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JOHN RUSKIN

https://youtu.be/x40l1ov8hfA
https://youtu.be/6C5_1lEqDGw

“A jornada para se fazer um mundo mais belo é inseparável da necessidade de refazê-lo


politicamente, economicamente e socialmente”

Suas teorias e ações vão influenciar o movimento pré-rafaelita, William Morris e


desbocar no Arts & Crafts e Art Nouveau.
Fundou a Guilda de St. George, um dos colaboradores foi William Morris, designer
têxtil, poeta, artista e ativista do movimento britânico Arts & Crafts, que valorizava a paisagem
e o uso das áreas externas de um edifício.
Acreditava que as pessoas criativas privilegiadas deveriam se empenhar em melhorar o
mundo, torná-lo um lugar agradável e limpo, mais bonito e conveniente, não apenas para si
mesmos, mas com o bem da maioria.
Escreveu o livro “As sete lâmpadas da arquitetura”, onde foi retratado uma crítica à
arquitetura do século XIX que estava nas trevas e precisava ser ‘iluminada pelas lâmpadas’ do
sacrifício, verdade, poder, beleza, vida, obediência e pela lâmpada da memória.

Restauração para John Ruskin

Em resposta às teorias mirabolantes de Viollet Le-Duc ele disse que a restauração é a


mais total destruição que um edifício pode sofrer pois representa a destruição do monumento
acompanhado pela falsa descrição.

É impossível restaurar qualquer coisa que já tenha sido grandiosa, já que não a como
recuperar todo espírito de algo que não se passa mais de ruínas, pois não temos como
incorporar o espírito de um artista que já morreu. Deve-se evitar a falsidade.

Ele traz a valorização do antigo, falando que a simples reposição de uma peça, não
significa que é a mesma. Ela é apenas uma imitação e não possui o mesmo impacto que a sua
original tinha.

Ele afirma que devemos construir novos monumentos, mas que sejam de uma boa
arquitetura, mas se esse caso não for possível, deve-se preservar os monumentos que já
existem, conservar ele, manter a sua glória, seu aspecto pitoresco, demonstrado na sua idade.

“Cuide bem de seus monumentos e não precisará restaurá-los: conservação.”


“Não temos o direito de tocar os edifícios que não são nossos”
CESARE BRANDI

https://youtu.be/arQgfFL2AGc (00:00 a 25:24 - 43:35 a 45:22)

“A restauração constitui um momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na


sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua
transmissão para o futuro (p.30)”

“A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde


que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar
nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo (p.33)”

Foi um crítico de arte e historiador, especialista em teoria da conservação-restauração, além de


ser o primeiro diretor do Instituto Central de Restauro em Roma.

Sua teoria deu origem a ‘trateggio’, uma técnica controversa para repintar as seções ausentes
ou danificadas de obras de arte. Sua obra “Teoria da Restauração” foi reconhecida pela Carta
de Restauração de 1972 que usou conteúdos propostos na obra para sua criação, e até hoje é
aceita como modelo a ser seguido na teoria da conservação e restauração.

Seus métodos vão do simples respeito (conservação) à intervenção radical (restauração).

A conservação preventiva revolve envolta de evitar as intervenções radicais

Ele também propõe que o aspecto e a estrutura não devem entrar em conflito, levando isso
para a arquitetura temos que, um edifício com estrutura abalada (estrutura) e superfície
externa dos blocos e pintura (aspecto). Por exemplo, um forro de uma igreja tem um mural
pintado nele, mas ele acaba sofrendo com um vazamento, não vai adiantar repintar o mural
sem resolver o problema do vazamento, os danos só vão voltar a acontecer periodicamente.

CAMILLO BOITO

https://youtu.be/HUUWmzj31EU (recomendo esse aqui, tá em espanhol, mas tem legenda


automática)

https://youtu.be/iJLYXWe7N7c (assisti, mas n gostei)

“A restauração não se trata de inovar e sim de valorizar e compreender o edifício para que
este não perda sua essência.”

Foi um arquiteto, professor de Arquitetura, restaurador, crítico, historiador, teórico, ademais


desempenhou um papel chave na criação de uma nova cultura arquitetônica na Itália. Teve
grande influência tanto acadêmica como profissional neste âmbito e no Congresso de
arquitetos e Engenheiros Civis de 1883 (Roma). Propôs a sua Carta de Restauro na qual
abordava 8 pontos fundamentais que passaram a se chamar de “Os oito pontos de Boito”.
Baseando-se nas ideias moralista e românticas de John Ruski, Restauração Moderna idealizada
por Camilo Boito veio a vida em 1880, defendendo a arquitetura historicista.
Seus principais fundamentos são:
A distinção da intervenção – é possível distinguir as peças novas das velhas

O conhecimento da intervenção – é possível que o observador reconheça que lá há uma


intervenção, não o fazendo a acreditar que o edifício sempre esteve daquele jeito.

Na sua carta de restauro foi proposto os seguintes temas:

1. Diferenciar o antigo do novo;


2. Diferenciar os materiais usados na obra;
3. Supressão de elementos ornamentais na parte restaurada;
4. Exposição de restos ou peças que se desprenderam no processo da restauração;
5. Incisão em cada elemento renovado apresentando a data da intervenção;
6. Colocar uma epígrafe descritivo da intervenção realizada;
7. Exposição de fotos, planos e documentos onde se observa o processo da obra;
8. Notoriedade destacando o valor do autêntico.

ALOIS RIEGL
https://youtu.be/ySYBDD90Lsw

https://youtu.be/YNIp4OYQuV4 (espanhol, mas tem legenda)

“O valor histórico considera o monumento original intocável. Trata-se de conservar um


documento o mais autêntico possível. As destruições passadas, imputáveis aos agentes
naturais, não podem ser anuladas e, do ponto de vista do valor histórico, elas não devem
também ser reparadas.”

Para Alois todos os seres humanos têm uma vontade artística de representar sua cultura, sua
sociedade, seu eu interior e que há uma busca de estética. Ele pensava na recuperação de
artesanatos, arte popular, chamadas de artes menores, basicamente as artes decorativas e
design

Um dos principais representantes do formalismo na história da arte. Conservador do Museu de


Arte Decorativa de Viena, foi um dos fundadores da crítica de arte como disciplina autônoma.
Foi o primeiro a estudar os valores do patrimônio, como, por exemplo, valor de antiguidade,
histórico, rememoração, uso e arte.

Uma das usas obras foi o culto moderno dos monumentos que demonstrou a importância de
Alois Riegl para a constituição da história da arte como disciplina autônoma e a revalorização
estética de estilos – e épocas – considerados menores, como ocorreu ao barroco, é
indisputada.

Riegl acredita que o fato que a conservação do valor histórico e do valor do antigo não pode
prescindir do valor de uso, explica que o caso daqueles edifícios que não são utilizados, caem
em ruínas determinando uma forma mais violenta de destruição que com a introdução de uma
função. Constam nesse quesito, edifícios que não estão integralmente conservadores em suas
funções originais, aqueles que não correspondem às funções de hoje e que tem necessidade
de ser recuperados.

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