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Lorival F.

Junior

MECÂNICA DOS SÓLIDOS


 DIAGRAMAS DE CORPO LIVRE E REAÇÕES DE APOIO
Equilíbrio de Corpos Rígidos
Se o resultante da soma das forças for 0, então há equilíbrio de forças naquela
direção.

Graus de Liberdade e Equilíbrio


No plano, o corpo rígido possui até 3 graus de liberdade:
1) Translação horizontal
2) Translação Vertical
3) Rotação no plano (ao redor do toque “z”)

As condições para equilíbrio de um corpo rígido são:

Equilíbrio x Movimento
Equilíbrio é a manutenção do estado do corpo (Parado / Movimento), e para
garantir a ausência de movimento é necessário “fixar” o elemento.

Vinculos de um Corpo Rigido


Vincular é prender ou ligar, e no plano um corpo pode-se vincular para restringir
um, dois ou todos os graus de liberdade.
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Um equilíbrio estático ocorre quando todos os graus de liberdade são impedidos,


como as figuras abaixo:

Reações de Apoio
O equilíbrio ocorre porque os vínculos impõem reações aos esforços e cada tipo
pode impor diferentes reações.

Vínculos, Símbolos e Reações


Cabo:

Ligação Esbelta

Roletes

Rótula
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Articulação

Apoio Rígido (Engaste)

Diagrama de Corpo Livre


Redesenhando a estrutura e substituindo seus vínculos pelas potenciais reações,
obtemos a seguinte expressão:

Exemplo 1: Calcule as reações de apoio abaixo:

1º passo: estimar os sentidos.

2º passo: decompor os esforços nos eixos “x” e “y”.


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3º passo: identificar as direções positivas.

4º passo: Determinar as reações pelo equilíbrio estático.

Exemplo 2: Calcule as reações de apoio abaixo:

Exemplo 3: Calcule as reações de apoio abaixo:


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Exemplo 4: Calcule as reações de apoio abaixo:

Grau de Hiperestaticidade
Hipostáticos: vínculos < movimentos possíveis.

Isostáticos: vínculos = movimentos possíveis.

Hiperestáticos: vínculos >movimentos possíveis.

Nota: vínculos precisam estar dispostos eficientemente:


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Estruturas Estaticamente Determinadas


As estruturas isostáticas são classificadas como “estaticamente determinadas” pois
suas reações podem ser determinadas por:

Cálculo do Grau de Hiperestaticidade:

Exemplo 5: calcule o grau de Hiperestaticidade.

→ ISOSTÁTICA

Exemplo 6: calcule o grau de Hiperestaticidade.


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APS 1
1) Uma caixa A possui massa igual a 4 kg e encontra-se em equilíbrio e suspensa por
cordas ideais conforme figura a seguir. Considerando-se g = 10 m/s2, determinar
as trações nas cordas B e C.

RESOLUÇÃO:
Conforme figura em questão, a caixa A interage com a terra (força peso – P), com
o fio C (tração C – TC) e com o fio B (Tração B – TB), verificando-se as respectivas
forças apresentadas no diagrama a seguir em consonância ao sistema de referência XY,
destacando-se: Peso – direção vertical e sentido para baixo; Trações – direção ao longo
do fio e contrária à ação da caixa.

O equilíbrio da caixa é garantido pela somatória das forças apresentadas, com a


necessidade de decomposição inicial da força TB em relação ao sistema XY, conforme
apresentado no esquema a seguir.

Realizada a decomposição, verifica-se, conforme figuras anteriores:


Σ𝑭𝑿 = 𝒛𝒆𝒓𝒐 → 𝑻𝑪 − 𝑻𝑩𝑿 = 𝟎 → 𝑻𝑪 − 𝑻𝑩. 𝒄𝒐𝒔𝟑𝟎° = 𝟎 → 𝑻𝑪 − 𝟎, 𝟖𝟕. 𝑻𝑩 = 𝟎
Σ𝑭𝒀 = 𝒛𝒆𝒓𝒐 → 𝑻𝑩𝒀 − 𝑷 = 𝟎 → 𝑻𝑩. 𝒔𝒆𝒏𝟑𝟎° − 𝒎. 𝒈 = 𝟎 → 𝟎, 𝟓. 𝑻𝑩 − 𝟒𝟎 = 𝟎
Resolvendo-se as equações anteriores, verificam-se:
𝑻𝑩 = 𝟖𝟎 𝑵
𝑻𝑪 = 𝟔𝟗, 𝟔 𝑵
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2) Para o sistema em equilíbrio apresentado na figura a seguir, determinar todas as
forças correspondentes, em módulo, direção e sentido.

RESOLUÇÃO:
Conforme figura em referência, destacam-se as interações:
Para o Corpo:
Com a terra → força peso (PC): direção vertical e sentido para baixo.
Com a barra → força de apoio/normal (N): perpendicular à superfície da barra e
para cima, conforme ação e reação correspondente entre corpo e barra.
Para a Barra:
Com a terra → força peso (PB): direção vertical e sentido para baixo.
Com o corpo → força de apoio/normal (F): perpendicular à superfície da barra e
para baixo, conforme ação e reação correspondente entre corpo e barra.
Com a parede → força de articulação: decomposta nas direções horizontal (AH) e
vertical (AV), conforme ação e reação entre barra e articulação.
Com o fio → tração (T): direção ao longo do fio e para cima, conforme ação e
reação entre fio e barra.
Desta feita, verificam-se os diagramas de forças apresentados a seguir, em consonância
aos sistemas de referências: Eixo Y para o corpo; Eixos HV para a barra.

Aplicando-se a condição de equilíbrio para o corpo (somatória das forças = a zero):


Σ 𝑭𝒀 = 𝟎 → 𝑷𝑪 − 𝑵 = 𝟎 → 𝒎. 𝒈 − 𝑵 = 𝟎 → 𝟑𝟎 − 𝑵 = 𝟎
𝑵 = 𝟑𝟎 𝑵
Para a barra, verifica-se a necessidade de decomposição da Tração T, conforme figura a
seguir:
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Aplicando-se a primeira condição de equilíbrio para a barra (somatória das forças = a


zero), para cada eixo em questão:
Σ 𝑭𝑯 = 𝟎 → 𝑨𝑯 − 𝑻𝑯 = 𝟎 → 𝑨𝑯 − 𝑻. 𝐜𝐨𝐬(𝟒𝟓°) = 𝟎 → 𝑨𝑯 − 𝟎, 𝟕𝟏. 𝑻 = 𝟎 (𝟏)
Σ𝑭𝑽 = 𝟎 → 𝑨𝑽 + 𝑻𝑽 − 𝑷𝑩 − 𝑭 = 𝟎 → 𝑨𝑽 + 𝑻. 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟓°) − 𝑴. 𝒈 − 𝑭 = 𝟎
→ 𝑨𝑽 + 𝟎, 𝟕𝟏. 𝑻 − 𝟏𝟎𝟎 − 𝑭 = 𝟎 (𝟐)
Aplicando-se a segunda condição de equilíbrio para a barra (somatória dos torques
igual a zero), de acordo com esquema a seguir, sabendo-se que módulo do torque:
t = r.F.senα
Com: r – vetor posição (origem eixo de rotação e extremidade na aplicação da
força F); α – menor ângulo entre os vetores r e F (configuração com dois vetores com
início no mesmo ponto).

Conforme esquema em questão, verifica-se:


Torques de AH e AV iguais a zero → Forças aplicadas no eixo de rotação.
Torque de TH = a zero → vetores TH e rTH antiparalelos (sen180o = zero).
Torques de PB e F → rotação em sentido horário → entrando → positivos.
Torque de TV → rotação em sentido anti-horário → saindo → negativo.
Módulo torque de PB → 𝝉 PB = rPB . PB → vetores rPB e PB normais → sen90o=1,
com: rPB = L/2; PB=M.g=100 N.
Módulo torque de F → 𝝉 F = rF . F → vetores rF e F normais → sen90o=1, com: rF =
2L/3.
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Módulo torque de TV → 𝝉 TV = rTV . TV → vetores rTV e TV normais → sen90o=1,
com: rTV = L;
TV = 0,71.T.
Portanto, aplicando segunda condição de equilíbrio (somatória dos torques = a zero):

Sabendo-se que módulos de F e N são iguais, conforme interação ação/reação,


resumem-se as seguintes equações:
𝑨𝑯 − 𝟎, 𝟕𝟏. 𝑻 = 𝟎 (𝟏)
𝑨𝑽 + 𝟎, 𝟕𝟏. 𝑻 − 𝟏𝟑𝟎 = 𝟎 (𝟐)
𝟕𝟎 − 𝟎, 𝟕𝟏. 𝑻 = 𝟎 (𝟑)
Resolvendo-se equações (1), (2) e (3):
𝑻 = 𝟗𝟖, 𝟔 𝑵 𝑨𝑯 = 𝟕𝟎 𝑵 𝑨𝑽 = 𝟔𝟎 𝑵
3) Resolver a questão a seguir, calculando-se todas as reações de apoio.

RESOLUÇÃO:
De acordo com figura anterior, verifica-se o diagrama a seguir:

Aplicando-se as condições de equilíbrio correspondente, considerando-se o eixo de


rotação perpendicular ao ponto B, tem-se:

Logo: 𝑽𝑩 = −𝟏𝟓𝟎 𝑵 (𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓á𝒓𝒊𝒐 𝒂𝒐 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒐 𝒅𝒊𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂)


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Treliças Planas
É uma estrutura composta por barras onde em geral, compondo elementos
triangulares, articulados nas extremidades e as cargas são aplicadas sempre nos nós.

Exemplo de Aplicação: Ponte


Na pratica as extremidades nem sempre são articuladas.

Tipos de Treliças Tradicionais


Telhados

Pontes

Outros
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Treliças Simples
São construídas a partir de um triangulo inicial que crescer com a adição de barras em
duplas e apoiadas em dois dos nós e criando um.

Forças Internas
Mantem estrutura coesa e seguindo as regras elencadas as barras podem ser
tracionadas ou comprimidas mas nunca flexionadas.

Tomemos como exemplo a estrutura real:

Modelo Computacional
Programa de calculo de estruturas de barras: https://bit.ly/2lo58h2

Exemplo 6: Calcule as reações de apoio.


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Do ponto de vista dos apoios, a treliça se comporta como uma barra!

Exemplo 7: calcule as reações de apoio

Esforços Internos
Para calcular os esforços nas barras (tração ou compressão) existe alguns métodos.

Método de Cremona
Em uma treliça em equilíbrio, todos os nós dessa treliça estão em equilíbrio. Para
realizá-la é necessário:
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1) Determinar as reações de apoio;
2) Marcar todas as barras como tracionadas;
3) Verificar o equilíbrio de cada nó (menos incógnitas para o com mais incógnitas);
4) Forças negativas significam que as barras estão comprimidas;
Exemplo 8: calcule as reações:

Exemplo 9: aplique o método de cremona.


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Exemplo 10: Aplique o método de cremona.


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Vigas
Quando submetemos uma viga a muita carga ela usualmente se rompe! Mas onde ela se
rompera?
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Tipos de cargas
São perpendiculares ao eixo, e podemos ter as seguintes cargas:

Tipos de Vigas

Esforços Internos nas Vigas


Forças internas: mantem estrutura coesa;
Em treliças: só Tração e Compressão

Força Axial x Esforços Normais

Força Cortante
É perpendicular ao eixo da barra e é aquela que tende a fatiá-la.

Momento Fletor
É o esforço que enverga a barra e reuslta das corças cortantes.
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Esforços Cortantes e as Tensões de Cisalhamento

Momento Fletor e as Tensões Normais

Diagrama de Esforço Normal


Um diagrama mostra os esforços a que cada trecho da barra esta sujeito. Há um
diagrama para cada tipo de esforço.
Exemplo 11:
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Diagrama de Esforços Cortantes


Utilizamos o diagrama de esforços cortantes quando se quer determinas o esforços em
cada trecho e para encontrar o ponto de maior solicitação.

Exemplo 11: trace o diagrama de cortante para a viga:


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Exemplo 12: trace o diagrama de cortante para a viga:

Exemplo 13: trace o diagrama de cortante para a viga:

Exemplo 14: trace o diagrama de cortante para a viga:

Tensões Normais e Cisalhamento


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→ Força Axial x Tensão Normal

→ Tensão Normal Media

Exemplo 15: Qual o esforço realizado por cada cabo? Ele resiste, se for CA-50A, Φ=8?
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→ Tensão no Trecho Crítico

Forças Cortantes x Tensões Cisalhantes

→ Tensão de Cisalhamento Media


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Exemplo 16: Calcule a tensão de cisalhamento media no parafuso “frouxo” de seção
quadrada de 2cm.

Exemplo 17: Sabendo que a chapa do exercício anterior tem 1cm de espessura, calcule
a tensão media de cisalhamento da região indicada.

Tensões em Ligações de Chapas

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