinhos mais necessitados da localidade. Dizia-se por lá que
ninguém procurava a ajuda do velho Antoninho para voltar
com mãos vazias.
Era um homem de papo agradável, inteligente, culto e
até com algum conhecimento de ciências ocultas. Tinha livros e
24 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

dicionários e acompanhava atentamente os acontecimentos


nacionais em seu rádio ABC, aparelho raro para os moradores
daqueles rincões no inicio do século XX. Mantinha-se atualizado
sobre tudo que ocorria no Brasil, notadamente na política e na
economia. Conquistou respeito e admiração das pessoas mais
influentes da região e, apesar de viver sozinho, sua casa era
frequentada por homens influentes como Firmo Sobreira e Ioiô
do Zé Francisco, que foram prefeitos do município de Várzea
Grande. No início da década de 1970, o Ioiô do Zé Francisco
estava em disputa eleitoral pela prefeitura de Várzea Grande
contra um adversário histórico (Chico Guedes) e com
dificuldades para apurar dinheiro, recorreu a Antoninho que lhe
emprestou certa quantia, ajudando-o a sair-se vitorioso
naquele pleito.
Lembro-me quando criança, que eu e meus primos
gostávamos de visitar o velho Antoninho logo pela manhã, não
só porque gostávamos de ouvir suas histórias, mas
principalmente porque ele costumava-nos brindar com frutas
da época (bananas, laranjas, mangas) ou com um delicioso
prato de coalhada. Tio Antoninho como era muito sozinho,
explorava bastante nossas presenças, só oferecendo as
guloseimas depois de um bom tempo de prosa, pois já velho,
carecia de companhia. Era muito agradável, nos contava
histórias e tinha um carinho especial com as crianças. Morreu
em casa, aos 84 anos de idade, e só foi encontrado pelos
vizinhos no dia seguinte a sua morte. Foi um homem que
mesmo após a morte, deixou o nome.
(3)
2. ISABEL DE SOUSA SANTOS casou com Francisco Antônio
de Sousa (Chico Augusto). Família descrita no capítulo 7.
(3)
3. JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS (Ioiô) casou com Ana
Soares de Araújo:
(3)
3.1. Francisco Soares dos Santos;
Histórias de Família 25
Manelito Sousa

(3)
3.2. Teresinha Soares dos Santos;
(3)
3.3. Josefina Soares dos Santos;
(3)
3.4. Maria Soares dos Santos.
(3)
4. ENÉAS PEREIRA DOS SANTOS casou com Maria Rodrigues
de Sousa (Marica). Família descrita no capítulo 5.
(3)
5. JOAQUINA DE SOUSA SANTOS casou com Pedro dos
Santos Neto (Pedro Mané) e não deixaram descendentes.
(3)
6. RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS (Doquinha) casou com
Isabel Maria de Oliveira:
(3)
6.1. Francisca Isabel dos Santos (Tôca):
(3)
6.1.1. Raimundo Soares dos Santos;
(3)
6.1.2. Joana Isabel dos Santos.
(3)
6.2. Alzira Isabel dos Santos:
(3)
6.2.1. Raimundo Lopes dos Santos;
(3)
6.2.2. Rosimar Lopes dos Santos;
(3)
6.2.3. Isabel Lopes dos Santos;
(3)
6.2.4. Cesário Lopes dos Santos.
(3)
6.3. Maria Izabel dos Santos (Maricô) casou com João
Pinto de Melo:
(3)
6.3.1. Manoel Antônio dos Santos;
(3)
6.3.2. Maria Alzira de Melo
(3)
6.3.3. José Pereira de Melo;
(3)
6.3.4. João Pereira de Melo;
(3)
6.3.5. Maria Olinda de Melo
(3)
6.3.6. Carlos Pereira de Melo;
(3)
6.3.7. Cláudio Pereira de Melo;
26 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

(3)
6.3.8. Maria Celma de Melo;
(3)
6.3.9. Maria Célia de Melo;
(3)
6.3.10. Clodoaldo Pereira de Melo.
(3)
6.4. Josefina Oliveira Santos casou com Antônio Firmino
Alves:
(3)
6.4.1. Francisco Alves dos Santos;
(3)
6.4.2. Maria do Socorro Alves dos Santos;
(3)
6.4.3. Raimunda Alves dos Santos;
(3)
6.4.4. Gonçala Alves dos Santos;
(3)
6.4.5. Sebastiana Alves dos Santos;
(3)
6.4.6. Josefina Alves dos Santos;
(3)
6.4.7. Renildo Alves dos Santos.
(3)
6.5.Sebastiana Isabel dos Santos casou com Jesuíno
Pereira dos santos. Família descrita no capítulo 4.
(3)
Raimundo dos Santos Filho casou com Joana Pereira
6.6.
de Santana:
(3)
6.6.1. Alberto Raimundo Filho dos Santos.
Raimundo teve um segundo casamento com Maria da Cruz
Santos:
(3)
6.6.2. Cleodi Santos;
(3)
6.6.3. Claudeci Santos;
(3)
6.6.4. Claudenice Santos;
(3)
6.6.5. Claudirene Santos;
(3)
6.6.6. Cleoneide Santos;
(3)
6.6.7. Cláudia Santos;
(3)
6.6.8. Cleoneia Santos;
Histórias de Família 27
Manelito Sousa

(3)
6.6.9. Claudânia Maria Santos.
(3)
6.7. Maria de Lourdes dos Santos casou com José
Carneiro Lima:
(3)
6.7.1. Ione Lima dos Santos Soares;
(3)
6.7.2. Isabel Lima dos Santos de Oliveira;
(3)
6.7.3. Pedro Lima dos Santos;
(3)
6.7.4. Paulo Lima dos Santos;
(3)
6.7.5. Raimundo Lima dos Santos;
(3)
6.7.6. Renato Lima dos Santos.
(3)
7. FRANCISCO PEREIRA DOS SANTOS (Chico Ioiô) casou com
Maria Nunes dos Santos (Moça):
(3)
7.1. Iani Santos Nunes Bezerra Braga;
(3)
7.2. João de Deus Santos;
(3)
7.3. Raimunda Nunes dos Santos;
(3)
7.4. Maria de Lourdes Nunes dos Santos;
(3)
7.5. Francisco das Chagas Santos.
(3)
8. BELISA DE SOUSA SANTOS casou com João dos Santos
Martins (João Chiquinho). Família descrita no capítulo 7.
(3)
9. JOAQUIM PEREIRA DOS SANTOS (Joaquim do Neno) casou
com Isabel da Silva Santos:
(3)
Carmelita dos Santos Fonseca casou com José dos
9.1.
Santos Fonseca (Zé Mané). Família descrita no capítulo 7.
(3)
10. MARIA DE SOUSA SANTOS (Sinhazinha) casou com
Firmino de Araújo Santos e não deixaram descendentes.

(4)
JOAQUIM PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família.
28 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

(5)
MARIA ISABEL DE SOUSA (Dona Sinhá) casou com João
Pereira dos Santos, filho de Pedro do Santo:
(5)
1. MARIA DE SOUSA NUNES (Dona Maria) (20/8/1915-
22/8/2013) casou com RAIMUNDO JOSÉ NUNES (Seu Nunes)
(18/2/1898-5/5/1996).
A ligação das famílias “Pereira de Sousa” e “Nunes”
começou com o casamento de Seu Nunes e Dona Maria. Seu
Nunes era filho de Bertoldo Nunes, patriarca que habitava uma
área da Chapada Grande no lado oeste, que ficou conhecida
como “Chapada dos Nunes”. Era uma família de artesãos e
inventores que produziam de tudo usando os mais diversos
materiais, como ferro, madeira, couro, entre outros. Seu Nunes
ganhou a vida produzindo artefatos de ferro e alumínio,
principalmente utensílios domésticos, mas também se
especializou na produção de peças e consertos de máquinas de
costurar. Era um artista de mão cheia e fazia de tudo. Um
inventor por excelência!
Meu avô Né do Junco contava que Seu Nunes foi uma
das primeiras pessoas daquela região a servir nas Forças
Armadas do Brasil, por vontade própria, diga-se de passagem.
Viajou até o Rio de Janeiro onde se alistou e serviu como
soldado, desligando-se dois anos depois no posto de cabo.
Quando retornou do Rio, seu primeiro feito foi reproduzir um
veículo em duas rodas que tinha visto na capital federal. Fez
toda a estrutura de armação em ferro e, como não dispunha
dos pneus de borracha, Seu Nunes fez as rodas com uma
madeira chamada embiruçu, flexível e resistente. O povo do
lugar ficou admirado ao ver Seu Nunes desfilando e
equilibrando-se em seu veículo de duas rodas, a primeira
bicicleta vista pelos moradores da região.
Naquela época, seu irmão Antônio João Nunes com
poucos recursos tecnológicos, conseguia fabricar motores
rudimentares que funcionavam com perfeição, gerando
Histórias de Família 29
Manelito Sousa

energia. Manuel Antônio Nunes, outro filho do velho Bertoldo,


especializou-se em produzir artefatos de couro, como perneiras
e gibões para vaqueiros, selas, alforjes, bainhas de facas,
chinelas em couro e muitos outros artefatos do produto. Na
família destacaram-se diversos ferreiros tais como Raimundo
Rato, João do Benedito e Zeca Elvídio (netos Bertoldo) e
também santeiros, como Pedro Chiquinho.
Segue a descendência de Seu Nunes e Dona Maria:
(5)
1.1.João Pereira Nunes casou com Nantilde Vilarinho
Nunes:
(5)
1.1.1. Carlos Augusto Nunes;
(5)
1.1.2. Conceição de Maria Nunes;
(5)
1.1.3. Celso Roberto Nunes;
(5)
1.1.4. Celia Regina Nunes.
(5)
1.2. Maria das Mercês Nunes França casou com Francisco
França:
(5)
1.2.1. Maria Gorete Nunes França;
(5)
1.2.2. Antônio Nunes França;
(5)
1.2.3. Raimundo José Nunes França;
(5)
1.2.4. Maria do Perpetuo Socorro Nunes França;
(5)
1.2.5. Rogério Nunes França;
(5)
1.2.6. Edilberto Nunes França.
(5)
1.3. Benedito Pereira Nunes casado com Maria Magalhães
de Sousa Nunes:
(5)
1.3.1. Santhyago Philips Sousa Nunes.
Benedito Nunes teve um filho do primeiro relacionamento:
(5)
1.3.2. Jean Batista Alencar Nunes.
30 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

(5)
1.4. Francisco de Assis Nunes (Cabriola) casado com
Francisca Lúcia de Oliveira Nunes:
(5)
1.4.1. Triele Jarissa de Oliveira Nunes;
(5)
1.4.2. Lis Ariele de Oliveira Nunes.

(5)
ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS casou com ELISA
2.
JOSEFA DOS SANTOS. Família destacada no capítulo 9.

(6)
JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família.

(7)
RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família.

(8)
ENÉAS PEREIRA DE SOUSA (NÉ) não constituiu família.

(9)
JUSCELINO PEREIRA DE SOUSA (1892-1984) casou com
ANA DE ARAÚJO COSTA (Cocota) (20/7/1899-8/10/1973):
(9)
1. MARIA MIRANDA DE SOUSA (Maroquinha) casou com
Basílio Antônio de Sousa. Família descrita no capítulo 4.
(9)
2. ANTÔNIO DE SOUSA COSTA (19/10/1928).

Antônio Cocota, como é conhecido o segundo filho de


Juscelino e Cocota, passou a infância com os tios, na casa
dos velhos do Junco e como boa parte dos membros
daquela família optou por viver solteiro. Depois de
adolescente retornou à casa de seus pais para ajudar na
subsistência da família, já que seu pai Juscelino era muito
acomodado. Viveu no Piauí até aos 32 anos de idade,
quando se mudou para Brasília no ano de 1961. Trabalhou
por muitos anos no antigo IAPI, que foi incorporado ao
INSS, mas como sempre gostou de liberdade, abandonou o
emprego e passou a ser taxista, atividade que naquela
Histórias de Família 31
Manelito Sousa

época era bastante lucrativa. Mais tarde, com a queda no


movimento de táxis, optou pelo ramo de caminhoneiro, que
exerce até hoje, com 89 anos de idade.
Desde sua chegada a Brasília a casa de Antônio
Cocota foi sempre um ponto de apoio aos conterrâneos que
chegavam à nova capital para tentar a vida. Por lá
passaram diversos parentes e amigos que só deixavam sua
casa depois de empregados. Antônio Cocota é um leitor
voraz, especialmente de biografias de figuras ilustres e
livros de autoajuda e possui uma biblioteca com cerca de
mil exemplares. Fez muitos amigos em mais de meio
século em Brasília, mas com o avançar da idade vive um
pouco recluso. Moro em Brasília há 28 anos e tenho o
privilégio de desfrutar de sua amizade e de fazer um pouco
de companhia ao velho Costa.
(9)
3. RAIMUNDO MIRANDA DE SOUSA (1930-1935) faleceu
ainda criança.
(9)
4. JOSEFINA MIRANDA DE SOUSA COSTA (1934-2016) casou
com seu primo Raimundo de Araújo Costa (1933):
(9)
4.1. Raimundo Nonato de Araújo Costa;
(9)
4.2. Antônio de Araújo Costa;
(9)
4.3. Francisca de Araújo Costa;
(9)
4.4. Valdivino de Araújo Costa;
(9)
4.5. Maria das Mercês de Araújo Costa;
(9)
4.6. Domingos de Araújo Costa;
(9)
4.7. João Batista de Araújo Costa;
(9)
4.8. José de Araújo Costa.
(9)
5. JOSÉ ISÍDIO MIRANDA DE SOUSA (1937) casou com
Neuza Sousa:
32 Capítulo 3 – Fixação da família Pereira de Sousa nos Povoados Cedro,
Buritizinho e Junco.

(9)
5.1. André Sousa;
(9)
5.2. Juscelino Sousa;
(9)
5.3. Ana Eugênia Sousa.
(9)
6. FRANCISCO MIRANDA DE SOUSA (1940-1965) não
constituiu família.
(9)
7. JOAQUINA SOUSA COSTA DE OLIVEIRA (1942) casou com
Luís Xavier de Oliveira:
(9)
7.1. Luís Xavier de Oliveira Filho casado com Carolina
Alves Terra;
(9)
7.2. Juscelino Pereira de Sousa Neto casado com Maria
Anatália Ferreira de Moura:
(9)
7.2.1. Luiz Gustavo Sousa Moura;
(9)
7.2.2. Ana Laura Sousa Moura.
(9)
7.3.Francisco Xavier de Oliveira Costa casado com
Luana de Fátima:
(9)
7.3.1. Pedro Henrique de Oliveira;
(9)
7.4. Ana Elisa Sousa Costa casada com Renato Artur
Papacidro;
(9)
7.5. Cláudio Emílio de Oliveira Costa casado com Renata:
(9)
7.5.1. Maria Cláudia;
(9)
7.5.2. Renato.
(9)
7.6. Claudiane de Oliveira Costa casada com Wanderson
Leitão;
(9)
7.7. Flávio de Oliveira Costa casado com Cleide.
Histórias de Família 33
Manelito Sousa

Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel


Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa Raimunda
de Sousa.

Meu avô Né do Junco contava que seu pai (Senhor) era


um homem sem ambição e despreocupado com a vida. Casou e
constituiu uma família de sete filhos vivendo da agricultura,
mas diferentemente de seus irmãos solteiros nunca teve
interesse na criação porque a atividade de campo era bastante
trabalhosa devido aos animais serem criados soltos. A família
passava muitas necessidades e só não era pior porque seus
irmãos, os velhos do Junco, ajudavam de vez em quando.
Meu avô relatava que a casa de seus pais só teve fartura
quando os dois filhos mais velhos (ele próprio e Mundico)
começaram a tomar a frente da lida na roça. Na época eles
tinham doze e onze anos, respectivamente, e foi a partir daí
que as coisas mudaram para a família. Apesar da vida
relativamente calma, Senhor faleceu aos 49 anos de idade,
vítima de infarto.
A seguir a descendência de Senhor e Elisa:

 MANOEL ANTÔNIO DE SOUSA (Senhor) (1874-1923) casou


com ELISA RAIMUNDA DE SOUSA (1875-1935):

(1)
ENÉAS PEREIRA DE SOUSA;
(2)
RAIMUNDO NONATO DE SOUSA;
(3)
HONORINDA RAIMUNDA DE SOUSA;
(4)
MARIA DE SOUSA SANTOS;
(5)
MANOEL ANTÔNIO DE SOUSA;
34 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(6)
BASÍLIO PEREIRA DE SOUSA;
(7)
ISABEL JOAQUINA DE SOUSA ALMEIDA.

(1)
ENÉAS PEREIRA DE SOUSA casou com Mariana Raimunda de
Sousa. Família destacada no capítulo 5.

(2)
RAIMUNDO NONATO DE SOUSA (Mundico) (1897–1982)
casou com Antônia Rodrigues de Sousa (Tônha) (1903–1980):
(2)
1. MARIA DE JESUS NUNES (1922-1984) casou com João
Nunes de Sousa (1923-2000):
(2)
Raimundo de Sousa Nunes (1945) casado com Maria
1.1.
da Conceição Sousa:
(2)
1.1.1. Francisco Nazareno Nunes de Sousa;
(2)
1.1.2. José Nilton Nunes de Sousa;
(2)
1.1.3. Nilson Nunes de Sousa;
(2)
1.1.4. Conceição de Maria Nunes de Sousa.
(2)
Maria Creuza Nunes Gonçalves (1947-2015) casou
1.2.
com Antônio Gonçalves Nunes (1942):
(2)
1.2.1. Maria do Socorro Gonçalves Nunes;
(2)
1.2.2. João de Sousa Nunes Neto (Neto);
(2)
1.2.3. Francisco Gonçalves Nunes (Faico) (Falecido);
(2)
1.2.4. Antônio Gonçalves Nunes Filho (Filho)
(2)
1.2.5. Irenilda Gonçalves Nunes (Nilda).

(3)
HONORINDA RAIMUNDA DE SOUSA (Norinda) (1899-1983)
casou com Joaquim Rodrigues de Sousa (1897-1972):
Histórias de Família 35
Manelito Sousa

(3)
1. FRANCISCA RODRIGUES DE SOUSA casou com Joaquim
Borges Leal (Quinquim):
(3)
1.1. Maria Rodrigues Leal (Mariquesa) casada com seu
tio Francisco Borges Leal;
(3)
1.2. José Rodrigues Leal casado com Carmina Maria de
Sousa Leal;
(3)
Maria José Rodrigues Leal viúva de João Nunes de
1.3.
Sousa (João Elvídio):
(3)
1.3.1. Roney Rodrigues Leal Nunes;
(3)
1.3.2. Railene Rodrigues Leal Nunes.
(3)
1.4.Francisco de Assis Leal (Diá) casado com Elvira
Maria de Sousa Leal;
(3)
Maria Odete Leal Carvalho casada com Luís Vieira
1.5.
de Carvalho;
(3)
Antônio Rodrigues Leal (Antônio Quinquim) casado
1.6.
com Teresinha Borges Leal;
(3)
1.7. Manoel Rodrigues Leal casado com Edna Maria de
Oliveira Leal;
(3)
Pedro Rodrigues Leal casado com Vanda de Moura
1.8.
Sousa;
(3)
Marina Rodrigues Leal viúva de Osmar Pereira de
1.9.
Sousa;
(3)
Antônia Salvani Leal Nunes casada com Raimundo
1.10.
Monteiro Nunes Filho;
(3)
1.11.Isabel Rodrigues Leal casada com Antônio
Raimundo de Oliveira.
(3)
2. ANTÔNIA RODRIGUES LEAL casou com Antônio Borges
Leal:
36 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(3)
2.1. Francisco Rodrigues Leal;
(3)
2.2. Neusa Rodrigues Leal;
(3)
2.3. Maria de Fátima Leal;
(3)
2.4. Geraldo Rodrigues Leal;
(3)
2.5. Salomão Rodrigues Leal;
(3)
2.6. Anísia Rodrigues leal;
(3)
2.7. Enedina Rodrigues Leal;
(3)
2.8. Reginaldo Rodrigues Leal;
(3)
2.9. Galeno Rodrigues Leal.
(3)
3. MANOEL RODRIGUES DE SOUSA (Nezinho) (1926-
2013) casou com Maria José do Nascimento Sousa (1930-
2001):
(3)
3.1.Francisca do Nascimento Sousa casou com João
Augustin:
(3)
3.1.1. Deusimar Sousa;
(3)
3.1.2. Desenir Sousa;
(3)
3.1.3. Augustin Neto;
(3)
3.1.4. Antônio Sousa;
(3)
3.1.5. Deusilene Sousa;
(3)
3.1.6. João Augustin Filho.
(3)
3.2.José Rodrigues de Sousa casou com Maria Antônia
de Jesus Sousa:
(3)
3.2.1. Magda Dione de Jesus Sousa;
(3)
3.2.1. Kátia de Jesus Sousa;
(3)
3.2.2. Jackson de Jesus Sousa;
(3)
3.2.3. Janaina de Jesus Sousa;
Histórias de Família 37
Manelito Sousa

(3)
3.2.4. Robson de Jesus Sousa.
(3)
3.3. Helena Sousa Silva casada com Antônio Ferreira da
Silva:
(3)
3.3.1. Rogério Sousa Silva;
(3)
3.3.2. Gislaine Sousa Silva;
(3)
3.3.3. Eudson Sousa Silva;
(3)
3.3.4. Gislene Sousa Silva.
(3)
3.4. Maria Rodrigues de Sousa (Zita) divorciada de
Leolino Pereira:
(3)
3.4.1. Lucimar Pereira de Sousa;
(3)
3.4.2. Genivaldo Pereira de Sousa;
(3)
3.4.3. Adoaldo Pereira de Sousa;
(3)
3.4.4. Manoel Messias Pereira de Sousa;
(3)
3.4.5. Raimundo Nonato Pereira de Sousa;
(3)
3.4.6. Dilma Pereira de Sousa;
(3)
3.4.7. José Pereira de Sousa.
(3)
3.5. José Maria de Sousa casado com Edsônia. Tem oito
filhos de dois relacionamentos anteriores:
(3)
3.5.1. Viviane de Sousa;
(3)
3.5.2. Liliane de Sousa;
(3)
3.5.3. Jéssica de Sousa;
(3)
3.5.4. Gleice Kelly de Sousa;
(3)
3.5.5. Angélica de Sousa;
(3)
3.5.6. Andressa de Sousa;
(3)
3.5.7. Carolaine de Sousa;
(3)
3.5.8. Maicon José de Sousa Júnior.
38 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(3)
3.6. Julia de Sousa Silva viúva de Eduardo Pereira da
Silva:
(3)
3.6.1. Deusenir Sousa Silva;
(3)
3.6.2. Deuzileny Sousa Silva;
(3)
3.6.3. Deusdete Sousa Silva;
(3)
3.6.4. Deusileia Sousa Silva;
(3)
3.6.5. Deuzivan Sousa Silva.
(3)
3.7. Maria Claudinete do Nascimento Sousa:
(3)
3.7.1. Susana de Sousa;
(3)
3.7.2. Fabiana de Sousa;
(3)
3.7.3. Valéria de Sousa.
(3)
3.8. Dinaide Sousa dos Santos casou com Valdomiro
Monteiro dos Santos:
(3)
Rubielle Sousa Santos Alves casada com
3.8.1.
Ranieri Fernando:
 Kiara Fernanda;
 Raynara Vitória;
 Davi Fernando.
Dinaide ficou viúva e casou com Manoel Raimundo da
Silva:
(3)
3.8.2 Rubicléia Sousa Silva casada com Igor de
Oliveira Marcelino Sousa.
(3)
4. MARIA JOAQUINA de SOUSA (Mariquinha) casou com
Martim Alves de Sousa:
(3)
4.1. Maria do Socorro Sousa casou com Joaquim
Raimundo de Sousa;
(3)
4.2.Maria de Jesus Sousa casou com Francisco
Marçal de Sousa;
Histórias de Família 39
Manelito Sousa

(3)
4.3.Antônio Alves de Sousa casou com Raimunda
Pereira de Vasconcelos;
(3)
Luzia Alves de Sousa casou com Joel Joaquim de
4.4.
Sousa.
(3)
5. JOSÉ RODRIGUES DE SOUSA (Zeca Levino) casou com
Hercília Raimunda de Sousa:
(3)
5.1. Benevaldo Rodrigues de Sousa;
(3)
5.2. Marinaldo Rodrigues de Sousa;
(3)
5.3. Analice Rodrigues de Sousa.
(3)
6. ABDIAS RODRIGUES DE SOUSA casou com Maria de
Jesus Sousa:
(3)
6.1. Rosimar Rodrigues de Sousa;
(3)
6.2. Zélia Maria de Sousa;
(3)
6.3. Nerci Rodrigues de Sousa;
(3)
6.4. Lourival Rodrigues de Sousa;
(3)
6.5. Marcilene Rodrigues de Sousa;
(3)
6.6. Paulo Henrique Rodrigues de Sousa.
(3)
7. MARIA DUO E SOUSA casou Francisco Rodrigues de
Sousa (filho de Luís Levino):
(3)
7.1. Maria das Graças de Sousa;
(3)
7.2. Maria de Lourdes de Sousa;
(3)
7.3. Alzenir Rodrigues de Sousa;
(3)
7.4. Antônio de Sousa.
(3)
8. ELISA RODRIGUES DE SOUSA:
(3)
8.1. Joaquina Rodrigues de Sousa.
40 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(4)
MARIA DE SOUSA SANTOS (Marica) casou com Enéas
Pereira dos Santos:
(4)
1. JESUÍNO PEREIRA DOS SANTOS casou com Sebastiana
Isabel dos Santos:
(4)
1.1. Maria Rosimar dos Santos;
(4)
1.2. Rita de cássia dos santos;
(4)
1.3. Enéas Pereira dos Santos Neto;
(4)
1.4. Isabel Neta dos Santos;
(4)
1.5. Maria da Paixão dos santos.
(4)
2. JOEL PEREIRA DOS SANTOS (Jó) casou com Maria
Rodrigues de Sousa (Neném), filha do Chiquim Dodó:
(4)
2.1. Antônio de Sousa Santos;
(4)
2.1. Maria Nerci de Sousa;
(4)
2.1. Francisco de Sousa Santos;
(4)
2.1. Armando de Sousa Santos.
(4)
3. PEDRO PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família;
(4)
4. JOÃO PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família;
(4)
5. VICENTE PEREIRA DOS SANTOS não constituiu família;
(4)
6. ELISA PEREIRA DOS SANTOS casou com Luís dos
Santos Martins (Lú Chiquim):
(4)
6.1. Francisco das Chagas Santos;
(4)
6.2. João da Cruz dos Santos;
(4)
6.3. Vicente Pereira dos Santos;
(4)
6.4. Maria das Dores dos Santos;
(4)
6.5. Maria da Paz dos Santos.
Histórias de Família 41
Manelito Sousa

(4)
7. HELENA PEREIRA DOS SANTOS casou com José
Martins dos Santos (Zeca Tibungo):
(4)
7.1. Francisco Xavier dos Santos casou com Ana
Patrícia de Sousa Santos:
(4)
7.1.1. Ana Luísa dos Santos Sousa.
(4)
7.2. Francisca das Chagas Santos (Neném).

(5)
MANOEL ANTÔNIO DE SOUSA (Véi do Junco) (1907-1977)
casou com Petronília Raimunda de Sousa (12/11/1910–
16/6/1992):
(5)
1. FRANCISCO ANTÔNIO DE SOUSA casou com Maria
Borges de Sousa:
(5)
1.1. Maria Borges de Sousa.
(5)
2. Carlota Raimunda de Sousa casou com Antônio Vieira
dos Santos (Antônio do Gerson):
(5)
2.1. Maria Solange de Sousa Santos (Iolanda);
(5)
2.2. Francisco Vieira de Sousa Santos;
(5)
2.3. Maria de Nazaré Sousa Santos;
(5)
2.4. Raimundo Vieira de Sousa Santos.
(5)
3. MARIA RAIMUNDA DE SOUSA SANTOS casou com
Odilon Vieira dos Santos (Odilon do Gerson):
(5)
3.1. Luiz Carvalho de Sousa;
(5)
3.2. Maria Aldeiza Lopes de Sousa;
(5)
3.3. José Edimar de Carvalho;
(5)
3.4. Maria Alveni de Sousa
(5)
3.5. Genival Batista de Sousa Carvalho;
(5)
3.6. Esmeralda Sousa Santos;
42 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(5)
3.7. Maria Laudeci de Sousa.
(5)
4. ANGELINA RAIMUNDA DE SOUSA casou com José de
Sousa Gomes:
(5)
4.1. Maria Lenita de Sousa Gomes;
(5)
4.2. Dorgival de Sousa Gomes;
(5)
4.3. José de Anchieta de Sousa Gomes
(5)
4.4. José Filho de Sousa Gomes
(5)
4.5. Luís Cláudio de Sousa Gomes.
(5)
5. TERESA RAIMUNDA DE OLIVEIRA:
(5)
5.1. João Batista de Oliveira casado com Maria Creuza
Oliveira.
(5)
6. ANTÔNIO PEREIRA DE SOUSA casou com Maria Marlene
(6)
de Sousa. Família descrita no item deste capítulo.
(5)
7. ELISA RAIMUNDA DOS SANTOS casou com Eliseu Luís
dos Santos:
(5)
7.1. Luísa Raimunda dos Santos;
(5)
7.2. Manoel Luís dos Santos;
(5)
7.3. Cesar Luís dos Santos;
(5)
7.4. Elisergio Luís dos Santos;
(5)
7.5. Maria Paula dos Santos;
(5)
7.6. Rosa Maria dos Santos;
(5)
7.7. José Luís dos Santos.
(5)
8.ROSA RAIMUNDA NOGUEIRA (Rosita) casou com
Raimundo Gomes Nogueira (Bigode):
(5)
8.1. Raimundo Gomes Nogueira Filho;
(5)
8.2. Rosilene de Sousa Nogueira;
Histórias de Família 43
Manelito Sousa

(5)
8.3. Maria do Amparo de Sousa Nogueira.
(5)
9. JOÃO ANTÔNIO DE SOUSA aos 20 anos de idade
mudou-se para São Paulo e nunca mais voltou à terra natal.
Ainda manteve contato com alguns parentes, mas depois
perdeu o contato e até hoje não se sabe do seu paradeiro.

(6)
BASÍLIO PEREIRA DE SOUSA (1913-1983) casou com sua
prima Maria Miranda de Sousa (Maroquinha) (1925–2016):
(6)
1. FRANCISCO ANTÔNIO DE SOUSA (Neném) casou com
Francisca Gomes de Sousa:
(6)
1.1. Antônio Cláudio de Sousa;
(6)
1.2. Telma Gomes de Sousa;
(6)
1.3. Edigar Fernando de Sousa.
(6)
2. EDILEUZA MARIA DE SOUSA morreu adolescente.
(6)
3. MARIA MARLENE DE SOUSA casou com Antônio Pereira
de Sousa (Antônio do Véi):
(6)
3.1. Pedro Pereira de Sousa;
(6)
3.2. Célia Maria de Sousa;
(6)
3.3. Zélia Maria de Sousa.
(6)
4. JUSCELINO PEREIRA NETO (Iquim) casado com Maria
Lustrosa Pereira:
(6)
4.1. Reginaldo Pereira de Sousa;
(6)
4.2. Roberto Cesar de Sousa Pereira;
(6)
4.3. Ricardo Pereira de Sousa.
(6)
5. SEBASTIANA MIRANDA LIMA (Moça) casada com José
Barbosa Lima (Zé do Máximo):
(6)
5.1. Antônio Barbosa Lima (Pinto);
44 Capítulo 4 – Linhagem Paterna: Manoel Antônio de Sousa (Senhor) e Elisa
Raimunda de Sousa.

(6)
5.2. Claudirene Barbosa Lima (Miúda)
(6)
5.3. Francisca Barbosa Lima (Kica);
(6)
5.4. Marinalva Barbosa Lima (Bel).
(6)
6.ELIZABETE MIRANDA DE SOUSA (Pebeu) não
constituiu família.

(7)
ISABEL JOAQUINA DE SOUSA ALMEIDA (Bela) (1914-2004)
casou com José Zuza de Almeida (Zé Cearense):
(7)
1. JONAS ZUZA DE ALMEIDA casou com Isabel Pereira de
Almeida:
(7)
1.1. Genésio Pereira de Almeida;
(7)
1.2. Maria Marlene de Sousa;
(7)
1.3. Nelson Ned Pereira de Almeida;
(7)
1.4. Ivonete Pereira de Almeida;
(7)
1.5. Edinalva Pereira de Almeida;
(7)
1.6. Erasmo Carlos Pereira de Almeida
(7)
1.7. Maria das Dores Pereira de Almeida.
(7)
2. MARIA IONE DE ALMEIDA SANTOS casou com Francisco
Pereira dos Santos (Chico Tiú):
(7)
2.1. Maria de Sousa Santos;
(7)
2.2. Maria Orlene dos Santos;
(7)
2.3. Severino Pereira dos Santos;
(7)
2.4. Francisco das Chagas dos Santos;
(7)
2.5. Odair José dos Santos;
(7)
2.6. Maria Silvana de Almeida Santos (Branca):
(7)
2.6.1. Jéssica Fernanda Gonçalves dos Santos;
Histórias de Família 45
Manelito Sousa

(7)
2.6.2. Jeciely Vitória Gonçalves dos Santos;
(7)
2.7. Maria Silvanir de Almeida Santos (Preta):
(7)
2.7.1. Francisco Dhynson de Almeida Santos.
(7)
3. MARIA JOSÉ DE ALMEIDA não constituiu família.
(7)
4. JOSÉ DE RIBAMAR DE ALMEIDA casou com Célia Maria
de Sousa:
(7)
4.1. Jarlene de Sousa Almeida;
(7)
4.2. Jailson de Sousa Almeida;
(7)
4.3. Jairo de Sousa Almeida.
46 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José


de Sousa e Antônia Rodrigues da Silva.

Meu avô Né do Junco relatava que sua esposa Nâna


descendia de um português que imigrou da cidade de Juiz de
Fora-MG e se estabeleceu nas encostas da Chapada Grande,
em um local ermo ao qual denominou de “Bom Sucesso”. Dizia
que o português deu esse nome ao lugar por considerar que ali
viveria em paz, o que de fato acorreu. O retirante, que dizia ter
sido promotor, havia se envolvido numa questão judicial com
um juiz de Direito em sua terra natal e, revoltado com o
desfecho da questão, lançou mão de um tinteiro que se
encontrava sobre a mesa, quebrando-o na cabeça do
magistrado. Fugiu do local e foi esconder-se nos rincões do
Piauí, de onde jamais saiu.
Depois de algum tempo instalado no Bom Sucesso,
juntou-se com uma cabocla, provavelmente descendente dos
índios Gueguês do Aldeamento de São João de Sene, que
ficava há poucas léguas de distância. Pois era comum a fuga de
índios aldeados, que rejeitavam a catequização. Segundo a
lenda, o retirante fugitivo pegou a tal índia acuada por
cachorros, na base do laço. Porém, essa história não tem
confirmação fática e não pode ser comprovada sua veracidade.
Os filhos nascidos do casal adquiriram a alcunha de
“Brabo” por descenderem de nativos, que eram chamados de
“caboco brabo” pelos ditos “civilizados” da época. Um desses
descendentes, o caboclo Joaquim Brabo teve uma família de 24
filhos, entre eles Levino José de Sousa que casou com Antônia
Rodrigues de Sousa, pais de minha avó materna, Mariana
Raimunda de Sousa (Nâna).
Levino era um homem de reduzidas posses, mas criou
sua família de dez filhos com muita dignidade. Viveu sempre do
Histórias de Família 47
Manelito Sousa

cultivo da terra e não possuía gado bovino, que era um grande


desafogo para os sertanejos naqueles tempos difíceis. Possuía
apenas a criação miuça (caprinos) que eram muito adaptados à
catinga, e animais domésticos (porcos, galinhas, etc.).
Contudo, era um agricultor dedicado que sempre conseguia o
sustento de sua família e mesmo sendo pobre, sua casa era
farta. Era um homem de costumes simples, porém muito
respeitado e querido na vizinhança.
Casou-se com Tônha, que era irmã de um senhor
abastado residente no povoado Terra Vermelha, nas
proximidades de Valença do Piauí. Tônha era uma pessoa
extremamente educada e muito admirada pelos seus
contemporâneos. Era comadre da maioria das pessoas
influentes na região, não porque oferecia seus filhos em
batismo, mas porque as pessoas a convidavam para apadrinhar
seus filhos. Apesar da vida simples ao lado de Levino, Tônha
mantinha uma prataria invejável que ganhou do seu irmão,
conhecido por Pimba da Terra Vermelha, na época do
casamento com Levino. Gabava-se de sua prataria que era
suficiente para atender seus convidados nas festas de
casamento e batizados. Minha bisavó morreu jovem, deixando
os três filhos mais novos ainda pequenos, os quais foram
criados pelo esposo Levino, com a ajuda dos filhos mais velhos,
já que Levino não casou novamente. Quando da morte de
Tônha, seu irmão Pimba fez questão de levar o corpo e
enterrá-lo na Terra Vermelha no cemitério da família.
Até a época da morte de Levino os familiares que
residiam no Junco eram enterrados no cemitério do Buritizinho.
A distância entre os dois povoados era de aproximadamente
doze quilômetros e as dificuldades para os enterros eram
grandes, pois não havia estradas carroçáveis nem automóveis,
sendo os cortejos feitos a pé. Quando da morte de meu bisavô,
um parente e amigo da família, o velho Liço, que morava no
48 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

povoado Ferreiro, sugeriu que se iniciasse um cemitério para


atender os moradores das duas localidades e ofereceu uma
área plana em suas terras, que ficava a meio caminho entre os
povoados Junco e Ferreiro. Meu pai ainda jovem (pouco mais
de 20 anos de idade) gostou da ideia, pegou as ferramentas e
cavou sozinho, a sepultura de seu avô Levino. Quando os
parentes se movimentaram para o cortejo até o Buritizinho
meu pai ponderou que o seu avô seria o primeiro a ser
enterrado no cemitério do Junco. A partir daí, o “Caminho
Bom” é o cemitério da maioria dos parentes que residem no
Junco e nos povoados vizinhos.
Levino passou os últimos anos de vida na casa de sua
filha Antônia. Nasceu em 18/11/1865 e faleceu em 1945, no
dia em que completou 80 anos.
Segue a descendência de Levino e Tônha:

 LEVINO JOSÉ DE SOUSA (Levino) (18/11/1865-


18/11/1945) casou com ANTÔNIA RODRIGUES DA SILVA
(Tônha) (1873-1924):

(1)
MARIA RODRIGUES DE SOUSA;
(2)
RAIMUNDA RODRIGUES DE SOUSA;
(3)
JOAQUIM RODRIGUES DE SOUSA;
(4)
ANTÔNIA RODRIGUES DE SOUSA;
(5)
JOSÉ RODRIGUES DE SOUSA;
(6)
JOÃO RODRIGUES DE SOUSA;
(7)
MARIANA RAIMUNDA DE SOUSA;
(8)
VICÊNCIA RODRIGUES DE SOUSA;
(9)
LUÍS RODRIGUES DE SOUSA;
(10)
MIGUEL RODRIGUES DE SOUSA.
Histórias de Família 49
Manelito Sousa

(1)
MARIA RODRIGUES DE SOUSA (Marica) (1896-1998) casou
com PEDRO MOREIRA DA SILVA.
Marica mudou-se para São Domingos-MA com todos os
filhos, exceto Antônio Marica, e jamais retornaram à região da
Chapada Grande. Depois da mudança foram poucos os
contatos com esses familiares. No início da década de 1980,
meu pai reestabeleceu contato com seu povo ao encontrar-se
com sua prima Maricô e a tia MARICA já idosa, num hospital
em Teresina. Anos mais tarde, ele soube da morte de sua tia,
aos 102 anos de idade, pessoa de maior longevidade de toda a
família de Levino e Tônha.
Segue a descendência de Marica:
(1)
1. ANTÔNIO MOREIRA DA SILVA (Antônio Marica) casou
com Mariana Vieira da Silva:
(1)
1.2. Maria Vieira da Silva
(1)
1.3. Maria do Rosário Silva;
(1)
1.4. Eulina Vieira da Silva;
(1)
1.5. Pedro Vieira da Silva;
(1)
1.6. Maria da Luz Carvalho;
(1)
1.7. Francisco Vieira da Silva;
(1)
1.8. João Vieira da Silva;
(1)
1.9. Antônio Vieira da Silva;
(1)
1.10. Agenor Vieira da Silva.
(1)
2. MANOEL MOREIRA DA SILVA (Preto) casou com Antônia
Calebe da Silva;
(1)
3. TERESA MOREIRA DA SILVA;
(1)
4. MARIA RODRIGUES DA SILVA (Maricô) casou com
Antônio José Ferreira (Antônio Dina):
50 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(1)
4.1. José Maria Ferreira de Sousa;
(1)
4.2. Delzuita Ferreira de Sousa;
(1)
4.3. João Ferreira de Sousa;
(1)
4.4. Flávio Ferreira de Sousa;
(1)
4.5. Antônia Ferreira de Sousa;
(1)
4.6. Iracema Ferreira de Sousa.

MARICA ficou viúva e casou com Tiago Porfírio:


(1)
5. Eulália Rodrigues de Sousa casou com Gonçalo Piauí.

MARICA separou-se de Tiago e teve um relacionamento com


Antônio Bastiana:
(1)
6. Luis Rodrigues da Silva;
(1)
7. Alzira Rodrigues de Silva (Lô);
(1)
8. Edite Rodrigues da Silva.

(2)
RAIMUNDA RODRIGUES DE SOUSA (Mundica) (1897-1964)
casou com JOAQUIM PEREIRA DA SILVA (Quinô) (1890-1965):
(2)
1. ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA (Véi do Quinô) casou com
Carmelita Rodrigues da Silva:
(2)
José Pereira da Silva (Zé do Véi) casou com
1.1.
Judite Maria da Silva:
(2)
1.1.1. Erivan Maria da Silva;
(2)
1.1.2. Eleni Maria da Silva;
(2)
1.1.3. Erineide Maria da Silva;
(2)
1.1.4. Erisvaldo Pereira da Silva;
(2)
1.1.5. Edson Pereira da Silva.
Histórias de Família 51
Manelito Sousa

(2)
1.2. Francisco Pereira da Silva. Família descrita no
(6)
item deste capítulo.
(2)
Raimundo Pereira da Silva (Mundesa) casado com
1.3.
Eva Ferreira da Cunha:
(2)
1.3.1. Francisca;
(2)
1.3.2. Lúcia.
(2)
1.4.Manoel Pereira da Silva casado com Maria
Rodrigues da Silva:
(2)
1.4.1. Vanderlei Rodrigues da Silva;
(2)
1.4.2. Francisca Adriana da Silva.
(2)
1.5.João de Deus Pereira da Silva casado com Maria
Lúcia Pereira da Silva:
(2)
1.5.1. Lucilene Pereira de Araújo;
(2)
1.5.2. Maria Gerlan Pereira da Silva;
(2)
1.5.3. Maria Eugerlia Pereira da Silva.
(2)
1.6. Cicero Pereira da Silva casado Maria do Rosário
Silva:
(2)
1.6.1. Francisca Márcia Pereira da Silva;
(2)
1.6.2. Maurício Roberto Pereira da Silva.
(2)
1.7. Deusdete Pereira da Silva;
(2)
Maria das Mercês Rodrigues de Sousa casada com
1.8.
Raimundo de Araújo Sousa:
(2)
1.8.1. Antônio Everaldo de Araújo cunha;
(2)
1.8.2. Antônio Ederaldo de Araújo cunha;
(2)
1.8.3. Edvânia de Araújo Cunha;
(2)
1.8.4. Karoli Maria de Araújo Cunha.
52 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(2)
Maria Rodrigues de Sousa casada com Mariano
1.9.
Raimundo de Sousa:
(2)
1.9.1. Francisca Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.2. Raimunda Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.3. Carmelita Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.4. Maria da Cruz Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.5. Raimundo Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.6. Antônio Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.7. Cicero Rodrigues de Sousa;
(2)
1.9.8. Mariano Raimundo de Sousa Filho.
(2)
2. MARIANO RODRIGUES DE SOUSA (Bidoca) casou com
Maria Gonçalves Lima:
(2)
Maria Gonçalves Cunha (Quinininha) casada com
2.1.
Francisco de Araújo Cunha:
(2)
2.1.1. Reginaldo Gonçalves da Cunha;
(2)
2.1.2. Mônica Gonçalves da Cunha;
(2)
2.1.3. Simônico Gonçalves da Cunha.
(2)
Raimunda Gonçalves de Carvalho casada com
2.2.
Abel Vieira de Carvalho:
(2)
2.2.1. Ivânia Gonçalves de Carvalho;
(2)
2.2.2. Wilson Gonçalves de Carvalho;
(2)
2.2.3. Wilton Gonçalves de Carvalho;
(2)
2.2.4. Wmilton Gonçalves de Carvalho.
(2)
Maria Rodrigues da Silva. Família descrita no item
2.3.
(2)
1.4 deste capítulo;
(2)
2.4. Lourival Rodrigues de Sousa (Louro).
Histórias de Família 53
Manelito Sousa

(2)
3. FRANCISCO PEREIRA DA SILVA NETO (Chico Quinô)
casou com Maria Leite Batista:
(2)
3.1. Elias Pereira da Silva (falecido);
(2)
3.2.Antônio Pereira da Silva casado Maria da Paz
Gonçalves:
(2)
3.2.1. Jorge Gonçalves Pereira;
(2)
3.2.2. Jean Gonçalves Pereira;
(2)
3.2.3. Antônio Pereira da Silva Júnior;
(2)
3.2.4. Geovani Gonçalves Pereira.
(2)
3.3.João Pereira da Silva casado com Lucimar Pereira
da Silva:
(2)
3.3.1. Sônia Maria Ferreira da Cruz;
(2)
3.3.2. Selma Maria Pereira da Cruz;
(2)
3.3.3. José Pereira da Silva (Zé Novo);
(2)
3.3.4. Antônia Silvania Pereira da Cruz (Lulu).
(2)
3.4.Maria Helena Silva Alencar casada com Raimundo
Rodrigues de Alencar (Major):
(2)
3.4.1. Marineide da Silva Alencar;
(2)
3.4.2. Marinalva da Silva Alencar;
(2)
3.4.3. Maura da Silva Alencar.
(2)
3.5. Francisca Leite da Silva (Cimar) viúva de
Francisco Gonçalves de Lima (Chiquinho).
(2)
3.6. Maria do Rosário Silva. Família descrita no item
(2)
1.6 deste capítulo;
(2)
3.7. Maria do Rosário e silva Cunha casada com
Decival Rodrigues da Cunha:
(2)
3.7.1. Delciane Silva Cunha;
54 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(2)
3.7.2. Delcilene Rodrigues da Cunha Muniz.
(2)
3.8. Maria do Espirito Santo casada com Antônio
Gonçalves de Lima Filho:
(2)
3.8.1. Roniel Gonçalves Lima;
(2)
3.8.2. Francisco Nataniel Gonçalves.
(2)
3.9. Celisane Leite da Silva.
(2)
4. AREOLINO PEREIRA DA SILVA (Neném do Quinô) casou
com Luzia Nunes da Silva (Loza):
(2)
João Pereira Nunes da Silva casado com Maria da
4.1.
Conceição Nunes (Preta):
(2)
4.1.1. Maria Odete Pereira Nunes;
(2)
4.1.2. Maria Antônia Pereira Nunes;
(2)
4.1.3. Maria Eliete Pereira Nunes.
(2)
Raimundo Pereira Nunes da Silva casado com
4.2.
Creuza Padilha da Silva:
(2)
4.2.1. Adailton Pereira Nunes da Silva;
(2)
4.2.2. Jhonatan Pereira Nunes da Silva;
(2)
4.2.3. Samuel Pereira Nunes da Silva.
(2)
4.3. Maria de Jesus Nunes da Silva casada com Francisco
Pontes de Sousa:
(2)
4.3.1. João Marcos Nunes Sousa;
(2)
4.3.2. Francisco Aparecido Nunes Sousa.
(2)
Teresinha de Jesus Nunes da Silva Sousa casada
4.4.
com Francisco Nazareno Nunes de Sousa:
(2)
4.4.1. Cezareno Nunes de Sousa (Duca);
(2)
4.4.2. Cezanilton Nunes de Sousa (Tipó);
Histórias de Família 55
Manelito Sousa

(2)
4.4.3. Elivelton Nunes de Sousa (Mano);
(2)
4.5. Francisca Nunes da Silva casada com Junior da Silva
Mendes:
(2)
4.5.1. Ione Vitoria da Silva Mendes;
(2)
4.5.2. Wanderson Junior da Silva Mendes;
(2)
4.5.3. Divino Vitor da Silva Mendes;
(2)
4.5.4. Francisco Dejane da Silva Mendes;
(2)
4.5.5. Iara da Silva Mendes.
(2)
5. SEBASTIÃO PEREIRA DA SILVA (Bastinha) casou com
Raimunda Gonçalves Lima:
(2)
Maria Pereira de Sousa (Santa Cruz). Família
5.1.
descrita no item (10)10 deste capítulo;
(2)
5.2. Maristela Pereira da Silva
(2)
5.3. Maria do Socorro Pereira da Silva;
(2)
5.4. Francisco Pereira da Silva;
(2)
5.5. Luzia Pereira da Silva (Lulu);
(2)
5.6. Zelina Pereira da Silva;
(2)
5.7. Cassiano Pereira da Silva.
(2)
6. ELVIRA RODRIGUES DE SOUSA casou com Francisco
Gonçalves Alencar (Turiba):
(2)
Raimunda Rodrigues de Alencar (Tantina) casada
6.1.
com Francisco Ferreira:
(2)
6.1.1. Sandra Maria Ferreira;
(2)
6.1.1. José Cláudio Rodrigues Ferreira;
(2)
6.1.3. Patrícia Rodrigues Ferreira;
(2)
6.1.1. Cristina Rodrigues Ferreira.
56 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

Tantina teve um filho do primeiro casamento:


(2)
6.1.1. Genival Rodrigues Nunes de Carvalho.
(2)
6.2. Maria Rodrigues de Alencar (Lica)
(2)
6.2.1. Pedro Alves de Alencar;
(2)
6.3. Raimundo Rodrigues de Alencar (Major). Família
descrita no item (2)3.4 deste capítulo;
(2)
6.4. Joana Rodrigues de Alencar (Ginu);
(2)
6.5. João Rodrigues de Alencar casado com Maria do
Rosário da Conceição:
(2)
6.5.1. Auricélia Rodrigues de Alencar;
(2)
6.5.2. Francisco Nestor Rodrigues de Alencar.
(2)
7. MARIANA RODRIGUES DE SOUSA (Santa) casou com
Caetano Gonçalves Lima:
(2)
7.1.Enoque de Sousa Lima casado com a Geni de
Araújo Cunha:
(2)
7.1.1. Tarso de Araújo Lima;
(2)
7.1.2. Elói de Araújo Lima.
(2)
7.2. Maria de Sousa Lima casada com Francisco:
(2)
7.2.1. Naldo;
(2)
7.2.2. Luzenir;
(2)
7.2.3. Ivan.
(2)
7.3. Antônia de Sousa Lima casada com Antenor
Martim da Silva:
(2)
7.3.1. Cícera Lima da Silva;
(2)
7.3.2. Edna Lima da Silva.
Histórias de Família 57
Manelito Sousa

(2)
7.4.Maria da Conceição Lima (Ceiça) casada com
Antônio Francisco de Araújo:
(2)
7.4.1. Ceilane Lima Araújo;
(2)
7.4.2. Silmara Lima Araújo;
(2)
7.4.3. Caetano Gonçalves Lima Neto.
(2)
7.5.Maria de Nazaré Lima casada com Jesuíno de
Araújo Cunha:
(2)
7.5.1. Sansão Lima Cunha;
(2)
7.5.2. Maria Nayane Lima Silva;
(2)
7.5.3. Cícera Nayara Lima Silva.
(2)
7.6.Maria Soledade Lima (Sulí) Carlos André Elias
Bezerra:
(2)
7.6.1. Caetano Daniel Lima Bezerra;
(2)
7.6.2. Mariana Sheila Lima Bezerra.
(2)
7.7. Miguel de Sousa Lima viúvo Maria do Carmo
Nunes de Araújo:
(2)
7.7.1. Solimar Nunes Lima;
(2)
7.7.2. Tania Nunes Lima;
(2)
7.7.3. Marisa Poliana Nunes Lima;
(2)
7.7.4. Ivan Nunes Lima;
(2)
7.7.5. Mauro Nunes Lima;
Miguel ficou viúvo e casou com Michelle de Jesus:
(2)
7.7.6. Bianca Ravena de Jesus Lima;
(2)
7.7.7. Mateus Gabriel de Jesus Lima.
(2)
7.8. Francisco de Sousa Lima (Pelego) casado Arlene
Vieira de Carvalho:
58 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(2)
7.8.1. Francisco José Vieira de Sousa;
(2)
7.8.2. Cleonice Vieira de Sousa;
(2)
7.8.3. Eunice Vieira de Sousa;
(2)
7.8.4. Santana Leonice Vieira de Sousa;
(2)
7.8.5. Edilene Vieira de Sousa.
(2)
8. MARIA RODRIGUES DE SOUSA casou com Luis José
Nunes (Luis Rosa):
(2)
8.1. Anatália de Sousa Nunes;
(2)
8.2. Francisco de Sousa Nunes.
(2)
9. ANTÔNIA RODRIGUES DE ARAÚJO (Cocó) teve dois
filhos de relacionamentos antes de casar:
(2)
9.1. Manoel Rodrigues de Sousa;
(2)
9.2. Raimundo Rodrigues de Sousa.
Casou com Francisco Alves de Araújo (Chico do Chimba):
(2)
9.3. Antônio Francisco de Araújo. Família descrita no
(2)
item 7 deste capítulo.
(2)
9.4. Francisca Rodrigues e Araújo (Loura)
(2)
9.5. Francisca Maria Rodrigues de Araújo (Nina).

(3)
JOAQUIM RODRIGUES DE SOUSA casou com Honorinda
Raimunda de Sousa. Família descrita no capítulo 4.

(4)
JOSÉ RODRIGUES DE SOUSA (Zé Levino) (1904-1981)
casou com ISABEL MARIA DE SOUSA:
(4)
1. Raimundo José de Sousa (Raimundo Brabo) casou com
Francisca Soares de Sousa:
Histórias de Família 59
Manelito Sousa

(4)
José Maria Raimundo de Sousa. Família descrita
1.1.
no capítulo 9.
(4)
1.2. Antônio Soares de Sousa;
(4)
1.3. Raimunda Soares dos Santos;
(4)
1.4. Júlia Soares de Sousa;
(4)
1.5. Maria Soares de Sousa (Orosa).
Zé Levino ficou viúvo e casou com Silvia Maria de Oliveira:
(4)
2. Maria Lavínia de Oliveira casou com Ursulino Rodrigues
de Oliveira.
(4)
2.1.Luiza Maria de Oliveira casou com Galdino
Marcelo de Sousa:
(4)
2.1.1. Solange de Sousa Oliveira;
(4)
2.1.2. Marciano de Sousa Oliveira;
(4)
2.1.3. Marcia de Sousa Oliveira;
(4)
2.1.4. Marcelo de Sousa Oliveira;
(4)
2.1.5. Antônia de Sousa Oliveira.
(4)
2.3.Francisco Rodrigues de Oliveira casou com
Solange Maria de Oliveira:
(4)
2.3.1. Marcelo Rodrigues de Oliveira;
(4)
2.3.2. Vitor Rodrigues de Oliveira.
(4)
2.4. Teresinha Maria de Oliveira:
(4)
2.4.1. Eduace Maria de Oliveira;
(4)
2.4.2. Eduarda Maria de Oliveira;
(4)
2.4.3. Eduane Maria de Oliveira.
(4)
2.5. Helena Maria de Oliveira casou com Francisco
Lemos de Oliveira:
60 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(4)
2.5.1. Iara Lemos de Oliveira;
(4)
2.5.2. Iasmin Lemos de Oliveira.
(4)
3. Raimundo Nonato de Sousa (Raimundo Levino).
Família descrita no item (8)3. Deste capítulo.

(5)
ANTÔNIA RODRIGUES DE SOUSA (Tônha) casou com
Raimundo Nonato de Sousa. Família descrita no capítulo 4.

(6)
JOÃO RODRIGUES DE SOUSA (João Levino) (23/1/1908-
1991) casou com MARIA JOSÉ DE SOUSA (Neném)
(20/1/1913-1998):
(6)
1. Francisca Rodrigues de Sousa Nunes casou com
Joaquim da Silveira Nunes (Jaca Nunes):
(6)
1.1. Maria de Sousa Nunes Santos (Dona) casou com
Josias Pereira dos Santos;
(6)
1.2. Antônio Xavier de Sousa Nunes;
(6)
1.3.Maria Lúcia de Sousa Nunes (Preta) casada com
João Pereira Nunes da Silva. Família descrita no item (1);
(6)
Valdivino de Sousa Nunes casado com Maria das
1.4.
Graças Sousa Nunes;
(6)
1.5.Otavio de Sousa Nunes casado com Francisca
Marlene Ferreira dos Santos;
(6)
1.6. Maria da Conceição de Sousa Nunes.
(6)
2. Maria Rodrigues de Sousa casou com João José de
Sousa;
(6)
3. Maria do Rosário Sousa (Lica) casou com João
Silvestre da Costa Neto (João do Doce):
(6)
3.1. Francisco de Sousa Costa;
Histórias de Família 61
Manelito Sousa

(6)
3.2. Manoel de Sousa Costa;
(6)
3.3. Antônio de Sousa Costa;
(6)
3.4. Moacir de Sousa Costa;
(6)
3.5. Vanadir de Sousa Costa;
(6)
3.6. José Expedito de Sousa Costa.
(6)
4. Teresa Rodrigues de Sousa casou com Raimundo José
de Sousa;
(6)
5. Maria das Mercês Sousa casou com Francisco Pereira
da Silva (Francisquinho):
(6)
5.1. Maria da Cruz da Silva.
(6)
6. Miguel Rodrigues de Sousa (Santo) casou com Maria
Alves de Sousa:
(6)
6.1. Celma Maria Alves Rodrigues;
(6)
6.2. Francisco Alves Rodrigues;
(6)
6.3. Francisco Valdir Alves Rodrigues.
(6)
7. Ângelo Rodrigues de Sousa (Grosso) casou com Maria
da Conceição Cunha Sousa:
(6)
7.1. Edvar Rodrigues de Sousa;
(6)
7.2. Valnice Rodrigues de Sousa;
(6)
7.3. Cícera Rodrigues de Sousa.
(6)
8. Antônio Rodrigues de Sousa casou com Maria José
Santos Sousa:
(6)
8.1. Francisco das Chagas Sousa;
(6)
8.2. João Rodrigues de Sousa;
(6)
8.3. Lourival Rodrigues de Sousa;
(6)
8.4. Antônio Rodrigues de Sousa Filho.
62 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(7)
MARIANA RAIMUNDA DE SOUSA (Nâna) casou com Enéas
Pereira de Sousa (Né do Junco). Família descrita no capítulo 6.

(8)
VICÊNCIA RODRIGUES DE SOUSA (1913-1973) casou com
PEDRO MARQUES DE SOUSA:
(8)
1.Mariana Rodrigues de Sousa casou com Joaquim
Raimundo de Sousa (Joaquim Brabo):
(8)
1.1. Pedro Evaristo Raimundo de Sousa.
(8)
2. Joaquina Rodrigues de Sousa casou com Miguel
Raimundo de Sousa (Miguel Brabo):
(8)
2.1. Maria Amélia de Sousa;
(8)
2.2. Vitalina Rodrigues de Sousa;
(8)
2.3. Rosa Rodrigues de Sousa.
(8)
3. Maria Rodrigues de Sousa (Neném) casou com
Raimundo José de Sousa (Raimundo Maroca):
(8)
3.1. Maria Rodrigues de Sousa;
(8)
3.2. Francisca Rodrigues de Sousa.
Neném teve mais dois filhos do relacionamento com
Raimundo Nonato de Sousa:
(8)
3.3. Pedro Nonato de Sousa;
(8)
3.4. José Francisco de Sousa.
(8)
4. Bento Marques de Sousa mudou para São Paulo por
volta de 1950 e nunca mais se teve notícias do seu
paradeiro.
(8)
5. João José de Sousa casou com Maria Rodrigues de
Sousa:
(8)
5.1. Maria Marcia de Sousa.
Histórias de Família 63
Manelito Sousa

(8)
6. Apolônio Marques de Sousa casou com Maria da
Conceição Sousa. Família descrita no item (10) deste capítulo;
(8)
7. Raimundo Marques de Sousa casou com Teresa
Rodrigues de Sousa:
(8)
7.1. Maria da Paz de Sousa;
(8)
7.2. Maria Lúcia de Sousa;
(8)
7.3. José Nilton de Sousa;
(8)
7.4. Raimundo Marques de Sousa.
(8)
8. Norberto Nonato de Sousa casou com Maria José de
Sousa:
(8)
8.1. Francisco das Chagas Sousa;
(8)
8.2. Dorgival José de Sousa;
(8)
8.3. Paulo Sergio de Sousa;
(8)
8.4. Luis Gonzaga de Sousa;
(8)
8.5. Sandra Maria Carla de Sousa.

(9)
LUÍS RODRIGUES DE SOUSA (1915-1991) casou MARIA
JESUÍNA DE SOUSA e não tiveram filhos.
Ficou viúvo e casou com MARIA NUNES DE SOUSA (1915-
1985):
(9)
1. Francisco Rodrigues de Sousa casou com Maria Duo
Sousa. Família descrita no capítulo 4;
(9)
2. Helena Nunes de Araújo;
(9)
3. Maria das Mercês Sousa;
(9)
4. João Rodrigues de Sousa;
(9)
5. Maria Isabel Nunes Santos;
64 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(9)
6. Levino Rodrigues de Sousa;
(9)
7. Sebastião Rodrigues de Sousa;
(9)
8. Maria Benedita Nunes Dantas;
(9)
9. Maria da Paz Nunes Dias;
(9)
10. Francisco de Assis Rodrigues de Sousa (De Assis).

(10)
MIGUEL RODRIGUES DE SOUSA (1917-2000) casou com
Carmina de Araújo Costa (1917-1997).
Miguel Levino, o filho caçula de Levino e Tônha, além de
trabalhador rural dedicava-se ao comércio ambulante em
feiras, nas cidades de Oeiras-PI, Várzea Grande-PI e Novo
Oriente-PI. Vendia redes, azeite de coco e outros produtos. Nos
forrós da zona rural de Várzea Grande, lá estava Miguel Levino
em sua banca vendendo pinga, conhaque de alcatrão e outros
aperitivos para animar a rapaziada. Com a lida na roça e essas
atividades extras conseguiu criar uma família de nove filhos e
ainda acumular recursos financeiros, sendo que o primeiro
carro adquirido por moradores do Junco pertenceu a Miguel
Levino.
O General Antônio Santo, filho de Né do Por Enquanto,
primo da minha mãe, me contou que ainda adolescente,
viajava sempre do povoado “Por Enquanto” à Oeiras para
prosseguir nos estudos. Era o velho Miguel que o levava,
contribuindo em muito para a sua persistência nos estudos,
numa época em que os incentivos eram quase nulos. Antônio
Santo estudou, serviu o exército, formou-se em medicina e se
tornou General Médico do exército brasileiro. Ele me dizia que
a contribuição de Miguel Levino foi muito importante para o seu
sucesso.
Uma das filhas de Miguel Levino, a Conceição, casou-se
com seu primo Apolônio, filho de Vicência e viviam em conflito.
Histórias de Família 65
Manelito Sousa

Uma fatalidade ocorrida entre Miguel Levino e o genro privou-o


de suas atividades por um longo período de tempo, fazendo-o
perder além de dinheiro, a clientela nas atividades extras que
desenvolvia. No trágico episódio tio Miguel, tentando apaziguar
o desacordo entre genro e filha envolveu-se em uma briga com
o genro que foi ferido e veio a falecer, causando grande
transtorno para todos os envolvidos, especialmente em função
da forte ligação familiar, já que eram tio e sobrinho. Meu pai
Genésio do Junco, que era sobrinho de Miguel Levino e de
Vicência, mãe de Apolônio teve que tomar partido para evitar a
prisão do tio. Constituiu advogado para defendê-lo e tio Miguel
foi absolvido do crime, mais a ação de meu pai aborreceu seus
primos, irmãos de Apolônio. Meu pai dizia que não tinha outra
coisa a fazer no caso. Pois se não ajudasse Miguel Levino, seria
pior para toda a família, já que era o velho Miguel quem
haveria de cuidar de sua própria família e da família da filha
viúva. Esse episódio afetou muito a vida de Miguel Levino, que
passou a ser um homem recluso e não recuperou a situação
financeira, muito promissora à época do incidente.
Segue a descendência de Miguel Levino e Carmina:
(10)
1. Elisa Rodrigues de Sousa casou com Joaquim Moreira da
Silva:
(10)
1.1. Francisco Moreira da Silva;
(10)
1.2. Balduino Moreira da Silva;
(10)
1.3. José Moreira da Silva;
(10)
1.4. Joaquim Moreira da Silva Filho;
(10)
1.5. Marcelo Moreira da Silva;
(10)
1.6. Maria Moreira da Silva;
(10)
1.7. Luzimar Moreira da Silva.
66 Capítulo 5 – Linhagem Paterna: Levino José de Sousa e Antônia Rodrigues da
Silva.

(10)
2. Maria Rodrigues de Sousa (Maria) casada com Luis Araújo
dos Santos (Luis do Né). Família descrita no capítulo 7;
(10)
3. José Rodrigues de Sousa casou com Rosimeire Ribeiro:
(10)
3.1. Márcio Rodrigues de Sousa;
(10)
3.2. Estela Rodrigues de Sousa;
(10)
3.3. Miguel de Jesus Rodrigues de Sousa.
(10)
4. Maria Rodrigues de Sousa (Neném) casou com Joaquim
Guedes de Sousa:
(10)
4.1. Raimundo Nonato de Sousa Guedes;
(10)
4.2. José Neto de Sousa Guedes (falecido);
(10)
4.3. Francisco Guedes de Sousa (falecido);
(10)
4.4. Geraldo Guedes de Sousa;
(10)
4.5. Maria Iomara Guedes de Sousa;
(10)
4.6. Antônio Francisco Guedes de Sousa;
(10)
4.7. Marcirene Guedes de Sousa (falecida);
(10)
4.8. Manoel Guedes de Sousa;
(10)
4.9. João Guedes de Sousa.
(10)
4.10. Cicero Guedes de Sousa.
(10)
5. Maria da Conceição Sousa casou com Apolônio Marques
de Sousa:
(10)
5.1. Augustinho Marques de Sousa;
(10)
5.2. Maria Cândida de Sousa;
(10)
5.3. Juarez Marques de Sousa.
Conceição ficou viúva e casou com João José Ferreira
(João Rosa):
(10)
5.4. Joaquim José Ferreira;
Histórias de Família 67
Manelito Sousa

(10)
5.5. Antônio José Ferreira;
(10)
5.6. Francisco José Ferreira.
(10)
6. Maria José Rodrigues de Sousa (Moça) casada com
Francisco José de Sousa (Chico do Zeca):
(10)
6.1. Antônio Santos Sousa;
(10)
6.2. Gilza Rodrigues de Sousa;
(10)
6.3. Iran Rodrigue de Sousa;
(10)
6.4. Ivan Rodrigues de Sousa;
(10)
6.5. Gilvan Rodrigues de Sousa;
(10)
6.6. Gilzélia Rodrigues de Sousa.
(10)
7. Francisca Rodrigues da Silva casou com Juscelino Moreira
da Silva:
(10)
7.1. Celso Moreira da Silva;
(10)
7.2.Marcia Moreira da Silva (falecida) casou com
Sidney Pereira Galhard:
(10)
7.2.1. Bruno Moreira Galhard.
(10)
8. Antônio Rodrigues de Sousa casado com Maria Pereira de
Sousa (Santa Cruz):
(10)
8.1. Maria do Rosário Sousa (Rosarinho);
(10)
8.2. Maria Célia de Sousa;
(10)
8.3. Francisca Maria de Sousa (Elisangela);
(10)
8.4. Francisco Cristiano de Sousa;
(10)
8.5. Antônio Rodrigues de Sousa Filho;
(10)
8.6. Francisco Jailson de Sousa.
(10)
9. João Rodrigues de Sousa não constituiu família.
68 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas


Pereira de Sousa (Né do Junco) e Mariana
Raimunda de Sousa (Nâna).

Né do Junco, como ficou conhecido meu avô paterno, era


um homem de extrema inteligência e se destacou pela
versatilidade e visão do futuro. Sua casa na localidade Junco
sempre serviu de ponto de apoio para viajantes e amigos
vindos da região valenciana, principalmente dos povoados de
Coroatá e Papagaio. As pessoas dessas localidades iam
constantemente a Oeiras, cidade mais desenvolvida daquela
região do Piauí. Com isso, Né do Junco fez muitos amigos aos
quais franqueava, além de uma boa prosa, comida e descanso
para os viajantes e seus animais, facilitando o percurso da
outra metade da jornada. As viagens eram feitas a cavalo,
tangendo cargas, o que tornava impossível de ser percorrido
sem descanso.
Né do Junco não era um homem de muitas posses, mas
sua casa era farta, sendo que dificilmente um vizinho lhe pedia
algo emprestado para ele não ter de sua própria lavra, pois era
quase autossuficiente. Possuía duas glebas de terras,
adquiridas por ocasião da demarcação, uma delas (Bom
Sucesso) com 100 hectares, mais apropriada ao cultivo, e a
outra com 54 hectares, na localidade Junco, com pouca
cobertura vegetal, mas muito rica em gramíneas no período
das chuvas, destinada à criação e também local de sua
residência.
Na primeira gleba cultivava os víveres de que
necessitava para sobrevivência, tais como: arroz, mandioca,
fava, milho, feijão e algodão, além de frutas e legumes na
época das chuvas, como abóbora, jerimum, inhame e
melancia. Na outra, criava caprinos, porcos, galinhas e poucas
Histórias de Família 69
Manelito Sousa

cabeças de gado. Apesar de ser comum na região cada família


ter uma semente de gado bovino, meu avô mantinha apenas
poucas rezes para algum desafogo e costumava “amansar” os
bezerros no curral do seu irmão Mundico, que possuía um
rebanho com maior numero de animais.
Produzia pólvora com uma espécie de argila existente na
região e soda cáustica. A soda (chamada de Diquada) era
produzida com cinza de troncos de tingui queimados e
apurados com água. No quintal da casa plantava canteiros de
cebola, cebolinha e coentro. Cultivava ainda, café, alho, fumo e
quase tudo que era consumido pela família. Da feira, trazia
poucas coisas, como alguns tipos de condimentos e a rapadura
para adoçar o café.
O sal, produto caro e raro naquela época, era comprado
em São Gonçalo do Amarante, às margens do Rio Parnaíba,
trazido por barcas da cidade de Parnaíba no litoral piauiense.
Meu avô e seus vizinhos compravam o sal na cidade de
Amarante e traziam em comboio de jumentos, sempre em
maiores quantidades, em função das dificuldades da viagem e
do cuidado que o produto exigia. Essas empreitadas eram
muito cansativas em função da distância (cerca de 10 léguas) e
chegavam a durar até seis dias de viagem entre ida e volta.
Meu pai costumava contar essa aventura que viveu por várias
vezes na juventude.
Meu avô foi alfabetizado pelo Mestre Vicente Baliza, na
casa do seu tio Oséias Pereira de Sousa, no povoado
Buritizinho. Teve poucos dias de aula, mas autodidata,
aprendeu muito com os livros e folhetos adquiridos nas feiras
da região, principalmente na cidade de Oeiras. Escrevia poesias
e transcrevia para amigos romances de literatura de cordel,
exercitando sua bela caligrafia. Transcrevia também “orações e
benditos”, para uso nas novenas, porque na época, os livros
eram demasiadamente caros e o povo da região muito pobre.
70 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

Trecho do verso “Valentão do Mundo”, cordel transcrito por Né do Junco.

Foi responsável por alfabetizar a maioria dos seus


contemporâneos que viviam nos povoados vizinhos, atividade
desenvolvida com muito apego e dedicação. Todos os anos, no
período entre o final das limpas e o início das colheitas,
montava uma escola em sua casa, com o intuito de alfabetizar
Histórias de Família 71
Manelito Sousa

e ensinar a tabuada aos jovens das redondezas. Recebia alunos


de vários povoados: São João de Sene, Barrigas, Canto do
Ferreiro, Lajeiro, Curaçá, Zé Leão, Coco Velho, Malhada de
Baixo entre outros. Os pais mais abastados retribuíam o ensino
a seus filhos com presentes, na forma de ferramentas para o
trabalho na lavoura, utensílios para o lar e até em dinheiro. Os
menos abastados nada pagavam, porém seus filhos recebiam o
mesmo tratamento, inclusive os castigos quando necessário,
para acelerar o aprendizado ou para correção de algum desvio
de conduta, normal para os adolescentes de qualquer época.
A palmatória era instrumento largamente utilizado pelos
“mestres” daquela época para, digamos, incentivar o
aprendizado. Os castigos com palmatórias e outros
instrumentos eram comuns nas escolas daquele tempo, mas
meu avô não era adepto ao uso da violência e deixava a
palmatória à vista, somente para lembrar aos alunos que ela
estava disponível. Segue foto da Palmatória da escola de Né do
Junco:

A maioria das pessoas daquela região, nascidas entre as


décadas de 1920 e 1950, passou pela escola do Né do Junco
para ser alfabetizada. A escola do Mestre Né tinha um lema,
que se chamava traslado, não sei se criado por ele ou copiado
de um mestre mais antigo, que dizia o seguinte:
72 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

“Deus aborrece a mentira, meninos, amai a verdade, o homem que


mente não tem dignidade e o homem sem dignidade é um miserável”.

O meu avô era católico praticante e sabia a maioria das


orações ensinadas pela igreja católica, inclusive alguns
benditos em latim. Segue Novena de São Sebastião transcrita
por Né do Junco:
Histórias de Família 73
Manelito Sousa

Todos os anos realizava uma novena em sua casa, em


homenagem a São Sebastião, que se tornou tradição. Na
última noite tinha uma confraternização com comidas típicas,
feitas geralmente pela minha avó Nâna, que segundo contam
era uma exímia cozinheira. Claro que as vizinhas traziam
guloseimas e quitutes para compartilhar com os presentes. Os
mais velhos relatavam que muitos casamentos daquela região
aconteceram em decorrência dos namoros que começavam na
escola ou na novena do Né do Junco.
Era chamado de “Padim” pela maioria de seus netos,
que geralmente imitavam um irmão mais velho. Aos domingos,
o velho avô costumava reunir no alpendre de sua casa, os
netos de menor idade, para contar “causos” e “estórias de
Trancoso”. Muitas vezes, lia versos em cordel que todos
escutavam com muita atenção.
Né do Junco era muito respeitado pelas pessoas da
vizinhança, posicionando-se sempre com justiça quando ocorria
alguma divergência entre pessoas do seu convívio. Era
conselheiro da família e dos vizinhos e nunca deixava de dar
um parecer ou uma orientação, quando solicitado. Quatro dos
cinco filhos, depois de casados, construíram suas casas na sua
propriedade no Junco, apesar dos sogros terem propriedades
melhores e mais posses do que meu avô. As casas dos filhos
foram todas construídas ao redor de sua própria casa,
demonstrando o forte elo que existia em sua família. A única
exceção foi o seu filho Salomão, que se mudou para Teresina
ainda solteiro, onde vivia do comércio. Mesmo morando em
Teresina e tendo uma atividade que muito o ocupava, Salomão
visitava o pai até duas vezes por ano. Era comum trazer-lhe
presentes, geralmente novidades chegadas à capital. Uma vez
ele trouxe um isqueiro e foi assim que o velho Né aposentou o
“papa fogo”, duas pedrinhas que usava na capanga e
friccionava para acender os cigarros quando estava na lida.
74 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

Né do Junco foi o único avô que conheci e guardo na


memória algumas situações ocorridas com meu avô que
merecem destaque. Numa certa manhã meu pai estava no
curral tentando domar uma vaca de primeira cria, que não
tinha costume de ser arreada para o desleite. A vaca por duas
ou três vezes derramou a vasilha na qual o meu pai a
desleitava e ele começou a gritar com o animal e a castigá-lo.
Meu avô ouviu o barulho e veio de sua casa que ficava próxima
a nossa. Chegando à porteira, falou com meu pai e mandou-o
retirar-se do curral. Meu pai pediu-lhe a benção e ponderou
que ainda não havia concluído a tarefa, mas meu avô com a
voz mais enérgica mandou-o se retirar, o que meu pai atendeu
prontamente. Meu avô entrou no curral e depois de mais de
uma hora conseguiu a confiança do animal e tirou o pouco de
leite que ainda restava. Entregou-o a meu pai e deu-lhe uma
bela lição de moral, dizendo: Quando cheguei ao curral havia lá
um bicho bruto, que era você e um animal amedrontado com
suas atitudes. No trato com os animais, se não ganharmos a
confiança a coisa não funciona. “Quanto mais você gritava,
mais medo ela tinha da sua presença”. Meu avô voltou para
sua casa, depois de tomar um cafezinho oferecido pela minha
mãe e meu pai não deu se quer uma palavra sobre o fato.
Em outra oportunidade, quando meu irmão mais velho, o
Erinha, tinha uns 10 anos de idade, nosso avô presenteou-o
com uma faca, que havia comprado na feira e cuja bainha ele
mesmo havia fabricado. Era comum naquela época e no
campo, os homens portarem uma arma branca na cintura. Meu
irmão ficou muito contente com o presente, porém quando
chegou a nossa casa portando a arma, nosso pai repreendeu-o,
tomou a arma e guardou-a, dizendo que ele ainda era muito
novo para usá-la. Dias depois ao ver meu irmão sem a
ferramenta, nosso avô quis saber por que ele não estava
usando a faca. Ao saber do ocorrido, foi até nossa casa pediu a
faca e entregou-a a meu irmão. Disse então a meu pai que
Histórias de Família 75
Manelito Sousa

havia dado a faca ao neto porque já era tempo. Na idade que


ele está hoje você já andava com a que eu havia te dado. Meu
pai jamais questionou meu avô, ficou calado e a partir desse
dia meu irmão usou normalmente o presente.
Sua primeira esposa Nâna morreu prematuramente em
21/3/1952, antes de completar 51 anos de idade. Seis meses
após a morte da primeira esposa, o Velho Né casou-se com
Maria Gomes Vieira, conhecida como “Cota”, que era prima da
minha avó materna. Viveu com tia Cota até o fim de seus dias
e com ela teve um único filho que faleceu ainda criança, aos
três anos de idade.
Né do Junco nasceu em 1895, ainda no século XIX, e
faleceu em 1973. Viveu 78 anos, uma vida longeva, dada à
expectativa de vida do sertanejo daquela época. Foi um
homem sábio, inteligente e dedicado à família. Em resumo,
meu avô tinha visão e habilidades acima da média de seu
tempo e fazia de tudo um pouco. Foi lavrador, carpinteiro,
marceneiro, pedreiro, vaqueiro, oficial (fazia produtos em
couro: selas, perneira, gibão, chapéu de couro e outros),
alfaiate, barbeiro e aplicador de injeção, já que naquele tempo
não havia médicos e enfermeiros na localidade. Entre tantas
atividades ainda arranjava tempo para tocar nas festas da
região com sua sanfona, uma “concertina de oito baixos”.
Deixou muitos ensinamentos que perduram em nossas mentes
até hoje.
Segue a descendência de Né do Junco e Nâna:

 ENÉAS PEREIRA DE SOUSA (Né do Junco) (8/1/1895-


29/6/1973) casou com MARIANA RAIMUNDA DE SOUSA
(Nâna) (15/9/1901-21/3/1952):
76 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(1)
MARIA RODRIGUES DAS MERCÊS;
(2)
GENÉSIO PEREIRA DE SOUSA;
(3)
ELISA RODRIGUES DOS SANTOS;
(4)
SALOMÃO PEREIRA DE SOUSA;
(5)
ALDENORA RODRIGUES DE SOUSA.

(1)
MARIA RODRIGUES DAS MERCÊS (24/9/1921-4/5/2003)
casou com FRANCISCO ANTÔNIO DOS SANTOS (Diquim)
(30/5/1917 - 29/10/1972).
Diquim e Mercês formaram a maior família entre os
filhos de Né do Junco e de Antônio da Madibaixo. Tiveram
dezessete filhos, sendo que 14 constituíram famílias, algumas
delas também numerosas. Diquim, como o seu pai Antônio da
Madibaixo, morreu novo deixando a viúva com a maioria dos
Histórias de Família 77
Manelito Sousa

filhos ainda pequenos. Além da coincidência de ter falecido com


a mesma idade do pai (55 anos), também coube ao filho Luís,
com pouco mais de 20 anos, tomar conta da numerosa família,
ajudando a mãe na difícil tarefa de acabar de criar os irmãos.
Diquim morreu em 1972 e, apesar das dificuldades
vividas pela família, todos se sobressaíram com dignidade. Em
busca de vidas melhores, a maior parte da família mora
distante da terra natal. Na grande São Paulo, vive a maioria
dos filhos da Santa, a Zefa com o filho, as famílias completas
do Manoel, da Mercezinha e do Netinho. As famílias do Luis e
da Dona mudaram-se para o estado do Pará, onde se
radicaram. Os demais filhos ficaram no Piauí.
Minha tia Mercê faleceu aos 83 anos, assassinada dentro
de sua própria casa, por um bandido drogado, que foi preso e
cumpriu pena por três anos. Seu advogado, um dos mais
respeitados criminalistas do Piauí, conseguiu relaxamento da
prisão e o criminoso aguardou o julgamento em liberdade. Meu
irmão Genésio Junior participou do tribunal do júri, como
advogado de acusação, cuja pena imputada ao réu foi a pena
máxima. Infelizmente o bandido recorria em liberdade, evadiu-
se sem cumprir a maior parte da pena e encontra-se foragido
da justiça.
Segue a descendência de Diquim e Mercês:
(1)
1. MARIA DE SOUSA SANTOS (Santa) (1940-1986) casou
com Manoel Ferreira da Silva (1934):
(1)
1.1. Rosa dos Santos Ferreira:
(1)
1.1.1. Rosemary Ferreira dos Santos;
(1)
1.1.2. Rosilene Ferreira dos Santos:
 Karol Maria Ferreira;
 Karla Virginia;
 Kauane Dominique.
78 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(1)
1.2.Maria dos Santos Ferreira Soares (Mariá) viúva de
José Dias Soares:
(1)
1.2.1. Lydiane Ferreira Soares;
(1)
1.2.2. Luciana Ferreira Soares:
 Kalebe.
(1)
1.2.3. Leiliane Ferreira Soares:
(1)
1.2.4. Ludson Ferreira Soares;
(1)
1.2.5. Luana Ferreira Soares:
 Davi.
(1)
1.3. Francisco dos Santos Ferreira (1961-2016).
(1)
Firmino Ferreira dos Santos casado com Lenice Apda
1.4.
Marques Santos:
(1)
1.4.1. Bruno Marques Santos;
(1)
1.4.2. Igor Marques Santos;
(1)
1.4.3. Filipe Marques Santos.
(1)
1.5. Maria do Socorro Santos Lopes casada com Marcos
da Silva Lopes:
(1)
1.5.1. Thauana Lopes Santos;
(1)
1.5.2. Tiago Santos Lopes.
(1)
1.6. Francisca Ferreira dos Santos:
(1)
1.6.1. Everton Paulo Santos Sousa (falecido);
(1)
1.6.2. Erick Paulo Santos Sousa.
(1)
1.7.Manoel Ferreira da Silva Filho (Ferreira) casado com
Fábia Rania Ferreira da Silva:
(1)
1.7.1. Matheus Ferreira da Silva;
(1)
1.7.2. Lucas Gabriel Ferreira da Silva.
Histórias de Família 79
Manelito Sousa

(1)
1.8.Luiza Maria dos Santos Ferreira casada com Willian
Alves Lopes e não tem filhos.
(1)
Ana Maria Santos Sousa casada com Edson Pereira de
1.9.
Sousa:
(1)
1.9.1. Elys Aylane Santos Sousa casada com Geyson
Marciolino de Sousa:
 Pedro Miguel Marciolino de Sousa;
 Juliana Santos Sousa;
 Paulo Gabriel Santos Sousa.
(1)
1.9.2.Leonardo Santos Sousa casado com Isabelle
Cristina Pereira Ferreira.
(1)
1.10. Ana Maura dos Santos casada com Evanildo Pereira
Silva:
(1)
1.10.1. Analú Santos Silva;
(1)
1.10.2. Arthur Santos Silva.
(1)
1.11. José Ferreira dos Santos (Mudinho).
(1)
2. NEUSA RODRIGUES DOS SANTOS (1941-1967) casou com
Miguel dos Santos Sousa (Santo) e não tiveram filhos.
(1)
3. ANTÔNIO FRANCISCO DOS SANTOS (1942-1996) casou
com Maria Alves dos Santos (Nita) (1942):
(1)
3.1. João Francisco dos Santos tem três filhos de três
relacionamentos:
(1)
3.1.1. João Victor Rufino dos Santos;
(1)
3.1.2. Natália Cavalcante dos Santos;
(1)
3.1.3. Carlos Daniel Santos.
(1)
Antônio Francisco dos Santos Filho (Maninho) casado
3.2.
com Elisabeth Almeida:
(1)
3.2.1. Caroline Almeida Santos.
80 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(1)
3.3.Maria Auxiliadora dos Santos casada com Alexandro
Dias da Silva.
Teve um filho de outro relacionamento:
(1)
3.3.1. Lukas Antônio de Oliveira Santos.
(1)
3.4. Sergio Lelis Alves dos Santos:
(1)
3.4.1. Sergiane Letícia Silva Santos.
(1)
3.5.Alyne Mylane Alves dos Santos casada com Valdemir
Alves da Silva:
(1)
3.5.1. Allana Maria dos Santos Silva.
(1)
4. MARIA DO SOCORRO SANTOS ARAÚJO (1943) casada com
José Isidório de Araújo:
(1)
4.1. Edimilson Isidoro de Araújo casado com Maria da Paz
de Sousa Santos:
(1)
4.1.1. José Isidório Neto;
(1)
4.1.2. Joice Maria de Sousa Santos;
(1)
4.1.3. João Paulo de Sousa Santos.
(1)
4.2. José Cláudio Isidoro dos Santos:
(1)
4.2.1. José Cláudio Isidório dos Santos Junior;
(1)
4.2.2. Maria Juliana Sara de Miranda Santos.
(1)
4.3.Zélia Maria de Araújo Santos casada com Cláudio
Borges Mendes e não tem filhos;
(1)
4.4. Maria Francinete de Araújo Santos casada com
Francisco Lopes Pinheiro Filho:
(1)
4.4.1. Danilo Isidório pinheiro;
(1)
4.4.2. Francisco Lopes Pinheiro Júnior.
(1)
5. JOSEFA RODRIGUES DOS SANTOS PINHEIRO (1945) viúva
de José Pinheiro dos Santos:
Histórias de Família 81
Manelito Sousa

(1)
5.1. João Batista Pinheiro dos Santos.
(1)
6. TERESA RODRIGUES DOS SANTOS SOARES (1948) viúva
de João da Cruz Soares:
(1)
Pedro dos Santos Soares casado com Marcilene
6.1.
Campelo dos Santos:
(1)
6.1.1. Maria Eduarda Campelo dos Santos;
(1)
6.1.2. Carlos Eduardo Campelo dos Santos.
(1)
6.2. Evanildes Soares dos Santos (Lalá):
(1)
6.2.1. Kamilla Aleksia Santos Moura;
(1)
6.2.2. Kalline Aleksia Santos Moura.
(1)
6.3.Ivanildes Soares dos Santos (Neném) casada com
Milton Ferreira da Silva. Teve dois filhos do primeiro
casamento:
(1)
6.3.1. João Gabriel Lima Soares;
(1)
6.3.2. João Lucas Lima Soares.
(1)
6.4. Egnaldo Soares dos Santos casado com Vilma Silva
da Silva:
(1)
6.4.1. Davi Silva Soares;
(1)
6.4.2. Danilo Silva Soares.
(1)
7. FRANCISCA RODRIGUES DOS SANTOS (Chica) (1949)
casada com Raimundo Augusto de Sousa (Raimundinho):
(1)
7.1. Francisca Márcia de Sousa:
(1)
7.1.1. Amanda Nataniele de Sousa Luz;
(1)
7.1.2. José Gentil da Silva Dourado;
(1)
7.1.3. Iasmin de Sousa Dourado.
(1)
7.2. Francisco Fernando de Sousa:
82 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(1)
7.3. Eliana Maura de Sousa:
(1)
7.3.1. Kayo Fernando de Sousa.
(1)
8. MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES DOS SANTOS (1950-
1951);
(1)
9. LUÍS FRANCISCO DOS SANTOS (Lú) (1951) casado com
Maria do Rosário Sousa Santos:
(1)
Hélio de Sousa Santos casado com Leinane Pereira
9.1.
Pacheco:
(1)
9.1.1. Arthur Pereira Dias;
(1)
9.1.2. Laura Pereira Santos;
Teve uma filha de outro relacionamento:
(1)
9.1.3. Evellyn de Oliveira Santos.
(1)
9.2. Fabiana de Sousa Santos casada com Kildare Soares
Silva:
(1)
9.2.1. Iury Gabriel Soares Santos.
(1)
9.3.Wesley de Sousa Santos casado com Alynne do
Nascimento Eugênio de Sousa.
(1)
10. MARIANA RODRIGUES DOS SANTOS SOUSA (Dona)
(1953) casada com Antônio de Sousa Filho:
(1)
10.1. Ana Maria Sousa Santos casada com Vanusio da
Silva Santos:
(1)
10.1.1. Vanusio da Silva Santos Júnior:
 Mel Caires Silva Santos;
(1)
10.1.2. Valderon Phillipe Sousa Santos;
(1)
10.1.3. Ana Klícia Sousa Santos.
(1)
10.2.Enerson Santos Sousa casado com Alane Souza
Santos:
Histórias de Família 83
Manelito Sousa

(1)
10.2.1. Nicolas Santos Sousa.
(1)
10.3. Leandro Santos Sousa.
(1)
11. MARIA RODRIGUES DOS SANTOS GOMES (Leni) (1955)
casada com José Nunes Gomes:
(1)
11.1. Rogerio dos Santos Gomes casado com Andrea
Vieira:
(1)
11.1.1. Roger Nícolas dos Santos Vieira.
Rogério tem uma filha de outro relacionamento:
(1)
11.1.2. Lara Maria dos Santos.
(1)
11.2. Karla Patrícia dos Santos Gomes casada com Stanley
Lima:
(1)
11.2.1. Stela Maria Santos Lima
(1)
11.3. Joaquim Nunes de Sousa Neto.
(1)
12. MARIA DA PAZ RODRIGUES DOS SANTOS (1956–1964).
(1)
13. RAIMUNDA RODRIGUES DOS SANTOS COSTA (1957)
casada com Francisco Carvalho Costa (Có):
(1)
13.1. Olga dos Santos Costa.
(1)
14. MANOEL FRANCISCO DOS SANTOS (1959) casado com
Vanda Maria de Sousa Santos:
(1)
14.1. Vanessa de Sousa Santos Gava casada com
Guilherme da Silva Gava:
(1)
14.1.1. Bento dos Santos Gava.
(1)
15. MARIA DAS MERCÊS MOURA (1960) casada com
Raimundo Rodrigues Moura:
(1)
15.1. Wilian Rodrigues de Moura.
(1)
16. MARIA IVANILDE DOS SANTOS (Ivan) (1962):
84 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(1)
16.1.Andrea dos Santos Silva Lacki casada com Odnavy
Lacki Gomes:
(1)
16.1.1. Yasmin Lacki Silva.
Andrea teve um filho do primeiro casamento:
(1)
16.1.2. Carlos André Silva Nunes.
(1)
16.2. Francisco Leonardo dos Santos Silva;
(1)
16.3.Helen Cristina dos Santos Silva Dutra casada com
José Francisco Dutra Júnior:
(1)
16.3.1. Guilherme dos Santos Silva Dutra.
(1)
17. ENÉAS PEREIRA DE SOUSA NETO (1964) tem dois filhos
com Rosa Gomes:
(1)
17.1. Douglas Gomes de Sousa;
(1)
17.2. Enéas Pereira de Sousa Junior.
Enéas tem um filho com Francisca da Silva Rocha:
(1)
17.3. Erick Rocha de Sousa.

(2)
GENÉSIO PEREIRA DE SOUSA casou com TERESINHA MARIA
DE SOUSA. Família destacada no capítulo 10.

(3)
ELISA RODRIGUES DOS SANTOS (5/12/1925-14/12/2016)
casou com PEDRO DOS SANTOS NETO (1920-14/12/2006).
Pedro Zefinha foi o tio com quem mais convivi e do qual
mais gostava. Era uma pessoa do bem, muito extrovertido e
brincalhão, mas de temperamento explosivo, como se diz “de
pavio curto”. Lembro-me quando criança, que por vezes ele
amanhecia lá em casa criando caso com meu pai por alguma
besteira. Meu pai, sempre muito ponderado, evitava discussão,
mas o tio Pedro insistia e sempre saía zangado. Contudo, era
muito apegado a crianças e tinha uma atenção especial aos
Histórias de Família 85
Manelito Sousa

sobrinhos, pois quando passávamos na frente de sua casa para


buscar água no açude, sempre tinha algo para nos dar: um
doce, uma fruta, um pedaço de rapadura, alguma coisa que
fosse para não passar em branco.
Apesar de ser esquentado por demais, sempre foi tido
como um excepcional marido. A tia Elisa, que era uma das
pessoas mais doces com as quais convivi, tinha muita paciência
com tio Pedro e sempre conseguia dissuadi-lo de suas
maluquices com os vizinhos. Naquela época não havia água
nas casas e as mulheres do Junco lavavam as roupas no açude
e tinham que carregar a água de certa distância para encher as
gamelas usadas na tarefa. Nesses dias, tio Pedro acordava
antes do dia amanhecer, ia ao açude e deixava as gamelas
cheias para a tia Elisa não ter que fazer esforço. Era um casal
extremamente unido, muito em função do equilíbrio da minha
tia. Tio Pedro era muito trabalhador e criou sua família de 12
filhos com muita tranquilidade. Não tinha muita ambição e não
deixou patrimônio, mas viveu sempre muito bem. Era um
homem folgado como se dizia.
Quando a família foi crescendo e cada um cuidando da
própria vida, mudou-se para Teresina com a tia Elisa, onde
viveram ainda por muitos anos. Adorava andar a pé e assim
percorria a cidade andando quilômetros por dia, visitando feiras
e mercados, fazendo compras ou somente “batendo pernas”.
Meu primo Souzinha, filho do tio Salomão, que era muito
brincalhão, apelidava-o de “Diametral”, em razão de uma linha
de ônibus que percorria quase toda a cidade de Teresina
naquela época. Tio Pedro morreu aos 86 anos de idade, em 14
de dezembro de 2006, e tia Elisa faleceu aos 91 anos, no dia
em que completavam 10 anos da morte do marido.
Segue a descendência de Pedro e Elisa:
(3)
1. ANTÔNIO DOS SANTOS NETO (1944-1955) faleceu aos
onze anos.
86 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

(3)
2. MARIA RODRIGUES DOS SANTOS E SILVA (Iani) (1946)
viúva de Joaquim José da Silva (1935-2017):
(3)
2.1.Francisca Marli dos Santos Sousa casada com Manoel
Pires de Sousa:
(3)
2.1.1. Ismael Pires dos Santos Sousa.
(3)
3. FRANCISCO DOS SANTOS SOBRINHO (1948) casado com
Maria do Rosário Sousa Santos:
(3)
3.1. José Francisco dos Santos (1977) casado com
Edinelsa Bispo da Silva:
(3)
3.1.1. José Wilson Bispo dos Santos.
(3)
4. MARIA DE SOUSA SANTOS GUIMARÃES (Marisa) (1949)
viúva de Francisco do Nascimento Guimarães:
(3)
4.1.Elaine Santos Guimarães Ottero casada com Rodrigo
Ottero:
(3)
4.1.1. Andressa Guimarães Ottero
(3)
4.2.Elizaine Guimarães Góes casada com Carlos Artur de
Araújo Góes Junior.
(3)
5. JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS (1952):
(3)
Flavio de Sousa Santos casado com Joelma Kelper de
5.1.
Sousa:
(3)
5.1.1. Flávio Santos Sousa Segundo.
(3)
5.2. Dinelise de Sousa Santos.
(3)
MARIANA ELISA DOS SANTOS
6. (1954) casada com
Francisco Rodrigues dos Santos:
(3)
6.1. Leonardo Rodrigues dos Santos;
(3)
6.2.Lilian Rodrigues dos Santos casada com Atílio
Sanchez Costa;
(3)
6.3. Leandro Rodrigues dos Santos.
Histórias de Família 87
Manelito Sousa

(3)
7. MARIA DE LOURDES SANTOS FERREIRA (Lourdinha)
(1955) casada com Antônio Barreto Ferreira:
(3)
7.1. Aline Ferreira Menezes.
(3)
8. SEBASTIÃO PEREIRA DOS SANTOS (1957) casado com
Maria de Fátima Mendes Vieira:
(3)
8.1. Dina Isabel Mendes Vieira.
(3)
9. ANTÔNIO DOS SANTOS NETO (Neto) (1959):
(3)
9.1. Maria Elisa Viana dos Santos.
(3)
10. FRANCISCA ZENILDE DOS SANTOS PONTE (Zena) (1962)
casada com José Ribamar Andrade Ponte:
(3)
10.1. Amanda dos Santos Ponte.
(3)
11. TERESINHA DE JESUS SANTOS SOUSA (1964):
(3)
Tais Maria de Sousa casada com Luís Eduardo
11.1.
Campos Soares:
(3)
11.1.1. Luís Eduardo Campos Soares Filho.
(3)
11.2. Tatiana Maria dos Santos Sousa;
(3)
11.3. Tiago Jorge Santos Sousa.
(3)
12. PEDRO DOS SANTOS FILHO (1969) casado com Fátima
Maesse Maia e não tem filhos.

(4)
SALOMÃO PEREIRA DE SOUSA (27/09/1935-09/09/1972)
casou com LUISA JOSEFA DE SOUSA (Lulu) (1945):
Quando do segundo casamento de Né do Junco, ainda
moravam com ele os dois filhos mais novos, Salomão e
Aldenora. A segunda esposa do meu avô (tia Cota) era pessoa
de temperamento difícil e o meu tio Salomão também não era
de fácil trato. O velho Né, prevendo as dificuldades entre a
nova esposa e o filho, na sua sabedoria e experiência, pediu ao
88 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

meu pai (Genésio do Junco) que já era casado, para convencer


o Salomão a morar em nossa casa, evitando maiores
transtornos para a família.
Assim aconteceu, e Salomão morou na casa dos meus
pais por mais de cinco anos. Só saiu de lá no início da
construção de Brasília, quando deixou o Junco para tentar a
sorte na capital federal, onde permaneceu por poucos meses.
Retornou ao Junco e logo depois mudou-se para Teresina com
o objetivo de empreender no comércio varejista de secos e
molhados. Quando Salomão chegou à Teresina, já encontrou
seu primo e amigo de infância, João de Seu Nunes, que muito
o ajudou na escolha do ponto e montagem da “Bodega”.
Salomão namorava uma sobrinha da minha mãe,
chamada Luiza (Lulu) e o relacionamento era de muito gosto
de ambas as famílias. Assim que as coisas foram se ajeitando,
Salomão e Luiza casaram e constituíram uma família bem
estruturada. Em poucos anos Salomão tornou-se um próspero
comerciante e seu comércio vendia de tudo. Com o tempo
adquiriu diversos imóveis, construiu sede própria para o seu
comércio e residência, adquiriu casas para aluguel e terrenos
para investimento. Apesar de desfrutar de boa situação
financeira não possuía carro, que era um bem de consumo de
elevado custo na época, mas já tinha dinheiro reservado para
adquirir um. Infelizmente não chegou a compra-lo porque foi
atropelado por um automóvel quando fazia compras para o seu
comércio, fato que interrompeu a vida de um jovem
comerciante, bem sucedido e próspero.
Salomão faleceu em setembro de 1972, com apenas 37
anos, vítima desse acidente automobilístico ocorrido na
Avenida Maranhão em Teresina. Deixou a esposa e cinco filhos
pequenos, sendo o mais velho (Enéas Neto) com oito anos e a
mais nova (Edinalva), ainda bebê. Meu avô faleceu em junho
Histórias de Família 89
Manelito Sousa

do ano seguinte, com problemas no coração, provavelmente


agravados pela perda precoce do filho.
Segue a descendência de Salomão e Luísa:
(4)
1. ENÉAS PEREIRA DE SOUSA NETO (1964) casado com
Edivandia Dionísia de Carvalho Sousa:
(4)
1.1. Andreia Carvalho de Sousa;
(4)
1.2. Andressa Carvalho de Sousa.
(4)
2. EVALDO PEREIRA DE SOUSA (1965-2008) casou com
Maria de Fátima Fontenele Sousa (falecida):
(4)
2.1. Igor Salomão Fontenele Sousa;
(4)
2.2. Leonardo Davi Fontenele Sousa.
(4)
3. EDILMA PEREIRA DE SOUSA (1968-1982) nasceu com
problemas cardíacos e faleceu aos 14 anos de idade.
(4)
4. EDNA SOUSA AVELINO (1970) casada com Manoel Ivan
Rodrigues Avelino:
(4)
4.1. Danilo Caio Sousa Avelino.
(4)
5. EDINALVA DE SOUSA NUNES (1972) casada com Demerval
de Sousa Nunes e não tem filhos.

(5)
ALDENORA RODRIGUES DE SOUSA casada com José
Francisco de Sousa (Zeca). Tem um filho adotado:
(5)
1. Benedito Barbosa Lima casado com Elisa Alice Vieira
Campos:
(5)
1.1. Luziane Campos Lima;
(5)
1.2. Leiliane Campos Lima;
(5)
1.3. Leonardo Campos Lima (falecido).
90 Capítulo 6 – Linhagem Paterna: Enéas Pereira de Sousa (Né do Junco) e
Mariana Raimunda de Sousa (Nâna).

Zeca casou com Aldenora, filha caçula de Né do Junco, e


foram morar ao lado da casa do sogro. No início foi cuidar da
fazenda de seu tio Antoninho (irmão de Bilú), mas com o
passar do tempo tornou-se criador e proprietário também. Em
1974, vendeu os bens no Junco, mudou-se para a cidade de
Oeiras e montou comércio de gêneros alimentícios, o que lhes
garantiu desfrutar de uma vida tranquila. Há dois anos
acabaram com o comércio em função da idade avançada, ele
com 86 anos e ela com 80, mas continuam morando em
Oeiras.

Né do Junco ficou viúvo e casou com MARIA GOMES


VIEIRA (Cota) (18/05/1915-03/09/1995).

(6)
OSVALDO PEREIRA DE SOUSA (1953-1956).
Poucos meses depois da morte de minha avó Nâna, meu
avô contraiu segundo matrimônio com a tia Cota que era prima
de Josefa Gomes Vieira (minha avó materna). Tia Cota era
uma mulher de temperamento difícil e não se entendia muito
bem com meu pai, por ciúmes da forte ligação entre ele e meu
avô. Chamava o meu pai o homem de chumbo, porque meu
avô dizia que se colocasse meu pai do lado de uma balança e
os demais filhos do outro lado, a balança penderia para o lado
Histórias de Família 91
Manelito Sousa

do meu pai. Contudo, era ótima esposa e vivia muito bem com
o velho Né do Junco, que casou pela segunda vez aos 57 anos
de idade. Viveram por 20 anos e após a morte do meu avô, o
meu pai passou a dar todo o apoio de que a tia Cota precisava.
Conseguiu sua aposentadoria pelo INSS e jamais deixou faltar-
lhe nada. Tia Cota faleceu aos 80 anos, em três de setembro
de 1995. Foi a única avó que conheci.
92 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos


Santos Fonseca e Jesuína Maria de Sousa.

O Português Vicente Alves da Fonseca, Tenente-General


da Guarda Nacional, veio para o Ceará na segunda metade do
século XVIII, a convite do capitão Mor João Baptista de
Azevedo Coutinho de Montauri, que na época governava aquela
província. Tinha como missão pacificar a tribo de índios
Canindé, que habitava desde as margens do rio Curu,
passando pelos rios Quixeramobim e Banabuiú. Vicente da
Fonseca era casado com Maria Francisca do Espírito Santo. No
Ceará, estabeleceu-se na região onde hoje são as cidades de
Quixeramobim e Quixadá. Uma de suas filhas, Francisca Maria
de Paula Alves da Fonseca, casou-se com José dos Santos
Lessa (sobrinho do General Vicente), em 30 de outubro de
1792, na Matriz de Quixeramobim, um ano e dois meses antes
da morte do General Vicente Alves da Fonseca, ocorrida em 29
de agosto de 1791.
No último quartel do Século XVIII, o tenente-general Vicente Alves da Fonseca
construiu o primeiro açude público do Ceará, nas terras de sesmarias do riacho

Fundos do Casarão da fazenda Canafístula, fundada por Vicente Alves da Fonseca


Histórias de Família 93
Manelito Sousa

Pirabibu que lhe foram concedidas pelo capitão-mor João Teyve Barreto de Menezes,
em 23 de novembro de 1744. O açude foi construído na fazenda Canafístula no
município de Quixeramobim, também implantada por ele. Vicente era natural de Olinda
– PE e homônimo de seu pai (Ten. Vicente Alves da Fonseca, o que andou gerando
confusão). Casou em 21.10.1776 com Maria Francisca do Espírito Santo. Uma de suas
filhas, Francisca Maria de Paula Alves da Fonseca casou-se com José dos Santos Lessa,
em 30 de outubro de 1792, na Matriz de Quixeramobim, e de seu consórcio tiveram
quatro filhos, três homens e uma mulher, Maria Francisca, a Marica Lessa, que veio a
ter uma história trágica, conhecida em toda a região de Quixeramobim, após mandar
matar o marido e ser condenada à prisão por cerca de 30 anos, perdendo todo o
grande patrimônio deixado pelos seus pais. O General Vicente Alves da Fonseca, que
era tio de José dos Santos Lessa, falecera um ano e dois meses antes do casamento da
filha e sobrinho, a 29 de agosto de 1791. José dos Santos Lessa, herdou a fazenda
Canafístula do pai (José Lobo dos Santos, natural do Porto, falecido em 28.07.1792) e
do sogro, através da mulher, Francisca Maria. José dos Santos Lessa veio a se tornar
Capitão-Mor e o homem mais rico e poderoso de Quixeramobim.

[1] À Margem de Dona Guidinha do Poço [2004], p. 134. Essa obra foi a principal fonte
deste trabalho.

Nasceram desse casal, três filhos e uma filha, Maria


Francisca, a Marica Lessa que teve uma história trágica. Os
três filhos do casal, Pedro dos Santos Fonseca, Manoel dos
Santos Fonseca e Antônio dos Santos Fonseca, iniciaram uma
sociedade para compra de gado de corte.
O negócio tornou-se bastante lucrativo e os irmãos
começaram a se deslocar para o estado do Piauí, que na época
tinha um rebanho considerável de gado bovino e muita
vocação para a atividade pecuária. Devido às constantes
viagens que realizavam entre os dois estados os irmãos
Fonseca acabaram por fixar moradia no Piauí. Manoel e Antônio
ficaram em Jerumenha–PI e Pedro do Santo estabeleceu-se no
município de Valença-PI, onde casou com Raimunda Pereira
Nunes dos Santos. Inicialmente morou na localidade Carnaíba e
depois de alguns anos mudou-se para o Povoado Ferreiro, às
margens do Poço Feio. O Poço Feio é o mais importante ponto
turístico de Várzea Grande e um dos mais belos de todo o
Piauí. O Riacho do Poço Feio serve hoje de divisa entre os
municípios de Várzea Grande e Barra D’Alcântara. A seguir,
fotos do lugar onde Pedro do Santo escolheu para viver.
94 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

Prainha formada pela cachoeira do Poço Feio

Poço Feio visto da Prainha


Histórias de Família 95
Manelito Sousa

Com o tempo, Pedro do Santo afastou-se dos irmãos que


vieram com ele do Ceará, devido a rixas na sociedade e
tornou-se um fazendeiro próspero, possuidor de muito gado
bovino, chegando a amansar mais de 100 bezerros por ano.
Tinha muita criação miuça (caprinos e ovinos) e apossou-se de
grande faixa de terras que se estendia desde o vale do poço
feio até as margens do Rio Berlengas.
Familiares que viveram na sua época, como Antoninho
do Junco, relatavam que Pedro do Santo fazia muita fartura na
agricultura, chegando a colher até mil sacas de arroz nos
alagadiços do Rio Berlengas. As desmanchas da raiz da
mandioca para produção de goma e farinha (produtos
essenciais para os sertanejos daquele tempo) duravam até dois
meses e a produção era também em proporções relevantes, se
comparadas a seus contemporâneos que residiam na região.
Apesar de afastar-se dos irmãos, Pedro do Santo
continuou com atividade secundária de compra e venda de
gado bovino, que comerciava entre os estados do Piauí e
Ceará. Levava e revendia gado gordo no Ceará e de lá trazia
gado magro para a engorda e revenda nos anos seguintes.
Pedro do Santo teve 22 filhos dos dois casamentos,
sendo que cinco deles morreram crianças e apenas dezesseis
constituíram família. Já idoso Pedro do Santo mudou-se com a
filha Idalina (Dazinha) para a cidade de Bom Jesus, onde
moravam seus netos Solon e Minelvina, filhos de Dazinha. Lá
faleceu sem retornar a Quixadá-CE, nem ao Ferreiro, lugar que
escolheu para viver. Sua descendência está espalhada por todo
o Brasil, sendo que boa parte ainda habita o vale do rio
Berlengas e a chapada grande.
Na família de Pedro do Santo eram comuns e até
incentivados os casamentos entre parentes. Assim, em sua
descendência pode-se observar diversos casamentos entre
primos e até entre tios e sobrinhas.
96 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

Segue a descendência de Pedro do Santo e Raimunda:

 PEDRO DOS SANTOS FONSECA (Pedro do Santo) casou com


RAIMUNDA PEREIRA NUNES DOS SANTOS:

(1)
JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS (Zezinho);
(2)
BALBINA DOS SANTOS FONSECA;
(3)
JOÃO PEREIRA DOS SANTOS (João do Santo);
(4)
MARIA FILOMENA DOS SANTOS (Filó);
(5)
FRANCISCO RAIMUNDO DOS SANTOS (Chico Raimundo);
(6)
JESUÍNO PEREIRA DOS SANTOS (Neno);
(7)
JOSUÉ PEREIRA DOS SANTOS (Nenzinho);

(1)
JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS (Zezinho) casou filha de
Hermenegildo (Véi Dodó).
Nota: apesar de envidar pesquisas com familiares e em
cartório em Valença do Piauí, não foi possível descobrir o nome
da primeira esposa de Zezinho. Sabe-se que após sua morte
ele casou novamente com uma Senhora Praxeda, também
viúva, mas não tiveram filhos.
Segue a descendência de Zezinho com a filha de
Hermenegildo:

(1)
1. RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS (Mundiquim) casou
com sua prima Joaquina Jesuína dos Santos:
(1)
1.1.José Pereira dos Santos (Neno) casou com sua prima
Maria Francisca dos Santos. Não tiveram filhos.
Histórias de Família 97
Manelito Sousa

(1)
1.2.Maria Francisca dos Santos (Marica) casou com
Joaquim Marreiros dos Santos:
(1)
1.2.1. Maria de Lourdes dos Santos Sousa casada com
seu primo Raimundo Carlos de Sousa. Família descrita no
item (3) deste capítulo;
(1)
Maria do Carmo dos Santos Sousa casou com seu
1.2.2.
primo José Carlos de Sousa. Família descrita no item (3)
deste capítulo;
(1)
1.2.3. Maria Madalena dos Santos casou com Francisco
Borges Leal:
 Maria Lúcia dos Santos Leal;
 Maria da Conceição dos Santos Leal;
 Francinete dos Santos Leal
 José dos Santos Leal.
(1)
1.2.4. Raimundo Marreiros dos Santos casou com Líbia.
Família descrita no item (3) deste capítulo;
(1)
1.2.5. José Marreiros dos Santos;
(1)
1.2.6. Antônio Marreiros dos Santos;
(1)
1.2.6. Luis Marreiros dos Santos;
(1)
1.2.6. Soledade dos Santos.
(1)
1.3.Maria Conceição Pereira dos Santos casou com Manoel
José da Silva:
(1)
1.3.1. Rita de Cassia Silva Meneses;
(1)
1.3.2. Teresinha de Jesus dos Santos Oliveira;
(1)
1.3.3. Celina Maria dos Santos Silva;
(1)
1.3.4. Moises José da Silva;
(1)
1.3.5. Maria da Cruz dos Santos Silva;
(1)
1.3.6. Geraldo Magela dos Santos Silva.
98 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(1)
Norberto Pereira dos Santos (Beco) casou com sua
1.4.
prima Cinésia Soares dos Santos:
(1)
1.4.1. Mirian de Jesus Santos;
(1)
1.4.2. Raimundo Nonato dos Santos (Nonato) (falecido);
(1)
1.4.3. Luis Pereira dos Santos Neto;
(1)
1.4.4. José Soares dos Santos;
(1)
1.4.5. Maria Teresinha dos Santos Medeiros;
(1)
1.4.6. Antônio Soares dos Santos;
(1)
1.4.7. Libânia Maria Soares dos Santos;
(1)
1.4.8. Maria da Conceição Soares dos Santos Carvalho;
(1)
1.4.9. Francisco dos Reis Soares dos Santos (Chicô);
(1)
1.4.10. Sebastião Soares dos Santos;
(1)
1.4.11. Maria Duo Soares dos Santos.
(1)
Maria do Socorro Santos casou com Firmo Rodrigues
1.5.
Sobreira:
(1)
1.5.1. Raimundo Rodrigues Sobreira.
Socorro teve dois filhos de um segundo relacionamento:
(1)
1.5.2. Antônia Maria dos Santos casou com José
Francisco da Costa.
(1)
1.5.3. Luis Pereira dos Santos.
(1)
Francisco Pereira dos Santos (Chico Mundiqum) casou
1.6.
com sua prima Maria dos Santos Martins:
(1)
1.6.1. Maria das Graças dos Santos;
(1)
1.6.2. Antônio dos Santos Martins;
(1)
1.6.3. Almir dos Santos Martins.
Histórias de Família 99
Manelito Sousa

(1)
1.7.Maria Francisca dos Santos (Dudu) casou com Vitor
Carvalho:
(1)
1.7.1. Raimundo dos Santos;
(1)
1.7.2. Maria dos Reis Santos.
MUNDIQUIM ficou viúvo e contraiu segundo matrimônio com
sua prima e cunhada Maria Jesuína dos Santos
(Sinharinha):
(1)
1.8. Maria Teresa dos Santos Rego casou com Aderson
Gomes do Rego (Aderson Belê). Família destacada no
capítulo 8.
(1)
1.9. Zacarias Pereira dos Santos casou com sua prima
Eulina Soares dos Santos:
(1)
1.9.1. Maria das Dores Soares dos Santos;
(1)
1.9.2. Luis Soares dos Santos;
(1)
1.9.3. José Afonso Soares dos Santos;
(1)
1.9.4. Margarida Maria Soares dos Santos;
(1)
1.9.5. Maria Auxiliadora Soares dos Santos;
(1)
1.9.6. Maria Francisca Soares dos Santos;
(1)
1.9.7. Maria Carmelita Soares dos Santos;
(1)
1.9.8. Pedro Sávio Soares dos Santos;
(1)
1.9.9. Antônio Pereira dos Santos.
(1)
1.10. João Pereira dos Santos (João Mundico) casou com
Neusa Alves Santos:
(1)
1.10.1. Raimundo Pereira dos Santos Neto;
(1)
1.10.2. José Pereira dos Santos;
(1)
1.10.3. Antônio Francisco Pereira dos Santos;
(1)
1.10.4. Francisco Pereira dos Santos;
100 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(1)
1.10.5. Luis Pereira dos Santos;
(1)
1.10.6. João Henrique Pereira dos Santos;
(1)
1.10.7. Paulo Pereira dos Santos;
(1)
1.10.8. Maria Du ó dos Santos;
(1)
1.10.9. Rita Maria dos Santos;
(1)
1.10.10. Teresinha Maria dos Santos;
(1)
1.10.11. Maria Gorete dos Santos.

(1)
2. ANTÔNIO LUIZ PEREIRA DOS SANTOS casou com Maria de
Castro Martins:
(1)
Olavo Martins Pereira dos Santos;
2.1.
(1)
2.2. Paulo Martins Pereira dos Santos;
(1)
2.3. Maria de Jesus Martins dos Santos;
(1)
2.4. Raimundo Martins Pereira dos Santos;
(1)
2.5. Rosa Martins dos Santos;
(1)
2.6. Maria Irene Martins dos Santos.
Nota: não consegui contato com os membros desta família.
Os nomes estavam nos escritos de Zeca Fonseca.

(1)
3. LUIS PEREIRA DOS SANTOS casou com Libânia Cândida de
Sousa Santos:
(1) (1)
Cinésia Soares dos Santos. Família descrita no item
3.1.
deste capítulo;
(1)
3.2.Maria Francisca dos Santos casou com José Pereira
dos Santos (Neno). Família descrita no item (1);
(1)
3.3.Eulina Soares dos Santos casou com Zacarias Pereira
dos Santos. Família descrita no item (1).
Histórias de Família 101
Manelito Sousa

(1)
3.4.
Delvita Magela Soares casou com Álvaro Ferreira de
Sousa (Álvaro da Salina):
(1)
3.4.1. Lúcia de Fátima dos Santos Sousa;
(1)
3.4.2. Ascânio Sávio dos Santos Sousa;
(1)
3.4.3. Antônio José dos Santos Sousa;
(1)
3.4.4. Álvaro Ferreira de Sousa Júnior.
(1)
Gercina Soares dos Santos casou com José Soares de
3.5.
Mesquita e não tiveram filhos.
(1)
3.6.Marina Soares dos Santos Oliveira casou com Vicente
Zeferino de Oliveira:
(1)
3.6.1. José dos Santos Oliveira;
(1)
3.6.2. Luis dos Santos Oliveira;
(1)
3.6.3. Francisco das Chagas Santos Oliveira;
(1)
3.6.4. Maria do Socorro dos Santos Oliveira;
(1)
3.6.5. Vera Cruz dos Santos Oliveira;
(1)
3.6.6. Lúcia de Fátima dos Santos Oliveira;
(1)
3.6.7. Gercina Maria dos Santos Oliveira Batista.

(1)
4. ELESBÃO PEREIRA DOS SANTOS casou com sua prima
RAIMUNDA JESUÍNA DOS SANTOS (Mundoca), mas faleceu
sem deixar descendentes.

(1)
5. JUSTINO PEREIRA DOS SANTOS.

Justino morou uma temporada em Chapadinha no


Maranhão onde dizia ter deixado uma mulher e dois filhos.
102 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(2)
BALBINA DOS SANTOS FONSECA casou com Cândido
Campelo da Silva:

(2)
1. FILOMENO CAMPELO DA SILVA casou com Raimunda
Gomes Campelo da Silva e não tiveram filhos.
(2)
2. RAIMUNDA CAMPELO DOS SANTOS casou com seu tio
(5)
Francisco Raimundo dos Santos. Família descrita no item .

(3)
JOÃO PEREIRA DOS SANTOS casou com CAROLINA JESUÍNA
DOS SANTOS.
João do Santo, como era conhecido, após o casamento
com Carolina resolveu morar às margens do rio Berlengas
numa região de áreas planas e muito adequadas para a
agricultura, sendo o primeiro habitante do povoado Por
Enquanto. Contavam os mais velhos que a origem do nome do
povoado surgiu de uma conversa entre João do Santo e um
vaqueiro que andava perdido. João trabalhava no seu roçado
quando o vaqueiro parou o cavalo à beira da cerca e
perguntou-lhe como se chamava aquela localidade. João
respondeu que “Por Enquanto” não tinha nome e a partir daí
começaram a chamar o local de “Por Enquanto” e a
denominação permanece até os dias de hoje.
João do Santo e Carolina tiveram uma família de nove
filhos e após a morte da esposa, João casou-se com Sinhá,
filha de Antoninho do Junco, com quem teve mais dois filhos.
Era um homem muito trabalhador e deixou posses para a
família. Plantava arroz e cana-de-açúcar nos alagadiços do rio
Berlengas e fazia fartura produzindo rapadura, melado de cana
e aguardente. O arroz, um produto que alcançava bons preços
naquela época, era transportado em comboios de jumentos até
a cidade de Oeiras onde era comercializado.
Histórias de Família 103
Manelito Sousa

João do Santo fez história e foi uma referência para seus


contemporâneos. O santo padroeiro do povoado Por Enquanto
“São João”, foi escolhido em homenagem a seu nome.
Segue a descendência de João do Santo e Carolina:

(3)
1. MANOEL PEREIRA DOS SANTOS (Né) casou com MARIA
ARAÚJO DOS SANTOS:
(3)
Carolina Araújo dos Santos (Calú) casou com Antônio
1.1.
Soares da Silva:
(3)
1.1.1. Francisco de Assis Soares de Araújo;
(3)
1.1.2. Maria Alice Soares de Araújo;
(3)
1.1.3. Raimundo Soares de Araújo;
(3)
1.1.4. Marlene Soares de Araújo;
(3)
1.1.5. Anita Soares de Araújo;
(3)
1.1.6. Antônio Soares da Silva Filho;
(3)
1.1.7. Manoel Pereira dos Santos Neto (Neto).
(3)
Belisa Araújo dos Santos casou com Raimundo Pereira
1.2.
dos Santos (Dico) e não tiveram filhos.
(3)
1.3. Maria Soares de Araújo (Mariquesa) casou Luís Lopes
da Silva:
(3)
1.3.1 Maria do Amparo Soares da Silva;
(3)
1.4.Raimundo Araújo dos Santos casou com Belisa
Rodrigues da Silva:
(3)
1.4.1.Maria da Salete Araújo Santos. Família descrita
no capítulo 9;
(3)
1.4.2. Maria Teresinha de Araújo Soares;
(3)
1.4.3. Eva de Araújo Soares;
104 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
1.4.4. Adão Araújo Soares;
(3)
1.4.5. Edivar de Araújo Soares;
(3)
1.4.6. Eliane de Araújo Soares;
(3)
1.4.7. Maria Rodrigues dos Santos Soares;
(3)
1.4.8. Edivan de Araújo Soares.
(3)
1.5. Luzia Araújo dos Santos (Didi) casou com Ângelo de
Oliveira Lopes:
(3)
1.5.1. Alan Oliveira dos Santos;
(3)
1.5.2. Cleide Oliveira dos Santos;
(3)
1.5.3. Carmen Célia Oliveira dos Santos;
(3)
1.5.4. Aloiso Oliveira dos Santos (Loló).
(3)
1.6. João Araújo dos Santos casado com Nair Alves de
Sousa:
(3)
1.6.1. Meirelane Araújo dos Santos;
(3)
1.6.2. Jair Araújo dos Santos;
(3)
1.6.3. Jailson Araújo dos Santos;
(3)
1.6.4. Luiza Araújo dos Santos;
(3)
1.6.5. Eliedina Araújo dos Santos;
(3)
1.6.6. João Araújo dos Santos Filho.
(3)
1.7.Luís Araújo dos Santos casou com Maria Rodrigues
dos Santos:
(3)
1.7.1. Odete Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.2. Gilberto Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.3. Edinalva Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.4. Marinalva Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.5. Manoel Rodrigues dos Santos;
Histórias de Família 105
Manelito Sousa

(3)
1.7.6. José Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.7. Paulo Rodrigues dos Santos;
(3)
1.7.8. Oneide Rodrigues dos Santos.
(3)
1.8.Antônio Santos de Araújo casou com Maria do Carmo
Lucas de Oliveira Araújo:
(1)
1.8.1. Antônio Santos de Araújo Júnior;
(1)
1.8.2. Marco Antônio de Oliveira Araújo.
A história do “General Araújo” é mais uma história de
superação em nossa imensa família. Antônio Santos aprendeu
a ler e escrever já adolescente, com o mestre Argemiro, que
passou uma temporada na casa dos seus pais torrando farinha
em um período de mandiocada. Completou o primário entre os
anos de 1953 e 1955 na cidade de Francinópolis-PI com a
saudosa Prof. Amélia Duarte, morando de favor na casa de um
irmão da sua mãe chamado Firmino Araújo. Para continuar os
estudos foi morar em OEIRAS-PI, na casa de seus padrinhos
Belisa e Zé Lopes, onde fez o exame de Admissão no Ginásio
Municipal Oeirense - GMO, no ano de 1957. Nesse ginásio
conseguiu um emprego de zelador, onde limpava e arrumava
todas as salas, depois das aulas que frequentava no turno da
manhã, o que o ajudou muito para manter seus estudos.
Concluiu o Ginásio entre 1958 e 1961, já se destacando como
o primeiro colocado nos quatro anos do curso ginasial.
Acabava sua temporada em Oeiras, onde só havia o
curso ginasial e surgia uma nova dificuldade na vida do
sertanejo. Felizmente apareceu uma pessoa caridosa, dona
Rosa Lopes, irmã de seu padrinho, que o recebeu na sua casa
em Teresina-PI para continuar os estudos. Lá matriculou-se no
Liceu Piauiense para cursar o ensino médio (Científico), no ano
de 1962 e no final do ano, entrou para a Escola de Sargentos
106 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

das Armas - ESA, tradicional escola do glorioso Exército


Brasileiro.
No final de 1963, terminou o curso de Sargento e foi
efetivado na carreira militar, período em que as portas
começaram a se abrir para o jovem militar. Foi transferido para
Belém-PA, para servir no QG da 8ª RM, trabalhando durante o
dia e estudando à noite no Colégio Paes de Carvalho (Liceu
Paraense). Terminou o científico em 1965 e no mesmo ano fui
aprovado no vestibular da UFPA para cursar medicina, curso
que concluiu em 1971.
Em 1972, entrou para o curso de Oficial da Escola de
Saúde do Exército e no final daquele ano foi promovido a 1º
Tenente Médico. Como oficial médico serviu em Belém-PA, João
Pessoa-PB, Rio de Janeiro-RJ, Fortaleza-CE, Porto Alegre-RS e
Brasília-DF, tendo dirigido os Hospitais Militares de João
Pessoa, Fortaleza e Brasília. Em 2001, foi Promovido ao posto
de General Médico, coroando assim uma carreira que foi de
agricultor a General do Exército Brasileiro. Como diz o poeta,
“o nordestino é acima de tudo um forte”.

(3)
2. VICENTE PEREIRA DOS SANTOS (Vicente Boga) casou com
sua prima Raimunda dos Santos Fonseca, filha de Nenzinho:
(3)
2.1. José Pereira dos Santos (Zeca Vicente). Família
descrita item (5).
(3)
2.2. Maria das Dores dos Santos (Neném) casou com
Antônio José Ferreira (Toinho Eliseu):
(3)
2.2.1. Maria Lúcia Santos Ferreira;
(3)
2.2.2. Aldemar dos Santos Ferreira;
(3)
2.2.3. Maria Odete Santos Ferreira;
(3)
2.2.4. Maria Isabel Santos Ferreira;
Histórias de Família 107
Manelito Sousa

(3)
2.2.5. Maria Telma Santos Ferreira.
(3)
2.3. Manoel Pereira dos Santos (Né) casou com Maria
Rodrigues Neta:
(3)
2.3.1. Gonçala Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.2. Francisco Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.3. Leopoldo Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.4. Maria Helena Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.5. Manoel Messias Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.6. Maria do Carmo Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.7. Sebastião Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.8. Luis Rodrigues dos Santos;
(3)
2.3.9. José Luis Rodrigues dos Santos.
(3)
João Pereira dos Santos casou com Carolina de Jesus
2.4.
Santos. Família descrita no item (5).
(3)
Francisca Rodrigues dos Santos casou com Sebastião
2.5.
Nunes:
(3)
2.5.1. Manoel Antônio Nunes;
(3)
2.5.2. Raimundo dos Santos Nunes;
(3)
2.5.3. Cícero Batista Nunes;
(3)
2.5.4. Edileusa Nunes Muniz;
(3)
2.5.5. Maria Nalda dos Santos Nunes Ramos;
(3)
2.5.6. Marinelza dos Santos Nunes.
(3)
2.6.Carolina Rodrigues dos Santos (Lu) casou com Pedro
José da Silva:
(3)
2.6.1. Alcina Rodrigues da Silva;
(3)
2.6.2. Maria da Conceição da Silva;
108 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
2.6.3. Luis José da Silva;
(3)
2.6.4. Francisca Rodrigues da Silva.
(3)
2.7.Francisco Pereira dos Santos (Chico Boga) casou
Isabel Nunes dos Santos:
(3)
2.7.1. Raimundo Pereira dos Santos;
(3)
2.7.2. Maria de Jesus Nunes;
(3)
2.7.3. Manoel Pereira Nunes;
(3)
2.7.4. Antônio Pereira Nunes;
(3)
2.7.5. José Pereira Nunes;
(3)
2.7.6. Maria de Fátima Nunes;
(3)
2.7.7. Maria José Nunes;
(3)
2.7.8. João Pereira Nunes (falecido).
(3)
Maria Rodrigues
2.8. dos Santos casou com José
Rodrigues Neto:
(3)
Josué Pereira dos Santos (Jó) casou com Hercília
2.9.
Rodrigues dos Santos. Família descrita no item (14).
VICENTE BOGA ficou viúvo e casou com JOANA RODRIGUES
DOS SANTOS, filha de seu tio Francisco Raimundo:
(3)
2.10. Raimundo Pereira dos Santos casou com Maria
Francisca dos Santos e não tiveram filhos;
(3)
Maria Rodrigues dos Santos (Neném) casou com
2.11.
José Rodrigues Neto.
(3)
2.11.1. Maria Meire Rodrigues dos Santos;
(3)
2.11.2. Raimundo Nonato Rodrigues dos Santos;
(3)
2.11.3. Gilvan Rodrigues dos Santos;
(3)
2.11.4. Elisvan Rodrigues dos Santos.
Histórias de Família 109
Manelito Sousa

(3)
3. FIRMINO ARAÚJO DOS SANTOS casou com Maria de
Sousa Santos (Sinhazinha), filha do seu tio Neno. Não tiveram
filhos, mas criaram uma sobrinha, filha da Marica do
Mundiqum:
(3)
Maria Joaquina dos Santos (Maroca) casou com Tomé
3.1.
Cabral dos Santos:
(3)
3.1.1. Raimundo Cabral dos Santos;
(3)
3.1.2. Francisco Cabral dos Santos;
(3)
3.1.3. Antônio Cabral dos Santos;
(3)
3.1.4. Maria de Lourdes dos Santos Silva;
(3)
3.1.5. José Cabral dos Santos;
(3)
3.1.6. Sebastião Cabral dos Santos;
(3)
3.1.7. Maria Cabral dos Santos (Doó);
(3)
3.1.8. Pedrina Maria dos Santos;
(3)
3.1.9. Inês Rosa dos Santos Neta;
(3)
3.1.10. João Cabral dos Santos;
(3)
3.1.11. Elisabete Maria dos Santos.

(3)
4. INÁCIA JESUÍNA DOS SANTOS casou com Francisco
Manoel de Sousa Martins (Chiquinho do Por Enquanto):
(3)
4.1.João dos Santos Martins (João Chiquinho) casou com
Belisa de Sousa Santos:
(3)
4.1.1. José dos Santos Martins;
(3)
4.1.2. Francisco dos Santos Martins.
(3)
4.2. Maria dos Santos Martins casou com Francisco Pereira
dos Santos (Chico Mundiquim). Família descrita no item (1).
110 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
Mariana dos Santos Martins casou com Jose Nazário
4.3.
de Sousa:
(3)
4.3.1. Maria José dos Santos Sousa;
(3)
4.3.2. Maria da Cruz dos Santos Sousa;
(3)
4.3.3. Maria Ozeni dos Santos Sousa;
(3)
4.3.4. Inácia dos Santos Sousa;
(3)
4.3.5. Antônia dos Santos Sousa;
(3)
4.3.6. Eva dos Santos Sousa;
(3)
4.3.7. Rita dos Santos Sousa.
(3)
4.4.Raimundo dos Santos Martins (Didico) casou com
Maria Constância Nunes da Silva (Maria Monteiro):
(3)
4.4.1. Agda Constância dos Santos;
(3)
4.4.2. Francisco Nunes dos Santos.
(3)
4.5. Luis dos Santos Martins (Lu Chiquim) casado com
Elisa Pereira dos Santos. Família descrita no capítulo 4.
(3)
4.6.José dos Santos Martins (Santo Chiquim) casado com
Maria do Socorro Sousa:
(3)
4.6.1.Maria Nazaré dos Santos casada com Paulo
Sergio Alves da Silva:
 Rutielle dos Santos Silva;
 Maria Fernanda dos Santos Silva casada com
Bruno Medeiros dos Santos.
(3)
Maria de Sousa Santos casada com Antônio
4.6.2.
Cabral dos Santos:
 Mardônio Cabral dos Santos casado com Francisca
Celiane Muniz de Lima Cabral:
 Raimundo Eliel Cabral dos Santos casado com
Maria Eliane Ferreira dos Santos.
Histórias de Família 111
Manelito Sousa

 Francisca Paula Cabral dos Santos casada com


Luis Eduardo da Silva Ribeiro.
(3)
4.6.3.Antônio Francisco de Sousa Santos casado com
Florismar dos Santos:
 Marco Josiel dos Santos casado com Ângela Maria
Nunes dos Santos;
 Joelma Maria dos Santos casada com João Araújo
dos Santos Filho.
(3)
4.6.4. José Garcia de Sousa Santos casado com
Francisca Rodrigues da Silva Santos:
 Francisco Eduardo da Silva Santos.
 Eugenia da Silva Santos.
 Ana Carolina da Silva Santos.
(3)
4.6.5.Teresinha de Jesus Sousa Santos casada com
João da Cruz Sousa. Família descrita no capítulo 9.
(3)
4.6.6. Pedro de Sousa Santos;
(3)
4.6.7.Ana Patrícia de Sousa Santos casada com
Francisco Xavier dos Santos;
(3)
João dos Santos Neto casado com Maria Pereira
4.6.8.
dos Santos:
 Ronaldo Pereira dos Santos casado com Ana
Januária da Silva Campelo;
 Romário Pereira dos Santos;
 Rodrigo Pereira dos Santos;
 Vinicius Pereira dos Santos.
(3)
4.6.9.Adaurício Miguel de Sousa Santos casado com
Elisangela Cabral:
 José Mateus de Sousa Cabral.
 Bruno Miguel de Sousa Cabral.
112 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
4.6.10. Naianna Karla de Sousa Santos;
(3)
4.6.11. Socorro de Maria de Sousa Santos.
(3)
Manoel dos Santos Martins (Nezinho) casou com
4.7.
Maria Josefina da Costa Santos:
(3)
4.7.1. Maria Irene da Costa Santos;
(3)
4.7.2. José Arimatéia da Costa Santos;
(3)
4.7.3. Maria Angelita da Costa Santos;
(3)
4.7.4. Inácia da Costa Santos;
(3)
4.7.5. Eva da Costa Santos;
(3)
4.7.6. Benedita da Costa Santos
(3)
4.7.7. Odelita da Costa Santos;
(3)
4.7.8. Onesina da Costa Santos.
(3)
4.8.Carolina dos Santos Martins casou com Sebastião
Pereira dos Santos. Família descrita no item (5) deste
capítulo;
(3)
4.9.Antônio dos Santos Martins casou com Francisca
Ferreira de Santana:
(3)
4.9.1. Francisco dos Santos Martins;
(3)
4.9.2. Maria da Cruz Ferreira dos Santos Martins;
(3)
4.9.3. Maria Ferreira dos Santos Martins (Zelina);
(3)
4.9.4. Manoel da Paixão dos Santos Martins.
(3)
4.10. José Martins dos Santos não constituiu família;
(3)
Miguel dos Santos
4.11. Martins casou com Maria
Rodrigues de Sousa;
(3)
4.12. Francisca dos Santos Martins não constituiu família;
Histórias de Família 113
Manelito Sousa

(3)
4.13.Joaquina dos Santos Martins casada com Jesuíno
Francisco de Sousa. Família descrita no item (10).

(3)
5. RAIMUNDA JESUÍNA DOS SANTOS (Mundoca) casou com
seu primo ELESBÃO PEREIRA DOS SANTOS. Ficou viúva e
casou pela segunda vez com Francisco Carlos de Sousa (Véi
Carrim):
(3)
João Carlos de Sousa casou com Antônia Marreira de
5.1.
Sousa:
(3)
5.1.1. Raimundo Marreira de Sousa;
(3)
5.1.2. Maria do Socorro de Sousa Santos;
(3)
5.1.3. Expedito Marreira de Sousa;
(3)
5.1.4. José Marreira de Sousa;
(3)
5.1.5. Pedro Marreira de Sousa;
(3)
5.1.6. Maria José de Sousa.
(3)
Mariano Carlos de Sousa casou com Maria Emília de
5.2.
Sousa:
(3)
5.2.1. Geraldo Mariano de Sousa;
(3)
5.2.2. Raimundo Mariano de Sousa;
(3)
5.2.3. Lídia Emília de Sousa;
(3)
5.2.4. José Mariano de Sousa;
(3)
5.2.5. Vicente Mariano de Sousa;
(3)
5.2.6. Teresinha Emília de Sousa;
(3)
5.2.7. Emília Maria de Sousa;
(3)
5.2.8. Raimunda Emília de Sousa;
(3)
5.2.9. Maria de Fátima Sousa.
114 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
Joaquim Carlos de Sousa casou com Maria Carolina de
5.3.
Sousa:
(3)
5.3.1. Maria das Graças Sousa;
(3)
5.3.2. Antônio Carlos de Sousa;
(3)
5.3.3. Joel Carlos de Sousa;
(3)
5.3.4. Maria da Cruz Sousa;
(3)
5.3.5. Francisco Carlos de Sousa.
(3)
5.4.José Carlos de Sousa casou com Maria do Carmo
Santos Sousa:
(3)
5.4.1. Francisco dos Santos Sousa;
(3)
5.4.2. Raimundo Nonato dos Santos Sousa;
(3)
5.4.3. Antônio dos Santos Sousa.
(3)
5.5.Raimundo Carlos de Sousa casado com Maria de
Lourdes Santos Sousa:
(3)
5.5.1. Maria da Cruz dos Santos Sousa;
(3)
5.5.2. Francisco dos Santos Sousa;
(3)
5.5.3. Maria do Socorro dos Santos Sousa;
(3)
5.5.4. Joaquim dos Santos Sousa (Jota).
(3)
Maria Doó Sousa casou com Antônio Sousa Vieira
5.5.5.
de Carvalho:
 Leide Dayane Sousa Carvalho casada com
Eustáquio Antonino de Sousa;
 Nayane Sousa de Carvalho;
 Antônio Sousa Vieira de Carvalho Júnior.
(3)
5.6.Manoel Carlos de Sousa casou com Maria da Cruz
Lopes de Sousa:
(3)
5.6.1. Maria Doó Lopes de Sousa;
Histórias de Família 115
Manelito Sousa

(3)
5.6.2. Edimilson Lopes de Sousa;
(3)
5.6.3. Edilson Lopes de Sousa;
(3)
5.6.4. Edivaldo Lopes de Sousa;
(3)
5.6.5. Antônio Lopes de Sousa;
(3)
5.6.6. Edilsa Lopes de Sousa;
(3)
5.6.7. Manoel Carlos de Sousa Filho;
(3)
5.6.8. Simone Lopes de Sousa.
(3)
Maria Jesuína de Sousa casou com Luis Rodrigues de
5.7.
Sousa (Luis Levino) e não tiveram filhos;
(3)
5.8.Maria Madalena de Sousa casou com José Lisandro
(Deca Lisandro) e não tiveram filhos.
(3)
5.9. Carolina Jesuína de Sousa casou com Pedro Lisandro:
(3)
5.9.1. Antônio de Sousa Lisandro;
(3)
5.9.2. Pedro Lisandro de Sousa;
(3)
5.9.3. José Maria Lisandro de Sousa.
(3)
5.10. Líbia Jesuína de Sousa casou com Raimundo
Marreiros dos Santos:
(3)
5.10.1. Maria da Purificação de Sousa Santos;
(1)
5.10.2. Antônio Marreiros de Sousa Santos;
(1)
5.10.3. Maria da Cruz de Sousa Santos;
(1)
5.11.Alexandrina Jesuína de Sousa casou com Joaquim
Mateus de Sousa (Mateus do Oseas):
(3)
5.11.1. Maria de Lourdes Sousa;
(3)
5.11.2. Oséas Pereira Neto.
116 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(3)
6. JOAQUINA JESUINA DOS SANTOS casou com Raimundo
(1)
Pereira dos Santos (Mundiquim). Família descrita no item .

(3)
7. MARIA JESUÍNA DOS SANTOS (Sinharinha) casou com
(1)
Mundiquim. Família descrita no item .

(3)
8. RAIMUNDA CAROLINA DOS SANTOS (Munda) casou com
(5)
Pedro Pereira dos Santos. Família descrita no item .

(3)
9. JOSEFA JESUÍNA DOS SANTOS (Iaiá) casou com João
(5)
Pereira dos Santos. Família descrita no item .

JOÃO DO SANTO(3) ficou viúvo e contraiu segundo matrimônio


com MARIA ISABEL DE SOUSA (Sinhá). Família descrita no
capítulo 3.

(4)
MARIA FILOMENA DOS SANTOS (Filó) casou com JOSÉ
ALVES PEREIRA:

(4)
1. ELVIRA VIEIRA DE CARVALHO casou com Manoel Vieira de
Carvalho:
(4)
1.1. Elias Vieira de Carvalho casou com Maria Vieira de
Carvalho (Maricô):
(4)
1.1.1. Adelino Vieira de Carvalho;
(4)
1.1.2. José Vieira de Carvalho;
(4)
1.1.3. Raimundo Vieira de Carvalho;
(4)
1.1.4. Júlia Vieira de Carvalho;
(4)
1.1.5. Luis Vieira de Carvalho;
Histórias de Família 117
Manelito Sousa

(4)
1.1.6. Albertino Vieira de Carvalho;
(4)
1.1.7. Gonçalo Pereira de Carvalho;
(4)
1.1.8. Maria Vieira de Carvalho.
(4)
1.2.Maria Francisca da Silva (Iaiá) casou com José Soares
da Silva (Zé Marcílio):
(4)
1.2.1. Elizeu Soares da Silva;
(4)
1.2.2. Irismar Soares da Silva;
(4)
1.2.3. Maria Soares da Silva;
(4)
1.2.4. Valdemar Soares da Silva.
(4)
1.3.Maria de Lourdes Vieira de Carvalho casou com
Augusto do Rodeiro;
(4)
1.4.Isabel Vieira de Carvalho (Bilu) casou com Vicente
Lopes;
(4)
José Vieira de Carvalho (Zé Mago) casou Maria Soares
1.5.
de Carvalho (irmã do Zé Marcílio);
(4)
1.6.Raimundo Vieira de Carvalho casou com Maria José
Soares Vieira;
(4)
Gerson Vieira de Carvalho casou com Lucila Santos
1.7.
Carvalho:
(4)
1.7.1.
Antônio Vieira dos Santos. Família descrita no
capítulo 4.
(4)
Odilon Vieira dos Santos. Família descrita no
1.7.2.
capítulo 4.
(4)
1.8.Alípio Vieira de Carvalho casou com Maria Rodrigues
de Carvalho;
(4)
1.9. Filomena Vieira de Carvalho (Filó) casou com José
Pereira de Carvalho (Dosa):
118 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(4)
1.9.1. Francisco Pereira de Carvalho casado com
Ivanilde Pereira;
(4)
José Pereira de Carvalho casado com Maria Lúcia
1.9.2.
Gonçalves de Carvalho;
(4)
1.9.3. Elvira Vieira de Carvalho casada com Luis
Barbosa de Andrade;
(4)
1.9.4. Raimundo Vieira de Carvalho (Barrinha);
(4)
1.9.5.Maria Pereira de Carvalho casada com Francisco
Lista de Carvalho;
(4)
Maria de Lourdes Pereira de Carvalho casada com
1.9.6.
Marcelo de Oliveira.
(4)
1.10. Luis Vieira de Carvalho casou com Otília Soares
Vieira de Carvalho.

(4)
2. IDALINA FRANCISCA DA ENCARNAÇÃO (Dona) casou
com Manoel Campelo da Silva:
(4)
2.1.Francisca Maria dos Santos (Chiquinha) casou com
Josué Pereira dos Santos (Nenzinho). Família descrita no
item (6);
(4)
Antônia Francisca da Encarnação casou com Teodoro
2.2.
Rodrigues Bandeira:
(4)
2.2.1. Maria Francisca Bandeira;
(4)
2.2.2. Alcina Francisca Bandeira;
(4)
2.2.3. Pedro de Alcântara Bandeira (Canário);
(4)
2.2.4. Jerônimo Rodrigues Bandeira;
(4)
Inês Francisca Bandeira casou com Antenor José
2.2.5.
de Sousa;
Histórias de Família 119
Manelito Sousa

(4)
2.2.6.Erotides Francisca Bandeira casou com Luis
Antônio de Sousa. Família destacada no capítulo 9.
(4)
2.2.7. José Arseno Bandeira. Família destacada no
capítulo 9.
(4)
2.2.8. Emília Francisca Bandeira;
(4)
2.2.9. Enoque Rodrigues Bandeira.
(4)
Maria Francisca da Encarnação casada com José
2.3.
Domingos de Sousa (Zuza):
(4)
2.3.1. José Domingos de Sousa (Zeca do Zuza) casou
com Maria de Jesus Sousa:
 Sandra Maria de Sousa;
 Jose Vandilson de Sousa;
 Francisco Ulisses de Sousa.
(4)
2.3.2. Teresa Maria de Sousa;
(4)
2.3.3. Emília Maria de Sousa;
(4)
Maria da Natividade Sousa casou com Francisco
2.3.4.
Raimundo de Sousa (Chiquim):
 Raimundo Francisco de Sousa;
 Maria Orlene de Sousa;
 Francisca Maria de Sousa;
 Francisco Raimundo de Sousa Filho.
(4)
2.4. Elisa Francisca Nunes (Ilu) casou com Benedito da
Silveira Nunes:
(4)
Maria Silveira Nunes dos Santos. Família descrita
2.4.1.
no item (5);
(4)
2.4.2. Francisco Silveira Nunes. Família descrita no
capítulo 9;
(4)
2.4.3. Joaquim Silveira Nunes. Família descrita no
capítulo 5;
120 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(4)
Manoel da Silveira Nunes (Né Nunes) casou com
2.4.4.
Maria Doó Nunes:
 Maria Furtuosa Nunes Vieira;
 Teresa Maria Nunes;
 Benedito Silveira Nunes Neto;
 Maria da Anunciação Nunes;
 João Silveira Nunes
 Maria de Jesus Nunes Morais;
 Judite Maria Nunes Nogueira;
 Edite Maria da Conceição Nunes;
 Carmelita Maria Nunes;
 Maria do Amparo Nunes;
 José Silveira Nunes;
 Francisco Expedito Nunes.
Né Nunes teve dois filhos do segundo casamento:
 Manoel da Silveira Nunes Filho;
 Ana Paula da Silveira Nunes.
(4)
2.4.5. João Silveira Nunes casou com Maria da Dudu.
Família descrita no capítulo 9;
(4)
2.4.6.Sebastião da Silveira Nunes casado com Rosa
Moreira Nunes;
(4)
2.4.7. Cândida Silveira Nunes não constituiu família.
(4)
2.5. José Campelo da Silva (Zé do Canto) não constituiu
família;
(4)
2.6. Manoel Campelo da Silva (Ioiô do Canto) casou com
Rosa Soares da Silva:
(4)
Aldenora Soares Bandeira casada com Enoque
2.6.1.
Rodrigues Bandeira;
(4)
2.6.2. Maria Soares da Silva Nunes;
(4)
2.6.3. Maria das Graças Soares da Silva;
Histórias de Família 121
Manelito Sousa

(4)
2.6.4. Maria da Paz Soares da Silva;
(4)
2.6.5. Maria das Neves Soares da Silva.
(4)
Raimunda Francisca da Encarnação (Mundica) casou
2.7.
com Agostinho José de Sousa:
(4)
Antenor José de Sousa casou com Inês Francisca
2.7.1.
Bandeira;
(4)
2.7.2. Nelson José de Sousa (Né).

(4)
3. ELISA FRANCISCA DE SOUSA casou com Aristarco
Francisco de Sousa:
(4)
Antônio Francisco de Sousa casou com Joaquina de
3.1.
Sousa (Sinhara):
(4)
3.1.1. Teresinha de Sousa Farias casou com Jonas
Farias:
 Maria do Amparo Sousa Farias;
 Fernando Sousa Farias;
 José do Egito Sousa Farias.
(4)
3.2. Maria Salomé de Sousa (Soló) casou com Antônio
João Nunes, filho de Bertoldo Nunes e não tiveram filhos.

(5)
FRANCISCO RAIMUNDO DOS SANTOS casou com RAIMUNDA
CAMPELO DOS SANTOS, filha de sua irmã Balbina:

(5)
1. JOÃO PEREIRA DOS SANTOS (Joãozinho) casou com Josefa
Jesuína dos Santos (Iaiá), filha de seu tio João do Santo:
(5)
Raimundo Pereira dos Santos (Dico) casou com Belisa
1.1.
Araújo dos Santos e não tiveram filhos.
122 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(5)
1.2.Sebastião Pereira dos Santos (Inhão) casou com
Carolina Martins dos Santos:
(5)
1.2.1. Maria de Lourdes Santos;
(5)
1.2.2. Maria Marlene Santos:
 Thereza Carolina Pádua de Almeida Santos;
 Caio Iatan Pádua de Almeida Santos.
Inhão ficou viúvo e casou novamente com Ismelda
Monteiro de Sousa Santos:
(5)
1.2.3. Luciana de Sousa Santos;
(5)
1.2.4. Luciano de Sousa Santos;
(5)
1.2.5. Ludson de Sousa Santos.
(5)
1.3. Maria de Jesus Santos (Quinha) casada com José
Pereira dos Santos (Zeca Vicente):
(5)
Francisco Pereira dos Santos casado com Maria
1.3.1.
José Pereira dos Santos:
 Fredson Pereira dos Santos;
 Frediana Pereira dos Santos;
 Fabiana Pereira dos Santos;
 Franciana Pereira dos Santos;
 Francisco Pereira dos Santos Filho.
(5)
1.3.2. Raimundo Pereira dos Santos;
(5)
1.3.3. João da Cruz Santos;
(5)
1.3.4. José da Cruz Santos;
(5)
1.3.5. Antônio Pereira dos Santos;
(5)
1.3.6. Maria das Dores dos Santos;
(5)
1.3.7. Rita Maria dos Santos;
(5)
1.3.8. Maria Vitoria dos Santos;
Histórias de Família 123
Manelito Sousa

(5)
1.3.9. Sebastião Pereira dos Santos Sobrinho.
(5)
1.4. Vicente Pereira dos Santos casou com Maria Rodrigues
da Silva Santos (Losa):
(5)
Francisca Rodrigues dos Santos Nunes casou com
1.4.1.
Antônio dos Santos Nunes. Família descrita no capítulo 9.
(5)
1.4.2.Manoel Pereira dos Santos (Lito) casou com
Dulcineia Nunes dos Santos:
 Kleyton Halley dos Santos Nunes;
 Emannoely dos Santos Nunes.
(5)
1.5.Isabel Maria dos Santos (Bilu) casou com José
Monteiro Nunes:
(5)
1.5.1. Luísa Maria dos Santos;
(5)
1.5.2. Maria do Socorro Santos;
(5)
1.5.3. José Filho dos Santos Monteiro (Zé Bilu).
(5)
1.6. Carolina de Jesus Santos casou com João Pereira dos
Santos Sobrinho:
(5)
1.6.1. José Ribamar dos Santos;
(5)
1.6.2. Francisco Xavier dos Santos;
(5)
1.6.3. Maria do Socorro dos Santos;
(5)
1.6.4. Maria da Vitória dos Santos;
(5)
1.6.5. Luís Gonzaga dos Santos.

(5)
2. PEDRO PEREIRA DOS SANTOS (Pedro Raimundo) casou
com Raimunda Carolina dos Santos (Munda), filha de seu tio
João do Santo:
(5)
Francisco dos Santos Neto (Chicão) casou com Maria
2.1.
da Silveira Nunes dos Santos:
124 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(5)
2.1.1.Pedro dos Santos Neto casado com Maria
Rodrigues Bandeira:
 Mirella Bandeira Santos;
 Geisa Maria Bandeira Santos.
(5)
2.1.2. Valmir Nunes dos Santos casado com Lauriane
Dias Alencar e não tem filhos.
(5)
2.1.3. Francisca Silveira Nunes dos Santos:
 Rômulo dos Santos Lima;
 Andrea dos Santos Lima.
(5)
2.1.4. Edmar Nunes dos Santos casado com Conceição
Santos:
 Edmária dos Santos.
(5)
Maria Erenice Nunes dos Santos Vieira casada
2.1.5.
com José Maria Soares Vieira:
 Josenice Vieira Nunes;
 Josimeire Nunes Vieira.
(5)
2.1.6. João Pessoa Nunes dos Santos casado com
Rosélia Araújo dos Santos:
 Aline Raquel Araújo dos Santos;
 Ariane Raissa Araújo dos Santos;
 Arielton Araújo dos Santos.
(5)
2.1.7. Maria Ivanete Nunes;
(5)
2.1.8. Antônio Santos Nunes;
(5)
2.1.9. Francisco Nunes dos Santos Filho casado com
Susana Maria de Aguiar Nunes:
 Maria Karolyne de Aguiar Nunes;
 João Arthur de Aguiar Nunes.
(5)
2.2.Raimundo Pereira dos Santos casou com Aldenora
Barbosa dos Santos e não tiveram filhos.
Histórias de Família 125
Manelito Sousa

(5)
3. CANDIDA FRANCISCA DA SILVA casou com seu tio Casemiro
Fonseca dos Santos. Família descrita no item (11).

(5)
4. MARIA FRANCISCA DOS SANTOS (Neném) casou com seu
tio Miguel dos Santos Fonseca. Família descrita no item (15).

(5)
CHICO RAIMUNDO ficou viúvo e casou com BENÍCIA
RODRIGUES DOS SANTOS:

(5)
5. RAIMUNDA RODRIGUES DOS SANTOS (Raimundinha)
casou com João Mané, filho de seu tio Mané do Ferreiro.
Família descrita no item (9).

(5)
6. MARIA RODRIGUES DOS SANTOS (Dona) casou com
Joaquim Mané filho de seu tio Mané do Ferreiro. Família
descrita no item (9).

(5)
7. JOANA RODRIGUES DOS SANTOS casou com seu primo
Vicente Boga, filho de seu tio João do Santo. Família descrita
no item (3).

(5)
8. JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS (Zé Chiquinho) casou com
Maria Rodrigues dos Santos:
(5)
8.1. Pedro Rodrigues dos Santos casou com Maria das
Dores Rodrigues;
(5)
8.2. Francisco Rodrigues dos Santos casou com Maria do
Socorro Rodrigues;
(5)
8.3. Manoel Rodrigues dos Santos casou com Maria
Cândida de Sousa;
126 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(5)
8.4. Antônio Rodrigues dos Santos;
(5)
8.5. Raimundo Rodrigues dos Santos;
(5)
8.6. Maria de Lourdes dos Santos casou com José
Rodrigues dos Santos (Dedé). Família descrita no item (9)
deste capítulo;
(5)
8.7. Maria do Socorro dos Santos casou com Raimundo
Alves Brandão;
(5)
8.8. José Maria dos Santos;
(5)
8.9. Luis Rodrigues dos Santos;
(5)
8.10. Maria das Dores dos Santos casou com Edgar Alves
Alcântara;
(5)
8.11. João Rodrigues dos Santos;
(5)
8.12. Sebastião Rodrigues dos Santos.

(6)
JOSUÉ PEREIRA DOS SANTOS (Nenzinho) casou com
HERCILIA RODRIGUES DOS SANTOS, filha de Hermenegildo
(Véi Dodó):

(6)
1. DAVID DOS SANTOS FONSECA casou com Jesuína Maria
dos Santos (filha de seu tio Mire):
(6)
1.1. Maria das Dores Santos;
(6)
1.2. Maria José dos Santos;
(6)
1.3. Wanda Santos.

(6)
2. ALMERINDA RODRIGUES DOS SANTOS;
(6)
3. MANOEL DOS SANTOS FONSECA casou com Isabel da
Silva Fonseca (Bilu) e não tiveram filhos.
Histórias de Família 127
Manelito Sousa

(6)
4. MESSIAS DOS SANTOS FONSECA casou com Alexandrina
(9)
dos Santos Fonseca. Família descrita no item desse capítulo.

(6)
5. MIQUEIAS DOS SANTOS FONSECA casou com Eugênia
Costa Fonseca:
(6)
5.1. Vera Lucia Costa Fonseca;
(6)
5.2. Miqueias dos Santos Fonseca Filho.

(6)
6. RAIMUNDA DOS SANTOS FONSECA casou com Vicente
(3)
Pereira dos Santos (Vicente Boga). Família descrita no item .

(6)
7. SEBASTIANA RODRIGUES DOS SANTOS (Senhora) casou
(14)
com seu tio (Nenenzinho). Família descrita no item .

(6)
8. ELVIRA RODRIGUES DA SILVA casou com o Luis Luciano
da Silva (Luis mão Fria):
(6)
8.1. Júlio Rodrigues da Silva;
(6)
8.2. Francisco Rodrigues da Silva;
(6)
8.3. Abdias Rodrigues da Silva;
(6)
8.4. Teresinha Rodrigues da Silva;
(6)
8.5. Maria de Deus Rodrigues da Silva.

(6)
9. MARIA DO SOCORRO SANTOS casou com Bruno. Moravam
em Teresina, mas afastaram-se da família e não se tem
notícias de sua descendência.
128 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

NENZINHO ficou viúvo e contraiu um segundo matrimônio com


FRANCISCA MARIA DOS SANTOS (Chiquinha):

(6)
10. MARIA DOS SANTOS FONSECA NUNES (Bé) casou com
Roque Monteiro Nunes:
(6)
10.1. Raimunda dos Santos Nunes da Silva;
(6)
10.2. Antônio dos Santos Nunes;
(6)
10.3. Francisco dos Santos Nunes;
(6)
10.4. Maria da Conceição dos Santos Nunes.

(6)
11. IDALINA FRANCISCA DOS SANTOS LOPES (Dona) casou
com Raimundo Lopes da Silva e não tiveram filhos.

(6)
12. MANOEL CAMPELO DOS SANTOS (Né) casou com Maria
das Neves Soares dos Santos:
(6)
12.1.Maria Iolanda Soares dos Santos casou com Nilton
Pereira dos Santos. Família descrita no item (14).
(6)
12.2. Maria Ivanilde Soares Santos Nunes casada com
Raimundo dos Santos Nunes. Família descrita no capitulo 9;
(6)
12.3. Isenilde Alves dos Santos;
(6)
12.4. Ileide Soares dos Santos.
Manoel Campelo dos Santos (NÉ) ficou viúvo e casou com
Luzia Augusta da Silva Santos:
(6)
12.5. Irenaldo da Silva Santos;
(6)
12.5. Maria Islane da Silva Santos;
(6)
12.6. Sebastiana Inara Macedo dos Santos;
(6)
12.7. Maria Ilana da Silva Santos.
Histórias de Família 129
Manelito Sousa

(6)
13. PEDRO DOS SANTOS FONSECA.

(6)
14.JESUÍNO DOS SANTOS FONSECA (Du) casou com
Raimunda Fonseca dos Santos:
(6)
14.1. Francisca Edilene dos Santos Fonseca;
(6)
14.2. Maria Elidiene dos Santos Fonseca.

(7)
JESUÍNO PEREIRA DOS SANTOS (Neno). Família descrita no
capítulo 3.

PEDRO DOS SANTOS FONSECA ficou viúvo e casou com


JESUÍNA MARIA DE SOUSA, descendente da família “Pereira de
Sousa” do povoado Buritizinho.
Segue a descendência de Pedro Santo e Jesuína:

(8)
ANA CAROLINA DOS SANTOS (Donana);
(9)
MANOEL DOS SANTOS FONSECA (Mané do Ferreiro);
(10)
MARIA CAROLINA DOS SANTOS (Doninha);
(11)
CASEMIRO DOS SANTOS FONSECA (Mire);
(12)
ANTÔNIO DOS SANTOS FONSECA;
(13)
IDALINA DE SOUSA SANTOS (Dazinha);
(14)
JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS (Nenenzinho);
(15)
MIGUEL DOS SANTOS FONSECA;
(16)
BENEDITA MARIA DOS SANTOS (Dica);
130 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(17)
RAIMUNDO DOS SANTOS FONSECA foi o único filho de
Pedro do Santo que chegou á idade adulta e não constituiu
família.

(8)
ANA CAROLINA DOS SANTOS (Donana) casou com
Clementino José de Sousa:
(8)
1. RAIMUNDA MARIA DOS SANTOS (Munda) casou com
Manoel José de Sousa (Neco):
(8)
1.1. Ana Cândida de Sousa casou com Luis Gonzaga de
Sousa (Luis Acelino):
(8)
1.1.1. Raimunda Cândida de Sousa;
(8)
1.1.2. Antônio Luis de Sousa;
(8)
1.1.3. Maria do Socorro Sousa;
(8)
1.1.4. Eudoro José de Sousa (Dó);
(8)
1.1.5. José Luis de Sousa;
(8)
1.1.6. Joaquim José de Sousa;
(8)
1.1.7. Antônio José de Sousa.
(8)
1.2. José Firmino de Sousa;
(8)
1.3. Maria Cândida de Sousa (Neném);
(8)
1.4. Maria Cândida de Sousa (Cândida) casou com
Miguel Antônio de Sousa (Miguel Augusto). Família
descrita no item (10);
(8)
1.5. Vitória Cândida de Sousa casou com Firmino José
de Sousa e não tiveram filhos;
(8)
1.6. Rosa Cândida de Sousa casou com Francisco José
de Sousa (Chiquim Acelino):
(8)
1.6.1. Maria Cândida de Sousa;
(8)
1.6.2. Raimundo José de Sousa;
Histórias de Família 131
Manelito Sousa

(8)
1.6.3. Manoel José de Sousa Neto;
(8)
1.6.4. Antônia Cândida de Sousa;
(8)
1.6.5. José Francisco de Sousa.

(8)
2. ISABEL MARIA DOS SANTOS casou com Elesbão
Antônio de Sousa (Senhor). Família descrita no item (10);

(8)
3. FRANCISCA MARIA DOS SANTOS (Chica) teve três
filhos do relacionamento com seu cunhado Neco:
(8)
3.1. Antônia Maria de Santos casou com João José
Ferreira (João Rosa):
(8)
3.1.1. Manoel José Ferreira (Biô);
(8)
3.1.2. Benedito José Ferreira (Dito).
(8)
3.2. Augusta Maria dos Santos não constituiu família.
(8)
3.3. Sebastião Francisco dos Santos (Santo da Chica)
casou com Maria Cândida de Sousa:
(8)
3.3.1. Francisco de Sousa Santos;
(8)
3.3.2. Geraldo de Sousa Santos.
Santo da Chica ficou viúvo e casou com Maria José
Batista dos Santos:
(8)
3.3.3. Edmar Francisco dos Santos;
(8)
3.3.4. Edimilson Francisco dos Santos;
(8)
3.3.5. Maria da Cruz dos Santos;
(8)
3.3.6. Maria Orlene dos Santos.
132 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(8)
4. JOSÉ CLEMENTINO DE SOUSA casou com Raimunda
Mariana de Sousa (Mundoca):
(8)
Mariana Vieira de Sousa (Sinhara) casou com João
4.1.
Raimundo de Sousa (João Mundoco):
(8)
4.1.1. Luiza Vieira de Sousa;
(8)
4.1.2. Francisco Raimundo de Sousa;
(8)
4.1.3. Maria do Espirito Santo;
(8)
4.1.4. Raimundo de Sousa Neto;
(8)
4.1.5. Marcos Raimundo de Sousa.
(8)
Benedita Vieira de Sousa casou com Antônio José
4.2.
de Sousa (Totonho Maroca):
(8)
4.2.1. Maria José de Sousa;
(8)
4.2.2. Francisco José de Sousa;
(8)
4.2.3. Marcos José de Sousa;
(8)
4.2.4. Raimunda Vieira de Sousa;
(8)
4.2.5. Pedro José de Sousa;
(8)
4.2.6. José Antônio de Sousa;
(8)
4.2.7. Maria das Graças Sousa;
(8)
4.2.8. Maria de Lourdes Sousa;
(8)
4.2.9. Maria do Socorro Sousa;
(8)
4.2.10. Maria da Paz Sousa;
(8)
4.2.11. Antônio José de Sousa Filho.
(8)
4.3. Maria Vieira de Sousa (Marica);
(8)
Firmino José de Sousa casou com Vitória Cândida
4.4.
de Sousa:
(8)
4.4.1. Francisco José de Sousa.
Histórias de Família 133
Manelito Sousa

(8)
5. PEDRO CLEMENTINO DE SOUSA casou com Maria
Barbara de Sousa:
(8)
5.1. Antônio Clementino dos Santos (Neném);
(8)
5.2. Maria Barbara dos Santos;
(8)
5.3. Francisca Maria dos Santos;
(8)
5.4. Antônia José dos Santos;
(8)
5.5. Severiana Maria dos Santos;
(8)
5.6. Mariano Clementino dos Santos;
(8)
5.7. Benta Maria da Silva casou com Pedro Lopes da
Silva:
(8)
Elsa Maria da Silva Portela casada com Ivan
5.7.1.
Freitas Portela:
 Ravena da Silva Portela;
 Raissa da Silva Portela.
(8)
Francisca Lopes Macedo
5.7.2. casada com
Veridson Rodrigues Macedo:
 Mateus Lopes Macedo;
 Tiago Lopes Macedo.
(8)
Leda Lopes Galdino casada com Francisco
5.7.3.
Sales Rodrigues Galdino:
 Gustavo Lopes Galdino;
 Suyanne Nathália Vieira Melo.
(8)
1.5.8. Luís Clementino dos Santos (Lulu).
134 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(9)
MANOEL DOS SANTOS FONSECA (Mané do Ferreiro) casou
com MARIA RODRIGUES DOS SANTOS (Mariquinha), filha de
Hermenegildo (Véi Dodó):
(9)
1. ANTÔNIO DOS SANTOS FONSECA (Totonho Mané) (1901-
1983) casou com Francisca dos Santos Fonseca (Chiquinha)
(1908-1992), filha de seu tio Mire:
(9)
1.1.Sebastião dos Santos Fonseca (1931-2005) casou
com Francisca Rita Pereira:
(9)
1.1.1. Antônia Cordélia Fonseca casou com José Egito
de Sousa:
 José Egito Júnior;
 Raquel Fonseca;
 Emanuel Fonseca.
(9)
Raimunda dos Santos Leal (Sinhá) (1940) casou com
1.2.
Teodoro Mendes Leal:
(9)
Maria do Socorro Leal casou com Francisco da
1.2.1.
Costa Paixão:
 Vinícius Leal;
 Vitor Leal;
 Rafael Leal.
(9)
1.2.2. Clara Francisca Leal;
(9)
1.2.3. José Messias Leal casou com Maria de Sousa
Leal:
 Luana Leal.
(9)
1.2.4. Maria das Graças Leal;
(9)
Francisca de Lourdes Leal casou com Raimundo
1.2.5.
José Leal:
 Natália Leal;
 Igor Leal.
Histórias de Família 135
Manelito Sousa

(9)
1.3. Maria de Lourdes Santos Fonseca (De Lourdes);
(9)
1.4. Maria de Jesus Santos Fonseca (Dijé);
(9)
Francisco dos Santos Fonseca casou com Wilma
1.5.
Ferreira:
(9)
1.5.1. Pedro Paulo Fonseca;
(9)
1.5.2. Marcos Antônio Fonseca.

(9)
2. RAIMUNDA DOS SANTOS FONSECA (Dodoca) casou com
Raimundo dos Santos Sobrinho (Mundico), filho de seu tio Mire.
Família descrita no item (11) deste capítulo;

(9)
3. JOÃO DOS SANTOS FONSECA (João Mané) casou com
Raimunda Rodrigues dos Santos (Raimundinha) filha do
segundo casamento de seu tio Chico Raimundo:
(9)
3.1.Maria Rodrigues dos Santos (Diré) casou com
Benedito Rodrigues de Sousa:
(9)
3.1.1. Raimunda Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.2. Francisco de Assis Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.3. Cleonice Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.4. Antônio Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.5. Claudete Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.6. Rita Rodrigues de Sousa;
(9)
3.1.7. Denise Rodrigues dos Santos;
(9)
3.1.8. Jose Rodrigues dos Santos.
(9)
3.2.Maria Rodrigues dos Santos (Bibiu) casou com
Raimundo Rodrigues dos Santos:
(9)
3.2.1. Raimunda dos Santos Neta;
136 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(9)
3.2.2. Francisco Sobrinho dos Santos (Di).
Bibiu ficou viúva e casou com Alfredo José Ferreira:
(9)
3.2.3. Alfredo José Ferreira Filho;
(9)
3.2.4. Luísa Lecioneide dos Santos Ferreira;
(9)
3.2.5. Lidiane Rodrigues Ferreira.
(9)
Francisco Rodrigues dos Santos casou com Rosa Maria
3.3.
dos Santos e não tiveram filhos.
(9)
3.4.João Rodrigues dos Santos casou com Teresa Maria da
Silva Santos:
(9)
3.4.1. Sandra Maria da Silva Santos;
(9)
3.4.2. Celma Maria da Silva Santos;
(9)
3.4.3. Paulo Ivan da Silva Santos;
(9)
3.4.4. Hélio Márcio da Silva Santos.
(9)
3.5.Manoel Rodrigues dos Santos (Né) casou com
Carmelita dos Santos Fonseca:
(9)
3.5.1. Juliana Fonseca dos Santos.
(9)
José Rodrigues dos Santos (Dedé) casou com Maria de
3.6.
Lourdes Rodrigues dos Santos:
(9)
3.6.1. Irene Rodrigues dos Santos;
(9)
3.6.2. Ivonete Rodrigues dos Santos;
(9)
3.6.3. Luis Sobrinho Rodrigues dos Santos;
(9)
3.6.4. Ivoneide Rodrigues dos Santos.
(9)
3.7. Raimundo Rodrigues dos Santos não constituiu
família;
(9)
Antônio Rodrigues dos Santos casou com Regina Maria
3.8.
Nogueira dos Santos:
Histórias de Família 137
Manelito Sousa

(9)
3.8.1. Claudio Aurélio Nogueira dos Santos;
(9)
3.8.2. Carlos Rogério Nogueira dos Santos;
(9)
3.8.3. Cleison Valério Nogueira dos Santos.

(9)
4. PEDRO DOS SANTOS NETO (Pedro Mané) casou com
Joaquina de Sousa Santos e não tiveram filhos.

(9)
5. FRANCISCO DOS SANTOS FONSECA (Chico Mané) casou
com Maria Josefa de Sousa, filha de seu tio Antônio da
Madibaixo. Família destacada no capítulo 9.

(9)
6. ALEXANDRINA RODRIGUES DOS SANTOS casou com
Messias dos Santos Fonseca.
No início dos anos de 1950 Messias vendeu sua
propriedade no povoado Junco e todo o rebanho bovino ao
fazendeiro Mundinho da Ingazeira e mudou-se para Uruçuí-PI.
Levou a mulher e nove dos onze filhos, sendo que apenas os
dois mais novos nasceram naquela cidade do sul do Piauí.
Tempos depois de sua mudança para a cidade de Uruçuí o
Padre Pequeno, que era de Uruçuí mudou-se para a paróquia
de Oeiras e passou a frequentar a cidade Várzea Grande que
fazia parte de sua Paróquia. O Padre Pequeno dava notícias da
família de Messias e, em tom de brincadeira, contava que o
Messias era um negociante hábil, pois havia “matado” o
Mundinho da Ingazeira na venda da propriedade no Junco e
com a mesma arma, foi matar o próprio Padre Pequeno, de
quem comprou a propriedade em Uruçuí.
Messias criou a família na cidade Uruçuí, onde viveu desde
1950 até a morte. Com o tempo, os filhos foram se
espalhando. Alguns mudaram para o Maranhão, outros se
radicaram lá mesmo pelo sul do Piauí. José Alberto atualmente
138 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

mora em Curitiba, Fonsequinha e Álvaro mudaram para


Brasília, onde ainda residem. Com a morte do marido,
Alexandrina veio morar com os filhos na capital federal, onde
viveu por vários anos, falecendo em 1989.
Segue a descendência de Messias e Alexandrina:
(9)
6.1. Raimundo Nonato dos Santos;
(9)
6.2. Maria das Dores Santos (falecida);
(9)
Francisco Rodrigues dos Santos mudou-se para o
6.3.
Maranhão e perdeu o contato com a família.
(9)
6.4. Manoel dos Santos Fonseca:
(9)
6.4.1. Nórdico;
(9)
6.4.2. Manuela.
(9)
6.5. Maria do Socorro Santos:
(9)
6.5.1. Damásia Alexandrina Fonseca.
(9)
6.6. Doralice dos Santos Fonseca (Didi);
(9)
Maria Azeni Fonseca dos Santos mudou-se para o
6.7.
Goiás e perdeu o contato com a família.
(9)
Sebastião dos Santos Fonseca faleceu sem constituir
6.8.
família;
(9)
6.9. Raimundo Fonseca dos Santos (Fonsequinha):
(9)
6.9.1. Danusa de Castro Fonseca.
Fonsequinha contraiu segundo matrimônio com Luzanira
Maria de Lima Fonseca:
(9)
6.9.2. Mellysa Lima Fonseca.
(9)
6.10. José Alberto Fonseca dos Santos;
(9)
6.11. Álvaro dos Santos Fonseca:
(9)
6.11.1. Álvaro dos Santos Fonseca Júnior;
Histórias de Família 139
Manelito Sousa

(9)
6.11.2. Téo Pereira Fonseca.

(9)
7. JOAQUIM DOS SANTOS FONSECA (Joaquim Mané) casou
com Maria Rodrigues dos Santos (Dona), filha do segundo
casamento de seu tio Chico Raimundo:
(9)
7.1. Raimundo Rodrigues dos Santos casou com Maria
Rodrigues dos Santos, filha de seu tio João Mané. Família
descrita no item (9)8, acima;
(9)
7.2. Francisco Rodrigues dos Santos casou com Mariana
Elisa dos Santos. Família descrita no capítulo 9.
(9)
Maria da Cruz Santos casou com José Ferreira de
7.3.
Sousa (Zé Venâncio):
(9)
7.3.1. Raimundo Ferreira dos Santos;
(9)
7.3.2. José Ferreira dos santos;
(9)
7.3.3. Edimilson Ferreira dos Santos;
(9)
7.3.4. Antônia Ferreira dos Santos;
(9)
7.3.5. Irene Ferreira dos Santos.
(9)
7.4. Maria das Graças Santos casou com Manoel José
Ferreira (Biô):
(9)
7.4.1. Antônio dos Santos Ferreira;
(9)
7.4.2. Gilberto dos Santos Ferreira;
(9)
7.4.3. Gilmar dos Santos Ferreira;
(9)
7.4.4. Josias dos Santos Ferreira;
(9)
7.4.5. Maria do Rosário Santos Ferreira;
(9)
7.4.6. Francisco dos Santos Ferreira.
(9)
Antônio Rodrigues dos Santos (Antônio Mané) casou
7.5.
com Ozeni Ferreira Lima:
140 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(9)
7.5.1. Gilvando Ferreira dos Santos (Gil);
(9)
7.5.2. Antônio Ferreira dos Santos Filho (Filho);
(9)
7.5.3. Edinalva Ferreira dos Santos;
(9)
7.5.4. Francisco Jean Ferreira dos Santos.
(9)
7.6. Maria da Conceição dos Santos (Cê) casou com José
Domingos dos Santos:
(9)
7.6.1. Francisca Maura dos Santos;
(9)
7.6.2. José Domingos dos Santos Filho.
(9)
7.7. Maria Antônia dos Santos (Dutra) casou com Expedito
Ferreira da Silva:
(9)
7.7.1. Raniel dos Santos Ferreira.
(9)
7.8.Maria dos Reis Santos (Lindô) casou com Manoel
Alexandrino de Sousa Nunes (Né):
(9)
7.8.1. Elisandra dos Santos Nunes;
(9)
7.8.2. Erisvaldo dos Santos Nunes;
(9)
7.8.3. Edivaldo dos Santos Nunes.
(9)
8. JOSÉ DOS SANTOS FONSECA (Zé Mané) casou com
Carmelita dos Santos Fonseca, filha de Joaquim do Neno:
(9)
8.1. Maria Rodrigues dos Santos (Neném);
(9)
8.2. Juarez Rodrigues dos Santos;
(9)
8.3. Antônio Luis dos Santos;
(9)
8.4. Cícero Rodrigues dos Santos;
(9)
8.5. Luis Rodrigues dos Santos.
Mudaram-se para a cidade de Itaueira-PI e perdeu-se
o contato com essa família.
Histórias de Família 141
Manelito Sousa

(9)
9. PEDRO DOS SANTOS FONSECA (Fonseca) casou com
Teresa Rodrigues dos Santos, filha de seu tio Nenenzinho:
(9)
9.1. Maria do Socorro Santos Fonseca;
(9)
9.2. Manoel dos Santos Fonseca (Nezinho);
(9)
9.3. Raimundo dos Santos Fonseca.
Fonseca mudou-se com a família para a cidade de
Uruçuí–PI, no final da década de 1950, juntamente com a
família do seu cunhado Messias. Anos mais tarde, mandou a
mulher com três filhos pequenos para Teresina, alegando que
ficaria para resolver alguns problemas e depois iria juntar-se à
família. Porém, mudou-se para Goiás e não deu mais notícias.
Teresa, com a ajuda dos parentes viveu em Teresina onde
criou os filhos com dignidade.

(9)
10. MARIA RODRIGUES DOS SANTOS COELHO casou com
José Nelson Coelho:
(9)
10.1. Francisca dos Santos Coelho casou com Mario
Pereira da Silva:
(9)
10.1.1. Francimeire Coelho da Silva;
(9)
10.1.2. Conceição de Maria Coelho da Silva;
(9)
10.1.3. Mario Pereira da Silva Filho;
(9)
10.1.4. Atila Coelho da Silva;
(9)
10.1.5. Airton Coelho da Silva.
(9)
10.2. Raimundo dos Santos Coelho;
(9)
10.3. Manuel dos Santos Fonseca;
(9)
10.4. Antônio Nelson dos Santos Coelho;
(9)
10.5. Maria Lúcia dos Santos Coelho;
(9)
10.6. Francisco Rodrigues dos Santos Coelho;
142 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(9)
10.7. José Inácio dos Santos Coelho;
(9)
10.8. Paulo Henrique dos Santos Coelho.

(10)
MARIA CAROLINA DOS SANTOS (Doninha) casou com
Augusto Francisco de Sousa, da família do Buritizinho:

(10)
1. ELESBÃO ANTÔNIO DE SOUSA (Senhor Augusto) casou
com Isabel Maria dos Santos (Bela do Senhor):
(10)
Maria da Conceição Sousa casou-se com José Maria
1.1.
de Sousa (Zeca da Quitéria):
(10)
1.1.1. Feliciano José de Sousa;
(10)
1.1.2. Maria das Graças de Sousa;
(10)
1.1.3. Francisco José de Sousa;
(10)
1.1.4. Teresinha da Conceição Fernandes;
(10)
1.1.5. Maria Rita de Sousa;
(10)
1.1.6. Maria das Dores de Sousa;
(10)
1.1.7. Manoel José de Sousa;
(10)
1.1.8. João da Cruz de Sousa;
(10)
1.1.9. Raimundo Nonato de Sousa.
(10)
João Antônio de Sousa casou com Clemência Maria
1.2.
de Jesus Sousa:
(10)
1.2.1. Raimundo Vieira de Sousa;
(10)
1.2.2. José Vieira de Sousa;
(10)
1.2.3. Antônio Vieira de Sousa;
(10)
1.2.4. Francisca de Sousa Santos;
(10)
1.2.5. Maria de Sousa Santos;
Histórias de Família 143
Manelito Sousa

(10)
1.2.6. José Maria de Sousa;
(10)
1.2.7. Luis Vieira de Sousa;
(10)
1.2.8. Maria das Graças de Sousa Nunes;
(10)
1.2.9. Inácio Vieira de Sousa Santos (Neto).
(10)
1.3. Josefina Maria de Sousa (Santa) casou com Antônio
Luis de Sousa:
(10)
Francisco Antônio de Sousa casou-se com Maria
1.3.1.
Ocirene de Sousa Santos:
 Ilana de Sousa Santos.
(10)
2. FRANCISCO ANTÔNIO DE SOUSA (Chico Augusto) casou
com Isabel de Sousa Santos:
(10)
2.1. Augusto Francisco de Sousa (Neném) casou com
Maria da Conceição Santos Sousa:
(10)
2.1.1. João Evangelista de Sousa;
(10)
2.1.2. Francisco de Assis Sousa;
(10)
2.1.3. Teresinha Maria de Sousa;
(10)
2.1.4. Isabel Maria de Sousa;
(10)
2.1.5. Raimundo Augusto de Sousa;
(10)
2.1.6. Augusto Francisco de Sousa Filho;
(10)
2.1.7. Adelino Augusto de Sousa.
(10)
2.2.José Francisco de Sousa casou com Aldenora
Rodrigues de Sousa e não tiveram filhos;
(10)
Jesuíno Francisco de Sousa casou com Joaquina dos
2.3.
Santos Martins:
(10)
2.3.1. Maria Ocirene de Sousa Santos;
(10)
2.3.2. Maria Lucia de Sousa Santos;
144 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(10)
2.3.3. Raimundo de Sousa Santos;
(10)
2.3.4. Francisco dos Santos Sousa (Nêgo);
(10)
2.3.5. Maria do Socorro de Sousa Santos;
(10)
2.3.6. Antônio de Sousa Santos;
(10)
2.3.7. Luís de Sousa Santos.
(10)
2.4. Pedro Francisco de Sousa.
(10)
2.5.Antônio Francisco de Sousa casou com Maria de
Fátima Soares de Sousa:
(10)
2.5.1. Aparecida de Fátima Soares de Sousa.
(10)
2.6. Maria Francisca de Sousa casou com José de Sousa
Filho (Zé Maroca):
(10)
2.6.1. Maria Ozeni de Sousa;
(10)
2.6.2. Francisco José de Sousa (Neto);
(10)
2.6.3. Elza Maria de Sousa;
(10)
2.6.4. Maria da Cruz Sousa (Nega);
(10)
2.6.5. Valdemicia Maria de Sousa;
(10)
2.6.6. João José de Sousa.
(10)
2.7.Joaquim Francisco de Sousa (Jaca) casou com Maria
Ozeni dos Santos Sousa:
(10)
2.7.1. José Francisco dos Santos Sousa;
(10)
2.7.2. Antônio Francisco dos Santos ousa;
(10)
2.7.3. Maria do ó dos Santos Sousa;
(10)
2.7.4. Francisco Antônio de Sousa Neto;
(10)
2.7.5. Francisco das Chagas dos Santos Sousa;
(10)
2.7.6. Francisco Hilton dos Santos Sousa.
Histórias de Família 145
Manelito Sousa

(10)
Josefina Francisca de Sousa casou com José Maria de
2.8.
Sousa (Zeca Quitéria):
(10)
2.8.1. Artemízia Francisca de Sousa;
(10)
Cecílio José de Sousa teve um filho com Maria
2.8.2.
da Conceição Valentim Martins:
 Marcos Vinicius Martins de Sousa.
Cecílio casou com Delzuite Isabel Feitosa Sousa:
 Cecilia Caroline Feitosa de Sousa;
 Isaque Feitosa de Sousa.
(10)
João Francisco de Sousa casou com Maria Alves de
2.9.
Sousa (Lu):
(10)
Francisca Alves de Sousa casou com Marinaldo
2.9.1.
Rodrigues de Sousa:
 Washington Rodrigues de Sousa;
 Maria Clara Rodrigues de Sousa.
(10)
2.9.2. José de Sousa Sobrinho.
(10)
Casemiro Francisco de Sousa casou com Maria de
2.10.
Sousa Rocha:
(10)
Sonia Maria de Sousa Moraes casou com José
2.10.1.
Rodrigues de Moraes:
 Rodrigo de Sousa Moraes.
(10)
2.10.2. Josiane de Sousa Rocha;
(10)
2.10.3. Moises Sousa Rocha;
(10)
2.10.4. Marcelo Sousa Rocha.
(10)
3. PEDRO AUGUSTO DE SOUSA casou com Francisca
Alexandrina de Sousa:
(10)
3.1. Augusto de Sousa Neto:
146 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(10)
3.1.1. Ricardo Augusto de Sousa.
(10)
3.2. Maria do Carmo de Sousa casou com José de
Alencar:
(10)
3.2.1. José de Alencar Junior
(10)
3.2.2. Fernanda de Sousa Alencar;
(10)
3.2.3. Pedro Augusto de Alencar.
(10)
3.3. Maria Bernadete de Sousa:
(10)
3.3.1. Adryelle Francisca de Sousa Moreira;
(10)
3.3.2. André de Sousa Moreira.
(10)
3.4. Aldenir José de Sousa casou com Lúcia Nunes de
Sousa:
(10)
3.4.1. Thiago Nunes de Sousa;
(10)
3.4.2. Thaise Nunes de Sousa.
(10)
3.5. José Augusto de Sousa.
(10)
4. JOAQUIM ANTÔNIO DE SOUSA casou com Maria Rita
de Sousa:
(10)
4.1. Maria Carolina de Sousa;
(10)
4.2. Maria Carmelita de Sousa;
(10)
4.3. Horácio Domingos de Sousa;
(10)
4.4. Sebastião Antônio de Sousa;
(10)
4.5. Maria do Socorro Sousa;
(10)
4.6. João Antônio de Sousa;
(10)
4.7. Augusto Antônio de Sousa (Netinho);
(10)
4.8. Teresinha de Jesus Sousa;
(10)
4.9. Maria Dolores de Sousa;
(10)
4.10. Pedro Antônio de Sousa.
Histórias de Família 147
Manelito Sousa

(10)
5. MIGUEL AUGUSTO DE SOUSA casou com Maria Cândida
de Sousa:
(10)
5.1. Maria das Neves de Sousa;
(10)
5.2. João Antônio de Sousa;
(10)
5.3. Lourival Antônio de Sousa;
(10)
5.4. Manoel Antônio de Sousa;
(10)
5.5. Francisca Cândida de Sousa;
(10)
5.6. Augusto Antônio de Sousa.
(10)
6. FRANCISCA CAROLINA DOS SANTOS (Pequena) casou
com José Pereira da Silva (Zé Tiú):
(10)
Antônio Pereira dos Santos (Tonho Tiú) casou com
6.1.
Maria Ferreira da Silva (Mocinha):
(10)
6.1.1. Francinete Ferreira dos Santos;
(10)
6.1.2. Edimilson Ferreira dos Santos
(10)
6.1.3. Joana Ferreira da Silva (filha adotiva, irmã
legítima da Mocinha).
(10)
6.2. Francisco Pereira dos Santos (Chico Tiú);
(10)
6.3. Maria Carolina dos Santos não constituiu família;
(10)
6.4. Teresa Carolina dos Santos casou com Constantino
Pereira de Sousa e não tiveram filhos;
(10)
Josias Pereira dos Santos casou com Maria Nunes de
6.5.
Sousa Santos (Dona):
(10)
6.5.1. Francisco de Assis Nunes dos Santos;
(10)
6.5.2. Francineide Nunes dos Santos (Neide);
(10)
6.5.3. Francilene Nunes dos Santos (Lena);
(10)
6.5.4. Francisco Xavier Nunes dos Santos;
148 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(10)
6.5.5. Francimaura Nunes dos Santos (Gorda);
(10)
6.5.6. Antônio Santo Nunes;
(10)
6.5.7 Maria Nunes dos Santos;
(10)
6.5.8. Antônio Nunes dos Santos (Neto);
(10)
6.5.9. Francisco Adriano Nunes dos Santos;
(10)
6.5.10. José Nunes dos Santos.
(10)
6.6.José Domingos dos Santos casou com Maria da
Conceição Rodrigues dos Santos (Cê);
(10)
7. JOSEFINA CAROLINA DOS SANTOS (Nenenzinha) casou
com Luís Pereira da Silva (Luís Tiú):
(10)
7.1. Elisa Carolina dos Santos;
(10)
Francisco Pereira da Silva casou com Luiza Vieira de
7.2.
Sousa;
(10)
7.3. Maria Carolina dos Santos não constituiu família;
(10)
7.4. Joel Pereira da Silva;
(10)
7.5.Pedro Pereira da Silva casado com Teresinha de
Sousa Rocha.
(10)
8. MARIANA CAROLINA DOS SANTOS casou com José Oseas
de Sousa:
(10)
8.1. Gaudêncio Oseas de Sousa;
(10)
8.2. Constantino Oseas de Sousa;
(10)
8.3. Augusto Oseas de Sousa (Neto);
(10)
8.4. João Oseas de Sousa;
(10)
8.5. Esequias de Sousa Sobrinho;
(10)
8.6. Maria da Purificação Sousa;
Histórias de Família 149
Manelito Sousa

(10)
8.7. Maria da Cruz Sousa.

(11)
CASEMIRO DOS SANTOS FONSECA (Mire) casou com
CÂNDIDA FRANCISCA DA SILVA, filha de seu irmão Chico
Raimundo:
(11)
1. RAIMUNDO DOS SANTOS SOBRINHO (Mundico) casou
com sua prima Raimunda Rodrigues dos Santos (Dodoca):
(11)
Maria dos Santos Fonseca (Di) casou com José Severo
1.1.
dos Santos:
(11)
1.1.1. Maria José Santos Fonseca;
(11)
1.1.2. Maria de Nazaré Santos Fonseca;
(11)
1.1.3. Luiza dos Santos Fonseca;
(11)
1.1.4. José Maria Santos Fonseca.
(11)
Raimunda Fonseca dos Santos (Santa) casou com
1.2.
Gonçalo Pereira dos Santos:
(11)
1.2.1. Edna Fonseca dos Santos Ventura;
(11)
1.2.2. Edeilson Fonseca dos Santos;
(11)
1.2.3. Edilson Pereira dos Santos;
(11)
1.2.4. Edná Fonseca dos Santos Ventura;
(11)
1.2.5. Raimundo Fonseca dos Santos.
(11)
Antônio dos Santos Sobrinho casou com Maria Nazaré
1.3.
Viana dos Santos:
(11)
1.3.1. Carlos Eduardo Viana dos Santos;
(11)
1.3.2. Evilázio Viana dos Santos;
(11)
1.3.3. Luís Gustavo Viana dos Santos;
(11)
1.3.4. Illsyane Viana dos Santos.
150 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(11)
Antônia dos Santos Fonseca casou com Renato Neves
1.4.
Pereira:
(11)
1.4.1. Analeide Fonseca Neves;
(11)
1.4.2. Alaneide Fonseca Alves de Oliveira;
(11)
1.4.3. Renato Neves Pereira Filho (Renatinho);
(11)
1.4.4. Arileide Fonseca Moura;
(11)
1.4.5. Ronaldo Fonseca Neves.
(11)
Maria das Dores Santos Fonseca casou com Valmir
1.5.
Gomes dos Santos:
(11)
1.5.1. Carmen Lúcia Fonseca Brasil;
(11)
1.5.2. Wilson Roberto Fonseca santos;
(11)
1.5.3. Katia Virginia Fonseca Santos;
(11)
1.5.4. Ana Carla Santos Pereira.
(11)
Maria da Conceição de Sousa Santos casou com
1.6.
Augusto Francisco de Sousa;
(11)
Maria das Graças Fonseca dos Santos (Ita) casou com
1.7.
Adalberto Furtado dos Santos:
(11)
1.7.1. Adalberto Furtado dos Santos Júnior;
(11)
1.7.2. Patrícia Fonseca dos Santos;
(11)
1.7.3. Aline Fonseca dos Santos.
(11)
2. PEDRO DOS SANTOS FONSECA casou com Idalina da
Silva Feitosa:
(11)
Raimundo Fonseca Santos casou com Raimunda Clara
2.1.
Silva Santos;
(11)
2.2. Jose Fonseca Santos casou Maria Nazaré Santos;
(11)
2.3. Maria Fonseca Santos casou com Arlindo Saraiva.
Histórias de Família 151
Manelito Sousa

(11)
3. FRANCISCA DOS SANTOS FONSECA (Chiquinha) casou
com Antônio dos Santos Fonseca (Totonho Mané). Família
descrita no item (9) deste capítulo;
(11)
4. JESUÍNA MARIA DOS SANTOS casou com David dos
Santos Fonseca, filho de seu tio Nenzinho. Família descrita no
item (6).
(11)
5. MARIA JESUINA DOS SANTOS (Doca) casou com Pedro
José Rodrigues (Pedro Augusto):
(11)
5.1. Maria Rodrigues dos Santos casou com Raimundo
Pereira da Silva:
(11)
5.1.1. Maria da Guia dos Santos Bandeira;
(11)
5.1.2. Alberto Arnaldo dos Santos e Silva;
(11)
5.1.3. Maria de Lourdes dos Santos (Lourdynha).
(11)
José Maria dos Santos (Zé Augusto) casou com Maria
5.2.
das Dores dos Santos (Dora):
(11)
5.2.1. Francisco dos Santos Fonseca;
(11)
5.2.2. Maria Valdirene dos Santos;
(11)
5.2.3. José Maria dos Santos;
(11)
5.2.4. Maria da Guia dos Santos;
(11)
5.2.5. Raimundo Nonato dos Santos;
(11)
5.2.6. Maria da Conceição Santos;
(11)
5.2.7. Conceição de Maria Santos;
(11)
5.2.8. Francisca Maria dos Santos.
(11)
Casemiro dos Santos Neto (Rosa) casou com Nilza
5.3.
Passos dos Santos:
(11)
5.3.1. Raimunda Passos dos Santos;
(11)
5.3.2. Francisco Passos dos Santos;
152 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(11)
5.3.3. Maria da Cruz Passos dos Santos;
(11)
5.3.4. Jocélio Passos dos Santos;
(11)
5.3.5. Jadiel Passos dos Santos;
(11)
5.3.6. Gilza Passos dos Santos Soares;
(11)
5.3.7. Andreia Passos dos Santos;
(11)
5.3.8. Adriana Passos dos Santos;
(11)
5.3.9. Jociel Passos dos Santos;
(11)
5.3.10. Antônio Passos dos Santos;
(11)
5.3.11. Fernanda Passos dos Santos;
(11)
5.3.12. Joceli Passos dos Santos;
(11)
5.3.13. Giseudo Passos dos Santos.
(11)
5.4.Raimundo dos Santos Fonseca casou com Maria
Rodrigues da Silva Santos:
(11)
5.4.1. Cícera Maria dos Santos;
(11)
5.4.2. Francisca Maura dos Santos;
(11)
5.4.3. Reginaldo Fonseca dos Santos.
(11)
5.5. Antônio dos Santos Fonseca (divorciado):
(11)
5.5.1. Fábio Fonseca Diniz.
(11)
Maria das Graças Santos Fonseca casou com Oscar
5.6.
Borges da Silva:
(11)
5.6.1. Jair Borges da Silva;
(11)
5.6.2. Oscar Borges da Silva Filho;
(11)
5.6.3. Júlio Cesar Borges da Silva;
(11)
5.6.4. Jânio Borges da Silva.
(11)
5.7. Francisca Fonseca de Moraes casou com José
Rodrigues de Moraes:
Histórias de Família 153
Manelito Sousa

(11)
5.7.1. Francisca Fonseca de Moraes Filha;
(11)
5.7.2. Josefran Fonseca de Moraes;
(11)
5.7.3. José Maria Fonseca de Moraes;
(11)
5.7.4. Jocilon Fonseca de Moraes.
(11)
6. JOSEFA DOS SANTOS FONSECA LEAL casou com
Raimundo Mendes Leal:
(11)
6.1. Maria de Fátima Leal:
(11)
6.1.1. Flávio dos Santos Leal;
(11)
6.1.2. Danilo dos Santos Leal.

CASEMIRO viuvou e casou com MARIA EMÍLIA DOS SANTOS:

(11)
7. RAIMUNDO DOS SANTOS FONSECA casou com Marlene
(15)
Leal Fonseca. Família descrita no item .

(12)
ANTÔNIO DOS SANTOS FONSECA casou com JOSEFA
GOMES VIEIRA. Família destacada no capítulo 9.

(13)
IDALINA DOS SANTOS FONSECA (Dazinha) teve um
relacionamento com Pinheiro de Oliveira Lopes (professor
Pinheiro):
(13)
1. SOLON DOS SANTOS FONSECA LOPES;
(13)
2. MINELVINA DOS SANTOS FONSECA LOPES.

O professor Pinheiro era um mestre itinerante natural de


Bom Jesus do Gurguéia-PI, que viveu alguns anos na região
valenciana. Tinha como ofício alfabetizar e ensinar as primeiras
contas, pois naquela época era comum às pessoas mais
154 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

abastadas contratarem professores para educação de seus


filhos, já que o estado não o fazia.
Depois de uma relação conturbada com Dazinha, com
quem teve dois filhos, o professor Pinheiro retornou à sua terra
natal levando consigo os filhos ainda crianças. Alguns anos
mais tarde, Solon e Minelvina levaram para Bom Jesus, a mãe
Dazinha e o avô (patriarca Pedro do Santo), já idoso. Dazinha
e Pedro do Santo faleceram por lá e os filhos de Dazinha
perderam o contato com a família.

(14)
JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS (Nenenzinho) casou com
SEBASTIANA RODRIGUES DOS SANTOS (Sinhara), filha de seu
irmão Nenzinho:
(14)
1. FRANCISCO DOS SANTOS NETO (Chico Nenenzinho)
casou com Maria Rodrigues dos Santos:
(14)
1.1. José dos Santos Neto;
(14)
1.2. Valderi Francisco dos Santos;
(14)
1.3. João Batista dos Santos;
(14)
1.4. Francimar Francisco dos Santos;
(14)
1.5. Edivar Francisco dos Santos;
(14)
1.6. Maria Isabel dos Santos (Bilu);
(14)
1.7. Maria Noemi dos Santos;
(14)
1.8. Maria Eulina dos Santos;
(14)
1.9. Maria das Graças dos Santos;
(14)
1.10. Maria da Paz dos Santos;
(14)
1.11. Maria do Socorro Santos;
(14)
1.12. Sebastiana Maria dos Santos.
Histórias de Família 155
Manelito Sousa

(14)
2. JOSUÉ FRANCISCO DOS SANTOS (Dué) casou com
Teresinha de Jesus Leal Santos:
(14)
2.1. José Gilson Leal dos Santos:
(14)
2.1.1. Edgilson;
(14)
2.1.2. Marcos;
(14)
2.1.3. Karina,
(14)
2.2. Maria da Gloria Leal Santos:
(14)
2.2.1. Haroldo Júnior;
(14)
2.2.2. Loraine;
(14)
2.2.3. Larissa;
(14)
2.2.4. Lucas.
(14)
2.3. Joaquim Leal Neto dos Santos (Neto). Família
descrita no item (15)4.2 deste capítulo;
(14)
2.4. Maria Celeste Leal dos Santos:
(14)
2.4.1. Fábio;
(14)
2.4.2. Sidney Júnior;
(14)
2.4.3. Alan
(14)
2.4.4. Priscila.
(14)
2.5. Josué dos Santos Filho:
(14)
2.5. Hugo;
(14)
2.5. Marcos;
(14)
2.5. Gabriela;
(14)
2.5. Gabriel.
(14)
2.6. Gemma Galganni Leal Santos:
(14)
2.6.1. Geoli Patrícia;
156 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(14)
2.6.2. Georgio Patrick;
(14)
2.6.3. Kyara.
(14)
2.7. Verônica Leal Santos não constituiu família;
(14)
2.8. Paulo Henrique Leal Santos:
(14)
2.8.1. Josué;
(14)
2.8.2. David.
(14)
3. ANTÔNIO FRANCISCO DOS SANTOS faleceu criança;
(14)
4. JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS FILHO (Dé) casou com
Rosamunda da Costa Machado Santos:
(14)
4.1. Sebastiana Maria Machado Santos (Divorciada):
(14)
4.1.1. Eduardo Marcelo Sousa Gonçalves (adotado);
(14)
4.1.2. Daniele Machado Santos Calaço;
(14)
4.1.3. Lucas Machado Santos Calaço.
(14)
4.2.Teresa Maria Machado Santos Valin casada com
Gilson Cláudio Valin:
(14)
4.2.1. Thiana Santos Valin.
(14)
5. BENEDITO FRANCISCO DOS SANTOS (Dito) casou com
Gerusa Rodrigues dos Santos:
(14)
5.1. Francisca Rodrigues dos Santos;
(14)
5.2. Helena Rodrigues dos Santos;
(14)
5.3. Lindalva Rodrigues dos Santos;
(14)
5.4. Maria Rodrigues dos Santos;
(14)
5.5. José Francisco dos Santos Sobrinho;
(14)
5.6. Manoel Rodrigues dos Santos;
(14)
5.7. Edmar Rodrigues dos Santos.
(14)
6. JOÃO FRANCISCO DOS SANTOS. Não constituiu família;
Histórias de Família 157
Manelito Sousa

(14)
7. TERESA RODRIGUES DOS SANTOS casou com seu primo
Pedro dos Santos Fonseca (Fonseca). Família descrita no item
(9)
9 deste capítulo;
(14)
8. HERCÍLIA RODRIGUES DOS SANTOS casou com Josué
Pereira dos Santos (Jó), filho de Vicente Boga:
(14)
Milton Pereira dos Santos casado com Maria Pereira
8.1.
de Sousa Santos:
(14)
8.1.1. Tiago Pereira dos Santos;
(14)
8.1.2. Lucas Pereira dos Santos.
(14)
Newton Pereira dos Santos casou com Maria Iolanda
8.2.
Soares dos Santos:
(14)
8.2.1. Juliana Pereira dos Santos;
(14)
8.2.2. Poliana Pereira dos Santos.
(14)
9.MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES DOS SANTOS
BEZERRA casou com Germano Bezerra (Santinho):
14)
9.1. Maria do Desterro Bezerra dos Santos;
(14)
9.2. Raimundo Bezerra dos Santos;
(14)
9.3. Antônio José Bezerra dos Santos;
(14)
9.4. Sebastiana Bezerra dos Santos (Sinharinha);
(14)
9.5. Francisco de Assis Bezerra dos Santos;
(14)
9.6. Teresinha dos Santos Bezerra (falecida).
(14)
10. RAIMUNDO NONATO DOS SANTOS casou com Carolina
Maria dos Santos e não tiveram filhos.

(15)
MIGUEL DOS SANTOS FONSECA casou com MARIA
FRANCISCA DOS SANTOS (Neném), filha do seu irmão Chico
Raimundo.
158 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

A seguir uma autobiografia de Zeca Fonseca,


datilografada por ele. Descreve resumidamente a trajetória de
sua família, desde a fazenda Bom Princípio até Teresina e as
dificuldades de seu pai para educar os filhos, situação vivida
por muitos sertanejos que almejavam futuro melhor:
Histórias de Família 159
Manelito Sousa

(15)
1. JOSÉ DOS SANTOS FONSECA (Zeca Fonseca) casou com
Maria Carmen Gervásio Fonseca:
(15)
1.1. Graziani Gervásio Fonseca;
(15)
1.2. José Garibaldi Gervásio Fonseca (falecido);
(15)
Carmem Maristani Gervásio Fonseca casada com
1.3.
João Rodrigues Alves Neto:
(15)
1.3.1. Leoni Gervásio Fonseca Alves;
(15)
1.3.2. Carmen Laís Gervásio Fonseca Alves;
(15)
1.3.3. Carmen Lana Gervásio Fonseca Alves;
(15)
Giovanni Gervásio Fonseca casou com Maria Silvia
1.4.
da Silva Barbosa Fonseca:
(15)
1.4.1. Giovana Barbosa Fonseca;
(15)
1.4.1. Giovanni Gervásio Fonseca Filho (falecido);
(15)
1.4.1. Giorgi Barbosa Fonseca;
(15)
1.4.1. Rafael Barbosa Gervásio Fonseca;
(15)
1.5. Marconi Gervásio Fonseca.
(15)
2. RAIMUNDO DOS SANTOS FONSECA casou com Elisa
Rocha Fonseca e não tiveram filhos.
(15)
3. JOAQUIM DOS SANTOS FONSECA (Jaca) casou com Rosa
da Silva Rocha Fonseca:
(15)
3.1. Marileide Fonseca Canuto casou com Pedro Canuto:
(15)
3.1.1. Alexandra Fonseca Canuto:
 Pedro;
(15)
3.1.2. Pedro Canuto Junior;
(15)
3.1.3. Raquel Fonseca Canuto:
 Julia
160 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(15)
José Wilson Fonseca casou com Conceição de Maria
3.2.
Sá Fonseca:
(15)
3.2.1. Giovana Fonseca:
 Maria Vitoria;
 Maria Eduarda.
(15)
3.2.2. José Wilson Vieira Fonseca Filho:
 Valentina;
 Hermes Neto.
(15)
3.2.3. Ricardo Augusto Sá Fonseca;
(15)
3.2.4. Eliana Sá Fonseca.
(15)
3.3. Marilene Fonseca (divorciada);
(15)
3.4. Sonia Maria Fonseca Casimiro casou com Manoel
Nivaldo Gomes Casimiro:
(15)
3.4.1. Leonam Fonseca Casimiro;
(15)
3.4.2. Milena Fonseca Casimiro;
(15)
3.4.3. Rossana Fonseca Casimiro.

MIGUEL FONSECA ficou viúvo e casou-se com MARIA LUIZA


FONSECA (Baía):
(15)
4. MARLENE LEAL FONSECA casou com Raimundo dos
Santos Fonseca, filho do segundo casamento de seu tio Mire:
(15)
4.1. Miguel dos Santos Fonseca Neto casado com Andrea
Fonseca Guirro:
(15)
4.1.1. Isis Fonseca Guirro.
(15)
4.2.Rita de Cassia Leal Fonseca dos Santos (Ritinha)
divorciada de Joaquim Leal Neto dos Santos (Neto):
(15)
4.2.1. Sophia Leal Fonseca dos Santos;
Histórias de Família 161
Manelito Sousa

(14)
4.2.2. Sarah Leal Fonseca dos Santos.
(15)
4.3. Raimundo dos Santos Fonseca Júnior (Fonsequinha)
não constituiu família.
MARLENE LEAL FONSECA ficou viúva e casou com Pedro de
Miranda Peregrino:
(15)
4.4. Pedro Henrique Fonseca Peregrino.

(16)
BENEDITA MARIA DOS SANTOS (Dica) casou com ULISSES
ALEXANDRINO DE SOUSA (Liço):

(16)
1. PEDRO ALEXANDRINO DE SOUSA não constituiu família.

(16)
2. JOSÉ ALEXANDRINO DE SOUSA casou com Minelvina
Josefa de Sousa. Família destacada no capítulo 9.

(16)
3.JESUÍNA MARIA DOS SANTOS casou com Antônio
Domingos de Sousa:
(16)
3.1.José Antônio de Sousa casado com Margarida
Medeiros de Sousa:
(16)
3.1.1. Antônio de Pádua Medeiros de Sousa;
(16)
3.1.2. Leila Maria Medeiros de Sousa;
(16)
3.1.3. José Airton Medeiros de Sousa;
(16)
3.1.4. Lélia Maria Medeiros de Sousa;
(16)
3.1.5. Maria do Socorro Medeiros de Sousa;
(16)
3.1.6. Lília Medeiros de Sousa.
(16)
Horácio Antônio de Sousa casado com Rita Vieira
3.2.
Gomes de Sousa:
162 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(16)
3.2.1. Ana Paula Gomes de Sousa Brandão;
(16)
3.2.2. Regina Paula Gomes de Sousa;
(16)
3.2.3. Cristiane Gomes de Sousa;
(16)
3.2.4. Eufrásio Cristiano Gomes de Sousa;
(16)
3.2.5. Daniel Jaques Gomes de Sousa.
(16)
Maria de Lourdes Sousa casou com José Domingos de
3.3.
Sousa (Zito) (falecido). Família descrita no capítulo 9;
(16)
3.4. Hedes Antônio de Sousa (falecido) casou com
Francisca Ferreira de Sousa:
(16)
3.4.1. Francisca Enaura Ferreira de Sousa;
(16)
3.4.2. Emerson Ferreira de Sousa;
(16)
3.4.3. Helen de Sousa Bringel;
(16)
3.4.2. Camila Ferreira de Sousa.
(16)
3.5.Francisco Domingos de Sousa Sobrinho casou com
Maria do Espirito Santo Ribeiro de Sousa;
(16)
Laura Márcia Ribeiro de Sousa casada com
3.5.1.
Genésio Pereira de Sousa Júnior;
(16)
3.5.2. Marciana Ribeiro de Sousa;
(16)
3.5.3. Marcelo Ribeiro de Sousa.
(16)
Maria Bernadete de Sousa (Bebé) casada com José
3.6.
Malaquias de Medeiros:
(16)
3.6.1. Carla Patrícia de Sousa Medeiros;
(16)
3.6.2. Cléa Adriana de Sousa Medeiros Costa;
(16)
3.6.3. Carlos Aurélio de Sousa Medeiros.
(16)
3.7. Antônio de Sousa Filho casado com Antônia da Cruz
Sousa:
Histórias de Família 163
Manelito Sousa

(16)
3.7.1. Samara Cristina de Sousa;
(16)
3.7.2. Ana Mara de Sousa.
(16)
Maria Francisca de Sousa (Pimpinha) casada com
3.8.
Francisco Ribeiro de Sousa Santos:
(16)
3.8.1. Francisco Henrique de Sousa Santos;
(16)
3.8.2. Ana Rita de Sousa Santos.

(16)
4. JOAQUIM ALEXANDRINO DE SOUSA (Jaca do Liço) casou
com Carmelita Carolina de Sousa (Carmela):
(16)
4.1. Maria Araci de Sousa casada com Feliciano José de
Sousa:
(16)
4.1.1. Francisco Carlos de Sousa;
(16)
4.1.2. Francisco Antônio de Sousa;
(16)
4.1.3. Francisco Fábio de Sousa;
(16)
4.1.4. Francisco Paulo de Sousa;
(16)
4.1.5. Francisca Dalva de Sousa;
(16)
4.1.6. Francisca Maura de Sousa;
(16)
4.1.7. Francisco Filho de Sousa.
(16)
Maria Ozeni de Sousa Carvalho casada com Leopoldo
4.2.
Augusto de Sousa Carvalho:
(16)
4.2.1. Ulisses Alexandrino de Sousa Carvalho;
(16)
4.2.2. Uillami Augusto de Sousa Carvalho;
(16)
4.2.3. Uilliana Carolina de Sousa Carvalho.
(16)
4.3. Maria Avani Sousa casada com Jurandir Alves de
Sousa:
(16)
4.3.1. Francisco Henrique Alves de Sousa.
164 Capítulo 7 – Linhagem Materna: Pedro dos Santos Fonseca e Jesuína Maria
de Sousa.

(16)
5. FRANCISCO ALEXANDRINO DE SOUSA (Chico do Liço)
casou com Antônia Maria Nunes:
(16)
Maria Francisca de Sousa Costa casou com Antônio
5.1.
Rodrigues de Sousa Costa:
(16)
5.1.1. Francisco Cláudio de Sousa Costa;
(16)
5.1.2. Raimundo Cláudio de Sousa Costa.
(16)
Manoel Alexandrino de Sousa Nunes (Né) casou com
5.2.
Maria dos Reis (Lindô). Família descrita no item (9);
(16)
5.3. Maria de Jesus Nunes de Sousa (Du);
(16)
José Alexandrino de Sousa Nunes casou com Mirian
5.4.
de Sousa Veras:
(16)
5.4.1. Cecília Nunes Medeiros;
(16)
5.4.2. Celso de Sousa Nunes;
(16)
5.4.2. Célia de Sousa Nunes.
(16)
5.5. Luís Alexandrino de Sousa Nunes:
(16)
5.5.1. Angélica;
(16)
5.5.2. Henrique.
(16)
5.6. Raimundo Alexandrino de Sousa Nunes casado com
Maria do Carmo Nunes:
(16)
5.6.1. Henrique;
(16)
5.6.2. Natália.
(16)
Francisco Alexandrino Nunes de Sousa (Didi) casado
5.7.
com Maria Doó Soares de Sousa:
(16)
5.7.1. Maria Luiza;
(16)
5.7.2. Rian.
Histórias de Família 165
Manelito Sousa

(16)
5.8. Joaquim Alexandrino de Sousa Nunes:
(16)
5.8.1. Tatiana.
(16)
5.9. Ulisses Neto de Sousa (Neto) casado com Maria:
(16)
5.9.1. Mariana.

(16)
6. FRANCISCA ALEXANDRINA DE SOUSA casou com Pedro
(10)
Augusto de Sousa. Família descrita no item ;
(16)
7. MARIA ALEXANDRINA DE SOUSA (Neném) casou com
Gabriel Domingos de Sousa (Belé):
(16)
7.1. Maria do Socorro Sousa;
(16)
8. MARIA BENEDITA DE SOUSA (Maroca) casou com José
Maria de Sousa, filho de Oséias Pereira de Sousa:
(16)
8.1.Adalberto Pereira de Sousa casado com Joana da
Costa Oliveira de Sousa:
(16)
8.1.1. Alexandra Kolontai de Sousa Oliveira;
(16)
8.2.Antônio Pereira de Sousa casado com Gildete Milu da
Silva Sousa:
(16)
8.2.1. Gilmânia Francisca da Silva Sousa;
(16)
8.2.2. Gilmara Sterling da Silva Sousa.
(16)
8.3. Maria Dolores de Sousa casada com Josue Area
Leão:
(16)
8.3.1. Germano de Sousa Leão;
(16)
8.3.2. Guilherme de Sousa Leão.
(16)
8.4. Alfredo Pereira de Sousa tem dois filhos:
(16)
8.4.1. Patrícia de Sousa Luz;
(16)
8.4.2. Thiago da Silva de Sousa.
166 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco


Gomes Vieira e Maria Josefa de Souza.

Chico Leão, como era conhecido, casou com Maria Josefa


de Souza, filha de Antônio Francisco de Souza Britto que era
neto de Antônio Borges Leal Marinho, fundador da cidade da
Bocaina-PI. A história do casamento de meus bisavôs tem uma
passagem interessante que merece registro. Contava a minha
avó Zefinha, filha de Chico Leão, que nas viagens comprando
gado pela região onde hoje é a cidade de Bocaina–PI, seu pai
conheceu e se apaixonou por Maria Josefa de Souza (Marica).
Antônio Francisco, pai de Marica era um fazendeiro abastado e
capitão da Guarda Nacional. Logo na viagem que conheceu a
moça, Chico Leão resolveu pedi-la em casamento. Antônio
Francisco negou diplomaticamente o pedido com a alegação de
que não queria sua filha morando distante da família, mas o
verdadeiro motivo era ver em Chico Leão um homem pobre,
um simples vaqueiro.
Pouco tempo depois o pai de Marica comprou uma tropa
de animais na região da Chapada Grande, onde a família de
Chico Leão residia e seus vaqueiros passaram alguns dias
hospedados na casa da família Gomes Vieira, juntando os
animais. Os vaqueiros perceberam que Zé Leão era um dos
homens mais ricos do vale do rio Berlengas, possuidor de
muitas terras, muito gado bovino e quantidade ainda maior de
criação miuça (caprinos e ovinos). A casa de Zé Leão tinha
paiol cheio e muita fartura.
Quando retornaram à Bocaina os vaqueiros contaram ao
patrão sobre a situação da família Gomes Vieira. Antônio
Francisco mandou um portador de volta, oferecendo sua filha
em casamento a Chico Leão, que de pronto, aceitou a oferta.
As famílias selaram o enlace com uma grande festa, que
Histórias de Família 167
Manelito Sousa

contou com muitos convidados da região do vale do Berlengas


e da Bocaina.
Chico Leão construiu uma ótima casa para morar com a
esposa Marica numa localidade que ficou conhecida como “Caro
Custou”, atualmente “Zé Leão” em homenagem ao seu pai.
Contam os mais antigos que o nome “Caro Custou” vem de um
fato inusitado, pois Chico Leão começou a construir a casa e
exagerou nas dimensões, demandando mais dinheiro do que
ele havia reservado para a empreitada. Apesar de possuir
bens, não era fácil transformá-los em dinheiro na rapidez que o
caso exigia, pois as chuvas se aproximavam e poderiam causar
sérios prejuízos se não estivesse terminada e coberta.
Sua mãe Edvirges Gomes, sensibilizada com a aflição do
filho, foi até as proximidades do riacho do Zé Leão e cavou até
desenterrar um pote cheio de moedas de prata e ouro (uma
botija, como se chamava na época), entregou-a ao filho para
terminar as obras da casa e pediu para que ele desse à nova
morada o nome de “Caro Custou”, pois muito havia lhe custado
para economizar aquela quantidade de dinheiro.
Chico leão era um homem de posses e naquela época,
era normal o Exército Brasileiro vender patentes militares para
os civis mais abastados que se destacavam na região onde
viviam. Foi assim que Chico Leão adquiriu sua patente de
“Capitão-Mor da Guarda Nacional”. Quanto maior a patente,
mais custava ao seu adquirente, sendo “Coronel” e “Capitão”
as duas maiores patente vendidas pelo Exército. Esta prática
de venda de patente foi extinta no primeiro governo do
Presidente Getúlio Vargas, que durou de 1930 a 1945. Cabe
ressaltar que outro dos meus bisavôs, Pedro do Santo, detinha
a patente de “Alferes”, que corresponde mais ou menos à de
tenente. A patente era um bem e como tal, deixado em
herança à família. A seguir a vista da cidade da Bocaina-PI 6:
168 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Vista da Bocaina - Igreja Imaculada Conceição e Morro Grande ao fundo.


6
Bocaina (PI) - cidade localizada há 22 quilômetros de Picos–PI, tem a montanha mais
alta do estado, com 1.345 metros de altitude, conhecida por Morro Grande. A história
da Bocaina começa ainda no período colonial por volta de 1732, quando Antônio
Borges Leal Marinho chegou, vindo da Bahia, com bastante gado e alguns escravos,
ocupando vastos territórios que haviam recebido do Império em Sesmaria, para iniciar
as primeiras atividades pecuárias. Antônio Borges Leal Marinho casou com Maria da
Conceição de Souza Britto, instalou a esposa e alguns serviçais e escravos no local
chamado Boqueirão, mas tarde Bocaina e seguiu com os dois irmãos, instalando-os
mais à frente, um na região do Marvão e o outro onde hoje é Buriti dos Lopes, nas
proximidades de Parnaíba. Voltou e iniciou a implantação das primeiras fazendas de
gado da região de Picos, providenciando logo a construção de uma casa, com materiais
vindos de Oeiras, na fazenda Boqueirão. Católico de devoção, Borges Leal iniciou a
construção de uma capela, cuja conclusão só ocorreu em 1751. Em uma de suas
viagens a Bahia trouxe consigo um missionário jesuíta, que batizara a Igreja com o
nome de Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e também as imagens de
Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Rosário, que era a padroeira dos
escravos. Antônio Borges Leal Marinho teve sua descendência por meio de seu filho
único, Benedito de Souza Britto, pai de dezesseis filhos.
Histórias de Família 169
Manelito Sousa

A igreja de Bocaina era de propriedade da família Borges Marinho, só passando a


incorporar a estrutura oficial da Igreja Católica muitos anos depois da construção.
Naquela época Antônio Borges Leal Marinho instituiu a “procuração” da igreja. Quem a
tivesse era a pessoa que respondia pela administração da capela. Antes de falecer,
Manuel de Sousa Brito, um dos filhos de Benedito, entregou a procuração da Igreja ao
seu sobrinho Antônio Borges Leal. Em 1895, Antônio Borges Leal reformou o teto e
outras partes desgastadas da igreja e construiu um cemitério como propriedade da
mesma, proibindo de se enterrar na igreja pessoas da família como vinha sendo praxe.
Em 1901, perto da sua morte, Antônio Borges entrega a procuração da igreja para seu
irmão Vicente Leal. Vicente Leal em 1925 passa o comando da igreja a Benvindo
Francisco da Luz, que construiu a sacristia e um coro. Em 1926, Cícero Gomes Vieira
recebe a procuração da Igreja de Benvindo Francisco da Cruz e reforma o altar de
Nossa Senhora da Conceição. Anos mais tarde Cícero Gomes entrega a administração
para Francisco José de Sousa Leal que construiu uma torre de 22 metros na frente da
igreja em 1951.

Com o passar do tempo o povoado de Bocaina foi desmembrada de Oeiras e anexada


ao território de Picos, mas no ano de 1963 o território é desmembrado passando a se
transformar em município independente através da Resolução Estadual 2.561 de 19 de
dezembro de 1963, atual município de Bocaina - PI.

Referências
1 - Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008.
2 - Vozes da Ribeira, UPE – União Picoense de Escritores, Janeiro de 2008. Crônica de
Firmino Libório Leal.

Chico Leão e Marica foram casados por trinta e cinco


anos, de 1885 a 1920. Quando da morte da esposa, contam
os mais velhos que Chico Leão apresentou para inventário,
além da ótima propriedade no povoado Zé Leão, muita criação
miuça e mais de 800 cabeças de gado bovino. Depois de dividir
os bens com filhos, voltou à Bocaina a procura de nova
companheira. Casou-se com Isabel Gomes do Rêgo (Belê), que
era uma viúva sem filhos, prima de Marica. A partir do segundo
casamento adquiriu uma propriedade na localidade Lagoa
Grande, no município de Novo Oriente do Piauí, onde construiu
outra casa formidável, com paredes dobradas estrutura em
madeira de lei, sótão, muito bonita, confortável e segura para
os padrões da época. Quando Chico Leão casou-se com Belê, já
tinha 61 anos de idade e a família, especialmente Cíço Gomes,
era contra o casamento em função de sua idade já avançada,
mas Chico Leão, sempre espirituoso, disse que quando o filho
170 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

foi casar não lhe pediu opinião, portanto não devia meter-se no
seu casamento. Chico Leão e Belê ainda viveram casados por
quase dez anos e tiveram quatro filhos.
Chico Leão faleceu em 1930 e foi enterrado no Cemitério
do Buritizinho, próximo à cidade de Várzea Grande, no mesmo
túmulo de sua primeira esposa Marica. Cícero Gomes, seu
primogênito, mandou fazer um túmulo em mármore, incomum
na época para os residentes daquelas paragens, e mandou
gravar na lápide um epitáfio com os seguintes dizeres, escritos
no português arcaico da época:
“Sobre esta lápide repousam os restos mortaes de D a Maria Josefa de Souza e
Francisco Gomes Vieira. Casaram-se em 1885 e tiveram 05 filhos. Faleceram, ella em
1920 e elle em 1930. Seu filho Cap M Cícero Gomes em signal de amor e eterna
gratidão, mandou gravar este epitáfio. Orai por elles”

Segue a descendência de Chico Leão e Marica:

 FRANCISCO GOMES VIEIRA (Chico Leão) (1859-1930)


casou com MARIA JOSEFA DE SOUZA (1864-1920):
(1)
CÍCERO GOMES VIEIRA;
(2)
JOSEFA GOMES VIEIRA;
(3)
LAURA GOMES VIEIRA;
(4)
CIRO GOMES VIEIRA;
(5)
ARLINDO GOMES VIEIRA.

(1)
CÍCERO GOMES VIEIRA (Cíço Gomes) (13/11/1886-
7/8/1964) casou com RAIMUNDA MARIA DE SOUZA GOMES
(Mundoca) (1888-1940).
Histórias de Família 171
Manelito Sousa

Cícero Gomes nasceu no povoado Zé Leão, hoje


município de Várzea Grande-PI. Sua mãe, Maria Josefa de
Souza (Marica) era da Bocaina e devido a esta ligação familiar,
três dos seus cinco filhos (Cícero, Laura e Ciro) casaram com
parentes na Bocaina. Laura casou-se com José Francisco de
Souza Brito (Zé Cazuza), que era viúvo e irmão de sua mãe
Marica. Cícero e Ciro Gomes casaram com Raimunda Maria de
Souza Gomes e Maria Antônia de Souza Gomes, que eram
filhas de Vicente de Souza Brito, também irmão de Marica. Os
três eram descendentes do genearca Benedito de Souza Britto,
único filho de Antônio Borges Leal Marinho, português fundador
da cidade da Bocaina-PI.
Cíço Gomes após o casamento mudou-se para a Bocaina
e passou a trabalhar com o comércio de tecidos, atividade já
desenvolvida pelo seu sogro, tio e padrinho, Vicente de Souza
Brito. Seguindo os passos do sogro e por influência e
orientação deste, montou loja de tecidos e também passou a
praticar o comércio ambulante, numa tropa com 15 burros.
Negociava desde a região de Picos, passando por Inhuma,
Ipiranga e Valença. Seu filho José Ferreira Gomes relatou-me
que cada burro carregava no pescoço uma campainha de
bronze, cujo toque se diferenciava dos toques de chocalhos
172 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

usados nos rebanhos bovinos e cavalares da região, e por onde


passavam as campainhas anunciavam a chegada do ambulante
Cíço Gomes. Além de comerciante, tornou-se fazendeiro
quando sua esposa herdou do sogro a Fazenda Boa Vista, uma
das melhores propriedades da região de Picos, onde Cíço
Gomes desenvolveu suas atividades agropecuárias por longo
tempo.
Nas suas ambulâncias, vendia tecidos para confecção de
roupas, utensílios para o lar, ferramentas para o trabalho no
campo e até fumo de rolo. Fazia esta longa viagem duas vezes
ao ano e, em função das distâncias, vendia numa viagem e
voltava na seguinte para arrecadar o dinheiro e efetuar novas
vendas. Desse modo, ficou muito conhecido e gozava de boa
reputação por onde passava. Minha mãe gosta de relembrar as
“tiradas” do seu tio Cíço, que além de muito espirituoso e
brincalhão, adorava tirar “sarro” das pessoas. Ela conta que
naquele tempo as pessoas eram mais respeitosas, mas o seu
tio Cíço não perdia uma oportunidade para sacanear alguém
com uma “prosa”.
Como exemplo desse piadista, certa vez uma cliente
experimentou um pedaço de fumo de rolo e, ao cheirar o fumo,
deu um espirro e soltou um “pum”. Para disfarçar, perguntou
se ele não teria um fumo mais forte e Cíço Gomes aproveitou a
deixa, respondendo-a que daquela vez só trouxera o de peidar,
pois o fumo de defecar tinha deixado em casa.
Em outra situação, uma cliente estava escolhendo um
tecido para um vestido, quando ele mostrou uma peça dizendo
que era novidade e que estava vendendo muito naquela
viagem. A senhora retrucou que não gostava de usar algo que
toda mulher tinha. Cíço Gomes aproveitou a deixa e disse para
a tal senhora se desfazer de algo que ela e todas as mulheres
possuíam e gostavam de usar.
Histórias de Família 173
Manelito Sousa

Mais um fato engraçado relatado pelo filho José Ferreira


Gomes ocorreu em sua loja na Bocaina. Um casal chegou para
comprar tecidos e, em razão do pouco dinheiro, o marido falou
à mulher para selecionar primeiro o tecido para o vestido antes
que ele escolhesse o tecido para sua calça. O marido falou para
ela tirar primeiro o vestido e a mulher retrucou para o esposo
tirar primeiro a calça, e assim começaram uma discussão. Cíço,
que não perdia uma oportunidade dessas por nada, falou à
mulher que ela poderia retirar o vestido dentro da loja, mas se
seu marido quisesse tirar a calça teria que fazê-lo em outro
lugar, longe de seu comércio.
Cícero Gomes herdou do seu pai Chico Leão, a patente
de capitão-mor da Guarda Nacional, adquirida por compra
junto ao governo imperial. Por volta de 1830, período em que o
governo permitiu a demarcação das terras por quem detinha a
posse, Cíço Gomes demarcou as duas propriedades que
pertenciam a seus pais Chico Leão e Marica.
Cícero Gomes nasceu no ano de 1886 e faleceu em
1964, aos 78 anos de idade. Constituiu uma família numerosa
de quatorze filhos, sendo sete de cada casamento. Educou a
família e acumulou patrimônio, tornando-se uma referência na
região de Picos e na cidade da Bocaina, onde uma das praças
tem seu nome.
Segue a descendência de Cícero Gomes Vieira e
Raimunda Maria de Souza Gomes:

(1)
1. MARIA GOMES DE BRITO (Mocinha) (1915-2005) casou
com José Batista.
A história de Mocinha é um exemplo de superação.
Casou muito Jovem, por determinação do pai Cícero Gomes,
com um médico oftalmologista chamado José Batista que,
recém-chegado a Picos encantou-se com a beleza da moça.
174 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Cícero Gomes decidiu realizar o casamento de José Batista e


Mocinha, mesmo sem a moça gostar do médico. Quando
adolescente, Mocinha gostava de um rapaz de sua convivência
e nunca o esqueceu. Tempos depois do nascimento de
Batistinha (seu primeiro filho), o marido achou uma carta do
dito rapaz para Mocinha, e enciumado, resolveu levar Mocinha
de volta para a casa dos pais dela. Ainda inconformado,
sequestrou o único filho, levando-o consigo. José Batista era
um homem violento, e Cícero Gomes temendo algo pior e
também pelo conservadorismo dos pais daquela época,
resolveu que Mocinha moraria com o tio Ciro Gomes, que
estava de mudança para o Maranhão, após a morte de sua
primeira esposa.
Minha avó Zefinha contava muitas histórias à minha
mãe, e uma delas dizia respeito à Mocinha, como uma moça
bonita, fina, elegante e prendada. Era modista das boas,
habilidosa nas costuras e bordados. Após a trágica separação
da família, sofreu com a distância e as dificuldades, morando
de favor na casa do tio Ciro no povoado de Bernardo, zona
rural de Pedreiras–MA. Uma mudança radical na vida da moça
fina de pais abastados. Sua filha Marinete contou-me que sua
mãe sofreu muito com o afastamento da família e somente
uma das irmãs de Mocinha (Teresinha Leal) continuou a se
relacionar com ela, pois naquela época, como Teresinha
estudava num internato longe da vigilância dos pais,
extremamente conservadores, facilitou o convívio ainda que
por cartas, com a irmã mais velha.
Depois de algum tempo na região de Pedreiras, Mocinha
casou novamente e constituiu uma grande família, com mais
onze filhos. Contudo, jamais esqueceu o filho que lhe fora
retirado ainda bebê. Trinta anos depois da separação, seu filho
Batistinha resolveu procurá-la, e assim, Mocinha teve a
felicidade do reencontrar o filho e estabeleceram a convivência
Histórias de Família 175
Manelito Sousa

perdida. Imagino o sofrimento de uma mãe que teve seu filho


pequeno retirado de suas mãos para revê-lo somente trinta
anos depois, num encontro de extrema felicidade entre mãe e
filho, preenchendo o vazio deixado pela separação. Isso só
pode ser uma dádiva divina e um merecimento especial da
mãe, pelo sofrimento vivido.
Anos mais tarde, já se aproximando da velhice, Mocinha
voltou a conviver com irmãs e sobrinhos em Teresina, porém
jamais reencontrou os pais, que faleceram sem retomar o
contato. Mocinha nasceu em 1915 e faleceu em 2005, aos 90
anos de idade, na casa de sua filha Marinete a quem coube
cuidar com amor e carinho da mãe até o fim de seus dias.
Muitos dos seus descendentes estão espalhados por diversas
cidades do Maranhão, mais concentrados em São Luís, Pedreira
e Poção de Pedras.
Segue a descendência de Mocinha:
(1)
1.1. José Batista Filho (Batistinha).
Após a separação, Mocinha casou novamente com Raimundo
Lucas de Brito:
(1)
1.2.Cícero Gomes de Brito (2/2/1938–6/7/2011) casou
com Iara Sá de Brito (11/7/45):
(1)
1.2.1. Valnice Brito Rocha;
(1)
1.2.2. Cícero Gomes de Brito Filho;
(1)
1.2.3. Orlando Henrique Gomes de Brito Sobrinho;
(1)
1.2.4. Márcio Sá de Brito;
(1)
1.2.5. Luiza Marlene Sá Brito;
(1)
1.2.6. Adriana Sá de Brito.
(1)
João Lucas de Neto (1940) casou com Lea Maria
1.3.
Homem Costa Lucas e não tiveram filhos. João Lucas teve
176 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

sete filhos de três relacionamentos anteriores, sendo cinco


do primeiro:
(1)
1.3.1. Reginaldo Marreiros Nunes Lucas;
(1)
1.3.2. João Lucas Filho;
(1)
1.3.3. Aldenora Nunes Marreiros Lucas (falecida);
(1)
1.3.4. Sheila Nunes Marreiros Lucas;
(1)
1.3.5. Antônio Marreiros da Silva Melo Neto.
Duas filhas (gêmeas) do segundo:
(1)
1.3.6. Marcia Carriles de Lucas;
(1)
1.3.7. Luciane Carriles de Lucas.
E uma filha do terceiro:
(1)
1.3.8. Rafaela Aurhaime de Lucas.
(1)
Marlene Gomes de Brito Pedrosa casou com José
1.4.
Ribamar Pedrosa:
(1)
1.4.1. José Ribamar Pedrosa Junior;
(1)
1.4.2. José Robert Brito Pedrosa;
(1)
1.4.3. José Ricardo Brito Pedrosa.
(1)
Marinete Gomes de Brito casou com Jocélio Fernandes
1.5.
Carvalho Branco:
(1)
1.5.1. Edilson Fernandes Carvalho Branco Sobrinho;
(1)
1.5.2. Jocélio Fernandes Carvalho Branco Junior;
(1)
1.5.3. Christiane Carvalho Branco;
(1)
1.5.4 Kleber Rondon Carvalho Branco;
(1)
1.5.5. José Carvalho Branco Neto.
(1)
Orlando Gomes de Brito (falecido) teve dois filhos de
1.6.
um primeiro relacionamento:
Histórias de Família 177
Manelito Sousa

(1)
1.6.1. Orlando Gomes Brito Filho;
(1)
1.6.2. Iolanda Brito.
E três filhos de um segundo relacionamento:
(1)
1.6.3. Lúcio Gomes de Brito
(1)
1.6.4. Luis Gomes de Brito;
(1)
1.6.5. Lucas Gomes de Brito.
(1)
1.7. Mirtes Gomes de Brito casou com Hugo:
(1)
1.7.1. Hugo Junior;
(1)
1.7.2. Rodrigo.
(1)
1.8. Meire Gomes de Brito:
(1)
1.8.1. Mirlene Brito Serpa;
(1)
1.8.2. Antônio Marcos Serpa;
(1)
1.8.3. Marco Aurélio Brito Serpa.
(1)
Raimundo Lucas de Brito Filho (Luquinha) casou com
1.9.
Ederes Varão de Brito:
(1)
1.9.1.Maria do Perpetuo Socorro Varão Brito faleceu
ainda criança;
(1)
1.9.2. Felipe Gustavo Varão de Brito.
(1)
1.10. Bernardo Hilton Gomes de Brito (Babá) (falecido):
(1)
1.10.1. Shirleane Brito;
(1)
1.10.2. Shirlene Brito.
(1)
1.11. Evandro Gomes de Brito;
(1)
1.12. Cláudio Gomes de Brito:
(1)
1.12.1. Claudia Bianca Brito.
178 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(1)
2. LUÍZA GOMES EULÁLIO (3/9/1917-22/3/1999) casou com
Antônio Maria Eulálio Neto (3/4/1912-24/2/1992).
Antônio Neto e Luiza viveram do comércio, no mesmo
ramo do sogro Cíço Gomes. Estabeleceram-se em Picos com
uma loja de tecidos, que aos poucos foi se transformando em
armazém geral, onde vendia ferramentas para o trabalho no
campo, querosene, óleo a granel, torta de caroço de algodão,
enfim, vendiam de tudo. Com o tempo expandiu o negócio para
os povoados de Itainópolis e São João da Cana Brava, ambos
emancipados hoje em dia.
Criaram e educaram a família de seis filhos que com o
passar do tempo vieram estudar na capital Teresina, onde vive
a maioria deles até hoje. Antônio Neto teve comércio por mais
de 50 anos e faleceu em 1992, dois meses antes de completar
80 anos. Depois de sua morte, Luíza mudou-se para a casa da
filha Marlene em Teresina onde viveu até os 82 anos, falecendo
em 1999.
Segue a descendência de Antônio Neto e Luíza:
(1)
2.1.Luiza Marlene Gomes Eulálio Nunes casou com José
Martins Nunes:
(1)
2.1.1. José Martins Nunes Filho (Zé Nunes);
(1)
2.1.2. Alcides Eulálio Nunes;
(1)
2.1.3. Fernando Eulálio Nunes.
(1)
2.2. Wilson Gomes Eulálio casou com Gilbertina Torres
Eulálio e não tiveram filhos.
(1)
2.3. Erivan Gomes Eulálio casou com Maria Amélia de
Sousa Gomes Eulálio:
(1)
2.3.1. Erivan Gomes Eulálio Filho;
(1)
2.3.2. Emerson de Sousa Eulálio;
Histórias de Família 179
Manelito Sousa

(1)
2.3.3. Elys Cristina de Sousa Eulálio;
(1)
2.3.4. Elaine Karine de Sousa Eulálio.
(1)
2.4.Maria Socorro Gomes Eulálio Araújo casou com
Raimundo de Barros Araújo (Doca):
(1)
2.4.1. Raimundo Barros Araújo Junior;
(1)
2.4.2. Robson Eulálio Araújo;
(1)
2.4.3. Rita de Cassia Eulálio Araújo.
(1)
2.5. Marli Gomes Eulálio Dantas casou com Antônio
Adelino Martins Dantas:
(1)
2.5.1. Adriana Eulálio Dantas;
(1)
2.5.2. Alessandro Eulálio Dantas;
(1)
2.5.3. Ana Luiza Eulálio Dantas;
(1)
2.5.4. Alécio Eulálio Dantas.
(1)
Antônio Maria Eulálio Filho casou com Maria de Fátima
2.6.
Dantas Eulálio:
(1)
2.6.1. Araceli Dantas Eulálio;
(1)
2.6.2. Ariane Dantas Eulálio;
(1)
2.6.3. Amanda Dantas Eulálio.

(1)
3. FRANCISCO DE SOUZA GOMES (3/9/1918-7/6/1993)
casou com Maria de Lourdes Gomes (15/11/1923-1/2/1993).
Francisco de Souza Gomes foi o primogênito de Cícero
Gomes, que como todos os pais tradicionais do Nordeste,
vislumbrava que o filho se tornasse seu sucessor. Logo na
adolescência, Francisco foi estudar no Diocesano, melhor
colégio particular de Teresina naquela época, onde concluiu o
ensino médio. Nesse período, sua mãe ficou doente e Cícero
Gomes resolveu acompanhar o tratamento da esposa,
180 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

deixando a atividade de “ambulância” que mantinha na região


a cargo de Francisco e alguns empregados. Foram mais de
quatro anos em que Francisco ficou à frente das atividades
desenvolvidas pelo pai até a morte de sua mãe em 1940,
quando Francisco já tinha 22 anos de idade. Cícero Gomes
enviou Francisco à cidade do Crato-CE para estudar, porque
pretendia montar uma farmácia, já que naquele tempo havia
poucos médicos formados na região e um bom farmacêutico
conseguia uma vida financeira tranquila.
Francisco não concluiu os estudos e pouco tempo depois
voltou à terra natal e retomou o namoro com Maria de Lourdes
Gomes, sua prima de primeiro grau, já que suas mães
Mundoca e Mariinha eram irmãs, filhas de Vicente de Souza
Brito. Mesmo sem que os pais fizessem muito gosto, casou-se
com sua prima em 6/10/1946. No início do casamento foram
morar na Boa Vista, melhor fazenda de seu pai Cícero Gomes,
onde ele e Lourdes tiveram os filhos. Em 1958, Cícero Gomes
vendeu a fazenda Boa Vista ao senhor João Trajano, cuja
família mantem a propriedade até os dias de hoje. Com a
venda da Boa Vista, Francisco Gomes mudou-se com a família
para as terras de seus sogros no povoado Carvalho, que mais
tarde foram herdadas pela esposa. No referido povoado,
terminou de criar a família, vivendo da agricultura e pecuária,
se distanciando da família de seus pais.
Nos anos de 1960, trabalhou como professor num
programa de alfabetização de adultos criado pelo governo
federal chamado MOBRAL – Movimento Brasileiro de
Alfabetização. Empolgado com a docência, doou um terreno
onde foi construído um colégio no povoado Carvalho, mas
apesar disso, não se esforçou muito para educar os filhos, que
se dedicaram ao trabalho na terra, assim como ele próprio,
sendo que todos os filhos viveram ou vivem da atividade
primária.
Histórias de Família 181
Manelito Sousa

Francisco Gomes faleceu em junho de 1993, aos 75 anos


de idade. Pai e esposo dedicado constituiu uma família digna e
honrada, com seis filhos, quatro noras, onze netos e cinco
bisnetos até o momento. Todos os seus filhos ainda vivos
moram no povoado Carvalho, conforme me relatou sua neta
Célia Maria.
Segue a descendência de Francisco Gomes e Maria de
Lourdes:
(1)
José Olímpio Gomes (Zé Gomes) casou com Maria de
3.1.
Nazaré Rocha Gomes:
(1)
Jose Ivanildo Rocha Gomes casou com Iria Maria
3.1.1.
Rodrigues Veloso:
 Jose Ivanildo Rocha Gomes Filho;
 José Guilherme Veloso Gomes.
Jose Ivanildo Rocha Gomes teve uma filha de um
relacionamento anterior:
 Raíla Fontenele Gomes.
(1)
3.1.2.Célia Maria Rocha Gomes Ferreira casou com
Adalberto Barros Ferreira:
 João Francisco Gomes Ferreira.
(1)
3.1.3. Francisco de Assis Rocha Gomes.
José Olímpio Gomes ficou viúvo e casou com Maria
Antônia de Sousa Rocha:
(1)
3.1.4.Maria de Nazaré Rocha Gomes casou com
Antônio Albertino Rocha;
(1)
3.1.5. Maria de Lourdes Rocha Gomes;
(1)
3.1.6. Maria Francisca Rocha Gomes.
(1)
3.2. Maria Natércia Gomes não constituiu família;
182 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(1)
3.3.Jose Ubirajara de Souza Gomes casou com Cecília
Maria da Rocha:
(1)
3.3.1. Marcio Hélio Rocha Gomes.
(1)
2.4. José Francisco Gomes casou com Isabel Josefa Rocha:
(1)
3.4.1. Rodnei Rocha Gomes;
(1)
2.4.2. Antônio da Rocha Gomes;
(1)
3.4.3.Antônia Roneide Rocha Gomes casou com
Solimar de Sousa Rocha:
 Maria Clara
(1)
3.4.4. Rosilene da Rocha Gomes;
(1)
3.5. Raimundo Nonato Gomes não constituiu família;
(1)
3.6. João Batista Gomes (falecido).

(1)
4. ANTÔNIO DE SOUZA GOMES (Toinho Gomes) (1925-
1969) casou com Hercília Ferreira Gomes (1921-1992).
Toínho Gomes, como era conhecido, estudou o ginásio e
o cientifico na cidade do Crato–CE, que na época era referência
regional em educação. Concluído o ensino médio, voltou para
Picos-PI onde estudou contabilidade na escola de Dorinha
Xavier. Entrou no mercado de trabalho muito cedo e trabalhou
em diversas empresas, sempre na área de contabilidade. O
primeiro e mais duradouro emprego foi nas lojas
pernambucanas de Picos, onde trabalhou por 10 anos como
contador (chamado guarda livros, na época). Mudou-se para
uma empresa beneficiadora de algodão pertencente a Jerônimo
Monteiro, depois trabalhou em outra beneficiadora de algodão
do grupo Sá Urtiga. O último emprego de Toínho foi numa loja
de moveis de Floro Bento Bezerra, sempre como contador e
todas as empresas na cidade de Picos-PI, onde nasceu e viveu.
Histórias de Família 183
Manelito Sousa

Em meados dos anos de 1960 Toínho passou a trabalhar


por conta própria num escritório de contabilidade que montou
em sociedade com João de Deus, onde trabalhou até fim de
sua vida.
Casou em 1948 com Hercília, ele com 23 anos e ela com
27 anos de idade e tiveram nove filhos, nos 21 anos de
casamento. Toínho Gomes faleceu prematuramente em 1969,
aos 44 anos, deixando a viúva Hercília com oito filhos
pequenos, já que uma das filhas do casal, Maria dos Remédios,
faleceu pouco antes da morte do pai. Em 1976 Hercília mudou-
se com os filhos para Teresina com o intuito de educa-los.
Viveu em Teresina com a família por 16 anos, vindo a falecer
em 1992 e até hoje todos os filhos vivos do casal residem na
capital Teresina.
Segue a descendência de Toinho Gomes e Hercília:
(1)
4.1. Antônio Gomes Filho (1950-2006) (falecido) não
constituiu família;
(1)
4.2. Daniel José Ferreira (1952);
(1)
4.3. Gutemberg Ferreira Gomes (1953) casado com
Valtânia Leite Barros:
(1)
4.3.1. Gabriel Barros Gomes;
(1)
4.3.2. Vitória Barros Gomes.
(1)
4.4.Cícero Ferreira Gomes (1955) casado com Carmem
Lúcia Lages Bezerra Ferreira Gomes:
(1)
4.4.1. Lorena Lages Ferreira Gomes;
(1)
4.4.2. Lívia Maria Lages Ferreira Gomes.
(1)
4.5.Maria dos Remédios Ferreira Gomes (1957) faleceu
ainda criança.
(1)
4.6. Getúlio Ferreira Gomes (1958).
184 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(1)
4.7.Francisco Roosvelt Ferreira Gomes (1960) casado com
Elisabete Coelho de Sousa Gomes:
(1)
4.7.1. Francisco Roosvelt Ferreira Gomes Filho.
(1)
4.8. Maria do Amparo Ferreira Gomes (1961):
(1)
4.8.1. Bruno Ferreira Gomes;
(1)
4.8.2. Diego Ferreira Gomes.
(1)
4.9. Maria Hercília Ferreira Gomes (1964).

(1)
5. TERESINHA GOMES LEAL (9/1/1930-7/1/1998) casou com
Afonso de Carvalho Leal (3/11/1928-5/11/2001).
Afonso Leal era um empreendedor nato, sempre com um
olhar no futuro. Trabalhou num pequeno comércio (bodega) na
cidade de Picos-PI até o ano de 1969, quando observou o
crescimento da cidade, proporcionado pela construção da BR
Transamazônica, que transformaria Picos em um dos maiores
entroncamentos rodoviários do Nordeste. Resolveu assumir
profissionalmente a construção civil, atividade que até aquele
momento utilizara somente para a construção de seus imóveis
particulares. Conseguiu grande sucesso com a nova profissão e
com o olhar no futuro, transferiu sua esposa e os filhos para
Teresina, capital do estado, realizando o sonho de formar todos
os seus filhos nas profissões que cada um escolheu. Um
privilégio que não é para qualquer um.
Sua esposa Teresinha Gomes Leal sempre foi uma
mulher muito batalhadora e extremamente religiosa. Estudara
em convento na adolescência e a fé em Deus foi o maior
legado deixado aos seus filhos. Era uma pessoa conciliadora e
sempre determinada a fazer tudo pelo bem estar da família.
Contara-me sua sobrinha Marinete, que após o afastamento de
sua mãe Mocinha da família, somente a irmã Teresinha Leal
Histórias de Família 185
Manelito Sousa

continuou a se corresponder com ela, dando-lhe notícias da


família sem nunca afastar-se da irmã.
Profissionalmente era uma fina bordadeira e tinha
extrema habilidade na confecção de enxovais de casamentos,
batizados e de recém-nascidos, sempre bordados à mão em
renda francesa. Existem ainda hoje, trabalhos realizados por
ela há mais de 60 anos atrás. Era devota de “Maria Santíssima”
e todos os dias rezava o ofício de nossa senhora, conforme me
contara seu filho Francisco Leal. Afonso faleceu em 1998 e
Teresinha em 2001, deixando uma família bem estruturada,
unida e estabilizada.
Segue a descendência de Teresinha e Afonso:
(1)
Inês Maria Gomes Leal Santos (18/2/1959) casada
5.1.
com Fernando de Oliveira Santos.
(1)
5.1.1. Guilherme Leal Santos:
João Guilherme;
(1)
5.1.2. Fernanda Leal Santos;
(1)
5.1.3. André Leal Santos.
(1)
5.2.Francisco Gomes Leal (Leal) (13/9/1960) casado com
Maria Zilnar Coutinho Leal:
(1)
5.2.1. Victor Coutinho Leal;
(1)
5.2.2. Viviane Coutinho Leal;
(1)
5.2.3. Camila Coutinho Leal.
(1)
5.3. José Rubem Gomes Leal (27/11/1961) casou com
Inês Virginia Guimarães:
(1)
5.3.1. Leila Dulce Guimarães Leal;
(1)
5.3.2. Anderson Rubem Guimarães Leal.
186 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

José Rubem Gomes Leal separou e casou novamente


com Cassandra Gomes Evaristo Leal:
(1)
5.3.3. Afonso Evaristo Leal.
(1)
Conceição de Maria Gomes Leal (10/2/1963) casada
5.4.
com Mario Nilton de Araújo:
(1)
5.4.1. Luciana Leal de Araújo;
(1)
5.4.2. Nilton Leal de Araújo.
(1)
5.5.Maria de Jesus Gomes Leal Noronha (27/5/1965)
casada com Marcos Noronha e não tiveram filhos;

(1)
6. JOSÉ DE SOUZA GOMES (Zezito) (16/1/1932-23/05/1987)
casou com Orcina de Barros Gomes (24/06/1935):
Zezito, o mais novo dos filhos do primeiro casamento de
Cícero Gomes, também estudou no colégio Diocesano em
Teresina, em regime de internato, pois assim como fez com
seu irmão Francisco, seu pai Cícero Gomes tinha por objetivo
formar os filhos. Em um período de férias na cidade da
Bocaina, conheceu Orcina e decidiu que não retornaria ao
internato, casando-se muito novos, ele aos 18 anos e ela aos
15 anos de idade. De início, residiram em Bocaina, mas com
uns três anos de casados foram morar em Picos, onde tiveram
sete dos oito filhos. Zezito tentou o comércio e trabalhou em
diversos empregos ao tempo em que a família ia aumentando.
Leda, a filha mais velha, contou-me que, quando os pais
mudaram para Picos, ela ainda era pequena e por isso ficou
com a avó materna na Bocaina, onde viveu até os 12 anos e
somente quando concluiu o curso ginasial foi morar com os
pais em Picos para cursar o ensino médio. Anos mais tarde,
Zezito mudou-se para Teresina onde concluiu o curso de
administração na Escola Técnica Federal do Piaui. Trabalhou na
Secretaria de Fazenda do Piauí, servindo por alguns anos no
Histórias de Família 187
Manelito Sousa

Posto de Marcolândia até mudar para a UFPI – Universidade


Federal do Piauí. Zezito faleceu muito jovem, aos 55 anos de
idade e sua esposa Orcina ainda é viva e lúcida.
Segue a descendência de Zezito e Orcina:
(1)
6.1. Francisca de Barros Gomes (Leda) (1952) casou com
Hélio Barreto Leite:
(1)
6.1.1. Marcone Gomes Leite.
Francisca de Barros Gomes se divorciou e contraiu segundo
matrimônio com José Carlos Santos:
(1)
6.1.2. José Carlos Santos Júnior;
(1)
6.1.3. Rita de Cassia Gomes Santos.
(1)
Francimeire Barros Gomes casou com Antônio Cosme
6.2.
de Carvalho Alencar (falecido):
(1)
6.2.1. Hernany Barros Alencar;
(1)
6.2.2. Larissa Malote Alencar;
(1)
6.2.3. Rafael Barros de Alencar.
(1)
6.3. Ferdineide Barros Gomes Oliveira casada com
Francisco Edimar de Oliveira:
(1)
6.3.1. Marcus Elany Gomes de Oliveira;
(1)
6.3.2. Alisson Allen Gomes de Oliveira;
(1)
6.3.3. Marcus Hermany Gomes de Oliveira.
(1)
6.4. Ferdinand Barros Gomes faleceu criança;
(1)
6.5. Ferdiná Barros Gomes:
(1)
6.5.1. Martha Cibelle Brandão Carvalho.
(1)
6.6. José Gomes Filho (falecido) não constituiu família;
(1)
6.7.Luísa Marlene Barros Gomes Nascimento casada com
João Nascimento Filho:
188 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(1)
6.7.1.Sabrina Shimenes Gomes Nascimento Aragão
casada com Leonardo Santos Aragão.
(1)
6.7.1. Felipe José Gomes Nascimento.
(1)
Marluce Barros Gomes tem uma filha com Raimundo
6.8.
Lopes Costa:
(1)
6.8.1. Francisca Vanessa Barros Costa.

(1)
7. MARIA DE JESUS GOMES VALCÁCIO (Lourinha)
(13/3/1934-2011) casou com Erasmo Valcácio (1925).
Maria de Jesus Gomes Valcácio ou “Lourinha” como os
parentes mais próximos a chamavam, mudou-se para o Rio de
Janeiro aos seis anos de idade, para morar com uma parente
abastada que não teve filhos. Graduou-se em Direito e atuou
no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por muitos anos, onde
conheceu Erasmo Valcácio, com quem se casou, mas não
tiveram filhos.
Apesar de ter sido criada distante da família, Lourinha
nunca se afastou dos seus entes queridos e visitava os
parentes no Piauí regularmente. Era conhecida pela
beneficência e costumava ajudar os parentes, inclusive com
ajuda financeira a alguns parentes mais necessitados. Lourinha
faleceu no Rio de Janeiro e seu esposo Erasmo, continua vivo e
lúcido aos 92 anos de idade.

CÍCERO GOMES VIEIRA ficou viúvo e pouco tempo depois


casou com MARIA FERREIRA GOMES (Lita) (12/11/1914-
5/6/1996). Na época, ele com 54 anos e ela com 27 anos de
idade:
Histórias de Família 189
Manelito Sousa

(1)
8. JOSÉ FERREIRA GOMES (Ferreira) (1942) casado com
Conceição de Maria Meneses Ferreira Gomes:
(1)
José Ferreira Gomes Filho (Ferreirinha) casado com
8.1.
Nara Soares Ferreira Gomes:
(1)
8.1.1. Nina Maria Soares Ferreira Gomes.
(1)
Karla Marilia de Meneses Ferreira Gomes casada com
8.2.
Rodrigo Garcia Unanuê:
(1)
8.2.1. Juliê de Meneses Garcia Unanuê.

(1)
9. VALNICE MARIA GOMES (1943) faleceu ainda criança;

(1)
10. CICERO GOMES DOS SANTOS FILHO (1944) (falecido)
não constituiu família;

(1)
11. VALNICE DE SOUSA GOMES MORENO (1947) casou com
Sigifroi Moreno de Sousa:
(1)
11.1.Sigifroi Moreno de Sousa Filho casado com Eline
Nunes Benvindo Moreno:
(1)
11.1.1. Enrique Moreno Nunes Sigifroi;
(1)
11.1.2. Sofia Moreno Nunes Sigifroi.
(1)
11.2.Valeska Gomes Moreno Silva casada com Gildemar
Paulo Silva:
(1)
11.2.1. Vinicius Moreno Silva;
(1)
11.2.2. Julia Moreno Silva.
(1)
11.3. Sergio Gomes Moreno (falecido).

(1)
12. MARIA ALICE GOMES (1949) (falecida);
190 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(1)
13. FRANCISCO DANIEL GOMES (1951) (falecido);

(1)
14. AURORA MARIA GOMES MENDES (1953) casou com
Reginaldo Mendes de Oliveira (Regi):
(1)
14.1. Reginaldo Mendes de Oliveira Filho:
(1)
14.1.1. Camila Ferreira Mendes de Oliveira;
(1)
14.1.2. Luiza Pessoa Lago Oliveira.
(1)
14.2. Riuzy Gomes Mendes:
(1)
14.2.1. Marcos Fernando dos Santos Sousa Filho;
(1)
14.2.2. Juan Mendes Sousa.
(1)
14.3. Rafael Gomes Mendes.

(2)
JOSEFA GOMES VIEIRA casou com ANTÔNIO DOS SANTOS
FONSECA. Família destacada no capítulo 9.

(3)
LAURA GOMES VIEIRA (28/12/1895-10/4/1959) casou com
seu tio José Francisco de Souza Brito (Cazuza) (10/6/1885-
20/4/1955):
Laura Gomes Vieira casou-se muito jovem, com apenas
15 anos, com Cazuza que era viúvo e irmão de sua mãe
Marica. Depois de casada, Laura foi morar no povoado Riacho,
na Bocaina, longe do Zé Leão, onde havia vivido desde o
nascimento. A minha mãe conta que na sua adolescência era
frequente a visita de seus primos que vinham da Bocaina e
hospedavam-se na casa da minha avó Zefinha. Contudo, não
se recorda da tia Laura, que depois do casamento, poucas
vezes retornou a região da Chapada Grande.
Histórias de Família 191
Manelito Sousa

Minha mãe sabia pela minha avó Zefinha, que o marido


de Laura, que foi delegado da Bocaina, não se entendia com
Cícero Gomes. Mesmo assim, este costumava ajudar a irmã
Laura, mas o fazia às escondidas para não melindrar o tio e
cunhado, que tinha um temperamento difícil. No final da vida,
Laura entrou em depressão e teve problemas de saúde até seu
falecimento em dia 10 de abril de 1959, aos 61 anos de idade.
Somente uma das filhas de Laura, Josefa Adriana de
Sousa (Zefinha) está viva, aos 90 anos de idade, lúcida e ativa.
Reside em Picos-PI, como a maior parte da família, que se
concentra nas cidades de Picos-PI e Bocaina-PI.
Segue a descendência de Laura e Cazuza:
(3)
1. ARABELA LAURA DE SOUZA (6/9/1911-9/3/1192) casou
com Vicente Brito:
(3)
1.1. Maria Arabela de Souza Macedo;
(3)
1.2. Maria do Rosário de Souza;
(3)
1.3. Maria de Lourdes Souza;
(3)
1.4. Luís Vicente de Souza.
(3)
2. MARIA LAURA DE SOUZA (Senhora) (14/7/1916-
11/4/1967) casou com Casemiro de Souza Rego:
(3)
2.1. Francisca de Souza Rego;
(3)
2.2. José Casemiro de Souza Rego;
(3)
2.3. José de Ribamar de Souza Rego.
(3)
3. AGÁPITO DE SOUZA BRITO (28/9/1917-21/5/1972) casou
com Maria da Rocha Brito:
(3)
3.1. Irene de Souza Brito;
(3)
3.2. Maria Antônia de Souza Brito;
(3)
3.3. Maria Leuzeni de Souza Brito.
192 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(3)
4. ATAÍDES DE SOUZA BRITO (20/10/1919-4/10/1993)
casou com Raimunda Maria de Souza:
(3)
4.1. José de Souza Brito (falecido);
(3)
4.2. Francisco de Sousa Brito (falecido);
(3)
4.3. Manoel de Souza Brito (falecido);
(3)
4.4. Maria de Fátima Souza Brito (falecido);
(3)
4.5. Maria de Jesus Brito Barros;
(3)
4.6. João de Souza Brito.
(3)
5. ALMIRO DE SOUZA BRITO (3/4/1922-30/9/1990) não
constituiu família;
(3)
6. ALBERTINA LAURA DE SOUZA (17/5/1923-24/6/1978) não
constituiu família;
(3)
7. FRANCISCO DE SOUZA BRITO (29/11/1924-11/1/2012)
casou com Luíza de Souza Brito:
(3)
7.1. José Dagoberto de Souza Gomes;
(3)
7.2. José Francisco de Souza Brito Neto;
(3)
7.3. Maria Oriene de Souza Brito;
(3)
7.4. Maria Vicência de Souza Brito.
(3)
8. JOSEJA ADRIANA DE SOUZA (Zefinha) (2/6/1927) casou
com Francisco Alfredo da Rocha (1/9/1927-5/5/1960):
(3)
8.1. José Francisco de Souza (1/3/1951) casou com
Francisca Joana de Souza:
(3)
8.1.1. Sidicley José de Souza;
(3)
8.1.2. Sidilon José de Souza;
(3)
8.1.3. Sidney José de Souza;
(3)
8.1.4. Silvoney José de Souza.
Histórias de Família 193
Manelito Sousa

(3)
Josefa Francisca de Souza (Neném) (7/3/1953) casou
8.2.
com Benedito Gerson de Souza e não tiveram filhos.
(3)
8.3. Maria de Jesus Souza (14/01/1956):
(3)
8.3.1. Tarcísio de Souza Bezerra.
(3)
8.4.Raimundo Nonato de Souza (10/2/1959-8/6/2005)
casou com Maria das Dores Leal de Souza:
(3)
8.4.1. Denise Lavínia Leal de Souza;
(3)
8.4.2. Diego Leal de Souza.
(3)
9. MARIA DE JESUS DE SOUZA BRITO (Neném) (11/6/1930-
9/5/2007) casou com Gerson Casemiro de Souza:
(3)
9.1. Manoel Gerson de Souza;
(3)
9.2. Maria de Jesus Souza Santos;
(3)
9.3. José Lied de Souza (falecido).

(4)
CIRO GOMES VIEIRA (1900-1974) casou com MARIA
ANTÔNIA DE SOUZA GOMES (1902-1936):
Ciro Gomes saiu adolescente da Chapada Grande para a
Bocaina, onde foi trabalhar com seu irmão Cícero Gomes no
comércio ambulante. A minha mãe contou-me que Ciro Gomes
era muito namorador e, já noivo de Maria Antônia, manteve
um relacionamento com Isabel Joaquina, tia do meu pai, mas o
seu irmão Cícero forçou o fim do namoro em função do noivado
de Ciro com sua cunhada Maria Antônia.
Ciro Gomes casou aos 21 anos de idade, com Maria
Antônia de Souza Gomes, cunhada de seu irmão Cícero.
Tiveram seis filhos sendo o mais velho Francisco (Diquim),
nascido em 1922 e a caçula Aldenora, nascida em 1934. Em
1926, ocorreu o incidente em que Ciro perdeu o antebraço
esquerdo e quase perdeu a vida, no chamado “fogo da Boa
194 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Vista”. Sua neta Rita Neuma soube pela mãe Iracema, que no
incidente a esposa de Ciro e o filho Diquim, na época com
apenas quatro anos de idade, tiveram que andar por cerca de
oito quilômetros à noite em busca de socorro, visto que Ciro
estava com hemorragia, o que quase levou à sua morte. Em
decorrência, Ciro passou por diversos problemas de saúde,
além da limitação física permanente em função do braço
perdido.
Alguns anos mais tarde, um comerciante de Picos,
franqueou ao amigo Ciro Gomes uma tropa de oito burros com
arreios e mercadorias para ele empreender no ramo de caixeiro
viajante. Ciro aventurou-se nesse ramo, que já conhecia muito
bem, mas optou por comercializar no Maranhão. Sua esposa
Maria Antônia faleceu em 1936 com apenas 34 anos, deixando
os seis filhos órfãos, sendo o mais velho com quatorze anos e a
mais nova com apenas dois aninhos. Ciro, que já tinha a
intenção de mudar-se com a família para o Maranhão, com a
morte da esposa, resolveu antecipar o plano. De início, em
razão das dificuldades, levou consigo somente os dois filhos
mais velhos, Diquim e Raimundo, que o ajudavam na lida.
Levou também a sobrinha Mocinha, filha de Cícero Gomes, que
passava por problemas no casamento, deixando os quatro
filhos pequenos sob os cuidados do irmão Cícero Gomes e da
cunhada Mundoca.
Depois de estabelecido em Bernardo, povoado de
Pedreiras-MA, Ciro Gomes voltou ao Piauí e levou consigo os
filhos que havia deixado na Bocaina com Cícero e Mundoca. Na
viagem de volta ao Maranhão passou pela Chapada Grande
(localidade Malhada de Baixo) onde morava sua irmã Zefinha e
a família. Minha mãe relatou-me a passagem de seu tio Ciro e
dos quatro primos pequenos pela casa da sua mãe Zefinha,
que passou dias chorando pela partida do irmão e dos
sobrinhos já órfãos de mãe, para uma terra distante.
Histórias de Família 195
Manelito Sousa

Na região de Pedreiras, Ciro Gomes fixou-se como


comerciante e botou mercearia na companhia dos filhos Diquim
e Raimundo. Depois de alguns anos, casou-se com Dona
Teodora e constituiu uma nova família de cinco filhos. Alcançou
estabilidade financeira trabalhando em sociedade com os filhos
Diquim e Raimundo. Com os filhos do primeiro casamento já
casados e estabilizados, Ciro Gomes como era aventureiro,
resolveu mudar-se para Belo Horizonte com a nova família.
Separou a sociedade com os filhos e seguiu viagem para as
Minas Gerais no ano de 1955. Na época, o filho mais velho do
segundo casamento, Ciro Filho tinha doze anos e a caçula,
Maria das Graças, apenas cinco anos de idade. Imagino a saga
dessa família ocorrida há mais de 60 anos. Ciro Gomes, a
esposa Teodora e os cinco filhos pequenos, viajando em
estradas de terra, em “paus de arara”, ônibus e trens, até
chegar à longínqua Belo Horizonte, numa viagem que durou
quase um mês.
Em Belo Horizonte reconstruiu a vida com a família,
adquirindo casa e montando uma loja de tecidos e aviamentos,
ramo que dominava desde os tempos da juventude em função
do trabalho com o irmão Cícero Gomes. Educou a família e teve
uma vida digna e sossegada, falecendo em 1974 aos 74 anos.
Sua segunda esposa Teodora, faleceu aos 99 anos, em 2012.
Todos os filhos do primeiro casamento com Maria Antônia já
são falecidos. Do segundo casamento, já são falecidos, Ciro
Filho e Maria de Lourdes que não deixou descendente. As
famílias de Ciro, Cícero e Inês Maria moram em Belo Horizonte-
MG e a família de Maria das Graças em Vitória–ES.
Segue a descendência de Ciro Gomes e Maria Antônia:

(4)
1. FRANCISCO GOMES VIEIRA (Diquim Gomes) (4/6/1922–
8/12/1988) casou com Maria Eli Leite Vieira (4/2/1925–
26/7/1956).
196 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Francisco Gomes Vieira, conhecido como Diquim Gomes,


era o primogênito de Ciro Gomes Vieira. Com apenas 12 anos
de idade, mudou-se da Bocaina no Piauí para o povoado de
Bernardo no município de Pedreiras-MA, juntamente com o pai,
o irmão Raimundo Gomes e a prima Mocinha. Inicialmente
botaram uma quitanda no povoado Folguedo e iniciaram o
comércio de compra de arroz em casca. O negócio foi
prosperando e adquiriram usina para beneficiamento do arroz
para agregar maior valor ao produto.
Aos vinte e um anos de idade casou-se com Eli Piancó,
com quem teve cinco filhos, dos quais apenas Maria Ezilda
ainda vive. Depois de casado, os irmãos e o pai acabaram a
sociedade. O pai Ciro Gomes mudou-se pra Belo Horizonte e os
filhos Diquim e Raimundo seguiram no ramo, mas cada um por
sua conta. Como sua esposa morreu prematuramente, ele
casou-se com Zefinha Piancó, sua cunhada, e tiveram mais
cinco filhos, todos ainda vivos. Com a formação de uma nova
família, mudou-se para a cidade de Pedreiras-MA, onde se
firmou no ramo de comercialização e beneficiamento de arroz,
tornando-se um próspero comerciante. Sujeito simples de
valores morais exemplares, era dotado de grande carisma e
conhecido pelo bom humor exacerbado. Faleceu aos 66 anos,
deixando uma família bem estruturada. Segundo seu filho
Rogério é opinião unânime dos familiares que Diquim foi “o
maior exemplo de ser humano”.
Segue a descendência de Diquim:
(4)
Francisco Gomes Vieira Filho (Franceli) (falecido)
1.1.
casou com Lucia:
(4)
1.1.1. Elaine;
(4)
1.1.2. Carla.
(4)
1.2. Gracildes Leite Vieira (falecida) casada com José
Nunes Nogueira:
Histórias de Família 197
Manelito Sousa

(4)
1.2.1. Frederik Augusto Vieira Nogueira;
(4)
1.2.2. Conrado José Vieira Nogueira;
(4)
1.2.3. Lorena Vieira Nogueira.
(4)
1.3. Francisco Ezir Leite Vieira (falecido);
(4)
1.4. Maria Ezilda leite Vieira:
(4)
1.4.1. André Alberto Vieira Campos;
(4)
1.4.2. Thiago Alberto Vieira Campos;
(4)
1.4.3. Francisco Gomes Vieira Neto (Kico).

(4)
1.5. Elaine Leite Vieira faleceu ainda criança.
DIQUIM ficou viúvo e casou com JOSEFA LEITE VIEIRA
(Zefinha Piancó) (23/3/1930), irmã de sua primeira esposa:
(4)
1.6. Eduardo Gomes Leite Vieira:
(4)
1.6.1. Eduardo Filho;
(4)
1.6.2. Aline.
(4)
1.7. Evaldo Gomes Leite Vieira (falecido);
(4)
1.8. Maria Regina Gomes Leite Vieira casou com José
Airton Batista Lopes:
(4)
1.8.1. José Airton Batista Lopes Filho.
(4)
1.9. Paulo Roberto Gomes Leite Vieira (Paulinho Nó Cego):
(4)
1.9.1. Camila Cantanhede Vieira;
(4)
1.9.2. Gabriel Cantanhede Vieira.
(4)
1.10. Paulo Rogério Gomes Leite Vieira:
(4)
1.10.1. Mariana Nogueira Vieira;
(4)
1.10.2. Maria Paula Nogueira Vieira.
198 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(4)
2. RAIMUNDO GOMES VIEIRA (1925-2007) casou com Gení
Nascimento Vieira (1928-2001).
Assim como seu irmão Diquim, Raimundo Gomes
mudou-se ainda criança para a região de Pedreiras-MA, com o
pai Ciro Gomes e a prima Mocinha. Lá estabelecidos, Ciro
Gomes botou uma bodega para os dois filhos tomarem conta,
enquanto ele comerciava de forma ambulante na região. Com o
passar do tempo o comércio foi crescendo e os dois irmãos
iniciaram uma compra de arroz em casaca e como o negócio do
arroz mostrou-se lucrativo resolveram montar uma usina e
passaram a beneficiar o produto, agregando valor ao negócio.
Já adultos e casados resolveram separar a sociedade e cada
um ficou com uma usina de beneficiamento de arroz.
Raimundo Gomes era casado com Gení nascimento, com quem
teve cinco filhos. Criaram e educaram seus filhos em Pedreiras-
MA, vivendo sempre do comércio.
Segue a descendência de Raimundo Gomes e Gení:
(4)
2.1. Benedita Nascimento Vieira (Dita):
(4)
2.1.1. Matheus.
(4)
Maria das Graças Vieira Meyer casada com Edmund
2.2.
Meyer:
(4)
2.2.1. Alexandre;
(4)
2.2.2. Guilherme.
(4)
Francisco Gomes Vieira Sobrinho (Tantico) casado
2.3.
com Maria de Fátima Sousa Vieira:
(4)
2.3.1. André Luiz;
(4)
2.3.2. Luciana Andreia;
(4)
2.3.3. Carolina;
(4)
2.3.4. Raimundo Gomes Vieira Neto.
Histórias de Família 199
Manelito Sousa

(4)
João Batista Nascimento Vieira (faleceu em 1982)
2.4.
casou com Maria da Conceição Ribeiro Vieira:
(4)
2.4.1. Ciro Ribeiro Vieira.
(4)
2.5.Paulo Cesar Nascimento Vieira casado com Alexsandra
Brito Simões Vieira:
(4)
2.5.1. Paulo Filho;
(4)
2.5.2. Paula Cristina;
(4)
2.5.3. Vinicius;
(4)
2.5.4. Leonardo.

(4)
3. LUIS GOMES VIEIRA (4/9/1926-15/2/2010) casou
com Maria José de Freitas Vieira (26/6/1930).
Luis Gomes Vieira trabalhou vários anos como
representante comercial da Chams Abud, multinacional do
ramo algodão. Luís Gomes viajava por todo o estado do
Maranhão e, por essa razão, seus filhos tiveram naturalidades
distintas. No início de sua carreira nasceu Lucimary em
Pedreiras-MA. Anos mais tarde mudou-se para Tuntum-MA,
onde nasceram Luis Augusto, Reginaldo e Maria do Socorro.
Novamente em função do trabalho a família transferiu-se para
a cidade de Coroatá–MA, onde nasceu José de Ribamar, o mais
novo.
Poucos anos depois de retornaram a Pedreiras o casal se
separou e Maria José mudou-se com os filhos para uma cidade
menor chamada Lago dos Rodrigues-MA. Com isso, os filhos de
Luis Gomes Vieira perderam o contato com os demais
membros da família Gomes, retomado parcialmente pelo filho
Luis Augusto, que já adolescente foi trabalhar em Tuntum–MA,
com seu tio Manoel Valente, esposo de Iracema Gomes.
200 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Luis Gomes, depois de separar-se da família viveu por


muitos anos em Belo Horizonte, próximo ao seu pai Ciro
Gomes. Anos depois, sua filha Lucimary foi avisada da situação
de saúde precária de seu pai e levou-o para São Luis–MA,
cuidando dele por algum tempo. Em função dos sérios
problemas de saúde, Luis Gomes foi levado pelos filhos para a
casa de Maria José, esposa que ele havia deixado há muitos
anos. Contou-me seu filho Luis Augusto, que mesmo debilitado
e cego, Luis Gomes reconheceu a esposa e pediu perdão por
tê-la abandonado, no que foi prontamente atendido. Luis
Gomes faleceu na cidade de Imperatriz–MA, em 15 de fevereiro
de 2010.
Segue descendência de Luis Gomes e Maria José:
(4)
3.1.Lucimary Freitas Gomes casada com Luiz Horozimbo
da Silva:
(4)
3.1.1. Luciana Freitas Gomes Silva;
(4)
3.1.2. Rafael Freitas Gomes Silva;
(4)
3.2. Luiz Augusto Freitas Vieira casado com Vilma de
Fátima de Oliveira Tavares, e teve uma filha de outro
relacionamento:
(4)
Susa Daniele Afonso de Carvalho Freitas e Vieira
3.2.1.
Scherer Soares.
 Alice Scherer
(4)
3.3.Reginaldo Freitas Gomes casou com Eliza Gomes
Ferraz:
(4)
3.3.1. Raquel Ferraz Freitas:
 Mariah
 João
(4)
3.3.2. Ricardo Ferraz Gomes:
Histórias de Família 201
Manelito Sousa

 Theo.
(4)
3.4. Maria do Socorro Freitas Vieira casou com Josely
Clemente Oliveira:
(4)
3.4.1. Vanessa Vieira Lucena Fernandes
(4)
José de Ribamar Freitas Vieira casou com Lúcia Maria
3.5.
de Carvalho Vieira Freitas:
(4)
3.5.1. Leandro de Carvalho Freitas Vieira;
(4)
3.5.2. Renata de Carvalho Freitas Vieira;
(4)
3.5.3. Rafaela de Carvalho Freitas Vieira:
 Ana Júlia.

(4)
4. ANTÔNIO GOMES VIEIRA (Toinho Gomes) (1928–1991)
casou com Rita Peres Vieira (1939).
Toinho Gomes, como era conhecido pelos familiares,
nasceu na Bocaina-PI e ainda muito pequeno mudou-se com o
pai Ciro Gomes, já viúvo, e os demais irmãos para o povoado
Bernardo em Pedreira-MA. Seguindo a tradição da família
trabalhou sempre no comércio. No início ajudando seu pai e os
irmãos e posteriormente estabelecendo-se por conta própria.
Inda na juventude fez o curso técnico de contabilidade e depois
estudou em Recife-PE, mas não chegou a concluir a faculdade.
Toinho mudou-se para Goiânia onde montou uma loja de
confecções. Conheceu Rita Peres, casaram-se e tiveram quatro
filhas. Sua filha caçula, Cláudia Peres, me contou que os nomes
das três primeiras filhas do casal (Arlete, Ivete e Yolete) eram
nomes de ex-namoradas de Toinho Gomes e que somente o
seu nome foi escolhido pela mãe. Disse-me a Cláudia que até
hoje isso é motivo de risadas quando a família recorda a
situação. Depois de uma pequena temporada no Goiás, o casal
mudou-se para Bacabal-MA, onde se estabeleceram no mesmo
202 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

ramo de confecções, abrindo uma loja chamada “A Mundial”.


Em 1977, resolveu mudar-se de Bacabal-MA para São Luis-MA,
abrindo sua loja na Rua Afonso Pena, no Centro Histórico,
mudando tempos depois para a Rua Santana, também no
centro de São Luis.
Segundo me contou sua filha Cláudia, Toinho Gomes era
católico, muito religioso, e assistia a missa todos os domingos.
Cláudia me retrata seu pai com muito carinho e extrema
admiração, chegando a dizer que sente demais sua falta.
Toinho Gomes faleceu em Teresina, no ano de 1991, com
problemas de enfisema pulmonar provocados pelo cigarro.
Segue a descendência de Toinho Gomes e Rita Peres:
(4)
4.1. Arlete Peres Vieira:
(4)
4.1.1. Fabiana Peres Vieira tem uma filha:
 Beatriz Peres Vieira Macedo.
(4)
4.2. Ivete Peres Vieira:
(4)
4.2.1. Taciana Cláudia Vieira Cordeiro:
 Denyse Emanuelle Cordeiro Oliveira;
 Deborah Emanuelle Cordeiro Oliveira;
 Dayana Emanuelle Cordeiro Oliveira;
 Danyelle Emanuelle Cordeiro Oliveira;
 Dafne Emanuelle Cordeiro Oliveira.
(4)
4.2.2. Jadiel Francisco de Farias Cordeiro Filho
(4)
4.3. Yolete Peres Vieira:
(4)
4.3.1. Rodrigo Júlio Peres Rodrigues;
(4)
4.3.2. Pedro Paulo Peres Rodrigues.
(4)
4.4. Cláudia Peres Vieira.
Histórias de Família 203
Manelito Sousa

(4)
5. MARIA IRACEMA GOMES FIGUEIREDO (1930-2015) casou
com Manoel Valente Figueiredo (20/9/1923-11/9/1983).
Manoel Valente chegou a Tuntum–MA em 1952, vindo de
Canto do Buriti – PI, onde seu irmão Miguel Valente, que muito
o ajudou, era Prefeito. Veio no rastro de gêneros alimentícios e
peles de animais (arroz, milho e algodão, peles de caprinos,
ovinos e animais silvestres), que comprava na região e
revendia em Petrolina-PE. Conheceu Iracema Gomes que na
época morava em Pedreiras-MA e estava de férias, na casa de
seu irmão Luis Gomes, que trabalhava na Chams Abud. Logo
em dezembro daquele ano (1952), casaram. Na época,
Iracema tinha 22 e Manoel Valente 28 anos, resolveram morar
em Canto do Buriti-PI, mas não se adaptaram e voltaram a
Tuntum. Formaram uma família muito bem estruturada de
cinco filhos.

Em Tuntum-MA, Manoel Valente se estabeleceu com


máquinas de beneficiamento de arroz e supermercado e, em
poucos anos fizeram fortuna, chegando a possuir muitos
imóveis e fazendas de gado com mais de duas mil cabeças. Em
1980 chegou a ganhar o prémio de 2º maior produtor de arroz
do Maranhão. Seu filho Humberto me contou que Manoel
Valente era um verdadeiro Banco Rural sendo avalista de tudo
quanto era produtor rural da região. O filho o descreve como
um líder nato, pacífico, ordeiro e querido por todos.

Com todos esses atributos, Manoel Valente se aventurou


na política por incentivo de amigos. Candidatou-se a prefeito
em 1958, mas foi derrotado por poucos votos e com muita
denúncia de corrupção por parte de seu adversário. A eleição
ficou sob judice por vários meses até que a velha política do
Maranhão pôs panos quentes, diplomando o seu adversário
como prefeito. Em 1982, Manoel Valente lançou o genro, Hélio
Araújo que se elegeu com grande diferença de
204 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

votos. Atualmente seu Neto Ciro Ricardo é vice-prefeito do


município de Tuntum-MA.

Manoel Valente faleceu muito jovem, faltando nove dias


de completar 60 anos, mas deixou o nome gravado na
memória do povo de Tuntum-MA, terra que escolheu para
viver. Como se Diz na minha terra “morre o homem e fica o
nome”.

Segue a descendência de Manoel Valente e Iracema:


(4)
5.1. Francisco de Assis Gomes Figueiredo (13/3/1954);
(4)
5.2. Rita Neuma Gomes Figueiredo (21/9/1955):
(4)
Ciro Ricardo Figueiredo de Araújo casado com
5.2.1.
Mariane Freitas Araújo:
 Beatriz Freitas Araújo;
 Valentina Freitas Araújo.
(4)
5.2.2. Marcos Leonardo Figueiredo de Araújo casado
com Natalia Pompeu Araújo;
(4)
5.2.3. Helineuma Figueiredo de Araújo;
(4)
5.2.4. Hélio Araújo Segundo;
(4)
5.2.5. Manoel Valente Figueiredo Neto.
(4)
Maria do Socorro Gomes Figueiredo (10/2/1960)
5.3.
casado com Carlos Leonardo Figueiredo Cunha:
(4)
5.3.1. Carla Dayana Figueiredo Cunha:
 Matheus Henrique Cunha Dourado.
(4)
5.4.Cícero Humberto Gomes Figueiredo (8/1/1965)
casado com Francinilva Batista Figueiredo:
(4)
5.4.1. Manoele Batista Figueiredo;
(4)
5.4.2. Humberto Gabriel Batista Figueiredo.
Histórias de Família 205
Manelito Sousa

(4)
5.5. Rosane Maria Gomes Figueiredo (3/3/1966):
(4)
5.5.1. Stefany Figueiredo Sampaio:
 Maria Clara;
 Robson Filho.
(4)
5.5.2. Skarlet Figueiredo Sampaio:
 João Lucas;
 Lorenzo.
(4)
5.5.3. Rafael Figueiredo de Almeida.

(4)
6. ALDENORA VIEIRA SANTOS (6/12/1932-20/9/1985) casou
com Raimundo Rodrigues dos Santos (2/10/1929-12/9/1995):
(4)
6.1. Raimundo Rodrigues dos Santos Filho (Natinho)
(1954) casado com Maria de Fatima Souza Santos (1955):
(4)
6.1.1. Carlos Rodrigo Souza Santos (1978) casado com
Priscila Cardoso de Araújo Santos (1984):
 Rafael Araújo Santos.
(4)
Ana Flávia Souza Santos (1980) casada com João
6.1.2.
de Carvalho Leite Neto.
(4)
6.1.3. Bruno Rodrigues Souza Santos (1982) casado
com Ilônya Márcia Martins Pereira Santos (1984):
 Davi Martins Pereira Santos (2010);
 Mariana Martins Pereira Santos (2015).
(4)
6.2. Carlos Luís Vieira Santos (16/10/1955-21/12/1989)
(falecido);
(4)
6.3. Maria Eli Vieira Santos (1/12/1956-26/7/2003)
(falecida);
(4)
6.4.Maria Iris Vieira Santos (6/4/1958) casada com
Renovato Pinto de Araújo (23/11/1959).
206 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(4)
Maria Antônia Vieira Santos (13/6/1959) casada com
6.5.
José Teófilo Cavalcante (13/7/1957):
(4)
6.5.1.Mayara Cristina Teófilo Vieira Santos Cavalcante
Belchior (4/6/1987);
(4)
6.5.2. Brenno Efraim Teófilo Vieira Santos Cavalcante
(28/7/1988);
(4)
Luís Eugênio Teófilo Vieira Santos Cavalcante
6.5.3.
(18/9/1991);
(4)
6.5.4.Aldenora Teófilo Vieira Santos Cavalcante
(26/3/1994).
(4)
José Wilson Vieira dos Santos (29/3/1961) casado
6.6.
com Maria Ivalda Monte Lima (21/1/1963):
(4)
6.6.1. Francisca Nayandra Lima Vieira (6/4/1993);
(4)
6.6.2. Raimundo Rodrigues dos Santos Neto
(13/7/1994).
(4)
6.7. Ciro Vieira Santos (12/6/1962):
(4)
6.7.1. Pedro Henrique Neres Santos (17/10/1992);
(4)
6.7.2. Luis Gustavo Diniz Santos (11/7/1997);
(4)
6.7.3. Victor Hugo Diniz Santos (11/7/1997).
(4)
Hilda Vieira Santos (3/10/1963) casada com José
6.8.
Ribamar Jansen Penha:
(4)
6.8.1. Conceição Maria Vieira Jansen (18/1/1982);
(4)
6.8.2. Liana Vieira Jansen (6/11/1983);
(4)
6.8.3. Juliana Vieira Jansen (22/2/1987).
(4)
6.9. Júlio César Vieira Santos (10/6/1965) casado com
Lana Meireles Santos (19/11/1969):
(4)
6.9.1. Frederico Meireles Santos (26/10/2005);
Histórias de Família 207
Manelito Sousa

(4)
6.9.2. Carlos Henrique Gomes Santos (10/7/1994).
(4)
6.10. Selma Regina Vieira Santos (17/2/1967) casada com
Robério Araújo Albuquerque (4/7/1964):
(4)
6.10.1.Maria Laura Vieira Santos de Albuquerque
(16/6/2003).
(4)
Vera Lucia Vieira Santos (9/5/1969) casada com
6.11.
Carlos Alberto Araújo Pereira:
(4)
6.11.1. Carlos Gilberto Santos Pereira (9/12/1990);
(4)
6.11.2. Carlos Geovane Santos Pereira (1/1/1993);
(4)
6.11.3. Aldenora Vieira Santos Neta (19/9/1995).
(4)
Edmo Vieira Santos (17/4/1970)
6.12. casado com
Cleonice Alves Rodrigues Santos:
(4)
6.12.1. Caio Lucas Santos (4/5/2005).
(4)
6.13. Ana Valéria Vieira Santos (21/12/1972).

Muitos anos depois de viúvo, CIRO GOMES VIEIRA


contraiu segundo matrimônio com TEODORA GOMES VIEIRA
(1913-2012):
208 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

Segue a descendência de Ciro Gomes e Teodora:

(4)
7. CIRO GOMES VIEIRA FILHO (1942-2016) casou com Agna
Caixeta Vieira.
(4)
7.1. Alessandra Caixeta Vieira.
(4)
7.1.1. Yuri;
(4)
7.1.2. Ana Beatriz.
(4)
7.2. Breno Caixeta Vieira.
(4)
7.2.1. Henrique.
(4)
7.3. Bruno Caixeta Vieira.

(4)
8. CÍCERO GOMES VIEIRA (1943) casado com Maria Benícia
Vieira (Cenir).
(4)
8.1. Tiago Gomes Vieira.
(4)
8.1.1. João Pedro.

(4)
9. MARIA DE LOURDES GOMES VIEIRA (1944-1994)
(falecida) não constituiu família;

(4)
10. INEZ MARIA VIEIRA PACHECO (1947):
(4)
10.1. Everson Vieira Pacheco.
(4)
10.1.1. Thais;
(4)
10.1.2. Amanda.
(4)
10.2. Gustavo Vieira Pacheco.
(4)
10.2.1. João Pedro.
(4)
10.3. Paula Vieira Pacheco.
Histórias de Família 209
Manelito Sousa

(4)
11. MARIA DAS GRAÇAS VIEIRA FERREIRA (1950) casada
com Edson Ferreira Bermudes.
(4)
11.1. Flavio Vieira Ferreira.
(4)
11.1.1. Julia.
(4)
11.2. Rafael Vieira Ferreira.

(5)
ARLINDO GOMES VIEIRA (10/8/1902-20/1/1926):
Arlindo foi o único dos filhos de Chico Leão e Marica que
não constituiu família. Viveu com os pais até a adolescência,
quando se mudou para a Bocaina com os irmãos Cícero e Ciro
Gomes. Arlindo foi morto pelas Forças Leais ao governo, em 20
de agosto de 1926, no episódio que ficou conhecido como “o
fogo da Boa Vista”. No trágico incidente, as Forças Legalistas
perseguiam a Coluna Prestes8 nas imediações da fazenda Boa
Vista pertencente a Cícero Gomes. Os revoltosos da intentona
comunista entraram na fazenda e, como Cícero Gomes estava
na cidade de Bocaina com a família, fizeram de reféns os
irmãos Ciro e Arlindo Gomes, além de uma empregada
conhecida como Maria de Rufino.
As Forças Legalistas cercaram a fazenda ocupada pelos
revoltosos e houve confronto por cerca de duas horas de fogo
cruzado. Durante o tiroteio os reféns se protegiam rentes ao
chão, mas Arlindo, que não tinha o juízo aprumado, levantou-
se e gritou que era legalista, sendo confundido com um dos
revoltosos. Ciro ergueu o braço e puxou Arlindo para o solo,
mas foram atingidos por um único disparo que cortou o braço
esquerdo de Ciro Gomes e acertou a cabeça do Arlindo,
matando-o na hora. Ciro ficou gravemente ferido e veio a
perder o antebraço, amputado em decorrência das infecções
causadas pelo disparo.
210 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.
7
A passagem da Coluna Prestes por Bocaina-PI, deixou rastro de pavor e o pânico
tomou conta da população. Cerca de duzentos revoltosos compunham o grupo. Eles
permaneceram na região vários dias, invadindo casas, fazendas, retiros, sempre à
procura de bens, víveres, animais, ouro, prata e tudo que pudesse ajudar nos custos
da revolução comunista encetada por Luiz Carlos Prestes, que não fez parte deste
grupo e não participou deste episódio. Foram ações dessa natureza que rotularam a
Coluna com uma imagem negativa, pois transmitia o medo generalizado na população.
O fato mais importante da intentona comunista na região se deu na data de 20 de
janeiro de 1926, na fazenda Boa Vista, zona rural de Bocaina. Os revoltosos ocuparam
a propriedade obrigando a fuga de parte da família do fazendeiro e comerciante Cícero
Gomes Vieira. Permaneceram dois de seus irmãos e uma criada, como reféns. Este
acontecimento ficou registrado nos anais da história como “O Fogo da Boa Vista” e
permanece vivo até hoje na memória do povo bocainense.
O confronto entre os membros da Coluna e as tropas legalistas durou mais de duas
horas, ficou gravemente ferido o senhor Ciro Gomes Vieira e morto seu irmão Arlindo
Gomes Vieira que fora abatido pelas forças leais ao governo que o confundiram com
um dos revoltosos.
Segundo a crônica local, as tropas legalistas saíram vencedoras e os revoltosos fugiram
para o Ceará com muitas baixas. Na fuga perderam um alforje com dinheiro, prata e
ouro que foi encontrado pela agregada Maria de Rufino, que com medo de maiores
consequências e em obediência o entregou ao seu patrão senhor Cícero Gomes, que
ampliou ainda mais sua fortuna.
A fazenda Boa Vista outrora fez parte do grande patrimônio do genearca Raymundo de
Souza Britto, único filho de Antônio Borges Leal Marinho e Maria da Conceição Souza
Britto, que a deixou como herança para um de seus filhos, o capitão da Guarda
Nacional Antônio Francisco de Souza Britto, este consequentemente a deixou para um
de seus descendentes Vicente Francisco de Sousa Britto, que deixou para sua filha
Raimunda Maria de Sousa Gomes, casada com o comerciante e fazendeiro Cícero
Gomes Vieira. Anos depois, Cícero Gomes vendeu a propriedade ao senhor João
Trajano. A propriedade hoje pertence aos seus herdeiros legais.
A propriedade era composta de açude, engenho de cana, pastagens, juncais, currais de
madeira, cercas de pedras, e a casa da sede principal construída nos moldes dos
grandes latifúndios nordestinos, inclusive, preservando no seu interior, os recursos de
escadaria e sótão, que servia de abrigo em épocas de tensão como este episódio em
epígrafe, sendo que na lida cotidiana, servia para o patrão postar-se na janela de onde
ordenava as atividades e afazeres corriqueiros do dia aos seus empregados.
A propósito, contava e cantava o poeta e folclorista bocainense Luiz Camilo, que por
ocasião do fogo da Boa Vista, outro descendente da figura histórica e lendária de
Raymundo de Souza Brito, o senhor Carlos Antônio de Souza Brito, mais conhecido por
“Véi Carrim” acometido de imenso pavor, saiu correndo da fazenda Boa Vista até o
arraial “Aroeiras” no sopé do Morro Grande. Lá chegando, esbaforido pelo cansaço e
pelo medo, narrou os acontecimentos com grande emoção. A narrativa ficou
perpetuada para sempre nos versinhos do poeta, alusivo ao fato:

“No fogo da Boa Vista, Carrim deu de lá pra cá”


“Chegando nas Aroeiras, Modesto vamos rezar”
“Que a guerra começou e nos vamos se acabar”

Que a guerra começou e nós vamos se acabar”.


Histórias de Família 211
Manelito Sousa

A fazenda Boa Vista veio para as mãos de Cícero Gomes


pela ligação dele com a família do fundador da Bocaina,
Antônio Borges Leal Marinho. Sua primeira esposa Raimunda
Maria de Souza Gomes era uma das representantes da quinta
geração da família Borges Leal, conforme segue: Raimunda
Maria de Souza Gomes, filha de Vicente de Souza Brito, filho de
Antônio Francisco de Souza Brito, filho de Raymundo de Souza
Britto, único filho de Antônio Leal Borges Marinho.

Faço aqui um parêntese para tratar de comentários


surgidos na família, de que Ciro Ferreira Gomes, politico do
Ceará, que chegou ao governo daquele estado e ao Ministério
da Fazenda e foi por duas vezes candidato a presidente da
república, seria descendente dos Gomes da região da Bocaina
que migraram para o Maranhão. Analisando a história dos
“Gomes” de Sobral-CE, não se vislumbra qualquer ligação
entre as duas famílias.
A história aponta para a família Ferreira Gomes do
Ceará, residindo e militando na politica de Sobral desde o ano
de 1890, quando ascendentes de Ciro Gomes foram Prefeitos
daquela cidade7. O pai dos irmãos Ciro e Cid Gomes era
defensor público e conheceu sua esposa Maria José Gomes em
Pindamonhangaba-SP, cidade onde nasceram Ciro e seu irmão
Lúcio. Não há qualquer fato conhecido que ligue os Gomes da
Bocaina e Várzea Grande aos Gomes de Sobral. Pode até ser
que essas famílias tenham um tronco comum, mas seria um
ascendente bem distante sem ligação mais recente.
8
A família Ferreira Gomes esteve no poder logo na origem do município de Sobral. Os dois
primeiros prefeitos foram antepassados de Ciro e Cid Gomes. Em 1890, Vicente César Ferreira
Gomes, e em 1892, José Ferreira Gomes. A família voltou ao poder em 1935 quando outro parente
de Ciro, Vicente Antenor Ferreira Gomes, foi prefeito por nove anos, até 1944, durante o governo
de Getúlio Vargas. No longo período de 1944 a 1977 - 33 anos - a família se manteve longe do
poder e da política. Até que o pai de Ciro e Cid, José Euclides Ferreira Gomes, que era defensor
público, voltou à chefia do Executivo municipal entre 1977 e 83. A partir dai já aparecem como
protagonistas políticos os filhos de José Euclides Ferreira Gomes.
212 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

CHICO LEÃO ficou viúvo e casou com Isabel Gomes do


Rêgo (Belê) (1894-1967), prima de sua primeira esposa:
(6)
BENÍCIA GOMES DO REGO;
(7)
LETÍCIA GOMES DO REGO BRITO;
(8)
FRANCISCO GOMES DO REGO (Chico Belê);
(9)
ADERSON GOMES DO REGO (Aderson Belê).

(6)
BENÍCIA GOMES DO REGO (1921-1996) casou com Gerson
Almeida:
(6)
1. ELISABETH GOMES DE ALMEIDA;
(6)
2. FRANCISCO DE ASSIS GOMES DE ALMEIDA.

Benícia casou-se com Gerson Almeida e tiveram dois


filhos, Elisabeth e Francisco de Assis. Depois de casada e já
com os dois filhos, Benícia foi acometida por tuberculose,
doença de difícil cura naqueles tempos. Gerson resolveu
separar-se de Benícia levando-a de volta para a casa de Belê,
sua mãe. Em função do problema de saúde de Benícia, Gerson
ficou com os filhos que foram criados pela sua mãe Antônia
Almeida. Depois de tratamento rigoroso e muitos cuidados,
Benícia curou-se do mal, mas não voltou para o marido e ficou
morando com sua mãe Belê.
A Tia Benícia, segundo suas sobrinhas Odete e Gorete,
passava semanas nas casas de seus irmãos Chico e Aderson
Belê. Era uma ótima costureira e fazia roupas para a meninada
das numerosas famílias dos irmãos. Lembro-me que tia Benícia
passava temporadas na casa do tio DIQUIM no povoado Junco,
onde morávamos. Em suas passagens pelo Junco, sempre era
recebida em nossa casa para um almoço, geralmente uma
saborosa galinha caipira. Tia Benícia era uma mulher bonita e
muito elegante, andava sempre vestida a caráter.
Histórias de Família 213
Manelito Sousa

Seu filho Francisco de Assis servia no exército e sofreu


um acidente quando pilotava um trator que virou sobre ele,
que veio a óbito, ainda nos anos de 1970. Elisabete Almeida
formou-se em letras na UFPI e fez mestrado nos EUA.
Trabalhou como professora e aposentou como Pró-reitora da
Universidade Federal do Piauí - UFPI.
Tia Benícia não casou novamente e morou com sua mãe
Belê até a morte desta. Depois passou a residir com Hercília,
sua grande amiga e esposa de seu sobrinho Antônio de Sousa
Gomes. Faleceu em 1996 e seus filhos não tiveram
descendência.

(7)
LETÍCIA GOMES DO REGO BRITO (1923-1998) casou com
VALDEMAR DE SOUSA BRITO (Valdemar do Venâncio) (1913-
1983):
Letícia e Valdemar, depois de casados, viveram alguns
anos no povoado Coco, município de Várzea Grande-PI, onde
tiveram a maior parte dos 12 filhos. Em setembro de 1955 a
família de Valdemar mudou-se para Ipixuna-MA.
Estabeleceram-se no povoado “Pau Santo”, onde trabalharam
com engenho de cana, produzindo rapadura e cachaça. Em
outubro de 1960, a família transferiu-se para a cidade de Zé
Doca-MA, compraram um sítio há nove quilômetros da cidade e
passaram a viver da agricultura e criação de um pequeno
rebanho de gado bovino. Com o tempo, Valdemar comprou
uma usina de beneficiamento de arroz e abriu um comércio de
secos e molhados, como se dizia. Adquiriu casa na cidade de
Zé Doca e diversos terrenos e as coisas foram prosperando.
Sua esposa Letícia, assim como a irmã Benícia, era ótima
costureira, ajudou-o muito no sustento da família com seu
trabalho de modista. Criaram a família e viveram juntos até a
morte. Valdemar faleceu em 1983 e a esposa Letícia em 1998.
Alguns familiares permaneceram na região de Zé Doca, mas
214 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

grande parte destes encontra-se espalhada pelo Maranhão e


região Norte do Brasil, nos estados do Amazonas, Pará, Amapá
e Roraima, entre outros.
Segue a descendência de Letícia e Valdemar:
(7)
1. VALTICE GOMES DOS CAMPOS (1940-2013) casou com
Feliciano Miguel dos Campos e adotaram três filhos:
(7)
1.1. Antônio Gomes dos Campos;
(7)
1.2. Itamar Gomes dos Campos;
(7)
1.3. Maria do Socorro Gomes dos Campos.
(7)
2. VENÂNCIO GOMES NETO (1945-2014) casou com Maria de
Fátima Pinho e adotaram um filho:
(7)
2.1. Edivan Pinho Brito.
(7)
3. MARIA DAS GRAÇAS GOMES OLIVEIRA (1947) casou com
Abdias Carlos Oliveira:
(7)
3.1. Carlismar Gomes de Oliveira;
(7)
3.2. Antônio Carlos Gomes de Oliveira;
(7)
3.3. Raimundo Gomes Oliveira;
(7)
3.4. Carlisvaldo Gomes de Oliveira;
(7)
3.5. Carlisvan Gomes de Oliveira;
(7)
3.6. Gutemberg Gomes de Oliveira;
(7)
3.7. Ailton Gomes Oliveira;
(7)
3.8. Sandra Francisca Gomes de Oliveira;
(7)
3.9. Sandra Hilde Gomes de Oliveira;
(7)
3.10. Sueli Gomes de Oliveira;
(7)
3.11. Leni Gomes de Oliveira;
(7)
3.12. Raquel Gomes de Oliveira.
Histórias de Família 215
Manelito Sousa

(7)
4. MARIA DE LOURDES GOMES BRITO (Lurdinha) (1949)
casou com João Batista Brito Gomes:
(7)
4.1. Uarlei Gomes de Brito casado com Gení Veiga Brito:
(7)
4.1.1. Ana Beatriz Veiga Gomes;
(7)
4.1.2. Bruna Cristina Veiga Gomes;
(7)
4.1.3. Erick Jordan Veiga Gomes.
(7)
4.2. Ueslei Gomes Brito casado com Ingrid Ramiro Gomes:
(7)
4.2.1. Stefany Ramiro Gomes;
(7)
4.2.2. Susane Ramiro Gomes;
(7)
4.2.3. Sabrina Ramiro Gomes.
(7)
5. FRANCISCO GOMES DE BRITO (1951-2017) casou com
Luciene Lima Brito:
(7)
Silmara Leticia Brito Porto casou com Carlos Nazareno
5.1.
do Porto:
(7)
5.1.1. Carla Heloisa Brito Porto;
(7)
5.1.2. Letícia Brito Porto.
(7)
5.2. Leidimara Lima Brito casou com Valtencir Barroso;
(7)
Sidimara Brito Henrique casou com Clairton Henrique
5.3.
Monteiro.
(7)
6. MARIA DO SOCORRO BRITO RIPARDO (1954-2013) casou
com Expedito Mendes Ripardo:
(7)
6.1. Flavio Luis Brito Ripardo;
(7)
6.2. Cristiane Brito Ripardo.
(7)
7. JOSÉ GOMES DE BRITO (1955) casou com Maria de Fátima
Silva Brito:
(7)
7.1. Joelma Silva Brito.
216 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

José Gomes de Brito divorciou e casou com Cilene Pantoge:


(7)
7.2. Alison Pantoge Brito
(7)
7.3. Joalisson Pantoge Brito.
E teve uma quarta filha de outro relacionamento:
(7)
7.4. Silvia Letícia Sales Brito.
(7)
8. MARIA GORETE BRITO GOMES (1958) casou com
Raimundo Melo Gomes:
(7)
8.1. Wagner Melo Gomes;
(7)
8.2. Fagner Melo Gomes;
(7)
8.3. Franklin Melo Gomes.
(7)
9. MARIA VALDELICE BRITO CORDEIRO (1962) casada com
Edgar Cordeiro:
(7)
9.1. Antônio Gomes Sobrinho;
(7)
9.2. Keite Regina Brito Cordeiro;
(7)
9.3. Keila Regina Brito Cordeiro;
(7)
9.4. Katiuça Brito Cordeiro.

(8)
FRANCISCO GOMES DO REGO (Chico Belê) (10/3/1925 -
1979) casou com Olinda Ferreira Lima (4/4/1936-1986):
(8)
1. ODETE GOMES FERREIRA DA SILVA casada com Francisco
de Assis Moreira da Silva:
(8)
1.1. Francisco Evandro Moreira Gomes (falecido):
(8)
1.1.1. Maria Eduarda;
(8)
1.1.2. Francisco Evandro Moreira Gomes Filho.
(8)
1.2. Elisandra Moreira Gomes casada com Fernando:
(8)
1.2.1. Sofia Moreira Marinho.
Histórias de Família 217
Manelito Sousa

(8)
1.3. Pedro Moreira da Silva Neto;
(8)
1.4. Olinda Naielle Moreira Gomes.
(8)
2. MARIA GOMES FERREIRA (Miría) (falecida) casou com
Antônio:
(8)
2.1. Katlyin;
(8)
3. TERESA GOMES FERREIRA (desaparecida há 30 anos):
(8)
3.1. Ruimar;
(8)
3.2. Núbio.
(8)
4. JOSÉ GOMES FERREIRA (Ocione) casado com Joanadir:
(8)
4.1. Felipe;
(8)
4.2. Alan.
(8)
5. FRANCISCO DE ASSIS GOMES FERREIRA (De Assis)
casado com Cleide;
(8)
5.1. Gabriela:
(8)
5.1.1. Maria Júlia;
(8)
5.1.2. Carlos Daniel.
(8)
5.2. Ariela:
(8)
5.2.1. Mirela.
(8)
5.3. Rafaela;
(8)
5.4. Graziela;
(8)
6. RAIMUNDO GOMES FERREIRA (Cidrão) casado com
Ocirene:
(8)
6.1. Rone;
(8)
6.1. Ramon;
(8)
6.1. Renan.
(8)
7. EVALDO FERREIRA GOMES (divorciado):
218 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(8)
7.1. Vitor.
(8)
8. ISABEL CRISTINA GOMES FERREIRA:
(8)
8.1. Virginaldo;
(8)
8.2. Virginia.
(8)
9. ANA CRISTINA GOMES FERREIRA casada com José
Martins:
(8)
9.1. Anderson:
(8)
9.1.1. Andriele;
(8)
9.2. Andreza Cristina:
(8)
9.2.1. Bryan;
(8)
9.2.2. Dafiny Cristina.
(8)
10. ALECSANDRA GOMES FERREIRA casada com José:
(8)
10.1. Jéssica;
(8)
10.1. Jean.
(8)
11. MARIA DE JESUS GOMES FERREIRA:
(8)
11.1. Lívia;
(8)
11.2. Gabriel.

(9)
ADERSON GOMES DO REGO (Aderson Belê) (1926-2009)
casou com Maria Teresa dos Santos Rego (1930-1999):
(9)
1. RAIMUNDO NONATO DOS SANTOS REGO casado com
Lúcia:
(9)
1.1. Luciana;
(9)
1.2. Luciel;
(9)
1.3. Luciano;
(9)
1.4. Lucielma.
Histórias de Família 219
Manelito Sousa

(9)
2. MARIA DO ROSÁRIO SANTOS REGO casada com
Raimundo:
(9)
2.1. João Neto;
(9)
2.2. Edna;
(9)
2.3. Ana Maura.
(9)
3. FRANCISCO DOS SANTOS REGO casado com Edna:
(9)
3.1. Edinaldo;
(9)
3.2. Karen;
(9)
3.3. Kassia;
(9)
4. MARIA DO’O DOS SANTOS REGO casada com Raimundo:
(9)
4.1. Antônio Neto;
(9)
4.2. Rosimeire;
(9)
4.3. Raimundo Filho;
(9)
4.4. Simone;
(9)
4.5. Maria da Cruz.
(9)
5. GERALDO DOS SANTOS REGO casado com Norma:
(9)
5.1. Tatiane;
(9)
5.2. Elaine;
(9)
5.3. Eliane;
(9)
5.4. Bruno;
(9)
5.5. Diego.
(9)
6. JOSÉ DOS SANTOS REGO casado com Raquel:
(9)
6.1. Jose Roberto;
(9)
6.2. Juliana;
(9)
6.3. Daiana;
220 Capítulo 8 – Linhagem Materna: Francisco Gomes Vieira e Maria Josefa de
Souza.

(9)
6.4. Mikael.
(9)
7. MARIA GORETE DOS SANTOS REGO casada com Miguel:
(9)
7.1. Hailton;
(9)
7.2. Manuela;
(9)
7.3. Amilton;
(9)
7.4. Adeilton;
(9)
7.5. Jéssica (adotada).
(9)
8. ADERSON GOMES DO REGO FILHO casado com Diva:
(9)
8.1. Deneildo;
(9)
8.2. Anderson;
(9)
8.3. Denise;
(9)
8.4. Maria Auxiliadora.
(9)
9. ISABEL GARDÊNIA DOS SANTOS REGO cassada com José:
(9)
9.1. Lucas.
(9)
10. ANTÔNIO DOS SANTOS REGO casado com Marlene:
(9)
10.1. Francisco;
(9)
10.2. Teresa;
(9)
10.3. Antônio Junior.
(9)
11. MARIA JESUÍNA DOS SANTOS REGO casada com José:
(9)
11.1. Janiel;
(9)
11.2. Rafael;
(9)
11.3. Rannyele.
Dos Filhos de Chico Leão e Belê, apenas Chico e Aderson
viveram na Lagoa Grande, povoado de Novo Oriente-PI. Hoje,
muitos de seus descendentes ainda vivem nos municípios de
Várzea Grande, Barra D’Alcântara e Novo Oriente do Piauí.
Histórias de Família 221
Manelito Sousa

Herdaram as terras que foram de seu pai Chico, na Leão da


Lagoa Grande, onde criaram suas famílias lavrando a terra.
Chico Belê passava temporadas em São Paulo, em busca
de melhores condições para criar a numerosa família de onze
filhos, mas todos os anos, no período das chuvas, voltava ao
Piauí para botar roça e deixar mantimentos para o sustento da
família. Nessas idas e vindas, terminou por deixar a família.
Anos mais tarde a família teve notícias de Chico Leão residindo
em Brasília, aonde veio a faleceu.
Aderson Belê era mais sossegado e morou sempre na
Lagoa Grande, local onde nasceu, viveu e criou sua família.
Alguns anos depois da morte de sua esposa Teresa, foi morar
com uma das filhas em Várzea Grande, onde faleceu.
222 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos


Santos Fonseca e Josefa Gomes Vieira.

Antônio da Madibaixo era filho de Pedro dos Santos


Fonseca e Jesuína Maria de Sousa. Casou-se com Josefa
Gomes Vieira e fixaram residência numa localidade chamada
Malhada de Baixo onde não havia moradores na época. O
segundo a residir por lá foi seu sobrinho e genro Chico Mané,
após o casamento com a prima Neném. A gleba da Malhada de
Baixo foi demarcada por meu avô e tinha 90 hectares de área.
Situava-se nas encostas da Chapada Grande, distante cerca de
dois quilômetros do povoado Ferreiro, local mais próximo onde
dispunham de água para todos os afazeres domésticos.
Também por demarcação, adquiriu outra propriedade com
aproximadamente 100 hectares chamada Corredor, situada
numa depressão entre duas serras, daí o nome, onde meu avô
fazia muita fartura nas lavouras de arroz, fava, milho e
mandioca.
Nos períodos de inverno, meu avô e os filhos maiores
que o ajudavam na lida, arranchava-se no Corredor de
segunda a sexta-feira retornando à Malhada de Baixo somente
nos finais de semana. Quando dos períodos de farinhadas, que
duravam até dois meses, mudava-se a família para lá, inteira.
Seguindo a tradição da família, criava gado bovino e um
grande rebanho de caprinos, animal muito bem adaptado à
região de caatinga em que viviam. A lida com o gado lhe
tomava bastante tempo, visto que a criação era extensiva e o
rebanho ficava muito espalhado pela região. Dos filhos, Diquim
foi o que mais se destacou nessa atividade, tornando-se um
ótimo vaqueiro e ajudando bastante ao pai nessa atividade.
O casal constituiu uma família numerosa, com 12 filhos,
97 netos e 220 bisnetos, nascidos vivos. Apesar da morte
Histórias de Família 223
Manelito Sousa

prematura, com apenas 55 anos, Antônio da Madibaixo deixou


a família bem estruturada. Quando da sua morte, os quatro
filhos mais velhos (Neném, Dudu, Diquim e Ni) já estavam
casados, mas oito filhos ainda moravam com a viúva Zefinha,
sendo três adultos (Pedro, Joaquina e Minelvina), dois
adolescentes (Luís e Jesuína) e três crianças (Deza, Teresa e
Cosinha). Os três mais velhos não demoraram a casar, o que
ocorreu nos anos de 1942, 1943 e 1944, respectivamente.
Coube a Luís Zefinha, com apenas 14 anos quando da morte
do pai, ajudar a mãe na administração da família, tocar as
propriedades e cuidar dos animais. Por essa razão, Luís sempre
foi um filho muito estimado pela mãe e pelos irmãos,
especialmente os mais novos. Quando casou, somente a irmã
caçula (Cosinha), que era temporã, ainda estava solteira.
Antônio da Madibaixo nasceu em 13 de junho de 1885 e
morreu 16 de julho de 1940, aos 55 anos de idade, acometido
de pneumonia. Zefinha ficou viúva aos 53 anos e manteve com
muita dignidade sua numerosa família. Era uma pessoa muito
bondosa e conhecida pela beneficência, que praticava com
devoção. Em frente a sua casa passava a estrada que ligava
Oeiras a Várzea Grande naquela época e, mesmo depois da
morte do marido, sua casa continuou sendo ponto de apoio dos
parentes e vizinhos que trafegavam entre as cidades. Era
comum a “Velha”, como era conhecida, chamar as pessoas que
passavam na estrada para oferecer comida e descanso. Sua
casa vivia cheia de parentes, especialmente aqueles que
residiam na Bocaina e a visitavam constantemente.
Assim como vários de seus familiares, minha avó Zefinha
foi acometida de uma doença hereditária que a prejudicou
bastante ao longo de sua vida, sobretudo quando foi chegando
à velhice. Tinha esquizofrenia e, naquela época eram poucos os
recursos para tratamento desta doença, o que se tornava
bastante penoso para os parentes mais próximos. Contudo, a
224 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

família jamais a deixou isolada da convivência dos seus, como


era o costume naquele tempo. Quando as crises eram longas,
algumas das filhas e noras revezavam no cuidado com a
“Velha”.
A primeira manifestação aconteceu pouco antes do
nascimento de seu terceiro filho (Diquim). A futura mãe ficou
impressionada que não poderia comprar o enxoval e cuidar do
bebê que ia nascer. Sua mãe Marica levou-a para sua casa e
preparou tudo, comprando e bordando todo o enxoval da
criança, com isso Zefinha foi aos poucos se acalmando, mas
depois do nascimento teve uma espécie de depressão pós-
parto. Minha mãe relatou-me que ela só não afogou o filho
Diquim, ainda bebê, pela intervenção de um primo e
compadre, chamado Firmo Gomes Vieira, que tomou a criança
de suas mãos na beira de um açude, onde ela mergulhava-o na
água e minutos depois o trazia de volta. Firmo tomou a criança
de suas mãos e levou-a para a casa de Marica, contando o
ocorrido.
Zefinha aos poucos foi se recuperando da crise e ficou
saudável, sem qualquer sintoma da doença por muitos anos,
voltando a ser acometida pela loucura no sétimo dia da morte
do seu esposo. Daí em diante, alternava períodos de sanidade
e de loucura. Minha mãe conta que, apesar de muitos filhos e
filhas, nos períodos de crises mais agudas, a velha Zefinha
ficava a maior parte do tempo em nossa casa ou na casa do tio
Luís, pois se dava muito bem com a tia Rosa e com nosso pai,
por quem tinha muito respeito, até quando estava em crise.
A Velha Zefinha gostava muito de todos os filhos,
especialmente do tio Diquim, a quem era muito apegada.
Porém, sempre que entrava em crise, não queria vê-lo “nem
pintado”. O tio Diquim era muito ligado a minha mãe e morava
próximo da nossa casa, onde sempre passava para uma prosa
nos finais de tarde. Certo dia, ele estava distraído conversando
Histórias de Família 225
Manelito Sousa

com a minha mãe que preparava o jantar à beira do fogão de


lenha, quando a Velha chegou por trás e armou um golpe na
cabeça dele com um pedaço de pau. Meu pai, que estava
entrando, interceptou o porrete, no instante em que a Velha ia
desferir o golpe. Pra sorte do nosso tio, meu pai conseguiu
evitar o que poderia ter sido uma tragédia.
Em outra situação, minha avó Zefinha estava em crise e
encontrava-se na casa do tio Luís. Tia Rosa tinha descaroçado
uma montoeira de algodão para a fiação e foi à cozinha para
preparar o jantar, quando a Velha tocou fogo em tudo, quase
incendiando a casa. Tia Rosa conseguiu apagar o fogo, mas
ficou com os cabelos chamuscados. Mamãe conta que nossa tia
passou vários dias com a cabeça enrolada num lenço até o
cabelo voltar a crescer.
Não tenho qualquer lembrança da minha avó, a não ser
pelas fotografias, mas minha mãe fala que, quando eu tinha
uns seis meses, minha avó estava em crise e passou uma
temporada em nossa casa, e no momento em que ela estava
muito inquieta colocava-me em seu colo e pedia que ela
cuidasse de mim. A Velha ameaçava-me beliscar, depois falava
que não o faria, pois eu era um inocente. De acordo com minha
mãe, eu acalmava o juízo da minha vozinha doente.
Josefa Vieira Gomes nasceu em 1888 e faleceu em 1964,
aos 76 anos, acometida por hepatite. Deixou todos os filhos
casados e encaminhados. Apesar dos problemas de saúde, foi
um exemplo de honradez e dignidade para sua numerosa
família. Boa mãe, sogra, avó e acima de tudo solidária. Era
capaz de dar o último prato de comida a um necessitado e
talvez pela lei do retorno, nunca lhe faltou nada.
Segue a descendência de Zefinha e Antônio:
226 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

 ANTÔNIO DOS SANTOS FONSECA (13/6/1885-16/7/1940)


casou com JOSEFA GOMES VIEIRA (1887-11/11/1964):
(1)
MARIA JOSEFA DE SOUSA (Neném);
(2)
MARIA JOSEFA DOS SANTOS (Dudu);
(3)
FRANCISCO ANTÔNIO DOS SANTOS (Diquim);
(4)
ELISA JOSEFA DOS SANTOS (Ni);
(5)
PEDRO DOS SANTOS NETO (Pedro Zefinha);
(6)
JOAQUINA JOSEFA DE SOUSA (Jaca);
(7)
MINELVINA JOSEFA DE SOUSA (Né);
(8)
LUÍS ANTÔNIO DOS SANTOS (Luis Zefinha);
(9)
JESUINA DOS SANTOS NUNES (Du);
(10)
RAIMUNDA JOSEFA NUNES (Deza);
(11)
TERESINHA MARIA DE SOUSA (Teresa);
(12)
MARIA GOMES SOARES (Cosinha).
Histórias de Família 227
Manelito Sousa

(1)
MARIA JOSEFA DE SOUSA (Neném) (1914-1984) casou com
seu primo FRANCISCO DOS SANTOS FONSECA (Chico Mané)
(1907-2000).
Minha mãe conta que o início do namoro entre Chico
Mané e Neném aconteceu de uma forma engraçada. Ele
trabalhava na Madibaixo, na casa de seus tios Antônio e
Zefinha, lavrando madeira, na sombra de uma oiticica ao lado
da casa, quando pediu para Neném lhe trazer um pouco de
água. Aproveitando a oportunidade, perguntou a ela se
gostaria de casar com ele. Neném, ainda adolescente, nada
respondeu e voltou pra casa. Algum tempo depois Chico Mané
foi a uma festa e chegando à porta da casa avistou Neném do
outro lado da sala. Quando ela o viu, respondeu que sim, antes
de qualquer outro diálogo. Nenhum dos presentes entendeu do
que se tratava, mas para Chico Mané a mensagem foi
muitíssimo bem compreendida.
Antônio da Madibaixo e Zefinha tiveram muito gosto com
o casamento e Chico Mané construiu sua morada ao lado da
casa do sogro, na Madibaixo, onde viveram muito felizes.
Minha mãe era afilhada do casal e conviveu bastante com eles,
pois na época do casamento ela ainda era criança e vivia mais
na casa dos padrinhos do que na sua própria casa. Ela
admirava a união do casal e relata que seu padrinho era de um
apego e carinho invejáveis com a tia Neném. Uma
particularidade da tia Neném é que foi batizada com o nome de
Maria dos Anjos Santos e registrada como Maria Josefa de
Sousa, coisas dos cartórios daquela época.
O Batistinha relatou-me que anos depois da morte de
sua mãe tentou por muitas vezes levar seu pai para morar com
ele em Teresina, mas o velho sempre recusava. Dizia que era
na sua casa na Madibaixo que matava as saudades que sentia
de Neném.
Segue a descendência de Chico Mané e Neném:
228 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(1)
1. RAIMUNDO FONSECA DOS SANTOS casou com Isabel
Ferreira dos Santos (Preta):
(1)
1.1. Antônio Francisco dos Santos não constituiu família;
(1)
1.2. Francisca Maria dos Santos Sinimbu casada com
Francisco de Assis Sinimbu Neto:
(1)
1.2.1. Thais Santos Sinimbu;
(1)
1.2.2. Maysa Santos Sinimbu.
(1)
1.3.Francisco Alfredo Ferreira dos Santos casado com
Maria Luciana de Vasconcelos Santos:
(1)
1.3.1. Leonardo Vasconcelos Santos;
(1)
1.3.2. Lucas Vasconcelos Santos.
1.4. Maria Francisca Ferreira dos Santos casada com
(1)

Valdemir Miranda do Nascimento:


(1)
1.4.1. Alana Gabriely Santos Nascimento.
(1)
1.5.Francisco de Assis Santos casado com Edna Thomas
de Freitas:
(1)
1.5.1. Sofia Thomas dos Santos.
(1)
1.6.Francisca Marlene dos Santos Nunes casada com
Otavio de Sousa Nunes:
(1)
1.6.1. Rudgere Santos Nunes;
(1)
1.6.2. Raphael dos Santos Nunes.
1.7. Francisca Ferreira dos Santos (Fiinha) casada com
(1)

Marlon Rodrigues da Silva. Tem um filho do primeiro


casamento:
(1)
1.7.1. Raul Andrey de Sousa Santos.
(1)
2. JOÃO BATISTA DOS SANTOS (Batistinha) casado com
Francineide Rodrigues Soares dos Santos (Cineide):
Histórias de Família 229
Manelito Sousa

(1)
2.1.Ítalo Roberto Rodrigues Santos casado com Luísa
Lecioneide dos Santos Ferreira;
(1)
2.2. Iluska Danielle Rodrigues Santos;
(1)
2.3.Ilana Danielle Soares Santos casada com Erick Elysio
Reis Amorim. Tem uma filha do primeiro relacionamento:
(1)
2.3.1. Luísa Santos Branco.
(1)
2.4. Iury Roberto Soares Santos.

(2)
MARIA JOSEFA DOS SANTOS (Dudu) (25/3/1916-8/6/1996)
casou com DOMINGOS JOSÉ DE SOUSA (6/3/1907-
17/9/1960).
A história do casamento de Domingos e Dudu é recheada
de acontecimentos pitorescos. Mamãe conta que o casal iniciou
um namoro que não era aprovado por seu pai, Antônio da
Madibaixo. Certo dia, a tia Dudu, minha madrinha De Jesus e
a tia Minelvina, vinham do Ferreiro para onde levaram algumas
redes a serem tecidas, e na volta encontraram o tio Domingos
e o Joaquim Augusto, que iam a cavalo. Tia Dudu cochichou
um pouco com o tio Domingos, em seguida ele falou às outras
mulheres que levaria tia Dudu a cavalo, visto que ela estava
um pouco febril. As moças retornaram e nada do casal
aparecer. Foi aí que a velha Zefinha percebeu que Dudu havia
fugido com Domingos.
Um compadre de Antônio e Zefinha, o Quinô, passava a
cavalo rumo ao campo e atendeu ao pedido de Zefinha para
avisar a Antônio do acontecido. Quinô avisou e convocou o
compadre para irem atrás dos fujões, mas meu avô Antônio
ponderou que nada tinha a fazer, porém não daria seu apoio ao
casal.
Domingos levou Dudu para a casa de sua prima
Dengosa, casada com Cícero Ribeiro de Almeida (Ciço Neném)
230 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

e pediu abrigo para sua noiva. Dengosa aceitou com receio,


visto que Ciço Neném e Domingos eram desafetos. Cícero, que
era amigo de Antônio da Madibaixo, vendo a situação armada,
disse que Dudu só sairia de sua casa após o casamento.
Imediatamente providenciou para que o casamento fosse
realizado na cidade vizinha de Francinópolis. Dudu casou feliz,
com um vestido emprestado por Dona Rosa, irmã de Dona
Dengosa. Seus familiares, no entanto, não foram ao
casamento.
Dudu e Domingos foram morar na localidade Maracanã,
a meia distância entre Várzea Grande e a Malhada de Baixo em
terras do estado. Com o tempo, Antônio da Madibaixo se
reconciliou com o genro e convidou-o para trabalhar em suas
terras no Corredor, que ficavam próximas à Maracanã e eram
melhores para o cultivo. Na época da demarcação das terras, o
velho Antônio resolveu demarcar a área da casa de Domingos e
Dudu em Maracanã, visto que Domingos não tinha posses para
efetuar a demarcação e o velho patriarca não queria ver sua
filha sendo agregada de ninguém.
Domingos era pobre, porém muito trabalhador e
conseguiu naqueles tempos difíceis, deixar um terreno para
cada um dos filhos na cidade de Várzea Grande. Morreu em
1960, aos 53 anos de idade e deixou a viúva com a maioria dos
filhos pequenos. Meu pai contava que muitas vezes ajudou a
tia Dudu no sustento da família, doando cargas de legumes
(arroz, fava, milho), mesmo com dificuldade, minha tia criou a
família com dignidade. Tia Dudu faleceu em 1996, aos 80 anos,
rodeada de filhos, noras e netos. Assim como aconteceu com
tia Neném, tia Dudu foi batizada com o nome de Maria da
Anunciação Santos e registrada com o nome de Maria Josefa de
Sousa.
Segue a descendência de Dudu e Domingos:
(2)
1. MARIA DE SOUSA NUNES casou com João Silveira Nunes:
Histórias de Família 231
Manelito Sousa

(2)
1.1. Avani Sousa Nunes casada com José Carvalho:
(2)
1.1.1. Joseane Nunes Carvalho;
(2)
1.1.2. Josivânia Nunes Carvalho.
(2)
1.2. Ivanilde de Sousa Nunes casada com Cícero:
(2)
1.2.1. Túlio Nunes;
(2)
1.2.2. Taniel Nunes;
(2)
1.2.3. Tauã Nunes.
(2)
1.3. Teresinha de Sousa Nunes:
(2)
1.3.1. Naiana Nunes;
(2)
1.3.2. Naiara Nunes;
(2)
1.3.3. Kelson Nunes.
(2)
1.4. Valnice de Sousa Nunes casada com Astrogildo:
(2)
1.4.1. Naira Nunes;
(2)
1.4.2. João Pedro Nunes.
(2)
1.5. Edivar de Sousa Nunes;
(2)
1.6. Elisa de Sousa Nunes;
(2)
1.7. Maria do Socorro Nunes;
(2)
1.8. Antônio de Sousa Nunes.
(2)
2. JOSÉ DOMINGOS DE SOUSA (Zito) casou com Maria de
Lourdes Sousa:
(2)
2.1. Kelly de Sousa Santos (faleceu criança);
(2)
2.2.Polyana Andrea de Sousa Santos casada com João
Rodrigues da Silva (Rodrigo):
(2)
2.2.1. Getúlio;
(2)
2.2.2. Melissa.
232 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(2)
3. FRANCISCA DE SOUSA SANTOS BANDEIRA casou com
José Arseno Bandeira:
(2)
Francisco dos Santos Bandeira casado com Termusa
3.1.
Barbosa de Sousa:
(2)
3.1.1. Eduardo Jorge Sousa Bandeira.
(2)
3.2. Valdirene dos Santos Bandeira;
(2)
3.3. Francivaldo de Sousa Santos Bandeira;
(2)
3.4. Frankson de Sousa Santos Bandeira;
(2)
3.5. José Domingos de Sousa Santos Bandeira.
(2)
4. JOEL DOMINGOS DE SOUSA casado com Maria do Socorro
Lessa Sousa:
(2)
4.1. Joelma Lessa Sobrinho casou com Salomão Pereira
Sobrinho. Família destacada no capítulo 10.
(2)
4.2.Joelda Lessa de Sousa Campelo tem uma filha do
primeiro relacionamento:
(2)
4.2.1. Adrielly Lessa de Sousa Silva.

Casada com Francisco das Chagas Campelo:


(2)
4.2.2. João Lucas de Sousa Campelo;
(2)
4.2.3. Pedro Henrique de Sousa Campelo.
(2)
4. Joéldina Lessa de Sousa casada com Francisco da Silva
Moura:
(2)
4.3.1. Matheus Lessa da Silva Moura.
(2)
5. ANTÔNIO DOMINGOS DE SOUSA (Tonheiro) casado com
Maria das Mercês Nunes de Sousa:
(2)
5.1. Antônio Marcius Cesar Nunes de Sousa:
(2)
5.1.1. Mariah de Barros Nunes de Sousa;
(2)
5.1.2. Yan de Barros Nunes de Sousa.
Histórias de Família 233
Manelito Sousa

(2)
5.2. Galeno Pachelle Nunes de Sousa:
(2)
5.2.1. Maria Luiza Luna de Sousa;
(2)
5.2.2. João Pedro Luna de Sousa.
(2)
5.3. Leonardo Ramon Nunes de Sousa;
(2)
5.4. Marilia Beatriz Nunes de Sousa.
(2)
6. TERESINHA JOSEFA DE SOUSA ALMEIDA (Tetê) casada
com Antônio de Pádua Almeida (Dr. Almeida):
(2)
Karla Virgínia de Sousa Almeida casada com Herlon
6.1.
Bêmio Ribeiro de Sousa;
(2)
6.2. Cicero Ribeiro de Almeida Neto;
(2)
6.3. Kali Verusca de Sousa Almeida.
(2)
7. FRANCISCO DOMINGOS DE SOUSA (França):
(2)
7.1. Samara Stelvia dos Santos de Sousa;
(2)
7.2. Francisco Domingos de Sousa Filho;
(2)
7.3. Sabrina dos Santos de Sousa.
(2)
8. RAIMUNDO DOMINGOS DE SOUSA casado com Maria das
Mercês Santos de Sousa:
(2)
8.1. Rubens Mário dos Santos Sousa (falecido);
(2)
8.2. Rafael Maikon dos Santos Sousa;
(2)
8.3. Renato Mairon dos Santos Sousa:
(2)
8.3.1. Luderson Victor Lima dos Santos.
(2)
8.4. Ricardo Murilo dos Santos Sousa.
(2)
9. CECÍLIO DOMINGOS DE SOUSA casado com Maria de
Fátima Lopes de Sousa e não tiveram filhos;
(2)
10. MARIA IOLANDA DE SOUSA PINTO (Dió) casada com
Demócrito Pedro Moreira Pinto:
234 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(2)
10.1. Ranieri Antônio de Sousa Pinto casado com
Rosimeire Pereira de Sousa:
(2)
10.1.1. Demócrito Neto;
(2)
10.1.2. Denício.
(2)
10.2. Rilson Carlos de Sousa Pinto;
(2)
10.3. Ranilson Francisco de Sousa Pinto.

(3)
FRANCISCO ANTÔNIO DOS SANTOS casou com Maria
Rodrigues das Mercês. Família destacada no capítulo 5.

(4)
ELISA JOSEFA DOS SANTOS (Ni) (1918-2011) casou com
ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS (Totonho Sinhá) (1917-
1988):
A tia Ni era irmã de minha mãe e o tio Totonho era
primo de ambos os meus pais. Após o casamento, Totonho e Ni
foram morar no Junco, ao lado de mãe dele, Dona Sinhá.
Viveram lá por muitos anos até resolverem mudar para a
cidade de Regeneração-PI, onde pretendiam colocar os filhos
para estudar. Entre o Junco e Regeneração não havia estrada
para carros e a distância era de aproximadamente 10 léguas.
Dos doze filhos do casal, na época sete já eram nascidos. Meu
pai nos contava que ele e tio Totonho sempre foram amigos
inseparáveis e que o ajudou na mudança transportada em
lombo de animais numa viagem longa e cansativa, Crianças,
utensílios domésticos, cargas de mantimentos para os
primeiros meses de estada na nova morada, ou seja, tudo.
Meu pai auxiliou na condução dos retirantes, trazendo de volta
os animais, a maioria emprestada por parentes e amigos.
A vida em Regeneração não foi fácil para a família de
retirantes, que passou muitas privações naquela cidade,
Histórias de Família 235
Manelito Sousa

distante dos parentes para apoiar. Meu pai contava que por
vezes fazia a dura viagem para deixar-lhes cargas de legumes
no intuito de ajudar no sustento daquela família, doados por
ele mesmo e por outros parentes e amigos.
Alguns anos depois, os moradores das margens do rio
Mulato que passava por Regeneração, passaram por uma
epidemia causada por mosquitos numa época de invernada
forte. A criançada foi acometida de febre terçã e uma das
filhinhas do tio Totonho (Maria Teresa) veio a óbito.
Preocupado com os outros filhos, o casal resolveu voltar à
Várzea Grande e mais uma vez meu pai foi convocado pelo
amigo, juntou o comboio e trouxe toda a família de volta.
Desta vez foram morar na Malhada de Baixo ao lado da vovó
Zefinha. Minha mãe conta que tia Ni estava no final da
gravidez e em poucos dias nasceu Geny (nona dos doze 12
filhos do casal). Infelizmente após cinco dias do nascimento de
Geny, morre mais uma filhinha do casal (Maria das Graças) em
decorrência da tal febre.
Apesar de todos os acontecimentos e fatalidades
ocorridas na primeira tentativa, a família não ficou muito
tempo na Malhada de Baixo e menos de dois anos depois
retornou à Regeneração. Meu pai foi novamente intimado pelo
amigo para ajudar na empreitada, só retornando alguns dias
mais tarde, depois da família estabelecida. Desta vez as coisas
se ajeitaram e tudo se estabilizou. O casal teve mais três filhos
lá pela Vila do Mulato, criaram e educaram uma bela família.
Tio Totonho faleceu em 1988 de enfisema pulmonar,
causado pelo cigarro. Relatou minha irmã Tetê que poucos dias
antes da morte de nosso tio, ela e meu pai fizeram-lhe uma
visita e ambos choraram bastante no reencontro. Lá se
encontravam alguns dos filhos e Tio Totonho disse-lhes que
caso o papai ou algum dos seus, um dia precisassem de algo,
era obrigação dos filhos dele ajudarem, porque ninguém o
236 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

havia ajudado mais que meu pai. Este foi o último encontro dos
amigos, uma semana depois meu tio faleceu.
Segue descendência de Elisa (Ni) e Totonho:
(4)
1. MARIA DE SOUSA SANTOS (Maroca) (1938-1978) casou
com Lindoro da Silva Soares:
(4)
1.1. Teresa Monica Soares dos Santos;
(4)
1.2. Teresa Marcia Soares dos Santos casada com Carlos:
(4)
1.2.1. Carlos Junior;
(4)
1.2.2. Andressa;
(4)
1.2.3. Alana.
(4)
2.ANTÔNIO DE SOUSA SANTOS (1940) casado com
Osmarina Batista Santos:
(4)
2.1. Andrea Cristina Batista Santos;
(4)
2.2.Ana Cristina Batista Santos casada com José Lúcio
Costa:
(4)
2.2.1. Gabriela Santos Costa;
(4)
2.2.2. Isabela Santos Costa;
(4)
2.2.3. Rafaela Santos Costa.
(4)
2.3. Patrícia Batista Santos.
(4)
3. JOÃO DE SOUSA SANTOS (1942) casado com Maria do
Socorro Guimarães Santos:
(4)
3.1. Maria Teresa Guimarães Santos;
(4)
Mauro Guimarães Santos casado com Fernanda
3.2.
Sampaio Lobão Guimarães Santos:
(4)
3.2.1. João Fernando Sampaio Lobão Guimarães
Santos;
(4)
3.2.2. Juliana Sampaio Lobão Guimarães Santos;
Histórias de Família 237
Manelito Sousa

(4)
3.2.3. Marcele Sampaio Lobão Guimarães Santos;
(4)
3.2.4. Melissa Sampaio Lobão Guimarães Santos;
(4)
3.2.5. Bianca Sampaio Lobão Guimarães Santos.
(4)
4. MARIA TERESA DE SOUSA SANTOS (1944-1950).
(4)
5. JOSEFA DE SOUSA SANTOS (Moça) (1945) casou com
Moura.
(4)
5.1. Ralphe Marlon de Moura Santos casado com Joselina:
(4)
5.1.1. Ana Carmelita;
(4)
5.1.2. Gustavo.
(4)
5.2. Rausther de Moura Santos casado com Maria Nunes:
(4)
5.2.1. Álvaro;
Tem um filho de outro relacionamento:
(4)
5.2.2. Rodrigo.
(4)
5.3. Wausther de Moura Santos.
(4)
5.4. Fausther de Moura Santos casado com Antônia:
(4)
5.4.1. Vitor;
(4)
5.4.2. Fausther Junior;
(4)
5.4.2. Isadora.
(4)
5.5. Ligiovânia de Moura Santos casada com Valdinar:
(4)
5.5.1. Gustavo Mateus;
(4)
5.6. Antônio Pereira dos Santos Neto casado com Lorena:
(4)
5.6.1. Lorrara;
(4)
5.6.2. Luis Guilherme;
(4)
5.6.3. Luis Antônio.
238 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(4)
6. MARIA ZELINA DE SOUSA SANTOS (1947) casou com José
Santana Moreira Ramos:
(4)
6.1. Sheyla Rejane Moreira Santos casada com Thiago.
(4)
6.1.1. Maria Eduarda;
(4)
6.1.2. Manuella.
(4)
6.2. Leyla Samara Moreira Santos casada com Raul
Wilson.
(4)
6.2.1. Vitória;
(4)
6.2.2. Maria Beatriz.
(4)
6. José Santana Moreira Ramos Júnior.
(4)
7. PEDRO DE SOUSA SANTOS (1948-2011) casou com Eva de
Moura Santos:
(4)
Vívian Cristina de Sousa Santos casada com Rogério
7.1.
Braga:
(4)
7.1.1. Valentina;
(4)
7.1.2. Rafael.
(4)
7.1. Jeferson de Sousa Santos.
(4)
8. MARIA DAS GRAÇAS SOUSA SANTOS (1950-1952).
(4)
9. MARIA GENY DE SOUSA SANTOS (1952-2017) casou com
Evilázio Viana Santos (1954):
(4)
9.1. Leonardo de Sousa Santos;
(4)
9.2. Leyla de Sousa Santos;
(4)
9.3.Lúcio Cláudio de Sousa Santos casado com Roberta
Castro e Ferreira Santos;
(4)
9.4. Lícia de Sousa Santos.
(4)
10. FRANCISCO DE ASSIS DE SOUSA SANTOS (1954) casou
com Maria de Fátima Vilarinho Santos:
Histórias de Família 239
Manelito Sousa

(4)
10.1. Mário Antoniolli Vilarinho Santos casado com Laís:
(4)
10.1.1. Francisco de Assis de Sousa Santos Neto.
Antoniel tem uma filha do primeiro casamento:
(4)
10.1.2. Isadora;
(4)
10.2. Carla Patrícia Vilarinho Santos;
(4)
10.3. Francisco de Assis Sousa Santos Junior casado com
Nayra:
(4)
10.3.1. Arthur;
(4)
10.3.2. Giovana.
(4)
10.4. Kerly Cristina Vilarinho Santos;
(4)
10.5. Kaira Rossana Vilarinho Santos casada com André:
(4)
10.5.1 Isabelle.
(4)
11. MARIA DAS MERCÊS DE SOUSA SANTOS (1958) casou
com Evaldo Leal de Moraes:
(4)
11.1. Elisa de Sousa Santos:
(4)
11.1.1. Leticia;
(4)
11.1.2. Lorena;
(4)
11.1.3. Laís.
Mercê Ficou viúva e casou com José Omar de Macedo:
(4)
11.2. Lara Cristina Macedo Santos casada com Edson:
(4)
11.2.1. Omar Neto;
(4)
11.2.2. Edson Neto;
(4)
11.3. José Omar de Macedo Júnior.
(4)
12. LUÍS DE SOUSA SANTOS (1961):
(4)
12.1. Cicília Liza Almondes Santos;
240 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(4)
12.2. Ícaro Sol Almondes Santos;
(4)
12.3. Cytara Liz Almondes Santos.

(5)
PEDRO DOS SANTOS NETO casou com ELISA RODRIGUES
DE SOUSA. Família destacada no capítulo 5.

(6)
JOAQUINA JOSEFA DE SOUSA (Jaca) (1922-1995) casou
com FRANCISCO DOMINGOS DE SOUSA (Chico Ana Rita)
(1917-2015).
Chico Ana Rita e Joaquina casaram em 1942, dois anos
após a morte de Antônio da Madibaixo. Foram morar em
Várzea Grande (na época povoado cedro) onde tinha uma
pequena propriedade. Além da lida no campo, onde cultivava
víveres para o sustento e criava algumas cabeças de gado, tio
Chico abriu uma bodega e começou a empreender no comércio.
Com o tempo, as coisas foram melhorando e resolveu montar
uma usina de beneficiamento de arroz em sociedade com seu
primo Ioiô do Zé Francisco, atividade muito lucrativa na região
do vale do rio Berlengas, forte na produção do grão. Por
influência de seu primo Ioiô do Zé Francisco, entrou na política
elegendo-se vereador em dois mandatos. Hoje, seu filho
Joãozinho, herdeiro político do pai, está no exercício do 5.º
mandato consecutivo de vereador da Várzea Grande.

Meus tios levaram uma vida sossegada e criaram com


tranquilidade seus sete filhos. Era um homem folgado e viveu
do comércio até o fim de seus dias. Tia Jaca, como era
conhecida, morreu em 1995, aos 73 anos de idade e tio Chico
morreu aos 98 de idade, em 2015.

Segue a descendência de Chico Ana Rita e Jaca:


Histórias de Família 241
Manelito Sousa

(6)
1. ANTÔNIO DOS SANTOS SOUSA casou com Iara de Oliveira
Passos Sousa:
(6)
1.1. Ricardo Passos Sousa;
(6)
1.2. Rogério Passos Sousa;
(6)
1.3. Daniela Passos Sousa casou com Renato Gonçalves
Castilho:
(6)
1.3.1. Leticia Passos Castilho;
(6)
1.3.2. Guilherme Passos Castilho.
(6)
2. RAIMUNDO DOS SANTOS SOUSA casou com Teresinha de
Jesus Pacheco Santos:
(6)
2.1.Fabiano Pacheco Santos casado com Luciana Claudino
da Silva:
(6)
2.1.1. Davi Claudino Pacheco Santos;
(6)
2.2.Maria Teresa Pacheco Santos de Almeida casada com
Marcio Martinelly Barreto de Almeida:
(6)
Maria Eduarda Santos de Almeida;
2.2.1.
(6)
2.2.2. Pedro Henrique Santos de Almeida;
(6)
2.2.3. João Paulo Santos de Almeida;
(6)
2.2.4. Maria Paula Santos de Almeida.
Ficou viúvo e casou com Valdira de Souza Dias:
(6)
2.3. Flavia de Souza Santos.

(6)
3. TERESINHA DOS SANTOS SOUSA NUNES casou com
Emídio Nunes Neto:
(6)
3.1. Raimunda Reijane Sousa Nunes Lima casada com
Leandro Pereira Lima:
(6)
3.1.1. Iago Nunes Lima;
242 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

(6)
3.1.2. Ítalo Nunes Lima.
(6)
3.2. Renegilda Gisele Sousa Nunes Soares casada com
Walter Soares Pessoa Filho:
(6)
3.2.1. Cauã Sousa Nunes Soares;
(6)
3.2.2. Camila Sousa Nunes Soares.
(6)
3.3. Renildes Maria Sousa Nunes Viana casada com
Antônio Wilson Viana da Costa:
(6)
3.3.1. Pedro Vinícius Sousa Nunes Viana.
(6)
4. FRANCISCA MARIA DE SOUSA SOARES casada com
Raimundo Nonato Soares:
(6)
4.1.Fabrício Raymundo de Sousa Soares casado com
Fernanda Ferreira de Araújo:
(6)
4.1.1. Luísa Araújo Soares.
(6)
4.2.Larissa Maria de Sousa Soares Madeira casada com
Pedro Paulo Madeira de Freitas:
(6)
4.2.1. Odin Soares Madeira
(6)
4.3. Eduardo Luis de Sousa Soares;
(6)
5. JOSÉ DE ARRIBAMAR SOUSA casou com Telma Selma
Antunes Figueiredo Sousa:
(6)
Luciano Antunes Figueiredo Sousa casado com Flavia
5.1.
Borges de Lima;
(6)
5.2. Liliana Antunes Figueiredo Sousa casada com Edson
Ferreira de Morais:
(6)
5.2.1 Marcelo Antunes Sousa de Morais.
Histórias de Família 243
Manelito Sousa

(6)
José de Arribamar Sousa Júnior casado com Maria do
5.3.
Carmo Pereira Barros Sousa.
(6)
6. FRANCISCO DE SOUSA SANTOS (Neném) (1958-2017)
casou com Leci Nunes de Sousa:
(6)
6.1. Raimunda Mychelle Nunes de Sousa;
(6)
Willamys Rangel Nunes de Sousa casado com Thania
6.2.
Santana Duarte Martins:
(6)
6.2.1. Maria Eduarda Duarte de Sousa;
(6)
6.2.2. João Lucas Duarte Nunes.
(6)
6.3. Willyan Rafael Nunes de Sousa casado com Maria
Deurliane da Silva Nunes:
(6)
6.3.1. Enzo Rafael da Silva Nunes.
(6)
7. JOÃO DA CRUZ SOUSA casado com Teresinha de Jesus
Sousa Santos:
(6)
7.1. Higor da Cruz Sousa faleceu em um acidente
automobilístico aos 17 anos;
(6)
7.2.Hilana Maria de Sousa Alves casada com Dionatas
Rayron da Silva Alves.

(7)
MINELVINA JOSEFA DE SOUSA (Né) (16/11/1925) casou
com JOSÉ ALEXANDRINO DE SOUSA (Zeca do Liço)
(2/11/1918-16/8/1990):
(7)
1. LUISA JOSEFA DE SOUSA (Lulu) casou com Salomão
Pereira de Sousa. Família descrita no capítulo 5.
Zeca do Liço e Minelvina eram primos, casaram-se em
1944 e tiveram apenas uma filha Luísa. Pessoa humilde, da
244 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

roça, de pouca instrução, tinha um jeitão meio grosso, mas um


coração bom. Por ocasião do meu nascimento, minha mãe
Teresa teve sérios problemas de saúde e ainda tinha a nossa
irmã Zuína doente, na época com quatro anos, Raimundo com
menos de três anos e Salomão com pouco mais de um ano,
que ainda dava os primeiros passos. Minha tia Minelvina, vendo
a situação difícil da irmã mais nova, pediu aos meus pais para
cuidar do Saló por um tempo. Levaram meu irmão para morar
com eles no Ferreiro, até minha mãe melhorar e as coisas se
ajeitarem. Depois que a minha mãe ficou bem, por várias
vezes nosso pai foi ao Ferreiro para buscar o filho, mas eles
escondiam a criança e faziam de tudo para não perder a
guarda. Como sempre foram muito amigos, meu pai nunca
forçou a barra para tirar a criança deles, mas por outro lado,
não autorizou a adoção, nem de fato nem de direito. Um fato
interessante é que naquele tempo, os registros de títulos e
documentos eram lavrados no Cartório de Valença-PI e, em
função das distâncias, muitas vezes esses registros eram feitos
tempos depois do nascimento ou mesmo dos óbitos. Assim que
meu irmão foi morar com o casal, Zeca do Liço selou um cavalo
e foi até Valença para registrá-lo como se fosse seu filho
legítimo. Contudo, para sua surpresa, o escrivão que era um
conhecido, informou-o que nosso pai Genésio, havia lavrado o
registro na semana do nascimento da criança no ano anterior.
Luísa casou com Salomão no início de 1963, quando ele
já estava estabelecido em Teresina com comércio varejista de
secos e molhados. No final deste mesmo ano, Zeca do Liço
resolveu vender parte dos seus bens e mudou-se para Teresina
com Minelvina e Saló, onde estabeleceu sociedade com o
genro. Ficou por lá uns quatro anos, mas a adaptação foi difícil
e a sociedade não prosperou. Retornaram à Várzea Grande,
onde refizeram a vida, dependendo da agricultura e pecuária
de subsistência.
Histórias de Família 245
Manelito Sousa

Zeca do Liço era pessoa de poucas amizades, mas de


grandes considerações. Certa ocasião envolveu-se num
episódio com Ioiô do Zé Francisco, político influente no estado
de quem era muito amigo, defendendo-o fortemente na justiça.
Depois de sua exposição para defesa do amigo, sofreu deste
uma indelicadeza e, a partir daí, tornou-se seu adversário pelo
resto da vida. Dizia que amigo a gente corteja e desafeto a
gente respeita mais ainda, pra evitar coisa pior. Morreu de
câncer no ano de 1990, aos 72 anos, agonizou por cerca de
dois meses, mas poucas vezes se viu na Várzea Grande,
sentinelas com tanta gente como as de Zeca do Liço.

(8)
LUÍS ANTÔNIO DOS SANTOS (4/3/1926-1989) casou com
EROTIDES FRANCISCA BANDEIRA (Rosa) (2/12/1936).
Luís Zefinha, o mais novo entre os homens,
filhos de Zefinha e Antônio da Madibaixo, ajudou a mãe viúva
na condução da família, após a morte prematura do pai. Na
época, com apenas quatorze anos, Luís passou a cuidar do
gado e da lavoura, e devido a pouca idade, sua mãe sempre
contratava pessoas para ajudá-lo. Após o casamento das irmãs
é que Luís pensou em constituir família em 1951, deixando
com sua mãe somente a irmã caçula (Cosinha) que era
temporã.
Mesmo depois do casamento, Luis Zefinha permaneceu
muito tempo morando ao lado da mãe na Malhada de Baixo.
Com a morte da Velha, mudou-se para a cidade de Várzea
Grande em busca de vida melhor para a família. Na cidade
começou a empreender no comércio ambulante, vendendo
redes nas feiras da região. Era um hábil negociador e assim
conduzia a família de cinco filhos. No início dos anos de 1970,
por influência de um grande amigo chamado Né Santo,
transferiu-se para a cidade de Floriano, onde a maior parte da
família vive até hoje. Adquiriu um terreno de esquina com
246 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

frente para três ruas, construiu sua casa e, à medida que os


filhos foram casando, edificavam suas casas no mesmo
terreno. Hoje em dia, todos os filhos moram na “vila da Tia
Rosa”, com exceção da Didata que mora em Teresina.
Com o tempo adquiriu uma banca no mercado, mas
nunca deixou de realizar as feiras da região, atividade que
desenvolveu por toda sua vida. Luís Zefinha morreu em 1989,
aos 63 anos de idade, em decorrência de problemas cardíacos.
A tia Rosa, aos 80 anos de idade, mora ao lado da maioria dos
filhos em Floriano-PI.
Segue a descendência de Luís Zefinha e Rosa:
(8)
1. MARIA OCIRENE SANTOS (28/11/1954) viúva de Everton
Vitor da Silva:
(8)
1.1. Francisco Antônio dos Santos.
(8)
2. MARIA ODELITA SANTOS (Lita) (23/2/1956) casada com
Ivanildo Bezerra de Melo:
(8)
2.1. Paula Santos Melo casada com Marcelo Sousa e Silva:
(8)
2.1.1. Talita Melo Dias Ribeiro;
(8)
2.1.2. Lilian Marcele Silva Santos.
(8)
2.2.Thiago Santos Melo casado com Jucilene Borges
Sousa:
(8)
2.2.1. Ana Alice Melo Borges.
(8)
3. OCIAN BANDEIRA SANTOS (17/11/1957):
(8)
3.1. Ocielde Silva Santos;
(8)
3.2. Ociane Silva Santos;
(8)
3.3. Ocielton Silva Santos.
(8)
4. RAIMUNDA BANDEIRA DOS SANTOS (Lili) (6/10/1968)
casada com Celso Macedo de Oliveira.
Histórias de Família 247
Manelito Sousa

(8)
4.1. Maria Vitória Santos Oliveira.
(8)
5. RAIMUNDA NONATA DOS SANTOS (Didata) (6/10/1970):
(8)
5.1. Gabriela dos Santos Guedes casada com Wesley Josué
Oliveira Novaes:
(8)
5.1.1. João Gabriel Guedes Novaes.
(8)
5.2. Aleksia Luciana dos Santos Guedes.

(9)
JESUÍNA JOSEFA DOS SANTOS (Du) (31/9/1928) casou com
FRANCISCO DA SILVEIRA NUNES (6/7/1925–2/9/2017).
Jesuína Josefa Nunes (Du) nasceu no povoado Malhada
de Baixo, município de Várzea Grande-PI em 1928. Perdeu o
pai os 12 anos de idade e, como os demais irmãos, teve que
enfrentar uma vida dura pela sobrevivência. Após o casamento
com Chico Nunes, foi residir na Chapada dos Nunes, município
de Tanque do Piauí-PI, onde tiveram os cinco filhos.
Chico Nunes era neto de Bertoldo e, como era de família
de artífices, foi artesão, relojoeiro, consertador de máquina de
costurar, fabricador de armas, de utensílios domésticos e do
campo. Era festeiro, metido a namorador e não dispensava
uma confusão. Certa vez se envolveu numa briga dentro de
uma igreja, na hora da missa, no povoado Santa Rosa, hoje
município com o mesmo nome, tudo para fazer a defesa do
padre que estava sendo ameaçado por um sujeito da região.
Em 1969, junto com diversos parentes e amigos ajudou a
fundar a feira do Tanque, que deu origem à cidade do mesmo
nome.
O casal mudou-se para Regeneração-PI no início da
década de 1970, com o objetivo de educar os filhos e em 1975
mudou-se para Teresina-PI com a família. O esforço de Chico
Nunes e Du não foi em vão, pois os filhos concluíram seus
estudos e vivem dignamente das profissões que escolheram,
248 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

com exceção do caçula Raimundo que faleceu jovem, deixando


uma filha.
Segue descendência de Jesuína (Du) e Chico Nunes:
(9)
1. ANTÔNIO DOS SANTOS NUNES casou com Francisca
Rodrigues dos Santos Nunes:
(9)
1.1.Leilane Shirley dos Santos Nunes casada com o
Marlon Rodne:
(9)
1.1.1. Nina Nunes;
(9)
1.2. Kelvin Ralley dos Santos Nunes;
(9)
1.3. Kenya Larysse dos Santos Nunes (faleceu em 2015).
(9)
2. LUCIANO DOS SANTOS NUNES casado com Virgínia
Meneses da Costa Pinheiro:
(9)
2.1. Samile Pinheiro Nunes.
(9)
3. ALDEMAR DOS SANTOS NUNES casado com Izolete
Sampaio Carvalho Nunes:
(9)
Aldemar dos Santos Nunes Júnior casado com Luísa
3.1.
Gomes:
(9)
3.1.1. Aldemar dos Santos Nunes Neto;
(9)
3.2. Alex Sampaio Nunes.
(9)
4. MARIA DOS SANTOS NUNES (Moça) é técnica em
enfermagem, empegada da Secretaria de Saúde do Piauí e da
Fundação de Saúde da Prefeitura de Teresina. Além dos dois
empregos cumpre a nobre função de cuidar dos pais idosos. O
pai viveu acamado por vários anos e faleceu recentemente e a
mãe vive com Alzheimer e acamada há mais de quatro anos.
(9)
5. RAIMUNDO DOS SANTOS NUNES (1964-1995) casou com
Maria José Lopes da Silva Nunes.
(9)
5.1. Kamyla Lopes Nunes.
Histórias de Família 249
Manelito Sousa

(10)
RAIMUNDA JOSEFA NUNES (Deza) (1930-2016) casou com
ISRAEL MONTEIRO NUNES (1926-2013).
Deza, como era conhecida Raimunda Josefa Nunes,
décima filha de Zefinha e Antônio da Madibaixo, perdeu o pai
com apenas 10 anos e, assim como os demais irmãos solteiros,
teve que trabalhar muito desde pequena para contribuir om o
próprio sustento. Cresceu na lida e as poucas diversões eram
os forrós nos finais de semana e as festividades da região
como a Festa do Salobro e os festejos de Santo Antônio, na
Várzea Grande. Tio Israel era muito namorador e na época do
casamento surgiram boatos que ele teria outra noiva, o que
levou o irmão de Deza (Luis) a tirar satisfação e até tentar
evitar que o casamento se realizasse. Depois da confusão e
tudo resolvido, tia Deza casou-se aos 19 anos de idade, no
mesmo dia em que casaram as irmãs Du e Teresa. Foram nove
anos de matrimônio até o nascimento da primeira filha, dos
sete que tiveram.
Israel, homem dedicado ao trabalho, vivia da agricultura
e pecuária como a maioria das pessoas daquela região. Além
disso, montou em sua própria casa um armazém de cereais
que revendia na feira de Oeiras. Israel tinha como atividade
paralela, animar as matinês com sua vitrola, movida à pilha,
onde tocava principalmente as músicas do Rei do Baião,
Marinês e Trio Nordestino. Com o tempo as coisas foram se
ajeitando e Israel montou uma quitanda na Várzea Grande,
que abria somente no dia da feira da Várzea Grande
(segundas-feiras). Lembro-me do tio Israel vendendo peças
para bicicletas, azeite de coco que a tia Deza fazia, pinga e
mercadorias em geral. Criaram a família com dignidade e mais
para o final de suas vidas, mudaram para a cidade de Várzea
Grande. Ambos viveram 86 anos, sendo que ele faleceu em
2013 e ela em 2015.
250 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

Segue a descendência de Deza e Israel:


(10)
1. FRANCISCA MARIA NUNES DA SILVA (Cimar) casou com
Adalberto Nunes da Silva:
(10)
1.1.Katia Regina Nunes Matos casada com Antônio
Rodrigues de Matos.
(10)
1.1.1. Karen Nunes Matos.
(10)
1.2. Adalto Nunes da Silva;
(10)
1.3. Israel Monteiro Nunes Neto;
(10)
1.4. Rafael Nunes da Silva.
(10)
2. MARIA DO AMPARO NUNES casada com José Maria
Raimundo de Sousa:
(10)
2.1. Marcos Vinícius de Sousa Nunes
(10)
2.2.Raimunda Elane de Sousa Nunes casada com Sergio
Garcia de Oliveira;
(10)
2.3. Elaine Nunes de Sousa casada com Carlos Alberto de
Lima:
(10)
2.3.1. Enzo Albert Nunes Lima.
(10)
3. RAIMUNDO DOS SANTOS NUNES casado com Ivanilde
Soares dos Santos Nunes:
(10)
3.1. Gabriel Soares dos Santos Nunes.
(10)
4. ANTÔNIO NUNES NETO casou com Olinda Beatriz
Cavalcante.
(10)
4.1. Nayara Cavalcante Nunes.
Casado em segundo matrimônio com Ioneide Abreu de Araújo
Nunes:
(10)
4.2. Kauê de Araújo Nunes.
Histórias de Família 251
Manelito Sousa

(10)
5. MARIA ZÉLIA NUNES casada com Abel Rodrigues de
Sousa:
(10)
5.1. Gustavo Henrique Nunes de Sousa (Guga);
(10)
5.2. Jamile Stéfani Nunes de Sousa;
(10)
5.3. Jéssica Daniella Nunes de Sousa;
(10)
5.4. Jaíres Emanuelle Nunes de Sousa.
(10)
6. LUÍS DOS SANTOS NUNES casado com Raimunda Nunes
de Sousa:
(10)
6.1. Conrado Nunes de Sousa;
(10)
6.2. Bianca Nunes de Sousa.
(10)
7. EDILMA MARIA NUNES casada com Antônio Gonçalves de
Lima (Digo):
(10)
7.1. Diego Nunes de Lima;
(10)
7.2. Daniele Nunes de Lima.

(11)
TERESINHA MARIA DE SOUSA casou com GENÉSIO
PEREIRA DE SOUSA. Família destacada no capitulo 10.

(12)
MARIA GOMES SOARES (Cosinha) (1936-1972) casou com
JOÃO DA CRUZ SOARES (1933-2016).
Tia Cosinha era a caçula da família da Madibaixo.
Morávamos no Junco e sua família na cidade de Francinópolis
onde o tio Joãozinho tocava seu comércio. Ela faleceu
prematuramente em sua casa, pela descarga de um raio
durante uma chuva, quando estava de resguardo da sua filha
caçula (Concita). Deixou nove crianças, sendo que seu primeiro
filho (Irenaldo) tinha pouco mais de onze anos. Foi um grande
transtorno para família e, em função disso, os parentes
252 Capítulo 9 – Linhagem Materna: Antônio dos Santos Fonseca e Josefa
Gomes Vieira.

tentaram ajudar na medida do possível. A Zelina pediu ao tio


Joãozinho para criar a pequena Concita, no que foi atendida,
não sem antes registrar a menina e a tia Jaca criou a Ivone,
outra das filhas menores. Os demais ficaram com o Joãozinho e
duas das filhas da tia Mercê (Têra e Chica) ficaram revezando o
apoio à família, na lida da casa e com as crianças. Algum
tempo depois Têra e Joãozinho casaram-se e tiveram quatro
filhos. Família está destacada no capítulo 5. Tio Joãozinho
faleceu em 2016, aos 84 anos.
Segue a descendência de Cosinha e Joãozinho:
(12)
1. IRENE SOARES DOS SANTOS LOIOLA casada com Elias
Loiola:
(12)
1.1. Bruno Soares Loiola:
(10)
1.1.1. Bruna;
(10)
1.1.1. Beatriz.
(12)
1.2. Nara Lys Santos Loiola:
(12)
1.2.1. Raissa.
(12)
2. IRENALDO SOARES DOS SANTOS;
(12)
3. IRENIUÇA SOARES DOS SANTOS;
(12)
4. IRISVALDO SOARES DOS SANTOS casado com Rosa Maria
Silva Santos:
(12)
4.1. Bruna Silva dos Santos;
(12)
4.2. João da Cruz Soares Neto;
(12)
4.3. Pedro Silva dos Santos.
(12)
5. EVALDO SOARES DOS SANTOS (Gordim) casado com
Francisca Maria Boiba dos Santos:
(12)
5.1. Matheus Boiba dos Santos;
(12)
5.2. Marcos Boiba dos Santos.
Histórias de Família 253
Manelito Sousa

(12)
6. EUVALDO SOARES DOS SANTOS (Valdinho) casado com
Maria Auxiliadora Santos. Não tiveram filhos;
(12)
7. IVONE SOARES DOS SANTOS casada com Wilson Pereira
Cruz:
(12)
7.1. Iana Joaquina Soares Pereira;
(12)
7.2. Wilson Pereira Cruz Júnior.
(12)
8. IONE SOARES DOS SANTOS casada com Gregório de
Araújo Costa Neto:
(12)
8.1. João Álvaro de Araújo Costa Soares;
(12)
8.2. Jadson Gregório de Araújo Costa Soares.
(12)
9. CONCEIÇÃO DE MARIA SOARES BARBOSA (Concita)
casada com Ronald Lúcio Carvalho Barbosa:
(12)
9.1. Ronald Lucas Santos Barbosa;
(12)
9.2. Rafael Lucas Santos Barbosa.
254 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de


Sousa (Genésio do Junco) e Teresinha Maria
de Sousa (Teresa).

Genésio do Junco

Da esquerda para a direita: Adélia, Saló, Tetê, Genésio Jr, Teresa, Manelito, Baía e Erinha.
Histórias de Família 255
Manelito Sousa

Genésio, assim como seu pai Né, teve apensado ao seu


nome a alcunha do lugar onde nasceu, viveu e morreu “Junco”.
Trata-se de deferência conquistada pelo respeito e admiração
que seus contemporâneos dispensavam a ele. Foi um homem
de pouco estudo, alfabetizado na escola de seu pai Né do Junco
em apenas 24 dias de aulas. Tempos de dificuldades, sem
acesso a educação e a maioria dos serviços públicos. Assim,
aprender a ler e escrever, além de dominar as operações
básicas da matemática, era uma regalia que muitos não
alcançavam. Apesar disso, sempre foi uma pessoa respeitada
na região pelo discernimento que tinha das coisas. Tinha
razoável domínio da matemática e conhecia com clareza o
direito de sucessão, bastante explorado pelo povo daquela
época, em função das demandas na divisão de bens deixados
por parentes, principalmente terras. Em função disso, era
bastante procurado por vizinhos para resolver litígios
familiares. Quando não conseguia pacificar os ânimos mais
exaltados, por vezes acompanhava os litigantes às cidades
vizinhas para esclarecimentos junto a autoridades, nas
situações mais complicadas.
Genésio e Teresa casaram-se em outubro de 1949, em
cerimônia religiosa no povoado Cedro, que foi emancipado em
1961 para cidade de Várzea Grande. Nesse dia foram
realizados 14 casamentos e diversos batizados, aproveitando a
presença de um padre, que só comparecia ao povoado
esporadicamente.
Dois fatos merecem destaque acerca do casamento de
meus pais. O primeiro diz respeito à forma como eles
começaram o namoro. Meu pai havia namorado por quase seis
anos com Jesuína (Du), irmã da minha mãe. Porém, o velho
era muito namorador e por conta desses encontros e
desencontros a minha tia resolveu terminar o romance e pediu
para minha mãe, ainda adolescente, devolver retratos, joias e
256 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

cartas ao meu pai, que ao receber os objetos devolvidos pela


noiva, presenteou minha mãe com um cordão de ouro e uma
fotografia. Foi assim que começaram o namoro que resultou
em casamento. Na época, meu pai com 25 anos e minha mãe
com 16 anos.
Outro fato interessante é que foram realizados três
casamentos da família de Zefinha, minha avó, no mesmo dia
(Genésio do Junco com Teresa, Chico Nunes com Du e Israel
com Deza). Os casamentos foram precedidos de grande festa
na casa da mãe das noivas, que arregimentou gente de varias
localidades vizinhas, inclusive muitos parentes da distante
Bocaina.
Meu pai costumava dizer que o homem deve aprender
de tudo para usar o que for necessário. Ele era canhoto de
nascimento, mas resolveu tornar-se ambidestro e realizava
com perfeição qualquer tarefa, inclusive a de escrever com as
duas mãos. Dizia que realizou tudo que um homem da sua
época poderia sonhar e tinha muito orgulho das atividades que
desempenhou ao longo de mais de 80 anos de vida, como:
Lavrador: atividade natural para quem viveu no campo. Vida
dura, mas prazerosa de arar a terra e dela retirar seu sustento.
Mesmo realizando várias atividades, sempre lhe sobrou tempo
para a lida da roça e sempre teve uma casa farta, com paiol
cheio, como se diz.
Pedreiro e Carpinteiro: nos períodos entre a colheita do arroz e
as brocas (derrubadas da mata) para o cultivo na safra
seguinte, costumava trabalhar na construção de casas para os
parentes e amigos da vizinhança. Fazia desde a marcação da
casa até o madeiramento para o telhado. Não cobrava por
estes serviços e a recompensa que recebia eram presentes,
geralmente ferramentas para o trabalho ou utensílios para o
lar.
Histórias de Família 257
Manelito Sousa

Estas empreitadas geralmente eram feitas em mutirão


onde cada um ajudava como podia, faziam os tijolos e telhas,
cortavam e transportavam as madeiras para o teto, serravam,
abriam as cavas, levantavam as paredes, faziam o teto de
madeira e a cobertura. Era assim que muitas pessoas pobres
conseguiam um rancho pra morar, visto que era muito oneroso
pagar por todo o serviço, além dos materiais necessários à
construção.
Vaqueiro: desde muito jovem meu pai ajudava seus vizinhos
na lida com o gado, especialmente, seu cunhado Diquim com
quem tinha ótimo relacionamento e o amigo Chico Augusto,
que possuíam boa semente de gado. Quando casou, recebeu
algumas cabeças de gado herdadas pela minha mãe, de seu
falecido pai, que eram cuidadas pelo meu tio Luís Zefinha.
Pouco tempo depois do casamento, Mundinho da Ingazeira
(fazendeiro da região) adquiriu uma propriedade no povoado
Junco, com cerca de 60 cabeças de gado, por compra de
Messias Fonseca (primo da minha mãe), que estava de
mudança para a cidade Uruçuí-PI.
Naquela época, o gado era criado solto (criação
extensiva) nas várzeas e chapadas da região. Mundinho
entregou a fazenda para o meu pai tomar conta, a pedido do
próprio vendedor Messias, que além de primo da minha mãe
era muito amigo do jovem casal. Dessa forma, meu pai tomou
gosto pela atividade, tornando-se um dos melhores vaqueiros
daquelas redondezas. Dizia que para pegar gado no mato, só
dependia de duas coisas: ter coragem e uma boa montaria.
Coragem nunca lhe faltou para nada e sempre manteve um
bom cavalo de campo, ao qual tratava com muito zelo.
Lembro-me que na minha infância, meu pai era chamado pelos
fazendeiros vizinhos para as pegas de bois, em função de seu
ótimo desempenho nessa ocupação. O Antônio da Cocota, seu
primo e muito amigo, me fala até hoje, que meu pai bem
258 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

montado naquela época não botava rês no mato. Quando


acabou sua fazenda de gado no Piauí, Antônio Cocota vendeu o
rebanho de 64 cabeças de gado ao meu pai que as revendeu
aos criadores da região, ganhando um bom dinheiro com esse
trabalho.
A parceria com o velho fazendeiro durou cerca de 10
anos e, nesse período, sete dos dez filhos do casal já eram
nascidos. Quando Mundinho resolveu vender a fazenda meu pai
tentou a todo custo adquirir a propriedade a qual havia se
apegado, mas o velho Mundinho da Ingazeira cobrou um preço
exorbitante, impedindo o negócio. Fato é que Mundinho
conseguiu vender todo o rebanho, mas a propriedade só foi
vendida dois anos mais tarde ao vizinho Chico Augusto, pela
metade do preço proposto por nosso pai.
Apesar da desilusão, meu pai conseguiu acumular no
período uma boa semente de gado, que manteve por toda sua
vida. Na entrega da fazenda, empreitou com Mundinho da
Ingazeira, a pega de 25 bois erados que haviam sido vendidos
a um marchante de Elesbão Veloso, chamado Daniel, que
desde aquele tempo tornou-se grande amigo do meu pai. O
dinheiro que ganhou nesse negócio serviu para completar o
valor da compra de uma casa em 1968, na sede do município
de Várzea Grande, que é mantida na família até os dias de
hoje.
Tropeiro: atividade de compra, deslocamento e venda de
animais cavalares. Meu pai tinha esse sonho e por um curto
período de tempo manteve uma parceria com os amigos,
Toinho do Eliseu e Luís Alberto, que viviam dessa ocupação.
Viajou por duas ou três vezes à região de Serra Talhada e
Ouricuri no estado de Pernambuco onde adquiriam burros e
cavalos e traziam-nos para revenda na região da Chapada
Grande, carente de montaria. Cada viagem durava em torno de
um mês e eram grandes as dificuldades para realizá-la, mas
Histórias de Família 259
Manelito Sousa

meu pai achava muito gratificante e prazerosa. Costumava


dizer que foram os períodos que mais se afastou do Junco,
local que adorava e do qual nunca abriu mão. Ali nasceu,
cresceu e viveu toda sua vida até a morte.
Político: entrou para a política por incentivo de um de seus
maiores amigos, Firmo Rodrigues Sobreira, que foi vereador de
Valença-PI e prefeito de Várzea Grande-PI por dois mandatos.
Foi também através da política que conheceu outro de seus
grandes amigos por quem tinha muito respeito e admiração,
Antônio Francisco de Sousa (Ioiô do Zé Francisco). Ioiô se
tornou um homem influente, não só na região valenciana, mas
em todo o estado do Piauí. Foi vice-prefeito de Valença e, após
a emancipação de Várzea Grande, prefeito por dois mandatos
de sua cidade natal.
A amizade com o Ioiô teve início com uma proposta de
suborno, coisa muito comum nessa perversa atividade, onde
dizem que os fins justificam os meios. A velha raposa (Ioiô) e
Firmo Sobreira, apesar de aliados políticos, estavam numa
disputa em função da emancipação do município de Várzea
Grande. O Ioiô procurou meu pai e propôs ajudá-lo a se eleger
vereador, para que ele deixasse Firmo Sobreira e passasse a
apoiá-lo. Meu pai se negou, dizendo que jamais trairia um
amigo, independentemente da causa. Depois de muita
insistência e outras tantas negativas meu pai foi embora, mas
só depois de prometer que não contaria o episódio ao Firmo,
até que o próprio Ioiô o fizesse.
No final da história, Ioiô e Firmo entraram em acordo e
trabalharam juntos por varias eleições até a morte prematura
do primeiro, durante uma campanha política, vítima de um
infarto fulminante. Aliado e amigo de ambos, meu pai foi
vereador no município de Várzea Grande por três mandatos
consecutivos (1962 a 1972), vice-prefeito (1972 a 1976) e
vereador novamente (1976 a 1982). Atuou na política por puro
260 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

prazer, pois na sua época o cargo de vereador não era


remunerado. Muitas vezes vi meu pai se desfazer de bens,
dinheiro e até animais (caprinos e bovinos) para resolver
litígios de seus amigos e vizinhos, que também eram seus
eleitores. Minha mãe sempre comenta que o melhor tempo de
sua vida foi entre 1982 e 1996, período em que nosso pai ficou
afastado da política, até nosso irmão caçula ser picado pela
“mosca azul”.
A família de Antônio Francisco de Sousa dominou a
política da Várzea Grande por 35 anos, desde a sua
emancipação em 1961 até 1996, quando nosso irmão caçula,
Genésio Júnior liderou um grupo de jovens descontentes com
as administrações municipais e desbancou os herdeiros
políticos do velho Ioiô. Genésio Júnior, que se parece com
nosso pai em praticamente em tudo, seguiu o exemplo do
velho e terminou com o sossego da família que, até hoje, está
envolvida com as eleições da cidade de Várzea Grande. Foi
prefeito de Várzea Grande em dois mandatos consecutivos,
entre 1997 e 2004. Elegeu o seu sucessor, que se tornou seu
maior adversário político e cuja família está no comando da
política municipal desde 2005.
O Genésio do Junco criou e educou uma família
numerosa, numa área de 18 hectares herdada de seus pais,
que não tinha aguadas (rios, açudes ou nascentes). Apesar das
inúmeras dificuldades, sua casa sempre foi farta e a franqueza
com os vizinhos foi uma de suas maiores qualidades. Meu pai
era intransigente com o ócio e dizia que os três piores defeitos
de uma pessoa são preguiça, mentira e desonestidade.
Nossa casa foi sempre cheia e a mesa farta. Foram
poucos os dias, durante a minha infância e adolescência, em
que nossas refeições eram servidas somente para os de casa.
Sempre tinha alguém de fora, geralmente crianças, filhos de
parentes e vizinhos mais pobres. Nunca um vizinho pedia algo
Histórias de Família 261
Manelito Sousa

emprestado ou mesmo doado, para minha mãe negar. Quando


o meu pai reclamava, ela respondia que aprendera a ser franca
com a sogra e a mãe (Nâna e Zefinha), conhecidas como
“mães da pobreza”. Essas reclamações do meu pai, contudo,
eram da boca pra fora, porque ele, como minha mãe, tinha o
coração mole e não suportavam ver o sofrimento alheio sem
ajudar de alguma maneira. Era normal meu pai emprestar
parte do pouco dinheiro que apurava na venda de uma carga
de legume ou de alguns bodes ou de um boi, para vizinhos
realizarem a “feira”, mesmo sabendo que o pagamento era
sempre demorado e muitas vezes feito por meio de diárias na
lavoura. Mesmo depois da morte do meu pai, muitas pessoas
procuraram meu irmão mais velho para efetuar o pagamento
de algum dinheiro que deviam.
Genésio do Junco tinha como ideal ver seus filhos
formados e levando uma vida melhor do que ele. Para isso não
mediu esforços dedicando boa parte de sua vida à educação
dos filhos. Sofreu muita privação e trabalhou quase dobrado
para conseguir seu objetivo. Enquanto boa parte de meus tios
e demais vizinhos diziam que os filhos tinham que trabalhar
para ajudar no sustento da casa, meu pai dizia que a única
herança que podia deixar aos filhos era o saber, pois o
conhecimento é um bem perene que ninguém consegue
subtrair.
Fez todo o esforço para que seus filhos estudassem e
felizmente viu filhos e netos formados em diversas áreas
(Direito, Comunicação Social, Contabilidade, Processamento de
Dados, Matemática, entre outras áreas do conhecimento).
Orgulhava-se dizer que, apesar de todas as dificuldades
vividas, proporcionou a seus filhos a oportunidade de estudar
que nunca teve.
Nosso pai poderia ter sido um ótimo engenheiro, pois
gostava de cálculos e adorava construção. Tinha imensa
262 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

facilidade com os números, apesar da pouca escola. Lembro-


me de uma oportunidade na época em que eu fazia o ensino
fundamental, quando eu tentava resolver alguns problemas de
regra de três, composta. O meu pai pediu que eu lesse o
enunciado da questão e quando eu acabei de ler, ele falou o
resultado sem fazer conta, a não ser na mente. Eu pedi que ele
estruturasse no papel, mas ele falou-me que isso era minha
tarefa.
Meu pai iniciou a alfabetização de seus filhos bem como
os filhos de parentes e amigos da vizinhança, pagando
professores do próprio bolso, já que o Estado não
disponibilizava professores para a zona rural naquela época.
Fez isso entre 1962 e 1968, até os três primeiros filhos
concluírem o antigo primário. Para prosseguir nos estudos
teriam que morar na cidade de Várzea Grande, submetendo-se
ao “Exame de Admissão”, que funcionava como um vestibular,
para ingresso no Curso Ginasial. Com a aprovação dos três
filhos no referido exame, começava uma nova etapa na vida do
sertanejo.
Comprou uma casa na cidade de Várzea Grande e, em
1969, a família mudou-se para Várzea Grande, exceto ele, que
trabalhava sozinho de terça a sábado na dura lida da roça,
cuidando da lavoura e dos animais e ainda tendo que preparar
suas próprias refeições. Passava com a família em Várzea
Grande apenas o domingo e a segunda-feira (dia da feira),
quando aproveitava para rever parentes, amigos e eleitores e
saber das novidades. Mesmo depois que a minha mãe voltou
para o Junco e todos nós fomos para Teresina, meu pai
raramente perdia uma feira na Várzea Grande, onde mantinha
contatos e colocava as conversas em dia.
Moramos em Várzea Grande por quatro anos, até os três
irmãos mais velhos concluírem o Curso Ginasial. Surgia então
uma dificuldade maior ainda, pois só havia ensino médio nas
Histórias de Família 263
Manelito Sousa

maiores cidades. Como não tinha condições de adquirir casa


em Teresina, meu pai alugou uma para colocar os filhos em
idade escolar. Voltou ao Junco com nossa mãe, minha irmã
Zuína que tinha problemas de saúde, e Genésio Júnior que
ainda não estava em idade de frequentar a escola. Naquela
época não existiam creches e as escolas públicas só recebiam
alunos a partir de sete anos de idade.
Mudamos para Teresina, sob os cuidados de nossa irmã
mais velha, que era muito mais rígida e enérgica em nossa
criação do que nossa mãe. A Didi, como a chamávamos, era
muito boa com a gente, mas não dava moleza. As tarefas de
casa eram divididas e cada um tinha suas obrigações, e ai
daquele que não as cumprisse. Eram tempos difíceis, mas
apesar de tudo, guardo na memória ótimas recordações
daquela vida de durezas e provações.
Os amigos e parentes sempre ponderavam com nosso
pai sobre o risco de deixar seus filhos (adolescentes e crianças)
sem uma pessoa mais velha numa cidade grande. Risco de
envolvimento com pessoas ruins ou até com as drogas. Ele
dizia que conhecia os filhos e que, em função da educação e
dos exemplos que tiveram, nenhum deles iria se desviar.
Finalmente vejo que ele tinha razão, pois todos casaram,
constituíram família e vivem com honra e dignidade.
A vida em Teresina era muito difícil e, apesar de todo o
cuidado de nossos pais, para que pelo menos o básico não nos
faltasse, chegamos a passar muitas necessidades na capital. A
segunda-feira era muito esperada, pois era o único dia que o
ônibus fazia linha entre Várzea Grande e Teresina, por onde
recebíamos o mantimento para a semana: arroz, fava, massa
de milho, carne de bode seca, lombo de porco assado e
temperado para não estragar, banha de porco, ovos caipiras
que vinham geralmente bem lavados em latas com farinha
para não quebrar. Nossa mãe se preocupava sempre em nos
264 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

mandar algumas guloseimas, como: manteiga da terra, doces


de leite, coalhada escorrida, entre outras coisas.
Estudamos sempre em escolas públicas, mas naquele
tempo, diferentemente de hoje, o governo não custeava os
estudos da população com assessórios, tais como: uniformes,
livros, cadernos, canetas, lápis, borracha, entre outros, pois
tinham que ser bancados pelo aluno. Nosso pai fazia esforços
hercúleos para pagar aluguel, contas de água e energia, além
dos custos com os materiais escolares de sete filhos. Faltava
muita coisa em casa, mas éramos muito gratos pelo esforço
que nossos pais faziam. Em função dessas dificuldades a
maioria de nossos tios não tentou essa empreitada,
permanecendo com os filhos na roça com pouco ou nenhum
estudo. Meus pais foram raras exceções e agradeço
imensamente o esforço deles, o que nos proporcionou termos
uma vida um tanto quanto mais fácil que eles tiveram.
Nas férias, voltávamos todos para o Junco e era sempre
o melhor período do ano. Do final de dezembro ao início de
março, período das chuvas, era a época de plantar e cuidar da
lavoura. Os meus tios costumavam levar todos os filhos
(homens e mulheres) para a lida na roça, mas lá em casa era
diferente, somente os homens faziam esse trabalho, as
mulheres tinham como obrigação as tarefas domésticas e só
eram levadas aos roçados para ajudar a semear os grãos,
considerada uma tarefa mais leve.
Minha mãe trabalhava muito, pois a vida era muito difícil
naquela época. Ela e minhas irmãs mais velhas tinham que
andar quase 1 km para buscar água para o consumo da casa e
lavar roupas. A iluminação era à base de lamparina, com pavio
embebido em querosene. O arroz era socado no pilão e o milho
triturado no moinho para fazer a massa do cuscuz. Só no início
dos anos 80 foi implantado um chafariz que servia às famílias
do povoado. Somente quando Genésio Júnior se elegeu
Histórias de Família 265
Manelito Sousa

prefeito, houve a canalização de água e energia elétrica em


todos os povoados do município de Várzea Grande. Para mim,
este foi o grande feito de sua administração, considerada por
muitos, até hoje, a melhor que o município já teve.
A lida com o algodão era outra atividade dura. Cabia aos
homens o trabalho, desde o plantio até a colheita. A partir daí,
as mulheres trabalhavam numa verdadeira “via sacra”,
conforme as seguintes fases:
 Fase1 - separação das plumas e sementes no “descaroçador
de madeira”;
 Fase 2 - consistia em bater o algodão em travesseiros de
tecido grosso, feitos do próprio algodão e recheados com o
algodão que não servia para fiar, com flechas, geralmente
do talo de buriti ou de carnaúba, até a transformação do
algodão descaroçado em pastas;
 Fase 3 - o algodão era torcido em “rodas de fiar” (feitas de
madeira), até transformar-se em fios;
 Fase 4 - os fios eram tecidos nos teares, transformando-se
em tecidos grossos com os quais eram feitas as redes de
dormir, as mantas, etc.
Quando todos em casa estavam bem servidos com
redes, meu pai vendia na feira as que sobravam, para ajudar
na manutenção da família. Minha mãe juntamente como
minhas irmãs chegavam a fiar o suficiente para fabricar duas
redes por semana.
As coisas começaram a melhorar quando minhas duas
irmãs mais velhas (Didi e Tetê) começaram a trabalhar em
Teresina. Foi aí que compraram televisão, geladeira, camas e
outros utensílios domésticos que contribuíram para melhorar
nossa qualidade de vida, dando-nos um pouco mais de
conforto.
266 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

Fato que merece destaque aconteceu com nosso irmão


mais velho (Erinha), que se mudou para concluir os estudos
em Teresina e ao mesmo tempo engajou-se no Exército
Brasileiro no 25º-BC. Ele serviu por um ano e deu baixa,
quando concluiu o primeiro ano do ensino médio (denominado
“Científico”). Nunca gostou de estudar e queria voltar à lida no
campo, trabalhar na roça e cuidar de gado, tudo que mais
gostava. Contudo, sabia que nosso pai não abria mão que ele
concluísse pelo menos o ensino médio. Então resolveu escrever
uma carta (única comunicação disponível naquele tempo)
informando que iria para São Paulo tentar a vida. Nosso pai
respondeu que não o proibiria de fazer a viagem, desde que ele
voltasse em casa para se preparar (roupas, dinheiro para
viagem, etc.) e assim aconteceu.
Meu irmão passou dois anos, entre 1974 e 1976,
trabalhando em um posto de gasolina em Santos-SP. Só voltou
quando nosso pai foi teve problemas de saúde na coluna (dor
ciática e bico de papagaio) que quase o deixaram inválido. Por
mais de um ano meu pai não conseguiu desenvolver o trabalho
na roça nem a lida como o gado, tarefas que ficaram a cargo
do nosso irmão Erinha. Após longo período de tratamento com
inúmeras seções de fisioterapias e medicamentos, nosso pai
voltou a trabalhar na lida do campo, mas meu irmão nunca
mais voltou a estudar, e até hoje ele cuida das propriedades
dele e da família. Dizem que todo mal traz um bem e, nesse
caso específico, acho que o ditado é válido, pois atualmente
meu irmão vive em nossa casa no Junco, com sua família e a
nossa mãe, que detesta Teresina. Não fosse essa determinação
do meu irmão, a mamãe não poderia mais morar Junco e com
certeza seria uma pessoa muito contrariada e infeliz.
Quando o Genésio Júnior concluiu a alfabetização no
Junco, precisou mudar-se para Teresina e juntar-se a nós. Ele
e nosso pai chamavam um ao outro de “companheiro”, pois
Histórias de Família 267
Manelito Sousa

eram muito apegados. Em função disso, a mudança do caçula


foi adiada por um ano. Minha irmã mais velha (Didi) foi
obrigada a chamou meu pai à razão e dizer-lhe que o Genésio
Júnior não poderia permanecer no Junco, pois já estava sendo
prejudicado em relação aos estudos. Foi um momento muito
difícil para ambos e uma despedida comovente. Genesinho
chorava copiosamente e as lágrimas escorriam dos olhos de
nosso pai.
O maior sonho do velho Genésio era ver um de seus
filhos advogado ou médico. Realizou parcialmente esse sonho
com o Genésio Jr. que se tornou advogado e nosso pai pode
acompanhá-lo por muitos anos nessa profissão, inclusive
fazendo muitos favores aos amigos de nosso pai sem cobrar os
honorários. Outro sonho realizado foi ver o Genésio eleger-se
prefeito do município de Várzea Grande por duas vezes e
realizar a melhor administração já vista no município.
Infelizmente não teve seu outro sonho realizado (ver um filho
médico). Contudo, sua neta Manuella está concluindo o
primeiro ano de medicina na UnB - Universidade de Brasília. Se
Deus assim permitir, ela será a primeira médica do núcleo
familiar do velho Genésio do Junco.
Algumas passagens ocorridas na minha vida em família,
especialmente com meu pai, marcaram-me forte e trouxeram-
me muitas lições. Numa delas, quando eu tinha pouco mais de
dois anos de idade, estavam fazendo uma desmancha ou
farinhada (processamento da mandioca para transformá-la em
goma e farinha) na casa do meu tio Diquim. Estes eventos
envolviam todas as famílias e, apesar de ser um trabalho duro,
transformava-se quase numa festa. Todos ficavam acordados
até tarde da noite, descascando e moendo os tubérculos,
prensando e torrando a massa, pois quando se inicia o
processamento da mandioca, o serviço tem que ser contínuo
até torrar a farinha e fazer a goma ou polvilho.
268 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

Num desses dias após o café, minha tia Minelvina (irmã


de mamãe) juntou a meninada e levou para a casa de
desmancha que ficava a uns 200 metros da nossa. Mamãe
ficou cuidando do almoço e da minha irmã Adélia, ainda bebê.
Minha tia achou que eu fiquei em casa e mamãe julgou que eu
fui com os demais. Provavelmente tentei acompanhar a turma,
mas como era muito pequeno, não consegui e perdi-me dos
demais, andando sem rumo até o meio da tarde. Saí do
povoado Junco e andei até o povoado Ferreiro, uma distância
de aproximadamente três quilômetros.
Quando retornaram para o almoço deram por minha
falta, então chamaram o pessoal da “farinhada” para me
procurar. Embrenharam-se nos diversos caminhos, uns
gritavam por meu nome, outros choravam e meu pai pegou o
meu rastro, tal como faz um cão farejador. À medida que o sol
ia esquentando, eu ia me desviando do caminho, procurando
sombras de árvores, pois havia perdido os chinelinhos. Isto ia
dificultando a tarefa do meu pai que a cada pequeno espaço de
tempo tinha que voltar para reencontrar o rastro. Seguiu-me
praticamente até onde fui encontrado por um senhor, o Zé
Vita, que estava fazendo a derrubada de uma mata próximo à
casa de um primo da minha mãe, o Jaca do Liço.
O Zé Vita levou-me até a casa do tio Jaca, que ficava no
povoado Ferreiro, onde fui reconhecido por uma de suas filhas,
a Ozeni, que estudava em nossa casa no Junco. Deram-me
comida, mas de tão cansado e sedento, eu só queria água.
Depois de saciar a sede, adormeci numa esteira. Por volta das
17 horas, o tio Jaca chegou da roça e perguntou de quem era
aquela criança. Disseram quem eu era e ele repreendeu a
família, pensando no desespero dos meus pais. Encilhou um
cavalo e rapidamente seguiu viagem para minha casa,
encontrando minha madrinha “De Jesus” no meio do caminho,
a quem me entregou. Para juntar todo pessoal que estava
Histórias de Família 269
Manelito Sousa

espalhado a minha procura foi necessário meu pai soltar uma


dúzia de foguetes que tinha em casa. Essa é uma aventura que
vivi e da qual não lembro praticamente nada.
Boas lembranças que tenho são do nosso convívio na
roça que, apesar do trabalho árduo, era muito gratificante. Meu
pai passava o dia cantando, geralmente literatura de cordel,
tradição herdada do meu avô e que ele decorava com uma
facilidade incrível. Até hoje guardo na memória, diversos
daqueles romances que aprendi, só de ouvi-lo cantar. O tempo
em que mais convivemos foi dos meus sete aos treze anos.
Meu irmão caçula (Genésio Júnior) era muito pequeno e só veio
a nos acompanhar na lida mais adiante e o mano Salomão foi
criado por uns tios nossos em Várzea Grande. Então, no início
éramos eu, ele e o Erinha, já adolescente.
Lembro-me que meu pai deixava a minha tarefa a ser
realizada, ao lado da dele e sempre me dava um auxílio para
que eu não ficasse para trás, esmorecendo no trabalho. Parece
uma coisa boba, mas isso foi de grande valia em minha vida,
como exemplo de solidariedade e da ajuda mútua. Assim como
aconteceu comigo, aconteceu ao mais velho (Erinha) e também
ao caçula, Genésio Júnior.
Retornei ao Piauí em agosto de 2003, após quinze anos
morando em Brasília, casado e pai de dois filhos. Consegui a
transferência do Banco do Brasil para Teresina, depois de
muitas tentativas de voltar para minha terra, graças a minha
aprovação numa seleção interna do Banco do Brasil para a
Bolsa de Gerência, num programa do banco chamado “Novos
Gestores”. A minha esposa Hercília e meus filhos, que ainda
eram crianças, tiveram sérios problemas de adaptação em
função do severo calor de Teresina e isso mexeu muito com
todos nós. Eu, pela dificuldade que tive para retornar a
Teresina, não tinha a menor intenção de voltar a Brasília e fui
dando tempo ao tempo para ver se as coisas iam se ajeitando.
270 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

Numa das poucas viagens que meu pai fez a Teresina


nesse período, fui almoçar com ele na casa de minha irmã
Tetê, para depois voltar ao trabalho. Meu pai, que era muito
observador e já havia estado com a minha família, perguntou-
me se tinha possibilidade de retornar ao Banco do Brasil em
Brasília, sem maiores prejuízos. Respondi que tinha deixado
portas abertas, mas não tinha interesse em voltar, porque tudo
o que eu mais queria era ficar perto da minha família. Ele me
olhou nos olhos e disse que minha família não estava feliz em
Teresina e que, mesmo morando distante, eu era um dos filhos
mais presentes para ele e minha mãe. Pediu-me que voltasse à
Brasília, pois era o lugar que minha família se sentia bem. Em
pouco mais de um mês retornamos à Brasília “de mala e cuia”,
depois de seis meses em Teresina e minha mulher era a
pessoa mais feliz do mundo.
Nesse mesmo período, minha irmã mais velha (Didi) foi
diagnosticada com um câncer e foi para Teresina fazer o
tratamento, em razão das facilidades que a nossa família tinha
por lá. Chegou a Teresina no dia 22 de julho de 2003 e minha
transferência pelo banco ocorreu em 29 de agosto do mesmo
ano. Minha amada irmã foi muito bem sucedida na cirurgia
para retirada do tumor, mas não resistiu ao tratamento de
quimioterapia e veio a óbito em 22 de outubro de 2003,
exatamente três meses após o diagnóstico da doença.
Acompanhei o tratamento dela de perto e foi muito gratificante
para mim, dar essa força pra ela. Contudo, este foi mais um
dos motivos que contribuiu para apressar meu retorno à
Brasília, onde moro até hoje e de onde dificilmente sairei.
Genésio do Junco nasceu em 20/10/1924 e faleceu em
5/06/2005, antes de completar 81 anos de idade. Sofreu um
infarto em 28 de maio, quando trabalhava normalmente, como
fazia todos os dias. Foi levado à Teresina pelo Genésio Júnior e
não retornou ao seu lar. Acho que a morte da minha irmã
Histórias de Família 271
Manelito Sousa

contribuiu para agravar o problema cardíaco do nosso pai, pois


lembro que ele nunca mais foi o mesmo e sempre que falava
no assunto, dizia que era contra a natureza, pai enterrar filho.
Na última semana de vida esteve sempre rodeado pela
família e conversou, reservadamente, com cada um dos filhos e
também com a nossa mãe. Ficou hospitalizado entre 28/5 e
5/6/2005 e cada dia um ou dois dos filhos dormia com ele no
hospital. No dia cinco, coube ao meu irmão Salomão dormir
com ele e, cedo da manhã do dia seguinte, ligou-me pedindo
que eu fosse ao hospital para rendê-lo, pois estava muito
cansado. Quando cheguei ao hospital meu pai estava muito
abatido, pois havia sofrido dois infartos consecutivos, motivo
pelo qual meu irmão havia me apressado. Falei com o médico
que, depois de receitar alguns medicamentos para o
tratamento, liberou nosso pai. Achei estranho devido ao estado
em que ele se encontrava, mas depois entendi o procedimento
do médico, pois meu pai não tinha muito tempo de vida.
No caminho entre o hospital e a casa de nossa irmã
Adélia, perguntei se ele tinha medo da morte. Ele respondeu
que não, pois estava preparado e tinha vivido a melhor vida
que um homem da sua época desejaria viver e sentia-se um
homem realizado e poderia morrer em paz. Disse que deixava
uma família unida e organizada o que lhe dava mais segurança.
De fato, meu pai pregava muito a união da família e costumava
dizer que uma família unida vence todas as adversidades.
Um dia antes de sua morte, num sábado pela manhã,
estávamos no hospital, eu, papai e nosso irmão mais velho,
quando o Genésio Júnior chegou dizendo: “hoje amanheci com
o vendedor aberto, pois me fizeram proposta de compra em
meu carro (uma D20 cabine dupla) e no terreno do bairro Saci,
ambos no preço adequado.” Nosso pai olhou pra ele, pensou
um pouco e disse: “pois se quiser venda o carro, mas o terreno
é bom não vender. O sol nasce para quem compra e se põe
272 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

para quem vende. O carro você compra outro na hora que


quiser, mas o terreno com aquela localização é muito mais
difícil.” A moral da história é que o Genésio Júnior vendeu o
carro e, anos depois, construiu uma ótima casa no terreno,
onde mora até hoje.
No domingo, depois de almoçarmos na casa da nossa
irmã Adélia, ele chamou o Erinha (nosso irmão mais velho) e
disse a ele para ir comigo ao Junco, dar direção em alguns
assuntos pendentes e mandou que voltássemos no dia
seguinte, pois naquela semana queria todos nós por perto. Eu
e o Erinha viajamos para cumprir as ordens do nosso pai e
também o Genésio Jr., que tinha algumas coisas pra resolver
em Várzea Grande. Deixamos o Genésio na cidade e quando
estávamos chegando ao Junco, em nossa propriedade, falei ao
meu irmão que na semana seguinte quando estivéssemos
chegando com nosso pai, ele ficaria muito alegre. Meu irmão
olhou-me e falou que papai havia nos enviado naquela viagem
para preparar o enterro dele, pois os infartos sucessivos
estavam-no matando e que nosso pai não duraria mais uma
semana. Senti um tremendo choque com essas palavras, pois
apesar de saber da gravidade, pensava que nosso pai ainda
teria uma sobrevida de pelo menos uns seis meses. Logo que
chegamos ao Junco recebemos a notícia de sua morte, ocorrida
por volta das 17 horas daquele domingo em Teresina.
O velório de Genésio do Junco foi o maior em
participação popular já visto naquela região. A família
compareceu em peso e vieram parentes e amigos de várias
cidades do Estado. Pessoas mais observadoras asseguraram
que quando os primeiros carros chegaram ao cemitério
“Caminho Bom”, distante 1,5 km de nossa casa, os últimos
ainda não haviam saído de nossa casa.
Segue a descendência de Genésio do Junco e Teresa:
Histórias de Família 273
Manelito Sousa

 GENÉSIO PEREIRA DE SOUSA (Genésio do Junco)


(20/10/1924-5/6/2005) casou com TERESINHA MARIA DE
SOUSA (Teresa) (13/2/1933):

(1)
FRANCISCA MARIA DE SOUSA LEITE (Didi);
(2)
TERESINHA DE SOUSA BRANDÃO (Tetê);
(3)
ANTÔNIO PEREIRA DE SOUSA (Erinha);
(4)
MARIA FRANCISCA DE SOUSA CARVALHO (Baía);
(5)
JESUÍNA MARIA DE SOUSA (Zuína);
(6)
RAIMUNDO PEREIRA DE SOUSA (Raimundinho);
(7)
SALOMÃO PEREIRA SOBRINHO (Saló);
(8)
MANOEL PEREIRA DE SOUSA (Manelito);
(9)
ADÉLIA MARIA DE SOUSA SANTOS;
(10)
GENÉSIO PEREIRA DE SOUSA JÚNIOR.

(1)
1. FRANCISCA MARIA DE SOUSA LEITE (Didi) (2/12/1952-
22/10/2003) casou com JOSÉ DE SOUSA LEITE (20/10/1944):

(1)
1.1. Ricardo de Sousa Leite (29/11/1981) casado com
Layane Francilino de Souza Leite (3/9/1987):
(1)
1.1.1. Helena Francilino de Sousa Leite (3/6/2013).
274 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

(1)
1.2. Nayra de Sousa Leite (14/12/1982);
(1)
1.3. Ronaldo de Sousa Leite (29/6/1987).
Didi e Zé Leite
A Didi começou a trabalhar muito cedo para ajudar
nosso pai na difícil tarefa de criar e educar uma família
numerosa. Teve seu primeiro emprego com quatorze anos,
como secretária de Antônio Francisco de Sousa (Ioiô) na cidade
de Várzea Grande. Aos dezenove anos mudou-se para
Teresina, com nossa irmã Tetê, para prosseguirem com os
estudos, pois haviam concluído o Ginásio e na Várzea Grande
não tinha ensino médio. Dois anos mais tarde assumiu a
responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos que também
se mudaram pra Teresina. Trabalhou de 1974 a 1981 na
Fundação Cultural do Piauí, deixando o emprego quando casou
e mudou-se para Brasília. Em Brasília, juntamente com o
esposo Zé Leite era comerciante no ramo de armarinho, até
sua morte em 2003. Até hoje seu marido, já aposentado,
possui uma loja de aviamentos e produtos para costureiras na
cidade satélite de Ceilândia, em Brasília-DF.
Ricardo
Graduado em Processamento de Dados na UCB-
Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em
“Qualidade e Teste de Software” pela UNIEURO–Universidade
Euro Americana de Brasília. Trabalhou em multinacionais como
a indiana Tata Consultancy Services, a americana IBM
Tecnology e na Brasil Telecom. Atualmente trabalha no
Instituto de Pesquisas Eldorado onde é líder técnico em
qualidade de softwares.
Nayra
Graduada em Direito na UCB-Universidade Católica de
Brasília e tem pós-graduação em “Direito Penal e Processual
Histórias de Família 275
Manelito Sousa

Penal” pela Faculdade Estácio de Sá. Atua como advogada com


foco nas áreas cível e direito de família.
Ronaldo
Graduado em Administração de Empresas com foco em
Logística na UCB – Universidade Católica de Brasília. Trabalhou
em diversas empresas do ramo, tais como TAESA, Brasil
Telecom e VTCLOG.

(1)
2. TERESINHA DE SOUSA BRANDÃO (Tetê) (3/07/1954)
casou com FRANCISCO DE ASSIS BRANDÃO (23/10/1951-
8/2/2008):
(1)
2.1. Julyana Teresa de Sousa Brandão (4/6/1978);
(1)
2.2.Renata Flávia de Brandão Moreira (6/10/1980)
casada com Antônio Moreira da Silva Filho (Filho)
(28/8/1974):
(1)
2.2.1. Maria Luísa Brandão Moreira (14/1/2006);
(1)
2.2.2. Maria Clara Brandão Moreira (25/9/2010).
(1)
2.3. Francisco de Assis Brandão Filho (13/5/1988).
Tetê e Brandão
Casaram-se em 1977 e iniciaram a vida trabalhando
numa pequena mercearia que, com o passar do tempo, evoluiu
para um mercadinho. Além da bodega, Brandão trabalhava
como representante comercial atendendo principalmente o
vizinho estado do Maranhão. Com o crescimento do comércio,
resolveu abandonar a atividade de representante comercial
para cuidar do seu próprio comércio.
A casa do Brandão sempre foi o ponto de apoio da
família e ele, a pessoa mais disponível que conheci. Sua casa
vivia cheia de pessoas da Várzea Grande, encaminhada por
nosso pai, que sempre trabalhou em política e depois pelo
276 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

Genésio Júnior que também seguiu nessa atividade. O Brandão


nunca se aborrecia em ajudar, levando pessoas para médicos,
para resolver problemas na no centro da cidade, enfim, fazia
tudo para agradar a todos. Mesmo nossa família o ocupa muito
e ele estava sempre pronto a servir.
Viveram do comércio por 32 anos, criaram e educaram
os três filhos até encerrarem as atividades em função de
trágico incidente em que o Brandão foi assassinado por um
bandido, no seu mercadinho no Parque Piauí em Teresina.
Julyana
Graduada em Direito, pós-graduada em “Gestão
Municipal” na UFPI–Universidade Federal do Piauí e
especializada em “Direito Público” pela Faculdade Anhanguera.
Foi Vice Prefeita de Várzea Grande-PI entre 2004 e 2008.
Trabalha na ECT–Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e
atualmente reside em Brasília-DF.
Renata
Graduada em História na UESPI – Universidade Estadual
do Piauí. Atualmente administra o condomínio onde mora e
cuida das duas filhas.
Filho
Graduado em Ciências da Computação na UESPI –
Universidade Estadual do Piauí e pós-graduado em Tecnologias
para Web na UFPI – Universidade Federal do Piauí, além de
especialização em Controle Externo na FACID. A seguir suas
principais atividades profissionais:
 Programador de computação no Grupo Claudino;
 Diretor de informática do Hospital São Marcos;
 Auditor de Controle Externo – Área TI, do Tribunal de
Contas do Estado do Piauí;
Histórias de Família 277
Manelito Sousa

 Diretor de informática do Educandário Santa Maria Goretti


em Teresina-PI.
Brandão Filho
Graduado em Direito no CEUT – Centro Educacional
Unificado de Teresina. Atualmente trabalha como assessor
jurídico no gabinete do Deputado Firmino Paulo, na Assembleia
Legislativa do Estado do Piauí.

(1)
3. ANTÔNIO PEREIRA DE SOUSA (Erinha) (19/9/1955)
casado com MARIA DE FÁTIMA VIEIRA DE SOUSA (3/8/1983):
(1)
3.1. Genésio Pereira de Sousa Neto (12/4/2008);
(1)
3.2. Sara Pereira de Sousa (11/1/2012).
Erinha
Abandonou os estudos quando concluiu o primeiro ano
do ensino médio, para aventurar-se em São Paulo onde
trabalhou por dois anos entre 1974 e 1976. Voltou ao Piauí em
função de problemas de saúde de nosso pai, onde ficou até
1981, cuidando de nossa propriedade. Em 1981, voltou a São
Paulo e passou mais um ano, retornando à terra natal e
fixando moradia no Junco. É produtor rural e está no terceiro
mandato de Vereador do município de Várzea Grande–PI.
Todos os seus mandatos foram na oposição e é tido como o
mais atuante dos vereadores. Mora no Junco até hoje, com sua
família e nossa amada mãe.

(1)
MARIA FRANCISCA DE SOUSA CARVALHO (Baía)
4.
(11/1/1957) casada com JOSÉ RIBEIRO DE CARVALHO (Lula)
(29/11/1952):
(1)
Fernanda de Sousa Carvalho (11/4/1981) casada
4.1.
com Cleiton Gonçalves Oki de Brito (13/11/1978):
278 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

(1)
4.1.1. Artur Carvalho Oki de Brito (3/8/2015).
(1)
4.2. Eduardo de Sousa Carvalho (10/11/1983) casado
com Flávia Angélica de Sousa Carvalho (24/9/1983).
Baía
Concluiu o ensino médio e foi trabalhar na prefeitura de
Várzea Grande. Casou em 1979 e mudou-se para Brasília, onde
mora até hoje. Trabalhou por alguns anos no Banco de Crédito
Real de Minas Gerais e quando o referido banco foi incorporado
ao Bradesco, deixou de trabalhar e passou a cuidar da
educação dos filhos.
Lula
Trabalhou em diversas empresas do ramo financeiro, tais
como ASBACE e Banco de Crédito Real de Minas Gerais.
Atualmente está aposentado e mora em Brasília-DF.
Fernanda
Graduada em Ciências Contábeis na UnB – Universidade
de Brasília. Trabalhou no Banco Regional de Brasília, Banco do
Brasil e atualmente trabalha MPDFT – Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios, chefia de gabinete da PGJ em
Brasília-DF.
Eduardo
Graduado em Matemática na UnB–Universidade de
Brasília e pós-graduação em “Gestão Pública” com ênfase em
“Contratos e Licitações” pela ESAD–Escola de Administração e
Negócios. Trabalha desde os 18 anos de idade no Banco do
Brasil, lotado atualmente na Diretoria de Infraestrutura
Suprimentos e Patrimônio.

(1)
5. JESUÍNA MARIA DE SOUSA (Zuína) (15/4/1958 -
5/2/1990).
Histórias de Família 279
Manelito Sousa

A Zuína, como a chamávamos, teve uma febre muito


forte aos 28 dias de nascida, que provocou muitas convulsões,
e a partir daí passou a ter convulsões constantemente, mesmo
sem sintomas de qualquer outra enfermidade. Nosso pai
procurou tratamento para nossa irmã, porém sem muito
sucesso. Quando chegou aos 13 anos de idade os problemas se
agravaram, visto que não entrou na puberdade.
Era uma menina linda e mesmo com seus problemas,
era alegre e divertida. Assim como todos nós, frequentou a
escola desde pequena, mas nunca apresentou desenvolvimento
escolar, porque não se dedicava aos estudos e só fazia o que
gostava. Contudo, era inteligente e aprendia tudo que lhe
convinha. Adorava cantar e aprendia todas as músicas que
escutava em seu rádio de pilha. Em razão da doença, era muito
mimada e nosso pai que sempre fui muito severo em nossa
educação, nunca a repreendia, nem submetia a qualquer tipo
de castigo.
Até o início da puberdade ninguém notava qualquer
problema físico, mas a partir dos 13 anos, começaram a
aumentar as convulsões e com o passar do tempo foi perdendo
a mobilidade e faleceu em fevereiro de 1990.
280 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

(1)
6. RAIMUNDO PEREIRA DE SOUSA (12/8/1959 - 9/6/1964).

Aos quatro anos de idade foi acometido de infecção


intestinal que provocou rápida e irreparável desidratação.
Morávamos no povoado Junco, distante de médicos, e nosso
pai recorreu a um farmacêutico na cidade de Várzea Grande,
mas os medicamentos não surtiram efeito e nosso irmãozinho
veio a falecer no dia seguinte aos primeiros sintomas da
doença. Foi a primeira grande perda de nossa família e minha
mãe sofreu demais com morte do filhinho.

(1)
7. SALOMÃO PEREIRA SOBRINHO (Saló) (6/11/1960) casado
com JOELMA LESSA SOBRINHO (10/2/1975):
(1)
7.1. Ayla Sâmia Lessa Sobrinho (3/9/1993).
Saló
Graduado em Comunicação Social na UFPI-Universidade
Federal do Piauí, com especialização em “Oratória e Marketing
Pessoal” pela Confederação dos Dirigentes Lojistas. Trabalha
na AGESPISA – Águas e Esgotos do Piauí S.A, no cargo de
assessor de comunicação. Na sua vida profissional desenvolveu
as seguintes atividades:
 CETEL - Centro Piauiense de Tele-educação (Rádio Antares)
onde exerceu os cargos de produtor e apresentador de
programas radiofônicos.
 Jornais “O Dia” e “Diário do Povo”, nos cargos de redator,
colunista (colunas roda viva e abertura) e editor de política,
repórter setorialista, colunista (coluna em tempo), repórter
e editor de política.
 TV Rádio Clube de Teresina nos cargos de editor de texto e
editor de telejornal - Piauí TV 2ª edição.
 Secretário de Administração de Várzea Grande - PI;
Histórias de Família 281
Manelito Sousa

 Secretário Adjunto de comunicação da Prefeitura de


Teresina-PI;
 Secretário de comunicação da prefeitura de Teresina-PI por
duas vezes;
 Assessor de Imprensa do Diretório Regional do PSDB–PI;
 Assessor de Imprensa da Fundação Municipal de Saúde da
Prefeitura de Teresina-PI.
 Secretário de governo da prefeitura de Teresina-PI;
 Assessor Especial da Secretaria de Planejamento da
Prefeitura de Teresina - PI e Assessor de Comunicação da
Fundação Municipal de Saúde da Prefeitura de Teresina-PI.
Joelma
Graduada em Pedagogia na UFPI–Universidade Federal
do Piauí e em Ciências Contábeis pela UESPI – Universidade
Estadual do Piauí. Trabalha na prefeitura de Teresina-PI.
Ayla
Graduada em Direito na Faculdade Santo Agostinho.
Mora em Teresina-PI.

(1)
8. MANOEL PEREIRA DE SOUSA (Manelito) (17/6/1962)
casado com HERCÍLIA MARIA ALVES BARBOSA (15/9/1969):
(1)
8.1. Matheus Ian Castro Sousa (6/8/1994);
(1)
8.2. Manuella Castro Sousa (18/11/1998).
Manelito
Graduado em Ciências Contábeis na UnB – Universidade
de Brasília, pós-graduado em Contabilidade Gerencial na UnB;
especialização em Perícias Contábeis na UNEB – DF e MBA em
Administração Financeira na USP – Universidade de São Paulo.
Trabalhou por 28 anos no ramo financeiro no Banco de Crédito
Real de Minas Gerais e Banco do Brasil. A seguir as principais
atividades desenvolvidas na vida profissional:
282 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

 Trabalhou por 21 anos consecutivos na Diretoria de Crédito


do Banco do Brasil, em duas gerências: GERIS - Gerencia
de Desenvolvimento de modelos de “Risco de Crédito”, que
tinha por objetivo o desenvolvimento de modelos de risco
para análise de crédito a clientes e na GEPRO - Gerencia de
Elaboração e Análise de Projetos de Investimentos, que
tinha por fim analisar a viabilidade econômico-financeira de
projetos apresentados por empresas na busca por
financiamentos bancários;
 Desenvolveu a atividade de docência na UNIBB, como
educador corporativo e desenvolvedor de cursos durante 18
anos, ajudou a desenvolver e ministrou aulas nos cursos:
ANFIC – Análise Financeira do Crédito e ANPRE – Análise de
Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos Rurais e
Empresariais;
 Professor nas faculdades UNEB, UNIPLAC, UNIEURO, e
AEUDF, nas disciplinas: Contabilidade de Custos, Análise de
Custos, Avaliação Econômica de Projetos, Contabilidade
Gerencial e Análise Econômico Financeira de Empresas.
 Aposentou no Banco do Brasil em julho de 2015 e
Atualmente presta consultoria financeira para empresas dos
diversos segmentos econômicos, realizando diagnóstico
financeiro e elaborando projetos de viabilidade econômico-
financeira para captação de financiamentos junto à rede
bancária.
Hercília
Graduada em Direito na UFPI - Universidade Federal do
Piauí e pós-graduada em Administração Judiciária pela FGV–
Fundação Getúlio Vargas. Trabalha no TRT 10.ª Região, onde
foi por vários anos chefe do Departamento de Licitações e
Contratos daquele órgão. Atualmente presta serviços como
assessora na Corregedoria do TRT.
Histórias de Família 283
Manelito Sousa

Matheus Ian
Graduado em Engenharia Civil e mestrando em
“Construção Civil” na UnB–Universidade de Brasília. Durante a
graduação participou do Programa Ciências Sem Fronteiras do
governo federal, pelo qual cursou dois semestres na Purdue
University em Indiana (EUA). Mora em Brasília-DF.
Manuella
Cursando Medicina na UnB – Universidade de Brasília.

(1)
9. ADÉLIA MARIA DE SOUSA SANTOS (10/2/1964) casada
com LUÍS AMÉRICO DOS SANTOS (1º/11/1964):
(1)
Francisco Felipe de Sousa Santos (26/9/1985)
9.1.
casado com Daniele Lustosa Said Santos (16/11/1985);
(1)
9.2. Luís Vitor de Sousa Santos (28/11/1989).
Adélia
Concluiu curso técnico de Contabilidade na Escola
Técnica Federal do Piauí e concilia as atividades domésticas
com trabalho no escritório de contabilidade do esposo Luís
Américo. O escritório é especializado em contabilidade do setor
público e de empresas de saúde. Mora em Teresina – PI.
Luís Américo
Graduado em Ciências Contábeis no CESVALE – Centro
de Ensino Vale do Parnaíba e pós-graduado em Controle e
Gestão Pública pelo CEUT – Centro de Ensino Unificado de
Teresina. Principais atividades desenvolvidas na vida
profissional:
 Trabalhou no ramo contábil desde a adolescência. Iniciou no
escritório onde também trabalhava seu irmão Manoel e,
posteriormente em escritório do próprio irmão;
284 Capítulo 10 - Família de Genésio Pereira de Sousa (Genésio do Junco) e
Teresinha Maria de Sousa (Teresa).

 Estabeleceu-se com escritório próprio no ano de 1997,


especializado em Contabilidade Pública (prefeituras e
câmaras municipais) e empresas na área de saúde.
 Foi diretor administrativo e financeiro do HCT–Hospital das
Clínicas de Teresina por 18 anos, atividade que conciliava
com seu escritório de contabilidade, que gerenciava a parte
contábil do dito hospital.
Felipe
Graduado em Direito no CEUT – Centro de Ensino
Unificado de Teresina e pós-graduação em Direito Eleitoral.
Felipe e o irmão Vitor são sócios em um escritório de advocacia
especializado em Direito Eleitoral e Direito Público. Mora em
Teresina–PI.
Luís Vitor
Graduado em Direito na FACID – Faculdade Integral
Diferencial e pós-graduado em Direito Público com ênfase em
Gestão Pública, pelo Instituo Damásio.
(1)
10. GENÉSIO PEREIRA DE SOUSA JÚNIOR (18/2/1968)
casado com LAURA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUSA (9/9/1976):
(1)
10.1. Maria Teresa Ribeiro Pereira de Sousa (13/1/2003).
Laura Márcia tem outras duas filhas do primeiro casamento:
(1)
10.2. Lauriane de Sousa Coelho Silva;
(1)
10.3. Mohara Laís de Sousa Coelho Silva.
Genésio Jr.
Graduado em Direito e pós-graduação em “Gestão
Municipal” na UFPI–Universidade Federal do Piauí. A seguir
destacam-se as principais atividades profissionais:
 FETAG – Federação dos Trabalhadores da Agricultura
(Seção do Piauí);
Histórias de Família 285
Manelito Sousa

 STR - Sindicato de Trabalhadores Rurais de Altos-PI; do


SENAI–Serviço Nacional da Indústria, do Sindicato dos
Gráficos do Piauí e do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí;
 Prefeito do município de Várzea Grande por dois mandatos
entre janeiro de 1996 a dezembro de 2003;
 Advogado das prefeituras e/ou câmaras municipais de Barra
D’Alcântara-PI, Altos-PI, Várzea Grande-PI e Tanque do
Piauí-PI, entre 2004 e 2014;
 Exerce advocacia, atuando desde 1992 nas áreas Cível,
Trabalhista e Previdenciária.
Márcia
Graduada em Letras e Educação Física pela UFPI–
Universidade Federal do Piauí. Trabalha há vários anos como
chefe de gabinete do deputado Luciano Nunes.

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