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Uma jornada
pela história da língua
portuguesa
Movimentos de
(des)construção
PORTFÓLIO DE ATIVIDADES
Redenção - CE
2023
Objetivo:
O presente trabalho tem como objetivo registrar os temas tratados e as
experiências vivenciadas durante as aulas da disciplina História da Língua
Portuguesa, do curso de Letras língua portuguesa da Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB, ministrada pela professora
Dra. Juliana Geórgia Gonçalves de Araújo no período de Agosto a Dezembro de
2023.
O portfólio tem como título “Uma jornada pela história da língua portuguesa:
movimentos de (des)construção”, uma vez que a proposta da disciplina é conhecer a
língua portuguesa a partir de uma perspectiva que dá visibilidade às raízes africanas
e indígenas para a formação do português brasileiro, visando reflexões críticas e a
desconstrução das histórias únicas que foram contadas a partir do ponto de vista
europeu.
SEXTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2023
Aula Introdutória
Na aula introdutória da disciplina, iniciamos com uma atividade de pesquisa que consistia
em buscar a origem do nosso nome e dos nomes dos nosso colegas.
RAYANE - de origem hebraica, veio de Rayyan, significa renascida.
A atividade foi interessante pois nos permitiu refletir sobre as diferentes origens que os
nomes podem ter, entretanto, há um padrão, ou seja, latim, hebraico e grego, que são línguas
consideradas centrais para o surgimento de outras línguas. Desse modo, é interessante pensar em
que outras línguas são estruturantes e que muitas vezes são se destacam pois estamos
acostumados a olhar em um perspectiva eurocentrada.
Além disso também discutimos um pouco sobre a ementa da disciplina e as atividades
avaliativas que seriam realizadas ao longo do semestre.
PRETUGUÊS
Lélia Gonzalez
"É engraçado como eles gozam a gente quando a gente diz que é Framengo. Chamam a gente de ignorante dizendo
que a gente fala errado. E de repente ignoram que a presença desse r no lugar do l, nada mais é que a marca
linguística de um idioma africano, no qual o l inexiste. Afinal, quem é o ignorante? Ao mesmo tempo, acham o maior
barato a fala dita brasileira, que corta os erres dos infinitivos verbais, que condensa você em cê, o está em tá e por aí
afora. Não sacam que estão falando pretuguês." (GONZALEZ, Lélia, 1984, p.238)
O Pretuguês é a língua portuguesa falada no Brasil com as marcas das línguas africanas dos
povos que foram sequestrados e trazidos para serem escravizados. Entender esse fenômeno é
essencial para compreender que a história da língua portuguesa não se resume a uma evolução do
latim, mas que, no caso do português brasileiro, se define pela presença das línguas indígenas e
africanas. Pensando nesse termo, fiz uma pesquisa rápida a partir da tag Pretuguês na barra de
pesquisa do instagram e encontrei o perfil “Letras, câmera, ação!”, criado por professoras de
Língua Portuguesa, do Cefet-RJ, campus Maria da Graça para divulgar práticas de ensino
relacionadas aos letramentos digitais. Destaco o projeto no qual foi produzido o Glossário do
pretuguês, com os alunos do primeiro ano do ensino médio. As professoras falaram sobre o termo
pretuguês, Lélia Gonzalez e a origem africana de diversas palavras da língua portuguesa e os
alunos produziram posts com verbetes de palavras de origem africana. Abaixo, alguns dos posts
produzidos:
O projeto, além de promover o letramento digital, também trabalha na perspectiva decolonial
e se enquadra na proposta da Lei 10.635/2003, dando destaque às culturas e línguas africanas
que desempenham um importante papel na formação histórico-cultural brasileira.
GIRA DIALÓGICA
“[...] o eurocentrismo não é a perspectiva cognitiva somente dos europeus, mas torna-se também
do conjunto daqueles educados sob sua hegemonia.” (OLIVEIRA; CANDAU, 2010, p. 19 apud
FULY)
A partir desse trecho podemos destacar o prefácio d’Os condenados da terra, no qual Jean-
Paul Sartre afirma que,
A elite européia tentou engendrar um indigenato de elite; selecionava adolescentes,
gravava-lhes na testa, com ferro em brasa, os princípios da cultura ocidental, metia-
lhes na boca mordaças sonoras, expressões bombásticas e pastosas que grudam nos
dentes; depois de breve estada na metrópole, recambiava-os, adulterados.(SARTRE;
In: FANON, 1968)
Catequizar os povos, educá-los para difusão da cultura européia sempre foi parte do projeto do
colonizador, de modo que muitas culturas foram apagadas. Essa difusão ainda hoje é realizada
no ambiente escolar, um exemplo são as leituras que são disponibilizadas para crianças e
adolescentes que trazem destaque para autores e personagens brancos. Como afirma Fuly,
“A mentira e o perigo das distorções da verdadeira história dos povos, que acabam
por colocar jovens e adultos, desde a infância, debruçados em leituras hegemônicas e
deslocadas de sua cultura, por meio das quais são inseridas na literatura e em novos
mundos, porém sem a consciência de que pessoas de sua raça e lugar social podiam
ser também sujeitos reais e legítimos dessas histórias.” (FULY, p.43)
Desse modo, é importante que nós, enquanto docentes em formação, entendamos a importância
de dar destaque para a representatividade e protagonismo de crianças e jovens, negros e negras,
nos temas, materiais e atividades trabalhados em sala de aula, para que o racismo não seja
propagado no espaço escolar.
SEXTA-FEIRA, 01 DE SETEMBRO DE 2023
Os questionamentos que orientaram a discussão da aula têm como base o texto de Ataliba T.
de Castilho, no qual o autor aborda as hipóteses sobre o surgimento das línguas no mundo e as
principais famílias linguísticas existentes. A partir da leitura prévia, elaborei um breve resumo
dos principais tópicos do texto:
HIPÓTESE MONOGENÉTICA
Todas as línguas derivavam do hebraico, que teria dado origem às línguas hoje conhecidas
depois do episódio da torre de Babel.
Trata-se de uma crença baseada na Bíblia.
Não podia ser confirmada, pois com o avanço na descrição, percebeu-se a grande diferença
entre as estruturas das línguas.
Para responder a questão do surgimento das línguas, é necessário antes de tudo, fazer um
trabalho de descrição e comparação das línguas tendo como objetivos:
- Identificar as grandes famílias linguísticas
- Descrever as “línguas-filha”
- Estabelecer as tipologias linguísticas
INDOEUROPEU
“Um conjunto de línguas , aparentemente faladas seis mil anos atrás, portanto, a partir de
4.000 a.C”
“Seus usuários eram indivíduos ágrafos”
“Os linguistas descobriram que o Indoeuropeu compreende atualmente 60 línguas”
“Descoberta do Indoeuropeu” - Final do século XVIII
Viajantes europeus conhecedores de Latim, Grego e Gótico, ao passarem pela Índia, notaram
semelhanças em palavras dessas línguas e do Sânscrito. Assim surge a hipótese de que essas línguas
eram aparentadas e deveriam ter evoluído de uma língua comum. Essa língua comum foi
denominada Indoeuropeu.
Também foi discutida a presença de termos em latim no campo científico, como os nomes
das espécies animais e vegetais e os termos usados na escrita acadêmica, Apud e et al, por
exemplo. Isso nos leva a refletir sobre as línguas que são consideradas capazes de transmitir
conhecimento, latim e grego ocupavam esse espaço, por isso que ainda hoje, na esfera científica
há resquícios do latim em expressões que circulam no meio acadêmico. Atualmente, o inglês
ocupa esse espaço.
Após a discussão inicial, a turma foi dividida em dois grupos para um quiz, baseado no
capítulo “Percepção e mudança”, da obra Linguística Histórica. Foi uma metodologia muito
interessante, pois nos levou a perceber as questões centrais do texto, no que se refere ao processo
de variação e mudança da língua.
A mudança pode ser entendida como um processo natural das línguas que ocorre de forma
organizada, ou seja, as alterações mantêm a plenitude estrutural e potencial semiótico das
línguas. Trata-se de um processo lento que atinge partes específicas das línguas, nesse caso,
pode-se falar sobre mudanças fonético-fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas,
pragmáticas e lexicais.
Tendo em mente como se dá o processo de variação e mudanças, analisamos, ainda em grupo,
algumas mudanças do latim para o português com o intuito de entender como ocorreram esses
processos.
- amare habeo > a(b)eo > * aio > *eio > ei
Nesse exemplo está sendo analisada a mudança da forma amare habeo para amarei, o que
ocorre é um processo de gramaticalização, no qual alguns elementos são subtraídos ao longo do
tempo, ocorrendo uma redução fonética. O mesmo processo ocorre no pronome de tratamento
Vossa Mercê que se transforma no pronome pessoal Você, nesse caso, a expressão perde seu
significado original e adquire um novo significado e função gramatical (descoloração
semântica).
Outra questão discutida foi o surgimento do advérbio de modo (-mente), em palavras como
Perdita mente - mente perdida
Sollicita mente - mente solícita
Percebe-se que no português atual, tais palavras se tornaram advérbios: perdidamente e
solicitamente.
SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2023
Para discutir sobre os povos e as línguas Bantu foi usado como referencial teórico a
introdução e o capítulo 1 da obra África Bantu: de 3500 a.C. até o presente, de Catherine
Cymone Fourshey, Rhonda M. Gonzalez e Christine Saidi.
Para tornar a discussão mais dinâmica a proposta foi o trabalho em grupo, no qual
elaboramos questões que seriam respondidas por outro grupo.
Uma das questões mais discutidas foi:
“O que é a cosmovisão Bantu?”
A cosmovisão Bantu refere-se à visão de mundo desses povos que moldam seu modo de
viver. Nessa perspectiva, sua cosmovisão é voltada para integração do homem com a natureza.
Outra questão discutida foi a diferença entre o termo Bantu e Tradição Bantu. O primeiro
termo é genérico, levando à ideia de que Bantu é um único grupo, enquanto que Tradição Bantu
é abrangente, pois destaca as práticas linguísticas, históricas, religiosas, tratadas em conjunto
mas entendidas como heterogêneas.
Os falantes Bantu tiveram influência em todo o mundo e conseguiram povoar grande parte
do continente africano. Uma das explicações para esse fato é a relação de hospitalidade com os
forasteiros.
“A hospitalidade era uma ideologia importante e um sistema ético que informava as decisões e
escolha em relação a forasteiros e convidados. [...] Muitas comunidades de língua Bantu
reconheciam o valor de acolher os forasteiros e saudar os pioneiros.”
A hospitalidade fortalece as interações interculturais, sendo os povos Bantu, nômades,
conseguiram povoar grandes áreas, estabelecendo relações de troca e promovendo o intercâmbio
cultural. Desse modo, comparando os processos de expansão do português e da língua Bantu,
pode-se dizer que o primeiro se baseou no extermínio de povos e imposição da língua do
colonizador e o segundo baseou-se na cooperação entre os povos que permitiu o surgimento de
várias línguas pertencentes a uma raiz Bantu.
Para concluir, uma discussão importante refere-se à problemática do uso do termos línguas
Bantas, com variação em gênero e número.
Por que a norma culta é a europeia e a norma popular (considerada errada) é aquela marcada
pela presença das línguas africanas?
A língua não se separa do social e do político, desse modo, a política da colonização visava a
dominação dos povos e um aspecto dessa dominação foi a imposição linguística. As línguas se
modificaram pelos contatos, de modo que se cria a ideia do erro como uma questão social, ou
seja, quem fala a norma europeia tem mais status, nesse sentido há um silenciamento da
presença das línguas africanas no Brasil.
As línguas gerais eram derivadas das línguas nativas da Costa que pertenciam ao tronco tupi,
que eram muito semelhantes por pertencerem à mesma família, eram uma tipo de crioulo.
Devido à presença de muitas línguas indígenas, os colonizadores tentaram, de início, aprender
uma língua e usá-la para a comunicação com os povos originários e impor o seu domínio.
O foco de discussão durante a aula foi a diversidade, pois se a sociedade é plural, assim
também é a língua e a língua materializa a diversidade.
Desse modo, a imposição de um norma culta vai contra a diversidade, pois visa a
homogeneização das formas de falar, além disso, essa norma culta é o europeu e a norma
popular é assim chamada pois se afasta do padrão europeu. A grande questão é que a
singularização da língua resulta no silenciamento de povos, culturas e etnias.
Desse modo, conseguimos fazer uma comparação, em diversos níveis linguísticos em uma
perspectiva de semelhanças e diferenças, entre os países de expressão portuguesa.
Relato e registros da IX Semuni
O processo de produção do resumo expandido foi longo e consistiu em algumas etapas: as
discussões teóricas realizadas em sala de aula, a pesquisa de campo (entrevistas), a escrita do resumo e
a apresentação oral durante a IX Semana Universitária da Unilab.
As discussões teóricas foram abordadas anteriormente no portfólio, desse modo, descrevo aqui a
etapa de pesquisa de campo. Decidimos entrevistar um grupo de docentes de escolas do ensino médio
de Acarape e Redenção com o objetivo de investigar a perspectiva de ensino da história da língua
portuguesa no ensino médio associado à formação desses professores. Entrevistamos três professores e
a partir dos dados coletados discutimos sobre a necessidade de descolonizar a ementa disciplina de
história da língua portuguesa dos cursos de letras língua portuguesa e de repensar os currículos do
ensino médio de modo a dar maior espaço para abordagem dessa temática em uma perspectiva
decolonial, ou seja, de desconstruir as histórias únicas contadas do ponto de vista do colonizador,
dando destaque para a presença das línguas indígenas e africanas no português brasileiro.
A apresentação oral foi realizada no dia 22 de novembro de 2023, na VII mostra da vida estudantil
que foi realizada no Campus dos Palmares, bloco 2, sala 203, das 08:00 às 12:00. Durante o encontro,
outros resumos produzidos no âmbito da disciplina História da língua portuguesa também foram
apresentados gerando muitas discussões interessantes sobre o tema.
Oficinas:
Línguas, culturas e histórias outras
As oficinas foram planejadas em grupos, os quais deveriam pesquisar e trazer discussões para a
turma acerca da história, cultura e aspectos linguísticos dos países africanos de língua oficial
portuguesa e do Brasil.
No total foram realizadas sete oficinas com os seguintes temas:
Guiné-Bissau
Moçambique
Angola
Timor Leste
Cabo Verde
Povos Quilombolas (Brasil)
Povos Indígenas (Brasil)
SEXTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2023
A partir dos dados apresentados a reflexão que se faz é sobre a questão da oficialização do
português em detrimento das línguas étnicas e o crioulo guineense.
Sendo língua oficial, a língua portuguesa é a língua de ensino, essa é uma problemática pois a
maioria dos guineenses possuem, as línguas étnicas ou o crioulo como língua materna, de modo
que, ao chegar na escola suas línguas são silenciadas e a língua portuguesa é imposta de forma
violenta.
Para enriquecimento da oficina, o grupo trouxe a convidada guineense Vanessa, estudante do
curso de letras língua portuguesa, para trazer relatos pessoais acerca da realidade do ensino em
Guiné-Bissau. Vanessa relatou que as crianças são obrigadas a falar a língua portuguesa em sala de
aula com os professores e caso não consigam se expressar nessa língua são silenciadas. Além disso,
o material didático não é adequado para o ensino de português como língua segunda, sendo
necessário, urgentemente, pensar na adequação desse material para as realidades linguísticas e
culturais dos guineenses. Tais medidas não seriam no sentido de extinguir a língua portuguesa, mas
sim de valorizar a presença de outras línguas que constituem a identidade linguística nacional.
SEXTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2023
Dados linguísticos
Aproximadamente 60 línguas são faladas em Moçambique, pertencentes principalmente ao
tronco Bantu.
Aspectos culturais
O grupo destacou, enquanto aspecto cultural, a capulana, um tecido com textura e cores fortes
que é usado no casamento. Trouxeram esse tecido para que as pessoas tocaram e sentirem a
textura.
Literatura
Para encerrar a oficina, o grupo trouxe alguns aspectos relacionados à produção literária em
Moçambique, destacando autores mais conhecidos como Mia Couto.
Aspectos linguísticos
Trouxemos duas abordagens relacionadas à língua. A primeira foi referente ao português
brasileiro quilombola, indagando se a turma já tinha ouvido falar sobre essa variedade e o que
achavam que seria. Alguns falaram que se tratava da forma de falar dos quilombolas, desse modo
trouxemos, a partir da pesquisa sociolinguística de Silvana Silva de Farias , que se tratam de
variedades do PB faladas por comunidades quilombolas que apresentam traços da aquisição do
português em situações de intensos contatos linguísticos. Também discutimos sobre as línguas afro-
brasileiras faladas em comunidades quilombolas e que não possuem tanta visibilidade, pois para
muitos, o Brasil é um país monolíngue. A gira da tabatinga é falada da comunidade Tabatinga e a
Cupópia é falada na comunidade Cafundó, ambas são línguas com base lexical africana e matriz
gramatical portuguesa.
Aspectos culturais
Para falar sobre cultura, considerando que cada comunidade tem sua particularidade,
destacamos a Dança de São Gonçalo realizada na comunidade quilombola Serra do Evaristo.
Levamos o vídeo da dança e houveram relatos de conhecimento da comunidade, que se localiza na
cidade de Baturité, e da dança.
Para encerrar, foi feita a discussão sobre o modo como as comunidades quilombolas são
apresentadas nos sites de busca mais acessados pelos estudantes da educação básica. Os sites
apresentados foram:
Toda matéria
Wikipédia
Fizemos a leitura dos artigos e pedimos que a turma comentasse sobre as diferenças que podiam ser
observadas entre os dois sites. No toda matéria se destaca um conceito que localiza as comunidades
quilombolas no passado colonial, não dando destaque para as comunidades remanescentes de
quilombos.
Em seguida apresentamos a forma como as comunidades remanescentes de quilombos são
retratadas no site Toda Matéria:
Foram destacados:
A visão preconceituosa
trazida no site
A homogeneização, pois as
comunidades são tratadas
como se tivessem a mesma
história e cultura.
Ao final, posso dizer que a oficina ocorreu de acordo com o planejado, no tempo estimado e
contou com a participação da turma, gerando momentos de interação. Acredito que tenha se
encaixado na proposta inicial em termos de conteúdo apresentado e com a interação da turma.
SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2023
De modo geral, a oficina foi muito rica em conteúdos e nos proporcionou muitas aprendizagens,
entretanto teria sido interessante que o convidado indígena tivesse tido um maior momento de fala,
pois certamente poderia falar de sua realidade com maior propriedade.
SEXTA-FEIRA, 01 DE DEZEMBRO DE 2023
De modo geral, a oficina foi realizada de acordo com o que foi proposto, além de trazer
importantes discussões sobre língua e políticas linguísticas e a importância da valorização da
oralidade nas culturas angolanas e dos países africanos.
SEXTA-FEIRA, 01 DE DEZEMBRO DE 2023
Para concluir, destaco que a disciplina foi muito produtiva e gerou muitos debates e
desconstruções acerca da história da língua portuguesa, trazendo uma abordagem decolonial que é
muito importante e deve ser difundida em salas de aula da educação básica, mesmo considerando
os diversos entraves do sistema educacional e dos currículos estabelecidos. Trabalhar com o
desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de questionar é um ponto crucial para a
educação básica independente da área de estudo.
Considerando a limitação de aulas da disciplina, pode-se dizer que foi possível criar as bases
para o entendimento da história da língua portuguesa, agora cabe a nós, enquanto docentes em
formação e pesquisadores, nos aprofundar na temática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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contar? Caminhos para uma educação decolonial. 1ed. Curitiba: Appris, 2022.
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