Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EDITORIAL
Academias de História Militar Terrestre
do Brasil (FAHIMTB).
EDITOR
Luiz Ernani Caminha Giorgis, Cel
Presidente da AHIMTB/RS Neste final atribulado do ano de 2015, o Tuiuti apresenta
Vice do IHTRGS um encerramento rico, com um artigo do membro da
lecaminha@gmail.com
AHIMTB/RS Ênio Kersting Corrêa que versa sobre o papel
fundamental da tração animal na História; especificamente,
PROJETO GRÁFICO/DESIGN ele relata a importância do boi, inclusive na História Militar.
Fabricio Gustavo Dillenburg Trata-se de um artigo longo e bastante completo, que
Núcleo de Estudos de História
Militar Vae Victis aborda diversos aspectos do tema.
Delegado AHIMTB/RS (DRHFPC)
nucleomilitar@gmail.com Na sequência, Antônio Borges apresenta observações sobre
leituras relacionadas ao Curso de Relações Internacionais,
com foco nos elementos militares. E apresentanmos um
ENDEREÇOS VIRTUAIS
acadhistoria@gmail.com documento de fundamental importância, que diz respeito à
www.acadhistoria.com.br rendição na Guerra do Paraguai.
23 RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
por Antônio César G. Borges
24 MARCO DA RENDIÇÃO
por AHIMTB/RS
24
23
1 - INTRODUÇÃO
H
istoricamente, o animal de tiro na área militar foi o cavalo. O boi, porém, apesar de
sua velocidade ser menor, tinha mais força de tração. Em consequência, o boi foi
usado inegavelmente.
Além de ser utilizado para tração, o boi teve outras utilidades: alimentação de tropas, for-
necimento de couro, chifres, etc. Estes usos não formam o objetivo do presente artigo.
No presente artigo, quero primariamente me restringir a seu uso como animal de tiro,
quando desenvolve esforço tratório linear destinado a deslocar carretas, canhões, etc. Não
pretendo analisar o uso do boi destinado a exercer esforço tratório circular (moendas, etc)
nem a exercer pisoteio (amassamento de barro, debulha, etc). Relato o consumo de carne
bovina apenas em casos de extrema necessidade dos contingentes militares, situações
em que os bois de tração foram utilizados como alimento. Citei um caso de uso do búfalo
(um bovídeo) para transporte dorsal.
Por ter assistido a desfiles de carros de boi tive a ideia de criar o presente artigo.
11- TRAVESSIA DE
ATOLEIROS
Em 1894, no município
de Lapa, PR, Gumersindo
Saraiva liderava as tropas
revolucionárias. Após fortes
20 O TUIUTI
AHIMTB/RS 12- SUBSTITUIÇÃO DA 13- RODAS DE CANHÕES
TRAÇÃO BOVINA NO
chuvas os caminhos ficaram EXÉRCITO Visitei o Museu do Comando
muito lamacentos. Em alguns Militar do Sul e constatei que
trechos, para possibilitar a O livro Velhos Regimentos, os canhões antigos de tração
passagem dos canhões e das pág 84/85, conta que após animal ou mecânica tinham
carretas, foi necessário fazer a Guerra do Paraguai, em rodas com maças metálicas e
um andaime de tábuas, ou 1872, o Visconde de Pelotas mais estreitas. Seus mancais
seja, uma estiva. Isto está apresentou ao Imperador eram mais estreitos e os eixos
na pág 88 do livro Vida de um relatório no qual dizia eram metálicos. Não há maça
Aparicio Saravia. que “é desaconselhável usar larga, mas dois flanges, para
como meio de transporte os quais os raios convergem.
Durante a Guerra do Paraguai, no Exército as pesadíssimas Tais flanges são como dois
após a travessia do Rio
e antiquadas carretas a boi” discos parafusados em
Paraná, em 1866, a Comissão
e ordenou a criação dos planos paralelos entre si,
de Engenheiros abriu uma
picada no mato e com as Corpos de Transporte porque um em cada lado externo
árvores cortadas estivou uma as despesas de tais seriam dos raios, situados no centro
passagem sobre o brejo para menores do que as despe- da circunferência da roda e
possibilitar a passagem da sas de fretes com carretas. perpendiculares ao eixo.
artilharia. Revela-nos isto a Dizia também tal relatório
página 146 do livro Vilagran que “o sistema de puxar a 14- ALGUNS CARRETEIROS
Cabrita e a Engenharia de Seu bois o trem do Exército é CÉLEBRES
Tempo. péssimo e incompatível com
a velocidade que se deve O livro Devassa Sobre a
O livro Reminiscências da pretender nas operações de Entrega da Villa do Rio
Campanha do Paraguai, pág guerra. O boi não caminha Grande às Tropas Castelhanas
320, conta que em direção com chuva nem quando há cita os cidadãos chamados
a Caacupê na Estrada do muito calor”. Miguel Lopes de Toledo e
Barreiro Grande a estrada Antonio Ferreyra Gomes
estava muito molhada pela O alemão Seweloh, como exemplos da profissão
chuva. Assim, os atoleiros ti- conforme pág 420 do livro de “capataz das carretas e
veram que ser cobertos por Reminiscências da Campanha boiadas de Sua Majestade”.
estivas. de 1827, já dizia “ ...as
carretas que lentamente se Na História, carreteiro célebre
Lima Figueiredo, na página 73 moviam, prova evidente da foi Apolinário Pereira de
de seu livro Casernas e Escolas, Sampaio, citado em A Retirada
inconveniência do uso de
revela que em outubro de da Laguna como fornecedor
bois,...”
1869, sob o comando do da expedição militar brasileira.
General Argolo, o Exército
Brasileiro implantou a Estrada Osório Santana de Figueiredo José Luís Cardoso de Sales
do Chaco. Visto que o solo conta que no século 19 foi grande fornecedor do
era encharcado e mole, foi em São Gabriel havia uma Exército, segundo o livro
necessário montar uma organização militar chamada Ciclo do Carro de Bois no
estiva no trajeto da estrada. Corpo de Transportes. Naquele Brasil, pág 161. Desde as lutas
Foram usados 6.000 troncos século, pela reorganização do contra o Paraguai no Brasil
de carandá para construir 5 Exército, o CT foi transformado em Uruguaiana até a invasão
pontes e para estivar 3.000 no 16º Regimento de Cavalaria do Paraguai, passando pela
metros de leito de estrada. e levado para Dom Pedrito. No província de Corrientes, ele
Carandá é uma palmeira entanto, nos fins do século 19, acompanhava o 2º Corpo
típica daquela região. A o CT já começava a ser dotado comandado pelo Conde de
estrada completa tinha 11 de viatura hipomóveis. Isto Porto Alegre com 400 carretas
quilômetros. Sua construção está no livro Carreteadas tiradas a boi e animais de
demorou 23 dias. Heróicas, pág 159. munício.
O livro Carreteadas Heróicas cellos, Biblioteca Militar, Rio
O TUIUTI
AHIMTB/RS 21
cita o carreteiro Vasco Antônio de Janeiro, RJ, 1942;
Fontoura Júnior que abando- * A Retirada da Laguna, Vis- Academia de História Militar
nou sua carreta e incorporou conde de Taunay, Biblioteca Terrestre do Brasil, Resende,
ao Exército Brasileiro para lutar do Exército, Rio de Janeiro, RJ, RJ, 2002;
contra as tropas do paraguaio 1959; * 3ª Divisão do Exército, Cláu-
Estigarribia. Durante a Guerra * Velhos Regimentos, Heitor dio Moreira Bento, Academia
do Paraguai, ele se tornou Borges Fortes, Biblioteca do de História Militar Terrestre do
o Coronel Chananeco e, Exército, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Resende, RJ, 2008;
depois da Guerra, retornou a 1964; * A Guerra de Artigas 1816-
profissão de carreteiro. * Pequeno Dicionário da Lín- 1820, Gustavo Barroso, Ge-
gua Portuguesa, Cândido de túlio M. Costa Editora, Rio de
O próprio Osório Santana Figueiredo, Lisboa, Portugal, Janeiro, RJ, 1939;
Figueiredo, autor do livro 1940; * Crônica do Felicíssimo D.
Carreteadas Heróicas, em sua * Carreteadas Heróicas, 2ª edi- Manuel, Damião de Góis, par-
infância, acompanhou seu ção, Osório Santana Figueire- te I, Universidade de Coimbra,
pai em andanças em carretas, do, São Gabriel, RS, 2000; Co-imbra, Portugal, 1949-50;
conforme seu próprio livro. * Vilagran Cabrita e a Enge- * Noticiário do Exército, publi-
nharia de Seu Tempo, Aurélio cação periódica do Centro de
de Lyra Tavares, Biblioteca do Comunicação Social do Exér-
Exército, Rio de Janeiro, RJ, cito, Brasília, DF;
1981; * Manual do Irrigante, Ministé-
• rio da Agricultura, PROVÁRZE-
* Escolas Militares de Rio Par-
AS, Brasília, DF, 1986;
Bibliografia: do 1859 – 1911, Cláudio Mo-
* O Arroz, Lourenço Granato,
reira Bento e Luiz Ernani Ca- Typographia Levi, São Paulo,
minha Giorgis, Academia de SP;
* Expedições Militares Contra História Militar Terrestre do * Rumo ao Campo, Pedro Luís
Canudos, Tristão de Alencar Brasil, Resende, RJ, 2005; Osório, Livraria Globo, Porto
Araripe, Imprensa do Exército, * General Osório: o Maior He- Alegre, RS, 1940;
Rio de Janeiro, RJ, 1960; rói e Líder Popular Brasileiro, * O Terraceamento e a Tração
* Manual de Semiologia dos Cláudio Moreira Bento, Aca- Animal no Combate à Erosão,
Ruminantes, Garcia, Libera de-mia de História Militar Ter- Mario Borgonovi, Secretaria
e Barros Filho, Livraria Varela restre do Brasil, Resende, RJ, da Agricultura do Estado de
Ltda, São Paulo, SP, 1996; 2008; São Paulo, São Paulo, SP, 1945;
* Dicionário de Contabilidade, * Do Litoral ao Sertão, Mano- * A Defesa Nacional, revista
Antônio Lopes de Sá, Editora el Funchal Garcia, Biblioteca periódica publicada pela Bi-
Atlas, São Paulo, SP, 1990; do Exército, Rio de Janeiro, RJ, blioteca do Exército Editora;
* Contabilidade: Teoria e Prá- 1965; * Novíssimo Dicionário da
tica, Alvísio Grecco e Lauro * Andrade Neves, o Vanguar- Língua Portuguesa, Alpheu
Arend, Sagra-Luzzatto, Porto deiro!, Deoclécio de Paranhos Tersariol, LIBRA Empresa Edi-
Ale-gre, RS, 1997; Antunes, Biblioteca do Exérci- torial, São Paulo, SP;
* Dragões de Rio Pardo, Para- to, Rio de Janeiro, RJ, 2008; * Gauchadas do Candinho Bi-
nhos Antunes, Biblioteca do * Santiago-RS, Núncia Santo- charedo, Orlando Lago Vilela,
Exército, Rio de Janeiro, RJ, ro de Constantino, Martins Li- Martins Livreiro, Porto Alegre,
1954; vreiro, Porto Alegre, RS, 1984; RS, 1983;
* João Fernandes Vieira, José * Críticas, João Ribeiro, ABL, * Grande Enciclopédia Portu-
Antônio Gonsalves de Mello, Rio de Janeiro, RJ, 1961; guesa e Brasileira, Editorial En-
volume II, Universidade do Re- * Os Meteoritos e a História ciclopédia, Lisboa, Portugal;
cife, Recife, PE, 1956; de Bendengó, Wilton Pinto de * Cadernos de História, publi-
* História Militar do Brasil – a Carvalho, Salvador, BA, 1995; cação periódica do Memorial
Campanha de 1851/1852, vo- * 6ª Brigada de Infantaria Blin- do Rio Grande do Sul, Porto
lume 2, Genserico de Vascon- dada, Cláudio Moreira Bento, Alegre, RS;
22 O TUIUTI
AHIMTB/RS do Exército, Rio de Janeiro, RJ, Livraria do Globo, Porto Ale-
1951; gre, RS, 1933;
* Contabilidade Rural, José * Reminiscências da Campa- * Diário do Exército 1869-
Carlos Marion, Editora Atlas, nha de 1827, A. A. F. de Sewe- 1870, Alfredo D’Escracgnolle
São Paulo, SP, 1985; loh; Taunay, Biblioteca do Exérci-
* Época, revista publicada pela * Memórias de José Garibaldi, to Edi-tora, Rio de Janeiro, RJ,
Editora Globo, São Paulo, SP; Alexandre Dumas, Compa- 1958.
* Scientific American, revista nhia Graphico – Editora Mon- * Deuses Animais, Elisabeth
publicada pela Editora Seg- teiro Lo-bato, São Paulo, SP, Loibl, Círculo do Livro, São
mento, São Paulo, SP; 1925; Paulo, SP.
* Devassa Sobre a Entrega da * Tipos e Aspectos do Brasil, * Dicionário da Origem e da
Villa do Rio Grande às Tropas Conselho Nacional de Geo- Vida das Palavras, Luiz A. P. Vi-
Castelhanas, Instituto Históri- grafia, Rio de Janeiro, RJ, 1963; tória, Rio de Janeiro, RJ, 1958;
co e Geográfico do Rio Grande * Invasão Paraguaia, Cônego * Dicionário de Termos Pró-
do Sul, Rio Grande, RS, 1937; João Pedro Gay, Universidade prios e Relativos, Anselmo
* Maldita Guerra, Francisco de Caxias do Sul e Instituto Es- Mazurkiewicz, Editora Vozes,
Doratioto, Editora Schwarcz, tadual do Livro, Caxias do Sul, Petrópolis, RJ, 1968.
São Paulo, SP, 2002; RS, 1980;
* Máquinas Motoras na Agri- * Ciclo do Carro de Bois no Bra-
cultura, Luís Geraldo Mialhe, sil, Bernardino José de Souza,
USP, São Paulo, SP, 1980; Companhia Editora Nacional, Creio que a bibliografia tem
* Seleção do Equipamento São Paulo, SP, 1958; função precípua de facilitar ao
Agrícola, Odilon Saad, Editora * Grandes Soldados do Brasil,
Nobel, São Paulo, SP, 1983; leitor a pesquisa às fontes que
Lima Figueiredo, Livraria José o autor cita; assim pensando,
* Mecanização na Cultura do Olimpio Editora, Rio de Janei-
Milho Utilizando a Tração Ani- achei secundário elencar a bi-
ro, RJ, 1944;
mal, circular técnica nº 9, EM * Casernas e Escolas, Lima Fi- bliografia exatamente na for-
-BRAPA/CNPSM, Sete Lagoas, gueiredo, Biblioteca Militar, ma como mandam as regras
MG, set/1985; de normatização bibliográfica.
Gráfica Laemmert, Rio de Ja-
* Manual do Criador de Bovi-
neiro, RJ, 1950;
nos, Nicolau Athanassof, Com-
* Os Sertões, Euclides da
panhia Melhoramentos, São •
Cunha, Livraria Francisco Al-
Paulo, SP, 1941;
ves, 15ª edição, Rio de Janeiro,
* Enciclopédia Conhecer, Edi-
RJ, 1940;
tora Abril Cultural, São Paulo,
* História da Grande Revolu-
SP, 1982;
ção, Alfredo Varella, volume 3,
* História Militar do Brasil – a
Campanha de 1851/1852, vo-
lume 1, Genserico de Vascon- SOBRE O AUTOR
cel-los, Biblioteca Militar, Rio
de Janeiro, RJ, 1921; Ênio Kersting Corrêa é natural de Rio
Pardo, RS, formado em Engenharia Agrí-
* Vida de Aparicio Saravia – El cola pela Universidade Luterana do Brasil.
Gaucho de La Libertad, Edito- Analista tributário do Ministério da Fa-
rial Tor, Buenos Aires, Argen- zenda, sua veia literária derivou em
tina; diversas obras, incluindo Linguagem
* Reminiscências da Campa- Gauchesca, que aborda usos e curio-
nha do Paraguai, Dionísio Cer- sidades das expressões regionalistas
do RS. Também teve participações
queira, Biblioteca do Exército, literárias diversas nas obras Autores
Rio de Janeiro, RJ, 1980; Gaúchos (2007 a 2010) É membro da
* A Batalha do Passo do Rosá- AHIMTB/RS.
rio, Tasso Fragoso, Biblioteca
O Curso de Relações Internacionais e
os Militares: Leituras Fundamentais
Antônio César G. Borges*
S
er bacharel em Relações internacionais é um novo desafio para os egressos das universida-
des, pois requer trafegar por diferentes disciplinas desde as ciências, as tecnologias, o meio
ambiente até a sociologia e a política. As modificações das fronteiras e as crises do mundo
contemporâneo surgidas com velocidades cada vez maiores foram estímulos para que a UFPEL
criasse o Curso de Relações Internacionais situando-o estrategicamente no Centro de Integração
do Mercosul.
Afinal, desde 1994 a UFPEL detém a administração do tratado binacional da Lagoa Mirim e em
2005 passou a participar, a convite do Itamarati, das reuniões de alto nível preparatórias dos en-
contros dos presidentes dos países membros daquele bloco econômico e social. Portanto, havia
o ambiente propício para o desenvolvimento do Curso de Relações Internacionais com apoio do
instituto de Ciências Humanas, da Faculdade de Direito e do curso de História.
Assim a biblioteca da Universidade e do próprio curso passou a ser procurada cada vez mais
pêlos estudantes do novo curso para a preparação de seminários, debates e teses. Percebi, en-
tretanto, numa tarde de domingo em encontro casual no Café Aquários com o Coronel Cláudio
Moreira Bento que nossas bibliotecas provavelmente são carentes de exemplares sobre o papel
do Exército brasileiro na manutenção das nossas fronteiras e na integridade do território nacio-
nal. Este sentimento se tornou claro para mim quando naquele momento fui presenteado com o
livro "Brasil: Lutas contra invasões, ameaças e pressões externas" com generosa dedicatória com
referencia a meu bisavô com quem o autor convivera em sua infância!
O livro escrito sob o olhar atento e contemporâneo do historiador Cláudio Moreira Bento revela
não apenas didática exemplar mas sobretudo a capacidade de, em poucas palavras, transmitir
ao leitor como nosso país se tornou integrado em território tão vasto. Então aprendi que certa-
mente seríamos menores em espaço e em influencia política no continente se os militares não
houvessem vencidos seis grandes batalhas, desde a disputa com os franceses no norte e no nor-
deste, no Rio de Janeiro e no Maranhão, na expulsão dos holandeses e até a luta pela Colônia do
Sacramento mais próxima de todos nós.
Quando cheguei ao término da leitura, verifiquei mais ainda da necessidade dos novos alunos
de Relações Internacionais se debruçarem sobre as obras editadas pela Federação das Acade-
mias de História Militar Terrestre do Brasil, dentre as quais se destacam os livros do historiador
Cláudio Moreira Bento. A leitura de informações dessas academias e do Instituto Histórico e Ge-
ográfico Brasileiro não apenas são fundamentais para os alunos que estudam nossas fronteiras,
mas servirá também para modificar o conceito equivocado que grande parte dos estudantes
tem sobre o valoroso e honrado Exército Brasileiro.
(*) Médico, ex-Reitor da UFPEL, Diário da Manhã, Pelotas, 16 Set 2015, Editor Chefe: Hélio Freitag.
O Marco da
Rendição
O Delegado da AHIMTB/RS em Uruguaiana Carlos Fonttes remeteu a seguinte matéria, de gran-
de importância histórica, mormente por ocasião, em 2015, do Sesquicentenário da Guerra do
Paraguai.
RELATÓRIO OFICIAL PARA COLOCAÇÃO DE MARCO NO LOCAL EXATO ONDE, EM 18 Set 1865,
O Tenente-Coronel ANTONIO DE LA CRUZ ESTIGARRIBIA, DE PRÓPRIO PUNHO, ASSINOU SUA
RENDIÇÃO EM URUGUAIANA, RS, AO MINISTRO DA GUERRA ÂNGELO MUNIZ DA SILVA FERRAZ
Proponentes: Historiador militar Carlos Fonttes, Delegado da AHIMTB/RS e Vereador Irani Fer-
nandes.
Pela AHIMTB/RS
Luiz Ernani Caminha Giorgis, Cel
Presidente
O TUIUTI
AHIMTB/RS 25
A FAHIMTB E SUA ANTECESSORA, A AHIMTB O TUIUTI
Informativo oficial da AHIMTB/RS
A Academia de História Militar Terrestre do Brasil
(AHIMTB) foi fundada em Resende, RJ, em 1º de Para visualização, recomendamos o
uso de um leitor de PDF atualizado
março de 1996 e reorganizada em 23 de abril de 2012 (ADOBE Reader ou equivalente,
como Federação de Academias de História Militar versão 5.0 ou superior) com as
Terrestre do Brasil (FAHIMTB), com sede no interior da opções do Menu View, ítem Page
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), e mais Display, Two Page VIew, Show Gaps
Between Pages e Show Cover Page
cinco academias federadas: in Two Pages View ligadas. Dessa
forma, a publicação será exibida
- A AHIMTB/RESENDE – Academia Marechal Mário na forma projetada. Caso seu
Travassos, junto à FAHIMTB na AMAN e presidida pelo programa esteja em Português,
escolha no Menu Visualizar, o
acadêmico emérito Cel Claudio Moreira Bento; ítem Exibição da Página, clique
em Exibição em Duas Páginas e
- A AHIMTB/Distrito Federal – Academia Marechal Exibir Página de Rosto em Exibição
José Pessoa, com sede no Colégio Militar de Brasília, em Duas Páginas.
sob a presidência do acadêmico emérito Gen Div
Arnaldo Serafim;