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PMT3110 - 2023 - Tema 1 Partes 1 e 2 Egf
PMT3110 - 2023 - Tema 1 Partes 1 e 2 Egf
DE SÃO PAULO
PMT 3110
Introdução à Ciência dos Materiais para
Engenharia
EGF
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DEFINIÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
A relação entre Ciência dos Materiais e Engenharia de Materiais.
A relação entre composição, estrutura, processamento e
propriedades/desempenho de um material.
Uma classificação dos diferentes tipos de materiais.
EGF
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OBJETIVOS
Apresentar a relação entre Ciência dos Materiais e
Engenharia de Materiais.
Apresentar a relação entre composição, estrutura,
processamento e propriedades/desempenho de um
material.
Apresentar uma classificação dos diferentes tipos de
materiais.
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5
* https://www.jstage.jst.go.jp/article/isijinternational1966/26/2/26_2_93/_pdf
EGF
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Em Resumo
Desempenho
Composição/Estrutura Propriedade
Definições
COMPOSIÇÃO
Corresponde aos tipos, às proporções, e à disposição dos
átomos que estão em uma molécula.
Água: H2O
Alumina: Al2O3
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Definições
Estrutura
Associada ao arranjo dos componentes internos do
material.
Ela se distingue quanto a escala de observação:
Exemplos:
Estrutura atômica: elétrons, prótons e nêutrons.
Estrutura molecular: átomos iguais, ou distintos, ligados entre si.
Macroestrutura (normalmente igual ou maior que mm)
Microestrutura (alguns µm = 10-6m até mm)
Nanoestrutura (da ordem de nm)
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Escala “Macro”
até ≅ 1m
1 mm Al15Fe3Si
Escala “Micro” Si
Al2Cu
Célula unitária
grãos
≅ 1 a 10 mm
poros
Si
Al
0,5 mm
Fases e
Dendritos
≅ 50 a 500 µm Escala “Nano”
Precipitados
≅ 3 a 100 nm 50 Å
Escala Atômica
≅ 1 a 100 Å
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Propriedades de um Material
É uma característica do material em termos do tipo e da
grandeza da resposta a um estímulo específico imposto.
Mecânicas;
Principais Elétricas; Magnéticas;
propriedades do Térmicas; Ópticas;
estado sólido Estabilidade ou deterioração (temporal,
dimensional, ambiental).
Processamento
Conjunto de técnicas para obtenção de materiais com
formas e propriedades específicas.
Exemplo: Amostras de óxido de alumínio (Al2O3) processadas por
diferentes rotas.
Policristal denso
(translúcido)
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Desempenho
Corresponde ao rendimento do material durante o seu uso
em função dos estímulos e condições aplicados a ele.
Exemplos de critérios de desempenho para um bloco de
motor:
Potência gerada
Eficiência
Durabilidade
Custo
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TIPOS DE MATERIAIS
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Metálicos Ligas
Cerâmicos Compósitos
Poliméricos
Semicondutores;
Materiais avançados Inteligentes;
Nano projetados.
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Classificação funcional
Baseia-se em alguma propriedade específica, por exemplo:
Semicondutores,
Materiais magnéticos,
Biomateriais,
Materiais para aplicações fotônicas, ....
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Metais
Cerâmicos
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Cerâmicos
Propriedades
Tipos
Características
Cerâmicas tradicionais Isolantes térmicos e
Cerâmicas de alto elétricos
desempenho Refratários (elevado
Vidros e vitro-cerâmicas ponto de fusão)
Cimentos Inércia química
Duros e frágeis
Elevado módulo de
elasticidade
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Polímeros
Polímeros
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Compósitos
São formados pela combinação de materiais distintos para
formar um novo material com características superiores
daquelas dos componentes individuais (devido ao
sinergismo).
Em alguns casos, o componente em maior proporção é chamado de
matriz (ou fase contínua) e o(s) outro(s) é(são) a(s) fase(s)
dispersa(s).
A matriz pode ser metálica, cerâmica ou polimérica; assim
como a fase dispersa.
A fase dispersa pode se apresentar como fibras contínuas,
partidas, ou em mantas, esféricas, lâminas com dimensões
macro, micro, ou nano, e diferentes razões de aspecto
(comprimento x largura).
Podem ser isotrópicos e anisotrópicos.
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Materiais Híbridos
São “compósitos moleculares ou nanocompósitos com
componentes orgânicos (ou bio) e inorgânicos, intimamente
misturados, onde pelo menos um dos domínios dos
componentes tem uma dimensão que varia de poucos Å a vários
nanômetros”.*
As propriedades dos materiais híbridos não são apenas a soma
das contribuições individuais de ambas as fases, mas o papel de
suas interfaces internas pode ser predominante.
São influenciadas pelo método de síntese.
São formados a partir de um controle preciso:
da composição,
da distribuição,
da forma, e
das interações entre as espécies que constituem o material.
*http://www.labos.upmc.fr/lcmcp/site/?q=node/1595
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Materiais Híbridos
São bioinspirados.
Exemplos
Tecidos à prova de balas inspirados na composição e arranjo
estrutural dos componentes das teias de aranha.
Superfícies auto-limpantes e auto-reparadoras inspiradas em folhas
de plantas.
Compósitos de alta resistência inspirados no arranjo estrutural das
conchas.
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Resistência mecânica
Metais Metais
Compósitos
Cerâmicos
Cerâmicos
Densidade
Polímeros Compósitos
Polímeros
Metais
Resistência fratura
Metais Cerâmicos Compósitos Compósitos
Módulo elástico
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Atividade
De que material pode ser feita uma canoa?
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LIGAÇÕES QUÍMICAS
Relacionar o tipo de ligação química com as principais
propriedades dos materiais.
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OBJETIVO
Relacionar o tipo de ligação química com as principais
propriedades dos materiais.
ROTEIRO
Recordar conceitos básicos:
Conceitos fundamentais da estrutura atômica
Modelo atômico de Bohr e o da mecânica quântica.
Eletronegatividade
Recordar os tipos de ligações químicas.
Energia de Ligação
Relacionar propriedades com os tipos de ligações químicas.
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Recordando conceitos
Átomo de oxigênio
A≅Z+N
16 = 8 + 8
Onde,
A = massa atômica
Z = número atômico ≡ nº de prótons
N = nº de nêutrons
16
= 8 8 →
16
Próton ⊕
Nêutron
Elétron ⊖
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do núcleo.
Pela sua massa atômica (A) → soma do número de prótons
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Modelo Mecânico-Ondulatório
Nesse modelo, o elétron apresenta características tanto de
onda quanto de partícula.
O elétron não é mais tratado como uma partícula que se movimenta
num orbital discreto.
A posição do elétron passa a ser considerada como a probabilidade
deste ser encontrado em uma região próxima do núcleo.
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Modelo
Modelo Mecânico-
de Bohr Ondulatório
elétron livre
1
= ∙ 13,6
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Números Quânticos
São quatro parâmetros que caracterizam cada elétron em
um átomo.
Eles permitem que não haja dois elétrons com os mesmos números
quânticos.
Eles são:
Número quântico principal (n) - especifica o nível de
energia. (posição)
n = 1, 2, 3, 4, 5,f (ou K, L, M, N, O,.f);
Número quântico orbital (ou secundário) (l), significa a
subcamada - especifica o módulo do momento angular
orbital do elétron. (forma)
l = 0, 1, 2, 3, 4,f, (n -1) (subcamadas s, p, d, f,f)
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Números Quânticos
Número quântico orbital magnético (ou terceiro) (ml)
especifica a orientação do momento angular orbital do
elétron com respeito a um dado eixo z.
ml = - l, (- l +1),f, (l - 1), l
Número quântico de spin (ou quarto) (ms), um para cada
orientação do spin.
ms = -1/2, +1/2.
Energia
L (n=2)
Energia crescente
M (n=3)
elétron n l ml ms
3s1 +1/2 ou -
11 3 0 0
1/2
10 2 1 +1 -1/2
2p6 9 2 1 +1 +1/2
8 2 1 0 -1/2
7 2 1 0 +1/2
6 2 1 -1 -1/2
5 2 1 -1 +1/2
2s2 4 2 0 0 -1/2
3 2 0 0 +1/2
1s2 2 1 0 0 -1/2
1 1 0 0 +1/2
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EGF
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Tabela periódica
Todos os elementos foram classificados de acordo com a
configuração eletrônica na tabela periódica:
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Eletronegatividade
Conforme L. Pauling, é o poder que um átomo tem de atrair
elétrons para si (IUPAC)*.
Conforme Mulliken, é a média da energia de ionização e
afinidade eletrônica de um átomo.
Escala relativa de Pauling:
Define-se arbitrariamente a eletronegatividade de um
elemento, e a dos outros é dada em relação a esse
elemento.
EGF
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χr F = 4
χr Fr = 0,7
Inertes – Gases Nobres
Maior “facilidade” em
ceder elétrons.
CÁTIONS
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Eletronegatividade (χ)
• Principal bloco 1-2 3
(bloco s)
• Principal bloco 13-18
(bloco p) 2
• Metais de transição
(bloco d)
• Metais de transição 1
(bloco f)
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Número atômico
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Ligações químicas
Elas ocorrem entre os átomos apenas se o arranjo final de
seus núcleos e elétrons conferir ao par uma energia
potencial menor que a soma das energias dos átomos ou
íons isolados.
Podem ser classificadas quanto as suas energias, em:
Ligações primárias, ou fortes: dependem da diferença do
caráter eletronegativo (A⊖), ou eletropositivo (C⊕), dos
elementos envolvidos e são:
Ligação iônica (C⊕ + A⊖ ∴ C⊕ ≠ A⊖);
Ligação covalente (A⊖ + A⊖∴ A⊖ ≅ A⊖);
Ligação metálica (C⊕ + C⊕).
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Ligações químicas
Ligações secundárias, ou fracas: dão origem a atrações
entre uma molécula qualquer e suas vizinhas e as
principais são:
Pontes de hidrogênio;
Interações dipolo-dipolo;
Forças de dispersão de London;
Forças de van der Waals.
Algumas propriedades, como o ponto de fusão e a
solubilidade, são influenciadas pelos tipos de forças
eletrostáticas secundárias que atuam entre as moléculas.
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Dipolos Elétricos
Interações dipolares:
1. Dipolo induzido ⟺ Dipolo induzido
PVC
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Ponte de Hidrogênio
É um caso especial de ligação entre moléculas polares.
É o tipo de ligação secundária mais forte.
Ocorre entre moléculas em que o H está ligado
covalentemente ao flúor (χr F = 4) (como no HF), ao
oxigênio (χr O = 3,5) (como na H2O) ou ao nitrogênio (χr N =
3) (por exemplo, NH3).
Ela é responsável pelas propriedades particulares da água.
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Atrativa (FA) Repulsiva (FR) Muito próximo – cada átomo exerce uma força sobre o outro
+
Força
̶
FA Muito longe – interação desprezível
FR
̶
+
Distância interatômica
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= = + = +
∞ ∞ ∞
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+ Força atrativa FA
Atração
Força F
Separação interatômica r
Repulsão
Força repulsiva FR
Força resultante FL
-
FL = FR + FA = 0 +
Repulsão
Energia repulsiva ER
Energia Potencial E
Separação interatômica r
Energia resultante EL
Atração
Energia atrativa EA
-
Forças de atração e de repulsão e energia potencial em função
da distância interatômica (r) para dois átomos isolados.
r0 e E0 são a distância e a energia de ligação no equilíbrio (FL=0),
respectivamente.
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Separação r
Interatômica r
Átomos
Módulo de Elasticidade
fracamente ligados
> dF/dr > E
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Resumo
Resumo
EGF
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APÊNDICE
EGF
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Sistema
Uma parte do Universo sob
investigação, definida
arbitrariamente, independente
da forma ou tamanho.
Possui uma fronteira que o
separa da vizinhança.*
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Materiais híbridos
Constituintes inorgânicos Matrizes orgânicas
Minerais Argilas Polímeros Hidrogéis Camadas por camada
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Ligações Ligações
Ligações
covalentes covalentes
iônicas
não polares
iônicas
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Diferença em eletronegatividade
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