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UNIBRAS FACULDADE DE RIO VERDE

FISIOTERAPIA

AMANDA APARECIDA DE FREITAS FERREIRA

BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES PARA IDOSOS COM


INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

RIO VERDE
2021
AMANDA APARECIDA DE FREITAS FERREIRA

BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES PARA IDOSOS COM


INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

Projeto de pesquisa apresentado a Faculdade


Unibrás – Unidade Rio Verde como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel em
fisioterapia, sob a orientação do Profº Me.
Leonardo Squinello Nogueira Veneziano

RIO VERDE
2021
Ferreira, Amanda Aparecida de Freitas.

OS BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES PARA IDOSOS COM


INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

19fls.

Orientador: Profº Me. Leonardo Squinello Nogueira Veneziano

Projeto Científico - Graduação – Faculdade Unibras


Unidade de Rio Verde, 2021.
1. Incotinência 2. Mulheres 3. Pilates

Faculdade Unibras - Unidade de Rio Verde, 2021.


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BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES PARA IDOSOS COM


INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

Amanda Aparecida de Freitas Ferreira1


Leonardo Squinello Nogueira Veneziano2

RESUMO: A Incontinência Urinária (IU) é um problema multifatorial que afeta


principalmente mulheres, em diferentes faixas etárias, causando transtornos e
constrangimentos. O Pilates tem se tornado uma atividade bastante comum entre a
população, sendo praticada tanto como atividade física quanto por orientação
médica e fisioterapêutica voltada para a recuperação de problemas de saúde. Dessa
forma, pilates e Fisioterapia estão ligados na busca pelo bem-estar. Assim, torna-se
relevante uma pesquisa para se obter mais conhecimentos sobre as contribuições e
quais são do Pilates no tratamento e na qualidade de vida de mulheres com
incontinência urinária. Tem-se como objetivo Compreender como os exercícios
fisioterapêuticos desenvolvidos no Pilates podem contribuir para a incontinência
urinária por esforço ocasionando a melhoria das condições de vida social, física e
emocional de mulheres idosas acometidas por esta enfermidade. O pilates está
sendo cada vez mais procurado pela população, então, conhecer seus métodos abre
uma grande oportunidade de mercado para os Profissionais da Fisioterapia. O
Fisioterapeuta faz uma avaliação completa do paciente e designa os recursos do
método para um serviço especializado. O Pilates é um método saudável e completo,
sem contra-indicações. É adequado para pessoas de todas as idades e níveis de
condicionamento físico. Conclui-se que por meio dos exercícios de Pilates, além de
permitir ao idosos controlar melhor a urina, ele também ganha estabilidade física,
consciência corporal e senso de equilíbrio. Isso reduz o risco de quedas e limitações
funcionais, reduz as dores nas articulações e ajuda o idoso a realizar as atividades
diárias com mais segurança.

Palavras Chave: Incontinência, Idosos, Pilates.

ABSTRACT: Urinary Incontinence (UI) is a multifactorial problem that affects mainly


women, in different age groups, causing inconvenience and embarrassment. Pilates
has become a very common activity among the population, being practiced both as a
physical activity and for medical and physiotherapy guidance aimed at recovering
from health problems. Thus, Pilates and physiotherapy are linked in the search for
well-being. Thus, a research is relevant to obtain more knowledge about the
contributions and what are Pilates in the treatment and quality of life of women with
urinary incontinence. The objective is to understand how the physical therapy
exercises developed in Pilates can contribute to stress urinary incontinence, leading
to an improvement in the social, physical and emotional life conditions of elderly
women affected by this disease. Pilates is being increasingly sought after by the
population, so knowing its methods opens up a great market opportunity for
1 Aluna do curso de Fisioterapia da Faculdade Unibras Unidade de Rio Verde
2 Orientador da pesquisa e professora na Faculdade Unibras Unidade de Rio Verde
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Physiotherapy Professionals. The Physiotherapist makes a complete assessment of


the patient and assigns method resources to a specialist service. Pilates is a healthy
and complete method, without contraindications. It is suitable for people of all ages
and fitness levels. It is concluded that through Pilates exercises, in addition to
allowing the elderly to better control their urine, they also gain physical stability, body
awareness and a sense of balance. This reduces the risk of falls and limitations,
reduces joint pain and helps the elderly to carry out daily activities more safely.

Keywords: Incontinence, Elderly, Pilates.

1. INTRODUÇÃO

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. De acordo com a


Sociedade Brasileira de Urologia (2015) esse problema é duas vezes mais comum
entre as mulheres do que entre os homens, e estima-se que cerca de 30% a 40%
das mulheres com mais de 40 anos tenham algum grau de incontinência.
Estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas no mundo sofrem de
incontinência urinária, mas esse número pode ser ainda maior porque muitas
pessoas têm vergonha de falar sobre esse problema ou pensam que é um processo
natural do envelhecimento. Os fatores de risco para o desenvolvimento do problema
são idade, diabetes, obesidade e problemas neurológicos. Entre as mulheres, a
maioria dos casos está relacionada com a anatomia feminina, a saber, a uretra curta
que tornam mais vulneráveis os músculos que sustentam os órgãos pélvicos e
promovem a contração da uretra.
O pilates tem se tornado uma atividade bastante comum entre a população,
sendo praticada tanto como atividade física quanto por orientação médica voltada
para a recuperação de problemas de saúde. Dessa forma, pilates e Fisioterapia
estão ligados na busca pelo bem-estar. Sendo o Fisioterapeuta o profissional que
trabalha diretamente com a reabilitação de pacientes, não há ninguém melhor que
ele para a aplicação das técnicas de pilates (MOREIRA, 2019).
A incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de
Continência (ICS) como qualquer perda involuntária de urina. A prevalência da IU é
extremamente variável, dependendo da faixa etária e da população estudada.
Alguns trabalhos mostram que a prevalência, em mulheres jovens, varia de 12% a
42%. Já em mulheres na pósmenopausa, a variação é de 17% a 55% (CASTRO;
ARRUDA, 2018).
Os sintomas de IU aumentam com a idade e se tornam ainda mais comum
com o envelhecimento, atingindo tanto mulheres quanto homens. Sendo mais
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freqüentes no sexo feminino, estima-se que 80% das mulheres com idade entre 25 a
60 anos demonstram sintomas dessa patologia. Existem diversos tipos de IU, no
qual os tipos mais frequentes são: de esforço, de urgência, mista e paradoxal
(STELFER; FRARE, 2014).
O Também aumento da perspectiva de vida da população em geral gera um
aumento gradativamente do número de idosos, consequentemente, o número de
casos de IU pode aumentar (LOPES e HIGA, 2006).
A disfunção urinária, como um todo, é de extrema relevância para a área da
saúde, por se tratar de uma patologia que gera bastante constrangimento
apresentando graves complicações, sendo estas de caráter social, ocupacionais,
psicológicas, físicas (de saúde), sexuais e/ou econômicas. Interferindo
negativamente na qualidade de vida da pessoa, principalmente mulheres grávidas,
pós parto e idosas, ou seja, pode ocorrer em mulheres jovens e idosas (HIGA,
LOPES, & REIS, 2015; BERZELI, MARTINS & DREHER, 2013; LOPES & HIGA,
2015).
Para Ribeiro (2016), no contexto de saúde, a fisioterapia uroginecológica é de
suma importância para a prevenção de disfunções do assoalho pélvico. Atualmente
a patologia de maior incidência dentro da fisioterapia uroginecológica é a
Incontinência Urinária.
Poucas pesquisas foram conduzidas com indivíduos idosos e pouco se sabe
sobre seus benefícios nesta população. A escassez de estudos que relacionem este
método com a prevenção e o tratamento de desordens geriátricas faz com que se
tornem necessárias pesquisas que associem esta modalidade de exercícios físicos
com temas de interesse em geriatria e gerontologia (GOMES, 2012).
Os exercícios de combate à incontinência urinária são os exercícios de Kegel
ou os exercícios de descompressão, são uma excelente forma de fortalecer os
músculos do assoalho pélvico e também podem melhorar a função do esfíncter
uretral. Para controlar a incontinência urinária somente com esses exercícios, as
contrações devem ser realizadas corretamente todos os dias até que o problema
seja completamente resolvido.
Tem-se como objetivo Compreender como os exercícios fitoterápicos
desenvolvidos no Pilates podem contribuir para a incontinência urinária. A
fisioterapia pelo método Pilates pode intervir nas alterações que levam à
incontinência urinária feminina por meio de tratamento conservador, redução de
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custos, terapia comportamental, consciência física, fortalecimento da musculatura


pélvica e abdominal (Powerhouse).

2. METODOLOGIA
A referida pesquisa utiliza como metodologia a pesquisa bibliográfica, por
meio da revisão da literatura, na obra do autor voltada para a temática de artigos
científicos, livros, periódicos e websites, além de apresentar um método qualitativo
baseado em pesquisa. Portanto, buscou-se compreender a realidade de certos
fenômenos e as opiniões de diferentes autores e obras com base em dados
qualificados. Selecionando documentos que tenham relação com o tema e atendam
ao questionamento desta pesquisa. A pesquisa levou em consideração artigos
publicados entre 2010 e 2021 nas bases de dados virtuais e biblioteca da Faculdade
Unibrás.
Foi levando em conta nesta escolha, a busca de novos contextos e conteúdos
que primam em esclarecer mais sobre o assunto estudado. Para a escolha da
exposição destes conhecimentos encontrados, se evitado a mera repetição de
pesquisas anteriores, mais sim um novo olhar sobre o determinado assunto,
chegando a novas conclusões.

3. REVISÃO TEÓRICA

A organização Mundial de Saúde (2011) define como idoso todo indivíduo


com idade igual ou superior a 60 anos para países em desenvolvimento ou 65 anos,
no caso de nações desenvolvidas. No Brasil temos Estatuto do Idoso, baseado na
Lei número 10.741/2003, que garante alguns direitos aos idosos ou 3º idade, no que
se refere o artigo 20 do capítulo V, “o idoso tem direito a educação, cultura, esporte,
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar
condição de idade.”
O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil, assim como em
todo o mundo. Com o aumento da média de idade dos indivíduos ocorre o
crescimento das doenças e dos distúrbios orgânicos associados ao envelhecimento,
com ênfase para as doenças crônico-degenerativas. A perda da capacidade
funcional é um dos principais problemas que afeta o idoso, levando à diminuição de
suas habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de suas atividades
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de vida diária, as quais envolvem atividades de cuidados pessoais e atividades


instrumentais de vida diária que requerem tarefas mais complexas do cotidiano
(LIMA, 2014).
O objetivo do Pilates, enquanto atividades reabilitadora é fortalecer os
músculos do powerhouse (centro de força), composto pelos músculos abdominais,
glúteos, para vertebrais lombares e músculos do assoalho pélvico, diminuindo as
perdas de urina, além de estimular a percepção corporal e organização postural,
visando uma melhor qualidade de vida para os indivíduos (MAGGI, 2011; SILVA e
MANNRICH, 2009).
Os exercícios que compõem o método envolvem contrações isotônicas e
isométricas, e durante os exercícios a expiração é associada à contração do
diafragma e dos músculos do centro de força, fortalecendo-o (STELTER e FRARE,
2014).
Exercícios de flexibilidade, força e treino de equilíbrio, bem como a
combinação destas melhoram o desempenho muscular, o equilíbrio corporal e a
capacidade funcional, reduzindo o risco de quedas dos idosos. Além disso, sabe-se
que programas de prevenção através de programas de orientações e reabilitação
por meio de treinamento físico desempenham um papel importante na manutenção e
na restauração da capacidade física dos idosos (GOMES, 2012).
Conforme esses benefícios abrangem desde o campo físico até o social:
aumento da capacidade aeróbia; o aumento na ventilação voluntária; melhora na
flexibilidade; melhora na resistência muscular localizada; aumento do conteúdo de
minerais ósseos; diminuição da resistência vascular; melhor tolerância à glicose;
redução da concentração de lipídios; melhora do estado de ânimo, aumento da
vitalidade e melhora significativa da qualidade de vida (RAMOS, 2002),
O assoalho pélvico (AP) ou diafragma pélvico é composto por ligamentos,
fáscias e músculos. Tem como função a sustentação dos órgãos internos, como por
exemplo, a bexiga e o útero, além de ser responsável por controlar a continência de
urina, fezes, evacuação e micção. Sua musculatura é composta por três camadas:
camada muscular superior, camada muscular média e camada muscular inferior.
Assim como outras musculaturas que precisam ser fortalecidas, a Musculatura do
Assoalho Pélvico (MAP) precisa ser fortalecida para poder executar suas funções.
Uma função deficiente ou inadequada dessa musculatura pode apresentar disfunção
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sexual, incontinência urinária ou fecal, e o pro lapso dos órgãos pélvicos (DINIZ et
al., 2014).
Desta forma, o Pilates surge como uma atividade, cujos aulas de Pilates têm
como objetivo, modelar o corpo e ganhar massa magra em longo prazo. De forma
gradual e sem lesão muscular significante, mantendo uma vida saudável no
processo de envelhecimento (YAMAMOTO, 2019).

O PILATES E A INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR


ESFORÇO EMIDOSOS

Os exercícios proporcionados pelo Pilates podem ser utilizados para fins de


condicionamento físico, prevenção e reabilitação, sendo no ritmo de cada praticante,
com progressão gradual, podendo ser feitas adaptações respeitando os princípios
do método e a condição física de cada pessoa. Podendo ser indicado para qualquer
faixa etária (SIQUEIRA et al, 2015).
Os benefícios da atividade física regular vêm sendo propagados para a
população em geral, porém em especial na população idosa. Esses benefícios vão
além de alguns objetivos estéticos procurados pela população mais jovem
(FONSÊCA, 2012).
A IU é mais comum entre as mulheres, e quando comparada aos homens
essa diferença é superior a 10%. Com o avançar da idade há um aumento de sua
prevalência. Estes valores diferem entre os estudos, sendo 44% para mulheres e
29% para homens acima de 65 anos residentes na comunidade (JHON, 2014).
A incontinência urinária por esforço pode ser classificada de duas formas; A
Incontinência Funcional – É a perda involuntária de urina associada à urgência e
esforços: Incontinência Mista – Está relacionada à incapacidade de chegar ao
banheiro por limitações físicas. Mediante o posto pode-se começar com uma perda
pequena de urina durante algum esforço, porém a tendência é que o fluxo de urina
piore com o tempo (MARQUES, 2015).
A perda urinária acontece em casos nas quais possui aumento da pressão
intra-abdominal, como no exercício físico, tosse ou espirro. Geralmente apaciente
tem um número normal de micção e não perde urina enquanto dorme somente
apenas em esforço físico. (NUNES, 2010; GOMES; SILVA, 2010).
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Acerca do método Pilates (contrologia nome original) foi desenvolvido ao final


da década de 1920, pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967) e tem como
princípios: o movimento do corpo todo, a respiração, o desenvolvimento muscular
equilibrado, a concentração, o controle, a centralização da força, a precisão e fluidez
do movimento, que juntos procuram desenvolver o corpo de maneira uniforme
(PIVETTA, 2014).
A Incontinência urinária é uma fisiopatologia complexa, existindo diversas
formas de tratamento, sendo eles, medicamentoso, cirúrgico e o conservador. O
tratamento medicamentoso tem ação adrenérgica com a finalidade de aumentar o
tônus da musculatura lisa uretral, podendo causar o fechamento uretral. Já no
tratamento cirúrgico, o uso de slings sintéticos de uretra são os procedimentos e
possibilidades de opção para o tratamento da incontinência urinária de esforço, que
podem ser inseridas pela via retro púbica ou transobturadora. (RIOS; GOMES,
2010).
De acordo Silva et al., (2014) um recurso considerado efetivo e bem
requisitado é o tratamento conservador, que pode ser realizado pelos profissionais
de fisioterapia do assoalho pélvico, mediante diversas técnicas, dando motivação ao
paciente, constituindo assim uma importante parte para um tratamento satisfatório.
Atualmente existem diversas modalidades fisioterapêuticasque podem auxiliar
na melhora da função da musculatura do assoalho pélvico, entre elas, a eletro
estimulação, cinesioterapia, cones vaginais, biofeedback e reeducação
comportamental. (PEREIRA; ESCOBAR; DRIUSO, 2012).
Em continuidade, Sampaio (2018) ainda esclarece que os exercícios
estimulam o aumento do tônus muscular, levando a uma reeducação postural para
correção da estática pélvica e o fortalecimento dos componentes esfincterianos
(músculos que se mantêm contraídos, impedindo a saída da urina
involuntariamente).

O FISIOTERAPEUTA E O PILATES

A abordagem fisioterapêutica da Incontinência Urinária por Esforço m como


objetivo recuperar o controle urinário, permitindo o fortalecimento do componente
Peri - uretral do esfíncter uretral externo, aumenta o tônus que pode ser entendido
como o estado de tensão muscular em repouso, e a estrutura responsável por seu
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controle é o sistema nervoso. No processo de exercício ativo, o padrão de tensão


muda de maneira fisiológica, o que favorece o desempenho das funções motoras e
melhorando a transmissão das pressões na uretra, para assim, reforçar o
mecanismo de continência (RODRIGUES et al., 2005).
As principais técnicas da fisioterapia para IUE estão relacionadas a
mudanças de comportamento (terapia comportamental), cones vaginais, eletro
estimulação e biofeedback e exercícios da musculatura pélvica (ZANATA, 2003).
A terapia comportamental restabelece um ritmo miccional mais freqüente,
inicialmente de hora em hora seguido de um aumento progressivo desse intervalo
(OLIVEIRA; RODRIGUES; PAULA, 2007). Sendo assim, a paciente é treinada a
urinar antes de alcançar um volume de urina que possa ocasionar perdas
involuntárias (ZANATA, 2003).
O Ministério da Saúde (2018) informa que o tratamento da incontinência
urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a
musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência urinária de urgência, o
tratamento é com medicamentos e fisioterapia.
O pilates está sendo cada vez mais procurado pela população, então,
conhecer seus métodos abre uma grande oportunidade de mercado para os
Profissionais da Fisioterapia. O Fisioterapeuta faz uma avaliação completa do
paciente e designa os recursos do método para um serviço especializado. Segundo
o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), o pilates é
uma técnica que utiliza recursos mecanoterapêutico (os bastões, espaldar,
prostrech, panturrilha relax, escada de dedos e plataforma de inversão e eversão) e
cinesioterapêutico (técnicas de alongamentos, reposicionamento, mobilizações,
trações, massagens, fortalecimentos) para a educação e reeducação dos
movimentos corporais, por meio de exercícios terapêuticos. Dessa forma, o
Profissional da Fisioterapia é habilitado para a orientação dessas atividades,
garantindo atendimento de qualidade (MOREIRA, 2019).
Destaca-se que O Método Pilates ainda não é uma especialidade somente de
uma profissão. Profissionais com formação em fisioterapia e educação física estão
aptos a trabalharem com o Método desde que sejam capacitados através de cursos.
As aptidões regularizadas pelas resoluções N° 386∕2011 favorece o
fisioterapeuta e a resolução de N° 201∕2010 favorece o profissional de educação
física. Esses profissionais detêm de conhecimento de anatomia, cinesiologia e
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biomecânica, que são disciplinas que considero a base para os exercícios bem
planejados e executados no Pilates.
O Conselho de Fisioterapia (Coffito) considera que o método Pilates é um
recurso cinesioterapêutico e mecanoterapêutico que promove a educação e
reeducação do movimento corporal, composto por exercícios terapêuticos de
promoção, prevenção e recuperação da saúde físico funcional. Sendo fisioterapeuta
um profissional qualificado para propor a reabilitação de idosos mediante esta
patologia (CARNEIRO, 2016). O fisioterapeuta, nestes casos, deve conhecer o
processo de envelhecimento (fenômenos biológicos, psicológicos e sociais) e ter
visão e atuação que previne quedas, sendo necessária a participação dos idosos
nos programas educativos e na prática regular de atividades físicas, nas mudanças
no ambiente (LIMA, 2014).
Mesmo fazendo parte do ciclo da vida humana, não apenas a constituição
genética influencia este processo biológico de envelhecimento, mas, também, o
modo de vida nas fases anteriores, como se viveu e como se enfrentou as situações
ao longo dos anos; quanto melhor se vive durante a juventude e idade adulta, mais
chance há de viver uma velhice com maior capacidade funcional e melhor saúde
(LIMA, 2014).
Os benefícios da atividade física e pilates regular vêm sendo propagados
para a população em geral, porém em especial na população idosa. Os cursos de
Pilates para idosos e grupos especiais são projetados para moldar o corpo e atingir
a massa corporal magra a longo prazo. Gradualmente e sem danos musculares
evidentes, mantenha uma vida saudável durante o processo de envelhecimento.
Ressalta-se que os exercícios realizados nos cursos de Pilates para idosos devem
ser realizados de forma adaptativa para que sejam realizados de forma correta e
sem causar danos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tratamento da incontinência urinária está relacionado ao tipo de


incontinência urinária observada, sendo importante ressaltar que, em alguns casos,
o tratamento pode não ser necessário. Quando o tratamento é necessário, pode
incluir fisioterapia do assoalho pélvico e da bexiga, o uso de certos medicamentos e
até mesmo cirurgia. Em cada caso, apenas o médico pode indicar a melhor opção.
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Conclui-se que por meio dos exercícios de Pilates, além de permitir ao idoso
controlar melhor a urina, ele também ganha estabilidade física, consciência corporal
e senso de equilíbrio. Isso reduz o risco de quedas e limitações funcionais, reduz as
dores nas articulações e ajuda o idoso a realizar as atividades diárias com mais
segurança. O Pilates proporciona aos seus praticantes flexibilidade, relaxamento,
coordenação, resistência, maior consciência corporal e percepção da região pélvica.
Temos assim que a incontinência urinária não é apenas um problema médico,
mas também envolve outros fatores que têm um impacto negativo na vida pessoal,
como emocionais, psicológicos e sociais. Portanto, as pessoas com incontinência
deixam de fazer exercícios físicos devido ao medo e constrangimento de perder
urina em locais públicos, é muito importante lembrar às pessoas as razões pelas
quais o Pilates pode tratar a incontinência com sucesso.
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REFERÊNCIAS

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