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Eletrodinâmica

Física Básica
Vagner J. Monteiro
professor.vagnerjandre@gmail.com
Corrente Elétrica

Corrente elétrica:
• movimento ordenado de cargas elétricas, produzido pela ação da força elétrica.

STUDIO CAPARROZ
e o

• Nos condutores metálicos, os portadores de carga elétrica que constituem a corrente são os elétrons.
• Nas soluções iônicas, os portadores de carga elétrica da corrente são íons positivos (cátions) e íons
negativos (ânions).
• Nos gases ionizados, os portadores de carga da corrente elétrica são íons e elétrons.
33.1
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 2
Corrente Elétrica

Corrente elétrica:
• movimento ordenado de cargas elétricas, produzido pela ação da força elétrica.

STUDIO CAPARROZ
e o

intensidade da corrente elétrica (i):


coulomb (C)

coulomb por
C
segundo
s
segundo (s)

A unidade de medida C recebe o nome de ampère (A).


s
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 3
Corrente Elétrica

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 4


Corrente Elétrica

Sentido convencional da corrente:

Por questões históricas, o sentido convencional da corrente elétrica leva em consideração a movimentação de cargas do
polo positivo para o polo negativo.
33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 5


Corrente Elétrica

Amperímetro

aparelho utilizado para medir a intensidade da corrente elétrica.

33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 6


Corrente Elétrica

Intensidade de corrente × tempo ( i × t).

q
ADILSON SECCO

q = “área” sob i  t

a área sob a curva é igual à quantidade de carga elétrica.

33.1
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 7
Efeitos da corrente elétrica

Efeito térmico: (efeito Joule)


LUSOIMAGES/SHUTTERSTOCK

• Ocorre em equipamentos elétricos que geram calor (aquecedores e chuveiros);


• Surge devido às colisões entre os átomos do condutor e os elétrons livres que
constituem a corrente elétrica;

Aquecedor elétrico
Efeito químico
• é a base da eletrólise;
• acontece quando uma solução eletrolítica é atravessada por uma
corrente elétrica e sofre decomposição.
33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 8
Efeitos da corrente elétrica

MARCO MEROLA/LOOK AT SCIENCES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Efeito luminoso
• A passagem de uma corrente elétrica através de um gás rarefeito pode ionizá-lo,
liberando energia em forma de luz.
• Ex.: lâmpadas fluorescentes e os letreiros em neon.

Lâmpada de plasma

Efeito fisiológico
• Ocorre quando uma corrente elétrica atravessa um organismo vivo.
• a corrente elétrica afeta o sistema nervoso e provoca contrações involuntárias no
organismo.

33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 9
Diferença de potencial

Diferença de potencial (voltagem ou tensão elétrica) - DDP


Relaciona à energia para movimentar uma carga q, de um ponto A para um ponto B, realizando um trabalho T sobre ela,
em um fio condutor.

𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎


𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑇
𝑈=
𝑞

Unidade de diferença de potencial, no SI:


1 volt = 1 V = 1 𝐽/𝐶
33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 10


Diferença de potencial

33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 11


Pilhas

Associação de pilhas

Em paralelo Em Série:
 A DDP continua a mesma.  A DDP é somada
𝑉 = 𝑉 + 𝑉 + ⋯+ 𝑉

33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 12


Corrente Elétrica

Corrente contínua e Corrente alternada

Contínua:
 sentido e intensidade constantes com o tempo.
Ex.: Aparelhos eletrônicos alimentados por pilha.

Alternada:
 muda periodicamente de sentido e intensidade.
Ex.: É a corrente disponível nas tomadas.

33.1

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 13


Resistores e resistência elétrica

Em um condutor metálico, os elétrons em


movimento, que constituem a corrente
elétrica, colidem entre si e também com os
átomos da rede cristalina do metal,
encontrando uma resistência para passar.

Resistência elétrica.
• grandeza física que indica a dificuldade imposta à movimentação das cargas elétricas (corrente elétrica).

33.4
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 14
Resistores e resistência elétrica

Exemplos de resistores e alguns aparelhos equipados com resistores encontrados no dia-a-dia.

SÉRGIO DOTTA/CID
IGOR KOVALCHUK/SHUTTERSTOCK

SUTSAIY/SHUTTERSTOCK
Resistência de chuveiro

SÉRGIO DOTTA/CID
Lâmpada de tungstênio Fritadeira

Resistência de chuveiro
33.4
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 15
Resistores e resistência elétrica

Nos circuitos elétricos, um resistor com resistência elétrica R é representado pelos símbolos:

ou

ADILSON SECCO
R

33.4
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 16
Resistores e resistência elétrica

Para um condutor submetido a uma diferença de potencial U e percorrido por uma corrente elétrica de
intensidade i.

STUDIO CAPARROZ
i

U
a b

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 17


Resistores e resistência elétrica

STUDIO CAPARROZ
i

a Vab b

Por definição, a resistência elétrica R do condutor é dada por:

volt (V)
Vab
R=
i ampère (A)

V
volt por ampère
A

V
A unidade de medida recebe o nome de ohm (Ω).
A 33.4
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 18
Primeira Lei de Ohm

Observações experimentais:
• Aumentando a ddp U, a corrente elétrica i aumenta na mesma proporção.
• A razão entre ddp U e a intensidade de corrente elétrica i permanece constante.

U1 U2 U3 U
= = = … = n = constante = R
i1 i2 i3 in

U=R·i ampère (A)


volt (V)
ohm (W)

Obs.: os resistores cuja resistência elétrica é constante são denominados resistores ôhmicos.
33.5
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 19
Primeira Lei de Ohm

U=R·i ampère (A)


volt (V)
ohm (W)

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 20


Primeira Lei de Ohm

O diagrama U × i de um dado componente de circuito elétrico é denominado curva característica do


componente.

U R crescente com i
R = constante
(resistor ôhmico)

R decrescente com i
STUDIO CAPARROZ


0 i
Diagrama U × i para diversos tipos de resistores

Para um resistor ôhmico, vale a relação:


R = constante = tg 

33.5
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 21
Segunda Lei de Ohm

A resistência elétrica depende:


1. Do comprimento ;

STUDIO CAPARROZ
A
2. da área de seção transversal
3. do material de que é feito ( );

L
A resistência elétrica R desse condutor é:

L
R=ρ·
A

resistividade do material

Obs.: A resistividade ρ é uma característica do material do qual o condutor é feito e depende de sua temperatura.
No SI, a resistividade é medida em Ω · m.
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 22
Leis de Ohm

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 23


Leis de Ohm

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 24


Exemplo

(ENEM 2011) Um curioso estudante, empolgado com a aula de circuito elétrico que assistiu na escola, resolve
desmontar sua lanterna. Utilizando-se da lâmpada e da pilha, retiradas do equipamento, e de um fio com as
extremidades descascadas, faz as seguintes ligações com a intenção de acender a lâmpada:

GONÇALVES FILHO, A.; BAROLLI, E. Instalação Elétrica: investigando e aprendendo. São Paulo: Scipione, 1997 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)

Tendo por base os esquemas mostrados, em quais casos a lâmpada acendeu?

a) (1), (3), (6)


b) (3), (4), (5)
c) (1), (3), (5)
d) (1), (3), (7) Gabarito: D
e) (1), (2), (5)
Exemplo

(ENEN 2018) Com o avanço das multifunções dos dispositivos eletrônicos portáteis, como os smartphones, o
gerenciamento da duração da bateria desses equipamentos torna-se cada vez mais crítico. O manual de um
telefone celular diz que a quantidade de carga fornecida pela sua bateria é de 1 500 mAh.
A quantidade de carga fornecida por essa bateria, em coulomb, é de

(A) 90.
(B) 1 500.
(C) 5 400.
(D) 90 000.
(E) 5 400 000.

Gabarito: C
Exemplo

(ENEM 2017) A figura mostra a bateria de um computador portátil, a qual necessita de uma corrente elétrica de
2 A para funcionar corretamente.
Quando a bateria está completamente carregada, o tempo máximo, em minuto, que esse notebook pode ser
usado antes que ela “descarregue” completamente é

(A) 24,4.
(B) 36,7.
(C) 132.
(D) 333.
(E) 528.

Gabarito: C
Exemplo

(ENEM 2017) Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais


de baixo custo, como polímeros semicondutores, têm sido
desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás
tóxico e incolor) em granjas avícolas. A polianilina é um
polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência
elétrica nominal quadruplicado quando exposta a altas
concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a
polianilina se comporta como um resistor ôhmico e a sua
resposta elétrica é mostrada no gráfico.
O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de
altas concentrações de amônia, em ohm, é igual a

a) 0,5 × 100.
b) 2,0 × 100.
c) 2,5 × 105.
d) 5,0 × 105.
e) 2,0 × 106. Gabarito: E
Potência Elétrica

Física Básica
Vagner J. Monteiro
professor.vagnerjandre@gmail.com
Potência e Energia Elétrica

Potência:
• indica a rapidez com que determinado trabalho é realizado ou a rapidez com que determinada
quantidade de energia é convertida de uma forma em outra.

joule (J)

P=

joule por
J segundo (s)
segundo
s

J
A unidade de medida s recebe o nome de watt (W).

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 30
Potência elétrica de um aparelho elétrico

STUDIO CAPARROZ
i
Bipolo elétrico

U 𝜏
𝑈= →𝜏=𝑞 𝑈
𝑞
Considerando que a energia elétrica é convertida em energia mecânica, em um tempo 𝑡
𝜏 𝑞
= 𝑈
Δ𝑡 Δ𝑡
Lembrando que: 𝑃 = 𝜏/Δ𝑡

(Potência 𝑃 desenvolvida por um aparelho elétrico submetido a uma voltagem 𝑈, tendo em si uma corrente 𝑖.)
No S.I. [P] = Watt
33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 31
O efeito Joule

Exemplos de resistores e alguns aparelhos equipados com resistores encontrados no dia-a-dia.

SÉRGIO DOTTA/CID
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Resistência de chuveiro

SÉRGIO DOTTA/CID
Lâmpada de tungstênio Fritadeira

Resistência de chuveiro
33.4
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 32
Transformações de Energia
Energia útil:
• energia que é realmente utilizada.

Energia dissipada:
• energia que é “perdida”.
Energia útil

Energia fornecida Sistema

Energia dissipada

Conservação de Energia

energia não se cria nem se destrói; apenas se transforma. A energia total do Universo é sempre constante.

Vagner J. Monteiro Potência elétrica 33


O efeito Joule

IGOR KOVALCHUK/SHUTTERSTOCK

SÉRGIO DOTTA/CID
Lâmpada de tungstênio
Resistência de chuveiro

Quando há corrente elétrica em uma resistência, ela se aquece (conversão de energia elétrica em energia
térmica). A esse efeito chamamos de Efeito Joule.

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 34
O efeito Joule

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 35
O efeito Joule

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 36
O efeito Joule

A potência dissipada pela resistência é dada por:

E, para um resistor, (Lei de Ohm):

Substituindo a eq. (II) em (I)

(Potência térmica desenvolvida em uma resistência em razão do efeito joule.)

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 37
Eficiência de um aparelho elétrico

Eficiência de um aparelho elétrico:


• relação entre a potência útil ( ) e a potência elétrica ( ) fornecida pelo motor:

Energia

STUDIO CAPARROZ
térmica

Energia Gerador Energia


elétrica elétrico não elétrica

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 38
Eficiência de um aparelho elétrico

Eficiência de um aparelho elétrico:

Exemplo: considerando um motor que apresente uma resistência interna 𝑅 = 2 Ω que é percorrido por um corrente 𝑖 =
6 𝐴, cuja potência seja 𝑃 = 720𝑊, temos:
Energia

STUDIO CAPARROZ
térmica

𝑃 = 2 6 = 72 𝑊

𝑃 = 720 − 72 = 648 𝑊
Energia Gerador Energia
𝑃 648 elétrica elétrico não elétrica
𝑒= = = 0,90 → 𝑒 = 90%
𝑃 720

33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 39
Medida da Energia Elétrica

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = → 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝑖𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝐸
𝑃= → 𝐸 = 𝑃 Δ𝑡
Δ𝑡

Um quilowatt-hora (1 kWh) corresponde à energia elétrica


consumida por um equipamento de potência 1 kW (1.000 W)
durante 1 hora (3.600 s). Portanto:

1kWh = 1kW · h
1kWh = 1.000 W · 3.600 s
1kWh = 3,6 · 106 J
33.3
Vagner J. Monteiro Potência elétrica 40
Exemplo

(ENEM 2016) Uma lâmpada LED (diodo emissor de luz), que funciona com 12 V e corrente contínua
de 0,45 A, produz a mesma quantidade de luz que uma lâmpada incandescente de 60 W de
potência.

Qual é o valor da redução da potência consumida ao se substituir a lâmpada incandescente pela de


LED?

a) 54,6 W
b) 27,0 W
c) 26,6 W
d) 5,4 W
e) 5,0 W

Gabarito: A
Exemplo

(ENEM 2016) Um eletricista deve instalar um chuveiro que tem as especificações 220 V — 4400 W a 6800 W.
Para a instalação de chuveiros, recomenda-se uma rede própria, com fios de diâmetro adequado e um
disjuntor dimensionado à potência e à corrente elétrica previstas, com uma margem de tolerância próxima de
10%. Os disjuntores são dispositivos de segurança utilizados para proteger as instalações elétricas de curtos-
circuitos e sobrecargas elétricas e devem desarmar sempre que houver passagem de corrente elétrica superior
à permitida no dispositivo.

Para fazer uma instalação segura desse chuveiro, o valor da corrente máxima do disjuntor deve ser

a) 20 A.
b) 25 A.
c) 30 A.
d) 35 A.
e) 40 A.
Gabarito: D
Exemplo

(ENEM 2017) Em algumas residências, cercas eletrizadas são utilizadas com o objetivo de afastar possíveis
invasores. Uma cerca eletrificada funciona com uma diferença de potencial elétrico de aproximadamente 10
000 V. Para que não seja letal, a corrente que pode ser transmitida através de uma pessoa não deve ser maior
que 0,01 A. Já a resistência elétrica corporal entre as mãos e os pés de uma pessoa é da ordem de 1 000 Ω.
Para que a corrente não seja letal a uma pessoa que toca a cerca eletrificada, o gerador de tensão deve
possuir uma resistência interna que, em relação à do corpo humano, é

a) praticamente nula.
b) aproximadamente igual.
c) milhares de vezes maior.
d) da ordem de 10 vezes maior.
e) da ordem de 10 vezes menor.

Gabarito: C
Exemplo

(ENEM 2018) Alguns peixes, como o poraquê, a enguia-elétrica da Amazônia, podem produzir uma corrente
elétrica quando se encontram em perigo. Um poraquê de 1 metro de comprimento, em perigo, produz uma
corrente em torno de 2 ampères e uma voltagem de 600 volts. O quadro apresenta a potência aproximada de
equipamentos elétricos.

O equipamento elétrico que tem potência similar àquela


produzida por esse peixe em perigo é o(a)

(A) exaustor.
(B) computador.
(C) aspirador de pó.
(D) churrasqueira elétrica.
(E) secadora de roupas.
Gabarito: D
Exemplo

(ENEM 2017) As lâmpadas econômicas transformam 80% da energia elétrica consumida em luz e dissipam os
20% restantes em forma de calor. Já as incandescentes transformam 20% da energia elétrica consumida em
luz e dissipam o restante em forma de calor. Assim, quando duas dessas lâmpadas possuem luminosidades
equivalentes, a econômica apresenta uma potência igual a um quarto da potência da incandescente.
Quando uma lâmpada incandescente de 60 W é substituída por uma econômica de mesma luminosidade,
deixa-se de transferir para o ambiente, a cada segundo, uma quantidade de calor, em joule, igual a

(A) 3.
(B) 12.
(C) 15.
(D) 45.
(E) 48.

Gabarito: D
Exemplo

(ENEM 2018) Ao dimensionar circuitos elétricos residenciais, é recomendado utilizar adequadamente bitolas dos fios
condutores e disjuntores, de acordo com a intensidade de corrente elétrica demandada. Esse procedimento é
recomendado para evitar acidentes na rede elétrica. No quadro é especificada a associação para três circuitos
distintos de uma residência, relacionando tensão no circuito, bitolas de fios condutores e a intensidade de corrente
elétrica máxima suportada pelo disjuntor.

Com base no dimensionamento do circuito residencial, em qual(is) do(s) circuito(s) o(s) equipamento(s) é(estão)
ligado(s) adequadamente?

(A) Apenas no Circuito 1.


(B) Apenas no Circuito 2.
(C) Apenas no Circuito 3. Gabarito: E
(D) Apenas nos Circuitos 1 e 2.
(E) Apenas nos Circuitos 2 e 3.
Circuitos Elétricos

Física Básica
Vagner J. Monteiro
professor.vagnerjandre@gmail.com
Associação de resitores

Associações de resistores são usadas quando:


• necessitamos de um resistor com resistência elétrica diferente da resistência de um único resistor disponível.
• é preciso dividir a corrente elétrica ou a tensão em um trecho do circuito.

VATIKAKI/SHUTTERSTOCK
34.1
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 48
Associação de resitores

Resistor equivalente:
• resistor único que é percorrido pela mesma corrente elétrica i que atravessa a associação
(mantendo U).

Resistor
equivalente
Associação

ADILSON SECCO
de resistores

Resistores podem ser associados: em série, em paralelo ou associações mistas (Série + Paralelo).

34.1
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 49
Associação de resitores

Como podemos ligar, por exemplo, três pequenas lâmpadas incandescentes a uma única pilha?

Associação

STUDIO CAPARROZ
em série
Associação
em paralelo

Associação
Associação
mista
mista

34.1
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 50
Associação de resitores em Série

Associação de resistores em série:


• o terminal de saída do primeiro resistor deve ser ligado ao terminal de entrada do segundo;

ADILSON SECCO
34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 51
Associação de resitores em Série

A corrente elétrica tem apenas um caminho a seguir, assim:

i1 = i2 = i3 = ... = in = i

ADILSON SECCO
34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 52
Associação de resitores em Série

A tensão total U da associação divide-se entre os resistores associados.

U = U1 + U2 + U3 + ... + Un

ADILSON SECCO
34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 53
Associação de resitores em Série

Observação
• Como a corrente é a mesma para todos os resistores, o resistor de maior resistência elétrica ficará
submetido à maior tensão.

ADILSON SECCO
34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 54
Associação de resitores em Série

ADILSON SECCO
Da primeira lei de Ohm, temos:

Req·i = R1·i1 + R2·i2 + R3·i3 + ... + Rn·in

Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn

Em série, o resistor equivalente tem resistência elétrica igual à soma das resistências elétricas associadas.

Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 55


Associação de resitores em Série

Associação de resistores em série:


• o terminal de saída do primeiro resistor deve ser ligado ao terminal de entrada do segundo;

i1 = i2 = i3 = ... = in = i

ADILSON SECCO
U = U1 + U2 + U3 + ... + Un

Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn

34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 56
Associação de resitores em Paralelo

Associação de resistores em paralelo:


• os terminais de todos os resistores devem ser ligados a dois pontos A e B do circuito.

ADILSON SECCO
34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 57
Associação de resitores em Paralelo

A ddp em cada resistor da associação é igual à ddp total U.

U1 = U2 = U3 = ... = Un = U

ADILSON SECCO
34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 58
Associação de resistores em Paralelo

A corrente elétrica total i da associação divide-se entre os resistores associados.

Mas, por conservação, i = i1 + i2 + i3 +…+ in

ADILSON SECCO
Obs.: como a tensão é a mesma para todos os resistores (U), o resistor de maior resistência elétrica (R) será
percorrido pela menor corrente elétrica (i).
34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 59
Associação de resistores em Paralelo

ADILSON SECCO
U U U U U 1 1 1 1 1
= 1 + 2 + 3 + ... + n = + + + ... +
Req R1 R2 R3 Rn Req R1 R2 R3 Rn

Na associação em paralelo, o inverso da resistência elétrica do resistor equivalente é igual à soma dos
inversos das resistências elétricas associadas.
34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 60
Associação de resitores em Paralelo

Associação de resistores em paralelo:


• os terminais de todos os resistores devem ser ligados a dois pontos A e B do circuito.

ADILSON SECCO
U1 = U2 = U3 = ... = Un = U

i = i1 + i2 + i3 +…+ in

1 1 1 1 1
= + + + ... +
Req R1 R2 R3 Rn

34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 61
Associação mista de resistores

Associação mista de resistores:


• contém, simultaneamente, associações de resistores em série e em paralelo.

Associação

STUDIO CAPARROZ
L1 em paralelo

L3 L1

L2 L3

L2

Associação
em série

L1 e L2 estão associadas em paralelo e o conjunto formado por L1 e L2 está associado em série com L3.
34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 62
Associação mista de resistores

L1

ADILSON SECCO
L3

L2

O cálculo da resistência equivalente deve ser feito,


pouco a pouco, a partir das associações individuais,
em série ou em paralelo.

34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 63
Associação mista de resistores

Outro exemplo.

ADILSON SECCO
34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 64
Como estão ligados os aparelhos elétricos em nossa residência
Disjuntor

Os aparelhos domésticos estão associados em paralelo, conectados a dois fios mantidos sob voltagem
constante (120 V ou 220 V). Dessa forma, desligando um aparelho o mesmo não interferirá no funcionamento
dos demais.
34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 65
Como estão ligados os aparelhos elétricos em nossa residência

34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 66
Curto Circuito

Considere que os pontos F e G


da Figura 9.62 estejam
conectados por um fio de
ligação comum diretamente, ou
seja, sem passar pela cafeteira.
Como o fio de ligação tem
resistência praticamente nula, a
corrente aumenta muito
rapidamente, podendo ocorrer
uma dissipação de calor
bastante intensa com efeitos
desastrosos. Em tal situação,
dizemos que ocorreu um curto-
circuito.

33.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 67
Fusíveis
Fusível:
• elemento de proteção de um circuito elétrico que permite limitar a corrente máxima em determinado
trecho.
• deve ser ligado em série no trecho de circuito que se deseja proteger.

SEVENKE/SHUTTERSTOCK
F

Símbolo usado para um fusível


em um circuito elétrico

Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 68


Fusíveis

Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 69


O risco de choque elétrico

34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 70
O risco de choque elétrico
Considerando uma rede elétrica de 120 V temos:

• Uma pele bem seca oferece uma resistência de 𝑅 = 10 Ω, assim

120
𝑖= = 0,0012 𝐴
10
Pode causar formigamento.

• Para uma pele um pouco úmida, 𝑅 = 10 Ω,

120
𝑖 = = 0,012 𝐴
10
Pode provocar dores e espasmos.

• Se os pontos de contanto com os fios estiverem molhados, temos 𝑅 = 10 Ω,

120
𝑖= = 0,12 𝐴
10
Pode ser fatal.
34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 71
Medidores elétricos ideais

Multímetro.

BRAGIN ALEXEY/SHUTTERSTOCK
Chave

Pontas de Multímetro

Medidor ideal: não provoca alterações nas intensidades de corrente ou nas diferenças de potencial.

34.7
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 72
Medidores elétricos ideais

Amperímetro: permite medir a intensidade de corrente elétrica i (deve ser conectado em série)
Amperímetro ideal: r = 0

Símbolo:

Voltímetro: permite medir a DDP (U) entre dois pontos de um circuito


elétrico. (deve ser conectado em paralelo)

Voltímetro ideal: r  
Símbolo:

34.7
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 73
Exemplo
(ENEM 2016) Três lâmpadas idênticas foram ligadas no circuito esquematizado. A bateria apresenta
resistência interna desprezível, e os fios possuem resistência nula. Um técnico fez uma análise do
circuito para prever a corrente elétrica nos pontos: A, B, C, D e E; e rotulou essas correntes de , ,
, e , respectivamente.
O técnico concluiu que as correntes que apresentam o mesmo valor são

e .
e .
, apenas.
, apenas.
, apenas

Gabarito: A
Exemplo

(ENEM 2016) Em um laboratório, são apresentados aos alunos uma lâmpada, com especificações técnicas de
6 V e 12 W, e um conjunto de 4 pilhas de 1,5 V cada. Qual associação de geradores faz com que a lâmpada
produza maior brilho?

(A) (D)

(B) (E)

(c)
Gabarito: C
Exemplo

(ENEM 2015) Um estudante, precisando instalar um computador, um monitor e uma lâmpada em seu quarto,
verificou que precisaria fazer a instalação de duas tomadas e um interruptor na rede elétrica. Decidiu esboçar
com antecedência o esquema elétrico.
“O circuito deve ser tal que as tomadas e a lâmpada devem estar submetidas à tensão nominal da rede elétrica
e a lâmpada deve poder ser ligada ou desligada por um interruptor sem afetar os outros dispositivos” – pensou.
Símbolos adotados:

Qual dos circuitos esboçados atende às exigências?

(A) (D)

(B) (E)

(C) Gabarito: E
Efeitos da corrente elétrica

Efeito térmico: (efeito Joule)


LUSOIMAGES/SHUTTERSTOCK

• Ocorre em equipamentos elétricos que geram calor (aquecedores e chuveiros);


• Surge devido às colisões entre os átomos do condutor e os elétrons livres que
constituem a corrente elétrica;

Aquecedor elétrico
Efeito químico
• é a base da eletrólise;
• acontece quando uma solução eletrolítica é atravessada por uma
corrente elétrica e sofre decomposição.
33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 77
Efeitos da corrente elétrica

MARCO MEROLA/LOOK AT SCIENCES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Efeito luminoso
• A passagem de uma corrente elétrica através de um gás rarefeito pode ionizá-lo,
liberando energia em forma de luz.
• Ex.: lâmpadas fluorescentes e os letreiros em neon.

Lâmpada de plasma

Efeito fisiológico
• Ocorre quando uma corrente elétrica atravessa um organismo vivo.
• a corrente elétrica afeta o sistema nervoso e provoca contrações involuntárias no
organismo.

33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 78
Efeitos da corrente elétrica

Efeito magnético
• é caracterizado pelo surgimento de um campo magnético nas proximidades do condutor por onde circula
a corrente elétrica.
• É a base para a construção de motores elétricos, microfones, alto-falantes, transformadores etc.

33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 79
Potência e Energia Elétrica

Potência:
• indica a rapidez com que determinado trabalho é realizado ou a rapidez com que determinada quantidade
de energia é convertida de uma forma em outra.

joule (J)

P=

joule por
J segundo (s)
segundo
s

• A unidade de medida J recebe o nome de watt (W).


s

33.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 80
Potência e Energia Elétrica

Consideremos um bipolo elétrico submetido à ddp U e percorrido por uma corrente


elétrica de intensidade i.

STUDIO CAPARROZ
i
Bipolo elétrico

O trabalho é realizado pela força elétrica para deslocar as cargas que constituem a
corrente elétrica.

33.3
Potência elétrica de um aparelho elétrico

𝜏
𝑈= →𝜏=𝑞 𝑈
𝑞
Considerando que a energia elétrica é convertida em energia mecânica, em um tempo 𝑡
𝜏 𝑞
= 𝑈
Δ𝑡 Δ𝑡
Lembrando que: 𝑃 = 𝜏/Δ𝑡

(Potência 𝑃 desenvolvida por um aparelho elétrico submetido a uma voltagem 𝑉 , tendo em si uma corrente 𝑖.)
No S.I. [P] = Watt
33.3
Potência e Energia Elétrica

Para a maioria dos equipamentos elétricos, a quantidade de energia correspondente a 1 J é muito pequena.
Por essa razão, as companhias elétricas medem a quantidade de energia elétrica consumida em quilowatt-
hora (kWh).

Um quilowatt-hora (1 kWh) corresponde à energia elétrica consumida por um equipamento de potência 1 kW


(1.000 W) durante 1 hora (3.600 s). Portanto:

1kWh = 1kW · h
1kWh = 1.000 W · 3.600 s
1kWh = 3,6 · 106 J

33.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 83
Potência e Energia Elétrica

Um quilowatt-hora (1 kWh) corresponde à energia elétrica


consumida por um equipamento de potência 1 kW (1.000 W)
durante 1 hora (3.600 s). Portanto:

1kWh = 1kW · h
1kWh = 1.000 W · 3.600 s
1kWh = 3,6 · 106 J

33.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 84
Leis de Ohm
e
Circuitos Elétricos

Física Básica
Vagner J. Monteiro
professor.vagnerjandre@gmail.com
Primeira Lei de Ohm

U=R·i ampère (A)


volt (V)
ohm (W)

Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 86


Segunda Lei de Ohm

A resistência elétrica depende:


1. Do comprimento ;

STUDIO CAPARROZ
A
2. da área de seção transversal
3. do material de que é feito ( );

L
A resistência elétrica R desse condutor é:

L
R=ρ·
A

resistividade do material

Obs.: A resistividade ρ é uma característica do material do qual o condutor é feito e depende de sua temperatura.
No SI, a resistividade é medida em Ω · m.
Vagner J. Monteiro Corrente elétrica e Leis de Ohm 87
Curto-circuito

Dizemos que um curto-circuito ocorre quando, entre dois pontos de um circuito elétrico,
é conectado um condutor sem resistência elétrica.
Nesse caso, os pontos que antes apresentavam uma diferença de potencial passam,
então, a apresentar uma ddp nula.
Portanto, em um trecho em curto-circuito, todos os pontos são equivalentes.

ADILSON SECCO
Req = 3 Ω

Observamos, então, que os três resistores estão conectados aos pontos A e B.


Portanto, os três resistores estão associados em paralelo
34.6
e:
Corrente elétrica
Lei dos nós
Nos circuitos elétricos, o ponto para o qual concorrem três ou
mais condutores é denominado nó.
ADILSON SECCO

33.1
Corrente elétrica
Lei dos nós
A partir do princípio da conservação das cargas elétricas,
podemos obter uma importante propriedade das correntes
elétricas, conhecida como lei dos nós ou primeira lei
de Kirchhoff.

Em qualquer nó de um circuito elétrico, a soma das


intensidades de correntes que chegam ao nó é igual
à soma das intensidades de correntes que saem dele.

33.1
Associação de resitores

Como podemos ligar, por exemplo, três pequenas lâmpadas incandescentes a uma única pilha?

Associação

STUDIO CAPARROZ
em série
Associação
em paralelo

Associação
Associação
mista
mista

34.1
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 91
Associação de resitores em Série

Associação de resistores em série:


• o terminal de saída do primeiro resistor deve ser ligado ao terminal de entrada do segundo;

ADILSON SECCO
i1 = i2 = i3 = ... = in = i U = U1 + U2 + U3 + ... + Un Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn

34.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 92
Associação de resitores em Paralelo

Numa associação de resistores em paralelo, os terminais de todos os resistores devem ser ligados a dois
pontos A e B do circuito.

ADILSON SECCO
U1 = U2 = U3 = ... = Un = U

i = i1 + i2 + i3 +…+ in

1 1 1 1 1
= + + + ... +
Req R1 R2 R3 Rn

34.3
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 93
Associação mista de resistores

L1

ADILSON SECCO
L3

L2

O cálculo da resistência equivalente deve ser feito,


pouco a pouco, a partir das associações individuais,
em série ou em paralelo.

34.4
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 94
Medidores elétricos ideais

Multímetro.

BRAGIN ALEXEY/SHUTTERSTOCK
Chave

Pontas de Multímetro

Medidor ideal: não provoca alterações nas intensidades de corrente ou nas diferenças de potencial.

34.7
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 95
Medidores elétricos ideais

Amperímetro: permite medir a intensidade de corrente elétrica i (deve ser conectado em série)
Amperímetro ideal: r = 0

Símbolo:

Voltímetro: permite medir a DDP (U) entre dois pontos de um circuito


elétrico. (deve ser conectado em paralelo)

Voltímetro ideal: r  
Símbolo:

34.7
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 96
Efeitos da corrente elétrica

Efeito térmico: (efeito Joule)


LUSOIMAGES/SHUTTERSTOCK

• Ocorre em equipamentos elétricos que geram calor (aquecedores e chuveiros);


• Surge devido às colisões entre os átomos do condutor e os elétrons livres que
constituem a corrente elétrica;

Aquecedor elétrico
Efeito químico
• é a base da eletrólise;
• acontece quando uma solução eletrolítica é atravessada por uma
corrente elétrica e sofre decomposição.
33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 97
Efeitos da corrente elétrica

MARCO MEROLA/LOOK AT SCIENCES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Efeito luminoso
• A passagem de uma corrente elétrica através de um gás rarefeito pode ionizá-lo,
liberando energia em forma de luz.
• Ex.: lâmpadas fluorescentes e os letreiros em neon.

Lâmpada de plasma

Efeito fisiológico
• Ocorre quando uma corrente elétrica atravessa um organismo vivo.
• a corrente elétrica afeta o sistema nervoso e provoca contrações involuntárias no
organismo.

33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 98
Efeitos da corrente elétrica

Efeito magnético
• é caracterizado pelo surgimento de um campo magnético nas proximidades do condutor por onde circula
a corrente elétrica.
• É a base para a construção de motores elétricos, microfones, alto-falantes, transformadores etc.

33.2
Vagner J. Monteiro Circuitos Elétricos 99
Geradores
e Receptores elétricos

Física Básica
Vagner J. Monteiro
professor.vagnerjandre@gmail.com
Gerador Elétrico

Gerador elétrico:
• Dispositivo que realiza a transformação de uma forma qualquer de energia em energia elétrica.

STUDIO CAPARROZ
Energia
térmica

Energia não Gerador Energia


elétrica elétrico elétrica

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 101


Gerador Elétrico

Energia química Energia Elétrica

RESTYLER/SHUTTERSTOCK
PRYZMAT/SHUTTERSTOCK

FERNANDO FAVORETTO/CID
COPRID/SHUTTERSTOCK
pilhas e baterias

35.1
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 102
Gerador Elétrico

Energia Mecânica Energia Elétrica

ANNEMS/SHUTTERSTOCK

MIKA/CORBIS/LATINSTOCK
Dínamos e geradores de usinas
35.1
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 103
Gerador Elétrico

Energia Luminosa Energia Elétrica

MANFREDXY/SHUTTERSTOCK
painéis fotovoltaicos

35.1
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 104
Gerador Elétrico

Força eletromotriz (eletromotância - fem) de um gerador:


• Indica a energia não elétrica que será convertida em energia elétrica por unidade de carga.

Unidade de : volt (V)

Símbolo do gerador:
Trabalho realizado sobre a carga (de A para B);
Quantidade de carga;
Potência total gerada;
Corrente elétrica que atravessa o gerador.
: resistência interna do gerador

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 105


Gerador Elétrico

Para um gerador real (r ≠ 0): Curva característica do gerador


O diagrama consiste em uma reta
U=ε–r·i
decrescente, pois:

(Equação característica do gerador) U=ε–r∙i


Observe que a tensão máxima U é obtida

E, para um gerador ideal (r = 0): quando i = 0.

U=ε ε

35.1
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 106
Gerador Elétrico

Nessa situação:
U=ε–r∙0 U=ε
Observe também que, quando a tensão U é nula, a corrente i
é máxima, e é denominada corrente de curto-circuito, icc.

Nesse caso:
ε
0 = ε – r ∙ icc icc = —
r

35.1
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 107
Circuito Gerador – resistor e a lei de Pouillet

ADILSON SECCO
Vamos considerar um circuito
constituído por um gerador e
um resistor.
ε

35.2
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 108
Circuito Gerador – resistor e a lei de Pouillet

Nos terminais do resistor:

U=R·i

ADILSON SECCO
E, nos terminais do gerador:

U=ε–r·i
ε

Igualando-as, temos:

ε
R · i = ε – r · i  (R + r) · i = ε  i = (lei de Pouillet)
R+r

35.2
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 109
Circuito Gerador – resistor e a lei de Pouillet

ADILSON SECCO
Na lei de Pouillet, i é a corrente
elétrica que passa pelo gerador
e R é a resistência equivalente
ε
do circuito externo ao gerador.

35.2
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 110
Associação de geradores elétricos

Associação de geradores em série

STUDIO CAPARROZ
εeq = ε1 + ε2 + ε3 ...
ε1 r1 ε2 r2 ε3 r3

req = r1 + r2 + r3 ...
εeq req

Para n geradores iguais: εeq = n · ε req = n · r

35.3
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 111
Associação de Geradores Elétricos

Associação de n geradores iguais em paralelo

STUDIO CAPARROZ
ε r

ε r εeq req

ε r

r
εeq = ε req = —
n

35.3
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 112
Receptor Elétrico

Receptor elétrico:
• Dispositivo que transforma energia elétrica em outra forma de energia que não seja exclusivamente
térmica.

Energia

STUDIO CAPARROZ
térmica

Energia Receptor Energia


elétrica elétrico não elétrica

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 113


Receptor Elétrico

Energia mecânica (ex.: os motores elétricos)

BASEL101658/SHUTTERSTOCK

SERGGOD/SHUTTERSTOCK
YURYKOSOUROV/SHUTTERSTOCK
35.4
Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 114
Receptor Elétrico

Força contraeletromotriz (contraeletromotância - fcem)


• Indica a quantidade de energia elétrica que será convertida em energia não elétrica, por unidade de
carga.

Unidade de : volt (V)

Símbolo do receptor:
potência útil do gerador;

STUDIO CAPARROZ
corrente elétrica que passa no receptor; i ε’ r’

: resistência interna do receptor

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 115


Voltagem nos terminais de um gerador

No caso de um gerador real, ocorre


dissipação de calor. Dessa forma, parte
da sua potência é convertida em

STUDIO CAPARROZ
potência térmica .

Por conservação de energia:


𝑻 = 𝑬 + 𝑬𝒕 (𝐈)

Onde:

𝑃= = 𝑖𝑈 → 𝑬 = 𝒊𝑼𝒕 (𝐼𝐼) Energia transferida ao gerador

𝑃= = 𝑟𝑖 → 𝑬𝒕 = 𝒓𝒊𝟐 𝒕 (𝐼𝐼𝐼) Energia térmica dissipada pelo movimento da carga

𝑻 = 𝒒𝜺 (𝐼𝑉) Energia que a carga recebe através do gerador

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 116


Voltagem nos terminais de um gerador

Substituindo as eq’s II, III e IV em I:

STUDIO CAPARROZ
𝐓 = 𝑬 + 𝑬𝒕
i ε’ r’
𝒒𝜺 = 𝒊𝑼𝒕 + 𝒓𝒊𝟐 𝒕

Como ,
𝑖𝑡𝜀 = 𝑖𝑉 𝑡 + 𝑟𝑖 𝑡
Obs.: No caso de receptor (fcem) pode-se mostrar que:
𝜀=𝑉 + 𝑟𝑖

gerador (fem)

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 117


Equação do circuito

Circuito fem, fcem:

STUDIO CAPARROZ
A soma de todas as DDP’s do circuito deve ser
constante, por conservação de energia.

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 118


Equação do circuito

Circuito fem, fcem e resistor:


A soma de todas as DDP’s V do circuito deve ser constante, por conservação
de energia.
 A corrente segue o sentido convencional (sai do polo positivo);
 A corrente entra no polo de sinal oposto ao sinal da fem ou fcem;

𝜀 − 𝜀 = 𝑖𝑟 + 𝑖𝑅 + 𝑖𝑟

𝜀−𝜀 =𝑖 𝑟+𝑅+𝑟

𝜀−𝜀
De maneira geral, 𝑖=
𝑟+𝑅+𝑟
∑𝜀 − ∑𝜀
𝑖=
∑𝑅
Onde:
 𝑅: resistência equivalente do circuito.

Vagner J. Monteiro Geradores e Receptores elétricos 119


Capacitores

Capacitores (condensadores):
• são elementos de circuito elétrico cuja função é armazenar carga e energia elétrica.

MARTYN F. CHILLMAID/SCIENCE PHOTO


Constituídos por um par de condutores (armaduras),
entre as quais é mantido um material isolante
(dielétrico), como ar, óleo, papel, cerâmica etc.

35.7
Vagner J. Monteiro Capacitores 120
Capacitores

Representação dos capacitores em um circuito elétrico:

ADILSON SECCO
C
Q

Quando as armaduras de um capacitor são submetidas a uma ddp U, cada uma delas se eletriza com carga
elétrica de mesmo valor Q, porém de sinais opostos. Dizemos, então, que o capacitor está carregado com
carga elétrica Q.
35.7
Vagner J. Monteiro Capacitores 121
Carga elétrica e capacitância

Para um capacitor, submetido a uma ddp U, como podemos encontrar a carga elétrica Q?

𝑐𝑡𝑒. 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
C
Q

ADILSON SECCO
Q coulomb (C)
U C=
U volt (V)

C/V = F (farad)

C: capacitância eletrostática do capacitor (Unidade S.I.: Faraday = C/V)


(depende exclusivamente da geometria do capacitor e do dielétrico existente entre as armaduras.)

35.7
Vagner J. Monteiro Capacitores 122
Energia potencial elétrica

O diagrama mostra como varia a carga elétrica (Q) armazenada pelo capacitor em função da ddp (U) entre as
armaduras.

Durante o processo de carga de um capacitor, a carga elétrica vai, pouco a pouco, aumentando até o capacitor
ficar plenamente carregado.
35.7
Vagner J. Monteiro Capacitores 123
Energia potencial elétrica

energia potencial elétrica, Epel, armazenada pelo capacitor é dada, numericamente, pela área sob a curva do
diagrama Q × U:

Q·U V
Epel =
2

35.7
Vagner J. Monteiro Capacitores 124
Circuito RC

Através de um capacitor plenamente carregado não é possível a passagem de uma


corrente elétrica contínua, pois o material existente entre as armaduras é isolante
elétrico.

Portanto, em um circuito elétrico, um capacitor carregado pode ser considerado uma


chave aberta, e no ramo que contém o capacitor a corrente elétrica é nula.

35.8
Vagner J. Monteiro Capacitores 125
Circuito RC

Para efeitos de resolução, o ramo que contém o capacitor pode ser retirado do circuito,
e o circuito restante, resolvido como temos feito até agora.

Resolvido o circuito, podemos determinar a ddp U entre os pontos a que estava ligado o
capacitor e, com essa ddp, calcular sua carga elétrica Q e a energia elétrica Ep por ele
armazenada.

35.8
Vagner J. Monteiro Capacitores 126

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