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Belo Horizonte
FACULDADE PITÁGORAS - NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
2010
PAULO EDUARDO SANTIAGO MESQUITA
Belo Horizonte
FACULDADE PITÁGORAS - NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
2010
PAULO EDUARDO SANTIAGO MESQUITA
Este trabalho foi julgado adequado como parte dos requisitos para a
obtenção do grau de especialista em Normalização de Segurança Contra Sinistro e
Pânico da Faculdade Pitágoras.
___________________________________________________________
Prof. Major Demétrius Martins Rodriguez
PROFESSOR ORIENTADOR
____________________________________________________________
Prof. Major André Luiz dos Reis Gerken, MSc.
COORDENADOR DO CURSO
Data: ____/____/____
Este estudo é
dedicado a todo Bombeiro
que já passou pelo
Comando de uma Fração.
AGRADECIMENTOS
(%) ou (porcentagem)
(h) ou (hora)
(min.) ou (minutos)
(m²) ou (metros quadrados de área)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 18
1.1.1 Objetivos específicos ...................................................................................................... 19
1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA .............................................................. 19
1.3 HIPÓTESE PRELIMINAR ................................................................................................ 20
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................. 20
2 ESTRUTURA MILITAR.................................................................................................... 22
2.1 ASPECTOS LEGAIS RELACIONADOS À FIXAÇÃO DE EFETIVO .......................... 22
2.1.1 Esfera federal ................................................................................................................. 22
2.1.2 Esfera estadual ............................................................................................................... 24
2.1.3 Doutrinas internas ......................................................................................................... 25
2.2 ESTRUTURA DO PELOTÃO DESTACADO DE BOMBEIROS ................................... 26
2.2.1 Recursos Humanos ........................................................................................................ 26
2.2.1.1 Comandante de Pelotão ................................................................................................ 26
2.2.1.2 Administração ............................................................................................................... 27
2.2.1.3 Serviço de Segurança Contra Incêndio e Pânico .......................................................... 28
2.2.1.4 Alas Operacionais ......................................................................................................... 29
2.2.2 Recursos Logísticos ....................................................................................................... 30
2.3 JORNADA DE TRABALHO ............................................................................................ 31
2.3.1 Jornada de trabalho administrativo ............................................................................ 31
2.3.1.1 Comandante do Pelotão ................................................................................................ 32
2.3.1.2 Auxiliar Administrativo................................................................................................ 32
2.3.1.3 Recepção de projetos e análise ..................................................................................... 33
2.3.2 Jornada de trabalho operacional ................................................................................. 33
2.3.2.1 Alas Operacionais ......................................................................................................... 33
2.3.2.2 Rádio operador e Serviço de Guarda / Sentinela .......................................................... 34
2.3.2.3 Realização de vistorias ................................................................................................. 35
2.3.3 Escala de Serviço ........................................................................................................... 35
2.3.4 Férias .............................................................................................................................. 36
2.3.5 Jornadas especiais ......................................................................................................... 36
2.4 O PROGRAMA MINAS PRESENTE ............................................................................... 37
2.5 A EFICIÊNCIA DA ATUAÇÃO DAS GUARNIÇÕES ................................................... 38
6 RESULTADOS .................................................................................................................... 67
6.1 CÁLCULO DE DEMANDA ............................................................................................. 67
6.1.1 Análise da localidade ..................................................................................................... 67
6.1.1.1 O município de Araguari .............................................................................................. 67
6.1.1.2 O Pelotão de Bombeiros em Araguari .......................................................................... 69
6.1.1.3 O atendimento a vítimas pelo Pelotão de Araguari ...................................................... 70
6.1.2 Demanda de ocorrências ............................................................................................... 72
6.1.2.1 Vistorias ........................................................................................................................ 77
6.1.2.2 Resgate de trauma ......................................................................................................... 79
6.1.2.3 Resgate clínico .............................................................................................................. 81
6.1.2.4 Salvamento ................................................................................................................... 82
6.1.2.5 Incêndio ........................................................................................................................ 83
6.1.2.6 Prevenção ..................................................................................................................... 85
6.1.3 Demanda de serviços administrativos ......................................................................... 86
6.1.3.1 Auxiliares administrativos ............................................................................................ 86
6.1.3.2 Setor de análise de PSCIP ............................................................................................ 87
6.1.3.3 Serviço de Projetos Sociais .......................................................................................... 88
6.2 SIMULAÇÃO .................................................................................................................... 89
6.2.1 Atendimento a ocorrências ........................................................................................... 89
6.2.1.1 Os Atendimentos ao longo do ano ................................................................................ 89
6.2.1.2 Atendimento ao longo da semana ................................................................................. 90
6.2.1.3 Horário de atendimento ................................................................................................ 92
6.1.2.4 Tempo de atendimento de ocorrência ........................................................................... 94
6.1.2.5 Local de atendimento de ocorrências ........................................................................... 95
6.1.2.6 Equipe mínima no serviço operacional ........................................................................ 96
6.2.2 Seções Administrativas ................................................................................................. 99
6.2.2.1 Auxiliar administrativo e secretário ............................................................................. 99
6.2.2.2 Auxiliar de transporte, materiais e equipamentos ...................................................... 100
6.2.2.3 Recepção, protocolo, arquivo e análise de processos ................................................. 100
6.2.2.4 Responsável por projetos sociais e comunicação organizacional .............................. 101
6.3 ALOCAÇÃO .................................................................................................................... 101
6.3.1 Percentual de férias, dispensas e licenças .................................................................. 102
6.3.2 Equipes mínimas por turno ........................................................................................ 103
6.3.3 Efetivo do Pelotão destacado ...................................................................................... 104
6.3.3.1 Efetivo mínimo para atender a ocorrências ................................................................ 104
6.3.3.2 Efetivo mínimo para permitir ausências previstas...................................................... 105
7 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 107
7.1 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 107
7.2 SUGESTÕES ................................................................................................................... 108
1 INTRODUÇÃO
O fogo está presente na vida dos homens desde a época primitiva. Inicialmente
presente nas florestas e, com o desenvolvimento, dentro das residências, no trabalho, nos
lugares de lazer e diversão. Quando foge ao controle, o fogo causa incêndios e resulta em
preocupação na segurança contra incêndio e pânico (CALDAS, 2008, p.1).
O desenvolvimento das cidades geraram o aparecimento e o crescimento de
complexos industriais, altos edifícios, vias de transporte, que avolumaram o número de
acidentes e desastres, bem como do risco de outros sinistros, onde as ações do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais se restringem às atuações interventivas de
combate ao incêndio e ao atendimento às emergências (SÁ, 2001, p.5-6).
A complexidade e a dimensão das atividades operacionais do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais exigem o esforço da Corporação nos diversos níveis para
cumprir, com qualidade, as suas atribuições constitucionais, como a prevenção e combate a
incêndio, busca e salvamento, perícia de incêndio e atividade de defesa civil, e as demais
legislações infraconstitucionais que tratam das responsabilidades da Corporação no Estado de
Minas Gerais (PEREIRA, 2004, p.8).
A atual estrutura do Corpo de Bombeiros não atende na globalidade a demanda de
ocorrências típicas de bombeiro, principalmente as de caráter emergencial como incêndios e
salvamentos com vítimas em virtude da distância do sinistro até a Fração de Bombeiro mais
próxima, o que exige um estudo que possibilite viabilizar propostas para solucionar as
pendências atinentes ao serviço típico de Bombeiros (TEIXEIRA, 1999, p.3).
A solução dos problemas urbanos exige mais ações do Estado, porém os impactos
das crises econômicas nas finanças públicas, aliados ao limite do equilíbrio orçamentário e ao
esgotamento do modelo estatal captador de recursos da sociedade, fazem com que os
tradicionais problemas da política urbana assumam proporções alarmantes (MELO, 2002,
p.2).
Desde 2003, por meio do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI,
ações governamentais trabalham no desenvolvimento de uma ótica de constante evolução e
construção do Estado, que trará para Minas Gerais mudanças em todos os setores, com
aumento da produção e circulação de produtos, bem como a ampliação do destaque mineiro
no cenário nacional.
18
1.1 OBJETIVOS
sexto, os pós e contras, bem como a conclusão do estudo com a apresentação da proposta
final.
Os conceitos utilizados no estudo serão reunidos num glossário que acompanha o
final do trabalho.
Os documentos e relatórios gerados para a validação do estudo serão anexados
após o glossário.
22
2 ESTRUTURA MILITAR
Este capítulo será dividido entre a revisão da estrutura militar na qual está previsto
o Pelotão. Serão revisados os aspectos da legislação relacionados com a fixação do efetivo.
Será detalhada a estrutura do Pelotão nos recursos humanos e logísticos e a
jornada de trabalho dos militares que compõem o Pelotão. Por fim serão apresentados o
Programa “Minas Presente”, que é um dos motivos deste estudo, e os resultados de um estudo
sobre a eficiência das equipes de bombeiros no combate a incêndios.
1
Decreto-lei nº 1.406, de 24 de juho de 1975. Altera a redação do parágrafo único do artigo 26 do Decreto-lei nº
23
2
Decreto nº 88.777, de 30 de setembro de 1983. Aprova o regulamento para as Policias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares (R-200). Brasil.
24
[...]
IV - o Pelotão de Bombeiros Militar - Pel. BM.
§ 1º - As unidades mencionadas no "caput" deste artigo terão especificado em suas
denominações, quando for o caso, o tipo de atividade que executam, observada a
competência prevista no artigo 3º desta lei;
§ 2º - As denominações das Unidades de Execução de que trata o "caput" deste
artigo e o âmbito de sua atuação poderão ser alterados de acordo com as
necessidades da Corporação, nos termos de resolução do Comandante-Geral do
Corpo de Bombeiros Militar;
3
Resolução nº 303, de 08 de maio de 2008. Aprova o Detalhamento e Desdobramento do Quadro de
Organização e Distribuição (DDQOD) do CBMMG.
26
4
Instrução Técnica Operacional nº 17, de 18/06/07. Administração Operacional dos Pelotões Descentralizados.
CBMMG.
27
2.2.1.2 Administração
20
15
10
0
Secretário SubComandante Auxiliar Transp
5
Decreto nº 44.746, de 29 de fevereiro de 2008. Regulamenta a Lei nº 14.130, de 19 de dezembro de 2001, que
dispõe sobre a prevenção contra incêndio e pânico no Estado e dá outras providências. Minas Gerais.
29
Cinco
BM ou Três BM
mais 27%
Menos de Três 18%
BM
14%
Quatro BM
41%
GRÁFICO 2 – Quantidade de militares empregados no SSCIP dos Pelotões destacados. Fonte: COB, 2010.
Observa-se que nos setores de prevenção dos Pelotões destacados existem três
funções administrativas desempenhadas: recepção/protocolo, arquivo e análise de projetos.
Os militares designados nas equipes de vistoria de edificações e eventos fazem
parte dos setores de prevenção dos Pelotões e são organizados em duplas. Observa-se que
existe uma dupla normalmente. Em alguns Pelotões estes militares são os mesmos que
executam as funções administrativas, nestes casos podem existir duas ou três duplas de
vistoriadores.
As duplas de vistoriadores devem ser compostas por um Sargento e um motorista.
Os militares são designados por capacitação em cursos de credenciamento realizados pela
Corporação, interesse particular, perfil ou formação técnica fora da Corporação.
0
Até 7 De 8 a 9 De 10 a 11 Mais de 12
GRÁFICO 3 – Quantidade de militares em cada Ala operacional nos Pelotões Destacados do Corpo de
Bombeiros. Fonte: COB, 2010.
O Pelotão destacado atua com uma viatura de cada grupo de atividade, conforme
descrito na TABELA 1.
6
Instrução Técnica Operacional nº 001 / 2002 – Procedimento Padrão do Serviço Operacional.
31
7
Instrução Técnica de Apoio Logístico nº 004 de 22 de novembro de 2000 – Previsão de equipamentos e
materiais operacionais do CBMMG.
32
descanso. Os militares trabalham em três equipes de trabalho que se revezam no final de cada
ciclo de 24 horas.
A duração da jornada de 24 horas é considerada excessiva pelos bombeiros, em
especial os motoristas que ficam exaustos após o quarto turno de trabalho com períodos
longos de condução de viaturas. Em algumas alas operacionais, de forma informal, são
realizados revezamentos em turnos de 12 ou 6 horas, ou por ocorrência, para que os militares
possam reparar o desgaste sofrido durante o serviço (BATISTA, 2009, p. 61-62).
8
Resolução nº 108, de 03 de setembro de 2003. Dispõe sobre a jornada de trabalho no Corpo de Bombeiros
Militar e dá outras providências.
36
2.3.4 Férias
Os militares, por força de regulamento, estão disponíveis vinte e quatro horas por
dia para atender ao chamado da população. A atuação nos horários de folga ou descanso para
o atendimento a ocorrências é a diferença entre os funcionários civis e o serviço militar.
Essas jornadas especiais são realizadas para o combate a incêndios florestais,
resgates de cadáveres, buscas de pessoas extraviadas em mata e outras ocorrências em
municípios que não são sede de frações com duração superior a um dia de trabalho.
Nestes casos os militares deslocados são repostos por militares em escala reduzida
de descanso ou empenho de militares da administração, de forma a não desfalcar o efetivo
disponível para o atendimento a ocorrências na cidade.
Este tipo de jornada especial pode ocorrer também em desastres que assolam
determinando município envidando esforços do efetivo do pelotão para solucionar as
ocorrências sem descanso ou com turnos de trabalhos especiais, ou mesmo para o apoio a
9
Lei Complementar nº 95 de 17/01/2007. Altera a Lei nº 5.301, de 16 de outubro de 1969, que contém o Estatuto
do Pessoal da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.
37
outros pelotões.
O efeito destes empenhos extraordinários é sentido pelos militares que
permanecem no serviço operacional do Pelotão que podem ter sua jornada modificada para
escalas de 24 horas de trabalho por 24 horas de descanso.
O programa “Minas Presente” foi concebido pelo Corpo de Bombeiros como uma
alternativa de reestruturação da Corporação para atender aos objetivos de Estado de Minas
Gerais de integrar regiões de segurança pública para aperfeiçoar o atendimento ao cidadão.
Seu conceito foi formulado em folder apresentado ao Excelentíssimo Senhor Governador do
Estado, como no trecho extraído abaixo:
O Projeto Minas Presente propõe a Reestruturação Operacional do CBMMG para o
Biênio de 2009/2010, sendo fruto de criterioso estudo, cujas ações, por ocasião de
sua implementação, acarretará para a Instituição, e por consequência, para o Estado
de Minas Gerais, benefícios que redundarão na otimização da prestação dos serviços
bombeiro militar com melhor capacidade de resposta operacional, com qualidade no
atendimento, propiciando maior segurança global da população, em função da
melhor qualificação dos recursos humanos e de inovadora distribuição territorial,
garantindo economia de esforços e recursos logísticos (CBMMG, 2009).
3 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES
Makridakis et al.10 (1998), apud Magro (2003), apresenta que são necessárias
cinco etapas para a realização da previsão de demanda: definição do problema, coleta de
informação, análises preliminares, escolha do modelo com seu ajuste e utilização do modelo
de previsão com sua avaliação.
Na definição do problema serão escolhidas as variáveis; na coleta de informações
pode-se utilizar dados estatísticos ou acúmulo de julgamentos e perícia de especialistas; nas
análises preliminares se verifica a sazonalidade, as tendências e os padrões; a escolha do
10
MAKRIDAKIS, S.; WHEELWRIGHT, S.C. e HINDIAN, R.J. Forecasting – methods and aplications. 3.
ed. New York: Wiley, 1998.
42
modelo será de acordo com os dados verificados para o melhor ajuste, e na utilização do
modelo os dados verificados serão confirmados somente após a finalização do período
previsto (MAGRO, 2003).
Os métodos de previsão aplicáveis na previsão de demanda são o modelo causal
de regressão, o modelo de série temporal de média móvel e o modelo de série temporal de
suavização exponencial (FITZSIMMONS, FITZSIMMONS, 2005).
Após análise visual do gráfico, pode-se identificar a curva expressa e avaliar qual
tipo de tendência se poderá estimar. A regressão linear fornece uma base estimativa de
tendência. Quando a tendência é do tipo polinomial, utiliza-se a regressão múltipla
(PITACAS, 1999, p. 16).
11
Valores que ficaram dentro da curva de regressão.
12
Valores do conjunto de dados que sofreram regressão.
13
Modelo sazonal aditivo ou modelo sazonal multiplicativo.
44
3.2 SIMULAÇÃO
Onde:
W = força de trabalho
r = equipe mínima por dia
t = quantidade de turnos necessários
14
DANTIZG, G. B. Acomment on Edie’s “Traffic Delays at Toll Booths” Operations Research, v. 2, n. 3, 1954,
p. 339-341.
46
Onde:
A% = percentual de ausências
a = número de dias de ausências
d = número de dias trabalhados
Para cada tipo de ausência será realizado o cálculo da fórmula de Dantizg, ou seja,
para férias anuais, férias, prêmio, dispensa luto, dispensa núpcias, dispensa paternidade,
grande folga. Ao final esses percentuais serão somados e assim será obtido o IST, conforme
fórmula (3).
Outras ausências, tais como dispensas e licenças médias, faltas ao trabalho e
afastamentos por licença não remunerada para solução de assuntos de interesse pessoal,
podem ser calculadas por este método desde que se tenha estipulada uma média de dias destas
ausências no local estudado.
47
15
pesquisa Britânica confirma que as pessoas julgam menos perigosa uma atividade que faz
um morto todos os dias do que outra que faz 365 mortes num único dia do ano
(GUIMARÃES, 1999).
Desse modo, observa-se a dificuldade de diferenciar as consequências mais
agravantes das menos graves, com a inclusão de índices subjetivos que enumerem diferentes
cenários de acidentes e estipulem o risco mais realístico (AWASU, 1993).
A metodologia de análise de riscos propicia, além da identificação de pontos de
maior ocorrência de riscos, a visualização de modo qualitativo das consequências causadas
aos recursos naturais e a comunidade (RODRIGUES, 2007, p. 66).
15
SLOVIC, P. et al, The Assessment and Perception of Risk. The Royal Society of London. Londres – GB, 1980.
IN: Pesquisa Naval: Suplemento Especial da Revista Marítima Brasileira. Rio de Janeiro, v.1, n.12, p.31-50,
1999.
16
Portaria GM/MS nº 737 de 10/05/2001
17
Tipos de Viaturas empregadas e empenho de outros órgãos no apoio à solução das ocorrências.
18
O conhecimento, o mais detalhado possível, de como os acidentes acontecem, é indispensável para o
planejamento e a colocação em prática de ações de prevenção (ANDRADE, MELLO JORGE, 2001, p. 318).
49
4.1.1.2 Afogamentos
FIGURA 1 - Mapa do nível de sensibilidade ambiental do Estado de Minas Gerais (DESTRÓ, 2009).
controle da área queimada, normalmente pela falta de aceiros, que iniciam os grandes focos
(SEDEC, 2004, p. 15).
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico ocorrido no oceano Pacífico
Tropical, caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, que
pode afetar o clima global, mudando os padrões de vento e afetando os regimes de chuva. Na
região sudeste do Brasil, os maiores efeitos do El Niño são o aumento moderado das
temperaturas médias, porém sem padrão característico de mudança de chuvas (CPTEC, 2010).
Pode-se observar nas FIGURA 2 e FIGURA 3 os efeitos globais do El Niño.
Destacando o aumento da temperatura na região sudeste do Brasil.
FIGURA 2 – Efeitos globais do fenômeno El Niño, nos meses de junho, julho e agosto. Fonte: CPTEC.
Disponível em: < http://enos.cptec.inpe.br/img/JJA_el.jpg>. Acesso em: 27 set. 2010.
FIGURA 3 - Efeitos globais do fenômeno El Niño, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Fonte: CPTEC.
Disponível em: <http://enos.cptec.inpe.br/img/DJF_el.jpg>. Acesso em: 27 set. 2010.
54
Além das ocorrências o Pelotão, por ser uma estrutura autônoma que representa o
Corpo de Bombeiros na localidade, possui demanda de realizar projetos sociais em nome do
Estado, prevenir sinistros, treinar seu militares e gerenciar os militares, viaturas,
equipamentos e materiais que estão em sua responsabilidade.
19
Disponível em: <http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/29/o_que_e_rse/o_que_e_rse.aspx>. Acesso em: 27
set. 2010.
56
Cursos para
a
Comunidade
8%
Sem projetos
executados Bombeiro
35% Mirim
26%
Golfinho e
Prodinata
Bombeiros
9%
nas Escolas
22%
GRÁFICO 4 – Realização de Projetos Sociais nos Pelotões Destacados do CBMMG. Fonte: EMBM5, 2010.
20
Os fatores de proteção são recursos pessoais ou sociais que atenuam ou neutralizam o impacto do risco
(EISENSTEIN, SOUZA, 1993).
21
Resolução nº 255 de 02 de jul. de 2007 - Especifica o Treinamento Profissional no CBMMG e Revoga a
Resolução nº 70, de 15 de abr. de 2002.
59
3.2 Controle
É o acompanhamento das atividades da Corporação, por todos os que exercem
comando, chefia ou direção, de forma a assegurar o recebimento, a compreensão e o
cumprimento das decisões do escalão superior, pela Unidade considerada,
possibilitando, ainda, identificar e corrigir desvios. (CBMMG, 2002)
22
Resolução nº 69, de 15 de abr. de 2002 - Aprova a Diretriz de Coordenação e Controle do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais.
60
Técnico em secretariado
Transformam a linguagem oral em escrita, registrando falas em sinais,
decodificando-os em texto; revisam textos e documentos; organizam as atividades
gerais da área e assessoram o seu desenvolvimento; coordenam a execução de
tarefas; redigem textos e comunicam-se, oralmente e por escrito.
5 METODOLOGIA
Para a alocação das equipes será utilizada uma programação linear que facilitará a
tomada de decisão. O objetivo é reduzir o número de equipes e dinamizar o atendimento,
assim, será analisado o tempo de atendimento em virtude do número de equipes.
A proposta idealizada na etapa de simulação será avaliada em ferramenta Solver
do aplicativo Microsoft Excel®. O Aplicativo emite um relatório de programação linear que
permitirá obter o número de equipes para cumprir a exigência prevista na etapa de simulação
(FIGURA 4).
6 RESULTADOS
Sepetiba. Como opção, por integração com a FEPASA, a FCA (antiga RFFSA), oferece
também o porto de Paranaguá.
Inicialmente realizou-se uma análise dos dados registrados pelo Sistema Único de
Saúde, para se avaliar as causas mais frequentes de óbitos na região da articulação do Pelotão
de Araguari, e a sua tendência de aumento de um ano para outro. Por problemas de
consolidação de dados do Ministério da Saúde, já citados anteriormente, somente estavam
disponíveis os dados de 2007 e a estimativa de 208, do que se pode observar no gráfico 3, que
existe uma tendência de crescimento do número de mortes por trauma na região.
De acordo com os dados do DATASUS (2010), na região de Araguari, 46,36%
das causas de morte de trauma em 2007 foram originadas em acidentes de trânsito. Esta
porcentagem aumentou na estimativa de 2008 para 51,51% em se tendo o total de mortes
registradas como referência, o que pode inferir um aumento no peso dos acidentes de trânsito
71
35
30
25
20
15
10 Óbitos 2007
Óbitos 2008
5
GRÁFICO 5 – Comparativo entre as mortes registradas no Sistema DATASUS nos municípios da articulação do
Pelotão de Araguari, entre os anos de 2007 e 2008. Fonte: DATASUS, 2010.
5% 2% 1%
Vítimas Fatais
95% 98% 99%
Vítimas Não Fatais
50
45
40
35
30
25
20
15 Óbitos DATASUS
10 Óbitos BM
5
0
P 15.001
P 15.003
S 01.023
S 11.099
S 01.019
S 01.020
S 11.007
Y 08.000
S 05.000
I 25.000
S 11.010
S 01.014
S 11.002
P 16.000
P 12.000
S 01.022
I 22.004
P 99.000
S 11.009
S 01.018
S 01.021
S 11.005
S 07.000
S 11.008
S 11.003
Y 02.003
S 99.000
S 11.001
S 06.001
P 15.002
I 01.000
P 14.000
P 18.000
P 11.006
P 04.001
P 11.099
P 05.000
B 99.000
P 11.001
I 22.001
Y 06.002
P 01.000
Y 06.001
S 11.006
I 26.000
P 08.000
S 02.005
Y 02.004
I 22.003
Y 99.000
I 22.002
I 15.001
S 11.004
P 11.002
P 13.000
P 11.005
I 29.000
S 01.024
P 07.001
S 01.025
P 11.003
I 21.004
I 28.000
Y 06.003
I 99.000
B 04.004
B 03.000
S 01.011
I 21.001
I 18.005
B 01.000
S 04.000
Y 03.000
S 01.099
S 01.001
S 01.006
Y 01.099
I 18.099
I 15.007
I 21.002
I 23.004
I 18.001
S 02.010
S 01.007
S 01.005
S 02.003
S 03.005
S 02.012
GRÁFICO 8 – Frequência anual de naturezas de ocorrências registradas no Pelotão destacado de Araguari entre
2000 e 2009. Fonte: CINDS. 2010.
75
A análise pelo método ABC permite inferir que dezoito tipos de naturezas
concentram oitenta por cento dos deslocamentos de guarnições BM em Araguari, como
descrito na TABELA 6. Destes deslocamentos, doze representam 39,46% do total e são por
causas emergenciais de dano a vida ou ao patrimônio. As demais naturezas se dividem entre
vistorias, que somam 33,87% e operações preventivas, que equivalem a 7,41%.
Para o levantamento dos dados foram retiradas as ocorrências do grupo “W”, uma
vez que indicam deslocamentos sem atuação, o que não deve ser levado em consideração na
análise da frequência das ocorrências mais atendidas. Essas ocorrências foram, por exemplo:
W 04.000 – Solicitante encontrado, providência dispensada, que obteve 6,08% da frequência
anual de deslocamentos, e W 99.000 – Outras ocorrências administrativas, que obteve 1,08%
da frequência.
Para a previsão de demanda operacional, as naturezas seriam analisadas agrupadas
por categorias: A (80%), B e C (20%). Porém, devido aos grupos de ocorrências serem
agrupados por tipo específico de viatura de atendimento, optou-se por trabalhar
76
Incêndios
6%
Prevenção
6%
Resgate Clínico
18% Salvamento Operações e
5% treinamento
4%
Típicas de Bombeiro
Vistorias 1%
36% Defesa Civil
0%
GRÁFICO 9 – Representatividade dos grupos de naturezas de ocorrências atendidas pelo Pelotão destacado de
Araguari. Fonte: CINDS, 2010.
TABELA 7 – Média mensal de ocorrências registradas por grupo de naturezas entre os anos
de 2002 e 2007 no Pelotão de Araguari
Resgate Resgate
Período Vistoria Incêndio Prevenção Salvamento
Trauma Clinico
2002 141,0833 48,0833 38,2500 41,6667 22,3333 21,7500
2003 217,8333 74,5000 80,6667 31,0000 21,1667 20,6667
2004 257,5000 89,4167 86,0833 24,8333 25,1667 20,8333
2005 169,6667 109,0000 90,9167 17,2500 31,1667 22,9167
2006 132,1667 116,5833 96,4167 18,0000 33,2500 26,3333
2007 95,6667 124,6667 108,5000 32,6667 32,0833 30,9167
Fonte: CINDS, 2010.
6.1.2.1 Vistorias
23
Resolução conjunta nº 055/08, 24 de jun. de 2008 - Institui a Diretriz Integrada de Ações e Operações do
Sistema de Defesa Social de Minas Gerais (DIAO)
78
300
250
200
150 Série1
Polinômio (Série1)
100
50
y = -3,0445x2 + 33,787x + 114,28
R² = 0,703
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
GRÁFICO 10 – Regressão polinomial para previsão de ocorrências do grupo vistorias com base nos registros
históricos. Fonte: CINDS, 2010.
Outro fator observado, na análise, é que existe uma tendência de aumento destas
ocorrências no primeiro semestre do ano, com queda considerada no final do ano. Ao
considerar a iniciativa do Serviço de Segurança para a realização das ocorrências de
fiscalização, poderá se redefinir esta curva com o planejamento de metas de números de
ocorrências de fiscalização mensal para normalizar a curva e permitir uma aplicação da
quantidade de edificações vistoriadas no ano.
79
120
100
80
60 Série1
Polinômio (Série1)
40
GRÁFICO 11 - Regressão polinomial para previsão de ocorrências da classe de resgate, subclasse trauma, com
base nos registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
acionar perícia.
Pode-se acreditar que toda ocorrência de trânsito possua o acionamento policial,
mas não se garante o acionamento do Corpo de Bombeiros, sendo verificado que quando este
acionamento do CBMMG ocorre, a viatura de resgate pode estar empenhada em outro
acionamento, pois, normalmente, é escalada somente uma equipe de resgate por dia.
Diante dessa situação, inferiram-se os atendimentos realizados pelo CBMMG e
pela Polícia Militar em Araguari para tentar se identificar uma demanda reprimida de
ocorrências de trânsito entre as corporações, que será verificada no GRÁFICO 12.
Para a análise foram utilizados os registros da PMMG com vítimas feridas em
acidentes de trânsito rodoviário e urbano, excetuando-se as ocorrências com vítimas fatais
encontradas no local, que, por si, já se torna um critério de exclusão do acionamento do
CBMMG.
1200
1000
800
600 PMMG
CBMMG
400
200
0
2005 2006 2007
GRÁFICO 12 – Previsão de demanda reprimida entre as ocorrências de trânsito urbano e rodoviário atendidas
pelo CBMMG e a PMMG nos municípios da articulação do Pelotão de Araguari entre os anos de 2005 e 2007.
Fonte: CINDS, 2010.
120
100
80
60 Série1
Polinômio (Série1)
40
y = 0,3069x2 - 1,7701x + 78,356
20 R² = 0,6874
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
GRÁFICO 13 - Regressão polinomial para previsão de ocorrências da classe de resgate, subclasse atendimentos
clínicos, com base nos registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
82
6.1.2.4 Salvamento
35
30
25
20
Série1
15 Polinômio (Série1)
10
y = -0,0078x4 + 0,1686x3 - 0,7984x2 - 1,3757x +
5 29,867
R² = 0,8408
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
GRÁFICO 14 - Regressão polinomial para previsão de ocorrências do grupo busca e salvamento, excetuada a
classe de resgate, com base nos registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
6.1.2.5 Incêndio
70
y = 0,0844x4 - 2,3412x3 + 20,039x2 - 52,261x +
60 41,699
R² = 0,9544
50
40
Série1
30
Polinômio (Série1)
20
10
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
-10
GRÁFICO 15 - Regressão polinomial para previsão de ocorrências do grupo explosão e incêndios com base nos
registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
85
6.1.2.6 Prevenção
40
30
20 Série1
Polinômio (Série1)
10
y = 0,2543x2 - 2,5778x + 30,508
R² = 0,7435
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
GRÁFICO 16 - Regressão polinomial para previsão de ocorrências do grupo prevenção, excetuando as vistorias,
com base nos registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
86
24
Os dados de produção de documentos dos Pelotões foram obitidos de estimativas dos respectivos setores de
Direção de Nível Intermediário, de acordo com anúncios recebidos em anos anteriores.
87
20
15
10
0
PSCIP RECEBIDOS PSCIP ANALISADOS PSCIP LIBERADOS PSCIP FISCALIZADOS
GRÁFICO 17 – Média de processos de segurança contra incêndio e pânico tramitando mensalmente nos
Pelotões Destacados. Fonte: CAT, 2010.
25
Lei Estadual nº 17.600 de 01/07/2008 - Disciplina o Acordo de Resultados e o Prêmio por Produtividade no
âmbito do Poder Executivo e dá outras providências. Minas Gerais
88
26
Dados obtidos de pesquisa realizada por comissão do Centro de Atividades Técnicas para padronizar os
setores de recepção do SSCIP no CBMMG.
27
Dados obtidos no Centro de Atividades Técnicas do CBMMG.
89
6.2 SIMULAÇÃO
nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out
GRÁFICO 18 – Desenvolvimento das ocorrências no Pelotão de Araguari ao longo do ano, com base nos
registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
GRÁFICO 20 – Regressão polinomial do comportamento semanal das ocorrências do Pelotão de Araguari, com
base nos registros históricos. Fonte: CINDS, 2010.
28
No estudo de 1999, não existiam viaturas de resgate em todas as unidades e as ocorrências
consideravam os valores obtidos nas sedes de Batalhões.
93
0 4 8 12 16 20 24
TABELA 8 – Faixas médias de maiores de ocorrências por grupo e horários de Pico das
ocorrências do Pelotão de Araguari registrados entre 2000 e 2009
Centro 29,13%
Araguari 6,11%
Santa Helena 6,11%
Goiás 5,89%
Amorim 5,71%
Santa Terezinha 4,23%
Aeroporto 4,05%
Miranda 3,66%
Bosque 3,23%
Independência 2,76%
São Sebastião 2,47%
Paraíso 2,40%
Brasília 2,36%
Maria Eugênia 2,21%
Industrial 1,75%
Novo Horizonte 1,58%
Jóquei Clube 1,55%
Fátima 1,52%
Ouro Verde 1,34%
GRÁFICO 22 – Distribuição dos atendimentos do Pelotão de Araguari por bairros, com base na série histórica.
Fonte: CINDS, 2010.
GRÁFICO 23.
Outras
APF 6%
7%
ABT
8%
AS
10% UR
69%
GRÁFICO 23 – Porcentagem de atendimentos efetuados por tipo de viatura no Pelotão de Araguari, com base na
séria histórica. Fonte: CINDS, 2001.
Resgate
clinico
2%
Incêndio
23%
Resgate Prevenção
trauma 9%
57%
Salvamento
9%
GRÁFICO 24 – Distribuição por natureza das ocorrências com necessidade de apoio de outras
viaturas. Fonte: CINDS, 2010.
29
Resolução Nº 008, 18 fev. 2000 - Aprova o Manual de Gerenciamento da Frota do CBMMG e dá outras
providências.
101
6.3 ALOCAÇÃO
30
“Absenteísmo é a inassiduidade constante de operários ao trabalho” (DUARTE, 2008, p.12).
103
unidades pesquisadas no trabalho sobre absenteísmo, onde se acredita existir uma tropa de
maior idade e que possivelmente apresente maior número de ausências por motivo de saúde.
Assim, para o cômputo de dias de ausência do Pelotão, foram consideradas
somente as dispensas obrigatórias em legislação31, ou seja:
a) as férias prêmio, que dão direito de 90 dias de ausência após 1.825 dias de trabalho;
b) as férias anuais, que permitem o gozo de 25 dias úteis por ano;
c) as dispensas luto, núpcias e paternidade que permitem oito, oito e cinco dias
respectivamente (pelo menos, uma dispensa luto, núpcias e paternidade ao ano), e
d) Grandes folgas de serviço32, que permitem um dia de folga a cada 40 dias corridos de
trabalho.
O cálculo de índice de segurança técnico retornou o valor de 18,55% que precisa
ser acrescentado ao efetivo do Pelotão. Esses militares não foram alocados por serem
considerados militares que estarão ausentes no Pelotão. Porém em épocas nas quais suas
ausências não sejam percebidas, eles poderão servir nas diversas equipes propostas.
31
Lei nº 5.301, 16 out. 1969, que contém o Estatuto do Pessoal da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, e
dá outras providências.
32
Prevista na Resolução de Jornada de trabalho.
104
obteve um somatório de doze33 equipes de trabalho, das quais nove equipes correspondem a
três equipes em quatro turnos de oito horas para completarem a escala de 24 horas de trabalho
e três equipes correspondem às equipes nos turnos de oito horas propostos. O detalhamento
das esquies está na TABELA 12.
33
O relatório emitido pela ferramenta está disposto no anexo “A” deste estudo.
105
considerado para o atendimento das ocorrências nos horários de pico e outras demandas
previstas nos capítulos anteriores. O adicional de efetivo por necessidade de cobrimento de
ausências foi tratado em seção a parte e retornou um valor final no Pelotão de 37 Bombeiros.
7 CONCLUSÃO
7.1 CONCLUSÕES
os testes, exigiram a análise estatística por médias, o que cria uma simulação mediana
aproximada.
Apesar disso, a análise estatística permite entender a necessidade de empenho de
equipes de Bombeiros nos horários de faixa de atendimento e de pico de ocorrências, o que
possibilita dimensionar equipes de reforço de operação.
A etapa de alocação permitiu reduzir o número de equipes dentro da demanda
estipulada, o que possibilita a tomada de decisão pelo emprego dos turnos fracionados no
auxílio ao serviço de prontidão do Corpo de Bombeiros. A economia de pessoal obtida na
alocação das equipes em turnos fracionados permite a adoção deste tipo de escala em locais
com efetivo reduzido.
O método proposto permite definir o efetivo necessário de Bombeiros em cada
Fração destacada, desde que se realizem as etapas de previsão da demanda, simulação do
atendimento e alocação dos recursos. Esse conhecimento permitirá ao Comando da
Corporação um estudo eficaz que não dimensione Frações abaixo da demanda necessária na
localidade.
O estudo de caso demonstrou que o aumento das demandas e os períodos sazonais
comportam-se de forma polinomial, ou seja, com picos de alta e baixa, e cria períodos de
necessidade de reforço e períodos em que o reforço pode ser realocado.
Com a revisão dos conceitos e a análise histórica das ocorrências verifica-se que
os indicadores socioeconômicos da localidade onde se encontra instalado o pelotão, bem
como a configuração de relevo e clima influenciam na demanda de ações do Corpo de
Bombeiros, sejam preventivas ou de resposta.
O índice de segurança técnica permitiu dimensionar o acréscimo necessário ao
efetivo do Pelotão para garantir a manutenção do serviço nos períodos de ausência.
7.2 SUGESTÕES
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Selma M. de; MELLO JORGE, Maria Helena P. de. Acidentes de transporte
terrestre em município da Região Sul do Brasil. Rev. Saúde Pública [S. l.: s. n.]. 2001, v. 35,
n. 3, p. 318-320.
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DEL CARLO, Ualfrido. A Segurança contra incêndio no Brasil. In: SEITO, Alexandre Itiu et
al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. 496 p.
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In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 14., 2009, Natal. Anais
eletrônicos... Natal: INPE, 2009. Disponível em:
<marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2008/11.06.../5193-5200.pdf >. Acesso em: 07
jul. 2010.
113
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Circulation. No prelo.
JUNG, C. F. Metodologia Científica: êfase em pesquisa tecnológica. 3. ed. rev. e ampl. [S. l.:
s. n.], 2003. Disponível em: <http://www.jung.pro.br>. Acesso em: 10 set. 2010.
KILSZTAJN, Samuel et al. Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito e frota de veículos.
Rev. Saúde Pública [S. l.: s. n.]. 2001, v.35, n.3, p. 262-268.
MALVESTIO, Marisa Aparecida Amaro; SOUSA, Regina Márcia Cardoso de. Suporte
avançado à vida: atendimento a vítimas de acidentes de trânsito. Rev. Saúde Pública [S. l.: s.
n.]. 2002, v. 36, n. 5, p. 584-589, 2002.
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Disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pl000008.pdf>. Acesso
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MESQUITA FILHO, M.; MELLO JORGE, Ma. H. P. de. Características da morbidade por
causas externas em serviço de urgência. Rev. bras. epidemiol. [S. l.: s. n.]. 2007, v. 10, n. 4,
115
p. 579-591.
MICROSOFT Excel® 2010, version 14.0.4760.1000. [S. l.]: Microsoft Corporation©, 2010.
Parte do Microsoft Office Professional Plus 2010.
NETO, J. E. et al. Situação dos afogamentos em duas regiões do interior do Estado de São
Paulo. Rev. Ciênc. Méd., Campinas: [s. n.], v. 15, n. 4, p. 315-320, 2006.
SALLUM, A.M.C.; POIZUMI, M.S. Natureza e gravidade das lesões em vítimas de acidente
de trânsito de veiculo a motor. Rev.Esc. Enferm., São Paulo, USP, v. 33, n. 2, p. 157-164,
jun. 1999.
SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto
Editora, 2008. 496 p.
GLOSSÁRIO
ANEXO
Células Variáveis
Célula Nome Valor Original Valor Final Número Inteiro
$B$5 Função Objetivo 0 0 Número Inteiro
$C$5 0 1 Número Inteiro
$D$5 0 0 Número Inteiro
$E$5 0 0 Número Inteiro
$F$5 0 1 Número Inteiro
$G$5 0 1 Número Inteiro
$H$5 Equipes 0 0 Número Inteiro
$I$5 0 0 Número Inteiro
$J$5 0 2 Número Inteiro
$K$5 0 1 Número Inteiro
$L$5 0 0 Número Inteiro
122
Restrições
Célula Nome Valor da Célula Fórmula Status Margem de Atraso
$Z$7 Calculado 3 $Z$7>=$AA$7 Associação 0
$Z$8 Calculado 3 $Z$8>=$AA$8 Associação 0
$Z$9 Calculado 3 $Z$9>=$AA$9 Associação 0
$Z$10 Calculado 3 $Z$10>=$AA$10 Associação 0
$Z$11 Calculado 3 $Z$11>=$AA$11 Associação 0
$Z$12 Calculado 3 $Z$12>=$AA$12 Associação 0
$Z$13 Calculado 3 $Z$13>=$AA$13 Associação 0
$Z$14 Calculado 3 $Z$14>=$AA$14 Associação 0
$Z$15 Calculado 4 $Z$15>=$AA$15 Associação 0
$Z$16 Calculado 5 $Z$16>=$AA$16 Não-associação 1
$Z$17 Calculado 5 $Z$17>=$AA$17 Não-associação 1
$Z$18 Calculado 6 $Z$18>=$AA$18 Não-associação 2
$Z$19 Calculado 5 $Z$19>=$AA$19 Associação 0
$Z$20 Calculado 5 $Z$20>=$AA$20 Associação 0
$Z$21 Calculado 5 $Z$21>=$AA$21 Associação 0
$Z$22 Calculado 5 $Z$22>=$AA$22 Associação 0
$Z$23 Calculado 5 $Z$23>=$AA$23 Associação 0
$Z$24 Calculado 5 $Z$24>=$AA$24 Associação 0
$Z$25 Calculado 4 $Z$25>=$AA$25 Associação 0
$Z$26 Calculado 4 $Z$26>=$AA$26 Associação 0
$Z$27 Calculado 4 $Z$27>=$AA$27 Não-associação 1
$Z$28 Calculado 3 $Z$28>=$AA$28 Associação 0
$Z$29 Calculado 4 $Z$29>=$AA$29 Não-associação 1
$Z$30 Calculado 3 $Z$30>=$AA$30 Associação 0
$B$5:$Y$5=Número Inteiro