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ACADEMIA DE POLÍCIA

MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE


SARGENTOS
2023

GESTÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

PHILIPE ALVES ROSA, CAP PM


COORDENADOR

NOSSOS SÍMBOLOS,
NOSSA HONRA.
CEFS
GESTÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA
PÚBLICA
SUMÁRIO
UNIDADE VI – PATRULHA RURAL

▪ CONTEXTUALIZAÇÃO
▪ FINALIDADE
▪ EXECUÇÃO
▪ COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
▪ INDICADORES PERTINENTES
▪ LOGÍSTICA
▪ PRESCRIÇÕES DIVERSAS

✔ Referência: Instrução n. 3.03.08/2022 – CG (Patrulha Rural)


CONTEXTUALIZAÇÃO (vídeo aplicativo Qapp)
https://www.youtube.com/watch?v=HUTJnt4tHE4&t=8s

BREVE HISTÓRICO

INÍCIO EM ITUITUBA EM 2001

No ano de 2006, foi expedida a Instrução nº 03/2006-CG, que regulou


institucionalmente a atuação sistemática e ordinária da PMMG na zona rural, por
meio de guarnições denominadas Patrulhas Rurais.

A citada norma foi revisada no ano de 2013, passando-se a possuir a denominação


de Instrução nº 3.03.08/2013

Programa Minas Segura/2ª Edição, instituído pela Resolução nº 4.826, de 26 de


agosto de 2019, que prevê a potencialização de ações e operações de prevenção e
repressão qualificada da criminalidade no ambiente rural
CONTEXTUALIZAÇÃO
O Programa Minas Segura/2ª Edição:

4 premissas básicas:
aumentar a sensação de segurança,
reduzir o medo do crime,
reduzir a criminalidade e a violência,
fomentar a comunicação direta.

4 eixos de atuação, sendo que um deles trata exatamente da Segurança Rural,


apresentando 3 projetos:

reestruturar a Patrulha Rural;


promover a atuação qualificada do policiamento de Meio Ambiente; e
promover a criação de Redes de Segurança Rural.
CENÁRIO GEOECONÔMICO DE MINAS GERAIS

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), 85,3% da


população mineira vive no meio urbano, sendo que 14,7% reside na zona rural.

O agronegócio representou aproximadamente 36% do Produto Interno Bruto (PIB)


estadual no ano de 2019 conforme apurou o Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (CEPEA).

Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, responsável por mais de 50% da
safra nacional, sendo que a área cultivada totaliza 1,2 milhão de hectares

Patrulha Rural é um serviço classificado como essencial, ou seja, imprescindível e


obrigatório a todas Regiões da Polícia Militar (RPM) e Unidades de Execução
Operacional (UEOp) que possuem tipologia rural
CONTEXTUALIZAÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO
PATRULHA RURAL EM MINAS GERAIS
A execução do policiamento no meio rural se dará com ênfase na ação preventiva e
com base na filosofia de Polícia Comunitária.
Conceito de Patrulha Rural, segundo Portfolio de Serviços (2019) – consiste em
guarnição composta por dois ou três policiais militares que atuam em veículo de
quatro rodas utilizando armamento e equipamento adequados para atuação
preventiva e pronta resposta no meio rural, mediante planejamento contido em
cartão-programa ou operações específicas.
O policiamento de meio ambiente e sua contribuição no meio rural, é imprescindível
citar o serviço do Grupo Especial de Policiamento Ambiental (GEPAM), cujo conceito
consiste no: (...) emprego de guarnições compostas por três policiais militares
devidamente treinados, empenhados em turno ordinário ou especial de serviço, com
emprego de viaturas tipo caminhonete 4X4, com o propósito de realizar a repressão
qualificada e recobrimento em locais estrategicamente definidos, com base na análise
de informações criminais e de meio ambiente.
Cabe ressaltar, que o policiamento ostensivo no meio rural não se vincula
somente à atuação das Patrulhas Rurais, mas a todo o policiamento realizado
nesse ambiente.
PROBLEMAS ENFRENTADOS NO MEIO RURAL
na presente Instrução, utilizar-se-á como base a Teoria da Abordagem de Atividades
Rotineiras ou Teoria da Atividade Rotineira (originalmente formulada por Cohen e
Felson em 1979), que alinha três elementos para a existência do crime.

teoria elege três elementos que, ao se relacionarem de maneira simultânea,


propiciam o acontecimento do crime. São eles: ofensor motivado, alvo disponível e
ambiente favorável. Em conjunto, os elementos formam o conhecido triângulo do
crime.

a doutrina de patrulhamento rural deverá pautar suas ações preventivas e de


repressão qualificada orientada aos problemas e fatores que propiciam o
acontecimento do crime no ambiente rural.
FATORES DE VITIMOLOGIA INERENTES À ZONA RURAL

Os Comandantes responsáveis deverão conhecer tais fatores e buscar a mitigação


das fragilidades que oportunizem o crime.

a) um calendário agrícola de plantio, colheita e venda da safra propiciando uma


observação, por parte dos criminosos, da rotina rural;
b) existência de máquinas, implementos e insumos agrícolas de alto valor, em
especial em relação aos maquinários eventualmente subtraídos, dos quais faltem
informações, que possibilitem a identificação, como chassis e números de série.
c) propriedades e povoados rurais muito distantes uns dos outros, e do meio urbano,
com difícil acesso por estradas sem pavimentação, bem como propriedades sem
moradores, desabitadas, com materiais de valor em seu interior;
d) ausência de um georreferenciamento das vias rurais não pavimentadas;
e) dificuldade de comunicação via telefone ou internet entre os
moradores/trabalhadores rurais e com a PMMG;
f) existência de animais sem marcação de controle de propriedade soltos nos pastos
e estradas vicinais proporcionando o extravio destes;
FATORES DE VITIMOLOGIA INERENTES À ZONA RURAL

g) lavouras e plantações arbóreas de médio porte capaz de proporcionar locais de


homizio para criminosos e/ou desmanche e ocultação de veículos automotores;
h) comércio e transporte irregular de animais destinados ao abate para uso comercial;
i) glebas de terra ociosas proporcionando ações de usucapião e conflitos agrários;
j) extração mineral e vegetal irregular ocasionando crimes ambientais;
k) malha viária complexa e ramificada que favorece a fuga de criminosos;
l) extensa divisa com outros estados que dificulta o controle de acesso de pessoas
que circulam pela zona rural;
m) locais sem acesso por meio de veículos de 4 rodas, mas tão somente através de
animais e motocicletas;
n) inexistência de iluminação pública nas vias rurais.
o) ausência de equipamentos de segurança, como câmeras de videomonitoramento,
alarmes, dentre outros.
FINALIDADE
OBJETIVOS
Geral
Normatizar a atuação do serviço operacional da PMMG em face das disposições
constitucionais e doutrinárias vigentes, com vistas à solidificação e promoção do
conceito de segurança cidadã e democrática, com clara valorização dos direitos e
liberdades fundamentais dos cidadãos que de alguma forma estejam inseridos no
meio rural do território mineiro.

Específicos
a) padronizar a implantação, expansão, consolidação e estrutura operacional de
atuação da Patrulha Rural nas Unidades da PMMG;
b) qualificar o serviço operacional no meio rural, gerando reflexos positivos para
melhoria da segurança das pessoas que vivem e trabalham no campo;
c) estabelecer uma política de proximidade à população rural mineira que vise a
participação da comunidade rural na construção de um ambiente seguro no campo;
FINALIDADE
Específicos

d) fomentar atuações integradas com outros órgãos do sistema de defesa social e/ou
não governamentais, objetivando estabelecer vínculos comunitários
e) regular e consolidar as Redes de Proteção Preventiva no meio rural existentes em
todo o estado, bem como fomentar a instalação de novas redes, com o apoio de
tecnologias de cadastro;
f) estabelecer parâmetros para o planejamento e execução das atividades de polícia
ostensiva no meio rural, orientado por resultados de desempenho operacional;
g) definir estratégias de emprego operacional da PMMG no meio rural, pautadas na
prevenção e repressão qualificada;
h) capacitar o policial militar que atua no ambiente rural a executar os diversos
serviços instituídos na PMMG, dentro da técnica adequada;
i) fomentar o planejamento e atuação conjunta com as equipes de policiamento meio
ambiente e de trânsito rodoviário;
j) realizar o georreferenciamento rural
EXECUÇÃO

A execução do serviço da Patrulha Rural perpassa pela obrigatória observância aos


princípios de Polícia Comunitária já consolidados no estado de Minas Gerais. A
prestação desse serviço deve contemplar:

a) o legítimo envolvimento dos policiais que estão diretamente responsáveis pela


execução do policiamento;

b) a participação dos cidadãos residentes ou trabalhadores do meio rural nas


decisões sobre a prestação da segurança, a eles direcionada. A execução dos
serviços de segurança pública para o meio rural deve ser pautada em ações de
Policiamento Orientado para o Problema (POP).
PRESSUPOSTOS

a) atuar como facilitador da organização/mobilização social das comunidades rurais,


por meio das práticas de policiamento comunitário;
b) realizar o policiamento ostensivo, sistemático e ordinário no meio rural, com a
utilização prioritária das Patrulhas Rurais na atuação preventiva e pronta resposta;
c) estabelecer, juntamente com a comunidade rural, uma rede de informações que
possibilite maior efetividade na ação preventiva contra a criminalidade;
d) adotar a sistemática avaliação do serviço prestado por meio do acompanhamento
dos índices de criminalidade, da sensação de segurança e dos níveis de satisfação
das comunidades atendidas;
e) catalogar as propriedades, produtores e moradores rurais, bem como suas
atividades agropecuárias, veículos, maquinários, outros materiais e pessoas de
interesse à segurança pública;
f) manter estreito relacionamento comunitário com os proprietários, produtores e
moradores rurais;
PRESSUPOSTOS

g) estabelecer itinerários, por meio de cartão-programa devidamente digitalizados


utilizando-se de mapas das propriedades rurais e dos principais eixos de circulação;
h) estreitar relações com os órgãos públicos, entidades não governamentais e
empresas privadas que possuam envolvimento com questões rurais;
i) realizar operações conjuntas com outras forças de segurança, Secretarias de
Governo;
j) criar ou fortalecer os Conselhos de Segurança no meio rural;
k) realizar o mapeamento rural através do geoprocessamento com tecnologia
disponível à PMMG;
l) apoiar a atividade de Policiamento de Meio Ambiente, observado o Princípio da
Universalidade;
m) atuar em conjunto com o GEPAM nas ações/operações de repressão qualificada.
SELEÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO

além do perfil profissiográfico institucional, o Comandante deverá observar os


seguintes predicados:

a) empatia com a atividade desenvolvida;


b) capacidade comunicacional: ser possuidor de boa capacidade de se comunicar e
estabelecer um diálogo proativo;
c) facilidade de trabalhar em equipe e mobilização comunitária;
d) administração de conflitos;
e) dinamismo: postura proativa, antecipando-se aos problemas.
SELEÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Requisitos administrativos:
a) ser voluntário;
b) estar classificado, no mínimo, no conceito “B”, com até 24 (vinte e quatro) pontos
negativos;
c) não estar respondendo a processo criminal, salvo quando houver a declaração de
ação policial legítima;
d) estar aprovado no Treinamento Policial Básico (TPB); e) ser credenciado a atuar
com arma de alta energia;
f) possuir carteira de habilitação veicular e credenciamento para condução de viatura
policial-militar.

Qualificação e capacitação:
os militares que comporão as Guarnições de Patrulha Rural serão submetidos a um
treinamento próprio
Embora não seja um requisito, é desejável que o policial militar que atua no serviço
possua o curso de Patrulha Rural.
INTELIGÊNCIA VOLTADA A ATUAÇÃO DA POLÍCIA
OSTENSIVA NO MEIO RURAL

Os integrantes da Patrulha Rural deverão manter estreito relacionamento comunitário


com os proprietários e produtores rurais de modo que possam obter informações
hábeis a subsidiar planejamentos, reuniões, ações e operações policiais militares em
toda a extensão territorial sob sua responsabilidade. Inclusive devem fomentar a
instalação de câmeras e iluminação com sensor de presença, voltadas para a via
pública em pontos estratégicos, tal medida constitui uma prática inibidora do
cometimento do delito. Deve-se ainda, estimular que as propriedades rurais
possuidoras de câmeras de videomonitoramento venham a integrá-las ao sistema
Hélios
Além disso, deverão cadastrar as propriedades e seus proprietários, bem como as
propriedades rurais que são objeto de aluguel para festas e outras finalidades.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS

Ciclo de Desenvolvimento O serviço da Patrulha Rural pode ser potencializado


quando atrelado a uma Rede de Proteção Preventiva.

Fases para implantação de e gestão do serviço de Redes de Proteção Preventiva no


meio rural (8 fases)

Mesmo nas Unidades em que a Patrulha Rural já foi implantada, o fluxograma


apresentado deve ser utilizado para a expansão e aperfeiçoamento dos serviços.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
PRIMEIRA FASE:
leitura do macroambiente operacional com identificação de colaboradores.

SEGUNDA FASE:
mobilização social Após o mapeamento das lideranças rurais e dos colaboradores
externos.

Em regra, as reuniões devem ocorrer no meio rural, próximo da comunidade


atendida, a fim de se buscar uma aproximação entre a PMMG e os destinatários do
serviço.
Deve ficar bem claro à comunidade que o serviço de Patrulha Rural é direcionado a
quem vive, trabalha e empreende no campo e que, embora seja desejável, não é
obrigatória a adesão ao programa nem a aquisição de nenhum material de
identificação visual como placas e banners.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
TERCEIRA FASE:
visita técnica de cadastramento rural Esta fase é dividida em duas etapas:

a) Primeira etapa: georreferenciamento rural. O policial militar deverá utilizar as


ferramentas e alimentar o sistema informatizado padronizado pela PMMG;

b) Segunda etapa: cadastramento do morador da zona rural e de seus funcionários.

QUARTA FASE:
setorização do patrulhamento rural Setorizar, com a delimitação do espaço físico de
responsabilidade, estabelecendo o número de propriedades rurais atendidas e a
criação do cartão-programa.
As UEOp, em seus respectivos Planos de Emprego Operacional (PLEMOP), deverão
definir para as localidades rurais pontos de cerco e bloqueio.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
QUINTA FASE:
criação/ampliação da Rede de Proteção Preventiva Estruturação de uma agenda
positiva de reuniões entre a PMMG e os moradores/trabalhadores da zona rural.

Para se criar uma identidade visual do serviço da Patrulha Rural, o Comandante de


Pelotão deverá estimular os moradores e produtores rurais que aderirem à rede a
fixarem na entrada de cada imóvel a placa identificadora da Rede de Proteção
Preventiva, conforme modelo padrão estabelecido pela PMMG.

Deve ser criado, em conjunto, um protocolo de utilização grupos de aplicativos de


mensagens de maneira que os procedimentos de acionamento de vizinhos, da
PMMG ou o lançamento de informações úteis e necessárias sejam otimizados.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
SEXTA FASE:
criação de uma agenda de produção rural Realização do mapeamento das rotinas e
atividades fixas ocorridas de maneira cotidiana na vida da comunidade rural e que
podem impactar na ocorrência de crime local.
Durante o período de plantio e colheita é natural que as empresas e produtores rurais
contratem trabalhadores temporários, inclusive oriundos de outras regiões do país.

SÉTIMA FASE:
desencadeamento do policiamento preventivo
Recomenda-se a realização de operações integradas com as equipes de
policiamento rodoviário e de meio ambiente, dentro das esferas de suas atribuições.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

Além das atividades ordinariamente realizadas, a Patrulha Rural poderá atuar


também em casos de:
a) conflitos agrários
b) realização de atividades conjuntas com a vigilância sanitária do município para a
detecção de receptadores de animais furtados;
c) realização de atividades conjuntas com a Receita Estadual, IMA, SEMAD, dentre
outros órgãos
d) desencadeamento de “Operações Desmanche”, em conjunto com a Polícia Civil e
com as Unidades de policiamento de trânsito urbano e rodoviário,
e) operações repressivas, notadamente aquelas para localização/abordagem de
infratores em fuga ou foragidos,
f) prevenção ao tráfico ilícito de drogas por intermédio do policiamento preventivo no
meio rural,
g) prevenção ou repressão a infrações ambientais
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

h) comércio Ilegal de Insumos Agrícolas:


i) ocorrências envolvendo ataques a instituições financeiras;
j) acompanhamento de suspeito infrator ou autor de delito, egressos do sistema
prisional que estejam em liberdade condicional ou em cumprimento de pena restritiva
de direito, que residam ou gozam de tais benefícios em zona rural;
k) Disque-Denúncia Unificado (DDU): fomentar junto à comunidade rural a utilização
do tridígito 181.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:
l) fiscalização do transporte de animais / abate clandestino
É importante o conhecimento por parte do policial que atua em áreas rurais acerca
das normas que regulam o transporte de animais.
Toda pessoa responsável pelo transporte de animais (bovinos, equídeos, outros)
deverá possuir a Guia de Trânsito Animal (GTA). Documento é emitido, no estado de
Minas Gerais, pelos escritórios do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Além da
GTA o transportador deve apresentar, conforme o caso, uma nota fiscal do produtor
caso se trate de transporte de animais comercializados, com vistas à comprovação da
origem do gado.
Em complemento ao trabalho de prevenção ao citado crime, embora ele ocorra no
meio rural, a Patrulha Rural poderá atuar nas cidades, em operações conjuntas com o
IMA e com agentes da vigilância sanitária, com vistas a identificar receptadores de
produtos decorrentes do abate clandestino.

OITAVA FASE:
reavaliação periódica do emprego operacional
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E
AFERIÇÃO DOS RESULTADOS
A melhoria da sensação de segurança, a redução do medo do crime e a interação
com o homem do campo devem ser foco na atividade desenvolvida pela Patrulha
Rural. A comunicação deve abranger duas vertentes: interna e externa, conforme
descritas a seguir.

Comunicação Interna:
Deve ser direcionada aos policiais militares com o objetivo de instruí-los corretamente
sobre o seu papel como agente de relações públicas, próximo da população e capaz
de influenciar na percepção da segurança pelo público atendido por ele.

Comunicação Externa:
É o relacionamento do policial militar com o homem do campo, focando a qualidade
no atendimento e a busca constante do alcance dos pressupostos básicos do
relacionamento com o cidadão: recebê-lo bem, atendê-lo com satisfação, servi-lo com
excelência e encantá-lo no atendimento.
INDICADORES PERTINENTES A ATUAÇÃO DA
PATRULHA RURAL

Os indicadores a serem avaliados e as metas estipuladas, bem como a forma de


aferição, serão traçados por documentos metodológicos a serem elaborados pela
Diretoria de Operações (DOp).
LOGÍSTICA APLICADA À PATRULHA RURAL

a) viatura adequada ao serviço de patrulhamento rural,


b) colete de proteção balística
c) capacete balístico e escudo de proteção balística;
d) arma longa de alta energia ou submetralhadora;
e) facão, enxada, corda, bastão, lanterna e sinalizador noturno de via;
f) granadas e munições de menor potencial ofensivo;
g) drone ou veículo aéreo não tripulado para apoio às operações terrestres;
h) tecnologia embarcada, junto à viatura (GPS/Acesso à
Internet/Radiocomunicação);
i) rádio de comunicação móvel (HT);
j) para o cadastro e georreferenciamento rural, o policial militar deverá utilizar
equipamentos e sistemas disponibilizados pela Instituição;
k) kit de primeiros socorros
PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Não obstante, a inexistência do serviço de Patrulha Rural não deve ser considerado
como um obstáculo para a inclusão das necessidades da comunidade rural na
agenda de atividades da fração, como forma de garantir à comunidade rural o mesmo
atendimento fornecido aos moradores das áreas urbanas.

A dotação de recursos logísticos é de responsabilidade orgânica da Corporação e


desta forma, não deve haver vinculação de doação de viaturas/equipamentos junto à
comunidade para a criação da Patrulha Rural.
Fluxograma de implantação do serviço da Patrulha Rural e a
gestão das Redes de Proteção Preventiva no meio rural
CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS - É importante que o futuro sargento


da Polícia Militar de Minas Gerais saiba da importância da
realização do policiamento na zona rural para exercício da
missão constitucional da Polícia Militar de Minas Gerais. –

OBJETIVO GERAL conhecer as orientações da instituição para


realização do policiamento na zona rural
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - habilitar ao futuro sargento ao
exercício da atividade realização do policiamento na zona rural
REFERÊNCIA

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral.


Patrulha Rural. Instrução nº 3.03.08/2022: Regula a
atuação da Patrulha Rural/ Comando-Geral. -- Belo
Horizonte: Terceira Seção do Estado-Maior (PM3), 2022.

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