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1.1.1.

Ornitofauna

1.1.1.1. Introdução

O Brasil possui uma das maiores diversidades de aves do planeta, com


número estimado em 1.901 espécies (CBRO, 2014). A distribuição das espécies
de aves ao longo do Brasil é desigual e concentram-se na Amazônia, seguida
pela Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Campos Sulinos e Pantanal,
respectivamente (SILVA, 1995b; SILVA, 1997; STOTZ et al., 1996; SICK, 1997;
BROOKS et al., 1999; CAVALCANTI, 1999; ZIMMER et al., 2001; MACEDO,
2002; CORDEIRO, 2003; MITTERMEIER et al., 2003; SILVA et al., 2003;
TUBELIS; TOMAS, 2003; MARINI; GARCIA, 2005; SILVA; SANTOS, 2005).

Um dos primeiros estudos referentes à avifauna da região central do Brasil


foi realizado no sul de estado de Goiás (PINTO, 1936). Atualmente, a avifauna
referente à esse estado está mais bem representada nos estudos de Hidasi
(1983, 2007), que inclui uma lista com 496 espécies de ocorrência comprovada
para a região.

Na região do DF, os primeiros trabalhos referentes à avifauna foram


realizados por Snethlage (1928), Sick (1958) e Ruschi (1959), mas apenas na
década de 1980 é que foi publicada a primeira lista oficial do DF com 429
espécies (NEGRET et al., 1984). No ano de 2001, Bagno e Marinho-Filho (2001),
por meio de pesquisas bibliográficas e trabalhos de campo, publicaram a mais
completa listagem com 451 espécies. Desde então, novas publicações e
trabalhos técnicos não publicados completam a lista oficial do DF, a qual,
atualmente possui 459 espécies (BAGNO E MARINHO-FILHO, 2001; LOPEZ et
al., 2005; FARIA, 2008; QUINTAS-FILHO et al., 2010; Relatório Técnico não
publicado elaborado para o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental –
APA do Planalto Central).

1.1.1.2. Metodologia

Toda a nomenclatura científica utilizada é baseada na lista oficial do


Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2014).
As espécies ameaçadas de extinção foram determinadas de acordo com a
Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção Lista da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção de acordo com a Portaria nº 445, de 17 de
dezembro de 2014 (MMA, 2014) e a lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Outras características consideradas relevantes estão relacionadas à


distribuição das espécies, a saber: espécies endêmicas do Cerrado, restritas ao
território brasileiro, com centro de distribuição na Mata Atlântica ou na Floresta
Amazônica, visitantes e migratórias (SILVA, 1995b; SICK, 1997; BAGNO E
MARINHO-FILHO, 2001; ZIMMER; WHITTAKER E OREN, 2001; SILVA E
SANTOS, 2005; CBRO, 2014).

Para a organização dos dados foi feita a separação das espécies de


acordo com a preferência de hábitat, totalizando quatro grupos, a saber: A –
espécies relacionadas a ambientes aquáticos; C – espécies relacionadas a
ambientes campestres e savânicos; F – espécies relacionadas a ambientes
florestais; T – espécies relacionadas a habitats antropogênicos (BAGNO;
MARINHO-FILHO, 2001).

Com o intuito de organizar as espécies em guildas tróficas, foi elaborada


uma classificação baseada em nove trabalhos (SICK, 1997; ABREU, 2000;
FRANCISCO E GALETTI, 2001; GONDIM, 2001; PIRATELLI E PEREIRA, 2002;
ALMEIDA; COUTO E ALMEIDA, 2003; ANTUNES, 2005; FAUSTINO E
MACHADO, 2006; CURSINO; SAINT’ANA E HEMING, 2007). Nesta classificação,
as espécies foram separadas em sete grupos, são eles: Onívoros (se alimentam
de carne e vegetais, comem de tudo), Granívoros (se alimentam de grãos e
sementes), Insetívoros (se alimentam de insetos, artrópodes em geral),
Nectarívoros insetívoros (se alimentam de néctar e pequenos insetos), Carnívoros
(se alimentam de carne fresca, vermelha ou branca), Necrófagos (se alimentam
de restos orgânicos) e Frugívoros (se alimentam de frutos) (Tabela 01).
Tabela 01. Grupos tróficos estabelecidos e suas siglas

GRUPOS TRÓFICOS
SIGLAS CATEGORIAS
ON Onívoros
NI Nectarívoros
IN Insetívoros
CA Carnívoros
NE Necrófagos
FR Frugívoros
GRA Granívoros

1.1.1.3. Resultados

Aves da APA Gama-Cabeça de Veado – A atual lista de aves da APA Gama-


Cabeça de veado, composta por 316 espécies distribuídas em 61 famílias, dentre
as quais, as mais representativas foram Tyrannidae com 48 espécies, Thaupidae
com 34 espécies e Trochilidae com 15 espécies, é resultado de publicações
(PERES JR et al., 2007; TUBELIS, 2011) e relatórios técnicos (Plano Diretor do
JBB, Plano de Manejo da ESEC-JBB). Dentre as 316 espécies, nove estão restritas
a território brasileiro, 16 são endêmicas do Cerrado, 22 são espécies típicas da
Mata Atlântica, uma espécie é tipicamente amazônica e 13 estão ameaçadas de
extinção, das quais sete estão presentes no Livro Vermelho da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (MMA, 2014), e todas as 13 estão presentes na lista das
Espécies Ameaçadas a Nível Mundial (IUCN, 2018) (Tabela 02).

Tabela 02. Espécies restritas a território brasileiro, endêmicas do Cerrado, típicas da Mata
Atlântica, típicas da Amazônia e ameaçadas de extinção, presentes na atual lista de aves da
APA Gama-Cabeça de Veado. Legenda: (IUCN, 2018 = NT – Near Threatened; VU –
Vulnerable; EM – Endangered; MMA, 2014 = VU – Vulnerável; EM – Em Perigo).

Centro de
Restritas a Centro de
Endêmicas do distribuição na Ameaçadas de
território distribuição na
Cerrado Floresta extinção
brasileiro Mata Atlântica
Amazônica
Orthopsittaca Rhea americana
Nothura minor Nothura minor Brotogeris tirica
manilatus NT (IUCN, 2018)
Nothura minor
Nystalus Taoniscus Lophornis
- EN (MMA, 2014);
maculatus nanus magnificus
VU (IUCN, 2018)
Taoniscus nanus
Lophornis Alipiopsitta Thalurania
- EN (MMA, 2014);
magnificus xanthops glaucopis
VU (IUCN, 2018)
Hylophilus Melanopareia Amazilia lactea - Urubitinga coronata
Centro de
Restritas a Centro de
Endêmicas do distribuição na Ameaçadas de
território distribuição na
Cerrado Floresta extinção
brasileiro Mata Atlântica
Amazônica
EN (MMA, 2014);
amaurocephalus torquata
EN (IUCN, 2018)
Scytalopus Herpsilochmus Baryphthengus Laterallus xenopterus
-
novacapitalis longirostris ruficapillus VU (IUCN, 2018)
Scytalopus
Myiothlypis Geositta Ramphastos novacapitalis
-
leucophrys poeciloptera dicolorus EN (MMA 2014)
NT (IUCN, 2018)
Geositta poeciloptera
Knipolegus Syndactyla Picumnus
- EN (MMA, 2014);
franciscanus dimidiata albosquamatus
VU (IUCN, 2018)
Thamnophilus Clibanornis Melanerpes Culicivora caudacuta
-
pelzelni rectirostris flavifrons VU (IUCN, 2018)
Alectrurus tricolor
Myiothlypis Dysithamnus
Brotogeris tirica - VU (MMA, 2014);
leucophrys mentalis
VU (IUCN, 2018)
Antilophia Conopophaga Neothraupis fasciata
- -
galeata lineata NT (IUCN, 2018)
Porphyrospiza
Cyanocorax Automolus
- - caerulescens
cristatellus leucophthalmus
NT (IUCN, 2018)
Saltatricula Xiphocolaptes Charitospiza eucosma
- -
atricollis albicollis NT (IUCN, 2018)
Coryphaspiza
Knipolegus Xiphorhynchus melanotis
- -
franciscanus fuscus EN (MMA 2014)
VU (IUCN, 2018)
Porphyrospiza Phyllomyias
- - -
caerulescens virescens
Charitospiza Mionectes
- - -
eucosma rufiventris
- Scytalopus Corythopis - -
novacapitalis delalandi
- - Myiornis - -
auricularis
- - Myiobius - -
barbatus
- - Contopus - -
cinereus
- - Schiffornis - -
virescens
- - Lanio melanops - -
- - Arremon - -
flavirostris
Aves do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB – Para o Complexo
Conservacionista JBB/ESEC-JBB estão descritas, atualmente, 277 espécies
distribuídas em 54 famílias, dentre as quais, as mais representativas são
Tyrannidae com 44 espécies, Thaupidae com 32 espécies e Trochilidae com 14
espécies (Tabela 1). Tal lista é resultado de publicações (PERES JR et al., 2007),
relatórios técnicos (Plano Diretor do JBB, Plano de Manejo da ESEC-JBB) e
pesquisas realizadas pela própria UC, as quais contribuíram com mais sete novos
registros para área da ESEC-JBB, a saber: Urubitinga coronata (águia-cinzenta)
(Figura 1), Geotrygon montana (pariri) (Figura 2), Poecilotriccus latirostris
(ferreirinho-de-cara-parda), Myiopagis caniceps (guaracava-cinzenta) (Figura 3),
Myiopagis gaimardii (maria-pechim), Saltator maximus (tempera-viola) e Sicalis
luteola (tipio) (Figura 4).

Figura 1. Urubitinga coronata (Foto: Sergei Figura 2. Geotrygon montana (Foto: Sergei
S. Q. Filho) S. Q. Filho)

Figura 3. Myiopagis caniceps (Foto: Sergei Figura 4. Sicalis luteola (Foto: Sergei S. Q.
S. Q. Filho) Filho)
Tabela 1. Lista de aves do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB. Legenda: Status = (R) residente; (EB) restrita a território brasileiro; (EC)
endêmica do Cerrado; (VN) visitante do hemisfério norte; (AT) típica da Mata Atlântica; (AM) típica da Floresta Amazônica; P.H (Preferência de
habitat) = (F) florestal; (C) área abertas de cerrado; (A) associadas a ambientes aquáticos; (T) associadas a ambientes urbanos; G.T (guildas
tróficas) = (ON) onívora; (IN) insetívora; (NE) necrófaga; (NI) nectarívora insetívora; (FR) frugívora; (GR) granívora; (CA) carnívora; I.ecol
(Importância Ecológica) = (PR) predadora; (D) dispersora de sementes; (PO) polinizadora; (DE) detritívora; I.econ (Importância Econômica) = (CIN)
cinegética; (TR) visada pelo tráfico; Espécies ameaçadas = (VU) vulnerável; (EN) em perigo; (NT) alto risco de ameaça.

I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
n
Tinamiformes Huxley, 1872
Tinamidae Gray, 1840 6
Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) R F ON CIN
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) R C ON CIN
Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) R C ON CIN
Nothura minor (Spix, 1825) R, EB, VU (MMA, 2014); VU (IUCN,
EC C ON CIN 2018)
Nothura maculosa (Temminck, 1815) R C ON CIN
Taoniscus nanus (Temminck, 1815) VU (MMA, 2014); VU (IUCN,
R, EC C ON CIN 2018)
Galliformes Linnaeus, 1758
Cracidae Rafinesque, 1815 1
Penelope superciliaris Temminck, 1815 R F ON CIN
Podicipediformes Fürbringer, 1888
Podicipedidae Bonaparte, 1831 2
Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) R A CA PR
Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) R A CA PR
Pelecaniformes Sharpe, 1891
Ardeidae Leach, 1820 6
Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) R A CA PR
Butorides striata (Linnaeus, 1758) R A CA PR
Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) R C IN
Ardea alba Linnaeus, 1758 R A CA PR
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) R C IN
Egretta thula (Molina, 1782) R A CA PR
Threskiornithidae Poche, 1904 2
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) R F ON D,PR n
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) R C ON D,PR
Cathartiformes Seebohm, 1890
Cathartidae Lafresnaye, 1839 3
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) R C NE DE
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) R C NE DE
Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) R F NE DE
Accipitriformes Bonaparte, 1831
Accipitridae Vigors, 1824 8
Leptodon cayanensis (Latham, 1790) R F CA PR
Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 R C CA PR
Elanus leucurus (Vieillot, 1818) R C CA PR
Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) R F CA PR
Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) R C CA PR
Urubitinga coronata (Vieillot, 1817) R C CA PR EN (IUCN 2018)
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) R F CA PR
Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) R C CA PR
Gruiformes Bonaparte, 1854
Rallidae Rafinesque, 1815 5
Aramides cajaneus (Statius Muller, 1776) R F ON D CIN
Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) R F ON D CIN
Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) R F ON D CIN
Porzana albicollis (Vieillot, 1819) R C ON D CIN
Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) R F ON D CIN
Charadriiformes Huxley, 1867
Charadriidae Leach, 1820 1
Vanellus chilensis (Molina, 1782) R A ON
Columbiformes Latham, 1790
Columbidae Leach, 1820 9
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) R C FR D CIN
Columbina squammata (Lesson, 1831) R C FR D CIN
Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) F FR D CIN
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) R C FR D CIN
Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) R C FR D CIN
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) R F FR D n
CIN
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 R F FR D CIN
Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) R F FR D CIN
Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) R F FR D CIN
Cuculiformes Wagler, 1830
Cuculidae Leach, 1820 7
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) R F CA PR
Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 R F IN
Coccyzus americanus (Linnaeus, 1758) VN F IN
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 R C IN
Guira guira (Gmelin, 1788) R C IN
Tapera naevia (Linnaeus, 1766) R F IN
Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) R F IN
Strigiformes Wagler, 1830
Tytonidae Mathews, 1912 1
Tyto furcata (Temminck, 1827) R C CA PR
Strigidae Leach, 1820 6
Megascops choliba (Vieillot, 1817) R C CA PR
Bubo virginianus (Gmelin, 1788) R C CA PR
Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) R C CA PR
Athene cunicularia (Molina, 1782) R C CA PR
Asio clamator (Vieillot, 1808) R C CA PR
Asio stygius (Wagler, 1832) R C CA PR
Nyctibiiformes Yuri, Kimball, Harshman, Bowie, Braun, Chojnowski, Han,
Hackett, Huddleston, Moore, Reddy, Sheldon, Steadman, Witt & Braun,
2013
Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) 1 R C IN
Caprimulgiformes Ridgway, 1881
Caprimulgidae Vigors, 1825 8
Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) R F IN
Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) R F IN
Hydropsalis parvula (Gould, 1837) R C IN
Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) R C IN
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) R C IN n
Chordeiles pusillus Gould, 1861 R C IN
Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) R C IN
Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) R C IN
Apodiformes Peters, 1940
Apodidae Olphe-Galliard, 1887 3
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) R C IN
Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 R C IN
Tachornis squamata (Cassin, 1853) R C IN
Trochilidae Vigors, 1825 14
Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) R F NI PO
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) R F NI PO
Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) R F NI PO
Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) R F NI PO
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) R F NI PO
Chrysolampis mosquitus (Linnaeus, 1758) R F NI PO
Lophornis magnificus (Vieillot, 1817) R, EB,
AT F NI PO
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) R F NI PO
Thalurania furcata (Gmelin, 1788) R F NI PO
Polytmus guainumbi (Pallas, 1764) R F NI PO
Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) R F NI PO
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) R F NI PO
Amazilia lactea (Lesson, 1832) R, AT F NI PO
Heliactin bilophus (Temminck, 1820) R C NI PO
Trogoniformes A. O. U., 1886
Trogonidae Lesson, 1828 1
Trogon surrucura Vieillot, 1817 R F ON D TR
Coraciiformes Forbes, 1844
Alcedinidae Rafinesque, 1815 3
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) R A CA PR
Chloroceryle amazona (Latham, 1790) R A CA PR
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) R A CA PR
Momotidae Gray, 1840 1
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Baryphthengus ruficapillus (Vieillot, 1818) R, AT F ON D n
Galbuliformes Fürbringer, 1888
Galbulidae Vigors, 1825 1
Galbula ruficauda Cuvier, 1816 R F IN
Bucconidae Horsfield, 1821 2
Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) R C ON PR
Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) R, EB C ON PR
Piciformes Meyer & Wolf, 1810
Ramphastidae Vigors, 1825 3
Ramphastos toco Statius Muller, 1776 R C ON D,PR TR
Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 R F ON D,PR TR
Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 R,AT F ON D,PR TR
Picidae Leach, 1820 10
Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 R, AT F IN
Melanerpes candidus (Otto, 1796) R C IN
Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818) R, AT F IN
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) R F IN
Veniliornis mixtus (Boddaert, 1783) R C IN
Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) R C IN
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) R C IN
Celeus flavescens (Gmelin, 1788) R F IN
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) R F IN
Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) R F IN
Cariamiformes Furbringer, 1888
Cariamidae Bonaparte, 1850 1
Cariama cristata (Linnaeus, 1766) R C ON PR
Falconiformes Bonaparte, 1831
Falconidae Leach, 1820 6
Caracara plancus (Miller, 1777) R C CA
Milvago chimachima (Vieillot, 1816) R C CA
Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) R F CA
Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) R F CA
Falco sparverius Linnaeus, 1758 R C CA
Falco femoralis Temminck, 1822 R C CA
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Psittaciformes Wagler, 1830 n
Psittacidae Rafinesque, 1815 10
Ara ararauna (Linnaeus, 1758) R C FR TR
Orthopsittaca manilatus (Boddaert, 1783) R, AM C FR TR
Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776) R F FR TR
Eupsittula aurea (Gmelin, 1788) R C FR TR
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) R F FR TR
Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) R F FR TR
Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) R, EC C FR TR NT (IUCN, 2018)
Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) R F FR TR
Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) R F FR TR
Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) R C FR TR
Passeriformes Linnaeus, 1758
Thamnophilidae Swainson, 1824 8
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) R, AT F IN
Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 R F IN
Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 R, EC F IN
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) R F IN
Thamnophilus torquatus Swainson, 1825 R C IN
Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 R, EB F IN
Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 R F IN
Taraba major (Vieillot, 1816) R F IN
Melanopareiidae Ericson, Olson, Irested, Alvarenga & Fjeldså,
2010 1
Melanopareia torquata (Wied, 1831) R, EC C IN
Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873 1
Conopophaga lineata (Wied, 1831) R, AT F IN
Rhinocryptidae Wetmore, 1926 (1837) 1
Scytalopus novacapitalis Sick, 1958 R, EB, EN (MMA, 2014); NT (IUCN,
EC F IN 2018)
Dendrocolaptidae Gray, 1840 5
Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) R F IN
Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) R, AT F IN
Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) R C IN
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 R F IN n
Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) R, AT F IN
Xenopidae Bonaparte, 1854 1
Xenops rutilans Temminck, 1821 R F IN
Furnariidae Gray, 1840 12
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) R C IN
Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) R F IN
Clibanornis rectirostris (Wied, 1831) R, EC F IN
Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) R, AT F IN
Philydor rufum (Vieillot, 1818) R F IN
Syndactyla dimidiata (Pelzeln, 1859) R, EC F IN
Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) R C IN
Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) R C IN
Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 R F IN
Synallaxis albescens Temminck, 1823 R C IN
Synallaxis hypospodia Sclater, 1874 R F IN
Synallaxis scutata Sclater, 1859 R F IN
Pipridae Rafinesque, 1815 2
Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) R F FR D
Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) R, EC F FR D TR
Onychorhynchidae Tello, Moyle, Marchese & Cracraft, 2009 1
Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) R, AT F IN
Tityridae Gray, 1840 3
Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) R, AT F FR D
Pachyramphus viridis (Vieillot, 1816) R F IN
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) R F IN
Platyrinchidae Bonaparte, 1854 1
Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 R F IN
Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907 8
Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 R, AT F IN
Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 R F IN
Corythopis delalandi (Lesson, 1830) R, AT F IN
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) R F IN
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) R F IN
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) R, AT F IN n
Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) R, AT F IN
Hemitriccus margaritaceiventer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) R F IN
Tyrannidae Vigors, 1825 44
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) R C IN
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) R F FR D
Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 R F FR D
Elaenia mesoleuca (Deppe, 1830) R F FR D
Elaenia cristata Pelzeln, 1868 R C FR D
Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 R C FR D
Elaenia obscura (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) R F FR D
Suiriri suiriri (Vieillot, 1818) R C IN
Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) R F IN
Myiopagis gaimardii (d'Orbigny, 1839) R F IN
Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) R F IN
Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) R F IN
Phaeomyias murina (Spix, 1825) R F ON D
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) R F IN
Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818) R C IN VU (IUCN, 2018)
Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) R C IN
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 R F IN
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) R F IN
Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) R C IN
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) R F IN
Casiornis rufus (Vieillot, 1816) R F IN
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) R F ON D
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) R C IN
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) R F ON D
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) R F ON D
Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) R F IN
Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 R F IN
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 R C IN
Tyrannus savana Vieillot, 1808 R C ON D
Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'Orbigny & Lafresnaye, R F ON D
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
1837) n
Empidonomus varius (Vieillot, 1818) R F ON D
Colonia colonus (Vieillot, 1818) R F IN
Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) R C IN
Sublegatus modestus (Wied, 1831) R C IN
Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) R C IN
Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) R C IN
Alectrurus tricolor (Vieillot, 1816) VU (MMA, 2014); VU (IUCN,
R C IN 2018)
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) R F IN
Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) R F IN
Contopus cinereus (Spix, 1825) R, AT F IN
Knipolegus lophotes Boie, 1828 R C IN
Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) R F IN
Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) R C IN
Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) R C IN
Vireonidae Swainson, 1837 3
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) R F ON D
Vireo chivi (Vieillot, 1817) R F IN
Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) R, EB F IN
Corvidae Leach, 1820 1
Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) R, EC C ON D TR
Hirundinidae Rafinesque, 1815 6
Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) R C IN
Alopochelidon fucata (Temminck, 1822) R C IN
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) R C IN
Progne tapera (Vieillot, 1817) R C IN
Progne chalybea (Gmelin, 1789) R C IN
Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) R C IN
Troglodytidae Swainson, 1831 3
Troglodytes musculus Naumann, 1823 R C IN
Cistothorus platensis (Latham, 1790) R C IN
Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) R F IN
Polioptilidae Baird, 1858 1
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) R F IN n
Turdidae Rafinesque, 1815 5
Turdus leucomelas Vieillot, 1818 R F ON D TR
Turdus rufiventris Vieillot, 1818 R F ON D TR
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 R F ON D TR
Turdus subalaris (Seebohm, 1887) R F ON D TR
Turdus albicollis Vieillot, 1818 R F ON D TR
Mimidae Bonaparte, 1853 1
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) R C ON D
Motacillidae Horsfield, 1821 1
Anthus lutescens Pucheran, 1855 R C GR
Passerellidae Cabanis & Heine, 1850 3
Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) R C GR TR
Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) R C GR
Arremon flavirostris Swainson, 1838 R, AT F GR
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van
Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947 5
Setophaga pitiayumi (Vieillot, 1817) R F IN
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) R C IN
Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) R F IN
Myiothlypis flaveola Baird, 1865 R F IN
Myiothlypis leucophrys (Pelzeln, 1868) R, EB,
EC F IN
Icteridae Vigors, 1825 3
Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) R F ON D TR
Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) R C ON D TR
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) R C ON D TR
Thraupidae Cabanis, 1847 32
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) R F NI
Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) R, EC C FR D
Saltator maximus (Statius Muller, 1776) F FR D
Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 R F FR D TR
Nemosia pileata (Boddaert, 1783) R F FR D
Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) R F FR D
I.eco
Nome do Táxon Status P.H G.T I.ecol Espécies ameaçadas
Cypsnagra hirundinacea (Lesson, 1831) R C FR D n
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) R F FR D TR
Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) R F FR D TR
Lanio pileatus (Wied, 1821) R F FR D TR
Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) R F FR D TR
Lanio melanops (Vieillot, 1818) R, AT F FR D
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) R C FR D
Tangara palmarum (Wied, 1823) R F FR D
Tangara cayana (Linnaeus, 1766) R F FR D TR
Neothraupis fasciata (Lichtenstein, 1823) R C FR D NT (IUCN, 2018)
Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) R C FR D
Tersina viridis (Illiger, 1811) R F FR D
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) R F FR D,PO TR
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) R F FR D TR
Porphyrospiza caerulescens (Wied, 1830) R, EC C GR NT (IUCN, 2018)
Sicalis citrina Pelzeln, 1870 R C GR TR
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) R C GR TR
Sicalis luteola (Sparrman, 1789) R C GR TR
Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) R C GR
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) R C GR
Sporophila plumbea (Wied, 1830) R C GR TR
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) R C GR TR
Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) R C GR TR
Sporophila bouvreuil (Statius Muller, 1776) R C GR TR
Charitospiza eucosma Oberholser, 1905 R, EC C GR NT (IUCN, 2018)
Coryphaspiza melanotis (Temminck, 1822) EN (MMA, 2014); VU (IUCN,
R C GR 2018)
Cardinalidae Ridgway, 1901 1
Piranga flava (Vieillot, 1822) R C ON D
Fringillidae Leach, 1820 2
Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) R F ON D
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) R F ON D
Passeridae Rafinesque, 1815 1
Passer domesticus (Linnaeus, 1758) R T ON D
Espécies Ameaçadas de Extinção – Dentre as 277 espécies, 11 estão
ameaçadas de extinção, das quais cinco estão na Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção de acordo com a Portaria nº 445, de 17 de dezembro
de 2014 (MMA, 2014) e todas as 11 estão presentes na lista apresentada pela
“International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018), a saber:

Nothura minor (codorna-mineira) - Espécie rara de pequeno porte que habita


campo limpo e campo sujo. Costumam se abrigar em buracos de tatu ou
aberturas no solo, sua dieta constitui principalmente de grãos e pequenos
invertebrados. O período reprodutivo ocorre entre outubro e fevereiro. É uma
espécie endêmica do Cerrado e está classificada como espécie ameaçada na
categoria “Vulnerável”, tanto pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (MMA, 2014) como pela lista apresentada pela
“International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018). Por ser uma
espécie sensível às modificações de seu habitat vem sofrendo os efeitos de
ações antrópicas em seu ambiente preferencial.

Taoniscus nanus (inhambu-carapé) - Espécie de difícil localização, podendo


ser considerada rara e sendo encontrada em cerrado, campo limpo, campo
sujo e campo cerrado. Sua dieta consiste de semente de gramíneas. Seu
período reprodutivo ocorre entre setembro e março. Esta espécie está
praticamente desaparecida em alguns estados, mas ainda é presente em parte
de Minas Gerais e no DF. Classificada como espécie ameaçada na categoria
“Vulnerável”, tanto pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção (MMA, 2014) como pela lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018). Devido à descaracterização de seu
habitat, os indivíduos desta espécie estão diminuindo gradativamente.

Urubitinga coronata (águia-cinzenta) (Figura 1) - Espécie rara de grande porte,


característica de áreas abertas, cuja dieta básica é composta de anfíbios,
répteis, mamíferos e aves. O período reprodutivo ocorre de julho a novembro.
Estimativas realizadas indicaram uma densidade de um indivíduo para cada
500 km. Sua principal ameaça é a perda de habitats adequados, uma vez que
os campos e outras formações abertas são os primeiros a sofrerem alterações
antrópicas. Outro fator importante de ameaça está na perseguição por
fazendeiros, decorrentes de eventuais ataques a animais de criação.
Classificada como “Em perigo” pela lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Alipiopsitta xanthops (papagaio-galego) - Ocorre no Brasil Central, no nordeste


e em parte do sudeste, habitando matas secas, caatingas, buritizais, cerradão
e matas de galeria. Esta espécie nidifica em cupinzeiros terrestres ou em ocos
de árvores. Sua dieta é composta por vagens macias, frutos e larvas e ninfas
de insetos. A perda de seu habitat pela ação antrópica ameaça esta espécie
considerada quase endêmica (SIGRIST, 2009). Espécie classificada como
“Near Threatened” (preocupante) pela lista apresentada pela “International
Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-brasília) - Espécie considerada escassa,


que habita matas de galeria, próximos a pequenos cursos de água e
adjacentes a campos e cerrados Sua dieta consiste de pulpas e larvas de
insetos, além de aranhas e centípedes (SIGRIST, 2009). A nidificação ocorre
em aberturas no solo e troncos caídos. É uma espécie endêmica do Brasil
Central e faltam estudos sobre esta espécie, principalmente em relação a sua
reprodução. Espécie classificada na categoria “Em perigo”, pelo Livro Vermelho
da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2014) e “Near Threatened”
(preocupante) pela lista apresentada pela “International Union Conservation of
Nature” (IUCN, 2018).

Culicivora caudacuta (papa-moscas-do-campo) - Espécie característica de


campos limpos úmidos, sendo mais abundante em áreas que possuem
espécies de capim com talos emergentes. Não ocorre em áreas dominadas por
capins exóticos. Sua dieta é basicamente constituída por grãos. De ocorrência
ampla no Cerrado, atualmente está presente em cerca de 30% das Unidades
de Conservação existentes no bioma. Sua principal ameaça é a redução das
fisionomias das quais depende para sobreviver. Com a contínua fragmentação
das áreas contíguas, a espécie tende a ser confinada em áreas protegidas,
estando mais susceptíveis a efeitos negativos de isolamento das populações.
Classificada como “Vulnerável” pela Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção (MMA, 2014) e pela lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Alectrurus tricolor (galito) - Habita principalmente áreas de campo limpo, campo


sujo e campo úmido no bioma Cerrado. Sua reprodução coincide com o início
da estação chuvosa. Espécie sensível ao regime do fogo, sua densidade e/ou
abundância diminui drasticamente depois das queimadas, reaparecendo com
rebrota da vegetação. Sua principal ameaça é a fragmentação das fisionomias
das quais depende para sobreviver. Classificada como “Vulnerável” pela Lista
da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2014) e pela lista
apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Neothraupis fasciata (cigarrinha-do-campo) - Espécie incomum ou de


ocorrência local, pode ser encontrada em cerrados, cerradões e campos
limpos. A nidificação ocorre em outubro e novembro, sendo seu ninho em
forma de taça. A dieta consiste de frutos, sementes, artrópodes e flores
(SIGRIST, 2009). Espécie classificada como “Near Threatened” (preocupante)
pela lista apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN,
2018) em função da perda de seu habitat devido à ações antrópicas.

Porphyrospiza caerulescens (campanhinha-azul) - Espécie de ocorrência


escassa e localizada em áreas de campo sujo e campo cerrado com
preferência de áreas rupestres. Alimenta-se no chão à procura de grãos e
sementes. A expansão de monoculturas do Centro-oeste ameaça a
sobrevivência da espécie. Classificada como “Near Threatened” (preocupante)
pela lista apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN,
2018).

Charitospiza eucosma (mineirinho) - É notável pelo seu topete de penas,


encontrado frequentemente nos cerrados mais abertos e com queimadas
regulares. Vive nos galhos mais baixos de árvores e arbustos, descendo ao
solo em busca de grãos e sementes (SIGRIST, 2009). Espécie classificada
como “Near Threatened” (preocupante) pela lista apresentada pela
“International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018).
Coryphaspiza melanotis (tico-tico-de-máscara-negra) - Ocorre no Brasil Centro-
meridional em campos limpos e campos sujos, vivendo oculto entre as
gramíneas forrageando a procura de grãos e sementes. Esta espécie tem
preferência por áreas degradadas por incêndios ou onde haja gado (SIGRIST,
2009). Classificada na categoria “Em perigo” pela Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (MMA, 2014) e pela lista apresentada pela
“International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Espécies Restritas a Territótio Brasileiro (EB) – Segundo a lista


apresentada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2014),
dentre as 1.901 espécies descritas para o Brasil, 270 estão restritas ao
território brasileiro. Destas, sete constam na atual lista de aves da ESEC-JBB,
das quais duas já foram citadas anteriormente como ameaçadas de extinção,
Nothura minor (codorna-mineira) e Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-
brasília). As demais espécies são Lophornis magnificus (topetinho-vermelho),
Nystalus maculatus (rapazinho-dos-velhos) (Figura 5), Thamnophilus pelzelni
(choca-do-planalto) (Figura 6), Hylophilus amaurocephalus (vite-vite-de-olho-
cinza), Myiothlypis leucophrys (pula-pula-de-sobrancelha).

Figura 5. Nystalus maculatus (Foto: Sergei Figura 6. Thanophilus pelzelni (Foto:


S. Q. Filho) Sergei S. Q. Filho)

Espécies Endêmicas do Cerrado (EC) – Dentre as 837 espécies descritas


para o bioma Cerrado, 30 são consideradas endêmicas (SILVA, 1995b;
ZIMMER et al., 2001; SILVA; SANTOS, 2005), número considerado baixo,
associado a interconexão do Cerrado com os demais biomas brasileiros
(SILVA, 1995b). Dentre as 30 espécies consideradas endêmicas do Cerrado,
14 estão presentes na atual lista de aves da ESEC-JBB, das quais seis já
foram citadas anteriormente como ameaçadas de extinção, Nothura minor
(codorna-mineira), Taoniscus nanus (inhambu-carapé), Alipiopsitta xanthops
(papagaio-galego), Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-brasília),
Porphyrospiza caerulescens (campainha-azul) e Charitospiza eucosma
(mineirinho). As demais espécies são Herpsilochmus longirostris (chorozinho-
de-bico-comprido), Melanopareia torquata (tapaculo-de-colarinho), Antilophia
galeata (soldadinho), Clibanornis rectirostris (fura-barreira), Syndactyla
dimidiata (limpa-folha-do-brejo) (Figura 7), Cyanocorax cristatellus (gralha-do-
campo), Myiothlypis leucophrys (pula-pula-de-sobrancelha) e Saltatricula
atricollis (bico-de-pimenta) (Figura 8).

Figura 7. Syndactyla dimidiata (Foto: Figura 8. Saltatricula atricollis (Foto:


Sergei S. Q. Filho) Sergei S. Q. Filho)

Espécies Migratórias – Com exceção da espécie Coccyzus americanus


(papa-lagarta-de-asa-vermelha), espécie visitante oriunda do hemisfério norte,
as espécies migratórias estão representadas por indivíduos classificados como
residentes-migratórios (SICK, 1997), ou seja, espécies que realizam
deslocamentos dentro do território brasileiro, normalmente relacionados à
busca de recursos tróficos.
Espécies Típicas da Floresta Amazonica (AM) e Mata Atlântica (AT) –
Dentre as 277 espécies descritas para a ESEC-JBB, apenas uma é tipica da
Floresta Amazônica, Orthopsittaca manilatus (maracanã-do-buriti). Outras 20
são típicas da Mata Atlântica, ou seja, possuem seu centro de distribuição de
origem na Mata Atlântica, são elas: Lophornis magnificus (topetinho-vermelho),
Amazilia lactea (beija-flor-de-peito-azul), Baryphthengus ruficapillus (juruva-
verde), Ramphastos dicolorus (tucano-de-bico-verde), Picumnus
albosquamatus (pica-pau-anão-escamado), Melanerpes flavifrons (benedito-de-
testa-amarela), Dysithamnus mentalis (choquinha-lisa), Conopophaga lineata
(chupa-dente) (Figura 9), Xiphorhynchus fuscus (arapaçu-rajado),
Xiphocolaptes albicollis (arapaçu-de-garganta-branca), Automolus
leucophthalmus (barranqueiro-de-olho-branco) (Figura 10), Myiobius barbatus
(assanhadinho), Schiffornis virescens (flautim), Mionectes rufiventris (abre-asa-
de-cabeça-cinza), Corythopis delalandi (estalador), Poecilotriccus latirostris
(ferreirinho-de-cara-parda), Myiornis auricularis (miudinho), Contopus cinereus
(papa-moscas-cinzento), Arremon flavirostris (tico-tico-de-bico-amarelo) e Lanio
melanops (tiê-de-topete).

Figura 9. Conopophaga lineata (Foto: Figura 10. Automolus leucophthalmus


Sergei S. Q. Filho) (Foto: Sergei S. Q. Filho)

Espécies x Habitats – Seguindo a classificação utilizada por Bagno e Marinho-


Filho (2001), quanto ao grau de dependência das espécies aos ambientes e
quanto à importância destes para o forrageamento e a reprodução, dentre as
277 espécies registradas em campo, 150 estão relacionadas a ambientes
florestais (F), 117 estão relacionadas a ambientes abertos de Cerrado (C), 10
esta associadas a ambientes aquáticos (A) e uma espécie relacionada a áreas
urbanas (Figura 11).

160 150

140
117
120

100 F

80 C
A
60
T
40

20 10
1
0
Ambientes

Figura 11. Gráfico representativo do número de espécies por preferência de habitat para
o grupo Ornitofauna

Espécies de Importância Ecológica (dispersores, polinizadores e


predadores) – Muitas das espécies registradas em campo possuem
significativa importância ecológica, em função de se enquadrarem no grupo de
espécies potencialmente dispersoras de sementes (D), polinizadoras (PO) de
inúmeras espécies vegetais e predadoras (PR), esta última, muitas vezes,
atuando no controle populacional de insetos maiores e pequenos roedores.
Dentre as espécies potencialmente dispersoras de sementes estão alguns
representantes da Família Thraupidae, assim como das Famílias Tyrannidae,
Pipridae (Figura 12) e Turdidade. Para as espécies potencialmente
polinizadoras estão representantes da família Trochilidae (Figura 13) e alguns
da família Thraupide, como Coereba flaveola (sebinho) e Dacnis cayana (saí-
azul). Entre as espécies potencialmente predadoras estão representantes das
Famílias Falconidae (falcões) (Figura 14), Strigidae (corujas), Accipitridae
(gaviões), Ardeidae (garças e socós), Ramphastidae (tucanos), entre outras.
Figura 12. Antilophia Figura 13. Heliactin Figura 14. Falco sparverius
galeata (Foto: Sergei S. Q. bilophus (Foto: Sergei S. Q. (Foto: Sergei S. Q. filho)
Filho) Filho)

Espécies de Importância Econômica procuradas pelo tráfico e


cinegéticas – Algumas das espécies registradas em campo são procuradas
pelo tráfico de animais silvestres. As cores, o canto e a inteligência estão entre
os principais atrativos e a manutenção destas espécies é dificultada pela
retirada de filhotes e ovos dos ninhos. Dentre as espécies que se enquadram
nesta categoria merecem destaque representantes das Famílias Pscittacidae
(Figura 15), Turdidae (Figura 16), Pipridae, Thraupidae, Ramphastidae,
Corvidae, Passerellidae, entre outros.

Figura 15. Ara ararauna (Foto: Sergei S. Q. Figura 16. Turdus amaurochalinus (Foto:
Filho) Sergei S. Q. Filho)

Espécies cinegéticas são aquelas normalmente utilizadas na


alimentação pela população, principalmente em zonas rurais, além de serem
alvos frequentes de caçadores. Dentre as espécies que se enquadram nesta
categoria estão representantes das Famílias Tinamidae, Anatidae, Cracidae
(Figura 17), Columbidae, Rallidae (Figura 18), entre outros.
Figura 17. Penelope superciliaris (Foto: Figura 18. Aramides cajaneus (Foto:
Sergei S. Q. Filho) Sergei S. Q, Filho)

1.1.1.4. Referências Bibliográficas

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Cerrado. Dissertação de Mestrado, Departamento de Pós-Graduação em
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