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Casamento caipira

Personagens:
Noiva: Chiquinha Pai do noivo
Noivo: Zé do balaio Irmão da noiva: Zeca violeiro
Mãe da noiva Irmão do noivo
Pai da noiva: João do Facão Moço rico
Mãe do noivo: Jandira Padre

Entra o padre:
Padre: Onde é que estão os noivos? Cancelaram o casamento?
Entra o pai da noiva e a mãe da noiva arrastando a Chiquinha:
Mãe da noiva: Eu falei Chiquinha, para você não piscar para esse jacu, agora seu pai vai
fazer você casar.
Noiva: Mas mãe, eu estava piscando para o moço rico, aí o Zé entrou na frente e o pai
achou que eu pisquei para ele.
Padre: Vamos logo com esse casamento, onde está o noivo?
Mãe da noiva: Calma seu Padre, meu marido foi buscar aquele cachorro sarnento do Zé
do Balaio.
Entra o pai da noiva com um facão nas costas do noivo. Atrás, entram a mãe e o
pai do noivo.
Pai da noiva: Anda logo seu sem vergonha. Você não piscou para minha filha? Agora vai
ter que casar.
Noivo: Eu não pisquei não seu João do Facão, era um cisco que caiu no meu olho,
estava incomodando.
Irmão da noiva: Piscou sim pai, eu vi e ainda pegou na mão dela.
Todos: ohhhhhh (com espanto).
Mãe da Chiquinha: Pegou na mão dela? Ai, me segura que vou desmaiar.
Entra a mãe e o pai do noivo:
Mãe do noivo: Zé do Facão, pode largar meu filho que ele não vai casar com essa
assanhada não, ela não lava nem os pés para dormir.
Noiva: Oras, eu lavo sim.
Noivo: Lava mesmo mãe, é cheirosinho.
Zé do Facão: Você cheirou os pés dela seu, seu, seu…
Irmão do noivo: Olha mãe, essa daí está só de olho é na herança.
Pai do noivo: Deixa ele casar Jandira, depois quem vai querer casar com esse caroço de
azeitona chupada.
Irmão da noiva: Que herança o quê? Ele não tem dinheiro nenhum e ainda parece um
galo de briga arrepiado.
Zé do Balaio: Olha, nós temas duas vaquinhas na roça.
Padre: Vamos parar de conversa fiada. Vai ter casamento sim ou não?
Todos: Sim!
Ao final do sim o noivo continua falando “não”, e o pai da noiva ameaça com o
facão e ele muda e fala “sim” bem esticado.
Padre: Vamos começar logo que eu estou com fome. Zé do Balaio, você aceita se casar
com a Chiquinha?
Noivo: Não (o pai ameaça com a facão) não consigo viver sem ela, aceito.
Padre: Chiquinha, você aceita se casar com o Zé do Balaio?
Chiquinha: Sim, até que enfim vou desencalhar!
Padre: Se tem alguém aqui que é contra esse casamento, que fale agora ou se cale para
sempre.
Entra o moço rico:
Moço rico: Eu tenho! Chiquinha, não se case!
Chiquinha: Mãe, é o moço rico!
O Zé do balaio toma o facão do João e ameaça o rapaz.
Zé do balaio: Você pode sumir daqui filhote de cruz credo, a Chiquinha é minha!
Chiquinha olha emocionada para o Zé do balaio.
Chiquinha: O zé, você gosta de mim?
Entra a música “Time of my life” e eles cantam. Todos fazem a coreografia.
Padre: Eu os declaro marido e mulher e vamos para o baile pessoar

CASAMENTO CAIPIRA
Entrada dos convidados padre e padrinhos
NARRADOR:Gente a esperar
Em noite de São Jão,
Noiva no artar
Só farta chegar o Jão!
Entrada da noiva
NOIVA: Ai meu Santo Antonio,
Quê do meu João?
Será que vai me deixar
Depois de tanta produção!?

NARRADOR:Jão é cabra de palavra,


Bem que pensou desistir...
Mas se assim o fizesse,
Tinha que se ver com seu Didi!
Entrada do noivo
NOIVO: Oxente, minha flô de Maracujá!
Ainda ta aí a me esperar, ta?
Magina se eu ia deixar ocê,
Plantada nesse artar!
NOIVA: Eu sei meu beija-flor,
Que a mim tu tem amor!
NOIVO: Vamos padre!
Case nóis nesse momento...
Não tem nenhum impedimento,
Prêsse nosso casamento.
NARRADOR: O padre já cansado,
Não quer mais perder tempo!
Chama os dois pra frente,
Prumode fazer o juramento.
PADRE: Então venha para cá
João Lutero Jatobá,
Trazendo consigo a sinhá
Maria fulô Maracujá.
NARRADOR:Os dois vão pro artar
Cheios de felicidade,
Quando de repente:
Aparece uma beldade!
Entrada da amante
AMANTE: Ô Jão Lutero sei lá de que!
Acha que vai se casar é?!
Você imbuxa eu e vai casá com otra muié
NOIVO: Mai eu nunca vi ocê,
Nem na missa nem na carniça.
Esse guri não é meu,
e essa muié é uma bisca!
NOIVA: Ah!!! Jão Lutero!
Ocê vai ter que se expricá...!
Donde vem essa bisca,
Com seu filho a carregar?!

PAI DA NOIVA:Ah!!! Mai vai mermo!


Só que não é cum eu nem cum ocê.
É cum delegado da puliça,
Que esse cabra vai se ver!
NARRADOR: O coração de Jão dispara,
Suas pernas trema toda.
Inté que chega uma moça
E decidida sorta a fala.

AMIGA DA AMANTE:
Ontem mermo eu lhe vi,
Sua barriga só tinha banha.
Vamos logo de uma vez,
Acabe com essa façanha!

DELEGADO: Parem ou eu atiro! (aponta a arma)


NOIVO: Eu não te disse minha Fulô,
Que só tenho ôio pra ocê!
Vamos padre, nos case logo,
Antes que a comida acabe,
E a gente fique sem comer!
NARRADOR: E assim xegue o casório,
Noivo e noiva no artár.
Padre não se demora,
Para não contrariar.

PADRE: (faz o sinal da cruz e diz:)


Em nome de pai, de filho e de espírito santo
e pode beijar a noiva.
NOIVA: Ai! Eu tou tão feliz!!!
NOIVO: Ah! Minha fulô...
Eu não vejo a hora de ver ocê
Fazendo meu café,
Pegando a toalha prumode eu me enxugar,
Preparando a mesa para quando eu acordar!
NOIVA: Oxente! É só pra isso que ocê me quer, é?
NOIVO: Não, nóis vai fazer muitos guris, num é?!
Sorta o som!!!
pru modi nóis dançá

Autora: Ivone Alves

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