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MEMORIAL DESCRITIVO

Instalação de um setor de avicultura de corte


para suporte às atividades de pesquisa do
Departamento de Zootecnia da UFSJ

ZOOTECNIA EM CAD
Consultoria e Projetos LTDA.

Responsável
Prof. Hewerson – Zootecnia em CAD

Solicitante:
Departamento de Zootecnia da UFSJ

Janeiro de 2021
I – CARACTERÍSTICAS GERAIS
(Dizer, de forma bem sucinta, do que se trata a instalação. Por exemplo: “Esta instalação destina-se a construção de
um galpão para...” ou “O objetivo deste projeto é detalhar uma instalação para...” ou “Este projeto visa a construção de
uma instalação para...”. Informar detalhes da arquitetura do projeto (leiaute) como, por exemplo, se terá corredor
central/de serviço, depósito de ração, silo, banheiro para funcionários, escritório, calçadas, etc. Descrever a disposição
da instalação e de seus cômodos ou elementos deixando claro para o cliente como será o seu funcionamento (30
linhas de texto, no máximo). Não mencionar medidas ou cálculos. Em geral, é a última parte do memorial que será
escrita).

Este projeto destina-se à instalação de um galpão com capacidade para 1000


frangos de corte para dar suporte às atividades de pesquisa em avicultura do
Departamento de Zootecnia, conforme demanda contratada.
O galpão contará com um setor de produção e um setor de apoio. Os
pilaretes do galpão serão utilizados para segmentar o setor de produção. O setor de
apoio será formado por cômodo para lavagem de vasilhames, escritório que pode
ser convertido em uma pequena sala de aula, banheiro masculino e feminino,
depósito e um laboratório de pesquisa.
Uma das especificidades do projeto é a existência de um corredor central no
setor de produção, algo incomum em instalações de frango de corte, mas que fora
solicitado pelo cliente. Esse corredor servirá para o trânsito de professores, técnicos e
alunos e permitirá a divisão do setor de produção em boxes separados por telas ou
anteparos de madeira. Esses boxes poderão abrigar os frangos em suas diversas
fases e permitir a realização de experimentos.
A porta de entrada do galpão será de correr. A porta no final do corredor será
de duas bandeiras. Uma entrada independente foi criada no escritório pelo lado de
fora do galpão. Assim, não será preciso cruzar toda a área de produção para ter
acesso ao setor de apoio.
O depósito e o cômodo de lavagem, bem como as respectivas portas, serão
instalados mais próximos ao setor de produção, visando diminuir o deslocamento dos
funcionários.
A colocação de um beiral e uma calçada ao redor do galpão diminuirá a
penetração de umidade no interior do ambiente.
Todos esses detalhes foram acertados no momento da contratação da
Zootecnia em CAD Consultoria e Projetos Ltda.

II – DETALHES CONSTRUTIVOS
(Informar a orientação da instalação, o tipo fundação, detalhes de pilaretes, alvenaria (tipo de tijolo, paredes e
muretas), revestimento, tipo de tela ou arame para cerca, tipo de piso, inclinação, tipo de telhado/telha, inclinação do
telhado, beirais, calçadas, localização da caixa d’água, esquadrias, entre outros.)

2.1 – Orientação
O galpão será orientado no sentido leste-oeste. A sudeste, recomenda-se a
composição de uma mata para diminuir os efeitos de ventos frios provenientes do sul.

2.2 – Estruturas
Serão utilizadas sapatas isoladas cúbicas 0,30 m  0,30 m  0,30 m, ou
conforme especificação do engenheiro, em concreto armado.
As sapatas serão interligadas por vigas baldrames de perfil quadrado com
0,25 m  0,25 m para dar suporte às paredes e muretas. Toda infraestrutura deverá
ser impermeabilizada com vedacit e neutrol ou equivalentes.
Os pilaretes ou colunas (perfil quadrado, 0,20 m  0,20 m, concreto armado),
ficarão aparentes. No setor de produção, a distância entre pilaretes não deverá ser
superior a 3,00 m. No restante da instalação, as colunas serão locadas, inicialmente,
nas extremidades e, em seguida, nas quinas internas de cada cômodo, respeitando-se

1
a distância máxima de 5,00 m entre pilaretes em um vão de parede, ou conforme
indicação do engenheiro. A instalação contará, ainda, com duas fileiras de esteios
centrais (perfil quadrado, 0,20 m  0,20 m, concreto armado) nas muretas do corredor
central para sustentação do telhado.
Uma viga de 0,20 m  0,20 m fará a amarração de toda a estrutura. O setor de
apoio deverá contar com uma laje maciça de 10 cm de espessura, com resistência
especificada pelo engenheiro. No setor de produção, não haverá laje. Dessa forma, o
telhado, feito com tesouras, será aparente, permitido a instalação de um forro de
polipropileno e servindo de suporte para os ventiladores.

2.3 – Pisos e revestimentos


Ao redor de toda instalação haverá uma calçada com 0,80 m de largura e
0,10 m de espessura com inclinação de 1% em direção à área externa.
Toda a instalação estará elevada em 0,18 m em relação à calçada externa. O
piso no setor de produção será em concreto simples com 8 cm de espessura e
alisado com argamassa no traço 1:3. A declividade será de 2,0% em direção às
valetas coletoras localizadas próximas às muretas externas, com 10 cm de
diâmetro, confeccionadas no próprio piso e protegidas com grelha. O piso da área de
produção será coberto por uma cama de fita de madeira com espessura de 15 cm.
Nos cômodos do setor de apoio, o contra-piso terá uma espessura mínima
de 8 cm com inclinação de 1% em direção aos ralos coletores. Serão colocados
pisos cerâmicos 0,54 m  0,54 m. Os revestimentos de paredes serão cerâmicos com
0,20 m  0,20 m até o teto no laboratório, banheiros e cômodo de lavagem de
utensílios.

2.4 – Paredes e muretas


As paredes internas e externas terão 20 cm de espessura. Para isso, serão
utilizados blocos cerâmicos 14  19  29 rebocados. As muretas terão 15 cm de
espessura e 0,60 m de altura, sendo feitas de blocos de concreto 14  19  39 que
ficarão aparentes. Todas as paredes sem revestimento cerâmico e muretas receberão
uma demão de selador e serão pintadas em tinta acrílica branca fosca de boa
qualidade. No meio de cada mureta e a 20 cm acima da calçada serão afixados
ganchos feitos com vergalhão de 10 mm para fixação das cortinas na lateral externa
do galpão.

2.5 – Cobertura
(Observação: para telha francesa, considerar o texto azul. Para telha de fibrocimento, considerar o texto vermelho.)

O telhado será em duas águas com tesouras apoiadas sobre as vigas no


setor de produção e sobre uma laje maciça no setor de apoio. A inclinação será de
35%. A distância entre tesouras não deverá ser superior a 3,0 m, coincidido com a
distância entre os pilaretes do setor de produção. Para melhor conforto térmico, serão
utilizadas telhas francesas. Para reduzir os custos da obra, serão utilizadas telhas de
fibrocimento pintadas de branco em sua face externa para melhor conforto térmico
dentro do ambiente. Por baixo das telhas, será utilizado uma manta de subcobertura
aluminizada. Por se tratar de uma região de clima ameno, o lanternim não será
empregado. Haverá a existência de um beiral nas laterais do galpão com 1,50 m de
comprimento, seguindo a inclinação do telhado e um beiral com 1,00 m em cada oitão
do galpão.

2.6 – Fechamento lateral


Os vãos na área de produção serão fechados por lonas montadas com
mecanismo graduador de abertura. Para melhor estabilidade das cortinas, as mesmas

2
serão transpassadas, horizontalmente, por ripas de madeira a cada 0,50 m de altura.
Todos os vãos e janelas serão telados com tela pinteiro.

2.7 – Instalações hidráulicas


Segundo Fairchild e Czarick, o consumo de água pode chegar a 350 l diários
para um lote com 1000 frangos de corte, para animais em fase adulta. Como não se
conhece a regularidade do fornecimento de água na região, serão instaladas duas
caixas d´água de 1000 l (h = 0,97 m e  = 1,52 m) montadas próximas aos banheiros
sobre a laje do setor de apoio. Essas dimensões e o posicionamento das caixas não
irão interferir na montagem do telhado ou na manutenção das mesmas.
A quantidade de água deverá ser suficiente para atendimento do setor de
produção, dos banheiros, do cômodo de lavagem e do laboratório. O galpão contará
com pontos de água na parte externa e interna. O cômodo de lavagem de
vasilhames contará com duas pias com bojo duplo em granilite, ralo para coleta de
águas servidas e balcões em duas paredes adjacentes. Os banheiros contarão com
vaso sanitário e pia, além de ralo. No laboratório serão instaladas duas pias com bojo
duplo em aço inox e balcões em duas paredes adjacentes além de uma mesa central.

2.8 – Esquadrias
A relação de esquadrias encontra-se detalhada na Tabela 2.1. Todas as
janelas contarão com proteção telada.

Tabela 2.1 – Relação de esquadrias da obra.


QTD Largura Altura Peitoril
Esquadria Tipo Material
. (m) (m) (m)
Porta dos cômodos Simples Madeira
7 0,80 2,10 -
(prancheta)
Porta entrada Dupla Metalon (de correr)
1 2,00 2,50 -
galpão
Porta final corredor Dupla Metalon 1 1,80 2,50 -
Janela Banheiro Máximo Metalon
2 1,50 0,50 1,80
ar
Janela Depósito De correr Metalon 2 2,00 1,20 0,90
Janela Laboratório De correr Metalon 2 2,00 1,20 0,90
Janela Escritório De correr Metalon 2 2,00 1,20 0,90
Janela Lavagem De correr Metalon 2 2,00 1,20 0,90

2.9 – Equipamentos
Na entrada do aviário e no acesso aos cômodos serão instalados um pedilúvio
de 1,40 m  0,50 m na porta principal e outro na porta entre o setor de apoio e de
produção.
Uma linha de bebedouros do tipo nipple com taça será instalada passando por
todos os boxes, sendo 10 bebedouros por box. Para alimentação das aves serão
colocados comedouros tubulares reguláveis em altura sendo 3 em cada box (Atenção:
em geral, os equipamentos não são desenhados na planta baixa. Em arquitetura,
costuma-se fazer uma planta à parte com a disposição dos móveis e/ou
equipamentos. Em zootecnia, pode-se fazer uma planta à parte com a disposição dos
equipamentos e outra para iluminação).
No cômodo de lavagem deverá ser instalada uma caldeira que constituirá o
sistema de aquecimento do aviário e, ao mesmo tempo, poderá fornecer água quente
para lavagem dos vasilhames.
O galpão contará ainda com duas linhas de ventiladores distribuídas ao
longo da instalação, conforme indicação do fabricante.

3
III – DIMENSIONAMENTO
(Neste item, deixar claro como foram feitos todos os cálculos para o setor de produção em função da quantidade de
animais (galpão, piquetes, baias, gaiolas...). Mostrar como foram determinados o comprimento e a largura do galpão.
Indicar o pé-direito. As dimensões de escritórios, banheiros, sala de ração entre outros, devem estar indicados.
Calcular o dimensionamento do telhado (inclinação, beiral, projeção). Deixar claro como foi feito a distribuição de
pilaretes no setor de produção, se for o caso, ou de mourões em cercas. Apresentar pequenos esboços ao longo do
documento).

3.1 – Setor de produção


A recomendação para uma instalação de frangos de corte em uma região de
clima ameno é que o setor de produção tenha uma densidade entre 10 a 14 aves/m 2.
Prevendo-se uma eventual expansão do empreendimento (já manifestada pelo
cliente), para efeito dos cálculos será adotada a densidade inicial de 8 aves/m2.
Neste caso, teremos:

8 aves  1,00 m2


1000 aves  ÁreaProdução

ÁreaProdução = 1000 aves  1,00 m2 / 8 aves = 125,00 m2


Para se evitar reforços na estrutura do telhado, a largura interna do galpão
será fixada em 10,00 m. Em função da largura, o pé-direito será de 3,50 m.
O corredor central, solicitado pelo cliente, terá 2,00 m de largura interna e
2,40 m de largura externa (considerando-se 0,20 m de espessura dos pilaretes ou
esteios centrais de cada mureta nas laterais do corredor). O corredor irá dividir o setor
de produção em duas áreas iguais com (10,00 – 2,40) / 2 = 3,80 m de largura cada
(Setor de Produção 01 e Setor de Produção 02). Cada setor deverá ter (125,00 m 2)/2 =
62,50 m2 de área para acomodação dos frangos na densidade especificada. Neste
caso, o comprimento do galpão será determinado por:

ÁreaProdução 01 = LarguraProdução 01  ComprimentoProdução 01


62,50 m2 = 3,80 m  ComprimentoProdução 01
ComprimentoProdução 01 = 62,50 m2/3,80 m = 16,44 m

Para este projeto, será adotado, então, um comprimento interno de 17,00 m.


Um esboço da área interna do setor de produção é mostrado na figura abaixo:

Setor de Produção 01
10,0

Corredor central

Setor de Produção 02

17,0

Figura 3.1 – Esboço da área interna do setor de produção

3.2 – Setor de apoio


A largura do galpão e o corredor central serão aproveitados para a distribuição
dos cômodos solicitados, sendo:

4
1. cômodo de lavagem;
2. escritório;
3. banheiros para funcionários (masculino e feminino);
4. depósito;
5. laboratório.

O cômodo para lavagem e o depósito ficarão um frente ao outro, próximos ao


setor de produção, com 3,80 m  4,50 m de medida interna cada um. Em seguida, um
banheiro masculino e outro feminino, com 3,00 m  2,00 m. O corredor do setor de
apoio terá 2,00 m  (4,50 + 0,2 + 2,00) = 6,70 m e terminará nas portas de acesso ao
escritório e ao laboratório que terão 4,90 m  4,50 m cada. O tamanho dos cômodos
foi aprovado pelo cliente. Um esboço dessa disposição, desprezando-se a espessura
das paredes é mostrado na figura abaixo:

WC
Masc.
00

Lavagem
3,

3,80

Área de produção 02
3,80
utensílios
4,90

Escritório
10,00

2,00

Corredor central

Laboratório
4,90

Depósito
3,80

Área de produção 01
3,80
00
3,

WC
Fem.
4,50 2,00 4,50 17,00

Figura 3.2 – Esboço do galpão desprezando-se as espessuras de paredes.

A área total do galpão, considerando-se as espessuras de colunas e


paredes é a seguinte:

ÁreaTotal = LarguraExterna  ComprimentoExterno = (0,20 + 10,00 + 0,20) m  (0,20 + 17,00 +


0,20 + 4,50 + 0,20 + 2,00 + 0,20 + 4,50 + 0,20) m = 10,40 m  29,00 m = 301,60 m2.

ATENÇÃO: para desenhar o galpão no AutoCAD, utilize as medidas de largura e


comprimento externos acima para fazer o retângulo do galpão na camada alvenaria
em corte nos pontos (0, 0) e (29, 10.4). Em seguida, faça um deslocamento de
0,20 m (espessura da coluna) para dentro do retângulo. Aproveite para já fazer a
calçada e a projeção do telhado com o comando deslocamento.

Observação: caso seja necessária a expansão da unidade, para uma área de


produção com 125,00 m2, elevando-se a densidade de 8 para 10 aves/m2, será
possível a criação de até 1250 aves (25% de acréscimo em relação à densidade de 8
aves/m2). Retirando-se o corredor central, a área passa a 170,00 m2, o que, para uma
densidade de 10 aves/m2 implicará em uma produção de 1700 aves, ou seja, um
acréscimo de 70% na capacidade inicialmente projetada. Existe, ainda, a possibilidade
de crescimento do galpão à partir de sua fachada frontal sem que isso implique em
grandes investimentos ou mesmo em uma parada da produção.

3.3 – Telhado
(Observação: para telha francesa, considerar o texto azul. Para telha de fibrocimento, considerar o texto vermelho.)

5
Serão utilizadas telhas francesas telhas de fibrocimento com inclinação de
35%. Considerando-se a metade da largura do galpão (L = 10,40 / 2 = 5,20 m), para
uma declividade D de 35% a altura do telhado será dada por:

H
D= ⇒ H=D× L
L = 0,35  5,20 m = 1,82 m

Largurapano
H
L

L1

10,40
Figura 3.3 – Esboço do telhado para seu dimensionamento.

A largura do pano do telhado será dada por:

Largura pano =√ H 2 +L2 =√ 1 ,822 +5 ,20 2= 5,50 m.

Adicionando-se mais 1,50 m de beiral ao telhado, a medida da largura do pano


corrigida é de 5,50 + 1,50 = 7,00 m. Como o comprimento do galpão é de 29,00 m,
considerando-se 1,00 m de beiral de cada lado dos oitões (Figura 3.4), então a área
do pano de telhado é:

Áreapano = Comprimentopano × Largurapano = (1,00 + 29,00 + 1,00)  7,00 = 31,00  7,00


= 217,00 m2

Figura 3.4 – Vista superior do telhado com a linha de cumeeira ao centro.

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A projeção que o pano de telhado fará no solo será dada por:

5,50 m de pano de telhado  5,20 m de projeção


7,00 m de pano de telhado  Projeçãopano

Projeçãopano = 7,00 m  5,20 m / 5,50 m = 6,62 m

Portanto, a projeção que o telhado fará no solo será de 31,00 m  (6,62  2) m


= 31,00 m  13,24 m.

ATENÇÃO: No AutoCAD, para desenhar o telhado visto de cima, é preciso considerar


a projeção do telhado no solo. Uma forma alternativa é determinar L 1. Isso pode ser
feito pela tangente do ângulo ou por uma simples relação de semelhança de
triângulos. Neste caso:

CatetoHorizontal/HipotenusaMenor = L1/HiponetusaMaior  5,20/5,50 = L1/7,00  L1 = 6,62 m

(Observação: o cálculo da quantidade de telhas é mostrado abaixo apenas como ilustração. ESTE CÁLCULO NÃO
SERÁ CONSIDERADO NESTE PROJETO)

O rendimento da telha francesa é de 15 unidades/m2. Então, para cobrir esse


pano, serão necessárias:

15 telhas  1,00 m2


NTelhas  217,00 m2
Ntelhas = 15 telhas  217,00 m2 / 1,00 m2 = 3255 telhas.

Considerando-se os dois panos, teremos 2  3255 = 6510 telhas. Adicionando-


se 10% a mais de telhas, precisaremos de 7161 telhas. Para este projeto serão
adquiridas 7.200 telhas.
O rendimento das cumeeiras é de 3 peças/m linear. Em (1,0 + 29,00 + 1,0) =
31,00 m de galpão precisaremos de:

3 Cumeeiras  1,00 m


NCumeeiras  31,00 m
NCumeeiras = 3 cumeeiras  31,00 m / 1,00 m = 93 cumeeiras.

Adicionando-se 10% a mais de cumeeiras, precisaremos de 102,3 cumeeiras.


Para este projeto serão adquiridas 105 cumeeiras.

O rendimento da telha de fibrocimento é mostrado no quadro abaixo


(ATENÇÃO: no memorial não é preciso mostrar o quadro. Basta citar o rendimento).

RENDIMENTO DE TELHAS DE AMIANTO/FIBROCIMENTO


Compriment
o Comprimento Área útil (m2) Rendimento
nominal (m) útil (m) (comprimento útil x largura útil) (telhas/m2)
1,22 1,08 1,13 0,88
1,53 1,39 1,46 0,69
1,83 1,69 1,77 0,56
2,13 1,99 2,09 0,48
2,44 2,30 2,42 0,41

7
3,05 2,91 3,06 0,33
3,66 3,52 3,70 0,27
Largura nominal: 1,10 m Largura útil:1,05 m Inclinação mínima: 15%

Para esta obra, serão utilizadas telhas de fibrocimento de 2,44 m  1,10 m


(medidas úteis de 2,30 m  1,05 m) de 6 mm de espessura, cujo rendimento é de 0,41
unidades/m2. Então, para cobrir esse pano, serão necessárias:

0,41 telhas  1,00 m2


NTelhas  217,00 m2
Ntelhas = 0,41 telhas  217,00 m2 / 1,00 m2 = 88,97 telhas.

Considerando-se os dois panos, teremos 2  88,97 = 177,94 telhas.


Adicionando-se 10% a mais de telhas, precisaremos de 195,73 telhas. Para este
projeto serão adquiridas 200 telhas de fibrocimento.
Serão utilizadas cumeeiras de fibrocimento para 35% de inclinação com 1,10 m
de comprimento. O comprimento útil da cumeeira é de 1,05 m. Em (1,0 + 29,00 + 1,0)
= 31,00 m de galpão precisaremos de:

1 Cumeeira  1,05 m


NCumeeiras  31,00 m
NCumeeiras = 1 cumeeira  31,00 m / 1,05 m = 29,52 = 30 cumeeiras.

Adicionando-se 10% a mais de cumeeiras, precisaremos de 33 cumeeiras.


Para este projeto serão adquiridas 35 cumeeiras de fibrocimento.

3.4 – Disposição das colunas


Para um setor de produção com 17,00 m de comprimento interno, a
distância entre o centro da 1ª coluna e o centro da última neste setor é de 0,10 + 17,00
+ 0,10 = 17,20 m (considerando-se colunas com 0,20 m de espessura). Distribuindo-
se uma coluna a cada 3,00 m, tem-se:

1 coluna  3,00 m


Ncolunas  17,20 m
Ncolunas = 1 coluna  17,20 m / 3,00 m = 5,73 colunas = 6 colunas

A princípio, serão utilizadas 6 colunas distribuídas em 17,20 m. A distância


entre colunas, será:
DistânciaColuna = 17,20 m / 6 colunas = 2,87 m
Considerando a existência de uma coluna a cada 2,87 m, incluindo a coluna
na origem ou na extremidade inicial do galpão, teremos 6 + 1 = 7 colunas espaçadas
de 2,87 m, conforme mostrado no desenho abaixo:

0,60
2,87
17,40

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Figura 3.5 – Distribuição das colunas ao longo do setor de produção.

As demais colunas serão colocadas nas quinas das paredes, sendo duas no
portão de entrada, conforme mostrado no esboço abaixo:

9
WC
Masc. Lavagem
utensílios Área de produção 02
Escritório

Corredor central

Laboratório
Depósito Área de produção 01
WC
Fem.

Figura 3.6 – Esboço final do galpão com a distribuição das colunas.

IV – QUADRO RESUMO
(Tabela com todos os itens necessários para se fazer o desenho como, por exemplo, espessuras de colunas, paredes
internas e externas, muretas, lajes e calçadas, inclinações, dimensões dos cômodos, dimensões do telhado, entre
outros).

Tipo Frango de corte


Animais Quantidade 1000 aves
Densidade 8 aves/m2
Fundação Sapatas isoladas 0,30 m  0,30 m  0,30 m
Baldrame 0,25 m  0,25 m
Pilares 0,20 m  0,20 m
Estrutura 2,87 m no setor de produção
Distância entre pilares
< 5 m nas quinas do setor de apoio
Viga aérea 0,20 m  0,20 m
Laje Somente no setor de apoio (espessura: 0,10 m)
Largura: 0,80 m; espessura: 0,10 m;
Calçada
Inclinação: 1%
Nível da instalação 0,18 m acima do nível da calçada
Concreto simples
Piso setor de espessura: 0,08 m; inclinação 2%
produção Valetas coletoras de  = 0,10 m próximas às
Pisos e muretas laterais
revestimentos Concreto simples, 0,08 m de espessura e 1% de
inclinação
Piso setor de apoio
Revestimento cerâmico 0,54 m  0,54 m
Ralos coletores
Cerâmica 0,20 m  0,20 m até o teto no
Revestimento
paredes laboratório, banheiro e cômodo de lavagem de
utensílios
0,20 m de espessura rebocadas + selador + tinta
Paredes externas
acrílica
0,20 m de espessura rebocadas + selador + tinta
Paredes Paredes internas
acrílica
e muretas
0,15 m de espessura  0,60 m de altura não
Muretas
rebocadas + selador + tinta acrílica
Pé-direito 3,50 m
Telhado 2 águas, sem lanternim e sem calhas aéreas
Cobertura
Estrutura Tesouras apoiadas em esteios centrais e/ou laje

10
1,50 m seguindo o pano do telhado
Beiral
1,00 m além dos oitões
Altura interna 1,82 m
Pano do telhado 31,00 m  7,00 m
Projeção do telhado 31,00 m  13,24 m
Hidráulica Caixa d'água 2 unidades de 1000 litros, h = 0,97 m,  = 1,52 m
Esquadrias Portas e janelas Vide tabela 2.1
1,40 m  0,50 m (entrada principal e entrada do
Equipamentos Pedilúvio
setor de apoio)
Cômodo lavagem 3,80 m  4,50 m
Depósito 3,80 m  4,50 m
Banheiro masculino 3,00 m  2,00 m
Banheiro feminino 3,00 m  2,00 m
Dimensões
(MedidaVertical Escritório 4,90 m  4,50 m
 Laboratório 4,90 m  4,50 m
MedidaHorizontal) Corredor apoio 2,00 m  6,70 m
Setor de produção 01 3,80 m  17,00 m
Setor de produção 02 3,80 m  17,00 m
Corredor produção 2,00 m  17,00 m
Galpão 29,00 m  10,40 m

V – BIBLIOGRAFIA
Fairchild B., Czarick, M., 2007, “Poultry Housing Tips”, volume 18, número 9.
www.fortlev.com.br, acessado em janeiro de 2021.

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