INTRODUÇÃO AO PROJETO

MECÂNICO
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
2020/2021

Diogo Mariano Simões Neto

Departamento de Engenharia Mecânica
2ª AULA TEÓRICO-PRÁTICA
Veios de Transmissão 3

Dimensionamento à fadiga
❑ Flexão rotativa com torção estática

✓ Critério de Sines
32M f  f 32M f n  f0
a =   d 3 onde  f = ( K c  K s  K ta  K T  K fb )
d3 n  f Kf

✓ Critério de Soderberg

2 2
32n  M f   M t 
d 3
  + 
  f   c 

✓ Critério da ASME
2 2
32n  M f  4  M t 
d3   +  
  f  3  c 

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Veios de Transmissão 4

Dimensionamento à fadiga
❑ Efeito da concentração de tensões

✓ Critério de Soderberg (flexão rotativa com torção estática)

2 2
32n  K ff M fa   M tm 
d3   + 
  f   c 

✓ Critério da ASME (flexão rotativa com torção estática)

2 2
32n  K ff M fa  3  M tm 
d3   +  
  f  4  c 

Nota:  f = ( K c  K s  K ta  K T  K fb )  f0

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Veios de Transmissão 5

Dimensionamento à rigidez
• Muitas vezes as limitações ao funcionamento de um veio não resultam das
tensões aplicadas mas das deflexões excessivas, tanto de flexão como de
torção

➢ Torção (deformação angular)

• 2,5 a 3 º/m em veios de transmissão simples
• 0,25 º/m em veios principais de linhas de transmissão múltiplas

➢ Flexão (flecha máxima)

• 1/1000 do comprimento do vão em aplicações gerais
• 1/3000 do comprimento do vão em aplicações de precisão

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Veios de Transmissão 6

Forças nos veios devidas a órgãos de transmissão

➢ Engrenagens cilíndricas (dentado helicoidal)
• O ponto de aplicação das forças é no cilindro primitivo e no centro da largura da
roda

F
• Componente radial
Fr = F sin( n ) n Fr

t Fa
• Componente tangencial 
Ft = F cos( n )cos(  ) Ft

• Componente axial

Fa = F cos( n )sin(  )
d  dn Cilindro primitivo
Potência transmitida: P = M t = Ft  = Ft
2 60
Engrenagem de
Nota: se o dentado for reto, Fa = 0 porque β = 0º dentado helicoidal

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Veios de Transmissão 7

Forças nos veios devidas a órgãos de transmissão

➢ Engrenagens cónicas (dentado reto)

y
d − b sin( )
Raio primitivo: rm =
2
Ft

• Componente tangencial
F x
Mt 
Ft = F cos( ) = rm
rm

• Componente radial

Fr = F sin( )cos( ) z

Fr
Fa 
• Componente axial

Fa = F sin( )sin( ) Engrenagem de

dentado reto

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Veios de Transmissão 8

Forças nos veios devidas a órgãos de transmissão

➢ Correias planas e trapezoidais
A força útil (responsável pela transmissão de potência) é dada por:
Fu = T1 − T2

• Binário transmitido
d
M t = Fu
2

• Potência transmissível
P = M t
+F
c
e
=T
1

T1

+F
c

= T e
2
T 2

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Veios de Transmissão 9

Seleção de chavetas
• O dimensionamento das chavetas é feito tendo em conta a sua resistência ao
corte e ao esmagamento
F
F

ℓ b

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Exercício Prático 10

Veios de transmissão
Um motor com velocidade de rotação constante (1150 rpm) aciona uma máquina
através de dois pares de engrenagens redutoras 1-2 e 3-4, cilíndricas de dentado
reto. Um veio intermédio 2AB3 é bi-apoiado em A e B. A extremidade esquerda é
semelhante à da direita, apresentado uma variação de secção. O diâmetro primitivo
da roda dentada 2 é 221 mm e o do pinhão 3 é 100 mm. A máquina necessita de um
binário total de 961 Nm na roda dentada 4, o que corresponde a uma força
tangencial na engrenagem 3-4 igual a cerca de 6407 N. O veio é maquinado a partir
de um varão em aço BS 080M40 estirado a frio (200 Bhn) com com σc = 430 MPa e
σR = 570 MPa.
a) Com base no critério de Soderberg, determine o diâmetro do veio intermédio,
considerando uma fiabilidade de 99,9% e um coeficiente de segurança à fadiga
igual a 1,5. Tenha em consideração a concentração de tensões induzida pela
variação de diâmetro do veio e pelos escatéis efetuados com fresa de topo, para
a fixação das rodas dentadas 2 e 3 ao veio por meio de chavetas.

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Exercício Prático 11

Veios de transmissão

1 4
motor
Máquina
movida
r =3 1,25 d
2 A B 3
d

B 3
75
100 400 100
100

a) Selecione uma chaveta paralela do tipo A (NP 360) para fixar a roda 2 ao veio.
Considere que o material da chaveta é um aço de baixo teor em carbono com
uma tensão de cedência igual a 200 MPa e utilize um coeficiente de segurança
mínimo igual a 2 no dimensionamento.

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Exercício Prático 12

Resolução do exercício prático no

quadro virtual

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Exercício Prático 13

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Exercício Prático 14

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Exercício Prático 15

K tf = 1,5

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Exercício Prático 16

K tt = 1,25

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Exercício Prático 17

qf = 0,80

Flexão ou
tração alternada

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Exercício Prático 18

qt = 0,98

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Exercício Prático 19

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Exercício Prático 20

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Exercício Prático 21

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Exercício Prático para Casa 22

Veios de transmissão

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Exercício Prático para Casa 23

Veios de transmissão
O veio é bi-apoiado em dois rolamentos, pontos B e C, sendo movido por uma
engrenagem, que engrena com a roda representada em D, cujo diâmetro primitivo é
150 mm. A força F aplicada pela engrenagem em D atua com um ângulo de pressão
de 20º. O veio transmite um momento torsor no ponto A de 340 Nm. O veio é
maquinado a partir de um aço com σc = 420 MPa e σR = 560 MPa. Considere que
nos pontos de apoio B e C existe uma variação de secção com as seguintes
características: D/d = 1,2 e r/d = 0,15. Use um fator de segurança mínimo de 1,6
sabendo que o veio trabalha à temperatura de 25ºC e que se pretende uma
fiabilidade de 99%.
a) Determine o diâmetro mínimo do veio, para vida infinita
b) Considerando a geometria e as dimensões do veio da alínea anterior, selecione
uma chaveta (NP tipo A) de modo permitir a transmissão do momento torsor para
uma velocidade de rotação do veio de 1250 rpm, através de uma engrenagem D,
enchavetada ao veio. Para a seleção da chaveta utilize um coeficiente de
segurança mínimo igual a 2 e produzida através de um aço DIN Ck45 K
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UC Student 24

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