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Unidade: Princípios,

Processos Fundamentais,
Unidade I:
Teorias e Modelos

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Unidade: Princípios, Processos Fundamentais, Teorias e
Modelos

Pode-se definir aprendizagem como um conjunto de processos


psicológicos (cognitivos, emocionais, motivacionais e comportamentais) que
permitem que as pessoas adquiram (ou aprendam) algo novo (COIMBRA,
2002).
Cotidianamente somos solicitados a colocar em ação aquilo que
aprendemos para dar resposta ás solicitações e desafios com os quais nos
defrontamos ao interagir com o meio. Nossa adaptação ao ambiente social no
qual estamos inseridos depende diretamente de nossos conhecimentos,
levando-nos a empreender esforços para adquirir o máximo de informações ao
longo de nossas vidas.
Sendo um processo dinâmico, contínuo, gradativo e cumulativo, cada
nova informação adquirida vai sendo integrada a conhecimentos anteriores
promovendo mudanças. Nesse processo o envolvimento e os esforços
pessoais do aprendiz são determinantes
Ao procurarmos observar o comportamento de seres humanos,
constataremos que a maior parte dos comportamentos por nós exibidos são
aprendidos. Embora não somente humanos apresentem a capacidade de

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aprender, o que chama nossa atenção é a importância que a aprendizagem
tem para nossa espécie. Se comparada a outras espécies animais, o homem é
aquele que nasce mais desprotegido e, a capacidade de aprender, é sua maior
arma para a sobrevivência.
Em diferentes áreas do conhecimento humano (psicologia, educação,
biologia etc.) as tentativas de explicações acerca de como acontece o
complexo processo de aprender levam a formulações de várias teorias
explicativas diferentes que, embora consigam arrebanhar número significativo
de adeptos, não alcançam adesão exclusiva.
Segundo Pfron Netto (1987), a aprendizagem é um processo interno e
pessoal, que acontece dentro do indivíduo que aprende. O mesmo autor afirma
que tal “fenômeno” só será constatado por outros através de ações manifestas
ou comportamentos posteriormente exibidos. Woodworth e Scholsberg (1955),
citados por Pfron Netto, afirmam que a aprendizagem não corresponde a um

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tipo específico de atividade, sendo uma mudança que ocorre no organismo
durante muitos tipos de atividades.
O que sabemos de fato através de constatações empíricas é que ao
aprender, ocorre modificação de comportamento, ainda que nem sempre essa
modificação apareça de pronto. Por outro lado, se existe a exibição de um
novo comportamento, é preciso que se entenda qual foi o processo de
aquisição de tal comportamento antes de considerá-lo “aprendido”. Nesse
ponto de nossa reflexão é importante fazer a distinção entre desempenho e
aprendizagem. Como bem aponta Witter e Lomônaco (1987), enquanto o
desempenho diz respeito ao comportamento observável, a aprendizagem é um
evento interno, não observável, inferido através do desempenho. Podemos
então afirmar que é possível ocorrer aprendizagem sem a observação do
desempenho esperado.
Embora haja consideráveis dificuldades em conceituar esse processo,
pode-se dizer que a aprendizagem é uma mudança relativamente estável num
estado interno do organismo, resultante da prática ou experiência anterior, que
constitui a condição necessária, mas não suficiente, para que o desempenho
ocorra. Ao aprender, inúmeros processos mentais são ativados (associação,
comparação, avaliação, interpretação, comparação, compreensão, recordação

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etc.).
É através do processo de aprendizagem que adquirimos conhecimentos
de todo tipo, tanto em relação a conhecimento socialmente ajustados como em
relação aos desajustados. A aprendizagem gera tanto aquisição de
competências socialmente aprovadas e benéficas para o aprendiz e
comunidade como também provê a aquisição de hábitos e idéias altamente
questionáveis e prejudiciais ao bom convívio entre as pessoas. Ensinamos
crianças a falar, brincar, comer, higienizar-se, escrever etc. Também as
ensinamos a brigar, julgar, discriminar, serem cruéis, intolerantes, terem vícios
perniciosos etc. Comportamentos emocionais, gostos e preferências também
são regidos pelos mesmos princípios. A experiência é, portanto, um fator
crucial no fenômeno da aprendizagem. A adaptabilidade, que nos permite
transformações á medida que incorporamos novas experiências, é outro fator
determinante. Através da experiência e da adaptabilidade, as transformações
que serão incorporadas ao nosso comportamento, produzirão mudanças

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relativamente estáveis em nossos repertórios influenciando nosso pensamento,
linguagem, motivações, emoções, atitudes etc.
Weiten (2006) afirma que o aprendizado é um dos conceitos mais
fundamentais em toda psicologia e inclui a aquisição de conhecimentos e
hábitos pessoais como, por exemplo: roer unhas, traços de personalidade
como a timidez, respostas emocionais como medo de tempestades,
preferências pessoais como gostar de pastel de um sabor específico (pastel de
palmito) ou não gostar de roupas de determinado estilo (roupas formais). O
mesmo autor ainda afirma que a maior parte de nossos comportamentos são
resultado de aprendizagem e que se fossemos eliminar nossas respostas
aprendidas de nosso repertório, sobraria muito pouco de nossos
comportamentos.
Segundo Gazzaniga e Hearherton (2005) a aprendizagem compartilha
aspectos comuns com a memória no sentido de que ambas se referem a
mudanças duradouras que se seguem a uma exposição ao ambiente, porém
tradicionalmente a aprendizagem e a memória tem sido estudadas
separadamente concentrando-se os teóricos da aprendizagem no estudo da
aquisição dos comportamentos e os teóricos da memória estudando os
processos de retenção e recuperação de conhecimentos. Entretanto não é

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possível afirmar que ocorra aprendizagem sem que aconteça memorização, ou
seja, tais processos estão intimamente relacionados.
Não podemos nos esquecer da influência da estimulação no processo
de aprendizagem. Ao compararmos crianças de meios sócioeconômicos e
culturais diferentes, expostas a diferentes condições de estimulação
constatamos com freqüência grandes diferenças no processo de aprendizagem
nas diferentes etapas do processo de desenvolvimento e em especial na vida
adulta.
A linguagem também exerce papel fundamental no processo de
aprendizagem. Muito do que aprendemos pela vida afora nos foi transmitido,
através da linguagem oral e escrita, deixando claro a função social da
linguagem. Através dela a criança amplia suas possibilidades de inserção no
mundo, passa a interagir com outras pessoas, constrói seu conhecimento e
desenvolve seu pensamento.

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Processsos como pensamento, motivação e atenção também não
podem ser desconsiderados no fenômeno da aprendizagem. Enfim, pode-se
afirmar que o fenômeno da aprendizagem é um processo global, caracterizado
por um conjunto de processos psicológicos (cognitivos, emocionais,
motivacionais e comportamentais, psicomotores) que permite que as pessoas
adquiram algo de novo em seus repertórios.
Diversos teóricos da aprendizagem tentam explicar de que forma os
organismos (humanos e animais) incorporam comportamentos à seus
repertórios, ampliando conhecimentos durante toda a vida. Tal fenômeno
intriga e interessa pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento que
envolvem-se, continuamente, em pesquisas com o objetivo de melhor conhecer
o assunto.
A importância da aprendizagem depende da vida e das exigências feitas
á cada espécie dentro do meio ambiente no qual cada um vive. Segundo
Cesar Ades, etólogo da Universidade de São Paulo, cada “animal” (inclusive o
homem) tem capacidade de aprender o que precisa para resolver seus
problemas de sobrevivência e reprodução. Segundo ele, os elefantes por
exemplo, são capazes de emitir mais de 75 tipos de sons em diferentes
ocasiões. A manada é liderada pela fêmea mais velha que decide o destino do

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grupo. No caso da região onde habitam sofrer com falta dágua, é ela quem
determina que caminho a seguir. Os animais mais simples podem aprender
associações simples que lhes garantam bem estar e sobrevivência. Desde
organismos simples que passam a emitir comportamentos em atitudes
protetoras quando ameaçadas (ex. carangueijos marinhos), até focas em
aquários que aprendem a bater suas nadadeiras e gritar para ganhar
sardinhas, observamos diversos exemplos de comportamentos aprendidos.
Myers (1998).
Nos animais inferiores, por sua vez, as atividades aprendidas, são
apenas reações desenvolvidas por seus organismos. Já os protozoários
nascem com seus organismos praticamente desenvolvidos e, por causa disso,
têm pouca capacidade de aprendizagem e o que conseguem absorver não
adiciona muito á sua vida. Por mais estranho que possa parecer, estudar o
processo de aprendizagem em diferentes espécies, tem contribuido para
entendermos a aprendizagem humana.

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Segundo Catania (1999), a aprendizagem, sendo uma questão central
na Psicologia, leva cientistas a se perguntar o quanto do comportamento
humano é resultado de sua história de evolução e o quanto depende de suas
experiências de vida. Ele ainda afirma que os estudos sobre aprendizagem têm
abrangido tanto os processos relativamente simples com animais quanto as
complexidades da linguagem humana e da resolução de problemas. Afirma
ainda que a pesquisa nessas áreas é tão diferente, e a literatura tão extensa,
que é grande a tentação de restringirmos nossa atenção apenas aos tópicos da
aprendizagem humana e comportamento animal mais comumente
investigados. Entretanto o estudo da aprendizagem se estende cada vez mais
abrangendo áreas como aprendizagem sem palavras onde o estudo do
comportamento respondente, do comportamento operante e da aprendizagem
social se fazem respeitar. Por outro lado o estudo da aprendizagem com
palavras onde o Comportamento Verbal (em especial da linguagem), do
comportamento não verbal, da cognição e da resolução de problemas também
tem interessado grande número de pesquisadores.
Entre as principais teorias podem ser citadas a Teoria do
Condicionamento respondente de Pavlov, a teoria do Condicionamento
operante de Skinner, a teoria da Aprendizagem social de Bandura. Entre as

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teorias atuais podemos citar as teorias de Vigotsky e Piaget, esta última,
embasando as pesquisas de Emilia Ferreiro e que são hoje referência na
questão da aprendizagem.
Serão apontadas abaixo neste texto algumas das iimportantes teorias da
aprendizagem. Sendo um texto introdutório, o nível de aprofundamento de tais
questões é pequeno tendo-se como objetivo, no momento, apenas incitar o
leitor á pesquisa para temas que se apresentarão futuramente no curso como
áreas de estudo onde será possível aprofundar-se e especializar-se.

Pavlov e aprendizagem por condicionamento respondente


Denominam-se comportamentos respondentes atos desencadeados por
eventos que lhe são antecedentes. Os eventos que costumam desencadear
esse tipo de comportamento são conhecidos como estímulos eliciadores.
Estímulos eliciadores são incondicionados, ou seja não são aprendidos.
Possuem por si só capacidade de provocar respostas assim que entramos em

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contato com eles. Por exemplo, se uma substância ácida é colocada em nossa
boca, imediatamente começamos a salivar. Nesse exemplo a substância ácida
é chamada estímulo eliciador (ou incondicionado) e a resposta de salivar é
chamada de resposta incondicionada.
O condicionamento respondente (também conhecido por clássico ou
pavloviano), originou-se dos estudos do fisiologista Russo Ivan P. Pavlov
(1849-1936). Em um experimento protótipo, mundialmente conhecido, Pavlov
utilizou cães para detectar inicialmente o funcionamento das glândulas
salivares, surpreendendo-se ao notar que a boca do animal ficava cheia de
água não apenas á vista e cheiro do alimento, mas também na presença de
outros estímulos associados a ele (ex. a visão da pessoa que sempre o
alimentava). Como a salivação é uma resposta fisiológica e não aprendida,
Pavlov passou a chamá-la de resposta incondicionada -R.I. (não aprendida).
A partir da constatação de tal fenômeno, Pavlov desenvolveu um
experimento associando um som (uma campainha) ao oferecimento de comida
(pó de carne). O som foi por ele denominado inicialmente de estímulo neutro
(E.N). O estímulo alimentar (pó de carne) passou a ser denominado estímulo
incondicionado (E.I.) Na medida em que, no período de experimentação,
todas as vezes que a comida era apresentada a campainha soava, depois de

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algum tempo constatou-se que a salivação já acontecia assim que o som da
campainha ocorria, ainda que a comida fosse oferecida com atraso. A partir de
então, o estímulo campainha passava a ser capaz de desencadear sozinho
(sem o pó de carne) a resposta de salivação passando a ser denominado
estímulo condicionado (E.N). Posteriormente a simples apresentação do
som, mesmo desacompanhado do alimento, já provocava salivação. A partir de
desse ponto a resposta de salivar passou a ser denominada resposta
condicionada (R.C). Nesse momento Pavlov constata ter havido
“aprendizagem” (condicionamento) de tal resposta.

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Representações esquemáticas:
Tipo de estímulo Tipo de resposta provocada
Apresentação de Estimulo Inicialmente não provoca qualquer resposta
neutro - E.N: (som)
Apresentação do Estímulo Provoca resposta Condicionada – R.I.
incondicionado - E.I): (pó de (salivação)
carne)
Apresentação de E.I. + E.N. Provoca resposta incondicionada (salivação

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Após várias apresentações do E.I.+ E.N., fundem-se em um único
estímulo que passa a denominar-se estímulo condicionado – E.C. e que agora
passa a controlar a resposta de salivação. A partir daí pode-se então afirmar
que ocorreu Condicionamento.
Artigo de: Júlio Rocha do Amaral e Renato M.E. Sabbatini, PhD
artigo completo em http://www.cerebromente.org.br/n09/mente/pavlov.htm

Esse tipo de aprendizagem é considerado biologicamente adaptativo,


pois muitos estímulos tornam-se condicionados em nossas vidas através do
mesmo processo de emparelhamento de estímulos em nossas vida passando a
sinalizar bons e maus eventos. Exemplo: odores podem sinalizar uma boa
comida ou a presença de uma pessoa querida e a partir daí desencadear
reações fisilógicas, comportamentais e/ou emocionas. Podem também

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sinalizar uma ocorrência traumática (ex. um estupro) podendo também
desencadear os mesmos tipos de reações.
Segundo Weiten (2006), um novo estímulo esposta não dura para
sempre. Se assim fosse a aprendizagem seria inflexível e os seres vivos teriam
dificuldades de se adaptar a novas situações. Ao invés disso, ocorre
enfraquecimento gradual de respostas em certas circunstâncias. A esse
processo damos o nome de extinção. Quando a extinção ocorre em relação a
uma aprendizagem que se deu em decorrência de condicionamento clássico
dizemos que houve uma extinção respondente. Mas, o que leva á extinção de
uma resposta adquirida por condicionamento clássico? O que ocorre é que
nesses casos a apresentação do estimulo condicionado passa a ocorrer sem a
apresentação do estímulo incondicionado, ou seja, se tomarmos como
exemplo o experimento de Pavlov, quando Pavlov passa a apresentar
repetidamente ao cão apenas o som, sem a apresentação da carne,
gradualmente o som ia perdendo sua capacidade de produzir a resposta de
salivação. Quando isso acontece dizemos que a resposta condicionada foi
extinta.
Para melhor entendermos o processo de extinção vamos alguns
exemplos:

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1. Vamos supor que, fazendo um tratamento dentário, você percebeu no
passado que, frequentemente quando o dentista está usando a broca
para limpar seus dentes ao fazer uma restauração dentária, você sentia
dor. Depois de algum tempo você passou a perceber que o som
produzido pelo motor da broca havia passado a sinalizar a possibilidade
de você sentir dor. Daí por diante constatou que todas as vezes que
você passou a ouvir o som, você se tornava “tenso.” Sua resposta
condicionada (ficar tenso) havia portanto sido implantada.
Anos se passam e você passou a trabalhar no consultório de um
dentista e embora ouça frequentemente o motor, não sente dor (uma
vez que você não é o paciente). Entretanto no início, ao ouvir o som
percebeu que várias vezes ficava “tenso”. Progressivamente você foi
deixando de sentir-se assim ao ouvir o som do motor da broca. Algum
tempo depois constata que deixou completamente de sentir-se tenso ao

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ouvir o som da broca. Nesse momento dizemos então que ocorreu
extinção da resposta anteriormente condicionada.
2. No passado, Betina namorou um rapaz (Carlos) que nunca conseguiu
esquecer completamente. Era seu primeiro namorado e ela lembra que
eram muito jovens, saiam e se divertiam muito. Ele mascava um tipo de
chiclete, com odor de menta e fumava bastante. Eles iam a muitos locais
românticos e faziam muitas coisas ousadas, mas, sempre paravam
antes de “concluir” pois Betina tinha medo de engravidar. Ele dizia a ela
que um dia iriam se casar quando terminassem o colégio, mas....
acabaram se separando. O tempo passou, os dois não mais se viram e
acabaram se casando com pessoas diferentes. Entretanto, por vários
anos, sempre que sentia o cheiro do chiclet com odor de menta
misturado com o cheiro de cigarro, Betina percebia que seus joelhos
enfraqueciam! Aqueles dois cheiros juntos, eram para ela, seu primeiro
namorado. Muitos anos se passaram até que Betina pudesse sentir
aqueles odores sem sentir os joelhos tremerem e lembrar-se de Carlos.
Não podemos prever quanto tempo leva para que a extinção se
processe. Isso dependerá de muitos fatores, mas, particularmente do elo
condicionador quando se inicia a extinção sendo que algumas respostas

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podem ser extintas rapidamente outras podem ser muito difíceis de
enfraquecer (Weiten, 2006) . No caso descrito acima, o tempo decorrido para
que a extinção do comportamento condicionado ocorresse foi grande ( joelhos
enfraquecerem diante dos estímulos condicionados) provávelmente pela força
do condicionamento implantado na vida de Betina.
Indicação: Veja ainda no youtube o vídeo denominado: O cão de Pavlov

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Psicobiologia do medo e da ansiedade

O Experimento do Pequeno Albert


Acredita-se que bebês humanos venham ao mundo com medo de ruídos
fortes e dor. Mais tarde durante o primeiro ano de vida, desenvolvem-se outros
medos do que é estranho e não familiar. Esses primeiros medos podem estar
geneticamente programados nos seres humanos para ajudá-los a sobreviver.
Mas como se desenvolvem outros temores, (DAVIDOFF, 1983).
Para esclarecer essa questão, alguns pesquisadores elaboraram um
controvertido experimento com uma criança, filha de uma funcionária de um

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hospital onde trabalhavam. O experimento do Pequeno Albert (como ficou
conhecido) foi conduzido por John Watson e sua aluna de doutorado, Rosalie
Rayner, em 1920, na Universidade John Hopkins. Tal experimento mostrou
uma evidência empírica do condicionamento clássico.
Inicialmente Watson e sua colaboradora submeteram o pequeno Albert,
que na época tinha nove meses de idade, a testagens psicológicas para
verificar se era possível o condicionamento de medo em uma criança que antes
não apresentava tal reação frente a nenhum estímulo que lhe fora apresentado.
Em fase inicial ele foi confrontado de forma breve com um rato branco,
um coelho, um cachorro, um macaco, máscaras com e sem cabelo, chumaços
de algodão etc. sendo que o bebê não demonstrou nenhuma reação de medo.
Posteriormente Watson apresentou ao bebê um som alto, que era produzido
através do bater de um martelo numa barra de ferro. O som era produzido atrás
da cabeça de Albert, sendo apresentado juntamente com a presença do rato.

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Inicialmente Albert colocava seu dedão direito na boca. Isto o distraía do som
irritante. Watson necessitou de muitas tentativas até que o bebê não usasse
esta estratégia de defesa. Quando isto aconteceu observou-se que Albert
começou a choramingar na presença do som. Uma semana depois ele foi
apresentado somente ao rato, sem o som, e também chorou. Cinco dias depois
ele também apresentou tal comportamento na presença de um cachorro e um
coelho. É interessante observar que, no intervalo das testagens Albert brincava
alegremente com blocos de brinquedo. Observou-se que, nas sessões de teste
posteriores, Albert também chorou na presença de outros estímulos que tinham
alguma semelhança com o rato branco, exemplo. coelho branco, chumaço de
algodão branco, máscara de Papai Noel etc., ou seja, houve generalização do
comportamento de medo para outras situações. Através desse experimento
Watson passou a afirmar ter comprovado que comportamentos emocionais
(medo e outros) podem ser condicionados através de condicionamento
respondente.
Tal experimento sofreu diversas críticas. Foi considerado anti-ético, por usar
um sujeito experimental que não estava consciente da experiência, um bebê de
9 meses. Além disso não foi aplicada nenhuma técnica comportamental para
remover o condicionamento de medo, experimentalmente implantado em uma

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criança antes sadia. Segundo conta a história, a reversão de tal processo não
aconteceu porque a mãe de Albert, que trabalhava no hospital onde Watson e
Rayner realizaram tal experimento, deixou de trabalhar ali e os pesquisadores
deixaram de ter contato com ambos.

Foto: Albert, ao lado de um rato branco. Esta situação ocorreu antes do


condicionamento
Referência: http://en.wikipedia.org/wiki/Little_Albert

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Aprendizagem por condicionamento operante

MUITO BOM, EDIE!!!!!!

Enquanto a Foca Edie equilibra a


bola, recebe aplausos da platéia
admirada. A seguir seu treinador
lhe acaricia e oferece peixes pela
façanha!

APRENDIZAGEM POR CONDICIONAMENTO OPERANTE


O psicólogo norte-americano B. F. Skinner (1904), foi o responsável pelo
desenvolvimento da teoria conhecida como condicionamento operante. Através
do condicionamento clássico um organismo associa diferentes estímulos a
comportamentos que não controla. Através do condicionamento operante, o
organismo associa o seus comportamentos á suas conseqüências, MYERS
(1999).

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B.F. Skinner, ficou conhecido
como o cientista do
comportamento e do aprendizado
por seus esforços e pesquisas para
estudar e compreender o
comportamento humano bem
como por tentar propor que os
conhecimentos derivados da
análise do comportamento fossem
utilizados na educação, em
especial na educação de escolares.
Foto: Corbis/Stock Photos
Segundo a teoria de Skinner, a maior parte dos comportamentos
exibidos pelo homem é aprendido através desse tipo de associação. Exemplo:
aprendermos a falar porque ao emitir sons somos encorajados (reforçados) por
outras pessoas do meio a voltar a fazê-lo. Uma das diferenças entre a

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aprendizagem por comportamento respondente operante é que no caso do
operante, o reforço (estímulo ou qualquer evento que aumente a frequência de
um comportamento) não ocorre simultaneamente ou precedendo a resposta
(como no condicionamento clássico), mas, sim, aparece depois dela. São
considerados reforços tudo que for capaz de aumentar a freqüência de um
comportamento precedente. Exemplo: Se para um determinado organismo (um
cão) todas as vezes que pular em volta de seu dono receber um carinho, a
freqüência desse comportamento aumentará. Se cada vez que um bebê chorar
sua mãe (ou outro adulto do meio) pegá-lo no colo, a freqüência desse
comportamento também aumentará.
Os eventos capazes de aumentar ou diminur a freqüência de um
comportamento quando apresentados, são denominados reforços e podem ser
positivos ou negativos. São considerados reforços positivos, estímulos capazes
de fortalecer (aumentar) a freqüência de uma resposta após sua apresentação
(ex. elogio, guloseimas, dinheiro, o direito para uso do carro, um aumento de
salário, uma folga do serviço, etc...). São considerados reforços negativos,
reações capazes de reduzir ou remover uma estimulação aversiva ( ex:o
comportamento do filho de tapar os ouvidos para não ouvir os gritos da mãe
que acabou de constatar que seu filho fez algo que a desagrada, o

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comportamento de apertar um botão para desligar a campainha do despertador
quando estamos sonolentos, o comportamento de tapar os ouvidos para não
ouvir o barulho de uma trovoada., enfim todos os comportamentos de evitação
ou impedimento de contato com fontes de estimulações aversivas.
Embora muitas pessoas confundam os termos punição e reforçamento
negativo, tais termos não são sinônimos. O efeito da punição é oposto ao
efeito do reforço. Enquanto o reforço, seja ele positivo ou negativo aumenta a
freqüência de um determinado comportamento que termina com a estimulação
aversiva (como nos exemplos precedentes), a punição ao contrário é uma
conseqüência aversiva que diminui a freqüência de um comportamento
precedente. Ex: A mãe bate na mão da criança cada vez que ela rói as unhas.
Perceba-se que, neste caso, a probabilidade de diminuição do comportamento
punido é grande. Caso haja diminuição do comportamento de roer as unhas
após punição, podemos afirmar que o comportamento foi aprendido por

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introdução de estimulação aversiva contingente. Os efeitos da punição são
controversos e será motivo de estudo em momento oportuno.
Da mesma forma que no condicionamento clássico, vários conceitos tais
como condicionamento, modelagem, extinção, discriminação, generalização,
etc.. estão aqui envolvidos. Entretanto não nos aprofundaremos em tais
conceitos, pois os mesmos serão objeto de estudo pormenorizado nos
próximos semestres do curso.

Atualizações das noções de Skinner


Embora Skinner admitisse a existência de processos particulares e de
fundamentos biológicos no comportamento, ignorou a importância dos mesmos
em seus trabalhos, decidindo-se por estudar o comportamento e suas
conseqüências. Muitos psicólogos criticam-no por isso. .
Segundo Myers (1999) B. F. Skinner foi uma das figuras intelectuais do
século XX mais controvertidas. Remexeu num “ninho de vespas” ao insistir que
muitas vezes são as influências externas, e não os pensamentos e sentimentos
internos, que moldam o comportamento. Também foi criticado por apregoar
que se poderia fazer (uso dos princípios operantes) para influenciar o
comportamento das pessoas na escola, no trabalho e em casa com o objetivos

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de auxiliá-las a viver melhor. Os críticos de Skinner protestam dizendo que ele
desumanizou as pessoas ao negligenciar sua liberdade pessoal e procurar
controlar suas ações.
Ainda segundo o mesmo autor a resposta de Skinner para tais críticas
foi a seguinte: “O comportamento das pessoas já é controlado de maneira
fortuita pelas conseqüências externas; assim, por que não administrar essas
conseqüências para a melhoria humana? Em vez de punições usadas em
casas, escolas, prisões, os reforços não seriam mais humanitários? E, se é
humilhante pensar que somos moldados por nossas histórias, essa mesma
idéia também nos proporciona a esperança de que podemos moldar nosso
futuro” .
Veja no youtube o seguinte vídeo: Skinner: Modelagem

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Aprendizagem social
A aprendizagem Social é também conhecida por imitação,
aprendizagem por observação, modelação, aprendizagem “vicária” (cópia).
Albert Bandura, cientista do comportamento da Universidade de Stanford,
afirma que esse tipo de aprendizagem ocorre quando as respostas de um ser
vivo são influenciadas pela observação de outros, que são chamados modelos
(WEITEN, 2006). Segundo o mesmo autor, Bandura vê esse tipo de
aprendizagem como inteiramente separado do condicionamento respondente e
do operante sendo, sob sua ótica, muito mais abrangente.
Bandura identificou quatro processos cruciais na aprendizagem por
observação:
 Atenção/aquisição: O aprendiz observa um modelo que se comporta
de determinado modo e reconhece os traços distintivos da conduta do
modelo.;
 Retenção: as respostas do modelo são armazenadas ativamente na
memória do modelo;
 Reprodução/Desempenho: Quando o comportamento do modelo é
aceito como próprio (útil) para o aprendiz, este tende a reproduzir tal
modelo;

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 Consequências/Motivação: É improvável que alguém reproduza uma
resposta observada, a menos que esteja motivado a fazê-lo . Se o
aprendiz acredita que a resposta lhe trará resultados positivos irá
reproduzi-la, caso contrário não o fará.
Segundo as pesquisas de Bandura, ao observar outras pessoas,
extraimos regras e princípios gerais do comportamento que nos permite
reproduzir tais comportamentos mas permite, também, ir além do que os
outros vêem e ouvem. Pode-se afirmar que, observando-se mutuamente, as
pessoas adquirem um vasto número de respostas, inclusive vocabulário, estilos
de discurso, rotinas físicas, etiqueta social, desempenho de papéis familiares,
sociais etc.
Bandura acredita que a aprendizagem por observação, é muito mais
complicada do que o condicionamento operante ou respondente pois sempre
implica em atividades cognitivas. O que determina se imitaremos ou não o
modelo de acordo com Bandura, é em grande parte a percepção do aprendiz.

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Se ele acredita que obterá vantagens (ou algum tipo de gratificação) muito
provavelmente o comportamento do modelo será reproduzido entretanto, se
acreditar que o comportamento do modelo nada lhe acrescentará (ou lhe trará
desvantagens) o comportamento terá poucas chances de ser reproduzido
ainda que tenha sido completamente aprendido.
Um experimento clássico realizado por Bandura deixa claro tais idéias:
“Uma criança em idade pré escolar concentra-se em fazer um desenho.
Um adulto em outra parte da sala brinca com alguns “toys”. Em dado momento
o adulto levanta e por quase 10 minutos dá socos e chutes, joga um grande
boneco João teimoso inflado (“João bobo”) de um lado para o outro da sala,
enquanto grita comentários como: “ Vou acertar um soco no seu nariz, vou
derrubá--lo, vou dar-lhe um chute etc.
Depois de observar a explosão do adulto, a criança é levada para uma
sala, onde há muitos brinquedos atraentes, mas logo a pesquisadora
interrompe a diversão da criança e explica-lhe que decidiu guardar os
brinquedos que ela está manipulando para que outras crianças brinquem. Em
seguida a pesquisadora leva a frustrada criança para uma sala adjacente, que
contém apenas uns poucos brinquedos, inclusive um boneco João-teimoso
semelhante ao que a criança observou ser surrado inicialmente pelo adulto. Ao

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ficar sozinha o que a criança faz? Se tal criança tiver assistido á sessão de
espancamento do boneco, é muito provável que na situação de frustração na
qual se encontra repita a ação do adulto, passando a surrar o boneco. Por
outro lado aquelas que não tinham observado tal comportamento
anteriormente, dificilmente surravam o boneco.
Tais estudos nos permitem perceber que modelos pró-sociais podem ter
efeitos benéficos sobre o comportamento. Pessoas que exibem
comportamentos não violentos e prestativos podem promover cópia de
comportamento similar em outras pessoas. Ex: Mahatma Ghandi, Martin Luther
King, Madre Teresa de Calcutá, etc... Por outro lado aqueles que fornecem
modelos de violência e agressividade podem estar favorecendo a aquisição de
padrões comportamentais semelhantes (ex. desenhos animados – pernalonga,
frajola, piu piu, pica-pau, filmes de ação tipo tropa de elite etc.
Os modelos mais eficazes são aqueles onde palavras e ações são

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coerentes, quando isso não acontece à hipocrisia aflora, propiciando
condições para que no futuro a criança tenda a imitar o modelo hipócrita.
Veja no Youtube o vídeo: Albert Bandura- Experimento sobre agressividade :
Aprendizaje y agresion- Para Tener Presente
Observação: Para conhecer melhor os tipos de aprendizagem apresentados
acima vide: Gazzaniga, Michael S. Aprendizagem e Recompensa (cap. 6) do
livro Ciência Psicológica, Mente, Cerebro e Comportamento, Porto Alegre,
Artes Médicas, 2005.

Piaget e a aprendizagem
O biólogo, educador e psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), um dos
grandes nomes ligados ao estudo do desenvolvimento infantil, embora não
tenha cunhado uma teoria própria exclusivamente sobre a aprendizagem,
discutiu-a em seus estudos sobre o desenvolvimento da inteligência na criança
através do processo de maturação biológica.
Segundo Piaget há duas formas de aprendizagem:
1) Equivale ao próprio desenvolvimento da inteligência e é um processo
espontâneo e contínuo que inclui maturação, experiência, transmissão
social e desenvolvimento do equilíbrio.

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2) Forma de aprendizagem condicionada á aquisição de novas respostas
em situações onde participamos ativamente de situações e
acontecimento onde assimilamos mentalmente informações sobre o
ambiente físico e social, transformando o conhecimento adquirido em
formas de agir sobre o meio. Dessa forma o conhecimento assimilado
passa a constituir a bagagem de experiências que nos permite enfrentar
as novas situações, assimilar outras experiências e formular novas
idéias e conceitos que por sua vez baseiam-se em aprendizagens
anteriores, ou seja, aprendizagens simples servem de base para
aprendizagens cada vez mais complexas.
As idéias de Piaget embasam hoje grande parte das pesquisas e teorias
sobre a aprendizagem escolar de crianças. A grande pesquisadora argentina
Emilia Ferreiro, conhecida como a pesquisadora que revolucionou a
alfabetização, embasando-se nas idéias de Piaget, influenciou as idéias sobre

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alfabetização em seu próprio País como também em outros. No Brasil o grande
educador Paulo Freire, compartilha com ela as influências das idéias de Piaget.
Vigotsky e a aprendizagem
Para Leo Vigotsky (1999) citado por Bock et al (1988) a aprendizagem
sempre inclui as relações entre as pessoas sendo que as relações do indivíduo
com o mundo está sempre mediada pelo outro havendo interdependência entre
ambos ( o indivíduo e o outro) para que se possa aprender e apreender o
mundo. O desenvolvimento é um processo que se dá de fora para dentro e a
aprendizagem inicia-se muito antes da entrada na escola, na verdade desde o
nascimento quando a criança passa a estar exposta aos aspectos da cultura e
também do outro. Segundo esse autor, o aprendizado, quando adequadamente
organizado, resulta em desenvolvimento mental pondo em movimentos
processos que seriam impossíveis de acontecer garantindo portanto que as
relações entre desenvolvimento e aprendizagem sejam estreitos e
indissociáveis. O aprendizado é necessariamente mediado por linguagem;
portanto, sempre ocorre em situações de interação. Para ele o aprendizado é
capaz de gerar zonas de desenvolvimento proximal, ou seja, ao interagir com
as pessoas em seu ambiente e/ou quando atuam em cooperação com outras
crianças, os processos de desenvolvimento interno são capazes de operar,

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uma vez que foram deflagrados pela aprendizagem. Para ele não é o
desenvolvimento que precede e torna possível a aprendizagem mas, é a
aprendizagem que antecede, possibilita e impulsiona o desenvolvimento. Caso
uma criança não venha a ter contato com adultos ou com outras crianças mais
velhas, enfim, com quem possa lhe fornecer experiências que proporcionem a
criação de competências e aptidões, esta criança não poderá desenvolver-se
adequadamente, ou seja, segundo o autor, em situações onde não houver
aprendizagem não poderá haver desenvolvimento.

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CONCLUSÃO
Verificamos a existência de muitas teorias da aprendizagem. Não nos
propomos aqui a dissertar sobre qual delas seria a mais correta, mas sim em
apresentar meios para uma primeira aproximação de cada uma delas. No curso
vocês vão voltar a estudar cada uma pormenorizadamente e terá a
oportunidade de aprofundar melhor seus conhecimentos. Entretanto cabe ao
aluno interessado em seu próprio aprendizado, reportar-se ás fontes aqui
apontadas para melhor compreender o que foi aqui sumarizado.

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Referências

BOCK, Ana Merces Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes


Trassi. Psicologias: Uma Introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo, Ed.
Saraiva, 1988.
CATANIA, A. Charles. Aprendizagem, comporamento, linguagem e cognição.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
DAVIDOFF, Linda. lintrodução á psicologia. São Paulo: Macgraw-Hill do Brasil,
1983.
GAZZANIGA, Michael S. e Heatherton, Todd F. Ciência psicológica: mente,
cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005 .
MAYES, David. Introdução á Psicologia Geral. Rio de Janeiro: ITC Editora -
Livros Técnicos e Científicos Editora s/a, 1999.
PFRON NETTO, Samuel. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São Paulo,
E.P.U., 1987.
TELFORD, Charles e SAWRWY, James. Uma introdu;’ao aos princ[ipios
fundamentais do comportamento. São Paulo, Cultrix Editora, 1971.
WEITEN, Wayne. Ntrodução á Psicologia: Temas e Variações. São Paulo:
Pioneira, Thonson Learning, 2006
WITTER, GERALDINA PORTO: LOMÔNACO, JOSÉ FERNANDO

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BITENCOURT. Psicologia da Aprendizagem. Temas Básicos de Psicologia,
vol. 9. São Paulo, E.P.U., 1987.

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Responsável pelo Conteúdo:
Prof Ms João Paulo Magalhães

Revisão Textual:
Prof Ms Rosa Maria Galvão

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