ESCOLA DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA Zoologia de Invertebrados II Prof. Jarbas de Mesquita Neto 2º. Semestre de 2023
Discentes: Ana Carolina O. Bastos, Aline Mendonça, Ágatha Renata Barbosa,
Fernanda Barreto, Karla Myrela.
Data da prática: 13/09/2023
INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo apresentar a zonação de algumas espécies
presentes no costão da Praia Vermelha, Urca - Rio de Janeiro. Foi descrita a zonação de 3 organismos: algas, mexilhões e cracas. São organismos muito importantes economicamente e ecologicamente. As espécies encontradas nas costas possuem diversas adaptações para viverem nesse ambiente, dentre elas, adaptações para suportarem as mudanças das marés, a exposição ao sol, a submersão na água, para se fixarem ao substrato e suportar a pressão de ondas, ventos e outros fatores. Três zonas principais caracterizam a distribuição dos organismos: supralitoral, região que não é coberta pela água, mas pode receber jatos de água, respingos; mesolitoral, região fica exposta ou submersa, dependendo da maré; infralitoral, região completamente submersa na água. Diferentes organismos podem se adaptar melhor em diferentes zonas, para que tenham uma condição mais favorável.
MATERIAIS
Bloco de anotações; Caneta; Fio de nylon; Peso; Fita métrica; Transferidor.
PROCEDIMENTOS / MÉTODOS
O procedimento foi realizado em um costão rochoso, onde foi mensurada a
zona dos mexilhões, a zona das cracas e a zona das algas. Foi observada a predominância numérica das cracas, mexilhões e algas, seu tamanho, batimento de ondas, sua posição em relação ao costão rochoso, grau de exposição à água e ao ar. Um dos procedimentos realizados foi a medição do ângulo médio e do tamanho de cada zona do costão. Esse procedimento foi realizado com o peso no fio de nylon e o transferidor. Método utilizado para medir o ângulo do costão rochoso: Fonte: fernanda barreto (figura 1: instruções de como mensurar o ângulo do costão)
RESULTADOS
Durante a saída de campo, observamos e medimos cada zona, e foram
obtidos os seguintes resultados: Na zona de mexilhões foi constatado que há predominância nas regiões entre marés, em um ângulo de 30° graus e em uma profundidade de 78 cm. Na zona de cracas, sua predominância foi observada na região supralitoral, em um ângulo de 30° graus e em uma profundidade de 80 cm. Na zona de algas há predominância na região mesolitoral, ficando expostas e submersas dependendo dos efeitos da maré, em um ângulo de 50° e em uma profundidade de 64 cm. Fonte: Ágatha Renata Barbosa (Figura 1: Zona de mexilhões) Fonte: Ágatha Renata Barbosa (Figura 2: Zona de cracas) Fonte: Cristiano Martins Vieira. (Figura 3: Zona de cracas) Fonte: Ágatha Renata Barbosa. (Figura 4: Zona de algas)
DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Através da prática de Zonação, foi possível observar a presença de
diferentes organismos no costão rochoso, as variadas regiões em que suas presenças são mais abundantes, e suas distribuições nas mesmas, que são diretamente determinadas por suas condições e adaptações às ações da maré. Estas atividades geram novos conhecimentos acerca do ecossistema, da ecologia do ambiente estudado, e como o mesmo funciona e interage com os organismos nele presentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARA, A.; CARMINATTO, A. Proposta de estudo em campo: distribuição
de organismos influenciados pela maré no ecossistema de costão rochoso. Barrella UNISANTA Bioscience, v. 8, n. 2, p. 203–210, 2019. Disponível em: https://ojs.unisanta.br/index.php/bio/article/viewFile/1953/1469 acesso em: 19 set. 2023
FONSECA, D. CONSEQUÊNCIAS GEOMÉTRICAS DE PROCESSOS
DEPENDENTES DE DENSIDADE EM MEXILHÕES E SUA INFLUÊNCIA NA BIODIVERSIDADE DE COSTÕES ROCHOSOS TROPICAIS, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/10515/FONSECA_%20 Daniel_2018.pdf?sequence=1&isAllowed=y acesso em: 20 set. 2023.
Estudos Sobre Comunidades Bentônicas de Costões Rochosos Na Costa Brasileira e Monitoramento Das Mudanças Climáticas Estado Do Conhecimento e Desafios.