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Teoria das Estruturas I

Prof. Paulo Pinto de Souza

Treliças Isostáticas
Resolução: Equilíbrio estático dos nós

O processo de resolução pelo equilíbrio estático dos nós consiste em analisar e


estabilizar casa nó da estrutura, sequencialmente, iniciand0-se o processo com a
definição das reações de apoio.
Sabemos que as estruturas em forma de treliça são compostas pela união de barras
esbeltas, que não transmitem momentos aos nós, assim, teremos somente esforços
normais nas barras.
Seja a estrutura tipo treliça apresentada na figura, solicita-se determinar os esforços
normais (N) em suas barras.

Inicialmente e com o objetivo de determinarmos as reações de apoio, vamos analisar a


estrutura com sendo uma única chapa, assim:

HA

VA VB

Faremos então a análise inicial, na “chapa” como um todo, com o uso das equações
fundamentais de equilíbrio, para a determinação das reações de apoio, lembrando que
devemos sempre avançar quando tivermos somente uma incógnita na equação
proposta.
Com base nos tipos de apoio apresentados, podemos concluir que teremos as seguintes
reações de apoio nesta estrutura:
VA, HA e VB
Conhecendo as equações fundamentais do equilíbrio: ΣM=0, ΣFX=0 e ΣFY=0;
Podemos iniciar nossa análise pelo nó A, fazendo uso da equação de equilíbrio ΣMA=0
Consideraremos que os momentos no sentido horário serão positivos. +
Devemos presumir os sentidos dos esforços e checar ao final se presumimos de forma
correta, analisando o sinal obtido.

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Então:
ΣMA=0
-24.VB – 2.3 + 3.8 = 0
VB = + 0,75 tf
(O sinal positivo obtido indica que presumimos o sentido de VB de forma correta, ou
seja, a reação VB é de baixo para cima! )
Agora, com base em outra equação fundamental da estática, temos:
ΣFx=0
HA – 2 = 0
HA = 2 tf
Para a obtenção da reação VA, com base em outra equação fundamental da estática,
faremos:
ΣFy=0
VA + VB – 3 = 0
VA + 0,75 – 3 = 0
VA = 2,25 tf
Com os resultados alcançados, obtemos o diagrama de corpo livre [ tf ]:

2,25 0,75

De posse das reações de apoio, agora podemos avançar na análise dos nós,
individualmente, assim:
Nó A:

Neste arranjo temos duas barras sendo avaliadas, as quais apresentam as incógnitas
NAE e NAC.
Em nossa análise, sempre presumiremos esforço de tração nas barras.

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Como o esforço NAE está fora do plano cartesiano (x;y), devemos promover a sua
decomposição no plano cartesiano, com uso das ferramentas trigonométricas, assim:

tgα = co/ca  3/8 = 0,375 senα=0,351 cosα=0,936


Agora, precisamos definir o uso de uma das equações de equilíbrio que nos apresente
somente uma incógnita:
Inicialmente vamos aplicar ΣFx=0;
HA+NAC + NAE.cosα=0
Neste cenário, temos duas incógnitas: NAE e NAC, uma vez que conhecemos HA; não
vamos conseguir avançar...
Faremos então ΣFy=o;
VA+NAE senα=0
Como conhecemos VA, teremos somente NAE como incógnita, de forma que
conseguiremos prosseguir;
2,25 + NAE.0,351=0
NAE = - 6,41 tf ... O resultado negativo nos indica que presumimos o sentido
equivocado do esforço, ou seja, esta barra está comprimida!
Vamos prosseguir com a análise do nó A, uma vez que já obtivemos o valor de NAE,
retomando a equação ΣFx=0;
HA+NAC + NAE.cosα=0
De posse do valor calculado de NAE, faremos:
2 + NAC + (-6,41.0,936) = 0
NAC = + 4,00 tf
Uma vez concluída a rotina no nó A, ao avançarmos para os demais nós, devemos nos
lembrar da condição real do esforço na barra NAE, que é de compressão!
Nó E:

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Neste cenário, tanto com a equação ΣFx=0, como com a equação ΣFy=0, teremos duas
incógnitas e não conseguiremos avançar, sendo assim, vamos analisar outro nó que seja
vizinho ao Nó A.
Avaliando então o Nó C:
Nó C:

Neste cenário, temos esforços alocados no plano cartesiano (x;y), basta então
aplicarmos diretamente as equações de equilíbrio, assim:
ΣFx=0 -4 + NCD = 0
NCD = 4 tf (tração na barra)

ΣFy=0 NCE – 3 = 0
NCE = 3 tf (tração na barra)
Com a determinação do esforço NCE, poderemos retornar à análise do Nó E, assim:
Nó E:

ΣFy=0
2,25 – NEC – NED senα = 0
2,25 – 3 - NED . 0,351 = 0
NED = - 2,14 tf ... O resultado negativo nos indica que presumimos o sentido
equivocado do esforço, ou seja, esta barra está comprimida!
Vamos prosseguir com a análise do nó E, uma vez que já obtivemos o valor de NED,
aplicando a equação ΣFx=0;
ΣFx=0
6,00 + NEF + NED.cosα = 0
6,00 + NEF + (-2,14).0,936=0

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NEF = - 4 tf ... O resultado negativo nos indica que presumimos o sentido equivocado
do esforço, ou seja, esta barra está comprimida!
Uma vez concluída a rotina no nó E, ao avançarmos para os demais nós, devemos nos
lembrar da condição real do esforço na barra NEF, que é de compressão!
Nó F:

ΣFx=0
4 – 2 + NFB.cosα = 0
NFB = - 2,14 tf ... O resultado negativo nos indica que presumimos o sentido
equivocado do esforço, ou seja, esta barra está comprimida!
Vamos prosseguir com a análise do nó F, uma vez que já obtivemos o valor de NFB,
aplicando a equação ΣFy=0;
ΣFy=0
-NFD – NFB.senα = 0
-NFD – (-2,14.0,351) = 0
NFD = + 0,75 tf (tração na barra)
Nó D:

ΣFx=0
-4,00 + 2,00 + NDB = 0
NDB = 2,00 tf (tração na barra)
Deste modo, concluímos a avaliação em todas as barras e podemos demonstrar do
seguinte modo:

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Para efeito de conferência dos resultados obtidos, poderemos neste momento


presumir que a reação no apoio B (VB) não foi determinada e a partir dos esforços finais
obtidos paras as barras NFB e NDB, determinamos a reação VB e comparamos com o
valor incialmente calculado, assim:

ΣFx=0
2,00 – 2,00 = 0 ok! Não há reação HB, em função do tipo de apoio livre.

ΣFy=0
VB – 0,75 = 0
VB = 0,75 tf ok! Conforme determinação inicial.

Unifafibe

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