Muriel é uma jovem elfa que admira secretamente Kurunir, irmão de suas amigas Ariana e Elysia. Enquanto conversa com Ariana sobre seus sentimentos, elas observam Kurunir na festa de mudança dos cristais sagrados da vila élfica. Ariana provoca Muriel sobre seu interesse em Kurunir.
Descrição original:
Conto no mundo de RPG phantifinder
Título original
E o meu coração porque ver você é uma sensação assim...
Muriel é uma jovem elfa que admira secretamente Kurunir, irmão de suas amigas Ariana e Elysia. Enquanto conversa com Ariana sobre seus sentimentos, elas observam Kurunir na festa de mudança dos cristais sagrados da vila élfica. Ariana provoca Muriel sobre seu interesse em Kurunir.
Muriel é uma jovem elfa que admira secretamente Kurunir, irmão de suas amigas Ariana e Elysia. Enquanto conversa com Ariana sobre seus sentimentos, elas observam Kurunir na festa de mudança dos cristais sagrados da vila élfica. Ariana provoca Muriel sobre seu interesse em Kurunir.
“Ele é tão bonito...” Muriel suspirou profundamente enquanto ela
olhava Kurunir sentado em um pedra com aquele ar de total desinteresse que ele mantinha sempre ao olhar o mundo, ele vivia dentro de seu próprio mundinho em sua cabeça, tinha um livro qual quer nas mãos e o dedilhava como se estivesse acariciando um gatinho filhote. - Porque não fala com ele, ele não morde sabe? – Ariana riu enquanto olhava a amiga, ela era a filha do meio dos descendentes de Thorgar e um elfo ter tantos filhos era algo bem incomum, quando muito tinham era dois, geralmente paravam no primeiro mas sua família em certa maneira era bem incomum. Ela era a mais animada dos três, não tinha a pressão de ser a mais velha e muito menos a superproteção da pouca idade, no fim era o mais confortável lugar pra se ficar. Muriel sentiu o coração bater mais forte e pular quase a boca, segurou o engasgo e olhou para amiga um pouco assustada de ser pega no flagra fazendo aquilo, respirou fundo e falou com a maior normalidade que conseguiu. - Não mas... ele é tão inatingível sabe? Lembra de quando recebemos aquela última caravana? Tinha tantas beldades nela, lembra de quando aquela moça...eu não lembro o nome dela, chegou para falar com ele de repente a conversa estava animada, mas ela saiu como se tivesse levado uma bofetada– Muriel fez uma careta contrariada e depois riu ao ver a cara de deboche de Ariana afinal elas estavam falando do irmão dela. - Não ligue pra isso, ele estava querendo saber do mundo la fora e ela queria elogios, ele não é tão bom com elogios assim – Cutucando a amiga e então sussurrou como se contasse um segredo – Olhe como ele coça atras das orelhas – Ariana apontou com uma cara de riso e um ar cúmplice e ela não perderia a oportunidade então falou com tom de provocação- Ele faz isso quando se sente contrariado, feliz, infeliz ou quando não sabe o que fazer, mas a realidade é que ele não sabe o que quer fazer, mas com a ajuda de uma bela mulher como você talvez ele encontre o seu lugar como pai, ele é carinhoso sabe? É bom com crianças mas não sabe fazer la muita coisa, o que consegue só consegue porque tem meio que um talento natural. Isso ainda vai fazer papai ficar careca e olhe que ele tem bastante cabelo. – Ao ouvir aquilo Muriel sentiu o coração acelerar mas sabia que a amiga não estava falando serio, estava apenas a provocando pra ver como reagiria. A pequena vila era situada dentro de um conjunto de cavernas e a principal era belíssima, e naquele dia em especifico a atmosfera estava carregada de magia e antecipação enquanto elfos que ali moravam se reuniam com outros de várias para celebrar uma festa especial, era a festa de mudança dos cristais sagrados, haviam encontrado um especial que trazia poderes de luz do sol mesmo para os locais mais escuros. As paredes da caverna eram adornadas com brilhantes cristais que lançavam uma luz suave e colorida por todo o ambiente, criando um cenário verdadeiramente que trazia uma sensação de aconchego. A entrada da vila estava decorada com uma série de lanternas mágicas, que emitiam um suave brilho verde e azul, iluminando o caminho para os visitantes que vinham de longe para participar da festa. Os elfos da vila haviam trabalhado incansavelmente para criar uma atmosfera acolhedora e festiva, com guirlandas de flores e folhagens exuberantes penduradas por toda parte. No centro da vila, havia uma grande clareira onde a festa iria acontecer. Uma enorme fogueira mágica ardia no centro, lançando faíscas douradas e aromas deliciosos no ar. As chamas dançavam em ritmo com a música, que era tocada por músicos elfos habilidosos que usavam instrumentos feitos de cristais e madeira encantada. Elas tinham tirado os olhos dele por um segundo e ele havia saído caminhando, provavelmente para encontrar algo para fazer, ou para comer alguma coisa o que não seria nada de se estranhar ele era o maior apreciador da boa comida e o cheio do lugar estava divino, as melhores cozinheiras da vila estavam montando mesas longas e bem arrumadas que estavam repletas de iguarias da culinária élfica, como cogumelos mágicos recheados, frutas exóticas e néctar de flores silvestres e ele com todo o seu charme e educação conseguiria provar de tudo com um jeitinho. Muriel, era uma jovem de cabelos negros que brilhavam como a noite e olhos dourados como os raios do sol, como todos os seus afazeres já tinham terminado ela estava no seu melhor momento admirando ao longe, observava Kurunir, enquanto ele se movia graciosamente entre os elfos, com um livro sempre em mãos, absorvido em suas palavras e histórias. Ela admirava sua inteligência e a maneira como ele desvendava os segredos do mundo por meio de suas leituras. Mas Ariana a havia distraído e ela tinha perdido a oportunidade mais uma vez, de a coragem vir e talvez, quem sabe talvez falar com ele. - Não precisa me olhar de forma tão irritada sabia? Ele logo aparece de novo, com suas desculpas “Oh me perdoe acabei perdendo a hora” “Oh o que aconteceu não lembro o que eu estava fazendo” – A voz de Ariana era zombeira e seu tom tão afetado que fez Muriel revirar os olhos e suspirar. - Ele não é assim sabe? Ele é tão...Tão... -Monótono? Cansado? – Ela falou em meio a uma risada contida - Você poderia ser mais elogiosa, eu diria interessante, inteligente, dedicado, misterioso. A conexão de Muriel com ele era ainda mais complicada, pois ela era amiga das irmãs dele, o que tornava a situação ainda mais delicada. Elas compartilhavam uma amizade profunda e cúmplice, corriam juntas pelas cavernas desde de pequeninas, primeiro com Ari e Elysia logo depois, pois aquela pequena manipuladora jamais se deixaria ficar para trás, e a verdade era que Muriel não queria fazer nada que pudesse prejudicar essa relação afinal amava demais aquelas duas, cada uma a seu modo. Ela temia que confessar seus sentimentos a Kurunir pudesse afetar sua amizade com as irmãs dele e criar um desconforto entre todos. As meninas é claro já sabiam e a cutucam sempre que tem qual quer oportunidade. - Sabe quem vai estar aqui hoje Muri? Adivinhe quem vai estar aqui hoje que só tem olhos pra você, não meu irmão que só tem olhos pros livros. - Não me diga que ele vem pelo amor de deus – E revirou os olhos suspirando. - Lirion deve estar chegando, com sua voz maravilhosa de Bardo, suas musicas. Ela se levantou e arrumou o vestido suspirando querendo terminar aquela conversa o mais rapidamente possível, Lirion havia saído da aldeia a muitas luas, tantas que ela nem lembrava mais, era mais velho que Kurunir, eles eram apegados, talvez Lirion fosse o único que Kurunir considerasse um amigo e era mais uma desgraça pra ela contornar, parecia que seu amor infantil tinha crescido, e agora tinha que brigar com todos. - Nos vemos mais tarde Ari? Minha mãe deve estar me procurando. - Nem ao menos vai responder sobre Lirion? Você precisa começar a pensar no futuro, imagine filhos de cabelos brancos e olhos como os dele – Ela forçou um suspiro, porém o mesmo se irrompeu em uma risada livre enquanto ela mesma se levantava, logo a festa começaria e não queria levar bronca também. Ao se afastar Muriel até imaginou crianças, mas com aqueles cabelos de sol e olhos de musgo, com aquele ar de criança e as vezes um pouco ranzinza mas aquilo parecia um futuro completamente impossível. Ela se perguntava se as irmãs de Kurunir já haviam percebido seus sentimentos e como reagiriam se ela tentasse se aproximar de forma mais romântica se aquelas brincadeiras eram um incentivo ou uma piada, não queria fazer nada que pudesse prejudicar essa relação. Ela temia que confessar seus sentimentos a Kurunir pudesse afetar sua amizade com as irmãs dele e criar um desconforto entre todos. Algumas horas se passaram, ela se arrumou, deixou os cabelos soltos adornado com uma coroa de flores pequenas que brotavam perto dos cristais sagrados, seu vestido era de um linho de uma cor violeta suave adornado por pequenos cristais, usava chinelos que trançavam em seus calcanhares e dois pequenos brincos de perolas que sua mãe tinha e havia deixado usar pois eram relíquia de família. O início da festa na pequena vila dentro da belíssima caverna foi um momento de grande expectativa e alegria, enquanto a noite caía suavemente, os elfos das cavernas de diferentes tribos começaram a chegar ao local da celebração, cada um trazendo consigo um toque único de sua cultura e estilo. O chão da clareira estava coberto com tapetes de musgo macio, criando um espaço confortável para os elfos se reunirem e dançarem. Alguns usavam túnicas de cores vibrantes e ricas em detalhes, bordadas com padrões geométricos que remetiam à sua tribo. Outros escolheram roupas mais simples e elegantes, feitas de materiais naturais como seda e algodão. Muitos elfos usavam joias encantadas, como colares com pedras luminosas que emitiam um brilho suave, ou pulseiras de prata adornadas com símbolos mágicos. Alguns elfos usavam flores e folhas em seus cabelos, adicionando um toque de frescor e natureza às suas vestimentas. À medida que os elfos se reuniam na clareira, a expectativa estava no ar. Cumprimentos calorosos e sorrisos amigáveis eram trocados entre os elfos das diferentes tribos, enquanto todos aguardavam ansiosamente o desenrolar. A fogueira central já começava a crepitar, as musicas e historias de Lirion voz de luar começavam a preencher o ambiente, criando uma trilha sonora encantadora para o começo da celebração. Lirion Canção da Lua ou voz de luar como era conhecido carregava um instrumento musical de madeira entalhada e adornada com pedras preciosas, que parecia uma extensão natural de suas mãos. Quando ele começou a tocar e cantar, sua voz era como um sussurro de vento nas folhas das árvores, suave e melodiosa, enchendo a caverna com uma aura de encanto e magia. Ele vestia uma túnica de seda azul-marinho que fluía em torno dele como água corrente. Bordados intrincados representavam cenas da natureza e da mitologia élfica ao longo das bordas da túnica. Seus olhos eram de um verde profundo, como as folhas de uma floresta antiga, e brilhavam com uma sabedoria e compaixão que cativavam a todos que os encontravam. Foi então que Muriel finalmente o viu, e ele sorriu diretamente pra ela, Kurunir trajava uma roupa de algodão simples tinha um pequeno colar trançado no pescoço que segurava uma pedra de luz e ele se aproximou dela, Muriel sentiu seu corpo tremer e segurou o suspiro, ao longe ela conseguiu ver Elysia e Ariana espiando de longe e pensou “vou matar aquelas pestinhas” mas o sorriso dele era tão solto que ela sentiu o coração derreter. - As meninas acharam que você iria gostar, então pediram pra eu fazer pra você também – Kurunir tinha em mãos uma pequena pulseira trançada com galhos, um fio de prata e pequenas pedras brilhantes, não era nada precioso mas extremamente bonito, ele havia feito, por ter irmãs acabara desenvolvendo algumas habilidades para acalmar e mimar suas almas infantis, ele conseguia trançar os cabelos delas com muita habilidade e por sinal era isso que tinha feito antes da festa. – Não é nada demais fiz pras meninas também... Ele parecia tão constrangido que era quase engraçado, aquele elfo tão alto, tão gentil com vergonha, ela recebeu e colocou no pulso. - Vou ganhar com muito carinho... Mas vamos elas estão nos observando acho melhor irmos ficar com elas. – E os dois caminharam juntos até próximo onde estava o Bardo e Muriel pensou que talvez com um pouco de paciência seu futuro poderia ser brilhante.