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Duc
Conclusão:
Viollet Le-Duc ao negar o ato de conservar, reparar ou refazer,
afirma a restituição da obra, ou seja, a reprodução de sua forma
original, como o conceito que fundamenta a restauração. Em toda a
modernidade do conceito e da prática da restauração em sua época,
podemos destacar a visão racionalista e positivista em várias partes de
sua fala, principalmente quando aborda o futuro das edificações
restauradas.
Para ele, a arquiteto restaurador deve se conscientizar das formas
e estilos do objeto a ser restaurado, bem como sua identificação ao
longo da história da arte, ter postura crítica e analítica a partir de seu
conhecimento, além das técnicas utilizadas para sua construção, sua
estrutura, anatomia e temperamento, pois antes de tudo, é necessário
que se reviva a arquitetura. O arquiteto deve compreender a obra como
se fosse de sua própria concepção. Tendo em mãos os meios
condizentes para a reparação do edifício e dominando as técnicas
necessárias, o arquiteto poderá iniciar seus trabalhos de restauração.
Outra observação importante é que o profissional não deve seguir uma
conduta rígida e absoluta no que desrespeito às decisões a serem
tomadas diante de dificuldades comuns no processo da restauração.
Escolhas severas podem apresentar riscos à obra. Porém, afirma que
tais dificuldades não estão limitadas a fatos materiais uma vez que os
edifícios restaurados devem ter uma destinação e o melhor meio de
conservação de um edifício é exatamente dar-lhe uma destinação.
Os trabalhos de restauro tiveram várias consequências benéficas
para toda a comunidade, pois forçaram os arquitetos a somar
conhecimentos e a formar núcleos. O hábito de resolver problemas em
construções foi introduzido nas comunidades, que até então mal
construíam casas simples. A busca por recursos fez com que métodos
regulares como a contabilidade ou a gestão de canteiros tivessem início,
nessa época. E a invenção da fotografia como a temos hoje parece ter
assumido um papel essencial nos estudos científicos e no restauro dos
edifícios antigos.
Referências bibliográficas:
VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel; DOURADO, Odete (apres.
e trad.). Restauro. Salvador: Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo/UFBA, 1996.