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Brazilian Journal of Development 10225

ISSN: 2525-8761

Eficácia da cinesioterapia no tratamento de prolapso de órgãos


pélvicos em mulheres

Effectiveness of kinesiotherapy in treatment of pelvic organ prolapse in


women

DOI:10.34117/bjdv7n1-693

Recebimento dos originais: 11/12/2020


Aceitação para publicação: 27/01/2021

Larissa Miranda Moreno


Fisioterapeuta
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: larissamirandamoreno@gmail.com

Larissa Silveira Carvalho Villa


Mestranda em Promoção da Saúde
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: larissascvilla@hotmail.com

Mayse Doro Melluzzi


Mestranda em Promoção da Saúde
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: mayseebrunomartini@hotmail.com

Fabiano Pedra Carvalho


Mestre em Gerontologia Social
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: fabianopedracarvalho@gmail.com

Lilian Garlini Viana


Mestranda em Ciências em Saúde - UFMT
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: liliangarlini@gmail.com

Jocemara Patricia S. Souza Parrela


Mestranda em Ciências em Saúde - UFMT
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: jocemarapatricia@hotmail.com

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Jaqueline Sampietro de Souza


Mestre em Ambiente e Sistemas Agrícolas
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: jack_sampietro@hotmail.com

Thiago Costa Rodrigues


Mestrando em Promoção da Saúde
Faculdade de Sinop – UNIFASIPE, Sinop, Brasil
Endereço: R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop – MT. CEP: 78550-000
E-mail: thiagocostarodrigues@hotmail.com

RESUMO
O prolapso de órgãos pélvicos consiste no enfraquecimento muscular do assoalho
pélvico, representando um grave problema de saúde pública. Fatores como multiparidade,
parto vaginal, idade, menopausa, heranças genéticas e a raça negra tornam o indivíduo
mais susceptível ao desenvolvimento desta doença. Os prolapsos podem ser classificados
em graus I, II, III e IV, de acordo com sua gravidade. O objetivo deste trabalho é analisar
a cinesioterapia como alternativa para o tratamento fisioterapêutico dos prolapsos de
órgãos pélvicos em mulheres através de uma revisão de literatura nas das bases de dados
científicos Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Physiotherapy Evidence Database
(PEDro). A cinesioterapia busca basicamente tratar o prolapso de órgãos pélvicos por
meio da prática de exercícios isolados para a musculatura do assoalho pélvico, buscando
o fortalecimento da musculatura e proporcionando consciência corporal acompanhados
pelo fisioterapeuta. Os exercícios cinesioterapêuticos ganham espaço e aceitação pela sua
eficácia, sendo cada vez mais inseridos na rotina do fisioterapeuta, seja como prevenção,
tratamento do prolapso em si, ou como terapia coadjuvante no período pós-cirúrgico.

Palavras-Chave: Fisioterapia, Assoalho Pélvico, Prolapso Visceral.

ABSTRACT
Pelvic organ prolapse is the muscle weakening of the pelvic floor, representing a serious
public health problem. Factors such as multiparity, vaginal birth, age, menopause, genetic
inheritance and the black race make the individual more susceptible to the development
of this disease. Prolapses can be classified into grades I, II, III and IV according to their
severity.The aim of this paper is to analyze kinesiotherapy as an alternative for the
physiotherapeutic treatment of pelvic organ prolapses in women through a literature
review in the scientific databases Scientific Electronic Library Online (SciELO),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Kinesiotherapy basically seeks to treat
pelvic organ prolapse through the practice of isolated exercises for the pelvic floor
muscles, seeking to strengthen the muscles and providing body awareness accompanied
by the physiotherapist. Kinesiotherapy exercises are gaining space and acceptance for
their effectiveness, being increasingly inserted in the routine of the physiotherapist, either

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as prevention, treatment of prolapse itself, or as adjunctive therapy in the postoperative


period.

keywords: Physiotherapy, Pelvic floor, Visceral Prolapse.

1 INTRODUÇÃO
O assoalho pélvico ou diafragma pélvico é composto por um conjunto de
músculos levantadores do ânus, acompanhados do músculo coccígeo. A aplicabilidade
dessa estrutura é muito grande, responsável por contrações para manter a continência
urinária, fecal e relaxamentos, esvaziamento intestinal e vesical. Além disso, são úteis
para o funcionamento do aparelho sexual feminino, no momento do parto, distendem-se
ao máximo, permitindo assim a passagem do bebê, contraindo-se em seguida
(ANDREAZZA e SERRA, 2008; DANGELO e FATTINI, 2000; RAMOS, 2014).
Algumas pessoas apresentam em seu organismo disfunções que não permitem ao
assoalho pélvico realizar adequadamente a resposta sinérgica, quando estimulado. Essa
condição favorece o surgimento de patologias como o prolapso de órgãos pélvicos,
incontinência urinária e desequilíbrio da estática pélvica (ARAÚJO et al., 2009).
Uma vez que o assoalho pélvico sofre estiramento e enfraquecimento muscular,
ocorre um fenômeno denominado prolapso, que de acordo com a Sociedade Internacional
de Continência, consiste na procidência de parede vaginal anterior ou posterior, ou ainda
da cúpula vaginal. Ainda que não seja um estado patológico capaz de evoluir para óbito,
o prolapso de órgão pélvicos pode exercer grande impacto sobre a qualidade de vida dos
portadores, que em sua maioria são mulheres em período pós menopausa, multíparas e de
raça branca (BARROS et al., 2018; CANDOSO, 2010; SILVA FILHO et al., 2013).
Sabe-se que o prolapso de órgãos pélvicos representa um grave problema para a
saúde pública. Dados epidemiológicos acerca desta enfermidade são de difícil obtenção,
pois, muitas vezes, os pacientes acometidos omitem a doença, associando-a com o
envelhecimento natural ou paridade múltipla. Estima-se que deste problema entre
mulheres de 18 a 83 anos, seja de aproximadamente 22%, no entanto, quando a análise
ganha menor amplitude é possível verificar um aumento neste percentual, entre mulheres
de 50 a 89 anos, sendo, portanto, o grupo mais acometido composto por mulheres em fase
de pós menopausa e idosas (HOST e SILVA, 2016; PEREIRA, 2017).

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Os prolapsos de órgãos pélvicos recebem classificações, baseadas num ponto de


referência, que é o hímen. Nesse sentido, essa patologia pode estar categorizada em quatro
graus (I, II, III e IV), sendo os graus III e IV acometimentos mais complexos, onde os
órgãos pélvicos estão localizados a vários centímetros após o anel himenal,
exteriormente. (BARROS et al., 2018)
O prolapso pélvico pode ser assintomático, no entanto, a grande maioria das
mulheres relatam sintomas como peso pélvico, desconforto, sensação de arrasto na
vagina, protuberância ou saliência descente da vagina, dores nas costas e queixas sexuais.
É importante ressaltar que nem todos esses sintomas são evidentes nos pacientes que
apresentam prolapso de órgãos pélvicos, da mesma forma que não existe relação entre os
sintomas dos quais o paciente se queixa e o grau da doença (HAGEN e STARK, 2011;
PEREIRA, 2017)
Para escolha do melhor método para restituição da saúde da paciente acometida
por prolapso de órgãos pélvicos, alguns parâmetros deverão ser analisados. A gravidade
da enfermidade, os sintomas relatados pela paciente e seu estado de saúde serão o ponto
de partida para escolha do tratamento mais adequado para determinada situação. Outro
fator importante consiste no grau de invasão. Terapias menos invasivas têm sido cada vez
mais consideradas nesses casos, pois possibilitam à paciente menos efeitos colaterais,
resposta terapêutica eficiente e tem baixo custo, se comparadas a alternativas, como os
procedimentos cirúrgicos (GLISOI e GIRELLI, 2011; HAGEN e STARK, 2011).
A cinesioterapia busca o tratamento da hipotonia muscular da região que ocasiona
o problema, através da realização de exercícios que trabalham o fortalecimento da
musculatura perineal. O principal objetivo desses exercícios consiste em proporcionar o
reforço muscular através do fortalecimento da musculatura pélvica melhorando a
resistência uretral e a sustentação dos órgãos pélvicos auxiliando no tratamento e na
prevenção dessa disfunção (BELO et al., 2004; OLIVEIRA e GARCIA, 2011).
Diante disso, o fisioterapeuta é o profissional mais indicado e qualificado para a
execução de técnicas conservadoras que tratam o prolapso pélvico, pois recebe o preparo
necessário através de conhecimentos científicos teórico-práticos, que englobam toda a
anatomia e fisiologia do corpo humano. Entre os benefícios da execução de técnicas
fisioterapêuticas destacam-se a exclusão dos riscos e complicações cirúrgicas e o baixo
custo na aplicação da terapia como tratamento.

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Portanto, o presente estudo tem por objetivo descrever o emprego da


cinesioterapia como técnicas fisioterapêuticas para o tratamento do prolapso de órgãos
pélvicos em mulheres, ressaltando a importância do fisioterapeuta como profissional
responsável pela execução, acompanhamento e evolução dos pacientes que foram
submetidos à terapia conservadora.
Este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica sendo uma
revisão de literatura, exploratória, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi
realizada entre os meses de fevereiro a novembro de 2019, a partir das bases de dados
científicos Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Physiotherapy Evidence Database
(PEDro), utilizando-se como palavras-chave “fisioterapia”, “assoalho pélvico” e
“prolapso visceral” para seleção dos artigos sobre o tema, além de trabalhos publicados
em revistas da área, cujos exemplares podem ser acessados virtualmente.
A partir das pesquisas foram selecionados um total de 35 artigos, tendo critério de
inclusão artigos originais publicados entre os anos de 2000 e 2019. Como critério de
exclusão, foram excluídos artigos que não se encaixavam com proposta de tratamento
defendida nesse artigo.

2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ANATOMIA E HISTOLOGIA DO ASSOALHO PÉLVICO
A pelve óssea consiste em uma estrutura complexa, dividida em pelves maior e
menor. A maior protege as vísceras abdominais, enquanto a menor oferece sustentação
óssea para os compartimentos da cavidade pélvica e do períneo, que se encontram
separados pelo diafragma da pelve. Nessas duas grandes estruturas ósseas são observados
os ossos do quadril fundidos ao sacro, na região posterior e na linha mediana, ao nível da
sínfise púbica, na região anterior. Cada uma delas é composta por unidades menores,
denominadas ílio, ísquio e púbis (BUZO et al., 2017; PALMA, 2009; VERONEZ e
VIEIRA, 2012).
Já o assoalho pélvico é composto por um conjunto de camadas de músculo,
responsável por formar a cavidade abdominal pélvica constituído pelos músculos:
obturador interno, piriforme, levantadores do ânus (pubococcígeo, pubouretral e
iliococcígeo) e coccígeo. Cada um deles desempenha um tipo de função específica no

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organismo, sendo elas a capacidade de abdução da coxa e de girá-la lateralmente, além


da formação do diafragma da pelve, que auxilia no suporte das vísceras pélvicas e resiste
às mudanças na pressão intra-abdominal (AGUR e DALLEY, 2014).
Essas camadas musculares são classificadas em três grupos básicos, conforme o
método de contração e a função de cada uma. A camada superior realiza a contração em
direção horizontal, e sua função é auxiliar no processo de continência. Já a camada
intermediária realiza contrações em sentido caudal, sendo sua responsabilidade as
angulações do reto, da vagina e do corpo vesical. Por fim, a camada inferior realiza
contrações horizontais e sua única função consiste em sustentar os componentes mais
externos dos órgãos genitais femininos (LIMA et al., 2012).
Além da capacidade de sustentação, o assoalho pélvico proporciona ao organismo
resistência para suportar cargas e desempenha outras funções como manutenção das
continências urinária e fecal, estabilização do tronco, auxílio na respiração, no aumento
da pressão intra-abdominal e nas atividades sexuais e do parto. Todas essas atividades são
desempenhadas por meio da contração e relaxamento das estruturas musculares que o
compõe (DUARTE, 2017; FRANCESCHET et al., 2009; FRANCO, 2012).
Histologicamente, os músculos do assoalho pélvico são compostos por diferentes
tipos de fibras. Cerca de 70% delas são fibras tônicas, ou fibras do tipo I (lenta), enquanto
os outros 30% são fibras fásicas, ou do tipo II (rápida). As fibras tônicas realizam a
manutenção do tônus muscular do elevador o ânus, permitindo suporte para os órgãos
pélvicos quando o organismo estiver em repouso, já as fibras fásicas, desempenham suas
funções quando ocorrem situações de estresse ou alteração imediata de pressão intra-
abdominal, como na tosse e no espirro, mantendo-se contraídas por intervalos de tempo
relativamente curtos (FRANCO, 2012; GLISOI e GIRELLI, 2011).
Estabelecendo-se uma comparação quanto a resistência dessas fibras, é possível
verificar que as fibras tônicas são resistentes a fadiga, enquanto as fibras básicas
apresentam pouca resistência nessa situação. Algumas condições desencadeiam
alterações na morfologia dessas fibras, são elas: gestação, parto vaginal, obesidade, idade
mais avançada, processos cirúrgicos nas regiões abdominais e pélvicas, disfunções
hormonais, disfunções na síntese de colágena, fatores neurológicos, prática de atividades
de grande impacto, entre outras (BUZO et al., 2017; FRANCO, 2012).

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Haja vista que, para suporte e manutenção do assoalho pélvico, as fibras


musculares dessa região são de grande importância. No entanto, diante de problemas
nessas estruturas, muitas vezes o diagnóstico correto da patologia que acomete o paciente,
se torna bastante dificultoso, em virtude da proximidade existente entre elas. Assim a
identificação de alterações ou fraquezas nas fibras deve ser feita de forma bastante
cautelosa, para que seja indicado o tratamento adequado (FRANCO, 2012).

2.2 PROLAPSO DE ÓRGÃO PÉLVICOS


A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define o prolapso de órgãos
pélvicos como uma procedência de parede vaginal anterior, posterior ou da cúpula
vaginal, atualmente, este representa um problema mundial de saúde pública,
especialmente em se tratando das mulheres. Cada vez mais, mulheres têm suas atividades
cotidianas, sexuais e físicas afetadas por essa patologia, resultando em aspectos negativos
sobre sua qualidade de vida. Apesar de apresentar baixa morbimortalidade, essa condição
de saúde afeta cerca de 22% das mulheres com faixa etária entre 18 e 83 anos, e
aproximadamente 30% daquelas com idade entre 30 e 89 anos, sendo, portanto, mais
prevalente entre as mulheres com idade mais avançada (BARROS et al., 2018; HORST
e SILVA, 2016; MASCARENHAS, 2010)
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2050
existirão mais de 9 milhões de mulheres com idade igual ou superior a 80 anos.
Considerando que o aumento da idade da mulher é diretamente proporcional ao número
de casos de prolapso de órgão pélvicos, a necessidade de medidas de tratamento desta
patologia é indispensável. Diferentes alternativas de tratamento garantem à paciente
inúmeras possibilidades de melhorias na qualidade de vida e, consequentemente,
restabelecimento das atividades cotidianas (BARROS et al., 2018; DUARTE, 2017).
Os órgãos pélvicos, normalmente, são sustentados por músculos e ligamentos
introduzidos na estrutura óssea da pelve. Os prolapsos acontecem quando esses tecidos
de sustentação passam por estiramentos, que geram seu enfraquecimento. Alguns fatores
contribuem para o surgimento do prolapso de órgãos pélvicos, sendo os principais a
gestação, multiparidade, menopausa, histerectomias prévias, obesidade, trabalho pesado
e alterações do tecido conjuntivo, ocasionadas por fatores genéticos (CANDOSO, 2010).

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Algumas pontuações podem ser feitas em relação a esses fatores de risco; quanto
a gestação, por exemplo, os estudos revelam que o risco de desenvolvimento de um
prolapso dos órgãos pélvicos é quatro vezes maior para aquelas que têm um filho,
aumentando para oito vezes entre as mulheres que já passaram por dois partos. Esse índice
é maior ainda quando se trata de parto vaginal. Já para a idade, as pesquisas mostram que
a cada dez anos, o risco de ocorrência desta patologia aumenta em 40%. Com relação à
obesidade, é comprovado que mulheres com Índice de Massa Corporal maior que 25, tem
duas vezes mais risco de serem portadores da doença. E por fim, quanto aos fatores
genéticos, mulheres de raça negra são menos predisponíveis aos prolapsos de órgãos
pélvicos (HOST e SILVA, 2016).
De acordo com sua severidade, o prolapso de órgãos pélvicos recebe uma
classificação, por meio do sistema POP-Q (Pelvic Organ Prolapse Quantification),
adotado desde 1996 pela Sociedade Internacional de Continência. Os estágios vão de 0 a
4, sendo o ponto de referência para categorização o anel himenal. Assim, o estágio 0
corresponde a um suporte pélvico perfeito, sem presença de prolapso. Já o estágio 1 é
caracterizado pela presença de um prolapso, porém não há deslocamento dos órgãos
maior que 1 cm. No prolapso de estágio 2, sua parte mais distal estará a 1 cm acima ou
abaixo do anel himenal. O estágio 3, por sua vez, o prolapso está a mais que 1 cm fora do
hímen, no entanto, não há eversão total. Por fim, no estágio IV, é observada a eversão
completa do órgão prolapsado (GONÇALVES, 2012; HORST e SILVA, 2016;
RESENDE et al., 2010).
Nesse sentido, as formas mais graves são aquelas classificadas como 3 e 4, nessas
situações há exteriorização dos órgãos pélvicos por alguns centímetros após o hímen,
sendo os procedimentos cirúrgicos muitas vezes os tratamentos mais indicados para
correção deste problema na maioria das mulheres portadoras de prolapsos dos órgãos
pélvicos. Porém, em alguns casos eles não são aplicáveis, como, por exemplo, quando a
paciente não apresenta condições clínicas, sendo o procedimento contraindicado, ou
quando é possível optar por tratamentos menos invasivos (BARROS et al., 2018).
Os prolapsos estão classificados também conforme a sua localização. Uma única
paciente pode apresentar mais de um tipo de prolapso, já que os órgãos pélvicos e suas
estruturas de sustentação estão interligados. Os termos cistocele, retocele, uretrocele,
enterocele, histerocele e prolapso da cúpula vaginal descrevem o local da protusão. No

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entanto, ainda é muito comum se descrever a patologia de acordo com o órgão acometido,
como, por exemplo, prolapso da parede vaginal anterior, prolapso cervical, prolapso da
parede vaginal posterior, prolapso perineal e prolapso retal (LIMA et al., 2012).
Na retocele o enfraquecimento dos tecidos musculares da vagina, do reto e aquele
existente entre estas duas estruturas originam uma proeminência, levando ao prolapso
nessa região. Já a cistocele, ocorre quando os músculos da bexiga perdem a capacidade
de manter o posicionamento correto deste órgão. Frequentemente, a cistocele é
acompanhada pela uretrocele, que ocorre quando a uretra perde a sustentação pelo
desgaste muscular. Estes dois prolapsos podem ainda ocorrer em conjunto, resultando na
cistouretrocele. A histerocele, por sua vez, é resultante perda da sustentação dos músculos
uterinos, levando à descida deste órgão sobre a vagina, podendo até exteriorizar-se em
casos mais graves. Por fim, a fraqueza dos músculos e estruturas de sustentação da vagina
levam ao prolapso da cúpula vaginal, que quando grave, também leva à exteriorização da
vagina, sendo muito comum seu desenvolvimento após histerectomia (CANDOSO,
2010).

2.3 IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO


Em 1986 na Conferência de Ottawa foi formado o conceito de Promoção da
Saúde, onde o mesmo visa a capacitação da comunidade para que haja a sua colaboração
com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a saúde local. Com isso houve
necessidade então de políticas de promoção da saúde em âmbito nacional, surge então a
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) em 2004, com o
objetivo de dirigir as ações de atenção à saúde da mulher, que englobem além do
tratamento a promoção da saúde diminuindo os índices de morbidade e mortalidade
(FREITAS et al., 2009).
Desde 1999 a Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização das técnicas
fisioterapêuticas para o tratamento de prolapso de órgãos pélvicos de grau I, em outras
situações, onde a doença é mais grave, se a paciente ainda desejar ter filhos ou apresentar
alguma contraindicação para procedimentos cirúrgicos, esta técnica tem demonstrado
bons resultados. Além disso, frequentemente a cirurgia para correção do prolapso
apresenta recidiva, tornando o resultado insatisfatório, mesmo com emprego da
tecnologia (SILVA, 2013).

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O emprego de técnicas fisioterapêuticas na Ginecologia se deu por volta do século


XIX, iniciando na área da obstetrícia, e partindo mais tarde para outros segmentos de
interesse, a fim de propiciar novas formas de tratamento para os mais diversos tipos de
problemas ginecológicos. O fortalecimento muscular, propiciado pela fisioterapia,
representa um forte aliado do paciente ao longo de toda a sua vida, pois garante o
funcionamento de uma espécie de rede que oferecerá suporte aos órgãos do arcabouço
pélvico (PEREIRA, 2017)
O prolapso de órgãos pélvicos é visto atualmente como um problema de saúde
pública, e prioridade na saúde das mulheres. Na rotina dos Ginecologistas, Urologistas e
na Saúde Primária, a pesquisa por sintomas que levam a este problema de saúde se tornou
bastante comum, sendo este muitas vezes associado ou visto como fator desencadeante
da incontinência urinária (CANDOSO, 2010).
O procedimento cirúrgico, no Brasil, costuma ser o método de escolha inicial para
o tratamento de distúrbios do assoalho pélvico. No entanto, os gastos elevados e as
inúmeras contraindicações têm despertado interesse por novas opções de tratamentos.
Considerando o grau de severidade da doença, novas alternativas vêm surgindo, sendo
uma delas a fisioterapia. Este método de tratamento busca fortalecer os músculos do
assoalho pélvico, por meio de exercícios fisioterapêuticos, devolvendo ao paciente o bem-
estar, autoestima e a qualidade de vida dos pacientes (BALDUINO et al., 2017).
Assim, a fisioterapia uroginecológica é o método de tratamento indicado quando
ocorre distúrbio uroginecológico e tem representado um tratamento de grande relevância
na medicina, visto que seu principal objetivo é oferecer uma alternativa diferenciada e
especializada na correção das disfunções do assoalho pélvico. Esta técnica é bastante
considerada atualmente, já que se baseia no fato de que o procedimento cirúrgico pode
ser a solução, porém, não será capaz de restabelecer a função muscular, que foi perdida e
ocasionou o problema. Outro fator a ser considerado, é a redução dos resíduos
sintomáticos no período pós-cirúrgico (SIMÃO, 2012).
Arnold Kegel foi o pioneiro no emprego do treinamento da musculatura pélvica
para tratamento de disfunções nessa região. Por meio de exercícios específicos, o
fisioterapeuta auxilia o paciente no processo de fechamento uretral, através da elevação
da musculatura, melhor desempenho das fibras do tipo I e II e contração simultânea do
diafragma pélvico. Esse treinamento é realizado por comandos verbais, onde o

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profissional fisioterapeuta auxilia na realização dos movimentos e compreensão da


localização de cada parte da musculatura a ser exercitada (GLISOI e GIRELLI, 2011;
SILVA FILHO et al., 2013).
Um importante aliado da fisioterapia para reabilitação do prolapso de órgãos
pélvicos é o biofeedback. Este procedimento fornece informações reais sobre a situação
comportamental da musculatura quando o mesmo se encontra em repouso e sobre
contração. Existem duas formas de se realizar o teste: pela eletromiografia e por pressão.
Na eletromiografia os potenciais elétricos, decorrentes da despolarização das células
musculares são registrados e somados no momento da contração, prevendo, assim,
possíveis variáveis. Já no biofeedback por pressão, também chamado de manométrico, é
verificada a pressão que é aplicada sobre uma sonda disposta sobre a musculatura, no
momento da contração, gerando registros gráficos dos resultados (BARACHO, 2018).
A possibilidade de correção da regularidade da contração, assim como a
identificação de possíveis fadigas musculares por meio do biofeedback, tornam esse
método essencial para o tratamento fisioterapêutico do prolapso de órgãos pélvicos.
Porém, a principal vantagem consiste na observação da qualidade dessa contração, obtida
pela constatação dos valores de repouso inicial, contração voluntária máxima, platô de
sustentação em um tempo de, no mínimo, 10 segundos e recuperação final (BARACHO,
2018).
Nesse sentido, a aplicação das técnicas fisioterapêuticas associadas ao
desenvolvimento tecnológico tem se tornado muito importante para o processo de
reabilitação dos pacientes que sofrem com prolapso de órgãos pélvicos. Os principais
objetivos que vêm sendo alcançados pela utilização deste tratamento incluem aumento da
resistência da musculatura pélvica, redução da gravidade e dos sintomas, e prevenção ou
retardamento da necessidade de processos cirúrgicos, tratamento minimamente invasivo
e redução dos efeitos adversos (SILVA FILHO et al., 2013).

2.4 CINESIOTERAPIA
O emprego de métodos conservadores de baixo custo, sem utilização de
medicação e sem intervenção cirúrgica e, consequentemente, suas complicações, faz com
que a fisioterapia seja um valioso recurso para o tratamento do prolapso de órgãos
pélvicos. Uma das sugestões são os exercícios cinesioterapêuticos, que, basicamente,

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objetivam reestabelecer a função dos músculos do assoalho pélvico (GUARISI et al.,


2001).
Estes exercícios foram propostos por Arnold Kegel, no ano de 1948,
fundamentando-se na questão de que o enfraquecimento dos músculos do assoalho
pélvico, que levam ao prolapso, ocorre pela perda do suporte muscular. Dessa forma, o
treinamento desses músculos corresponde a uma alternativa eficaz para o tratamento de
várias disfunções da musculatura pélvica, incluindo o prolapso de órgãos pélvicos
(SILVA FILHO et al., 2013).
É importante que os pacientes que necessitam dos exercícios pélvicos para
reabilitação da musculatura sejam submetidos a uma conscientização corporal, cujo o
objetivo principal seria ensinar a identificar a localização da musculatura do assoalho
pélvico, para que a contração durante a realização dos exercícios seja eficaz, uma vez que
é comum que os mesmos confundam a contração dos músculos do assoalho pélvico com
a contração de outros músculos como por exemplo, reto abdominal, adutores da coxa e
glúteo máximo (PINHEIRO et al., 2012)
Um método bastante conservador que tem sido empregado na fisioterapia é a
cinesioterapia, por meio dessa ferramenta o assoalho pélvico é trabalhado, tratando assim
a doença, podendo ser empregada pela forma ativa ou passiva. Pela forma ativa, o
indivíduo realiza os exercícios que movimentam os músculos da pelve e do períneo por
si só, voluntariamente. Já na forma passiva, os movimentos são feitos por meio de
aparelhos, comandados pelo profissional fisioterapeuta, simulando a cinesioterapia ativa,
ou ainda manualmente, em que o profissional segue metodologias específicas
(RODRIGUES, 2008; RETT, 2007).
Geralmente, para que haja recobrimento da força muscular, são empregados de 8
a 12 contrações voluntárias de intensidade máxima, por três vezes diárias. A variação
deste protocolo se dá a partir da necessidade do paciente, podendo ser executado de forma
adaptada, onde o número de contrações pode se modificar para mais ou menos. Este
tratamento vem revelando boa efetividade, não havendo contraindicações para o
tratamento do prolapso de órgãos pélvicos (SILVA, 2013).
Em relação ao posicionamento da paciente na execução dos exercícios
cinesioterapêuticos, recomenda-se que a posição inicial seja sentada em uma cadeira de
superfície rígida, realizando movimentos inclinatórios para frente, apoiando os

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antebraços sobre os joelhos, mantendo afastados coxas e pés. O períneo estará


posicionado contra a superfície da cadeira, havendo um feedback da estimulação sensorial
da região perineal. É importante ressaltar que outras posições podem ser empregadas no
início, sendo esta uma boa opção (ARAÚJO et al., 2009). O quadro 1 descreve alguns
dos exercícios propostos por Kegel, para fortalecimento do assoalho pélvico em
mulheres, com as explicações das posições em que deverá estar situada para realização
dos exercícios trazendo assim uma explicação de como deve ser sua execução.

Quadro 1 -Exercícios propostos por Kegel


Posição Exercício
Decúbito dorsal Pernas semifletidas, pés no chão, expirar, realizar uma
retroversão da pelve e em seguida elevar os glúteos
mantendo a retroversão. Repousar lentamente
inspirando, desenrolando devagar a região lombar até o
chão.
Decúbito dorsal Glúteos suavemente elevados com uma almofada,
pernas em flexão e cruzadas, pés apoiados no chão;
sustentar na região internas do joelho: erguer o assento
o mais alto que conseguir, expirando, voltar à posição
de início, inspirando.
Decúbito dorsal Glúteos apoiados no chão, colocar entre as pernas um
medicine-ball e elevar as duas pernas semi-estendidas.

Decúbito dorsal Glúteos suavemente elevados, perna de apoio


flexionada e a que fará a elevação estendida. Realizar o
exercício nos dois membros.
Em pé Com uma bola na região adutora da coxa, ficar na ponta
dos pés, contraindo e relaxando o períneo, ao final voltar
com a ponta dos pés no chão.
Sentada Realiza a contração da musculatura perineal com as
pernas estendidas.
Em pé Com a musculatura pélvica contraída encostada na
parede realizar a retroversão da pelve.

Fonte: Valério et al. (2013), p. 6-7 adaptada.

Assim, a cinesioterapia devolve ao paciente boa qualidade de vida, já que


possibilita o alívio dos sintomas. Em casos mais avançados onde há necessidade de
intervenção cirúrgica, este método, empregado como auxiliar no pós-cirúrgico, tem
eficácia comprovada, auxiliando na reconstituição da força muscular pélvica.
Recomenda-se ainda associar a ele uma dieta adequada, redução de peso, redução de
atividades que necessitem de movimentos que levam ao aumento da pressão intra-

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abdominal e realização de tratamentos para prevenção e redução da constipação (HOST,


2016).
É importante ressaltar que nos exercícios cinesioterapêuticos, apenas a
musculatura do assoalho pélvico é trabalhada, por meio de contrações controladas, sem
contrair outros músculos corporais. A conscientização da contração da musculatura exata
é de grande relevância para o sucesso da cinesioterapia. Através disso tem-se a garantia
de que os resultados serão significantes no tratamento da disfunção (GAIANO, 2010).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fisioterapia tem se mostrado como uma medida alternativa para tratamento e a
prevenção de diversas doenças, incluindo o Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP), que é
caracterizada por uma redução na força da musculatura do assoalho pélvica ocasionando
uma procedência de parede vaginal anterior, posterior ou da cúpula vaginal. O
fortalecimento da musculatura proporcionado pela cinesioterapia através dos exercícios
de conscientização corporal e fortalecimento através de contrações isoladas se mostra
bastante eficaz, em especial em mulheres, que tem como objetivo reestabelecer a função
de sustentação da musculatura local.
O alívio dos sinais e sintomas por meio dos exercícios cinesioterapêuticos
proporcionado pela fisioterapia, devolve às pacientes não só a sustentação dos órgãos
pélvicos, mas também segurança na realização das atividades cotidianas, melhora na
autoestima, vontade de viver e na retomada de atividades diárias que haviam sido
abandonadas em virtude da doença.
Além de representar uma medida financeiramente satisfatória, a cinesioterapia
ainda proporciona uma forma de tratamento para o POP menos invasiva, já que existem
também o tratamento através de processos cirúrgicos. A fisioterapia garante assim maior
segurança para as pacientes através dos métodos conservadores e descarta as
complicações secundarias decorrentes do procedimento cirúrgico.
Nesse sentido, o desenvolvimento e inserção de programas para tratamento
fisioterapêutico nas unidades de saúde com o objetivo de proporcionar o tratamento da
doença é fundamental, pois são de fácil implementação e oferecem excelentes resultados
terapêuticos à grande maioria das pacientes que almejam reestabelecer a função da região
afetada e consequentemente melhora nas atividades de vida diárias, levando em

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consideração que o procedimento cirúrgico para correção dos sinais e sintomas do POP
não reestabelece a função muscular local.

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