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Isto obviamente incluía a provisão que antes ele recebia de Deus sem nenhum esforço,
ou seja, apesar do homem trabalhar no jardim, ele sabia que toda provisão vinha de Deus.
Antes da queda, Deus conduzia o homem, mas depois, o diabo é quem assumiu o
controle sobre o homem e sobre a terra. O homem se tornou escravo e a terra foi
amaldiçoada.
Gênesis 3: 17 –“E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher,
e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra
por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida”.
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Lucas 4: 5, 6 – “Então o diabo, levando-o a um lugar elevado, mostrou-lhe num
relance todos os reinos do mundo. E disse-lhe: Dar-te-ei toda a autoridade e glória
destes reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.”
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Essa escravidão se evidenciou de muitas maneiras, mas no momento vamos considerar
apenas a escravidão manifesta pelo desejo de possuir bens e riquezas.
Assim como o céu é organizado, o reino das trevas também o é, e por isso o diabo
instituiu um espírito maligno para se assenhorar dos homens e controlá-los através da
ganância.
Jesus falou sobre esse espírito maligno e o chamou de Mamon, o deus das riquezas.
Isto não significa que Mamon é o dono das riquezas do mundo, porque todas as coisas
(prata e ouro) pertencem a Deus, mas significa que esse espírito maligno tem a
incumbência de corromper a mente dos homens para que eles façam das riquezas o seu
deus.
Mateus 6: 24 – “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um
e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a
Deus e a Mamon”.
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De acordo com o que Jesus disse neste texto:
Precisamos compreender que tanto o rico como o pobre podem estar debaixo do poder
de Mamon.
A bíblia nos diz em Romanos 8: 32 que Deus nos deu Jesus Cristo, e juntamente com
Ele todas as coisas.
Abraão neste caso está representando a igreja, pois Abraão é o homem com o qual
Deus fez aliança.
Já Melquisedeque, que era sacerdote do Deus Altíssimo e que é rei de justiça por
interpretação do seu nome e também rei de paz por ser rei de Salém (antigo nome dado a
Jerusalém), é uma figura de Jesus Cristo o nosso Senhor, o nosso Sumo Sacerdote, o Rei
de paz e de justiça sobre nós, e também aquele que recebe os nossos dízimos (Leia
Hebreus 7: 1- 8).
Assim como Abraão deu os dízimos a Melquisedeque, nós hoje damos os nossos
dízimos a Jesus.
Considerando Gênesis 14: 21- 23 vemos que logo depois que Abraão deu os dízimos a
Melquisedeque, ele foi tentado a receber do rei de Sodoma muitas riquezas. Abraão
recusou terminantemente o que o rei de Sodoma lhe ofertou, levantando as mãos para os
céus e jurando que não entraria no sistema do rei de Sodoma, porque ele dependia de
Deus, para a sua provisão.
Todo cristão um dia vai ter que decidir em que sistema viverá. Pois assim como dois reis
saíram ao encontro de Abraão: a saber, o rei de Sodoma representando Mamon e o
sistema do mundo e também Melquisedeque, representando Jesus e o sistema de Deus,
assim também hoje temos que decidir.
Faça a escolha de Abraão, fique com Jesus. Abraão deu os dízimos e foi grandemente
abençoado, teve vitórias sobre os seus inimigos e prosperou em todas as áreas,
porquanto a mão do Deus Altíssimo era com ele.
Temos dito estas coisas para que você compreenda que os dízimos são uma instituição
divina (foi Deus quem estabeleceu e não o homem) e atestam a nossa libertação de
Mamon.
A prosperidade de Abraão não dependia dos homens, mas de Deus. Ele fez a escolha
certa.
Como dissemos, esses dois reis que foram ao encontro de Abraão apontam para os
dois sistemas pelos quais você pode viver. Um é o sistema de Deus representado por
Melquisedeque que aponta para Jesus, outro é o sistema do mundo representado pelo rei
de Sodoma que aponta para Mamon.
Melquisedeque não foi oferecer riquezas a Abraão, ele foi com pão e vinho que falam de
aliança. Quando comemoramos a aliança que temos com o Senhor também o fazemos
com pão e vinho. Abraão foi abençoado por Melquisedeque e este declarou que ele teria
vitória sobre todos os seus inimigos. Isto era mais importante que qualquer riqueza
natural. Esta bênção que ele recebeu certamente traria riquezas, mas elas viriam de Deus
e não de Mamon. Abraão não começou recebendo finanças, ele começou dando.
No sistema de Deus ele diz: “Dai e ser-vos-á dado”; no sistema do mundo Mamon diz:
“Retenha tudo o que você puder”.
Gênesis 14: 20 – “E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos,
nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”.
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· Jacó deu o dízimo.
Gênesis 28: 22 – “...então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de
Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.
Levítico 27: 30 – “ Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do
fruto das árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao Senhor”.
É por isso que podemos dizer que “pagamos os dízimos”, ao invés de “damos os
dízimos”, porquanto os dízimos não nos pertencem.
Nós devolvemos o que pertence a Deus. Abraão deu o dízimo e recusou ter uma
aliança com o rei de Sodoma.
Em Lucas 16: 10 lemos: “Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é
injusto no mínimo também é injusto no muito”.
Logo a pessoa que diz que gostaria de pagar o dízimo, mas não o faz porque tem muito
pouco, está mentindo para si mesma.
Esta é uma afirmação feita por aquele que te formou e que te conhece melhor do que
você mesmo: Jesus.
3) Há ainda aqueles que pensam que 10% é uma parte muito grande para entregar ao
Senhor. Contudo ao pensar assim só estão atestando que os seus corações estão
totalmente ligados ao dinheiro, e não reconhecem que tudo vem de Deus: a vida, a saúde,
as habilidades, o trabalho, as realizações, etc. Jesus disse: “Onde estiver o teu tesouro,
ali estará também o seu coração”. Se o teu coração estiver no dinheiro, este será o seu
tesouro.
4) Atitude do “tanto-faz”. Alguns podem achar que tanto faz dar ou não dar o dízimo,
afinal de contas não fará diferença. Porém, não é isso que a bíblia ensina.
Temos que lembrar que o dízimo é uma lei espiritual estabelecida por Deus para a
nossa bênção e proteção. Nas coisas espirituais não existe neutralidade, ou seja, ou é
bênção ou maldição, ou faz bem ou faz mal, ou edifica ou destrói, ou liberta ou amarra e
assim por diante.
Logo, se o dízimo foi estabelecido para nos abençoar, certamente quando não o
fazemos teremos maldição. E isto não ocorre por vontade de Deus, pois Ele quer nos
abençoar. Esta é uma maldição auto-imposta, você atrai maldição para si.
De acordo com Malaquias 3: 7- 11, o não dizimar traz maldição em dois aspectos:
A) Fecha as janelas dos céus. Isto significa que mesmo que Deus queira te
abençoar, Ele não poderá fazê-lo, pois, não pode contrariar a sua palavra;
5) A atitude de: “Eu não vou dar o dízimo para ficar enriquecendo pastores”.
Se você acha que o seu pastor é um ladrão e falso profeta, você deve orar por ele
imediatamente para que se arrependa, pois ele está a caminho do inferno e dará contas
de todas estas coisas diante de Deus, caso isso seja verdade.
Mas, se você estiver enganado e ele realmente for um homem levantado por Deus para
edificação da igreja, administra corretamente os recursos, recebe somente o que lhe é
lícito e tem prosperado na presença do Senhor, então talvez você esteja indo para o
inferno. Por roubar a Deus, por julgar alguém estabelecido pelo Senhor e ainda ser um
tropeço para o corpo de Cristo.
Você deve se arrepender, pedir perdão ao pastor e mudar sua atitude.
Tudo o que fazemos em Deus, devemos fazê-lo por fé, com o dízimo não é diferente.
A fé deve ser liberada. Devemos crer que somos livres do sistema financeiro maligno
que há no mundo, devemos crer que as janelas dos céus serão abertas sobre nós,
devemos crer que todas as nossas necessidades serão supridas, devemos crer que o
devorador não terá acesso a nós.
Dar o dízimo faz parte da aliança que temos com o Senhor, pois assim como
Abraão deu os dízimos a Melquisedeque, nós hoje, damos os dízimos a Jesus e o
fazemos também em obediência, isto faz parte da nossa responsabilidade na aliança
Colocamos este tópico no estudo, porque certamente é um assunto que todo cristão já
enfrentou ou vai enfrentar diante dos ímpios ou até mesmo diante de outros cristãos.
Vamos então verificar alguns princípios e exemplos bíblicos:
a) Jesus foi sustentado em seu ministério pelas pessoas a quem tinha ministrado;
Jesus nunca teve falta de nada e sustentava os doze apóstolos e muitos outros
discípulos que O seguiam.
Números 18: 13, 20 – “Os primeiros frutos de tudo o que houver na sua terra, que
trouxerem ao Senhor, serão teus. Todo o que na tua casa estiver limpo comerá
deles. Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no
meio deles nenhuma porção terás; eu sou a tua porção e a tua herança entre os
filhos de Israel”.
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Números 18: 24 – 26 – “Porque os dízimos que os filhos e Israel oferecerem ao
Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu
lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel.
Disse mais o Senhor a Moisés: Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando
dos filhos de Israel receber-des os dízimos, que deles vos tenho dado por herança,
então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos”.
Dar o dízimo não faz de você um salvo, como deixar de dar o dízimo também não o
impede de ser curado, nem tampouco de ser batizado com o Espírito Santo. Mas uma
coisa é certa, quando você rouba ao Senhor em seus dízimos e ofertas, seguramente está
trazendo sobre si a maldição financeira, como também está fechando as janelas do céu e
ainda liberando o devorador para atuar sobre as suas finanças.
Porém quando você obedece a palavra de Deus dizimando e ofertando, a bênção
certamente será liberada em tua vida.
Provérbios 3: 9, 10 – “Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de
toda a tua renda; assim se encherão de fartura os teus celeiros, e transbordarão de
mosto os teus lagares”.
Quando você dá o dízimo, está dando o que é dEle, pagando o que deve. Ninguém é
elogiado por pagar o que deve, simplesmente é a sua obrigação. Quando alguém usa o
dinheiro do dízimo, está usando dinheiro que não lhe pertence, dinheiro alheio, por isso
Deus o chama de ladrão e por causa disto a maldição lhe sobrevirá. Se você dá ofertas e
não dá dízimos está dando ofertas com dinheiro roubado.
Muitos cristãos estão vivendo hoje na escravidão das dívidas, na limitação da escassez,
na impotência da miséria ou nos laços do dinheiro que não é abençoado por Deus, por
ignorar ou desobedecer a palavra de Deus quanto aos dízimos e ofertas. Se este é o teu
caso, você pode tomar a decisão hoje de sair da desobediência para obediência, da
maldição para a bênção.
“Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que
semeia em abundância, em abundância também ceifará”.
Podemos responder esta pergunta verificando o que está escrito em Gênesis 8: 22:
“Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor,
verão e inverno, dia e noite”.
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O Senhor disse: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa”.
A terra ainda permanece, portanto, esta é uma lei espiritual vigente. No livro de
Eclesiastes, capítulo 3 verso 2, nós lemos: “Há tempo de plantar e tempo de colher”.
Não espere colher o que você não plantou, você colherá segundo a espécie da sua
semente.
Por exemplo:
Se você plantar milho, colherá milho;
Se você plantar amor, colherá amor;
Se você plantar violência colherá violência;
Se você plantar paz, colherá paz;
Se você plantar carne, colherá carne, etc.
Gálatas 6: 7 – “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que
o homem semear, isto também ceifará”.
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• Semear e colher é uma verdade espiritual tão importante que Jesus resumiu a lei
e os profetas nela.
Mateus 7: 12 – “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-
lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas”.
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• O Reino de Deus Funciona Pelo Semear e Colher.
E) Colher no tempo de Deus: “...assim que o fruto amadurecer, logo lhe mete a
foice, porque é chegada a ceifa”
– Deus estabelecerá um tempo para que você colha aquilo que ofertou.
Eclesiastes 11:6 diz: “Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retenha a
tua mão de o fazer...” – Isto significa que devemos semear sempre, estando atentos as
oportunidades que Deus nos concede para nossa prosperidade.
Verso 6: A sua colheita será na medida da sua semeadura. O pouco ou muito, depende
do que Deus tem posto em nossas mãos.
Verso 7: Faça com liberalidade em seu coração, dê a sua oferta com gratidão e alegria.
CONCLUSÃO:
· Escravidão financeira é uma conseqüência da queda;
· O diabo instituiu um espírito maligno chamado Mamon para trazer ganância ao
coração dos homens;
· Na área de finanças, ou estamos sob o controle de Deus ou de Mamon;
· O dinheiro não é o problema, mas o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males;
· Tanto o rico como o pobre podem estar debaixo do poder de Mamon;
· Um coração puro e grato diante do Senhor aliado a obediência dos dízimos e
ofertas, nos liberta do poder de Mamon;
· O princípio do dízimo começou com Abraão e Melquisedeque, figuras da Igreja e
Cristo;
· Abraão recusou a oferta do rei de Sodoma, e nós devemos renunciar o sistema
financeiro do mundo:
· Abraão dizimou e foi suprido e abençoado por Deus, nós devemos fazer o mesmo;
· Recuse todas as idéias carnais e malignas sobre o dízimo;
· Devemos dizimar com fé, alegria e gratidão;
· Os dízimos são entregues a Deus e Ele os utiliza para sustentar os ministros;
· As conseqüências de não dizimar são: Atrair para si maldição, Ter as janelas dos
céus fechadas e Ser roubado pelo devorador;
· Os dízimos foram estabelecidos por Deus para nossa bênção e proteção;
· As ofertas são o meio que o Senhor utiliza para o nosso crescimento;
· Ofertas estão ligadas a lei da semeadura;
· Tudo o que plantamos, colhemos, de acordo com a qualidade e quantidade da nossa
semeadura;
· O reino de Deus funciona pela lei da semeadura;
· Para que o reino de Deus funcione em teu favor, você deve semear sempre e em
boa terra, com alegria e liberalidade.
PRATICANDO A PALAVRA:
• Perguntar ao grupo quais os que não tem sido dizimistas nem ofertantes (pode ser
pergunta individual ou coletiva).
“Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao
Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste.
Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta
não se agradou. Irou-se pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante”
Gn. 4. 3-5
A primeira oferta aceita por Deus foi uma oferta de primícias. Caim trouxe apenas uma
oferta. Abel, porém, entregou uma oferta de primícias. Ele tomou do primeiro, do melhor
do seu rebanho e entregou ao Senhor. Por esta razão, Deus se agradou e recebeu a
oferta de Abel.
Caim sabia que deveria oferecer as primícias a Deus, mas não o fez. Ele trouxe uma
oferta qualquer. Nos versos 6 e 7 do mesmo capítulo Deus está argumentando e
revelando o coração de Caim:
“Então o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste? E por que está descaído o
teu semblante? Porventura se procederes bem, não há de se levantar o teu
semblante? E se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu
desejo; mas sobre ele tu deves dominar”
Caim sabia que a oferta que agradava a Deus, era a oferta de primícias.
Os primeiros frutos deveriam ser separados para honrar e agradar a Deus, mas ele não
o fez. Ele deu uma oferta, mas não deu as primícias.
O Senhor falou a Caim: Por que você não faz o que é certo? Você sabe como fazer! “se
procederes bem, não há de levantar o teu semblante?...” Mas se você fizer errado, o
pecado estará em tua porta e sempre desejará agradar a si mesmo! “O pecado jaz à
porta, e sobre ti será o teu desejo”.
Hoje conhecemos bem o espírito de Caim e as atitudes dos seus descendentes. São
pessoas que vivem para agradar a si mesmas e não estão dispostas a honrar a Deus em
primeiro lugar.
Este texto revela e estabelece o princípio de que devemos entregar as primeiras coisas
a Deus, e quando o fazemos, estamos honrando ao Senhor. Ao mesmo tempo mostra-nos
as conseqüências de uma vida voltada a si mesma.
Por muito tempo imaginei que honrar alguém significava reconhecer publicamente, fazer
menção a outros de como aquela pessoa é importante ou coisas assim. Porém,
estudando sobre primícias, me deparei com a questão da honra e perguntei ao Senhor
sobre como deveria honrar alguém. Deus deu-me apenas dois versículos que foram
suficientes pra compreender que na visão de Deus, honrar começa com a entrega da
primícia:
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, assim
se encherão de fartura os teus celeiros, e transbordarão de mosto os teus lagares”
Provérbios 3.9,10.
A idéia de entregar o primeiro para quem desejamos honrar está instintivamente em
nós. Nas festas de aniversário, quando chega o momento de cortar o bolo, as atenções se
voltam para quem recebe o primeiro pedaço. Esta simples atitude demonstra honra. Num
auditório, os primeiros assentos são reservados para pessoas honradas. É uma distinção
do comum.
Por toda a bíblia encontramos a verdade de que o primeiro pertence a Deus. Ele deve
ter a primazia, Ele deve ser honrado antes de tudo. Ele deve receber as primícias.
Quando entregamos o primeiro a Deus, há um poder liberado sobre o restante, por isso
está dito: “se encherão de fartura os teus celeiros e transbordarão de mosto os teus
lagares”.
Vejamos este princípio na história de Abraão. Deus quis formar um povo através dele e
assim abençoar todas as famílias da terra. Em Gênesis 12 vemos Deus abençoando a
Abraão, mas, o propósito era que toda a sua descendência também fosse abençoada. O
que Deus fez para tornar isso uma realidade? Pediu o seu primogênito. O princípio é: Se o
primeiro for consagrado, todos os demais serão.
Paulo faz referência a esta verdade em Romanos 11.16:
Em outras palavras, Deus estava dizendo: Abraão, para que toda a sua descendência
seja abençoada e consagrada você precisa me dar o seu primogênito, você precisa me
dar suas primícias.
Depois que Abraão entregou seu filho cumprindo a direção de Deus, houve um decreto
poderoso sobre sua descendência como conseqüência daquele ato.
“Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isso, e não me negaste teu
filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua
descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a
tua descendência possuirá a porta dos teus inimigos; e em tua descendência serão
benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz”
Gn. 22.16-18.
Porque Abraão entregou seu único filho (sua primícia), Israel se tornou o primogênito de
Deus:
“Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito” Ex. 4.22.
Deus enviou seu único filho (sua primícia) na descendência de Abraão e Ele se tornou
primogênito (o primeiro de muitos).
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna” João 3.16.
O povo de Israel finalmente chegara à terra prometida. Agora não seria mais como no
Egito, pois eles poderiam plantar e colher, ter uma terra como herança. Estavam no lugar
que fora prometido por Deus e ali prosperariam.
Deus deu instruções bem específicas quanto as primícias, eles deveriam dedicar os
primeiros frutos a Deus entregando ao sacerdote.
A questão era bem prática. Deus estava dizendo: eu trouxe vocês a esta terra, quero
abençoá-los de uma maneira poderosa, vou fortalecê-los, vou prosperá-los, suas famílias
estarão seguras, mas a prática das primícias deve ser observada.
O Senhor declarou que as coisas trazidas a Ele deveriam ser dadas aos sacerdotes, em
outras palavras, entregamos as primícias a Deus e Ele entrega aos seus servos.
Dessa forma, quando alguém entregava as primícias para o sacerdote estava dizendo
com este ato: “Senhor eu reconheço sua primazia sobre todas as coisas e também
reconheço que tens enviado teu servo, dou a ti a honra”.
“Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que me
enviou. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa de
profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de
justo. E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes
pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum
perderá a sua recompensa”. Mateus 10:40-42.
Este texto não trata de caridade, mas de reconhecer aqueles que a nós são enviados.
Os servos do Senhor são os seus embaixadores (II cor. 5.20) e quando os reconhecemos,
recebemos e honramos, recebemos a benção que eles carregam. Quer ser abençoado de
forma sobrenatural? Pratique o reconhecimento.
O ponto principal aqui, é que devemos investir em quem está investindo em nós, e isso
inclui dinheiro.
Não estamos tratando de uma oferta genérica que entregamos num culto, nem
tampouco dos dízimos. Aqui se trata de uma relação pessoal.
Eu identifico alguém como uma fonte para minha vida e semeio nesta pessoa.
Eu reconheço como alguém enviado por Deus para me abençoar e me fazer crescer,
eu o recebo como um presente de Deus para mim e por causa disso recebo também o
galardão que ele traz. Entregar algo é uma expressão prática deste reconhecimento.
Eu costumo dizer que a entrega das primícias “legitima o discipulado”.
“Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não
come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do
rebanho?”
A verdade é simples e clara: Quem está trabalhando deve receber suporte para fazê-lo.
Do contrário será muito difícil, haverá desgaste e fará o trabalho gemendo, quando
poderia fazer cantando.
O próprio apóstolo demonstra que esta não é uma idéia de homens, mas Deus é quem
implantou este mecanismo por amor aos que trabalham em sua obra:
“Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo?
Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha.
Porventura está Deus cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós?
Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve lavrar
com esperança, e o que debulha deve debulhar com esperança de participar do
fruto” vrs. 8,9,10.
Algo que gosto neste texto, é que a relação está firmada entre o trabalho e a provisão, e
não com títulos. Fica claro que o grau de envolvimento, de compromisso e de trabalho é
que deve servir de parâmetro para a recompensa.
Honrando os pais
“Honra a teu pai e tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para
que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” Efésios 6.2
Atualmente temos uma pobre visão do que é a igreja. Tentamos discernir muitas coisas
em nível individual, mas em geral não compreendemos o que somos como igreja.
Bem, a igreja é a família de Deus. Somos de fato uma família espiritual que vai
permanecer pela eternidade.
Uma das frases que mais uso é que família e igreja fazem parte da mesma revelação.
Em outras palavras, o que Deus diz na bíblia sobre a família natural, serve de base para
compreendermos a estrutura e os valores na família espiritual, a igreja.
O texto acima revela que na família deve existir honra, é uma ordem de Deus. Honrar
também significa investir financeiramente.
O problema é que na igreja, muitas vezes, os pais não são reconhecidos, logo, não são
honrados. Temos o costume de chamar a todos de irmãos.
Isso não está errado, pois todos somos filhos de Deus e irmãos em Cristo Jesus.
Mas, quando não fazemos distinção em nossas relações, colocamos todos numa vala
comum, deixando de honrar pessoas que foram levantadas como pais espirituais sobre
nós.
Na família natural, quando um filho não honra seu pai, ele perderá a bênção. O mesmo
acontece na igreja.
Quem é teu pai espiritual? Quem é tua mãe? Quem está investindo as coisas espirituais
em você? Quem te ensina? quem está discipulando você?Quem tem encargo sobre tua
vida? Responder a estas questões é fundamental.
É preciso identificar, é preciso estabelecer a natureza das relações.
Quando falo sobre a natureza das relações, significa que: alguns se relacionarão comigo
apenas como irmãos em Cristo, outros serão amigos ou companheiros de ministério, mas,
para alguns serei sacerdote ou pai espiritual.
Com esses, minha relação será diferente, será profunda, comprometida, de amor e de
cuidado. Os pais espirituais devem transmitir aos filhos: Herança, identidade,
relacionamentos, dons, habilidades...
Devem ser uma plataforma para os filhos e lançá-los como flechas em direção ao alvo
que é a plenitude de Cristo.
Infelizmente essa cultura tem desaparecido da igreja e por isso vemos relações tão
superficiais. Pessoas entram na igreja como consumistas interessadas apenas em suprir
necessidades momentâneas e se alguma coisa não agrada, vão embora e buscam outro
lugar. Não têm aliança nem compromisso com a família de Deus, não estão sob
autoridade de ninguém, não se submetem e conseqüentemente não honram.
Mas felizes são aqueles que reconhecem seus pais espirituais e os honram.
Estes receberão a porção dobrada como Eliseu que serviu a Elias e ao vê-lo subir
gritou: meu pai, meu pai!
Recebendo seu manto; serão levantados como Samuel que serviu a Eli desde pequeno
e foi honrado pelo Senhor; serão abençoados como foi Timóteo, o verdadeiro filho do
apóstolo Paulo, que recebeu seus dons e a tarefa de edificar a igreja.
Os pais geram, edificam, protegem e lançam seus filhos.
Honrar os pais é totalmente bíblico e uma grande bênção para os que obedecem:
“O que está sendo orientado na palavra deve compartilhar tudo o que possui de
bom com aquele que o instrui. Não vos enganeis; Deus não se permite zombar.
Portanto, tudo o que o ser humano semear, isso também colherá” Gálatas 6.6,7.
Esta é a visão que o Senhor tem nos dado para andarmos como igreja e encorajamos a
cada membro a praticar.
Como somos uma igreja em células, fica fácil identificar os que estão atuando como
sacerdotes.
Consideramos que alguém deve ser honrado com as primícias a partir do seu
envolvimento na liderança de uma célula.
Os membros da célula devem honrar seus líderes com suas primícias, se de fato os
reconhecem com enviados de Deus as suas vidas.
Os líderes honram os seus supervisores, os supervisores honram os seus pastores de
rede. Assim, todo o corpo será suprido e conectado com a bênção de entregar as
primícias diante do Senhor.
Os que dão as primícias sem dúvida serão grandemente abençoados, pois através da
honra aos sacerdotes, estão honrando a Deus. Ez. 44.30.
Os que recebem devem orar abençoando em nome do Senhor e também darão suas
primícias aos que estão acima deles. Todos poderão se tornar líderes de célula exercendo
sacerdócio e recebendo honra dos discípulos. A visão é para todos.
Atenção:
A motivação deve ser correta! Primícia é uma oferta e toda oferta deve ser liberal. A
entrega das primícias deve ser fruto de reconhecimento, de honra a Deus, de revelação
sobre o relacionamento que você tem com determinada pessoa e nunca uma exigência
por causa de uma posição.
Aos que querem apenas receber dinheiro, devem lembrar-se da exortação: II Tess. 3.6-
15, I Tim. 3-10.
Talvez uma pessoa não tenha salário pois não trabalha secularmente, todavia quando
ela receber algo ou mesmo produzir algo poderá entregar suas primícias.
Temos visto muitos irmãos e irmãs mudarem totalmente suas vidas, porque estão
obedecendo a esta verdade e colhendo os frutos.
Primícia é um tipo específico de oferta, portanto, não devemos confundir com a entrega
dos dízimos.
Novo testamento:
I Coríntios 9.7-14 / Gálatas 6.6-10 / Efésios 6.1,2 / Filipenses 4.15-19 / I Tim. 5.17