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526-92

PATRULHA RURAL

INSTRUÇÃO Nº 3.03.08/2022 - CG
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CONTEXTUALIZAÇÃO
BREVE HISTÓRICO

INÍCIO EM ITUITUBA EM 2001

No ano de 2006, foi expedida a Instrução nº 03/2006-CG, que regulou


institucionalmente a atuação sistemática e ordinária da PMMG na
zona rural, por meio de guarnições denominadas Patrulhas Rurais.

A citada norma foi revisada no ano de 2013, passando-se a possuir a


denominação de Instrução nº 3.03.08/2013.

Programa Minas Segura/2ª Edição, instituído pela Resolução nº 4.826,


de 26 de agosto de 2019, que prevê a potencialização de ações e
operações de prevenção e repressão qualificada da criminalidade no
ambiente rural.
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O Programa Minas Segura/2ª Edição:


4 premissas básicas:
➢ aumentar a sensação de segurança,
➢ reduzir o medo do crime,
➢ reduzir a criminalidade e a violência,
➢ fomentar a comunicação direta.
4 eixos de atuação, sendo que um deles trata exatamente da
Segurança Rural, apresentando 3 projetos:
➢ reestruturar a Patrulha Rural;
➢ promover a atuação qualificada do policiamento de Meio
Ambiente;
➢ e promover a criação de Redes de Segurança Rural.
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CENÁRIO GEOECONÔMICO DE MINAS GERAIS

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010),


85,3% da população mineira vive no meio urbano, sendo que 14,7%
reside na zona rural.

O agronegócio representou aproximadamente 36% do Produto Interno


Bruto (PIB) estadual no ano de 2019 conforme apurou o Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).

Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, responsável por mais


de 50% da safra nacional, sendo que a área cultivada totaliza 1,2 milhão
de hectares.
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PATRULHA RURAL EM MINAS GERAIS


A execução do policiamento no meio rural se dará com ênfase na ação
preventiva e com base na filosofia de Polícia Comunitária.

Conceito de Patrulha Rural, segundo Portfolio de Serviços (2019) –


consiste em guarnição composta por dois ou três policiais militares que
atuam em veículo de quatro rodas utilizando armamento e equipamento
adequados para atuação preventiva e pronta resposta no meio rural,
mediante planejamento contido em cartão-programa ou operações
específicas.
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PATRULHA RURAL EM MINAS GERAIS


No que diz respeito ao policiamento de meio ambiente e sua contribuição
no meio rural, é imprescindível citar o serviço do Grupo Especial de
Policiamento Ambiental (GEPAM), cujo conceito consiste no: (...) emprego
de guarnições compostas por três policiais militares devidamente
treinados, empenhados em turno ordinário ou especial de serviço, com
emprego de viaturas tipo caminhonete 4X4, com o propósito de realizar a
repressão qualificada e recobrimento em locais estrategicamente
definidos, com base na análise de informações criminais e de meio
ambiente.

Cabe ressaltar, que o policiamento ostensivo no meio rural não se vincula


somente à atuação das Patrulhas Rurais, mas a todo o policiamento
realizado nesse ambiente.
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PROBLEMAS ENFRENTADOS NO MEIO RURAL


Utilizar-se-á como base a Teoria da Abordagem de Atividades Rotineiras
ou Teoria da Atividade Rotineira (originalmente formulada por Cohen e
Felson em 1979), que alinha três elementos para a existência do crime.

Teoria elege três elementos que, ao se relacionarem de maneira


simultânea, propiciam o acontecimento do crime. São eles: ofensor
motivado, alvo disponível e ambiente favorável. Em conjunto, os
elementos formam o conhecido triângulo do crime.

A doutrina de patrulhamento rural deverá pautar suas ações preventivas e


de repressão qualificada orientada aos problemas e fatores que
propiciam o acontecimento do crime no ambiente rural.
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FATORES DE VITIMOLOGIA INERENTES À ZONA RURAL


Os Comandantes responsáveis deverão conhecer tais fatores e buscar a
mitigação das fragilidades que oportunizem o crime.

a) um calendário agrícola de plantio, colheita e venda da safra


propiciando uma observação, por parte dos criminosos, da rotina rural;

b) existência de máquinas, implementos e insumos agrícolas de alto


valor, em especial em relação aos maquinários eventualmente
subtraídos, dos quais faltem informações, que possibilitem a
identificação, como chassis e números de série.

c) propriedades e povoados rurais muito distantes uns dos outros, e do


meio urbano, com difícil acesso por estradas sem pavimentação, bem
como propriedades sem moradores, desabitadas, com materiais de valor
em seu interior;
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FATORES DE VITIMOLOGIA INERENTES À ZONA RURAL


d) ausência de um georreferenciamento das vias rurais não
pavimentadas;

e) dificuldade de comunicação via telefone ou internet entre os


moradores/trabalhadores rurais e com a PMMG;

f) existência de animais sem marcação de controle de propriedade soltos


nos pastos e estradas vicinais proporcionando o extravio destes;

g) lavouras e plantações arbóreas de médio porte capaz de proporcionar


locais de homízio para criminosos e/ou desmanche e ocultação de
veículos automotores;

h) comércio e transporte irregular de animais destinados ao abate para


uso comercial;
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FATORES DE VITIMOLOGIA INERENTES À ZONA RURAL


i) glebas de terras ociosas proporcionando ações de usucapião e conflitos
agrários;

j) extração mineral e vegetal irregular ocasionando crimes ambientais;

k) malha viária complexa e ramificada que favorece a fuga de criminosos;

l) extensa divisa com outros estados que dificulta o controle de acesso de


pessoas que circulam pela zona rural;

m) locais sem acesso por meio de veículos de 4 rodas, mas tão somente
através de animais e motocicletas;

n) inexistência de iluminação pública nas vias rurais.

o) ausência de equipamentos de segurança, como câmeras de


videomonitoramento, alarmes, dentre outros.
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O serviço da Patrulha Rural é classificado como essencial


para as Unidades com responsabilidade territorial que
possuem áreas rurais até o nível de Companhia
Independente e por isso possui caráter impositivo quanto a
sua implantação, o que demanda grande atenção por parte
dos Comandantes de UEOp que têm áreas rurais em seus
limites de responsabilidade territorial.
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OBJETIVOS (INSTRUÇÃO Nº 3.03.08/2022 – CG)

Geral

Normatizar a atuação do serviço operacional da PMMG em


face das disposições constitucionais e doutrinárias vigentes,
com vistas à solidificação e promoção do conceito de
segurança cidadã e democrática, com clara valorização dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos que de
alguma forma estejam inseridos no meio rural do território
mineiro.
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Específicos

a) padronizar a implantação, expansão, consolidação e


estrutura operacional de atuação da Patrulha Rural nas
Unidades da PMMG;

b) qualificar o serviço operacional no meio rural, gerando


reflexos positivos para melhoria da segurança das pessoas
que vivem e trabalham no campo;

c) estabelecer uma política de proximidade à população rural


mineira que vise a participação da comunidade rural na
construção de um ambiente seguro no campo;
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d) fomentar atuações integradas com outros órgãos do


sistema de defesa social e/ou não governamentais,
objetivando estabelecer vínculos comunitários;

e) regular e consolidar as Redes de Proteção Preventiva no


meio rural existentes em todo o estado, bem como fomentar
a instalação de novas redes, com o apoio de tecnologias de
cadastro;

f) estabelecer parâmetros para o planejamento e execução


das atividades de polícia ostensiva no meio rural, orientado
por resultados de desempenho operacional;
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g) definir estratégias de emprego operacional da PMMG no


meio rural, pautadas na prevenção e repressão qualificada;

h) capacitar o policial militar que atua no ambiente rural a


executar os diversos serviços instituídos na PMMG, dentro da
técnica adequada;

i) fomentar o planejamento e atuação conjunta com as


equipes de policiamento meio ambiente e de trânsito
rodoviário;

j) realizar o georreferenciamento rural.


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EXECUÇÃO
A execução do serviço da Patrulha Rural perpassa pela obrigatória
observância aos princípios de Polícia Comunitária já consolidados no
estado de Minas Gerais. A prestação desse serviço deve contemplar:

a) o legítimo envolvimento dos policiais que estão diretamente


responsáveis pela execução do policiamento;

b) a participação dos cidadãos residentes ou trabalhadores do meio rural


nas decisões sobre a prestação da segurança, a eles direcionada. A
execução dos serviços de segurança pública para o meio rural deve ser
pautada em ações de Policiamento Orientado para o Problema (POP).
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PRESSUPOSTOS
a) atuar como facilitador da organização/mobilização social das
comunidades rurais, por meio das práticas de policiamento comunitário;

b) realizar o policiamento ostensivo, sistemático e ordinário no meio


rural, com a utilização prioritária das Patrulhas Rurais na atuação
preventiva e pronta resposta;

c) estabelecer, juntamente com a comunidade rural, uma rede de


informações que possibilite maior efetividade na ação preventiva contra a
criminalidade;

d) adotar a sistemática avaliação do serviço prestado por meio do


acompanhamento dos índices de criminalidade, da sensação de
segurança e dos níveis de satisfação das comunidades atendidas;
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PRESSUPOSTOS
e) catalogar as propriedades, produtores e moradores rurais, bem como
suas atividades agropecuárias, veículos, maquinários, outros materiais e
pessoas de interesse à segurança pública;

f) manter estreito relacionamento comunitário com os proprietários,


produtores e moradores rurais;

g) estabelecer itinerários, por meio de cartão-programa devidamente


digitalizados utilizando-se de mapas das propriedades rurais e dos
principais eixos de circulação;

h) estreitar relações com os órgãos públicos, entidades não


governamentais e empresas privadas que possuam envolvimento com
questões rurais;
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PRESSUPOSTOS
i) realizar operações conjuntas com outras forças de segurança,
Secretarias de Governo;

j) criar ou fortalecer os Conselhos de Segurança no meio rural;

k) realizar o mapeamento rural através do geoprocessamento com


tecnologia disponível à PMMG;

l) apoiar a atividade de Policiamento de Meio Ambiente, observado o


Princípio da Universalidade;

m) atuar em conjunto com o GEPAM nas ações/operações de repressão


qualificada.
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SELEÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO

Além do perfil profissiográfico institucional, o Comandante deverá


observar os seguintes predicados:

a) empatia com a atividade desenvolvida;

b) capacidade comunicacional: ser possuidor de boa capacidade de se


comunicar e estabelecer um diálogo proativo;

c) facilidade de trabalhar em equipe e mobilização comunitária;

d) administração de conflitos;

e) dinamismo: postura proativa, antecipando-se aos problemas.


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SELEÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO


Requisitos administrativos:

a) ser voluntário;

b) estar classificado, no mínimo, no conceito “B”, com até 24 (vinte e


quatro) pontos negativos;

c) não estar respondendo a processo criminal, salvo quando houver a


declaração de ação policial legítima;

d) estar aprovado no Treinamento Policial Básico (TPB);

e) ser credenciado a atuar com arma de alta energia;

f) possuir carteira de habilitação veicular e credenciamento para


condução de viatura policial-militar.
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SELEÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO

Qualificação e capacitação:

➢ Os militares que comporão as Guarnições de Patrulha Rural serão


submetidos a um treinamento próprio.

➢ Embora não seja um requisito, é desejável que o policial militar que


atua no serviço possua o curso de Patrulha Rural.
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INTELIGÊNCIA VOLTADA A ATUAÇÃO DA POLÍCIA


OSTENSIVA NO MEIO RURAL
Os integrantes da Patrulha Rural deverão manter estreito relacionamento
comunitário com os proprietários e produtores rurais de modo que
possam obter informações hábeis a subsidiar planejamentos, reuniões,
ações e operações policiais militares em toda a extensão territorial sob
sua responsabilidade. Inclusive devem fomentar a instalação de câmeras
e iluminação com sensor de presença, voltadas para a via pública em
pontos estratégicos, tal medida constitui uma prática inibidora do
cometimento do delito. Deve-se ainda, estimular que as propriedades
rurais possuidoras de câmeras de videomonitoramento venham a
integrá-las ao sistema Hélios. Além disso, deverão cadastrar as
propriedades e seus proprietários, bem como as propriedades rurais que
são objeto de aluguel para festas e outras finalidades.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
Ciclo de Desenvolvimento

O serviço da Patrulha Rural pode ser potencializado quando atrelado a


uma Rede de Proteção Preventiva.

8 Fases para implantação e gestão do serviço de Redes de Proteção


Preventiva no meio rural.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
PRIMEIRA FASE: leitura do macroambiente operacional com identificação
de colaboradores.

SEGUNDA FASE: mobilização social após o mapeamento das lideranças


rurais e dos colaboradores externos.

Em regra, as reuniões devem ocorrer no meio rural, próximo da


comunidade atendida, a fim de se buscar uma aproximação entre a
PMMG e os destinatários do serviço. Deve ficar bem claro à comunidade
que o serviço de Patrulha Rural é direcionado a quem vive, trabalha e
empreende no campo e que, embora seja desejável, não é obrigatória a
adesão ao programa nem a aquisição de nenhum material de
identificação visual como placas e banners.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
TERCEIRA FASE: visita técnica de cadastramento rural. Esta fase é dividida em
duas etapas:

a) Primeira etapa: georreferenciamento rural. O policial militar deverá utilizar


as ferramentas e alimentar o sistema informatizado padronizado pela PMMG;

b) Segunda etapa: cadastramento do morador da zona rural e de seus


funcionários.

QUARTA FASE: setorização do patrulhamento rural. Setorizar, com a


delimitação do espaço físico de responsabilidade, estabelecendo o número
de propriedades rurais atendidas e a criação do cartão-programa. As UEOp,
em seus respectivos Planos de Emprego Operacional (PLEMOP), deverão
definir para as localidades rurais pontos de cerco e bloqueio.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
QUINTA FASE: criação/ampliação da Rede de Proteção Preventiva

Estruturação de uma agenda positiva de reuniões entre a PMMG e os


moradores/trabalhadores da zona rural.

Para se criar uma identidade visual do serviço da Patrulha Rural, o


Comandante de Pelotão deverá estimular os moradores e produtores
rurais que aderirem à rede a fixarem na entrada de cada imóvel a placa
identificadora da Rede de Proteção Preventiva, conforme modelo padrão
estabelecido pela PMMG. Deve ser criado, em conjunto, um protocolo de
utilização grupos de aplicativos de mensagens de maneira que os
procedimentos de acionamento de vizinhos, da PMMG ou o lançamento
de informações úteis e necessárias sejam otimizados.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SEXTA FASE: criação de uma agenda de produção rural. Realização do
mapeamento das rotinas e atividades fixas ocorridas de maneira
cotidiana na vida da comunidade rural e que podem impactar na
ocorrência de crime local. Durante o período de plantio e colheita é
natural que as empresas e produtores rurais contratem trabalhadores
temporários, inclusive oriundos de outras regiões do país.

SÉTIMA FASE: desencadeamento do policiamento preventivo.


Recomenda-se a realização de operações integradas com as equipes de
policiamento rodoviário e de meio ambiente, dentro das esferas de suas
atribuições.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

Além das atividades ordinariamente realizadas, a Patrulha Rural poderá


atuar também em casos de:

a) conflitos agrários;

b) realização de atividades conjuntas com a vigilância sanitária do


município para a detecção de receptadores de animais furtados;

c) realização de atividades conjuntas com a Receita Estadual, IMA, SEMAD,


dentre outros órgãos;

d) desencadeamento de “Operações Desmanche”, em conjunto com a


Polícia Civil e com as Unidades de policiamento de trânsito urbano e
rodoviário;
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

e) operações repressivas, notadamente aquelas para


localização/abordagem de infratores em fuga ou foragidos;

f) prevenção ao tráfico ilícito de drogas por intermédio do policiamento


preventivo no meio rural;

g) prevenção ou repressão a infrações ambientais;

h) comércio Ilegal de Insumos Agrícolas:

i) ocorrências envolvendo ataques a instituições financeiras;


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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

j) acompanhamento de suspeito infrator ou autor de delito, egressos do


sistema prisional que estejam em liberdade condicional ou em
cumprimento de pena restritiva de direito, que residam ou gozam de tais
benefícios em zona rural;

k) Disque-Denúncia Unificado (DDU): fomentar junto à comunidade rural


a utilização do tridígito 181;

l) fiscalização do transporte de animais / abate clandestino.


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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

É importante o conhecimento por parte do policial que atua em áreas


rurais acerca das normas que regulam o transporte de animais.

Toda pessoa responsável pelo transporte de animais (bovinos, equídeos,


outros) deverá possuir a Guia de Trânsito Animal (GTA). Documento é
emitido, no estado de Minas Gerais, pelos escritórios do Instituto Mineiro
de Agropecuária (IMA). Além da GTA o transportador deve apresentar,
conforme o caso, uma nota fiscal do produtor caso se trate de transporte
de animais comercializados, com vistas à comprovação da origem do
gado.
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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
SÉTIMA FASE:

Em complemento ao trabalho de prevenção ao citado crime, embora ele


ocorra no meio rural, a Patrulha Rural poderá atuar nas cidades, em
operações conjuntas com o IMA e com agentes da vigilância sanitária,
com vistas a identificar receptadores de produtos decorrentes do abate
clandestino.

OITAVA FASE: reavaliação periódica do emprego operacional.


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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E AFERIÇÃO


DOS RESULTADOS
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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

A Comunicação Organizacional é uma atividade multidisciplinar que está


inserida em todas as atividades da Polícia Militar, dada a importância
crescente que a informação tem ganhado neste mundo global,
interconectado e interdependente. Assim, o seu emprego correto
constitui-se em uma importante ferramenta de marketing institucional,
fundamental para subsidiar o processo de tomada de decisão e permitir a
interação contínua com a sociedade e seu público interno.

A melhoria da sensação de segurança, a redução do medo do crime e a


interação com o homem do campo devem ser foco na atividade
desenvolvida pela Patrulha Rural. A comunicação deve abranger duas
vertentes: interna e externa, conforme descritas a seguir.
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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Comunicação Interna:

Deve ser direcionada aos policiais militares com o objetivo de instruí-los


corretamente sobre o seu papel como agente de relações públicas,
próximo da população e capaz de influenciar na percepção da segurança
pelo público atendido por ele.

Comunicação Externa:

É o relacionamento do policial militar com o homem do campo, focando


a qualidade no atendimento e a busca constante do alcance dos
pressupostos básicos do relacionamento com o cidadão: recebê-lo bem,
atendê-lo com satisfação, servi-lo com excelência e encantá-lo no
atendimento.
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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
➢ Identidade Visual

✓ É imprescindível que a marca da Polícia Militar de Minas Gerais seja


utilizada e valorizada em toda peça de marketing, respeitados os
devidos parâmetros instituídos no devido Manual da Marca da
Instituição.

➢ Metodologia para produção de peças de comunicação

✓ As peças de comunicação serão executadas pela Seção de


Comunicação Organizacional (SCO) da UEOp cuja Patrulha Rural faz
parte. Devem ser validadas pela sua respectiva RPM e também pela
Diretoria de Comunicação Organizacional (DCO).
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INDICADORES PERTINENTES A ATUAÇÃO DA PATRULHA RURAL

Os indicadores a serem avaliados e as metas estipuladas,


bem como a forma de aferição, serão traçados por
documentos metodológicos a serem elaborados pela
Diretoria de Operações (DOp). Após definidos os indicadores,
a DOp realizará periodicamente o monitoramento e avaliação
dos resultados.
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LOGÍSTICA APLICADA À PATRULHA RURAL


a) viatura adequada ao serviço de patrulhamento rural;

b) colete de proteção balística;

c) capacete balístico e escudo de proteção balística;

d) arma longa de alta energia ou submetralhadora;

e) facão, enxada, corda, bastão, lanterna e sinalizador noturno de via;

f) granadas e munições de menor potencial ofensivo;

g) drone ou veículo aéreo não tripulado para apoio às operações


terrestres;

h) tecnologia embarcada, junto à viatura (GPS/Acesso à


Internet/Radiocomunicação);
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LOGÍSTICA APLICADA À PATRULHA RURAL


a) viatura adequada ao serviço de patrulhamento rural;

b) colete de proteção balística;

c) capacete balístico e escudo de proteção balística;

d) arma longa de alta energia ou submetralhadora;

e) facão, enxada, corda, bastão, lanterna e sinalizador noturno de via;

f) granadas e munições de menor potencial ofensivo;

g) drone ou veículo aéreo não tripulado para apoio às operações terrestres;

h) tecnologia embarcada, junto à viatura (GPS/Acesso à


Internet/Radiocomunicação);

i) rádio de comunicação móvel (HT);

j) para o cadastro e georreferenciamento rural, o policial militar deverá utilizar


equipamentos e sistemas disponibilizados pela Instituição;

k) kit de primeiros socorros.


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LOGÍSTICA APLICADA À PATRULHA RURAL


Dessa maneira, o emprego de tecnologias pela Patrulha Rural visa, observada a
restrição já mencionada, celerizar e/ou automatizar os seguintes processos:

➢ georreferenciamento e cadastro de propriedades, via cadastro em dispositivos,


bem como com a utilização de base de dados de terceiros;

➢ cadastro e consulta online a residentes, funcionários, bens patrimoniais,


produtos e insumos agrícolas, semoventes e outros de interesse da segurança
pública;

➢ identificação imediata da localização da propriedade rural;

➢ definição da rota de deslocamento mais rápida entre a guarnição da Patrulha


Rural e a propriedade de destino;

➢ análise da rota desenvolvida pelo policial militar da Patrulha Rural, para fins de
coordenação e controle.
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PRESCRIÇÕES DIVERSAS
➢ Durante o policiamento preventivo, a guarnição da Patrulha Rural, ao se deparar
com situação em que seja necessário proceder a abordagens diversas, deverá atuar
com as cautelas necessárias, observando os aspectos de segurança descritos nas
normas vigentes, notadamente o previsto nos MTP.

➢ Em face do precário estado em que geralmente encontram-se as estradas vicinais e


dos acidentes geográficos, além do trânsito de animais no meio rural, é necessário
o máximo de cuidado na condução da viatura, recomendando-se prudência na
tomada de decisões.

➢ Nos casos de operações de cerco, bloqueio e interceptação a veículos, bem como


de abordagem a indivíduos em atitudes suspeitas, recomenda-se que os policiais
militares empregados na atividade informem, via rede de rádio, a localidade da
abordagem, indicando, inclusive, pontos de referência, a fim de permitir que outros
recursos possam ser direcionados para a cobertura/apoio policial, como forma de
garantir a segurança e a supremacia do uso da força, nos casos admitidos em lei.
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PRESCRIÇÕES DIVERSAS
➢ Nas campanhas de mobilização/organização da comunidade, os policiais devem
atuar como facilitadores na orientação aos moradores e trabalhadores rurais
quanto à necessidade da adoção de medidas de autoproteção e de apoio aos
órgãos de Segurança Pública, mormente por meio da legítima e proficiente
participação comunitária na identificação e solução dos seus próprios problemas
de segurança pública.

➢ As ações de policiamento ostensivo no ambiente rural devem estar pautadas no


planejamento prévio, ancorado em um diagnóstico. O emprego do efetivo deve ser
planejado a partir de análises e acompanhamentos de incidência criminal e/ou da
tendência de certas regiões se tornarem alvos da ação de infratores.

➢ Não obstante, a inexistência do serviço de Patrulha Rural não deve ser considerado
como um obstáculo para a inclusão das necessidades da comunidade rural na
agenda de atividades da fração, como forma de garantir à comunidade rural o
mesmo atendimento fornecido aos moradores das áreas urbanas.
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PRESCRIÇÕES DIVERSAS
➢ A DOp deverá manter o controle das Redes de Proteção Preventiva instaladas e
das Frações PM em que o serviço da Patrulha Rural estiver ativo.

➢ As Unidades que tiverem entre os seus serviços a Patrulha Rural deverão


envidar esforços, junto aos escalões superiores, para a estruturação com
recursos humanos e logísticos, de acordo com esta Instrução. A dotação de
recursos logísticos é de responsabilidade orgânica da Corporação e desta
forma, não deve haver vinculação de doação de viaturas/equipamentos junto à
comunidade para a criação da Patrulha Rural.

➢ A Seção Administrativa ou equivalente de cada Unidade que possua o serviço


de Patrulha Rural será responsável pela confecção da programação mensal do
Treinamento Tático (TTa) para os militares que compõem as equipes
responsáveis por prestar tal serviço. O TTa deverá abordar as peculiaridades
locais, além do previsto nesta Instrução.
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PRESCRIÇÕES DIVERSAS
➢ A Diretoria de Tecnologia e Sistemas (DTS) deverá envidar esforços no sentido
de pesquisar e propor tecnologias disponíveis que possibilitem a comunicação
e transmissão de dados em áreas sem cobertura da rede de rádio ou
operadora de telefonia/dados, assim como terá a incumbência de desenvolver
ferramentas tecnológicas para apoiar a atividade, tendo como gerente dos
projetos a DOp.

➢ A presente instrução deverá servir como referencial doutrinário para a APM no


planejamento e execução do curso de capacitação dos militares, previamente
selecionados, para prestar o serviço da Patrulha Rural.

➢ Esta Instrução deverá ser desdobrada em Planos ou Ordens pelas Unidades de


Direção Intermediárias e de Execução Operacional, obedecidas as
peculiaridades regionais e normatização do Portfolio de Serviços da PMMG.
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Fluxograma de implantação do serviço da Patrulha Rural e a


gestão das Redes de Proteção Preventiva no meio rural
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