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Wagner Santos
ESCOLA
NAVAL 2023
www.estrategiamilitares.com.br
AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS DE GRAMÁTICA + SEMÂNTICA
1
Prof. Wagner Santos
Sumário
APRESENTAÇÃO 3
2 SEMÂNTICA 12
3 EXERCÍCIOS 28
4 GABARITO 44
5 QUESTÕES COMENTADAS 45
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 75
Apresentação
Sejam muito bem-vindos, meninos e meninas (que eu chamarei, carinhosamente, de
Bolas de Fogo em muitos momentos). Este é o material inicial de nosso curso de Gramática e
Interpretação de texto, feito e pensado em você e na melhor forma de apresentar as ideias
que são necessárias para um bom desempenho na prova da Escola Naval. Eu disse bom?
Queria dizer excelente, “maravilindo”, com sua aprovação. Como você sabe, com certeza
melhor do que eu, a Escola Naval é uma instituição de Ensino Superior da Marinha do Brasil,
sendo, segundo o próprio site da Marinha, a mais antiga do Brasil. Chique isso, né? Você está
prestes a ingressar na escola militar mais antiga do país. Notaram essa importância? Por isso é
que preparamos esse curso de forma bastante carinhosa para vocês, meus Bolas!
Sua prova, como bem sabemos é composta por 80 questões, nos dois dias, sendo que
delas, no segundo dia, 18 estão dedicadas à língua portuguesa, com a necessidade de
produção de um exame discursivo, ou seja, sendo necessário que vocês façam uma redação
durante o exame (com aqueles temas delicinhas que conhecemos bem, não é mesmo?).
Ao longo dos últimos anos, a prova da EN se dividiu, quanto à cobrança da língua
portuguesa, da seguinte maneira:
Como nos aponta o gráfico (que é mais do Tio Isma do que nosso como conteúdo),
percebe-se uma cobrança maior para as áreas da linguística, com clara preferência pela
sintaxe, com a interpretação de texto em segundo lugar. A primeira costuma ser o terror de
muitos de vocês, mas, com nossas aulas, vocês fecharão essa prova, felizes e contentes.
Falaremos disso no decorrer de nossas aulas, não se preocupem. Hoje, quero apresentar o
que te espera no decorrer de nosso curso, bem como tratar de um assunto muito importante
para várias áreas: a semântica. Mas logo iniciaremos, pode ficar tranquilo.
Antes de adentrarmos em nossa aula de forma específica, acho que é interessante que
vocês conheçam um pouco mais de mim e da metodologia que apresentamos no curso, para
que vocês possam aproveitar melhor o que temos a oferecer.
Bora que só bora, bolas?
Apresentação do professor
Agora é hora de conhecer esse professor que vos fala e que tanto fala (admito que sou
um falador nato, até por isso acabei nas salas de aula e nos vídeos de vocês, rsrsrs). Você deve
estar se perguntando quem é esse professor, que já disse que me chamará de Bola de fogo
um monte de vezes?
Podem contar comigo para qualquer dúvida que você tenha, farei de tudo para ajudar
na resolução dessas dúvidas. Inclusive, teremos muitos momentos em que falaremos sobre a
linguagem de forma mais abrangente, dado que sempre acreditei, e sigo acreditando, que o
conhecimento pleno do objeto de estudo é essencial para que tenhamos um melhor
aproveitamento de nossa vida nos exames. Aproveitando que já estou falando de mim
mesmo, fica o convite para que me sigam nas minhas redes sociais (logo, logo, acrecentarei
outras redes por aí, para que possamos estreitar o contato).
Metodologia
Para que você possa entender o que te espera, Bola de fogo, nosso curso funciona da
seguinte maneira:
Realização de SIMULADOS
Viu aí como é bastante coisa? Então! Começamos pensando que devemos sempre
utilizar uma metodologia que une as formas de estudo. Juntamos a leitura com a visualização
das aulas e muito treino. Por isso, posso te dizer já de primeira que você deverá pensar da
seguinte forma, se dedicando a três frentes de estudo essenciais:
Claro que você encontrará a forma mais interessante de fazer isso. Há muitos alunos
que preferem assistir às aulas após a leitura atenta de nosso livro digital. Por outro lado, há
alunos que preferem acompanhar a videoaula enquanto lê o material. A ordem dos tratores,
aqui, não afetará nosso viaduto de aprovação. Você pode se jogar da forma como achar
melhor, mas sem deixar de lado nosso tripé colocado aí em cima. Fechado? Então, bora que
só bora.
Com relação à prática daquilo que estamos estudando, pode deixar que nosso material
tem sempre MUITAS QUESTÕES e você pode fazê-las da forma como achar melhor. Inclusive,
pensamos que você não precisa fazer todas de uma vez, podendo deixar algumas para a
revisão. Só não se esqueça de fechar o material até o dia da prova da Escola Naval.
Combinado, hein? Foco e organização serão essenciais como eu tenho certeza de que você
sabe.
Para te ajudar um pouco com relação a essa forma de estudo, dê uma olhada no
organograma a seguir:
Aprovação!
Cronograma de Aulas
O nosso cronograma de aulas está disponível em seu curso, com as datas de publicação
e a organização que seguiremos em nosso curso. É só acessar para saber quais são as nossas
próximas aulas e como elas se organizam, inclusive com os subtópicos.
A organização das aulas, com relação ao conteúdo, foi feita da forma que achamos mais
lógica e interessante para a sua preparação. Isso não quer dizer que somos os detentores da
verdade e que somente essa ordem de estudos é interessante. Pense que há uma lógica de
construção de nossos saberes. Por exemplo, diferente do que alguns professores fazem,
colocando a interpretação durante o curso, em meio às aulas de outros conteúdos, eu gosto
de pensar que vocês rendem melhor após a ampliação de conhecimento do que foi
apresentado antes. É o certo? Não posso dizer que não há outras formas. Digamos que é o
“meu” certo. Mas bora que só bora que você vai entender tudinho! Coloco o cronograma
abaixo para que você possa já começar a sua organização. Contudo, informo que é sempre
interessante acompanhar pelo sistema, dado que é por lá que faço as atualizações.
Apresentação do material
Durante esta aula, falaremos bastante sobre alguns conceitos que são essenciais para
que possamos construir nosso conhecimento com relação à língua e à sua análise. Pode ser
que, em alguns momentos, você não perceba cada um dos conceitos aqui trabalhados sendo
cobrados exatamente no seu vestibular. Contudo, pode confiar que esse conhecimento é
essencial para todas as nossas futuras aulas, sejam elas em análises mais específicas, como a
morfologia e a fonética; sejam elas mais amplas, como a análise sintática ou a interpretação
de textos.
Como recomendação, já digo que vocês devem se preparar com a maior quantidade
possível de questões. O português, em especial a gramática e a interpretação de texto, é uma
disciplina quase exata, dada a necessidade de estudarmos muito e treinarmos ainda mais. A
leitura, nesse caso, te auxiliará com relação à prova tanto de português quanto de redação, ou
seja, uma coisa “maravilinda” para a sua vida!
O que eu quero dizer com isso, bolas de fogo? Que a sintaxe são as regras de
concordância, regência e outras formas de análise da língua, relacionando-se à classificação
dos termos. Mas calma que tudo isso vai ficar muito clara na sua vida, pode deixar! Não vou
colocar o “carro na frente dos bois” (ditado que eu nunca entendi mesmo). Vamos para as
partes de análise da linguagem.
Nessa parte de nossos estudos, analisamos literalmente como os sons são produzidos
e como as palavras são formadas a partir de sua estrutura mínima, o som, chamado também
de fonema. Nesses casos, analisamos elementos muito interessantes que conseguem se unir
AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS DE GRAMÁTICA + SEMÂNTICA
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a outras formas de pensar a linguística, como ocorre com a relação entre a fonética e a variação
linguística. Mas sem pressa, ainda falaremos sobre isso com bastante calma na aula dedicada
a essa forma de pensamento.
A estilística está ligada diretamente à ideia de estilo empregado por cada um dos
autores de texto. Na realidade, esse estilo é influenciado por várias coisas, muito importantes
para nós, na realidade. A saber:
• A intenção do autor.
• O gênero do texto.
• A linguagem do texto.
• O momento histórico do texto.
A morfologia é, sem dúvida nenhuma, um dos meus amores e uma das partes mais
interessantes do estudo da língua, porque consegue abarcar informações demais: é dela que
nascem as novas palavras, com regras de formação muito específicas, ao mesmo tempo
universais, dado que se repetem em uma série de línguas espalhadas pelo mundo e são
compreendidas de forma até lógica pelos falantes.
Além disso, como ela comporta as palavras e se relaciona diretamente com a separação
das palavras em classes que, como veremos no decorrer de nossas aulas, ligam-se
completamente com a sintaxe dos enunciados. Inclusive, já adianto que, para nós, enunciados
e frases são usados com muita constância, no lugar de somente período e oração. Já começa
a acostumar aí, bola de fogo.
A ortografia é analisada por nós, inclusive, com o intuito de que você minimize os erros
de produção textual. Não somente para a resolução de alguns exercícios, mas para ampliar
mesmo o seu conhecimento e aquela conversa que tivemos lá no começo, sobre a intimidade,
tá ligado? A ideia é fazer com que, inclusive, a sua compreensão de texto seja mais completa.
É um conteúdo meio chatinho, concordo demais com você, mas é necessário.
Na sintaxe, temos a relação clara com aquilo que chamamos de “norma culta”, aquele
pequeno “bicho-papão” que sempre persegue vocês. A ideia, então é que, ao analisarmos a
sintaxe de um texto ou de uma frase, teremos uma relação direta entre esses elementos dentro
do texto. Para entendermos o que é a norma, vejamos o que Bechara (2009, p. 28), gramático
extremamente renomado e representante da linguística na Academia Brasileira de Letras:
A norma culta é o termo usado para se referir ao conjunto de padrões linguísticos que mais
se aproximam dos usos considerados corretos pela gramática.
Ainda que a ideia do que é correto ou não em linguagem se altere muitas vezes – tanto em
função de novos acordos ortográficos quanto pelas mudanças naturais da língua – a norma
culta é o modo de escrever mais próximo daquilo que a gramática ditar na época.
Outra possibilidade muito comum nessas nossas aulas, em especial comigo como
professor, é a visão da morfossintaxe da língua, em que levamos em consideração aspectos
mais gerais, em que se somam as características das classes de palavras e as funções. Por
exemplo, estudamos a ideia de o sujeito é uma função substantiva e, por isso, somente um
elemento com essa característica, ainda que textual (dentro do contexto), pode desempenhar
a função. Esse é só um exemplinho de como funciona a morfossintaxe.
Relaxa que tenho certeza de que você vai gostar e quebrar todo o trauma com relação
ao português e à gramática. “A gente tá junto” nessa missão de te colocar na Escola Naval de
forma menos dolorosa.
2 Semântica
A semântica, como comentamos acima, é, sem dúvida, uma das mais importantes partes
da Gramática e vai muito além das questões de substituição de palavras ou reescrita de
elementos. Por isso, ainda que, na prova da Escola Naval, existam poucas questões de troca
de palavras, a semântica aparece de outras formas, seja por meio da interpretação de texto,
seja por meio da modificação de significados em questões de sintaxe.
Sabemos que, nos últimos três anos, tivemos textos bastante complexos nas
construções de prova do EN, com destaque para o texto da “cadeirinha” da prova aplicada em
junho de 2021. Como temos essa percepção dos textos mais rebuscados e difíceis, é
importantíssimo que vocês tenham um conhecimento vocabular mais vasto. Concordam?
A importância da semântica no estudo da linguagem é “montada”, por assim dizer, com
um princípio interacional, por isso, quando analisamos os enunciados montados para a
comunicação, percebemos que temos uma relação de significações que são geradas a partir
das construções sintáticas. Dessa forma, dependendo da seleção vocabular e das posições
dos termos, temos modificações nos significados. Veja os exemplos a seguir.
Nos dois exemplos desse box, vemos a relação interessante com a posição e com a
estrutura dos enunciados. Percebemos, por exemplo, que os dois enunciados são
considerados ambíguos, dado que temos (ao menos) duas significações para cada um deles.
Na realidade, isso é um elemento da sintaxe em contato direto com a semântica, a chamada
ambiguidade, entendida como um defeito do texto quando ocorre de forma acidental.
Contudo, destaco que isso é semântica também. Mas não se preocupe, teremos um momento
para podermos falar sobre isso de forma bastante aprofundada. Bora que só bora para o que
nos interessa.
Trouxemos esses exemplos somente para que vocês, bolas de fogo, entendam que
temos uma modificação de significados mais ampla. Nessa aula, nos focaremos nas
modificações mais diretas de uma palavra para a outra, mas precisávamos deixar a entender
que temos realmente modificações semânticas em muitas relações linguísticas. As
construções são sempre uma somatória de muitos elementos, tais como a morfologia, a
semântica e a sintaxe. Isso sem contar a pragmática, que será trabalhada em uma aula
diferenciada, dado que se refere às intenções dos autores. Espere que lá na interpretação
chegamos nela.
Com relação à substituição por sinônimos, eu não posso ajudar você. Por um simples
motivo: é uma questão de vocabulário. Eu não posso ensinar você a conhecer um maior
número de palavras ou significados. Isso é algo que depende do seu esforço diário! Mas eu
posso indicar alguns caminhos para aumentar seu vocabulário e gabaritar questões assim!
Você deve estar se perguntando, então, sobre como pode aumentar seu vocabulário,
não é mesmo? Essa pergunta sempre aparece no fórum e nas aulas e, para isso, tenho algumas
dicas que são bem diretas e claras para você. Podem parecer clichês, mas, nesse caso, são
clichês muito verdadeiros. Muito mesmo. Vamos dar uma olhada nessas dicas para aumentar
o vocabulário?
Outra dica mais que importante e profícua é o uso do dicionário. Acredito de verdade
que, quanto mais usamos essa ferramenta, melhor será o aproveitamento do vocabulário.
Muitos de nós não têm a prática de uso de um dicionário. Mas sejamos muito sinceros: com a
tecnologia em voga na atualidade, é muito fácil pesquisar palavras quanto ao significado. Há,
inclusive, dicionários renomados que apresentam versão digital que pode ser consultada com
frequência. Use as ferramentas que você tem para melhorar o vocabulário.
Por fim, é interessante que você troque as palavras do texto que escreve. Tente fazer
esse exercício em sua vida: escreva uma redação e busque trocar algumas palavras-chave,
buscando, mais uma vez, no dicionário possibilidades. De novo, podemos entender que a
tecnologia nos auxilia nesse caso, dado que temos muitos dicionários em que encontramos
vários sinônimos para as palavras. Se joguem, bolas de fogo!
Com relação à significação das palavras, temos alguns conceitos bastante importantes
para que você tenha um desempenho top na sua prova.
Vamos a eles:
Encarando a fera
(INÉDITA)
Quando se trata de autores apócrifos, a web brasileira tem seus queridinhos. Além de
Luis Fernando Verissimo, a lista dos mais falsificados inclui Caio Fernando Abreu, Arnaldo
Jabor, Mario Quintana, Manoel de Barros, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector.
A ucraniana naturalizada brasileira virou brincadeira nas redes sociais, ao ser associada a
qualquer frase que os usuários julguem inteligente ou reflexiva.
(Adaptado de <https://www.agazeta.com.br/entretenimento/cultura/voce-sabe-detectar-uma-fake-news-
literaria-0220> Acesso em 09 mar. 2020)
a) palavrosas
b) comprovados
c) charlatães
d) hipócritas
e) incertos
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “palavroso” é alguém que se exprime com facilidade.
A alternativa B está incorreta, pois “comprovado” é algo que foi atestada a veracidade.
A alternativa C está incorreta, pois “charlatão” é alguém trapaceiro.
A alternativa D está incorreta, pois “hipócrita” é alguém dissimulado.
A alternativa E está correta, pois “apócrifo” é algo cuja veracidade não pode ser
comprovada.
Gabarito: E
Homônimos homófonos (homo = igual; fono = som): som igual, significados diferentes,
escrita diferente.
Segue uma lista de palavras paronímias mais importantes que podem cair na sua
prova da Escola Naval. Use essa lista para consultas futuras caso seja necessário. Vale
sempre ressaltar que essa lista que apresentamos a seguir, Bolas de Fogo, não é uma lista
exaustiva, mas que apresenta elementos importantes para a compreensão do conteúdo e,
consequentemente, para a resolução de exercícios e questões na hora do seu exame.
Inclusive, vale uma última ressalva extremamente importante para o seguimento de
nossa aula: os parônimos são próximos demais dos homófonos e, por isso, temos a
clareza de que vocês não encontrarão, em uma questão, a necessidade de escolher um
deles. Não se preocupe com isso. Então, como eu sempre digo, Bora que só bora, meus
jovens!
Não me abandonem não, viu? Precisamos ainda ver uma série bastante longa de
palavras. Quero aproveitar e indicar, para vocês, que a leitura sempre foi e sempre será a
melhor forma de aumentar o nosso vocabulário, tanto para a resolução de questões que
envolvem a semântica como nas questões que envolvem a interpretação de texto. Como eu
sempre digo e você sabe bem, quanto mais estivermos próximos à nossa língua, mais fácil
serão resolvidas questões ligadas a ela. Uma doideira, eu admito!
Ah sim, mais uma coisa interessante: fazer exercícios desse tipo de conteúdo das mais
variadas bancas é bastante legal. Normalmente, a cobrança é bastante próxima entre todas
elas e isso ajuda demais na sua construção de conhecimento. Sacou? Eu estou dando essas
paradinhas na lista, para você não achar que eu sumi e que não estou mais aqui. Estou aqui te
acompanhando ainda, bola de fogo, não me abandone nunca!
Animal
Animal, portanto, é um hiperônimo, pois pode conter uma série de outras palavras,
mais específicas, com as quais se relaciona por terem uma essência semelhante – nesse caso,
um conjunto de seres vivos.
Os hipônimos, por consequência, são termos que têm significado mais específico em
relação a outros. Utilizando-se o exemplo acima, cachorro, cavalo, peixe, andorinha, rato
são hipônimos em relação a animal.
Observe que essa é uma conceituação essencial para a construção textual. Sempre
temos uma relação muito profunda entre a escolha de palavras e os campos semânticos
envolvidos nesse caso. É uma relação muito, muito constante, vai por mim. Lembra, inclusive,
que falei que nem sempre o conteúdo será cobrado “abertamente”? Então, esse é um dos
exemplos de conteúdo que auxiliam muito na sua preparação para a prova, colocando em
jogo a compreensão de texto que temos. Ajuda demais, vai por mim.
Vejamos, para finalizar a aula de hoje e deixar vocês animados com as questões a seguir,
alguns outros exemplos:
HIPERÔNIMO HIPÔNIMO
Em alguns exames, muitas vezes você irá encontrar as expressões Campo lexical
ou Campo semântico. São conceitos muito próximos às ideias de Hipônimo e
Hiperônimo. Saiba o que esses termos significam.
Campo semântico
Grupo de palavras que se referem a um mesmo referencial, variando conforme a
utilização contextual. Aplica-se, ainda, aos sinônimos (reais ou contextuais)
encontrados em um texto.
Campo lexical
Grupo de palavras que derivam de um mesmo radical, mantendo relação clara de
conexão com ele.
3 Exercícios
Antes de começar os exercícios, alguns avisos:
➢ Você encontra aqui exercícios que envolvam questões de semântica e usos da norma
culta no geral.
O termo em destaque no enunciado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por
a) vencido
b) opressor
c) acelerado
d) oprimido
Escrevi meus primeiros contos quando tinha 15 anos, há pelo menos 65. E continua
parecendo um processo enigmático, incontrolável, fantástico, de raízes que se afundam no
mais profundo do inconsciente. Por que existem certas experiências — ouvidas, vividas ou lidas
— que de repente me sugerem uma história, algo que, pouco a pouco, vai se tornando
obsessivo, urgente, peremptório?
(Mario Vargas Llosa. Uma pausa no caminho. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/31/opinion/1459448673_639154.html> Acesso em 10 mar. 2020)
b) firmezas.
c) projetos.
d) oscilações.
No trecho transcrito no enunciado, o termo destacado poderia ser substituído sem prejuízo
de sentido por
a) discernimento.
b) instinto.
c) prudência.
d) responsabilidade.
c) luminância.
d) resplendor.
Assinale, a seguir, a alternativa em que as palavras indicadas não apresentam dupla grafia.
a) Parênteses e parêntesis.
b) Assobiar e assoviar.
c) Comprimento e cumprimento.
d) Enfarte e Infarto.
e) Beringela e berinjela.
Em “a metáfora é tida como mero embelezamento do discurso”, o verbo no particípio não tem
tem o mesmo valor do verbo
a) vista.
b) apresentadas.
c) julgadas.
d) apontadas.
e) reputadas.
Assinale a alternativa em que a palavra apresentada não apresenta uma homônima que não
deverá ser acentuada.
a) Até
b) Nós
c) Saí
d) Prática
e) História
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terras do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2020 (fragmento).
19. (AFA/2019)
Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão sugerida entre parênteses, ao substituir
o que está destacado, provoca significativa mudança de sentido no texto.
a) “E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrência de outros
genocídios...” (acima de tudo)
b) “De forma paradoxal, a globalização, conforme se aprofunda e pluga os homens...” (à
medida que)
c) “...a violência se insere, sob diversos vieses, nas relações de poder, seja entre Estado e
cidadãos...” (sob diversas linhas de pensamento)
d) “Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo
da história...” (antever)
me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher
do outro lado do rio gritando.
Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela
capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas
meninas. Tinha uma que para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não
amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem
maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos
eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem
de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um
passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só
tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais
remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas
do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência
você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na
fazenda rira: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas
coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento
convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo
no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria; mas
sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os
cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na
piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um silvo de cobra, e eu quisera tanto
dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso, com cigarras. Mas
você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem.
Julho, 1945
Crônica extraída do livro 200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga
20. (EFOMM/2019)
(...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
21. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção de
aglomerado, grande quantidade.
a) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
b) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude.
c) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
e) Mas eu a levarei para a beira de ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
22. (EFOMM/2019)
O texto trata da reminiscência do autor, um homem bucólico, amante da natureza. Ele faz uso
de muitos termos que aludem à flora e à fauna.
Assinale a opção em que o termo destacado NÃO diz respeito à nem uma nem outra.
a) Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados.
b) Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás?
c) Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) (...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
e) (...) os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe.
23. (ITA/2018)
Proibido para menores de 50 anos. Nos últimos meses, em meio ao debate sobre as
reformas na Previdência, um ponto acabou despertando a atenção. Afinal, existem empregos
para quem tem mais de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é fácil. Às vezes, pode
significar uma quebra tão grande na rotina que afeta até mesmo o emocional. Foi a partir de
uma experiência familiar nesta linha que o paulistano Mórris Litvak criou a startup MaturiJobs.
Trata-se de uma agência virtual de empregos, especializada em profissionais com mais de 50
anos.
(Revista Isto é Dinheiro. Mercado de Trabalho. Maio/2017. p. 6.)
24. (AFA/2018)
Assinale a alternativa em que a substituição do vocábulo sublinhado pelo que está entre
parênteses NÃO altera o sentido da frase.
a) “Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais.”
(enfileirassem)
b) “...essas figuras surgiram com a intenção de demonstrar, de maneira icônica, algum
sentimento ou sensação.” (adequada)
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” (desfiguraram)
d) “Se enveredarmos pela partilha de ideias, gestando-as em nossas mentes...”
(encaminharmos)
25. (IME/2018)
O vocábulo raízes (verso 9) se contrapõe a
a) semente
b) palha de um pequeno sonho.
c) horas a fio.
d) licença
e) perdão
26. (IME/2018)
Qual das palavras a seguir substituindo a palavra semente no verso 8, acarretaria mudança de
sentido?
a) origem
b) grão
c) princípio
d) vida
e) início
27. (EPCAR/2018)
Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão entre parênteses NÃO substitui corretamente
a anterior a ela.
a) “O movimento, seguramente (certamente), não é homogêneo (uniforme): possui tendências
mais ou menos politizadas...”
b) “O rap de caráter mais comercial passou então (desse modo) a ser amplamente difundido
(divulgado) pelo país...”
c) “Por volta de (Em meados de) 1982, o rap chegou ao Brasil, fixando-se, sobretudo
(exclusivamente) em São Paulo.”
d) “E outra ainda, talvez hegemônica (predominante), já assimilada (absorvida) pelo mercado,
que reproduz o modelo de comportamento...”
28. (EFOMM/2017)
Não sei como aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo (...).
29. (IME/2016)
Marque a opção em que a respectiva substituição dos termos destacados não prejudicaria o
sentido encontrado no contexto dado.
I. Silvania (…) enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência
pode ser entendida como verdade absoluta.
II. “ (…) é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de
lado o paradigma de que o público é passivo".
III. Silvania concorda e diz que (…) a verdade suprema é estanque. (…)
IV. Monstro de escuridão e rutilância
30. (IME/2015)
O QUASE
(Sarah Westphal Batista da Silva)
Indique o par de vocábulos que se enquadra num mesmo campo semântico, de acordo com
o texto.
a) ondas / nublados (2º parágrafo; 2º parágrafo).
b) outono / morna (1º parágrafo; 2º parágrafo).
c) cinza / alma (2º parágrafo; 3º parágrafo).
d) não / talvez (1º parágrafo, linha 1; 1º parágrafo).
e) destino / você (3º parágrafo; 3º parágrafo).
32. (AFA/2013)
d) Posto.
e) Consoante.
Os biólogos agora acreditam que evoluímos para fazer isso e chamam isso de “sobrevivência
dos mais amigáveis”.
b) Os biólogos acreditam agora que evoluímos para fazer isso e chamam isso de
“sobrevivência dos mais amigáveis”.
c) Os biólogos acreditam que evoluímos para fazer, agora, isso e chamam isso de
“sobrevivência dos mais amigáveis”.
d) Os agora biólogos acreditam que evoluímos para fazer isso e chamam isso de
“sobrevivência dos mais amigáveis”.
e) Os biólogos acreditam que evoluímos agora para fazer isso e chamam isso de
“sobrevivência dos mais amigáveis”.
39. (EsPCEx/2010)
40. (EsPCEx/2009)
“O homem sério que contava dinheiro parou.
O faroleiro que contava vantagem parou.
A namorada que contava as estrelas parou
para ver, ouvir e dar passagem”
Considerando o sentido do verbo contar, em cada um dos versos acima, verifica-se a presença
de
a) sinonímia.
b) antonímia.
c) paronímia.
d) metonímia.
e) polissemia.
4 Gabarito
1. D 15. B 29. D
2. D 16. E 30. B
3. B 17. E 31. C
4. D 18. B 32. B
5. B 19. D 33. B
6. C 20. B 34. A
7. D 21. E 35. C
8. D 22. C 36. B
9. A 23. B 37. A
10. B 24. D 38. D
11. A 25. A 39. A
12. A 26. D 40. E
13. E 27. C
14. C 28. E
5 Questões comentadas
1. (INÉDITA – Wagner Santos/2020)
Comentários:
O substantivo “mequetrefes”, que também poderia funcionar como adjetivo (como é o
caso do trecho em destaque”, apresenta dupla significação, segundo o dicionário Houaiss
Eletrônico: (1) intrometido, enxerido; ou (2) de caráter duvidoso, patifes. Ao olharmos para o
texto, segundo o contexto, conseguimos perceber que a leitura é a segunda apresentada,
encontrada na alternativa D. É importante que você sempre se lembre de que o contexto
costuma auxiliar na construção de significados de palavras que não conhecemos. Assim, ler
atentamente o texto contribui para a compreensão de palavras que utilizamos de forma menos
comum, menos corriqueira.
Gabarito: D
2. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
Cântico negro (trecho)
José Régio
c) temerosos
d) fatigados
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não há nesse trecho a noção de receio, hesitação,
mas sim de cansaço diante daquilo que o eu-lírico ouve.
A alternativa B está incorreta, pois não há necessariamente infelicidade no texto, mas
sim falta de vontade de dialogar com aquele interlocutor.
A alternativa C está incorreta, pois não há noção de temor aqui, apenas de falta de pré-
disposição para aquilo que está sendo dito.
A alternativa D está correta, pois a palavra “lassos” significa fatigados, exaustos. Além
disso, no sexto verso vemos que ele diz que carrega “cansaços” nos olhos.
Gabarito: D
3. (INÉDITA – Celina Gil – 2020)
Intimidação, ataques e assassinatos servem como mecanismos que garantem a continuidade
dessas atividades. Foram 300 mortes motivadas por questões fundiárias na região nos últimos
dez anos, segundo a Comissão Pastoral da Terra.
Autores, Vários. Revista Superinteressante - Outubro 2019 (p. 35-37). Edição do Kindle.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não se trata do modo como a morte foi executada,
mas das razões que levam à morte.
A alternativa B está correta, pois nesse caso se aponta que a principal razão dos ataques
é motivada por assuntos que dizem respeito a terrenos, terras; portanto, agrários.
A alternativa C está incorreta, pois “bucólicas” transmite a ideia de uma natureza pura e
gentil, e não é o caso aqui.
A alternativa D está incorreta, pois rústicas remete à ideia de algo feito de maneira
simples, menos acabada, o que não existe aqui. Além disso, se está pensando em causas dos
ataques não o modo que são feitos.
Gabarito: B
O termo em destaque no enunciado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por
a) vencido
b) opressor
c) acelerado
d) oprimido
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não é sobre a sensação de estar derrotado, mas sim
de estar preso.
A alternativa B está incorreta, pois esse sentimento se encontra oprimido dentro do
peito, calado, não opressor. Ele não é dominador ou tirânico.
A alternativa C está incorreta, pois não tem a ver com pressa ou rapidez, mas opressão.
A alternativa D está correta, pois nesse caso fala-se sobre um sentimento que está
dentro do peito do eu lírico, comprimido ali dentro. É um sentimento que fica calado, oprimido
dentro do peito.
Gabarito: D
5. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
A salvação é apostar pelo essencial da vida, para dar mais importância ao intangível do que o
tangível resumido no sábio adágio de que “menos é mais”.
(Adaptado de O Coronavírus é o grito desesperado da Terra ferida, El País. Disponível em
<https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-07-11/o-coronavirus-e-o-grito-desesperado-da-terra-ferida.html>
Acesso em 16 jul. 2020)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois refrão, ainda que também signifique uma sentença
repetida, se encaixa no contexto das canções, não do jornalismo.
A alternativa B está correta, pois nesse contexto a palavra “adágio” denota um
pensamento, frase, ditado, axioma, etc. É uma frase muito repetida que guarda uma
significação rapidamente percebida.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “inteligência” não pode ser substituto de “lume” que
aqui tem sentido de notoriedade., ou, metaforicamente, “jogar luz” sobre algo.
A alternativa B está incorreta, pois “atenção” não pode ser sinônimo de “Monta” aqui,
que significa “valor”, “importância”. Além disso, “fogueira” é um sinônimo literal de “lume”,
não pode ser utilizado aqui.
A alternativa C está correta, pois nesse caso, “monta” significa “valor” e “lume” significa
“luz”, num sentindo metafórico de jogar luz sobre algo, trazer notoriedade. Pode-se reescrever
a frase com as substituições: “Os sucessos de certa ordem, embora de pouco valor, podem
ser trazidos à luz, contanto que ponham em relevo a tua pessoa. Explico-me.”
A alternativa D está incorreta, pois “sutileza” não pode ser substituto de “lume” que aqui
tem sentido de notoriedade., ou, metaforicamente, “jogar luz” sobre algo.
Gabarito: C
7. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
Escrevi meus primeiros contos quando tinha 15 anos, há pelo menos 65. E continua
parecendo um processo enigmático, incontrolável, fantástico, de raízes que se afundam no
mais profundo do inconsciente. Por que existem certas experiências — ouvidas, vividas ou lidas
— que de repente me sugerem uma história, algo que, pouco a pouco, vai se tornando
obsessivo, urgente, peremptório?
(Mario Vargas Llosa. Uma pausa no caminho. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/31/opinion/1459448673_639154.html> Acesso em 10 mar. 2020)
No trecho transcrito no enunciado, o termo destacado poderia ser substituído sem prejuízo
de sentido por
a) discernimento.
b) instinto.
c) prudência.
d) responsabilidade.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois nesse caso, “tino” tem a ver com a capacidade
pensante, racional, que o leva a ser capaz de criar coisas.
A alternativa B está incorreta, pois aqui se está falando sobre a capacidade criadora
racional.
A alternativa C está incorreta, pois esse trecho não está falando de traços de
personalidade, mas sim de capacidade técnica de criar.
A alternativa D está incorreta, pois não tem a ver necessariamente com
responsabilidade, mas sim com capacidade criadora.
Gabarito: A
10. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
A afirmação a seguir pode ser entendida de que maneira?
A literatura é, para ele, “o sonho acordado da civilização” (p. 112), e assim como não é
possível haver equilíbrio psíquico sem sonho durante o sono, “talvez não haja equilíbrio social
sem a literatura” (p. 112).
Comentários:
Nesse trecho, temos a construção de um pensamento interessante, dado que o autor
apresenta a ideia de que o equilíbrio social depende do uso da Literatura, entendida como
uma arte inerente ao ser humano. Perceba que temos uma relação clara de valorização da
literatura como parte da natureza humana. É interessante notar que a comparação com a
fisiologia humana, que garante uma noção de que a literatura também nos seria natural.
Gabarito: B
11. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
c) dissolução.
d) desaparecimento.
Comentários:
A palavra “disrupção”, quando consideramos o contexto empregado, indica que houve
um rompimento com aquilo que era esperado. Assim, a ideia é a de que o investidor rompe
com as expectativas, fracassa e alcança o sucesso. Não poderia ter o mesmo significado de
“ruína”, “dissolução” e “desaparecimento”, porque há uma enumeração de elementos
relacionados ao caso. Se tomássemos como resposta “ruína”, ela seria sinônimo de fracasso e
não faria sentido. Além disso, se houvesse dissolução ou desaparecimento da empresa, como
poderíamos ter a ideia de sucesso da enumeração? Dessa forma, analisando o contexto (que
é sempre essencial para nossas análises), temos somente a possibilidade de resposta da
palavra proposta na alternativa A.
Segundo o grupo de consultoria “Setec”, “Disrupção no jargão empresarial comumente
significa inovar de uma maneira nova ou surpreendente ou até mesmo romper com o
paradigma atual.”
Gabarito: A
Texto para a próxima questão
Comentários:
A alternativa A está correta, porque, como a palavra “fulgor” está relacionada com
luminosidade e luminância, a noção de opacidade é oposta a essa ideia, uma vez que um
elemento opaco não apresenta brilho ou luminosidade.
A alternativa B está incorreta, porque a palavra “fulgor” não tem relação alguma de
significado com velocidade. De uma forma geral, essa palavra não se apresenta nem como
antônimo e nem como sinônimo. Literalmente, não há relação de sentido.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “fulgor” tem significação de “brilho,
resplendor”. Dessa forma, nessa alternativa encontramos palavra que apresenta o mesmo
significado e não o significado oposto.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “fulgor” tem significação de “brilho,
resplendor”. Dessa forma, nessa alternativa encontramos palavra que apresenta o mesmo
significado e não o significado oposto.
Gabarito: A
13. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(centralização) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
Essa é uma questão interessante para que vocês compreendam que, mesmo quando temos
sinonímia entre as palavras, não necessariamente teremos uma relação clara de substituição
das palavras.
A alternativa B está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(integração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa C está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(concentração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa D está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(integração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa E está correta, porque essa palavra encaixa-se perfeitamente na ideia
apresentada pela autora no trecho em questão. É interessante notar que o contexto é, nesse
caso, determinante com relação à escolha da palavra que pode substituir outra nesse
contexto. Não se esqueça de que a relação é contextual.
Gabarito: E
14. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
Assinale, a seguir, a alternativa em que as palavras indicadas não apresentam dupla grafia.
a) Parênteses e parêntesis.
b) Assobiar e assoviar.
c) Comprimento e cumprimento.
d) Enfarte e Infarto.
e) Beringela e berinjela.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra. Imagino que essa tenha sido a
mais diferente para vocês. Pois é, existem mesmo.
A alternativa B está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra.
A alternativa C está correta, porque, ainda que as duas palavras existam em português,
elas apresentam significados diferentes. O primeiro está relacionado à extensão das coisas, o
comprimento das coisas. Por outro lado, cumprimento é quando as pessoas, educadamente,
apertam as mãos, por exemplo. As pessoas cumprimentam-se. Como temos modificação de
significado entre as palavras, não há possibilidade de dupla grafia.
A alternativa D está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra.
A alternativa E está incorreta, porque o dicionário Houaiss, um dos mais completos e
renomados da língua portuguesa, apresenta a possibilidade de grafia dupla para essa palavra.
Inclusive, uma consulta rápida ao Vocabulário oficial da língua portuguesa, apresenta as duas
formas de grafia.
Gabarito: C
15. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
Em “a metáfora é tida como mero embelezamento do discurso”, o verbo no particípio não tem
tem o mesmo valor do verbo
a) vista.
b) apresentadas.
c) julgadas.
d) apontadas.
e) reputadas.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a construção “vista”, no contexto, apresenta a
mesma leitura da construção “tida”. É interessante que sempre nos lembremos de olhar para
o contexto de uso das palavras para determinar seu significado.
A alternativa B está correta, porque “apresentadas”, nesse contexto, não apresenta a
mesma leitura da forma original. Podemos apontar essa diferença pela ideia de que
“apresentadas” leva em consideração uma demonstração da ideia, fato que não temos no
original.
A alternativa C está incorreta, porque a construção “julgadas”, no contexto, apresenta a
mesma leitura da construção “tida”. É interessante que sempre nos lembremos de olhar para
o contexto de uso das palavras para determinar seu significado.
A alternativa D está incorreta, porque a construção “apontadas”, no contexto, apresenta
a mesma leitura da construção “tida”. É interessante que sempre nos lembremos de olhar para
o contexto de uso das palavras para determinar seu significado.
A alternativa E está incorreta, porque a construção “reputadas”, no contexto, apresenta
a mesma leitura da construção “tida”. É interessante que sempre nos lembremos de olhar para
o contexto de uso das palavras para determinar seu significado.
Gabarito: B
Assinale a alternativa em que a palavra apresentada não apresenta uma homônima que não
deverá ser acentuada.
a) Até
b) Nós
c) Saí
d) Prática
e) História
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra “até” apresenta homonímia com o verbo
“atar”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ate os nós”, por exemplo.
A alternativa B está incorreta, porque a palavra “nós” apresenta homonímia com o outro
pronome átono “nos”, em “Encontramo-nos com as pessoas no supermercado ontem”, por
exemplo.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “prática” apresenta homonímia com o a
outra conjugação “sai”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ele sempre sai
cedo”, por exemplo.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “prática” apresenta homonímia com o
verbo “praticar”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ele pratica futebol”, por
exemplo.
A alternativa E está correta, porque a palavra “história”, ainda que exista o verbo
“historiar”, não aceita a construção em “Ele historia na faculdade”, por exemplo.
Gabarito: E
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terras do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2020 (fragmento).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o verbo em questão, nesse contexto, não
apresenta a ideia de alcance de um objetivo traçado anteriormente. É um verbo que indica a
noção de posse de um elemento.
A alternativa B está incorreta, porque não é o que o eu lírico pensava acerca do povo,
não se configurando como uma conclusão para o que vê. Nesse caso, teríamos a significação
de “encontrar” uma conclusão.
A alternativa C está incorreta, porque o verbo, nesse caso, tem a ver com a forma como
o povo estava: eles não tinham pão ou veste, estavam largados à própria sorte.
A alternativa D está incorreta, porque há uma possibilidade de significação desse verbo
com o sentido de enaltecimento. É como se as pessoas “achassem” ser algo bastante
importante. É uma variante muito usada na oralidade, como em “fulano se achava demais”.
A alternativa E está correta, porque o verbo, nesse caso, apresenta significação de que
o povo não tinha pão ou vestes, o que nos indica o caminho para a construção de um verbo
com significação de estado.
Gabarito: E
18. (IME/2019 – adaptada)
19. (AFA/2019)
Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão sugerida entre parênteses, ao substituir
o que está destacado, provoca significativa mudança de sentido no texto.
a) “E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrência de outros
genocídios...” (acima de tudo)
b) “De forma paradoxal, a globalização, conforme se aprofunda e pluga os homens...” (à
medida que)
c) “...a violência se insere, sob diversos vieses, nas relações de poder, seja entre Estado e
cidadãos...” (sob diversas linhas de pensamento)
d) “Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo
da história...” (antever)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois sobretudo e acima de tudo são advérbios que
expressam mesma circunstância e, portanto, sinônimos, de modo que não ocorre mudança
de sentido.
A alternativa B está incorreta, pois tanto conforme quanto à medida que são,
respectivamente, conjunção e locução conjuntiva que expressam ideia de proporção (em
relação ao tempo, de modo que um evento ocorre progressivamente), ou seja, são sinônimos
e a troca não altera o sentido.
A alternativa C está incorreta, pois vieses e linhas de pensamento são sinônimos, de
forma que a mudança de uma expressão para a outra não altera o sentido original.
A alternativa D está correta, pois vislumbrar significa enxergar parcialmente, de forma
indistinta e fraca, enquanto prever tem sentido de antever, ter ideia antecipada. Com isso, a
troca provoca alteração de sentido.
Gabarito: D
Texto para as próximas três questões:
Passeio à Infância
Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E
como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou
vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos
pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão
bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!
Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é
só no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras. Ou então vamos
jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem um pé de saboneteira.
Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas
magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu
de fundo de panela?
Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira;
eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia
ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de
pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o
alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde,
as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão assada com manteiga?
Eu lhe vou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de
fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco.
Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus.
Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope
na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar
mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca
coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-
me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher
do outro lado do rio gritando.
Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela
capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas
meninas. Tinha uma que para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não
amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem
maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos
eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem
de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um
passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só
tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais
remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas
do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência
você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na
fazenda rira: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas
coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento
convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo
no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria; mas
sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os
cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na
piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um silvo de cobra, e eu quisera tanto
dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso, com cigarras. Mas
você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem.
Julho, 1945
Crônica extraída do livro 200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga
20. (EFOMM/2019)
(...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois uma armação de alçapão não é usada, comumente,
para colher frutas, dado que é uma estrutura que prende corpos que se movem, bem como o
papa-capim não é uma espécie de fruta.
A alternativa B está correta, pois papa-capim é um pássaro, e o narrador, ao falar “armar
alçapão”, indica a construção de um aparelho para capturar a ave, uma armadilha de caça. A
questão requer um conhecimento prévio de que papa-capim é uma ave.
A alternativa C está incorreta, pois o narrador explica que armou um alçapão, o que não
condiz com a construção de um buraco na terra, e o papa-capim não é uma espécie de anfíbio.
A alternativa D está incorreta, pois ao afirmar que a estrutura montada é feita para
“pegar papa-capim”, o narrador dá a entender que o intuito é capturar o papa-capim, não o
esconder. Além disso, o papa capim não é uma espécie de vegetação.
A alternativa E está incorreta, pois, embora o alçapão seja uma armadilha, ele não é
utilizado para capturar peixes, e o papa-capim não é uma espécie de peixe.
Gabarito: B
21. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção de
aglomerado, grande quantidade.
a) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
b) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude.
c) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
e) Mas eu a levarei para a beira de ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: sanhaços, pássaro; cajus, fruta. Assim, nenhum dos substantivos possui o
sentido requerido.
A alternativa B está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: folhas, estrutura das plantas; morro, tipo de relevo; capim, tipo de
vegetação; açude, construção destinada a represar água. Assim, nenhum dos substantivos
possui o sentido requerido.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois carás são tubérculos, semelhantes ao inhame. Assim,
é um elemento vinculado à flora.
A alternativa B está incorreta, pois ingás são as frutas dos ingazeiro. Assim, é um
elemento vinculado à flora.
A alternativa C está correta, pois tabatinga é uma argila mole e branca, não aludindo
nem a um elemento de vegetação (flora), nem a um elemento animal (fauna).
A alternativa D está incorreta, pois papa-capim é um pássaro. Assim, é um elemento
vinculado à fauna.
A alternativa E está incorreta, pois assa-peixe é uma planta arbustiva. Assim, é um
elemento vinculado à flora.
Gabarito: C
23. (ITA/2018)
Proibido para menores de 50 anos. Nos últimos meses, em meio ao debate sobre as
reformas na Previdência, um ponto acabou despertando a atenção. Afinal, existem empregos
para quem tem mais de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é fácil. Às vezes, pode
significar uma quebra tão grande na rotina que afeta até mesmo o emocional. Foi a partir de
uma experiência familiar nesta linha que o paulistano Mórris Litvak criou a startup MaturiJobs.
Comentários:
“Pendurar as chuteiras” é uma expressão que significa “aposentar-se” ou “parar de fazer
algo”. Ao dizer que “não é fácil”, o autor deixa claro que há comprometimento emocional
envolvido nesse “parar” ou “aposentar”. Por isso, a alternativa correta é alternativa B.
A alternativa A está incorreta, pois o problema debatido é a dificuldade em parar de
trabalhar, não necessariamente a questão financeira.
A alternativa C está incorreta, pois o texto afirma que o idoso continua produtivo e apto
para o trabalho.
A alternativa D está incorreta, pois não há referência no texto à forma física dos idosos.
A alternativa E está incorreta, pois o problema não é a perda de status, mas sim a
questão emocional e a quebra da rotina.
Gabarito: B
24. (AFA/2018)
Assinale a alternativa em que a substituição do vocábulo sublinhado pelo que está entre
parênteses NÃO altera o sentido da frase.
a) “Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais.”
(enfileirassem)
b) “...essas figuras surgiram com a intenção de demonstrar, de maneira icônica, algum
sentimento ou sensação.” (adequada)
c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” (desfiguraram)
d) “Se enveredarmos pela partilha de ideias, gestando-as em nossas mentes...”
(encaminharmos)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, uma vez que
alinhassem tem sentido de estabelecer uma conexão coesa, enquanto enfileirassem remete à
organizar uma conformação física em linha.
A alternativa B está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, dado que icônica
tem sentido de “que se destaca entre as demais, ideal, exata, é simbólico de algo”, enquanto
adequada tem sentido de que se ajusta, adapta”, ou seja, não necessariamente é simbólico.
A alternativa C está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, posto que
desfraldaram estabelece um sentido de “descoberta”, enquanto desfiguraram traria um
significado de “transfigurar, modificar o formato de maneira a tornar irreconhecível”.
A alternativa D está correta, pois, com a devida inclusão do pronome nos ao verbo
encaminharmos, o sentido não será alterado – enveredar e encaminhar indicam traçar um
destino, uma rota, um caminho.
Gabarito: D
Texto para as próximas questões:
EXAUSTO
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
PRADO, Adélia. Exausto. Disponível em <http://byluleoa-tecendopalavras.blogspot.com.br/>.
25. (IME/2018)
O vocábulo raízes (verso 9) se contrapõe a
a) semente
b) palha de um pequeno sonho.
c) horas a fio.
d) licença
e) perdão
Comentários:
Há dois modos de responder a essa questão:
• A construção “Semente. Muito mais que raízes.” Já denota que “semente” e “raízes” são
opostos, já que são contrapostos pela expressão “muito mais”.
• Uma semente é uma ideia em potencial, ou seja, ela contém dentro de si possibilidades
de crescimento e surgimento de uma planta; já uma raiz é algo estabelecido, fixado,
seguro. São significados opostos: o que pode vir a ser algo e o que já é algo.
26. (IME/2018)
Qual das palavras a seguir substituindo a palavra semente no verso 8, acarretaria mudança de
sentido?
a) origem
b) grão
c) princípio
d) vida
e) início
Comentários:
Uma semente é uma ideia em potencial, ou seja, ela contém dentro de si possibilidades
de crescimento e surgimento de uma planta. Uma semente não é uma vida. Ela é uma vida
em potencial, ou seja, pode vir a ser uma vida. Portanto, a alternativa que apresenta
incorreção é alternativa D.
Ela pode ser sinônimo de diversas ideias:
Segundo a alternativa A: “origem”. A planta se origina de uma semente, portanto,
podem ser considerados sinônimos.
Segundo a alternativa B: “grão”. A semente de fato é um grão que abriga a planta em
formação.
Segundo a alternativa C: “princípio”. O princípio do processo de crescimento de uma
planta começa na semente.
Segundo a alternativa E: “início”. Assim como em C, o início do processo de crescimento
de uma planta começa na semente.
Gabarito: D
27. (EPCAR/2018)
Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão entre parênteses NÃO substitui corretamente
a anterior a ela.
a) “O movimento, seguramente (certamente), não é homogêneo (uniforme): possui tendências
mais ou menos politizadas...”
b) “O rap de caráter mais comercial passou então (desse modo) a ser amplamente difundido
(divulgado) pelo país...”
c) “Por volta de (Em meados de) 1982, o rap chegou ao Brasil, fixando-se, sobretudo
(exclusivamente) em São Paulo.”
d) “E outra ainda, talvez hegemônica (predominante), já assimilada (absorvida) pelo mercado,
que reproduz o modelo de comportamento...”
Comentário:
A alternativa A está correta, pois, independentemente do contexto, “seguramente” é
um sinônimo de “certamente”, denotando a ideia de certeza; e “homogêneo” é um sinônimo
para “uniforme”, ambos denotando a ideia de algo que ocorre de maneira regular.
A alternativa B está correta, pois, “então” e “desse modo” são ambos vocábulos que
denotam a ideia de conclusão; e tanto “difundido” quanto “divulgado” denotam ideia de algo
que foi dito, apregoado.
A alternativa C está correta, pois ainda que “Por volta de” possa ser sinônimo de “Em
meados de”, “sobretudo” não significa “exclusivamente”. Denota ideia de “principalmente”
não de totalidade, restrição.
A alternativa D está incorreta, pois “hegemônica” e “predominante” são sinônimos,
denotando a ideia de algo que ocorre de maneira majoritária em algum contexto; e
“assimilada” é um sinônimo para “absorvida”, denotando a ideia de algo que é colocado para
dentro de alguma estrutura.
Gabarito: C
28. (EFOMM/2017)
Não sei como aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo (...).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois esbagoar significa tirar o bago, os grãos, substituindo
adequadamente debulhar.
A alternativa B está incorreta, pois desfiar significa desfazer em fios, o que não preserva
completamente o sentido de debulhar, mas pode substituir o termo, dado que uma espiga de
milho também possui fios.
A alternativa C está incorreta, pois desmanchar tem sentido de desmontar, de forma
que substitui adequadamente debulhar.
A alternativa D está incorreta, pois desfazer tem sentido de reduzir a fragmentos, de
forma que substitui adequadamente debulhar.
A alternativa E está correta, pois desbagar não é um termo presente na norma padrão
da língua portuguesa, não podendo substituir debulhar.
Gabarito: E
29. (IME/2016)
Marque a opção em que a respectiva substituição dos termos destacados não prejudicaria o
sentido encontrado no contexto dado.
V. Silvania (…) enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência
pode ser entendida como verdade absoluta.
VI. “ (…) é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de
lado o paradigma de que o público é passivo".
VII. Silvania concorda e diz que (…) a verdade suprema é estanque. (…)
VIII. Monstro de escuridão e rutilância
Comentários:
Vamos ver algumas estratégias para identificar sinônimos para palavras que você não
conhece.
• resquício: pelo início da palavra, você já poderia ter uma ideia, pois começa que a
mesma construção que “resto”. “vestígio” e “resto” podem ser entendidos da mesma
maneira. Assim, um sinônimo para “resquício” poderia tanto ser “resto” quanto
“vestígio”. Resolvemos aqui pela estrutura da palavra.
• paradigma: no contexto apresentado, “paradigma” representa um “modo de pensar”.
Um possível sinônimo aqui seria “modelo”. “arquétipo”, em princípio, também
funcionaria como sinônimo, mas pela linguagem do restante do texto, “modelo é mais
adequado”. Resolvemos aqui pelo contexto.
• estanque: “estanque” aparece no contexto como algo ligado à “verdade suprema”.
Essa construção denta ideia de verdade indiscutível ou verdade absoluta. Assim, o
melhor sinônimo para estanque nesse contexto é “absoluta”. Resolvemos aqui pela
relação entre os termos.
• rutilância: se você conseguisse resolver as palavras anteriores, por eliminação já
acertaria essa palavra. Ela é o antônimo de “escuridão”, significando “brilho” ou
“fluorescência”. Era a palavra mais difícil de se auferir o significado, pois não há palavras
semelhantes ou indicações no contexto que facilitem o caminho. Resolvemos aqui por
repertório e vocabulário.
Gabarito: D
30. (IME/2015)
O QUASE
(Sarah Westphal Batista da Silva)
Indique o par de vocábulos que se enquadra num mesmo campo semântico, de acordo com
o texto.
a) ondas / nublados (2º parágrafo; 2º parágrafo).
b) outono / morna (1º parágrafo; 2º parágrafo).
c) cinza / alma (2º parágrafo; 3º parágrafo).
Comentários:
Esse é um tipo de exercício em que o contexto importa muito para a compreensão das
palavras. O campo semântico aqui está condicionado a ele. Vamos observar um por um:
Alternativa A está incorreta. Em “Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar
não teria ondas, os dias seriam nublados”, “ondas” representa a certeza, a ação, e “nublados”
representa a indefinição, a incerteza. Não fazem parte do mesmo campo semântico.
A alternativa B está correta. Tanto “essa maldita mania de viver no outono” quanto
“Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna” são sinônimos contextuais
para “incerteza”, o “quase” do título do texto. Assim como o outono é a indefinição entre o
verão e o inverno e o morno é a indefinição entre o quente e o frio, o quase é a indefinição
entre conseguir e não conseguir.
A alternativa C está incorreta. Em “os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de
cinza”, “cinza” representa a indefinição, a incerteza. Em “De nada adianta cercar um coração
vazio ou economizar alma”, “alma” representa o ânimo, o espírito, o sentimento. Não fazem
parte do mesmo campo semântico.
A alternativa D está incorreta. O contexto em que os vocábulos aparecem é “Ainda pior
que a convicção do não, e a incerteza do talvez”, ou seja, “não” e “talvez” possuem valores
semânticos diferentes: “não” no campo da negativa e “talvez” no campo da dúvida. Não fazem
parte do mesmo campo semântico, portanto.
A alternativa E está incorreta. Em “Desconfie do destino e acredite em você”, o “destino”
é aquilo que que se desconfia e “você” é aquilo em que se acredita. Não fazem parte do
mesmo campo semântico.
Gabarito: B
31. (COLÉGIO NAVAL/2014 - Adaptado)
As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender
autodisciplina. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.
Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode
ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção
e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode
esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é
um processo lento e gradual.
Adaptado de SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 - adaptado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto está falando de uma habilidade a ser
desenvolvida e ensinada para as crianças, não de um aprofundamento em algo.
A alternativa B está incorreta, pois a “autodisciplina” é uma matéria, não preceito ou lei.
A alternativa C está correta, pois o “quesito” se refere a “autodisciplina”, um item que
deve ser ensinado às crianças. Assim, essa é a palavra que substitui de melhor maneira o termo
em destaque.
A alternativa D está incorreta, pois o texto fala sobre uma habilidade a ser aprendida
pelas crianças, não algo que se pode ordenar que elas façam.
A alternativa E está incorreta, pois não se está falando sobre uma ordem para dar às
crianças, mas algo a ser ensinado.
Gabarito: C
32. (AFA/2013)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois as palavras atuam, respectivamente, como sinônimos
de substituídas, correta e respectivamente.
A alternativa B está incorreta, pois basicamente tem sentido de “algo simples, comum”,
enquanto genuinamente estabelece um significado de “novidade, algo original”; precaução
tem sentido de “tomar cuidado, medida antecipada para evitar risco”, enquanto presciência
se relaciona com “visionarismo, ter perspectiva sobre ação não comum”; prêmio está
vinculado a “conquista, o que se ganha após ter destaque, conquista que vem por
reconhecimento”, diferente de aporte, que tem sentido de “auxílio, apoio”. Logo, os termos
da alternativa não são sinônimos das expressões originais, e não preservaria o sentido original
por completo.
A alternativa C está incorreta, pois as palavras atuam, respectivamente, como sinônimos
de substituídas, correta e respectivamente.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “malgrado” denota ideia de oposição, não de
conclusão como no texto do enunciado.
A alternativa B está correta, pois “por conseguinte”, assim como “portanto” denota ideia
de conclusão.
A alternativa C está incorreta, pois “não obstante” denota ideia de oposição, não de
conclusão como no texto do enunciado.
A alternativa D está incorreta, pois “posto” denota ideia de explicação, não de conclusão
como no texto do enunciado.
A alternativa E está incorreta, pois “consoante” denota ideia de conformidade, não de
conclusão como no texto do enunciado.
Gabarito: B
34. (IME/2013 – Adaptada)
“Pode soar como exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inócuo”
O adjetivo em destaque pode ser substituído, sem mudança de sentido, por:
a) inofensivo
b) indecente
c) insolente
d) inabalável
e) inábil
Comentários:
Procura-se aqui alguma palavra que possa funcionar como sinônimo de “inócuo”.
Segundo o dicionário, “inócuo” é algo que não produz resultado ou efeito nenhum, que não
é prejudicial. Assim, a alternativa que melhor responderia a questão é alternativa A,
“inofensivo”. Uma estratégia para realizar essa questão é substituir a palavra inócuo pelas
palavras de todas as alternativas para comprovar o resultado.
Alternativa A está correta, pois a substituição mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inofensivo”.
Alternativa B está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente indecente”. “indecente”
significa algo sem decência ou moral.
Alternativa C está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente insolente”. “insolente” significa
desrespeitoso.
Alternativa D está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inabalável”. “inabalável”
significa algo que não se abala, firme, fixo.
Alternativa E está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inábil”. “inábil” significa algo ou
alguém que não possui habilidade.
Gabarito: A
35. (INÉDITA – Wagner Santos/2020)
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
(Trecho de “A UM AUSENTE” - Carlos Drummond de Andrade)
Comentários:
Alternativa A: incorreta. O contexto do poema pode levar à compreensão de uma
significação negativa para a palavra em questão. Contudo, ela não tem relação com negar
nada, mas com concordar, significado oposto ao apresentado na alternativa.
Alternativa B: incorreta. O contexto do poema pode levar à compreensão de uma
significação de desprezo ou abandono para a palavra em questão. Contudo, ela não tem
relação com desprezar coisa alguma, mas com concordar, significado oposto ao apresentado
na alternativa.
Os biólogos agora acreditam que evoluímos para fazer isso e chamam isso de “sobrevivência
dos mais amigáveis”.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos o advérbio na oração subordinada, altera-se a significação do trecho.
A alternativa B está correta, porque nessa reescrita a proximidade entre o advérbio
“agora” e o verbo “acreditam”, mantém a significação do trecho original, com indicação de
que houve troca de pensamento com o passar do tempo.
A alternativa C está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos o advérbio na oração subordinada, altera-se a significação do trecho.
A alternativa D está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos como modificador de “biólogos”, indicamos que temos pessoas que antes não
eram biólogos e agora passaram a sê-lo.
Comentários:
A alternativa A está correta, porque a palavra “duradouros”, no contexto, não se aplica
como sinônimo, nem mesmo contextual, de idoso. É o típico adjetivo que se liga a uma palavra
para determinar sua duração e não sua idade.
A alternativa B está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra
“macróbio” significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em
“longevos” no contexto.
A alternativa C está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra “idoso”
significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em “longevos” no
contexto.
A alternativa D está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra “velho”
significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em “longevos” no
contexto.
A alternativa E está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra
“decrépito” significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em
“longevos” no contexto.
Gabarito: A
38. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos)
A palavra destacada em “O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um
artifício para evitar o contato conosco mesmos” não poderia ser substituída por
a) artimanha.
b) cilada.
c) engodo.
d) engano.
e) farsa.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra “artimanha” é um sinônimo de artifício
e, como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa B está correta, porque, ainda que “cilada” seja reconhecida como um
sinônimo de “artifício”, no contexto a palavra toma um valor de enganação, mais do que a
criação de uma situação pela qual sejamos capturados, como podemos entender a ideia de
“cilada”.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “engodo” é um sinônimo de artifício e,
como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “engano” é um sinônimo de artifício e,
como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa E está incorreta, porque a palavra “farsa” é um sinônimo de artifício e, como
o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente relacionada
com o contexto.
Gabarito: D
39. (EsPCEx/2010)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois “fatigar-se” vem da mesma raiz que “fadiga”, um
sinônimo para “cansaço”, “tédio” ou mesmo “fastio”.
A alternativa B está incorreta, pois “cansaço” e “enjoo” não podem ser lidos como
sinônimos.
A alternativa C está incorreta, pois “arrepio” é uma reação física que não pode ser
entendida como sinônimo de cansaço ou fadiga.
A alternativa D está incorreta, pois “distração” é uma condição de não prestar a atenção
em algo, não necessariamente um cansaço.
A alternativa E está incorreta, pois “desconfiança” significa uma falta de certeza,
desconfiança, não cansaço.
Gabarito: A
40. (EsPCEx/2009)
“O homem sério que contava dinheiro parou.
O faroleiro que contava vantagem parou.
A namorada que contava as estrelas parou
para ver, ouvir e dar passagem”
Considerando o sentido do verbo contar, em cada um dos versos acima, verifica-se a presença
de
a) sinonímia.
b) antonímia.
c) paronímia.
d) metonímia.
e) polissemia.
Comentário:
A alternativa A está incorreta, pois sinônimas são palavras diferentes com significados
semelhantes, o que não ocorre aqui.
A alternativa B está incorreta, pois antônimas são palavras cujos significados são oposto,
o que não ocorre aqui.
A alternativa C está incorreta, pois paronímia ocorre quando há palavras com grafia e
sons semelhantes e significados diferentes.
A alternativa D está incorreta, pois metonímia é uma figura de linguagem em que se
apresenta a parte pelo todo e isso não ocorre aqui.
A alternativa E está correta, pois em “contava dinheiro” o verbo denota a ideia de fazer
uma medição de quantas notas de dinheiro ele possuía, assim como em “contava as estrelas”;
em “contava vantagem” a ideia do verbo é um sinônimo de falar. A expressão “contar
vantagem” significa narrar feitos não necessariamente verdadeiros.
Gabarito: E
6 Considerações finais
Como vimos, o vocabulário é muito importante para que nossa relação com a prova seja
mais eficiente. Ele pode ajudar você a responder mais rapidamente uma questão e lembre-se
sempre: agilidade é essencial numa prova com tantos detalhes quanto a da EN. Ganhar tempo
em português para fazer as questões de exatas mais calmamente pode ser um diferencial.
Na próxima aula, vamos ver mais um assunto introdutório: conhecimentos básicos parra
interpretação de texto. Veremos então:
Veremos então:
• Gêneros textuais.