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1.1.1.

Mastofauna

1.1.1.1. Introdução

O Brasil é o país com o maior número de espécies de mamíferos,


provavelmente pela grande diversidade de seus biomas (SIGRIST, 2012).
Entre os grupos mais conhecidos e diversificados destacam-se as ordens dos
morcegos (Chiroptera, 164 espécies), dos micos e macacos (Primata, 97 spp.),
dos carnívoros, como os canídeos, felinos e mustelídeos (Carnívora, 29 spp.) e
das baleias e golfinhos (Cetácea, 41spp.). Outros grupos também são bastante
representativos, como roedores (Rodentia, 235 espécies) e, gambás e cuícas
(Didelphimorphia, 55 spp.). Por fim, somam-se ainda animais bastante
singulares, como os tamanduás, preguiças e tatus (Xenarthra, 19 spp.), os
caititus, queixadas, veados (Artiodactyla, 12 spp.), peixes-boi (Sirenia, 2 spp.),
além da anta (Perissodactyla) e do tapiti (Lagomorpha) (REDFORD;
FONSECA, 1986; REIS et al., 2006; ZEE, 2011). Seguindo o padrão global, as
ordens mais representativas são Rodentia e Chiroptera, com respectivamente
34,7% e 24,8% das espécies de mamíferos brasileiras (PAGLIA et al., 2012).

Para o Cerrado estão descritas 196 espécies de mamíferos, pouco


menos de um terço dos táxons descritos para o país (MARINHO-FILHO et al.,
2002; BONVICINO et al., 2002; WEKSLER; BONVICINO, 2005). A grande
variedade de fitofisionomias presentes no bioma, distribuídas na forma de um
mosaico de habitat, favorece a existência de uma mastofauna bastante
diversificada. Quanto ao grau de dependência aos vários ambientes
encontrados no Cerrado, a grande maioria das espécies é generalista, isto é,
vive tanto em florestas como em áreas abertas, com exceção dos roedores,
que apresentam alto grau de especificação tanto para formações campestres
como para ambientes florestais (ZEE, 2011). No entanto, o número de
endemismos do Cerrado é relativamente baixo, visto que apenas 16 espécies
(8,2%) são consideradas endêmicas (BONVICINO et al., 2002; WEKSLER;
BONVICINO, 2005). Uma importante característica dos mamíferos endêmicos
do Cerrado é que mais da metade das espécies são restritas às formações
abertas e savânicas da região (56%), enquanto que os táxons essencialmente
florestais e os mais adaptados a diferentes tipos de habitats representam 22%
do total de espécies (MARINHO-FILHO et al., 2002).

Segundo Barros et al. (2007) e Portella et al. (2010), a lista de


mamíferos do DF é composta por 120 espécies, das quais 51 são
representantes da Ordem Chiroptera, 28 da Ordem Rodentia, 14 da Ordem
Carnivora, 10 da Ordem Didelphimorphia, sete da Ordem Xenarthra, cinco da
Ordem Artiodactyla, três da Ordem Primates, um da Ordem Perissodactyla e
um da Ordem Lagomorpha. Destas, apenas cinco são consideradas endêmicas
do Cerrado, a saber: Lonchophylla dekeyseri (morcego-beija-flor), Lycalopex
vetulus (raposinha-do-campo) e três ratos silvestres (Thalpomys lasiotis,
Oxymycterus roberti e o Calomys tener).

1.1.1.2. Metodologia

Para a complementação do diagnóstico da mastofauna foram realizados


trabalhos de campo, entre os anos 2015 a 2018, com foco no grupo dos
médios e grandes mamíferos, nos quais foram aplicadas duas metodologias:
transectos e as armadilhas fotográficas. Nos transectos, a busca ativa por
animais (observação direta) e vestígios (pegadas, fezes, tocas e vocalização)
(observação indireta) foi realizada ao longo das vias de acesso, beiras de
córregos e trilhas existentes no interior da UC. Já as armadilhas fotográficas do
tipo “câmera trap” foram instaladas em pontos estratégicos, permanecendo
nestes pontos por períodos variáveis. Foram considerados também todos os
registros oportunistas oriundos de buscas ativas assistemáticas. Os vestígios
encontrados bem como os animais avistados foram identificados com auxílio de
guias de campo (EMMONS; FEER, 1997; BECKER; DALPONTE, 1999;
BORGES; TOMAS, 2004; ANGELO et al., 2008; CARVALHO Jr.; LUZ, 2008;
MAMEDE; ALHO, 2008). Para o grupo dos pequenos mamíferos não voadores
e mamíferos alados foi realizada pesquisa bibliográfica na busca do material
concernente para atualização da lista, além de registros oportunista ocasionais.

As espécies ameaçadas de extinção foram determinadas de acordo com


a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de
dezembro de 2014 (MMA, 2014) e a lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018).
Para um melhor entendimento do diagnóstico as espécies foram
agrupadas em três grupos distintos, com base nas características morfológicas,
a saber: 1 – mamíferos de médio e grande porte; 2 – pequenos mamíferos não
voadores (roedores e marsupiais); 3 – mamíferos voadores (chiropteros).

Mamíferos de médio e grande porte – A nomenclatura científica utilizada é


baseada em Sigrist (2012). Outras características relevantes consideradas
estão relacionadas à distribuição das espécies (endêmicas do Cerrado e/ou
restritas ao território brasileiro), preferência de habitats (associadas à
ambientes florestais, abertos de cerrado ou aquáticos), dieta básica,
importância ecológica e importância econômica (MARINHO-FILHO et al., 2002;
PORTELLA et al., 2010; SIGRIST, 2012).

Pequenos mamíferos não voadores – Para o grupo dos pequenos mamíferos


(marsupiais e roedores) a nomenclatura científica utilizada é baseada em
Bonvicino et al. (2008) e Sigrist (2012). Outras características consideradas
relevantes estão relacionadas à distribuição das espécies (endêmicas do
Cerrado e/ou restritas ao território brasileiro), preferência de habitats
(associadas a ambientes florestais, abertos de cerrado ou aquáticos) e
importância sanitária (espécies potencialmente transmissoras de doenças)
(MARINHO-FILHO et al., 2002; PORTELLA et al., 2010; BONVICINO et al.,
2008; SIGRIST, 2012)

Mamíferos voadores – Para o grupo dos mamíferos alados (chiropteros) a


nomenclatura científica utilizada é baseada em Bredt et al. (2012) e Sigrist
(2012). Outras características relevantes consideradas estão relacionadas à
dieta, importância ecológica e importância sanitária (BREDT et al., 2012;
SIGRIST, 2012).

1.1.1.3. Resultados

A atual lista de mamíferos do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-


JBB é composta por 84 espécies (ZEE, 2011; DA SILVA, 2013; GASTAL, 1997;
REIS; JUAREZ, 2001; AMARAL, 2005; RIBEIRO, 2011; CAMARGO et al.,
2011; SANTOS; HENRIQUE, 2010; BONVICINO, comunicação pessoal; GDF,
2005; AGUIAR , 2000; BOCCHIGLIERI, 2000; GRACIOLLI; AGUIAR, 2002;
PERES-JR. et al., 2007), o que corresponde a aproximadamente 69% do total
de espécies descritas para o DF, número bastante expressivo. Destas, cinco
estão entre as 16 espécies (31%) endêmicas do Cerrado (ZEE, 2011). Dentre
as 84 espécies que compõe a atual lista do Complexo Conservacionista
JBB/ESEC-JBB, 30 estão no grupo dos mamíferos médios e grandes, 29 estão
no grupo dos pequenos mamíferos não voadores (marsupiais e roedores) e 25
estão no grupo dos mamíferos voadores (chiropteros).

1.1.1.3.1. Mamíferos Médios e Grandes

Para a atual lista de mamíferos médios e grandes do Complexo


Conservacionista JBB/ESEC-JBB, seis espécies presentes na lista
apresentada pelo Plano de Manejo (2009) e na lista apresentada pelo ZEE
(2011), foram retiradas da lista por absoluta falta de confirmação em pesquisas
e observações posteriores, são elas: Bradypus variegatus (preguiça), Panthera
onca (onça), Speothus venaticus (cachorro-vinagre), Cebus apella (macaco-
prego), Eira Barbara (Irara) e Pecari tajacu (Cateto). Estas espécies constavam
na lista apenas como informações antigas da literatura e provavelmente, em
função do crescimento extremamente desordenado do entorno da UC,
encontram-se extintas na área. A espécie Priodontes maximus (tatu-canastra)
foi acrescentada para lista com base de levantamentos (observação direta) por
meio de atividades de monitoramento por partes da equipe da UC. A atual lista
de médios e grandes mamíferos do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-
JBB é composta por 30 espécies distribuídas em 14 famílias (Tabela 01).
Tabela 1. Lista de médios e grandes mamíferos do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB. Legenda: T.R (Tipo de Registro) = (OD)
Observação direta; (AR) Artigo científico, dissertação e livro; (DG) Documento governamental; Di. (distribuição) = (R) residente; (EB) restrita ao
território brasileiro; (EC) endêmica do Cerrado; P. (Preferência de habitat) = (F) florestal; (C) área abertas de cerrado; (A) associadas a ambientes
aquáticos; Dieta = (ON) onívora; (IN) insetívora; (FR) frugívora; (CA) carnívora; I.ecol (Importância Ecológica) = (PR) predadora; (D) dispersora de
sementes; I.econ (Importância Econômica) = (CIN) cinegética; (TR) visada pelo tráfico; Espécies ameaçadas = (VU) vulnerável; (NT) preocupante.

Espécies
Táxon Nome Comum T.R Di. P. Dieta I.E I.C
Ameaçadas

ORDEM XENARTRHA

FAMÍLIA MYRMECOPHAGIDAE

OD,
Myrmecophaga tridactyla tamanduá- VU (IUCN, 2018),
AR, R C (IN) formigas e cupins.
(Linnaeus, 1758) bandeira VU (MMA, 2014)
DG

OD,
Tamandua tetradactyla
tamanduá-mirim AR, R F (IN) formigas e cupins.
(Linnaeus, 1758)
DG

FAMÍLIA DASYPODIDAE

OD,
Euphractus sexcinctus
tatu-peba, peba AR, R C (ON) frutos, grilos, formigas, anfíbios e larvas. D CIN
(Linnaeus, 1758)
DG
Espécies
Táxon Nome Comum T.R
OD, Di. P. Dieta I.E I.C
Cabassous unicinctus tatu-de-rabo-mole- Ameaçadas
AR, R C (IN) formigas e cupins. CIN
(Linnaeus, 1758) pequeno
DG

OD,
Dasypus novemcinctus (ON) formigas, cupins, anfíbios, frutos, raízes e
tatu-galinha AR, R C D CIN
(Linnaeus, 1758) sementes.
DG

OD,
Dasypus septemcinctus (ON) minhocas, larvas, insetos, brotos, frutos e
tatu-china, tatuí AR, R C D CIN
(Linnaeus, 1758) raízes.
DG

FAMÍLIA CHLAMYPHORIDAE

Priodontes maximus OD, (ON) minhocas, larvas, insetos, brotos, frutos e


Tatu-canastra R C D CIN VU (IUCN, 2018)
(Kerr, 1792) AR raízes.

ORDEM PRIMATA

FAMÍLIA CEBIDAE

OD,
Callithrix penicillata
mico-estrela AR, R F (ON) frutos, goma, flores, pequenos invertebrados. D TR
(É.Geoffroy, 1812)
DG
Espécies
Táxon Nome Comum T.R Di. P. Dieta I.E I.C
Ameaçadas
FAMÍLIA ATELIDAE

OD,
Alouatta caraya
bugiu-preto AR, R F Folhas, frutos, sementes, brotos, D TR
(Humboldt, 1812)
DG

ORDEM CARNIVORA

FAMÍLIA FELIDAE

OD,
Leopardus tigrinus gato-do-mato- (CA) roedores, lagartos, aves, insetos, gambás e EN (MMA, 2014),
AR, R F PR TR
(Schreber, 1775) pequeno cuícas. VU (IUCN, 2018)
DG

OD,
Leopardus pardalis (CA) pequenos roedores, tatús, tapetís, cutias, PR
jaguatirica AR, R F TR
(Linnaeus, 1758) cuícas, pacas, lagartos, anfíbios, frutas e artrópodes. /D
DG

OD,
Puma yagouarundi jaguarundi, gato- (CA) pequenos mamíferos, aves, gambás, frutas e PR
AR, R F TR
(É.Geoffroy, 1803) mourisco artrópodes. /D
DG

OD,
Puma concolor (Linnaeus, suçuarana, onça- (CA) veados, cervos, cutia, tatús, tamanduás,
AR, R F PR TR VU (MMA, 2014)
1771) parda coelhos e pequenos vertebrados.
DG
Espécies
Táxon Nome Comum T.R Di. P. Dieta I.E I.C
Ameaçadas
FAMÍLIA CANIDAE

OD,
Chrysocyon brachyurus (ON) pequenos e médios vertebrados, frutos, tatús, PR VU (MMA, 2014),
lobo-guará AR, R C/F TR
(Llliger, 1815) aves, repteis e artrópodes. /D NT (IUCN, 2018)
DG

OD,
Lycalopex vetulus (Lund, raposinha-do- R, (CA) insetos, pequenos mamíferos, gafanhotos, aves PR
AR, C TR VU (MMA, 2014)
1842) campo EC e répteis. /D
DG

OD,
Cerdocyon thous
cachorro-do-mato AR, R C/F (ON) frutos, vertebrados, anfíbios, aves e carniça. PR TR
(Linnaeus, 1758)
DG

FAMÍLIA MUSTELIDAE

OD,
Galictis cuja (Molina, furão, furão- (ON) pequenos mamíferos, aves, ovos, anfíbios,
AR, R C PR TR
1782) pequeno répteis, invertebrados e frutas.
DG

OD,
Conepatus semistriatus jeritataca, (ON) raízes, pequenos insetos, pequenos
AR, R C PR
(Boddaert, 1785) cangambá vertebrados, frutas.
DG

Lontra longicaudis (Olfers, lontra OD, R A (CA) peixes, pequenos mamíferos e insetos. PR
1818) AR,
Táxon Nome Comum T.R Di. P. Dieta I.E I.C Espécies
Ameaçadas
DG

FAMÍLIA PROCYONIDAE

OD,
Nasua nasua (Linnaeus, quati, coati, (CA) invertebrados, ovos, carniças, minhocas e
AR, R F D TR
1766) mundurucu pequenos invertebrados.
DG

OD,
Procyon cancrivorus guaxinim, mão- (ON) moluscos, peixes, sapos e outros vertebrados,
AR, R F TR
(Cuvier, 1758) pelada insetos e frutas.
DG

ORDEM PERISSODACTYLA

FAMÍLIA TAPIRIDAE

OD,
Tapirus terrestris
anta, tapir AR, R A (FR) ramos e folhas D CIN VU (IUCN, 2018)
(Linnaeus, 1758)
DG

ORDEM ARTIODACTYLA

FAMÍLIA CERVIDAE
Espécies
Táxon Nome Comum T.R
OD, Di. P. Dieta I.E I.C
Mazama gouazoubira veado-catingueiro, Ameaçadas
AR, R C (FR) folhas, frutos, brotos. D CIN
(G.Fischer, 1814) veado-pardo
DG

OD,
Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro,
AR, R C (FR) gramíneas, brotos, flores, gomas. D CIN NT (IUCN, 2018)
(Linnaeus, 1758) veado-galheiro
DG

Mazama americana OD,


veado-mateiro R F (FR) frutos, sementes e folhas. D CIN
(Erxleben, 1777) AR

ORDEM LAGOMORPHA

FAMÍLIA LEPORIDAE

OD,
Sylvilagus brasiliensis
tapeti AR, R F (FR) sementes, raízes, folhas, talos e frutos. D CIN
(Linnaeus, 1758)
DG

ORDEM RODENTIA

FAMÍLIA ERETHIZONTIDAE

Coendou prehensilis ouriço-grande OD, R F (FR) folhas, frutos e cascas de árvores. D


(linnaeus, 1758) AR,
Espécies
Táxon Nome Comum T.R Di. P. Dieta I.E I.C
Ameaçadas
DG

FAMÍLIA CAVIIDAE

Cuniculus paca AR,


paca R F (FR) frutos, sementes e brotos. CIN
(Linnaeus, 1776) DG

OD,
Dasyprocta azarae (Illiger,
cutia AR, R F (FR) frutos, sementes e brotos. D CIN
1811)
DG

Hydrochoerus OD,
hydrochaeris (Linnaeus, capivara AR, R A (FR) gramíneas e vegetação aquática. CIN
1766) DG
Espécies ameaçadas de Extinção – Dentre as 30 espécies, nove estão
ameaçadas de extinção, das quais nove estão presentes na Lista da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2014) e seis estão presentes na lista
apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2017)
(Tabela 02).

Tabela 2. Mamíferos de médio e grande porte ameaçados de extinção.

TÁXONS CATEGORIAS DE AMEAÇA

Myrmecophaga tridactyla VU (MMA, 2014), VU (IUCN, 2018)

Leopardus tigrinus EN (MMA, 2014), VU (IUCN, 2018)

Puma yagouaroundi VU (MMA, 2014)

Puma concolor VU (MMA, 2014)

Lycalopex vetulus VU (MMA, 2014)

Chrysocyon brachyurus VU (MMA, 2014), NT (IUCN, 2018)

Tapirus terrestris VU (MMA, 2014) VU (IUCN, 2018)

Ozotoceros bezoarticus VU (MMA, 2014), NT (IUCN, 2018)

Priodontes maximus VU (MMA, 2014), VU (IUCN, 2018)

Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira) (Figura 01, 02) – Espécie


relativamente generalista quanto à preferência de habitats, uma vez que utiliza
desde campos limpos a cerrados, florestas e campos com plantações. Sua
alimentação básica é composta por formigas e cupins, com baixo teor
nutricional, ocasionando um metabolismo lento. Seu período reprodutivo é
breve, ocorrendo entre os meses de maio e julho. O período de gestação é de
seis meses, nascendo apenas um filhote (MMA, 2008). Espécie classificada
como “Vulnerável” pela Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção,
Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (MMA, 2014) e “Vulnerável” pela
lista apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN,
2018). A caça, os atropelamentos rodoviários e os incêndios florestais são os
principais responsáveis pelo declínio das populações desta espécie (SIGRIST,
2012).

Figura 1. Myrmecophaga tridactyla Figura 2. Rastro de Myrmecophaga


registrado no Córrego Taquara (Foto: tridactyla (Foto: Sergei S. Q. Filho)
Roberto Sampaio)

Leopardus tigrinus (gato-do-mato) – Ocorre em diversas fitofisionomias


do cerrado, caatinga e pantanal, não estando presente no bioma Pampa. Sua
dieta é constituída de pequenos roedores, lagartos, insetos e aves (MMA,
2008). Possui baixo potencial reprodutivo, tornando a recuperação de
populações dessa espécie mais lenta se comparada a outras espécies do
mesmo porte. Não possui estudos sobre sua reprodução em meio selvagem.
Espécie classificada como “Em Perigo” pela Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (MMA,
2014) e “Vulnerável” pela lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018). Tem como principal ameaça a perda de
seu habitat por ações antrópicas e a captura para criação (MMA, 2008).

Puma yagouaroundi (jaguarundi) (Figura 03) – Têm hábitos de viver


perto de bordas de banhados, beira de rios ou de lagos, sendo, também,
encontrado em lugares secos, com vegetação aberta. Como muitos outros
felinos eles marcam seus territórios com urina, fezes, arranhões entre muitos
outros meios. O período de reprodução, aparentemente, dura o ano inteiro com
uma ninhada de um a quatro filhotes. Espécie classificada como “Vulnerável”
pela Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17
de dezembro de 2014 (MMA, 2014).

Figura 3. Puma yagouaroundi registra na soltura IBAMA (Foto: Roberto Sampaio)

Puma concolor (onça-parda) (Figura 04, 05, 06, 07) – Esta espécie
ocorre em todos os grandes biomas do território brasileiro. Apresenta uma dieta
variada, que consiste desde répteis, aves, pequenos roedores, tatus, até
presas maiores como tamanduás, capivaras e cervídeos. Esta espécie é
solitária durante boa parte da vida, associando-se a outros indivíduos de sua
espécie durante o período de acasalamento e por parte do período de criação
de seus filhotes. Espécie classificada como “Vulnerável” pela Lista da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014
(MMA, 2014). Sua principal ameaça é a destruição de seu habitat e a caça.
Figura 4. Puma concolor jovem registrado Figura 5. Puma concolor jovem registrado
no Córrego Taquara (Foto: “Câmera trap”) no Córrego Taquara (Foto: “Câmera trap”)

Figura 6. Puma concolor adulto registrado Figura 7. Puma concolor adulto com filhote
no Córrego Taquara (Foto: “Câmera trap”) registrado na EEJBB (Foto: “Câmera trap”)

Chrysocyon brachyurus (lobo-guará) (Figura 08, 09) – Ocorre em


campos e cerrados da América do Sul. Sua distribuição tem se estendido
devido a modificações de seu habitat de preferência. O período reprodutivo vai
de abril a junho, geralmente com ninhadas de até três filhotes. Onívoro, sua
dieta é composta por pequenos e médios vertebrados e por frutas, sendo a
lobeira (Solanum lycocarpum) sua fonte primária de alimento (SIGRIST, 2012).
Espécie classificada como “Vulnerável” pela Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (MMA,
2014) e “Near Threatened” ou “Preocupante” pela lista apresentada pela
“International Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018). Possui como
principal ameaça os atropelamentos em estradas e rodovias, principalmente
próximas a Unidades de Conservação e a destruição de seu habitat por ação
antrópica.
Figura 8. Chrysocyon brachyurus Figura 9. Rastro de Chrysocyon brachyurus
registrado próximo a campo de (Roberto Sampaio)
murundum (Foto: “Camera trap”)

Tapirus terrestris (anta) (Figura 10, 11) – Espécie intimamente


associadas a matas ciliares, córregos, veredas e lagos. Sua dieta é
exclusivamente herbívora. Pouco se sabe sobre sua reprodução, no entanto,
sabe-se que esta espécie não é monogâmica e que a fêmea costuma produzir
apenas um filhote. Espécie classificada como “Vulnerável” pela Lista da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014
(MMA, 2014) e “Vulnerável” pela lista apresentada pela “International Union
Conservation of Nature” (IUCN, 2018). Possui como principal ameaça à caça e
a destruição de seu habitat por ação antrópica (SIGRIST, 2012).
Figura 11. Rastro de Tapirus terrestris
(Foto: Roberto Sampaio)

Figura 10. Tapirus terrestris registrada na


cabeceira do Córrego Cabeça de Veado
(Foto: Márcio Domingues)

Ozotoceros bezoarticus (veado-campeiro) (Figura 12, 13) – Ocorrem no


Cerrado, Pantanal e Pampas. Pode ser encontrado, frequentemente, em
paisagens alteradas por monoculturas e pastagens. O período reprodutivo tem
o seu auge durante o verão (início do outono) (SIGRIST, 2012). Sua dieta é
mista, optando preferencialmente por flores, folhas novas e brotos. Classificado
como “Vulnerável” pela lista de espécies ameaçadas de extinção de acordo
com a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17
de dezembro de 2014 (MMA, 2014) e “Near Threatened” ou “Preocupante” pela
lista apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN,
2018). A destruição de seu habitat é sua principal ameaça.
Figura 12. Ozotoceros bezoarticus Figura 13. Ozotoceros bezoarticus
registrado no Córrego Tapera (Foto: Sergei registrado no Córrego Taquara (Foto:
S. Q. Filho) Roberto Sampaio)

Priodontes maximus (Tatu-canastra) (Figura 14) – Eles habitam


principalmente habitats abertos, com pastos de cerrado cobrindo cerca de 25%
de sua área de cobertura, mas eles também podem ser encontrados em
florestas de terras baixas. São solitários e noturnos, passando o dia em tocas.
A dieta é composta principalmente de cupins, embora formigas, vermes,
aranhas e outros invertebrados também fazem parte de sua alimentação. A
espécie esta classificada como “Vulnerável” pela lista de espécies ameaçadas
de extinção de acordo com a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção,
Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (MMA, 2014) e “Vulnerável” pela
lista apresentada pela “International Union Conservation of Nature” (IUCN,
2018). Sua principal ameaça é a caça e a perda de habitat resultante do
desmatamento.

Figura 14. Priodontes maximus registrada no Córrego Taquara (Foto: Câmera-


trap).
Espécies Endêmicas do Cerrado – Para o grupo dos médios e grandes
mamíferos de ocorrência no Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB,
apenas duas espécie está entre os endêmicos do Cerrado, a saber: Lycalopex
vetulus (raposinha), espécie restrita ao território brasileiro, associada ao
Cerrado no Planalto Central do Brasil. Característica de áreas abertas adapta-
se facilmente a áreas de pastagens e monoculturas. Sua dieta é principalmente
insetívora, sendo cupins (Synthermes spp. e Cornitermes spp.) e escaravelhos
(Ordem Coleptera) os insetos consumidos em maior quantidade. Outras presas
incluem pequenos mamíferos, pássaros e répteis. Predominantemente
noturnos e monogâmicos, produzem ninhadas de até cinco filhotes entre os
meses de julho e agosto (SIGRIST, 2012) e a espécie e Callithrix penicillata
(mico-estrela).

Espécies x Habitats – Quando agrupadas de acordo com a preferência de


habitats (Figura 4 17), dentre as 30 espécies, 16 estão relacionadas à
ambientes florestais (F) 13 estão relacionadas à ambientes abertos de cerrado
(C) e apenas três estão relacionadas à ambientes aquáticos (A). Dentre as
espécies florestais destacam-se Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim),
Alouatta caraya (bugiu), Leopardus tigrinus (gato-do-mato), Leopardus pardalis
(jaguatirica), Puma yagouaroundi (jaguarundi) (Figura 05) e Puma concolor
(onça-parda) (Figura 06, 07, 08, 09). Dentre as espécies associadas a áreas
abertas de cerrado destacam-se Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-
bandeira) (Figura 01, 02), Chrysocyon brachyurus (lobo-guará) (Figura08, 09),
Lycalopex vetulus (raposinha) e Ozotoceros bezoarticus (veado-campeiro)
(Figura 12, 13) e Priodontes maximus (tatu-canastra) (Figura 14). As espécies
associadas à ambientes aquáticos foram Lontra longicaudis (lontra), Tapirus
terrestres (anta) (Figura 10, 11) e Hydrochoerus hydrochaeris (capivara)
(Figura 26).
18
16
16

14 13

12

10
F
C
8
A
6

4 3

0
Ambientes

Figura 4. Gráfico representativo do número de espécies por habitat para o grupo


Mastofauna (mamíferos médios e grandes).

Espécies de Importância Ecológica (dispersores e predadores) – Muitas


das espécies registradas em campo possuem significativa importância
ecológica, em função de se enquadrarem no grupo de espécies potencialmente
dispersoras de sementes (D) e/ou predadoras (PR), esta última, muitas vezes,
atuando no controle populacional de insetos maiores e pequenos mamíferos.
Dentre as espécies estão representantes das famílias Dasypodidae (Figura 17),
Procyonidae (Figura 18), Cervidae (Figura 19), Canidae (Figura 20), Leporidae
(Figura 21), Erethizontidae (Figura 22), entre outras.
Figura 5. Cabassous unicinctus (Foto: Figura 6. Filhote de Nasua nasua (Foto:
Sergei S. Q. Filho) Roberto Sampaio)

Figura 7. Mazama gouazoubira registrado Figura 8. Cerdocyon thous registrado na


na área de visitação (Foto: Sergei S. Q. área administrativa (Foto: Sergei S. Q.
Filho) Filho)

Figura 10. Coendou Prehensilis (Roberto


Figura 9. Sylvilagus brasiliensis registrado
Sampaio)
no Córrego Taquara (Foto: “Câmera trap”)

Espécies de Importância Econômica (procuradas pelo tráfico e


cinegéticas) – Algumas das espécies presentes na lista são procuradas pelo
tráfico de animais silvestres para domesticação e comercialização de peles. A
manutenção destas espécies é dificultada pela caça (comercialização de peles)
e retirada de filhotes da natureza. Dentre as espécies que se enquadram nesta
categoria merecem destaque representantes das Famílias Cebidae (Figura 23)
e Procyonidae (Figura 24). Já as espécies cinegéticas são aquelas
normalmente utilizadas na alimentação pela população, principalmente em
zonas rurais. Dentre as espécies que se enquadram nesta categoria merecem
destaque representantes das Famílias Dasypodidae (Figura 17), Cervidae
(Figura 25) e Caviidae (Figura 26).

Figura 11. Callithrix penicillata (Foto: Figura 12. Procyon cancrivorus (Foto:
Sergei S. Q. Filho) Câmera-trap)

Figura 13. Ozotoceros bezoarticus Figura 14. Hydrochoerus hydrochaeris


registrado na área denominada Cristo (Foto: Câmera-trap)
Redentor (Foto: Sergei S. Q. Filho)

1.1.1.3.2. Pequenos mamíferos não voadores (roedores e marsupiais)

Para a atual lista de pequenos mamíferos não voadores do Complexo


Conservacionista JBB/ESEC-JBB, 10 espécies foram acrescentadas à lista
apresentada no Plano de Manejo (2014), são elas: Caluromys lanatus,
Thalpomys cerradensis, Oxymycterus delator, Oecomys cf. cleberi,
Oligoryzomys fornesi, Rhipidomys macrurus, Nectomys rattus, Philander
opossum, Oecomys cf. roberti e Oligoryzomys mattogrossae. Sendo assim, a
atual lista de pequenos mamíferos não voadores do Complexo
Conservacionista JBB/ESEC-JBB é composta por 29 espécies distribuídas em
duas Ordens (Didelphimorphia e Rodentia) e quatro Famílias (Didelphidae,
Cricetidae, Echimyidae e Caviidae) (Tabela 03).
Tabela 3 - Lista de pequenos mamíferos não voadores do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB. Legenda: Status = (R) residente; (EC)
endêmica do Cerrado; P (Preferência de habitat) = (F) florestal; (C) área abertas de cerrado; (A) associadas a ambientes aquáticos como veredas e
áreas brejosas; T.R (Tipo de registro) = (OD) Observação direta; (DNP) Dados não publicados; (AR) Artigo Científico; (CA) Captura; (PM) Plano de
Manejo; (DG) Documento do governo.

TÁXON NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

FAMÍLIA DIDELPHIDAE

Caluromys lanatus (Olfers,


cuíca-lanosa R F OD, AR Da Silva (2013)
1818)*

Didelphis albiventris (Lund, OD, SO,


gambá, saruê R C/F Da Silva (2013), ZEE (2011), Bonvicino (comunicação pessoal)
1840) CP, PM, DG

Cryptonanus agricolai (Moojen,


cuíca R C/F CP Mendonça (2003) (comunicação pessoal)
1943)

Gracilinanus agilis (Burmeister, cuíca, catita R C/F AR, CP, PM Gastal (1997), Reis e Juarez (2001), Mendonça (2003), Amaral (2005),
1854) Ribeiro (2011), Camargo et al. (2011), ZEE (2011), Da Silva (2013),
TÁXON NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS
Bonvicino (comunicação pessoal)

Monodelphis americana(Muller, cuica-de-três-


R C/F AR, PM, DG Amaral (2005), ZEE (2011), Da Silva (2013)
1776) listras

Philander opossum (Linnaeus cuíca de quatro


R F AR/CP Vieira E. M. and J. S. Marinho-Filho. 1998.
1758) olhos

Thylamys velutinus (Wagner,


catita R C CP, PM, DG ZEE (2011), Bonvicino (comunicação pessoal)
1842)

ORDEM RODENTIA

FAMÍLIA CRICETIDAE

AR, CP, PM,


Calomys tener (Winge, 1837) rato-calunga R C Santos e Henrique (2010), Bonvicino (comunicação pessoal), ZEE (2011)
DG

Calomys expulsus (Lund, 1841) rato-calunga R C AR, CP, PM, Da Silva (2013), Bonvicino (comunicação pessoal), ZEE (2011)
TÁXON NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS

DG

Hylaeamys megacephallus CA, AR, CP, Gastal (1997), Amaral (2005), Bonvicino (comunicação pessoal), ZEE
- R F
(Fisher, 1814) PM, DG (2011)

Necromys (Bolomys) lasiurus AR, CP, PM, Gastal (1997), Reis e Juarez (2001), Santos e Henrique (2010), Bonvicino
rato R C
(Lund, 1841) DG (comunicação pessoal), ZEE (2011)

Thalpomys lasiotis (Thomas,


rato-do-chão R,EC C AR, PM, DG Reis e Juarez (2001), Santos e Henrique (2010), ZEE (2011)
1916)

Thalpomys cerradensis
Rato-do-chão R,EC C CP Bonvicino (comunicação pessoal)
(Hershkovitz, 1990)*

Cerradomys (Oryzomys) scotii AR, CP, PM, Gastal (1997), Reis e Juarez (2001), Amaral (2005), Santos e Henrique
rato-do-mato R C/F
(Langguth e Bonvicino, 2002) DG (2010), ZEE (2011), Da Silva (2013),

Oxymycterus roberti (Thomas,


rato-do-brejo R A/F PM, DG Reis e Juarez (2001), ZEE (2011)
1901)
OxymycterusTÁXON NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS
delator (Thomas,
Rato-do-brejo R,EC A/F CP Bonvicino (comunicação pessoal)
1903)*

Oecomys bicolor (Thomas,


rato-da-árvore R F AR, PM, DG Gastal (1997), ZEE (2011), Da Silva (2013),
1860)

Oecomys cf cleberi (Locks,


Rato-da-árvore R F CP Bonvicino (comunicação pessoal)
1981)*

Oecomys cf. roberti (Thomas,


rato da árvore R F Camargo N. F. 2015
1904)

Oecomys concolor (Wagner,


rato-da-árvore R F AR, PM, DG Gastal (1997), ZEE (2011)
1845)

Oligoryzomys fornesi (Massoia, camundongo-


R C/F AR, CP Santos e Henrique (2010), Bonvicino (comunicação pessoal)
1973)* do-mato
TÁXON NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS
Oligoryzomys cf microtis (J.A. camundongo-
R C/F PM, DG Reis e Juarez (2001), ZEE (2011)
Allen, 1916) do-mato

Bonvicino C. R. A. Lazar M. M. O. Corrêa M. Weksler A. da C. Paula and A.


Oligoryzomys mattogrossae camundongo- M. R. Bezerra. 2014.
R C AR, CA
(Allen, 1916) do-mato
Santos R. A. L. and R. P. B. Henriques. 2010. 38.

Nectomys squamipes (Brants,


rato-da-água R F AR, PM Gastal (1997)
1827)

Nectomys rattus (Pelzeln, 1883) rato-da-água R F DG ZEE (2011)

Rhipidomys macrurus (Gervais,


rato-da-árvore R F AR Amaral (2005), Da Silva (2013)
1855)*

FAMÍLIA ECHIMYIDAE
TÁXON(Thomas, NOME COMUM DISTR. P T. R REFERÊNCIAS
Proechimys roberti rato-de-
R F AR, PM Gastal (1997)
1901) espinho

Thricomys apereoides (Lund, rabudos,


R C PM Plano de Manejo
1841) punarés

FAMÍLIA CAVIIDAE

Cavia aperea. (Erxleben, 1777) preá R C PM Plano de Manejo


Espécies ameaçadas de Extinção – Dentre as 29 espécies descritas para o
Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBBB, nenhuma está ameaçada de
extinção, tanto na lista de espécies ameaçadas de extinção de acordo com a
Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de
dezembro de 2014 (MMA, 2014) como na lista apresentada pela “International
Union Conservation of Nature” (IUCN, 2018).

Espécies Endêmicas do Cerrado – Para o grupo dos pequenos mamíferos


não voadores de ocorrência no Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB,
três espécies estão entre os endêmicos do Cerrado, são elas: Thalpomys
lasiotis, Thalpomys cerradensis e Oxymycterus delator.

Thalpomys lasiotis – Habitante de áreas abertas de Cerrado, seu período


reprodutivo ocorre durante a estação chuvosa, com pico reprodutivo no mês de
outubro. Ocorre nos estados Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso,
Rondônia e no DF (CARVALHO et al., 2007; BONVICINO et al., 2008).

Thalpomys cerradensis – Habitante de áreas abertas de Cerrado,


preferencialmente noturno. Ocorre nos estados de Bahia, Goiás, Mato Grosso
e no DF (VIEIRA; BAUMGARTEN, 1995; BONVICINO et al., 1996; BONVICINO
et al., 2008).

Oxymycterus delator – Espécie terrestre e semi fossorial habitante de bordas


de mata em formações florestais e áreas abertas. Ocorre nos estados do Mato
Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Minas
Gerais, Bahia, Piauí e no DF (BONVICINO et al., 2008).

Espécies X habitats – Quanto à preferência de habitats para os pequenos


mamíferos não voadores, os mesmos foram agrupados em três grupos
distintos, a saber: F – Espécie relacionada a ambientes florestais (12 espécies);
C – Espécie relacionada a ambientes abertos de Cerrado (nove espécies); C/F
– Espécie que ocorre tanto em ambientes florestais quanto em ambientes
abertos de Cerrado (seis espécies); A/F – Espécie que ocorre tanto em
ambientes alagadas quanto em ambientes florestais (duas espécie) (Figura 27).
Chart Title
F C C/F A/F

12

Ambientes

Figura 15. Gráfico representativo do número de espécies por habitat para o grupo
Mastofauna (pequenos mamíferos não voadores).

Espécies de Importância Sanitária – Muitas das espécies possuem relativa


importância sanitária, por se enquadrarem entre os potenciais transmissores de
doenças. Os gêneros Akodon e Necromys são conhecidos por transmitir a
hantavirose (ALHO, 2012). Segundo Figueiredo et al. (2009) a ocorrência de
casos da hantavirose esta relacionada a mudanças antropogênicas,
principalmente de ocupação, nos ambientes naturais. Já o gênero Necromys
pode transmitir a esquistossomose mansônica (CARVALHO et al., 1974).
Outros gêneros de roedores como Trychomys e Callomys, além dos gêneros
de marsupiais Didelphis e Monodelphis, podem transmitir a doença de chagas.

1.1.1.3.3. Mamíferos voadores (Chiropteros)

Para a atual lista de mamíferos voadores do Complexo Conservacionista


JBB/ESEC-JBB, apenas uma espécie foi acrescentada, a saber: Chiroderma
villosum. Esta espécie consta na lista apresentada pelo ZZE (2011) como de
ocorrência para a ESEC-JBB. No entanto não foi encontrada nenhuma
confirmação na busca bibliográfica referente ao material concernente. Sendo
assim, a atual lista de mamíferos voadores do Complexo Conservacionista
JBB/ESEC-JBB é composta por 25 espécies distribuídas em três Famílias
(Phyllostomidae, Vespertilionidae e Molossidae) (Tabela 04).
Tabela 4. Lista de mamíferos voadores do Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB. Legenda: Status = (R) residente; (EC) endêmica do
Cerrado; I.E (Importância Ecológica) = (D ) espécie potencialmente dispersora; (P) espécies potencialmente polinizadora; (PR) espécie
potencialmente predadora; T.R (Tipo de registro) = (DG) Documento Governamental; (AR) Artigo Científico; Espécies Ameaçadas = (NT) “ Near
Threatened”; (VU) Vulnerável;

Sta Espécies
Táxon Dieta I.E T.R Referências Bibliográficas
tus Ameaçadas

ORDEM CHIROPTERA

FAMÍLIA PHYLLOSTOMIDAE

SUBFAMÍLIA STENODERMATINAE

AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar


Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) R frutos e insetos D
DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar


Artibeus lituratus (Olfers, 1818) R frutos e insetos D
DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000, Graciolli e Aguiar


Artibeus cinereus (Gervais, 1855) R frutos e insetos D
DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

Artibeus jamaicensis (Leach, AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar
R frutos e insetos D
1821) DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
Sta Espécies
Táxon (E. Geoffroy, Dieta I.E AR,
T.R Referências Bibliográficas
Platyrrhinus lineatus tus Ameaçadas Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar
R frutos e insetos D
1810) DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

Pygoderma bilabiatum (Wagner, AR,


R frutos e insetos D Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
1843) DG

Chiroderma villosum (Peters,


R frutos e insetos D DG ZEE (2011)
1860)

Chiroderma doriae (Thomas,


R frutos e insetos D AR Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007)
1891)

SUBFAMÍLIA GLOSSOPHAGINAE

Glossophaga soricina (Pallas, nectar, pólen, frutos e D, AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar
R
1766) insetos P DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

Anoura caudifer (E. Geoffroy, nectar, pólen, frutos e D. AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Peres Jr et al. (2007),
R
1818) insetos P DG ZEE (2011)

SUBFAMÍLIA LONCHOPHYLLINAE

Lonchophylla dekeyseri (Taddei, nectar, pólen, frutos e D, AR, NT (IUCN, 2018), Aguiar (2000), Graciolli e Aguiar (2002), Peres Jr et al.
EC
Vizotto & Sazima, 1983) insetos P DG EN (MMA, 2014) (2007), ZEE (2011)
Sta Espécies
Táxon Dieta I.E T.R Referências Bibliográficas
tus Ameaçadas
SUBFAMÍLIA CAROLLIINAE

Carollia perspecillata (Linnaeus, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar


R frutos e insetos D AR
1758) (2002), Peres Jr et al. (2007)

SUBFAMÍLIA DESMODONTINAE

Desmodus rotundus (E. Geoffroy, AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Peres Jr et al. (2007),
R sangue
1810) DG ZEE (2011)

SUBFAMÍLIA PHYLLOSTOMINAE

Phyllostomus hastatus (Pallas, frutas, insetos, nectar D, AR,


R Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
1767) polen e anfíbios PR DG

Phyllostomus discolor (Wagner, frutas, insetos, nectar D, AR,


R Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
1843) polen e vertebrados PR DG

Micronycteris (Neonycteris) frutas, flores. Insetos e D, AR,


R VU (IUCN, 2018) Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
pusilla (Samborn, 1949) vertebrados PR DG

Macrophyllum macrophyllum frutas, flores. Insetos e D, AR,


R Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
(Schinz, 1821) vertebrados PR DG

FAMÍLIA VESPERTILIONIDAE
Sta Espécies
Táxon Dieta I.E T.R Referências Bibliográficas
tus Ameaçadas

Eptesicus furinalis (brasiliensis) AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar
R insetos PR
(d'Orbigny, 1847) DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

Lasiurus borealis (blossevillii) AR, Aguiar (2000)B occhiglieri (2000), Peres Jr et al. (2007),
R insetos PR
(Muller, 1776) DG ZEE (2011)

AR,
Myotis keaysi (J. A. Allen) R insetos PR Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)
DG

AR, Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Graciolli e Aguiar


Myotis nigricans (Schinz, 1821) R insetos PR
DG (2002), Peres Jr et al. (2007), ZEE (2011)

AR, Aguiar (2000), Graciolli e Aguiar (2002), Peres Jr et al.


Myotis riparius (Handley, 1960) R insetos PR
DG (2007), ZEE (2011)

FAMÍLIA MOLOSSIDAE

Molossops (Cynomops)
R insetos PR AR Aguiar (2000), Bocchiglieri (2000), Peres Jr et al. (2007)
planirostris(Peters, 1866)

Molossops temminckii
R insetos PR AR Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007)
(Burmeister, 1854)
Sta Espécies
Táxon Dieta I.E T.R Referências Bibliográficas
Nyctinomops laticaudatus (E. tus Ameaçadas
R insetos PR AR Aguiar (2000), Peres Jr et al. (2007)
Geoffroy, 1805)
Espécies ameaçadas de Extinção – Dentre as 25 espécies descritas para o
Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBBB duas estão ameaçadas de
extinção, das quais apenas uma consta como “Em Perigo” na lista de espécies
ameaçadas de extinção de acordo com a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada
de Extinção, Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (MMA, 2014) e as
duas constam na lista apresentada pela “International Union Conservation of
Nature” (IUCN, 2018), são elas: Lonchophylla dekeyseri e Micronycteris
(Neonycteris) pusilla.

Lonchophylla dekeyseri – Espécie endêmica do Cerrado, basicamente


nectarívora, polinizadora de muitas plantas típicas do Cerrado. Tem como
principal ameaça a perda, descaracterização e fragmentação de habitats
(MMA, 2008).

Micronycteris (Neonycteris) pusilla – Espécie basicamente insetívora. No DF,


segundo ZEE (2011), está restrita a APA de Cafuringa e a APA Gama-Cabeça
de Veado. Espécie com déficit de informações na literatura (REIS et al., 2006;
IUCN, 2017).

Espécies Endêmicas do Cerrado – Para o grupo dos mamíferos voadores de


ocorrência no Complexo Conservacionista JBB/ESEC-JBB, apenas uma
espécie está entre os endêmicos do Cerrado, Lonchophylla dekeyseri, já citada
e comentada anteriormente como espécie ameaçada de extinção.

Espécies de Importância Ecológica – A importância ecológica de morcegos


está associada a sua grande diversidade de hábitos alimentares. Dentre as
1.116 espécies de morcegos conhecidas no mundo três quartos são
insetívoras, contribuindo no controle populacional de insetos noturnos. O
restante das espécies (um quarto) são basicamente fitófagas, ou seja,
alimentam-se de produtos vegetais como frutos, pólen, néctar e folhas. Um
número muito reduzido de espécies é carnívoro-piscívora ou sanguívora.
Existem ainda espécies onívoras, que se alimentam de insetos e materiais
vegetais. Para o Brasil, dentre as nove famílias, sete se alimentam
exclusivamente de insetos, uma se alimenta de insetos e peixes (Noctilionidae)
e uma possui uma enorme variedade de hábitos alimentares (Phyllostomidae)
(BREDT et al., 2012). Para a ESEC-JBB, dentre as 25 espécies, oito espécies
(32%) são exclusivamente insetívoras, 16 espécies são onívoras (64%), ou
seja, alimentam-se de insetos e materiais vegetais e apenas uma sanguívora
(4%).

Espécies de Importância Sanitária – De fato, qualquer espécie de morcego


pode ser considerada um potencial reservatório natural do vírus da raiva e
transmissor. No entanto, destaca-se Desmodus rotundos, espécie sanguívora
que pode acarretar prejuízos econômicos por causarem espoliações em
galinhas e mamíferos domésticos (suínos, equinos e bovinos), além de ser
considerada a principal transmissora de raiva (BREDT et al., 2012).

1.1.1.4. Referências Bibliográficas

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Central. Dissertação de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Ecologia,
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uma perspectiva ecológica. Estudos avançados 26 (74).

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pequenos mamíferos em fragmentos de Cerradão no Brasil central.
Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ecologia,
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