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CAPÍTULOS DE GEOGRAFIA
AGRÁRIA DA PARAÍBA
2 Emília Moreira e Ivan Targino
EDITORA UNIVERSITÁRIA
diretor
JOSÉ DAVID CAMPOS FERNANDES
vice-diretor
JOSÉ LUIZ DA SILVA
divisão de produção
JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS FILHO
divisão de editoração
EDUARDO FÉLIX DO NASCIMENTO FILHO
secretário
MARINÉSIO CÂNDIDO DA SILVA
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 3
Emilia Moreira
Ivan Targino
CAPÍTULOS DE
GEOGRAFIA
AGRÁRIA DA
PARAÍBA
Editora Universitária
João Pessoa
1996
4 Emília Moreira e Ivan Targino
Direitos reservados à
UFPB/EDITORA UNIVERSITÁRIA
Caixa Postal 5081
Cidade Universitária
João Pessoa - Paraíba
CEP 58.059-900
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
A Genaro Ieno,
A Juliana e Judite,
A Zito e Neusa,
Yoyô e Santinha,
pela vida e
pelos exemplos de luta,
de generosidade
e de alegria.
6 Emília Moreira e Ivan Targino
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 7
AGRADECIMENTOS
Sumário
1. Introdução
LISTA DE QUADROS
1. Informações gerais sobre as Usinas do Litoral paraibano com destaque para a transfe-
rência de titularidade
2. Quantidade exportada (arroba) de açúcar e algodão pelo porto da Paraíba (1835/1862)
3. Evolução da produção e da área colhida com cana-de-açúcar
4. Parque sucro-alcooleiro do Estado da Paraíba (situação em 1995)
5. Dívidas do setor sucro-alcooleiro
6. Efetivo de bovinos (1981/1993)
7. Efetivo de caprinos, ovinos, suínos e aves (1981/1993)
8. Evolução recente da produção das principais lavouras alimentares (1981/1993)
9. Indicadores da Estrutura Fundiária da Paraíba (1970,1980,1985)
10. Evolução da Estrutura Fundiária do Estado da Paraíba (1970/1980/1985)
11. Pessoal ocupado e valor da produção animal e vegetal, segundo as classes de área
(1980)
12. Potencial de recursos hídricos dos açudes públicos e particulares, segundo as bacias
hidrográficas do Estado da Paraíba (até 1986)
13. População paraibana (1774/1872)
14. População paraibana e brasileira (1872/1980)
15. Índice de fecundidade total segundo a situação domiciliar. Brasil, Nordeste e Paraíba
16. Número médio de filhos por mulher de 15 anos e mais que tiveram filhos, segundo a
renda familiar da mulher, por situação domiciliar
17. População residente total e rural ( 1950/1991)
18. Crescimento da população rural segundo as Mesorregiões (1970/1980)
19. Crescimento da população rural, segundo as Microrregiões (1970/1980)
20. Crescimento da população rural, segundo as Mesorregiões (1980/1991)
21. Crescimento da população rural, segundo as Microrregiões (1980/1991)
22. População residente e população migrante por procedência, segundo o tamanho das
cidades
23. Cidades que apresentaram as maiores taxas anuais de crescimento da população na
década de 80
24. Participação da PEA agrícola na PEA total (1950/1990)
25. PEA do setor primário por sexo, segundo a idade (1970/1980)
26. Evolução do emprego assalariado, segundo as Mesorregiões (1970/1980)
27. Crescimento do emprego assalariado temporário, segundo as Microrregiões
(1970/1980)
28. Crescimento do emprego assalariado permanente, segundo as Microrregiões
(1970/1980)
29. Condição do Produtor por categoria e tamanho do estabelecimento (1970/1980)
30. Evolução do emprego assalariado, segundo as Mesorregiões (1980/1985)
31. Crescimento do emprego assalariado permanente, segundo as Microrregiões
32. Crescimento do emprego assalariado temporário, segundo as Microrregiões
(1980/1985)
33. Acampamentos de trabalhadores sem terra (maio/1996)
34. Unidades de medida de comprimento, de área e de peso utilizadas no corte e plantio
da cana
35. Áreas desapropriadas entre 1966 e 1990
36. Áreas adquiridas através de compra para fins de reforma agrária
37. Áreas desapropriadas entre 1993 e 1996
38. Áreas de Conflito não solucionado (maio/1996)
12 Emília Moreira e Ivan Targino
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 13
Prefácio
É um grande prazer prefaciar este livro de Emilia
Moreira e Ivan Targino. Tomei conhecimento do texto em 23 de
abril de 1996 num seminário em João Pessoa, por ocasião da pas-
sagem da Caravana da Cidadania. Percorríamos a Zona da Mata
dos Estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco. Discutíamos a
crise do que se chamou “o setor arcaico” da economia paraibana,
as alternativas para a utilização mais racional das áreas canavieiras e
as soluções para o desemprego crescente no Estado.
As Caravanas da Cidadania nasceram de um desejo
de Luís Inácio Lula da Silva de conhecer o Brasil e discutir direta-
mente com o povo as soluções para seus problemas. A idéia fun-
damental era que alguém que se propunha a governar um país tão
grande e tão diferente em cada um dos seus cantos, não poderia
esperar sentado que um grupo de pessoas iluminadas, reunidas em
São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, elaborasse a sua proposta de
Governo. Era preciso ouvir o povo esquecido pelas elites: os agri-
cultores com terra e os sem terra, os pequenos e médios empresá-
rios, os estudantes e professores, os religiosos, as donas de casa,
enfim, todos aqueles que se preocupavam com o destino do seu
país e que não tinham como expressar suas inquietações e seus
encaminhamentos.
A proposta da Caravana da Cidadania era basica-
mente esta: respaldar um programa de uma candidatura apoiada
pelos partidos populares à presidência da República. Ela começou
em abril de 1993 em Garanhuns (PE) e terminou um ano depois
em Goiânia (GO). Foram mais de 40 mil quilômetros percorridos
de ônibus, visitando cerca de 500 cidades, vilas e povoados de to-
das as regiões do país. Onde o ônibus não podia chegar, fomos de
carro, de barco, de trem, de avião, de helicóptero - de algum jeito
chegamos ao Brasil esquecido pelas elites, escreveu Ricardo Kotsho
14 Emília Moreira e Ivan Targino
1. Introdução
O espaço agrário paraibano desde o início da co-
lonização portuguesa tem-se constituído em um espaço de explo-
ração. As articulações entre as variáveis econômicas, sociais, polí-
ticas e culturais tecem um “ambiente de vida” gravoso à sobrevi-
vência da classe trabalhadora. A sua estruturação e a sua organi-
zação subordinadas inicialmente aos interesses do capital mercan-
til metropolitano e mais recentemente, aos ditames de valorização
do capital industrial e financeiro, não têm como finalidade o
atendimento das necessidades básicas da maioria da população.
Ao se afirmar que o espaço agrário tem sido histo-
ricamente, do ponto de vista do trabalhador, um espaço de explo-
ração, não se nega que as condições de vida no campo não te-
nham experimentado mutações. Com efeito, as formas de explo-
ração têm sofrido alterações ao longo do tempo, à medida que o
espaço agrário evolui e se reestrutura. O escravo, o morador, o
bóia-fria, são expressões diversas dessa exploração, correspon-
dentes a diferentes momentos do processo de acumulação do
capital na agricultura.
Ser livre é qualitativamente diferente de ser escra-
vo. Ser assalariado representa mudança substancial em relação a
ser morador de condição. Ao se exemplificar as transformações
ocorridas, não se deseja passar a impressão de que haja uma me-
lhoria linear nesse processo evolutivo. Se, por um lado, a perda
do acesso à terra por parte do assalariado em relação à sua antiga
condição de morador é sentida, por outro lado, o fim do controle
sobre a sua força-de-trabalho e a de seus familiares é algo subli-
nhado em diferentes testemunhos de agricultores.
Não se deve esquecer também, que as formas
concretas assumidas pela passividade/luta dos trabalhadores, em
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2. PROCESSO DE FORMAÇÃO E
EVOLUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
DO ESPAÇO AGRÁRIO
PARAIBANO
(da conquista do território aos anos 60
do século XX)
1Os índios tabajaras, conforme observa AGUIAR, migraram para a Paraíba e se fixaram no litoral
pouco antes da conquista do território pelos portugueses (1992:25-26).
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2O estudo sobre a mão-de-obra indígena da Paraíba no período colonial realizado por Maria do
Céu Medeiros, nos fornece informações importantes sobre esse processo de submissão e massacre
da população nativa do Estado, e ainda fornece uma indicação bibliográfica bastante ampla sobre
o tema (MEDEIROS:1990).
3Refere-se a Feliciano Coelho Carvalho, capitão-mor da Paraíba de 1592 a 1600, principal respon-
sável pela subjugação dos potiguaras na Paraíba.
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4Segundo Manoel Correia de Andrade, os primeiros técnicos dos engenhos nordestinos eram
judeus importados da Europa por Duarte Coelho. Estes, e os pequenos lavradores, teriam con-
formado "o núcleo central de uma classe média rural" (...) (ANDRADE, 1986: 62).
5A respeito das atividades técnicas desenvolvidas pelos portugueses nos Engenhos, leia-se AN-
DRADE, M. C. de. Op. cit. p. 77/78.
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6Sobre os castigos infligidos aos escravos na Paraíba, veja, entre outros documentos históricos, a
Carta Régia datada de 07 de fevereiro de 1698, contida na obra de Irineu Pinto (1977: 91). Manoel
Correia no seu A terra e o homem no Nordeste e Celso Mariz na obra Evolução econômica
da Paraíba, também fazem referência aos castigos infligidos aos negros escravos no Nordeste.
7Segundo Celso Mariz, em 1641 morreram mais de mil negros numa epidemia de varíola desenca-
deada com a inundação da várzea do Paraíba ocorrida naquele ano. Esse estudioso faz também
menção à insuficiência da produção de alimentos em áreas de cana, responsável pela disseminação
da fome e pela grande mortandade entre os escravos (MARIZ, 1978:11/12). Irineu Pinto ressalta
que na seca que durou de 1791 a 1793, "o abade de S. Bento, Fr. Bento da Conceição Araújo, nada pôde
fazer para que não morresse uma parte da escravatura dos engenhos de sua instituição. Os que não morreram,
sustentaram-se durante oito ou dez meses de ervas por não poder mantê-los a citada instituição" (PINTO,
1977:179). Em 1856, segundo estatísticas oficiais, uma epidemia de cólera teria sido responsável
pela morte de 2.982 negros, o que representava cerca de 10,0% do total da população escrava
existente no Estado em 1851 (PINTO, 1977:207/248).
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8Cf. MOREIRA, Emilia. Por um pedaço de chão. João Pessoa, Editora Universitária, 1996.
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obra escrava. Em conjunturas desfavoráveis,
quando de crises de demanda do açúcar, o siste-
ma podia (...) se fechar dentro de si mesmo, sen-
do parte do tempo de trabalho dos escravos antes
dedicada à produção comercial, dirigida então
para a lavoura alimentar. Por outro lado, mes-
mo em conjunturas normais, a existência de la-
voura de subsistência dentro do Engenho repre-
sentava uma necessidade estrutural. Não exis-
tindo uma lavoura alimentar bem desenvolvida
fora do Engenho, suprir as necessidades básicas
dos escravos com mantimentos comprados num
mercado interno incipiente ou no mercado exter-
no, significava monetarizar a reprodução da for-
ça-de-trabalho escrava e fazê-la a altos custos"
(CABRAL, 1987:27/28).
9Segundo Gorender, essa rigidez da mão-de-obra escrava significa que "a quantidade de trabalho de
um plantel permanece inalterada apesar das variações da quantidade de trabalho exigida pelas diferentes fases
estacionais ou conjunturais da produção" (GORENDER, J. 1988:210).
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suas famílias, nos sítios que lhes eram cedidos pelos senhores de
Engenho. Ela era praticada ainda nas terras dos lavradores situa-
das fora dos limites dos Engenhos.
A expansão ou a contração da pequena produção
alimentar nos Engenhos achava-se intrinsecamente relacionadas
aos momentos de expansão ou de retração da atividade canaviei-
ra. Assim, nos momentos de apogeu da atividade, reduzia-se a
produção alimentar uma vez que se exigia que todos os esforços
fossem dirigidos à monocultura, em detrimento da "lavoura bran-
ca".
10Interstício aqui deve ser entendido como sugere Bassanezi, não somente entre um latifúndio e
outro, mas também nos limites da propriedade. Cf. BASSANEZI, Inês. Estilos de Vida das
pequenas produtoras rurais: a mulher do sítio e a mulher da roça. João Pessoa, Dissertação
de Mestrado em Serviço Social, UFPb, 1994, p. 24.
11No que respeita à dependência do comércio de açúcar paraibano em relação à praça de Recife,
leia-se, entre outros, ANDRADE, Gilberto Osório. Os rios de açúcar do Nordeste Oriental --
o rio Paraíba do Norte. Recife, IJNPS, 1959.
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12O alqueive, largamente utilizado na Europa durante a Idade Média, consistia em deixar a terra
cansada, durante certo tempo, em pousio.
13Segundo Irineu Pinto, foi o Presidente da Província, Dr. Antonio Coelho Sá de Albuquerque
quem mandou buscar em Pernambuco os primeiros arados de ferro para serem utilizados em
alguns Engenhos da Paraíba (PINTO, 1977:209).
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14Entre as várias obras que tratam da evolução da atividade canavieira e abordam a questão dos
Engenhos Centrais destacamos O açúcar e o homem de Mário Lacerda de Melo.
15A obra Nordeste, açúcar e poder de Martha Santana aborda com muita propriedade essa
questão.
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17A esse respeito leia-se também GALLIZA, Diana. “As economias açucareira e criatória no
Nordeste à época colonial”. In: Revista do IHGP, 24, João Pessoa, 1986.
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19Alguns fatores de ordem interna também contribuíram para o fechamento do mercado interna-
cional ao produto paraibano. Entre esses fatores pode-se apontar: falta de seleção prévia das
fibras, imprimindo grau elevado de heterogeneidade ao produto; práticas negligentes ou dolosas
dos exportadores (produto molhado, algodão subtraído antes do embarque, mistura de fibras com
caroços, pau e até pedra). " O conjunto dessas variáveis resultaria, necessariamente, em descrédito e rejeição do
algodão paraibano no mercado internacional. Uma conseqüência natural desses fatos foi a queda da arrecadação,
agravando os problemas enfrentados pela Província. A administração paraibana confiante no sucesso alcançado pelo
comércio algodoeiro na primeira metade dos anos sessenta, assume altos compromissos investindo em serviços
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públicos. Com os percalços que o algodão viria a sofrer, a Província não teve condições de concluir grande parte
dessas obras. No sentido de enfrentar a crise, lança-se mão de várias medidas, algumas odiosas: dispensam-se
servidores públicos, fecham-se escolas de primeiras letras (...). Como essas medidas não se mostraram suficientes
para neutralizar a crise, fez-se um empréstimo, em 1870, da considerável soma de 300:000$000, que seria pago
com grande dificuldade e a longo prazo" (RODRIGUES, 1990:80/81).
20Por esse sistema, o proprietário do capital financeiro avaliava a possível produção do pretenden-
te ao empréstimo para determinar o montante do empréstimo a ser concedido. Na época da
colheita, o valor financeiro era convertido em produto ao preço corrente que se encontrava em
baixa por ser momento de aumento da oferta do produto. Caso a produção não fosse suficiente
para pagar o empréstimo, a dívida em produto era convertida, ao final do ano, em dinheiro, pelo
preço corrente que estava em alta. Estabelecia-se, assim, um processo de endividamento crescente,
obrigando o produtor à relação de dependência permanente às grandes firmas ou proprietários.
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2.4.1. O sisal
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22Esses aspectos serão melhor abordados no item consagrado à evolução da organização agrária
do Brejo Paraibano.
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23Essas informações foram obtidas através de pesquisa de campo realizada por MOREIRA,
Emilia de Rodat F., para sua monografia de Maîtrise realizada na Universidade de Nanterre-Paris
X.
24"Encoivaramento": processo tradicional de queima do mato.
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25"Soca": pedaço da cana que fica no solo após o corte e que pode rebrotar duas vezes ou mais, a
depender de certas condições. A cana do primeiro ano é chamada no Brejo de "planta" ou "pri-
meira folha"; a do segundo e terceiro cortes se nomeia "soca" ou "segunda folha" ou "terceira
folha".
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26Em anos recentes, alguns Engenhos passaram a produzir também um outro tipo de rapadura: a
"rapadura de açúcar". Esta, de gosto e qualidade diferentes da rapadura de cana tem um processo
de fabricação mais simples e utiliza uma mão-de-obra mais reduzida. A matéria-prima usada é o
açúcar, de onde se extrai o xarope ao qual são anexados produtos químicos e tintura vegetal para
provocar a coagulação do mel e a coloração.
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QUADRO I
ESTADO DA PARAÍBA
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS USINAS DO LITORAL PARAIBANO COM DES-
TAQUE PARA A TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE
NOME LOCALIZA- DATA DA FUNDADOR ADQUIRENTE DATA DA NOVO
ORIGINAL ÇÃO FUNDAÇÃO AQUISIÇÃO NOME
DA USINA
Cumbe Santa Rita 1910 Arquimedes Flávio Ribeiro 1922 Usina Santa Rita
C. de Oliveira Coutinho
Bonfim Sapé 1917 Gentil Lins Renato Ribeiro Coutinho 1922 Usina Santa Helena
na condição de tutor dos com sede em Sapé
irmãos
São Gonçalo ou Cruz do Espírito José Galvão de Renato Ribeiro 1922 Usina Santa Helena
N. Sra. do Santo – Mello Coutinho na condição de com sede em Sapé
Patrocínio tutor dos irmãos
Engenho Santa Rita 1888 Companhia de Herdeiros de João Úrsulo 1914 Usina São João
Central São Engenhos Centrais Ribeiro Coutinho
João
Pedrosa Santa Rita 1922 Manuel Sebastião Flaviano Ribeiro 1925 Usina Santana
de Araújo Pedrosa Coutinho
Espírito Cruz do Espírito Adalberto Ribeiro Renato Ribeiro Coutinho 1922 Usina Santa Helena
Santo Santo – na condição com sede em Sapé
de tutor dos irmãos
Fonte: SANTANA,1990.
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QUADRO II
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Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 103
3. MODIFICAÇÕES RECENTES NA
ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA
107
108 Emília Moreira e Ivan Targino
28De 40.007 hectares passou para 85.455 hectares. FIBGE. Censos Agropecuários da Paraíba,
1970 e 1980.
29A área colhida de cana nem sempre representa o total da área plantada. As diferenças nas datas
de plantio permitem que certos partidos não se encontrem em idade de corte no momento da
colheita. Se este aspecto for levado em conta, pode-se inferir que a incorporação de terras pela
cana entre 1970 e 1980 pode ter sido ainda maior do que a cifra enunciada.
30Cf. FIBGE. Produção Agrícola Municipal, 1986. Vale destacar que o crescimento da produção e
da área cultivada com cana até aqui enunciados, incluem o conjunto do Estado. Ou seja, aí estão
embutidas as informações relativas às áreas de produção de cana do Sertão. A importância dos
dados relativos ao Sertão, porém, se comparados aos identificados para o Litoral, Agreste e Brejo,
tornam-se insignificantes. Isso, apesar da importância local assumida pela produção de rapadura e
aguardente nas engenhocas sertanejas.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 109
32Esses aspectos serão abordados de forma mais detalhada nos itens que tratam da questão do
emprego e da dinâmica população rural na Paraíba.
33Maiores detalhes sobre as mudanças observadas no padrão técnico da produção canavieira estão
contidos no item que aborda as mudanças recentes no padrão técnico da agropecuária estadual.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 115
34O aumento da área ocupada com a mata natural em alguns municípios da Zona Canavieira entre
1970 e 1985 negam as evidências constatadas nos trabalhos de campo e nas fotografias aéreas
consultadas. Ele talvez possa ser explicado por um possível subdimensionamento dessa área em
1970, decorrente de condições menos favoráveis para a efetivação dos levantamentos, ou a um
superdimensionamento efetuado durante o Censo de 1985. Acreditamos mais na primeira hipóte-
se. Se assim for, é possível que o recuo de 34,2% na área ocupada pela mata natural esteja subdi-
mensionado.
115
116 Emília Moreira e Ivan Targino
119
120 Emília Moreira e Ivan Targino
35Essa informação foi fornecida pelo presidente da Associação dos Plantadores de Cana do
Estado da Paraíba (Asplan) ao Jornal Correio da Paraíba. Cf. Jornal Correio da Paraíba. "Safra de
cana cresce em 40%". João Pessoa, 20/04/1995.
121
122 Emília Moreira e Ivan Targino
36A pesquisa não conseguiu a confirmação sobre o destino dos recursos obtidos com a venda do
estoque de açúcar e álcool deixado pela AGROENGE.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 123
37Essa informação foi fornecida pelo Presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais do municí-
pio de Santa Rita.
38Cf. Jornal O Norte. "Usina de cana deve mais de 3 bilhões à cooperativa”. João Pessoa,
08/01/1993.
123
124 Emília Moreira e Ivan Targino
39Cf. Jornal Folha de São Paulo. "Calote no Banco do Brasil - Cem devedores dão prejuízo de
R$1,5 bi". São Paulo, 17/04/1995.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 125
40Cf. Jornal Correio da Paraíba. "Dívida de Usineiros com Receita Federal ultrapassa 4,2 bilhões".
João Pessoa, 15/12/1990.
125
126 Emília Moreira e Ivan Targino
41Essa informação foi fornecida por trabalhadores rurais residentes nas propriedades da Usina e
por sua Assessoria Jurídica.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 127
127
128 Emília Moreira e Ivan Targino
42Cf. Jornal Correio da Paraíba. "Safra da cana cresce em 40%". João Pessoa, 20/04/1995.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 129
43Cf. Jornal Folha de São Paulo. "Futuro do Proalcool será selado em 60 dias". São Paulo,
14/02/1993.
133
134 Emília Moreira e Ivan Targino
44Idem.Ibid.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 135
137
138 Emília Moreira e Ivan Targino
45
1970, passou para 1.296.081 cabeças em 1980 , o que significou
um ritmo de crescimento geométrico da ordem de 4,1% ao ano.
Ou seja, onde havia dez cabeças de gado em 1970, encontravam-
se quatorze em 1980.
Em nível regional, destacaram-se as Microrregiões
Geográficas agrestinas de Araruna, Itabaiana e Guarabira, além
dos municípios que compõem a bacia leiteira de Campina Gran-
de: Aroeiras, Umbuzeiro, Queimadas, Fagundes e Boqueirão,
situados no Agreste Meridional (v. mapas relativos ao crescimen-
to do efetivo de bovinos in: MOREIRA,1996). Nessas áreas, o
crescimento do número de bovinos representou mais de 30,0%
do aumento observado no conjunto do Estado.
As regiões sertanejas tradicionalmente consagradas
à atividade pecuária, sobretudo à pecuária bovina, também apre-
sentaram um aumento significativo do rebanho, da ordem de
56,0%, na década de 70. A bacia leiteira de Sousa, as regiões de
Patos e da Serra de Teixeira merecem destaque (v. mapas relativos
ao crescimento do efetivo de bovinos in: MOREIRA,1996). Essas
áreas, além dos municípios de Cajazeiras e S. José de Piranhas,
eram as maiores produtoras de leite do espaço sertanejo em 1980.
O crescimento da produção de leite se deu em torno delas, avan-
çando sobre o vale do Piancó, acompanhando a direção da ex-
pansão do rebanho (v. mapa in: MOREIRA,1996).
O rebanho de médio porte experimentou igual-
mente um significativo aumento (30,0%) no período em estudo.
O Cariri reafirmou a sua especialização na produção de caprinos e
ovinos. O fortalecimento da caprinocultura nessa região é con-
firmado através do aumento do efetivo animal da ordem de
50,0% na maioria dos municípios que a compõem (v. MOREI-
RA,1996).
45Esses dados são fornecidos pela FIBGE, através dos Censos Agropecuários da Paraíba de 1970
e 1980. De acordo com as informações da Produção Pecuária Municipal, também da FIBGE, que,
como já foi mencionado, utiliza metodologia diferente do Censo para a obtenção dos seus dados,
o rebanho bovino da Paraíba em 1980 seria ainda maior que o citado, de 1.317.783 cabeças. Cf.
FIBGE. Produção Pecuária Municipal, 1980.
139
140 Emília Moreira e Ivan Targino
145
146 Emília Moreira e Ivan Targino
46Embora os mapas de produção e área colhida com os produtos da lavoura de alimentos repre-
sentem a realidade do ano de 1980, pode-se afirmar com certeza que não houve alterações nas
regiões maiores produtoras. Por exemplo, as áreas maiores produtoras de arroz, de feijão e de
batata-inglesa, entre outros, continuam sendo as mesmas de 1970. O que varia de um ano para o
outro são os números concernentes aos quantitativos produzidos e colhidos a nível municipal, sem
que se altere com isso o grau de especialização regional. Mesmo onde a cana ou o pasto incidiu
mais fortemente sobre a lavoura alimentar e esta sofreu os mais fortes recuos, a especialidade
regional da produção de alimentos (banana, arroz, feijão, etc.) não foi quebrada.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 147
147
148 Emília Moreira e Ivan Targino
3.4.1.2. O tomate
149
150 Emília Moreira e Ivan Targino
3.4.1.3. A banana
3.5.1. O algodão
157
158 Emília Moreira e Ivan Targino
3.5.2. O sisal
3.5.4. O fumo
163
164 Emília Moreira e Ivan Targino
167
168 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO III
ESTADO DA PARAÍBA
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E DA ÁREA COLHIDA
COM CANA-DE-AÇÚCAR
1981/1993
QUADRO IV
ESTADO DA PARAÍBA
PARQUE SUCRO-ALCOOLEIRO
(Situação em 1985)
169
170 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO V
DÍVIDAS DO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO
(Em Cr$ mil de 1991- posição segundo a variação da TR em setembro de 1991)
ESTADO BANCO DO BRA- IAA RECEITA FEDERAL PROCURADORIA TOTAL
SIL DA FAZENDA
NACIONAL
AC 10.525.887 – – – 10.525.887
AL 61.985.946 44.483.831 8.523.248 2.983.072 118.076.097
BA 84.908 9.248 223.188 1.948.675 2.266.019
CE 3.672.392 628.002 2.489.473 594.117 7.383.984
DF 498.273 - - 498.273
ES 2.414.907 - - - 2.414.907
GO 25.592.396 7.247 932.385 695.663 27.227.691
MA 7.817.246 168 85.030 - 7.902.444
MT 31.807.082 521 - - 8.425.962
MS 8.425.689 273 - - 8.425.962
MG 52.740.205 25.268.108 15.702.411 - 93.710.724
PA 56.589.536 2.617 - - 56.592.153
PB 44.208.123 2.582.211 3.347.610 8.730.559 58.868.503
PR 18.119.176 6.555 10.307.035 5.659.819 34.092.585
PE 127.656.270 62.693.076 10.118.605 2.888.385 203.356.336
PI 699.854 - - - 699.854
RJ 38.754.270 88.509.127 14.919.303 2.378.525 144.561.225
RN 8.279.824 1.830.654 - 3.224.862 13.334.800
RS 2.253.756 13 103.170 51.821 2.408.760
SC – 9 - - 09
SP 142.626.040 27.643.111 2.053.200 2.425.791 174.748.142
SE 2.899.411 61.731 - 1.663.223 4.624.365
TOTAL 647.651.191 253.729.502 68.804.658 33.244.512 1.003.526.323
Fonte: Relatório parcial da Comissão Interministerial- Setembro, 1991 (Publicado pelo Jornal do Brasil em 15 de setembro de 1991).
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 171
QUADRO VI
ESTADO DA PARAÍBA
EFETIVO DE BOVINOS
1981/1993
QUADRO VII
ESTADO DA PARAÍBA
EFETIVO DE CAPRINOS, OVINOS, SUÍNOS E AVES
1981/1993
171
172 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO VIII
ESTADO DA PARAÍBA
EVOLUÇÃO RECENTE DA PRODUÇÃO DAS PRINCIPAIS LAVOURAS
ALIMENTARES
1981/1993
PRODUTO
ANO FEIJÃO MILHO MANDIOCA
ÁREA(ha) QUANT.(t) ÁREA(ha) QUANT.(t) (ha) (t)
ÁREA QUANT.
1981 249.596 28.178 213.494 26.208 62.721 464.470
1982 207.779 27.843 209.506 26.065 60.492 498.426
1983 192.756 26.436 195.937 24.954 192.756 26.436
1984 307.244 133.619 299.025 199.185 51.148 468.015
1985 297.952 78.268 282.448 159.408 56.264 521.251
1986 333.572 107.030 311.990 181.977 56.642 521.555
1987 333.007 42.795 303.891 63.547 49.205 446.500
1988 328.709 109.926 315.474 171.384 44.242 410.610
1989 337.004 103.920 318.284 156.811 50.108 436.054
1990 206.606 47.894 192.556 46.312 46.002 386.340
1991 281.249 94.456 260.971 130.148 47.270 421.741
1992 306.373 69.232 271.075 91.597 50.709 448.494
1993 53.780 9.392 34.769 6.407 31.875 238.601
Fonte: FIBGE. Produção Agrícola Municipal, 1981 a 1993.
173
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 175
BIBLIOGRAFIA
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ALBUQUERQUE, Paulo H.N.M. de. “O futuro de Pernambuco”. In: Anais do I Seminário
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tembro/1991
ALBUQUERQUE, Kléber C. C. de. Uma determinação da produtividade da economia
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BRITO, C. A. de. O processo de penetração do capital na cultura do abacaxi nos municí-
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__________ 23/12/1994
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MOREIRA, Emilia. Evolution et transformations récentes de l'organisation agraire de la
Paraíba. Paris, Tese de Doutorado, 1988.
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__________ Atlas de Geografia Agrária da Paraíba. João Pessoa, Editora Universitária, 1996.
PADRÃO, Luciano. A política do governo Collor para a agroindústria canavieira. Rio de
Janeiro, 1990, (mimeo).
175
176 Emília Moreira e Ivan Targino
4. ESTRUTURA FUNDIÁRIA
183
184 Emília Moreira e Ivan Targino
48 De fato, entre 1980 e 1985 os pequenos estabelecimentos (com área inferior a 10 hectares) com
terras próprias cresceram 28,9% (passaram de 50,6 mil para 65,2 mil).
49Aqui entendida como sinônimo de pequeno estabelecimento, não deve ser confundida com a
pequena propriedade minifundiária identificada pelo Incra.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 187
52Chama a atenção esse dado obtido através do Censo de 1985 para o município de Baía da
Traição. Isto porque esse município apresentava um dos mais altos índices de concentração da
propriedade da terra do Estado em 1980. Por outro lado, nele não se constatou, entre 80/85,
nenhum fato que justificasse uma mudança tão radical no seu padrão de concentração da proprie-
dade da terra (política agressiva de reforma agrária ou multiplicação das áreas de conflito, etc.).
Pode-se supor a partir daí que tenha havido alguma falha no levantamento ou no processamento
das informações em nível censitário, seja superdimensionando os indicadores relativos a 1980, seja
subdimensionando-os em 1985.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 189
189
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191
192 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO IX
ESTADO DA PARAÍBA
INDICADORES DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA
1970, 1980, 1985
QUADRO X
ESTADO DA PARAÍBA
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA
1970/1980/1985
193
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 195
QUADRO XI
ESTADO DA PARAÍBA
PESSOAL OCUPADO E VALOR DA PRODUÇÃO ANI-
MAL E VEGETAL, SEGUNDO AS CLASSES DE ÁREA
1980
VALOR DA VALOR DA
CLASSES PESSOAL PRODUÇÃO PRODUÇÃO
DE ÁREA OCUPADO ANIMAL VEGETAL
(ha) (CR$ 1.000) (CR$ 1.000)
- 10 333.753 1.445.375 3.425.377
10 - 20 82.900 634.833 934.430
20 - 50 83.385 962.843 1.250.437
50- 100 47.093 663.417 899.198
100 - 1.000 83.548 1.806.825 3.585.934
1.000 - 10.000 17.719 586.843 1.598.760
10.000 e mais 112 6.049 1.934
s/declaração 97 – –
TOTAL 648.607 6.109.285 11.696.923
Fonte: FIBGE. Censo Agropecuário da Paraíba, 1980.
195
196 Emília Moreira e Ivan Targino
BIBLIOGRAFIA
FIBGE. Censos agropecuários da Paraíba, 1970, 1980 e 1985.
__________ Censo demográfico da Paraíba, 1980.
HOFFMANN, R. “Evolução da desigualdade da distribuição da posse da terra no Brasil no
período 1960-80”. In: Revista Brasileira de Reforma Agrária. Campinas 12(6),
Nov/Dez., 1982.
MOREIRA, Emilia de Rodat F. Evolution et transformations récentes de l'organisation
agraire de la Paraíba. Paris. Tese de Doutorado, 1988.
__________ Atlas de Geografia Agrária da Paraíba. João Pessoa, Ed. Universitária, 1996.
SAMPAIO & SILVA. “A questão agrária no Brasil: o que realmente mudou nos anos 80/85?” In:
Revista Brasileira de Reforma Agrária. Campinas, 17(3) Dezembro 87/maio 88.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 197
5. MODERNIZAÇÃO TÉCNICA DA
AGROPECUÁRIA ESTADUAL
199
200 Emília Moreira e Ivan Targino
201
202 Emília Moreira e Ivan Targino
55 Leia-se a respeito da relação entre tecnologia e campesinato no Brasil, o artigo de José Graziano
da Silva: “Tecnologia e Campesinato: o caso brasileiro”. In: A pequena produção agrícola. Santa
Maria, V Encontro Nacional de Geografia Agrária, 1984.
203
204 Emília Moreira e Ivan Targino
56 Segundo Mário Lacerda de Melo, a utilização por lavouras do espaço compreendido no períme-
tro do açude de São Gonçalo, em 1984, de acordo com os dados fornecidos pelo Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) abrangia uma superfície equivalente a 722,0 ha.
Desse total, 66,1% eram constituídos por lavouras temporárias, com destaque para o arroz e o
feijão macassar, 38,1% da superfície com predominância da banana (255,0 ha ou 35,3% da área
cultivada total). Já a superfície do perímetro de irrigação do açude Engenheiro Arcoverde corres-
pondia a 444,0 hectares, dos quais 281,0 ha, ou 63,3% tinha infra-estrutura para a irrigação e 139,0
ha. (31,3%) achava-se até aquele momento em operação. Cultivava-se, sobretudo, o algodão
herbáceo. O perímetro de irrigação de Sumé abrange 627,0 hectares dos quais 272,0 hectares
possuíam infra-estrutura de irrigação. A parcela irrigada em 1984 correspondia a 210,0 hectares
(33,5%). O principal produto aí cultivado é o tomate. Cf. MELO, Mário Lacerda de. Áreas de
exceção nos Sertões da Paraíba. Recife, SUDENE, 1985.
207
208 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XII
ESTADO DA PARAÍBA - POTENCIAL DE RECURSOS HÍDRICOS DOS AÇUDES
PÚBLICOS E PARTICULARES, SEGUNDO AS BACIAS HIDROGRÁFICAS (até 1986)
BACIAS AÇUDES AÇUDES AÇUDES PARTICULARES TOTAIS
HIDROGRÁFICAS PÚB.FEDERAIS PÚB.ESTADUAIS
No Volume No Volume No Volume No Volume
(106 m3) (106 m3) (106 m3) (106 m3)
1. Bacia do Rio Piranhas 18 1.905,74 57 606,39 2.599 3.904,80 2.674 6.416,93
1.1. Sub-bacia do Rio do Peixe 5 395,42 7 7,30 384 629,76 396 1.032,48
1.2. Sub-bacia do Alto Piranhas – – 5 24,58 96 219,47 101 244,05
1.3. Sub-bacia do Rio Piancó 6 1.393,78 21 411,04 675 2.253,71 702 4.058,53
1.4. Sub-bacia do Médio Piranhas 3 69,27 10 64,51 900 427,49 913 561,27
1.5. Sub-bacia do Rio Espinharas 2 19,52 3 62,09 242 116,39 247 198,00
1.6. Sub-bacia do Rio Seridó 2 27,75 11 36,87 302 257,98 315 322,60
2. Bacia do Rio Paraíba 18 661,03 30 188,82 342 528,35 390 1.378,20
2.1. Sub-bacia do Rio Taperoá 9 49,07 12 60,28 124 252,54 145 361,69
2.2. Sub-bacia do AltoParaíba 3 73,34 8 107,46 79 76,33 90 257,13
2.3. Sub-bacia do Médio Paraíba 5 538,30 7 6,25 47 47,82 59 592,37
2.4. Sub-bacia do Baixo Paraíba 1 0,32 3 14,83 92 151,86 96 167,01
3. Bacia do Jacu – – 3 15,28 22 17,26 25 32,54
4. Bacia do Curimataú 2 13,40 5 9,71 45 39,68 52 62,79
5. Bacia do Mamanguape 2 1,33 9 14,08 155 53,09 166 68,50
6. Bacias Litorâneas Menores 1 0,20 1 0,57 18 4,98 20 5,18
6.1. Bacia do Rio Camaratuba 1 0,20 – – 18 4,98 19 5,18
6.2. Bacia do Rio Jacuípe – – – – – – – –
6.3. Bacia do Rio Gramame – – – – – – – –
6.4. Bacia do Rio Pitanga – – 1 0,57 – – 1 –
6.5. Bacia do Rio Goiana – – – – – – – –
Total 41 2.581,70 105 834,85 3.181 4.548,16 3.327 7.964,14
Fonte: DNOCS/SRH. Cadastramento dos Açudes do Estado da Paraíba (Quadro reproduzido do
texto “Agricultura e seus problemas” de autoria do economista Genysson Evangelista).
211
212 Emília Moreira e Ivan Targino
BIBLIOGRAFIA
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mento. Rio de Janeiro, Campus, Brasília, ABID, 1988.
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ção agrícola. Santa Maria, V Encontro Nacional de Geografia Agrária, 1984.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 213
6. A POPULAÇÃO RURAL
PARAIBANA: SUA EVOLUÇÃO E
A DINÂMICA ATUAL
“É lá pra’quelas bandas,
que mora a fome,
encarnada no bucho grande
da minha prole doentia,
estampada nas vertigens da subnutrição
e nos calcanhares rachados do pisar descalço,
na terra abrasada pela seca”.
213
214 Emília Moreira e Ivan Targino
58A presença de estrangeiros na Paraíba, segundo o Censo de 1872, era irrisória. Naquele ano,
foram recenseados apenas 843 estrangeiros. As principais áreas de procedência eram: África (373),
Portugal (290), Itália (58), Alemanha (49) e França (27).
215
216 Emília Moreira e Ivan Targino
59O Censo Demográfico mais recente, de 1991, vem sendo fortemente criticado por especialistas
que não lhe atribuem a mesma confiabilidade do realizado em 1980.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 217
60Em 1872, a Paraíba exportou 11.786 toneladas de açúcar. Durante o período em foco, houve
uma gradativa redução das exportações, chegando, em 1900, a exportar apenas 3.275 toneladas
(CALDAS, D. apud ANDRADE, 1987:28).
217
218 Emília Moreira e Ivan Targino
219
220 Emília Moreira e Ivan Targino
61O efeito dinamizador do algodão sobre as cidades é retratado, no caso de Campina Grande, por
Epaminondas Câmara no seu livro Datas campinenses.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 221
6.2.1. Fecundidade
62. O fato do Censo Demográfico de 1991 até a data de fechamento deste texto só ter fornecido
informações sobre os totais da população residente, rural e urbana, limitou esta análise às décadas
de 60 e 70.
221
222 Emília Moreira e Ivan Targino
63O fato do Censo Demográfico de 1991 até a data de fechamento deste texto só ter fornecido
informações sobre os totais da população residente, rural e urbana, limitou esta análise à década de
setenta.
64O cálculo do êxodo rural foi feito segundo a seguinte fórmula:
ER=P*80 - P80 + I, onde:
ER = êxodo rural estimado;
P*80 = População estimada para 1980 com base nas taxas de crescimento vegetativo
calculadas para as Microrregiões Homogêneas pela Fundação Joaquim Nabuco (MOURA, Hé-
lio:1986);
P80 = População residente segundo o Censo de 1980;
I = Estoque de imigrantes rurais com até 10 anos de permanência
223
224 Emília Moreira e Ivan Targino
vinte mil habitantes que cresceu a uma taxa de 2,4% a.a., todos os
outros estratos apresentaram taxas em torno da média estadual.
Observou-se ainda que a participação dos migrantes de proce-
dência rural no total da população foi superior a 14,0% em todos
os estratos de cidades (v. quadro XXII). Isso significa que o êxo-
do rural, nesse decênio, desempenhou papel relevante na urbani-
zação, independentemente do tamanho dos núcleos urbanos.
Os dados do quadro XXII mostram um outro
efeito da migração de procedência rural. O êxodo rural tem cola-
borado não só para a urbanização da população como também
para a sua concentração. Dos 233 mil migrantes de procedência
rural, recenseados em 1980 nas cidades da Paraíba, mais de seis
décimos encontravam-se residindo nas cidades com população
superior a vinte mil habitantes. Essa constatação relativiza a hipó-
tese da “migração por etapa”, segundo a qual os migrantes rurais
se dirigiriam primeiro para as pequenas cidades e só depois iriam
para as maiores. As etapas iniciais funcionariam como um perío-
do de adaptação para o ingresso futuro num mercado de trabalho
urbano mais formalizado. As informações censitárias, ao contrá-
rio, indicam uma passagem direta de um número significativo de
migrantes da área rural para as cidades maiores com destaque para
Campina Grande e João Pessoa. Esse fenômeno foi responsável
pela proliferação de favelas observada nessas duas cidades no
período, compostas dominantemente por população oriunda da
zona rural dos municípios paraibanos, com destaque para os do
Litoral e do Agreste.
Embora os migrantes de procedência rural se con-
centrem nas cidades maiores, o seu peso no contingente de mi-
grantes é inversamente proporcional ao tamanho da cidade. Isso
estaria relacionado à fragilidade da estrutura da economia urbana
das pequenas cidades, tornando-as incapazes de atrair de forma
significativa migrantes de outros núcleos urbanos, absorvendo
com mais intensidade os migrantes procedentes das áreas rurais
dos municípios circunvizinhos.
227
228 Emília Moreira e Ivan Targino
231
232 Emília Moreira e Ivan Targino
233
234 Emília Moreira e Ivan Targino
235
236 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XIII
POPULAÇÃO PARAIBANA
1774/1872
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 239
1. Entende-se aqui como Agreste a área compreendida pela Vila do Pilar, Paróquia de Taipu,
Cidade de Areia, Vila do Ingá, Paróquia de Natuba, Vila de Alagoa Nova, Vila de Bananeiras,
Paróquia de Cuité, Vila de Independência e Vila de Campina Grande.
QUADRO XIV
QUADRO XV
QUADRO XVI
QUADRO XVII
ESTADO DA PARAÍBA
POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL E RURAL
1950 - 1991
QUADRO XVIII
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RURAL, SEGUNDO
AS MESORREGIÕES
1970/1980
TAXA GEOMÉTRICA DE
MESORREGIÃO CRESCIMENTO ANUAL
DA POPULAÇÃO RURAL
(%)
1970/1980
MATA PARAIBANA -1,60
AGRESTE -0,68
BORBOREMA -0,03
SERTÃO PARAIBANO 0,15
PARAÍBA -0,44
Fonte: FIBGE.Censos Demográficos da Paraíba,1970 e 1980.
241
242 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XIX
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RURAL, SEGUNDO
AS MICRORREGIÕES
1970/1980
TAXA GEOMÉTRICA DE
MICRORREGIÃO CRESCIMENTO ANUAL DA
POPULAÇÃO RURAL (%)
1970/1980
João Pessoa -3,92
Litoral Norte -0,51
Litoral Sul -0,40
Sapé -1,93
Curimataú Oriental 0,14
Brejo Paraibano -1,68
Campina Grande -1,30
Curimataú Ocidental -0,17
Esperança -0,09
Guarabira -0,79
Itabaiana -0,33
Umbuzeiro 0,35
Cariri Oriental -0,36
Cariri Ocidental 0,01
Seridó Ocidental -0,39
Seridó Oriental 0,42
Cajazeiras 0,10
Catolé do Rocha 0,21
Itaporanga 0,05
Patos -0,20
Piancó -0,70
Sousa -0,02
Teixeira 1,27
Fonte. FIBGE. Censos Demográficos de 1970 e 1980.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 243
QUADRO XX
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RURAL, SEGUNDO
AS MESORREGIÕES
1980/1991
TAXA GEOMÉTRICA DE
MESORREGIÃO CRESCIMENTO ANUAL
DA POPULAÇÃO RURAL
(%)
1980/1991
MATA PARAIBANA -0,72
AGRESTE -1,05
BORBOREMA -1,78
SERTÃO PARAIBANO 1,51
PARAÍBA -1,26
Fonte: Censos Demográficos da Paraíba, 1980 e 1991
QUADRO XXI
243
244 Emília Moreira e Ivan Targino
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RURAL, SEGUNDO
AS MICRORREGIÕES
1980/1991
QUADRO XXII
ESTADO DA PARAÍBA
POPULAÇÃO RESIDENTE E POPULAÇÃO MIGRANTE POR PROCEDÊNCIA, SEGUNDO O TAMA-
NHO DAS CIDADES1 1970/1980
CLASSES/ANO NÚMERO POPULAÇÃO TOTAL2 POPULAÇÃO MIGRANTE
1970 Total3 Urbana Rural
menos de 1.000 33 13.727 2.207 1.004 1.203
1.000 — 2.000 40 41.588 6.024 2.847 2.146
2.000 — 3.000 23 35.552 5.803 2.942 2.857
3.000 — 5.000 31 84.692 15.626 7.753 7.852
5.000 — 10.000 23 103.107 22.607 10.703 11.861
10.000 — 20.000 11 121.107 29.896 17.848 11.938
20.000 — 60.000 7 191.026 54.222 40.740 13.458
60.000 e mais 2 376.123 125.847 100.263 25.406
Total 966.922 262.234 184.110 77.721
1980
menos de 1.000 33 20.675 4.820 1.822 2.998
1.000 — 2.000 40 60.600 13.771 4.880 8.891
2.000 — 3.000 23 54.850 13.125 4.952 8.173
3.000 — 5.000 31 125.502 29.780 12.269 17.511
5.000 — 10.000 23 149.261 43.938 17.964 25.974
10.000 — 20.000 11 153.786 50.153 26.431 23.722
20.000 — 60.000 7 289.065 118.968 66.377 52.591
60.000 e mais 2 548.684 240.911 147.569 93.342
Total 1.402.423 515.466 282.264 233.202
Fonte: FIBGE. Censos Demográficos da Paraíba, 1970 e 1980.
245
246 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXIII
ESTADO DA PARAÍBA
CIDADES QUE APRESENTARAM AS MAIORES TAXAS
ANUAIS DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NA
DÉCADA DE 80
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, A.C. Transformações nas relações de trabalho na lavoura canavieira: análise
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SUAREZ, M.T.S. Cassacos e corumbas. São Paulo, Ática,1977
247
248 Emília Moreira e Ivan Targino
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 249
7. EVOLUÇÃO RECENTE DO
EMPREGO RURAL E DAS
RELAÇÕES DE TRABALHO NO
CAMPO PARAIBANO
249
250 Emília Moreira e Ivan Targino
253
254 Emília Moreira e Ivan Targino
67São três as fontes básicas de informações sobre emprego rural na Paraíba: o Censo Agropecuá-
rio, o Censo Demográfico e a PNAD. Essas fontes porém, apresentam certas limitações no que
tange à possibilidade de se fazer análise comparativa de seus dados. Isso porque elas utilizam
metodologias e processos operacionais distintos que redundam, conseqüentemente, em resultados
também distintos. Essa forma diferenciada de apresentação dos dados antes de implicar em
equívoco de uma ou outra fonte, representa a realidade a partir da forma como ela foi abordada,
da data dos levantamentos realizados e dos diferentes conceitos aplicados. Segundo Martine e
Arias, “Não se trata do fato de uma ou outra fonte estar ‘errada’ nos seus conceitos, na sua metodologia ou nos
seus dados. São fontes que têm objetivos diferentes e conseqüentemente, abordagens distintas” (MARTINE,G. &
ARIAS, A. 1988:61).
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 255
68O termo pequena propriedade é aqui utilizado como sinônimo de pequeno estabelecimento
agrícola.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 257
69Ressalte-se também que os efeitos da praga do bicudo sobre a cultura do algodão ainda não
teriam sido captados pelo Censo de 1985.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 259
70Denomina-se de trabalho familiar o que é executado pelo responsável e pelos membros não
remunerados da família. São considerados “responsáveis e membros não remunerados da família”
pelo Censo Agropecuário os produtores e os administradores que no momento do Censo eram
responsáveis pela direção dos estabelecimentos e os membros de sua família que os ajudavam na
execução dos trabalhos sem receber qualquer tipo de remuneração. FIBGE. Censo Agropecuário -
1970/1980.
71 O Censo Agropecuário considera como parceiros subordinados as pessoas diretamente subor-
dinadas ao responsável pelo estabelecimento que recebem em troca das tarefas que executam uma
quota-parte da produção obtida com seu trabalho (meia, terça, etc.). FIBGE. Censo Agropecuário
- 1970/1980.
259
260 Emília Moreira e Ivan Targino
72O Censo Agropecuário considera como “empregados temporários” as pessoas contratadas para
tarefas eventuais ou de curta duração em troca de um salário (em dinheiro ou em quantidade fixa
de produto). FIBGE. Censo Agropecuário - 1970/1980. Os empregados temporários são também
conhecidos: como bóias-frias (porque costumam levar a comida para o trabalho consumindo-a
fria); como volantes (por não terem um local fixo de trabalho, estando a cada dia executando suas
tarefas em locais diferentes); como trabalhadores clandestinos (por não terem carteira assinada e
assim não serem beneficiados pelas leis trabalhistas).
73Os empregados assalariados permanentes são aqueles que exercem atividades de caráter efetivo
ou de longa duração em troca de um salário (em dinheiro ou em quantidade fixa de produto).
FIBGE. Censo Agropecuário - 1970/1980.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 261
74Os Censos Agropecuários de 1970 e 1980 consideram como produtores rurais as pessoas físicas
ou jurídicas que detêm a responsabilidade da exploração do estabelecimento, quer seja o mesmo
pertencente a si próprio ou a terceiros.
75Arrendatários para o Censo Agropecuário são produtores rurais que alugam terras de terceiros e
pagam um aluguel em dinheiro ou sua equivalência em produto. FIBGE. Censo Agropecuário -
1970/1980.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 263
76Produtores Proprietários são os que detêm a propriedade jurídica das terras do estabelecimento
(inclusive por usufruto, enfiteuse, comodato, herança, etc.). FIBGE. Censo Agropecuário -
1970/1980.
263
264 Emília Moreira e Ivan Targino
77Produtores Parceiros são aqueles que exploram terras de terceiros em regime de parceria medi-
ante contrato verbal ou escrito, que prevê o pagamento obrigatório, de um percentual da produção
obtida. FIBGE. Censo Agropecuário - 1970/1980.
78Os posseiros ou ocupantes são produtores rurais que exploram terras públicas, devolutas ou de
terceiros (com ou sem o consentimento do proprietário), nada pagando pelo uso da terra.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 265
QUADRO XXIV
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 271
ESTADO DA PARAÍBA
PARTICIPAÇÃO DA PEA AGRÍCOLA NA PEA TOTAL
1950-1990
271
272 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXV
ESTADO DA PARAÍBA
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DO SETOR PRIMÁRIO POR SEXO,
SEGUNDO A IDADE
1970-1980-1989
1970 (1) 1980 (1) 1989 (2)
IDADE TOTAL HOMEM MULHER TOTAL HOMEM MULHER TOTAL HOMEM MULHER
10 — 14 44.024 40.943 3.081 48.166 42.305 5.861 64.120 51.736 12.384
15 — 19 68.429 63.360 5.069 70.635 63.273 7.362 69.432 53.072 16.360
20 — 24 54.706 50.980 3.726 42.430 38.697 3.733 48.643 33.167 15.476
25 — 29 40.205 37.563 2.642 34.701 32.021 2.680 42.895 28.300 14.595
30 — 34 36.371 33.878 2.493 34.069 30.578 3.491
35 — 39 30.769 28.352 2.417 31.719 27.626 4.093 79.599a. 54.392a. 25.207a.
40 — 44 33.029 30.328 2.701 31.976 27.723 4.253
45 — 49 30.229 27.756 2.473 24.617 20.905 3.712 62.356b. 38.477 b. 23.879 b.
50 — 54 28.842 26.322 2.520 26.360 22.734 3.626
55 — 59 22.660 20.683 1.977 24.091 21.253 2.838 42.010c. 31.397c. 10.613c.
60 — 64 19.041 17.338 1.703 19.117 17.004 2.113
65 — 69 12.959 11.793 1.166 13.743 12.397 1.346
70 e mais 15.705 14.343 1.362 10.256 9.464 792 42.457d. 34.938d. 7.519d.
Idade 968 864 104 729 680 49 – – –
Ignorada
Total 437.937 404.503 33.434 412.609 366.660 45.949 451.512 325.479 126.033
FONTE: (1) FIBGE -Censos Demográficos da Paraíba, 1970-1980.
(2) FIBGE -Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), 1989 (dados relativos à Pea de
domicílio rural).
a. idade entre 30 e 39 anos b. idade entre 40 e 49 anos c. idade entre 50 e 59 anos d. idade entre 60 anos e mais
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 273
QUADRO XXVI
ESTADO DA PARAÍBA
EVOLUÇÃO DO EMPREGO ASSALARIADO,
SEGUNDO AS MESORREGIÕES
1970 - 1980
MESORREGIÕES 1970 1980 1970/80
VARIAÇÃO(%)
MATA 16.900 22.893 35,5
AGRESTE 30.846 45.029 46,0
BORBOREMA 10.045 27.236 171,1
SERTÃO 16.042 71.426 345,2
PARAÍBA 73.833 166.584 125,6
Fonte: Censos Agropecuários da Paraíba, 1970, 1980.
QUADRO XXVII
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DO EMPREGO ASSALARIADO TEMPORÁRIO,
SEGUNDO AS MICRORREGIÕES
1970 - 1980
1970/1980
MICRORREGIÃO Variação(%)
João Pessoa 62,7
Litoral Norte 35,2
Litoral Sul 223,2
Sapé -17,8
Curimataú Oriental 145,5
Brejo Paraibano 24,9
Campina Grande -12,2
Curimataú Ocidental 75,9
Esperança -33,1
Guarabira 34,9
Itabaiana 112,1
Umbuzeiro 356,2
Cariri Oriental 795,1
Cariri Ocidental 217,8
Seridó Ocidental 291,8
Seridó Oriental 70,6
Cajazeiras 205,6
Catolé do Rocha 152,0
Itaporanga 132,8
Patos 376,7
Piancó 679,3
Sousa 370,5
Teixeira 541,4
Fonte: FIBGE. Censos Demográficos da Paraíba, 1970 e 1980.
QUADRO XXVIII
273
274 Emília Moreira e Ivan Targino
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DO EMPREGO ASSALARIADO PERMANENTE,
SEGUNDO AS MICRORREGIÕES
1970 - 1980
1970/1980
MICRORREGIÃO Variação(%)
João Pessoa 47,8
Litoral Norte 52,2
Litoral Sul 258,3
Sapé 20,6
Curimataú Oriental 193,9
Brejo Paraibano 42,2
Campina Grande 69,9
Curimataú Ocidental 29,6
Esperança 71,7
Guarabira -1,7
Itabaiana 35,3
Umbuzeiro -20,2
Cariri Oriental 101,4
Cariri Ocidental 57,2
Seridó Ocidental 298,5
Seridó Oriental -27,1
Cajazeiras 205,6
Catolé do Rocha 152,0
Itaporanga 22,4
Patos 124,5
Piancó 163,6
Sousa 132,1
Teixeira -40,5
Fonte: FIBGE. Censos Demográficos da Paraíba, 1970 e 1980.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 275
QUADRO XXIX
ESTADO DA PARAÍBA
CONDIÇÃO DO PRODUTOR POR CATEGORIA E TAMANHO DO ESTABELECI-
MENTO
1970 - 1980 - 1985.
TAMANHO DOS
ESTABELECIME- PROPRIETÁRIOS ARRENDATÁRIOS PARCEIRO OCUPANTE
NTOS POR CLAS-
SES
DE ÁREA 1970 1980 1985 1970 1980 1985 1970 1980 1985 1970 1980 1985
(ha)
menos de 10 61.801 56.581 71.445 30.348 23.127 23.940 4.674 5.393 13.468 19.019 26.880 39.199
10 — 20 17.062 16.573 16.913 1.875 1.495 801 421 658 977 1.607 1.745 1.638
20 —50 15.142 15.930 16.049 780 603 317 261 287 477 989 1.049 894
50 — 100 6.579 7.308 7.321 248 214 146 85 95 178 378 375 295
100 —200 3.754 4.234 4.336 164 106 60 36 61 95 211 176 136
200 — 500 2.626 2.829 2.924 81 85 60 47 30 50 107 108 83
500 — 1000 750 860 859 17 15 15 9 3 15 41 27 32
1000 e mais 500 534 521 6 9 6 3 5 3 21 – 11
Sem declaração 18 - 11 2 - - - - - 5 15 2
Total 108.232 104.849 120.379 33.521 25.654 25.345 5.536 6.532 15.263 22.378 30.375 42.290
Fonte: Censos Agropecuários da Paraíba - 1970, 1980 e 1985.
275
276 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXX
ESTADO DA PARAÍBA
EVOLUÇÃO DO EMPREGO ASSALARIADO, SEGUNDO AS ME-
SORREGIÕES
1980 - 1985
MESORREGIÕES 1980 1985 1980/85
VARIAÇÃO(%)
Mata 22.893 29.371 28,3
Agreste 45.029 25.635 -43,1
Borborema 27.236 17.013 -37,5
Sertão 71.426 36.412 -49,0
PARAÍBA 166.584 108.431 -34,9
Fonte: Censos Agropecuários da Paraíba, 1980 e 1985
QUADRO XXXI
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DO EMPREGO ASSALARIADO PERMANENTE,
SEGUNDO AS MICRORREGIÕES
1980/85
1980/1985
MICRORREGIÃO Variação(%)
João Pessoa -22,2
Litoral Norte 54,9
Litoral Sul 65,8
Sapé 0,1
Curimataú Oriental -43,9
Brejo Paraibano -52,8
Campina Grande 1,7
Curimataú Ocidental -25,1
Esperança -3,9
Guarabira -21,7
Itabaiana -5,2
Umbuzeiro 38,5
Cariri Oriental 22,9
Cariri Ocidental -29,9
Seridó Ocidental -18,0
Seridó Oriental 27,3
Cajazeiras -44,8
Catolé do Rocha 12,2
Itaporanga -29,9
Patos -26,7
Piancó -19,2
Sousa -75,9
Teixeira -54,2
Fonte: Censos Agropecuários da Paraíba, 1980, 1985.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 277
QUADRO XXXII
ESTADO DA PARAÍBA
CRESCIMENTO DO EMPREGO ASSALARIADO
TEMPORÁRIO, SEGUNDO AS MICRORREGIÕES
1980/85
1980/1985
MICRORREGIÃO Variação(%)
João Pessoa 3,6
Litoral Norte 113,5
Litoral Sul -0,5
Sapé 19,5
Curimataú Oriental -56,9
Brejo Paraibano -39,3
Campina Grande -34,0
Curimataú Ocidental -47,9
Esperança -85,7
Guarabira -41,1
Itabaiana -60,2
Umbuzeiro -63,7
Cariri Oriental -57,1
Cariri Ocidental -21,1
Seridó Ocidental -80,7
Seridó Oriental -52,8
Cajazeiras -44,8
Catolé do Rocha 12,2
Itaporanga -35,3
Patos -53,0
Piancó -51,3
Sousa -63,9
Teixeira 11,6
Fonte: Censos Agropecuários da Paraíba, 1980, 1985.
277
278 Emília Moreira e Ivan Targino
BIBLIOGRAFIA
CANTALICE, Dulce. Capital, estado e conflito: questionando Alagamar. Campina Grande,
Dissertação de Mestrado em Economia Rural, 1985.
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GARCIA JR, Afrânio Raul. Terra de trabalho: trabalho familiar de pequenos produtores. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1983.
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de Pesquisa, 1988.
MARTINE, George & ARIAS, Alfonso. “A Evolução do emprego no campo”. São Paulo. In:
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MOREIRA, Emilia et alii. Os caras pintadas de suor e da fuligem da cana. João Pessoa,
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MOREIRA, Emilia. Atlas de Geografia Agrária da Paraíba. João Pessoa, Ed. Universitária,
1996.
__________ Evolution et transformations récentes de l'organisation agraire de la Paraíba.
Paris, Tese de Doutorado, 1988.
SUDENE. Boletim Conjuntural do Nordeste de 1995.
__________ Agregados Econômicos Regionais de 1995.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 279
8. OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO
CAMPO E AS CONQUISTAS DA
*
CLASSE TRABALHADORA
80Apesar dos Censos de 1980 e 1985 indicarem a existência de um pouco mais de 100 mil assalari-
ados no campo paraibano, os dados colhidos junto aos sindicatos dão conta de que nos anos 80,
durante os períodos de pique da atividade canavieira, esse número correspondia aproximadamente
à mão-de-obra voltada para aquela atividade. Isso devido à maciça incorporação de trabalhadores
sazonais oriundos de outras regiões e inclusive de outros Estados para trabalhar no corte da cana.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 283
283
284 Emília Moreira e Ivan Targino
81Até 1964 tinham sido fundados 30 Sindicatos de Trabalhadores Rurais no Estado, quer sob a
influência das Ligas Camponesas, quer sob a influência da Igreja Católica. No período de 1965 a
1982 foram criados 101 Sindicatos (MACDONALD, 1995:103-4).
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 287
82Participaram desse encontro, que marcou o início de um trabalho articulado com os canavieiros,
125 delegados, entre trabalhadores e dirigentes sindicais, representando 29 Sindicatos de Trabalha-
dores Rurais da Zona Canavieira.
83A Comissão Canavieira era formada por dirigentes sindicais da zona canavieira e por trabalhado-
res da Pastoral Rural das Dioceses de João Pessoa e Guarabira, e contava com a assessoria da
“Comissão Justiça e Paz” de Campina Grande, do “Centro de Orientação dos Direitos Humanos”
(CDDH) e Serviço de Educação Popular (SEDUP), da Diocese de Guarabira e do Grupo de
Pesquisa e Assessoria Sindical da UFPb, de Campina Grande, e do CENTRU. A coordenação era
da Fetag, mas o grupo de trabalhadores e assessores da Igreja mantinha hegemonia na comissão.
287
288 Emília Moreira e Ivan Targino
84Esse dia tinha sido escolhido por Margarida para realizar o lançamento da campanha trabalhista
no seu município.
85Houve, desde o começo, uma disputa pela direção do trabalho com os assalariados, entre a
Comissão Canavieira e a direção da Fetag e da Contag. O momento de maior tensão aconteceu no
Encontro realizado em julho de 1983, quando prevaleceu a posição da Contag de não partir para a
greve, contra a posição de outros grupos de sindicalistas e assessores favoráveis à deflagração do
movimento grevista já naquele ano.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 289
86Para uma melhor compreensão dessas definições, veja Cadernos do CEDI, 1985.
87A lei no. 4.330 prevê, entre outros dispositivos, a realização de uma assembléia para a aprovação
da pauta de reivindicações com “quórum” de 2\3 da categoria em primeira convocação e votação
com escrutínio secreto. Após a negociação com os patrões, que pode durar no máximo cinco dias,
a matéria passa para decisão do tribunal. A greve pode ser realizada somente até a sentença do
tribunal. Se ela continuar após essa data, será considerada ilegal. Os patrões podem também
recorrer ao Supremo Tribunal Federal e pedir o “efeito suspensivo”para todas ou para parte das
cláusulas julgadas.
289
290 Emília Moreira e Ivan Targino
88A CUT foi fundada na Paraíba em agosto de 1983. A atuação direta da CUT no campo se
fortalece após a criação do Departamento Estadual de Trabalhadores Rurais em 1989.
291
292 Emília Moreira e Ivan Targino
293
294 Emília Moreira e Ivan Targino
Segundo Martins,
295
296 Emília Moreira e Ivan Targino
89Aqui se incluem as áreas objeto de denúncias e aquelas cujo conflito teve um desfecho favorável
ou não para a classe trabalhadora.
90Informações mais detalhadas sobre os conflitos de terra na Paraíba poderão ser encontradas in:
MOREIRA, Emilia de Rodat Fernandes. Por um pedaço de chão. João Pessoa, Ed. Universitá-
ria, 1996.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 297
sas áreas não têm renovado denúncia ao Incra desde algum tem-
po, o que pode ser um indicador seja de desistência da luta por
parte dos trabalhadores, seja de concretização do processo de
expulsão. Algumas, como a fazenda Sapé, em Alagoa Grande,
Imbiras 2 e 4 em Alagoa Nova, Acauã, em Sousa, Boa Idéia em
Massaranduba, Capim/Pindoba, em Mamanguape, entre outras,
estavam em maio de 1996 com decreto de desapropriação já assi-
nado porém aguardando emissão de TDA para ajuizamento da
ação. Essas áreas deverão estar fora dessa lista muito brevemente
(v. quadro XXXVIII). Outras, embora desapropriadas, encontra-
vam-se subjúdice e com o conflito agravado pela pendência judi-
cial (v. quadro XXXVIII). O mais grave conflito pela posse da
terra do Estado da Paraíba em setembro de 1996 era o da Fazen-
da Gomes, em Alagoa Grande.
299
300 Emília Moreira e Ivan Targino
a resistência do plantio
A luta pela terra na Paraíba traz embutida a luta
contra a subordinação da terra à monocultura e à pecuária. Ela
representa, ainda, a luta dos que têm fome de alimentos contra os
que têm fome de lucro. É neste sentido que se coloca a resistência
ao plantio de “culturas de rico” e de “pasto”. Concretamente essa
resistência se expressa através de ações do tipo “arranca-
capim”ou “arranca-cana” seguida do replantio do feijão, do mi-
lho, da roça (mandioca). Para isso os camponeses contam, via de
regra, com o apoio dos companheiros de outras áreas de conflito
ou de assentamento e de assessores, em particular, de represen-
tantes da Igreja. Os roçados são refeitos com trabalho coletivo
em forma de mutirão (CAMARGO,1994);
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 301
91A esse respeito leia-se CAMARGO. Da luta pela terra à luta pela sobrevivência na terra:
resgate da discussão e exemplos concretos de reforma agrária na Paraíba. João Pessoa,
Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais, UFPb, 1994.
301
302 Emília Moreira e Ivan Targino
8.2.2.1. A Igreja
92Não é a Igreja enquanto instituição que atua como mediadora dos conflitos, mas seus segmen-
tos mais progressistas representados por bispos, padres, agentes pastorais leigos e entidades diver-
sas como a CPT, as CEBS, etc.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 303
307
308 Emília Moreira e Ivan Targino
93A recente prisão de Frei Anastácio Ribeiro, acusado de “formação de quadrilha”e de “maltrato a
menoresӎ um exemplo disso.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 309
311
312 Emília Moreira e Ivan Targino
315
316 Emília Moreira e Ivan Targino
em si. Isto é, o que está em jogo para eles não é apenas a apropri-
ação da terra, mas o instituto da propriedade enquanto tal. Desta
forma, a desapropriação representa um ataque ao próprio capital.
Daí, a posição contrária dos órgãos patronais a toda a iniciativa de
desapropriação levada a efeito no Estado.
94O Estatuto da Terra não previa a destruição do latifúndio mas a superação gradativa, a partir de
estímulos especiais, de certas contradições que a propriedade improdutiva da terra gerava para o
capitalismo. Tratava-se, na verdade, de uma modernização do latifúndio, razão pela qual não é
uma lei de Reforma Agrária, mas de desenvolvimento rural, como deixa claro o item 10 da mensa-
gem 33: “Não se contenta o projeto a ser uma Lei da Reforma Agrária (...) é uma lei de desenvol-
vimento rural” (SILVA, J.G.1985: 69).
317
318 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXXIII
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 323
ESTADO DA PARAÍBA
ACAMPAMENTOS DE TRABALHADORES
SEM TERRA
(MAIO/1996)
QUADRO XXXIV
.ESTADO DA PARAÍBA
UNIDADES DE MEDIDA DE COMPRIMENTO, DE ÁREA E
DE PESO UTILIZADAS NO CORTE E PLANTIO DA CANA
UNIDADES PARAÍBA
De Comprimento braça (2,2 metros)
De Área cubo (2,2 metros)
conta (12X13 braças, ou 755m2)
De Peso tonelada
carga (100 kg)
Fonte: LAT/UFPB. In: ADISSI & SPAGNUL. Convenções Coletivas: quantificando o roubo dos
patrões. Proposta. Ano IV, n°. 42. Rio de Janeiro. Out. 1989.
QUADRO XXXV
323
324 Emília Moreira e Ivan Targino
ESTADO DA PARAÍBA
ÁREAS DESAPROPRIADAS ENTRE 1966 E 1990
LOCALIZAÇÃO/ No. DE NOME ÁREA (ha) No. DE
MUNICÍPIO ORDEM DO IMÓVEL FAMÍLIAS
Itabaiana 01 Fazenda Urna* 162,1214 26
23 Piacas 805,5093 88
TOTAL 41.515,3856 2.788
*Desapropriadas pelo Estado
a. Subjúdice até julho de 1996
Fonte: Incra/Pb, Fundap/Pb.
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 325
QUADRO XXXVI
ESTADO DA PARAÍBA
ÁREAS ADQUIRIDAS ATRAVÉS DE COMPRA PARA FINS
DE REFORMA AGRÁRIA
325
326 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXXVII
Capiítulos de Geografia Agrária da Paraíba 327
ESTADO DA PARAÍBA
ÁREAS DESAPROPRIADAS ENTRE 1993 E 1996
327
328 Emília Moreira e Ivan Targino
QUADRO XXXVIII
ESTADO DA PARAÍBA
ÁREAS DE CONFLITO NÃO SOLUCIONADO
MAIO/1996
MUNICÍPIO No. DE IMÓVEL SITUAÇÃO
ORDEM ATUAl
Alagoinha 01 Fazenda Genipapo I sem denúncia desde
1986
02 Fazenda Genipapo II sem denúncia desde
1986
03 Fazenda Cumarú/Jacaré sem denúncia desde
1986
329
330 Emília Moreira e Ivan Targino
331
332 Emília Moreira e Ivan Targino
BIBLIOGRAFIA
ADISSI, Paulo José & SPAGNUL, Wagner. “Convenções coletivas: quantificando o roubo dos
patrões”. In: Proposta, Ano XIV, no. 42, Rio de Janeiro, out., 1989.
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