Você está na página 1de 10

Exame Órgãos de Máquinas Época Normal 2° semestre 2021 / 2022

Problema 1 - 6 valores

No sistema de transmissão na Figura P1, o motor introduz 4800 W a 600 rpm ao veio ABC. A
engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais em B, com 75 mm de diâmetro primitivo, transmite a
potência para o veio DEF através da engrenagem em E de 172,5 mm de diâmetro. Considere que β=17º e
αn=20º, LDE=60 mm e LEF=80 mm.
a) Determine os esforços nas engrenagens e as reações nos apoios do veio DEF. Considere o veio DEF
apenas entre os apoios e que apenas o apoio em F suporta esforços axiais. [3 valores]
b) Se os esforços na secção crítica do veio forem M=150 Nm, T=300 Nm e N=700 N, qual o diâmetro
mínimo para o veio DEF em termos de resistência mecânica e de torsão. Considere que a tensão de
cedência do material do veio é de 310 MPa e que o coeficiente de segurança à cedência é de 2,4.
Considere para a análise de torção que o ângulo de torsão relativo admissível é de 0,3º/m e que o módulo
de elasticidade transversal do material do veio é de 80 GPa. [3 valores]

> restart :

# Dados
17$Pi 20$Pi
P d 4800 : n1 d 600 : D1 d 0.075 : D2 d 0.1725 : b d : an d : LDE
180 180
d 0.060 : LEF d 0.080 :
a) Determine os esforços nas engrenagens e as reações nos apoios do veio DEF. Considere o veio DEF
apenas entre os apoios e que apenas o apoio em F suporta esforços axiais. [3 valores]
> #Força tangencial no pinhão em B
2$Pi$n1 D1
Ft1 d solve P = $ $Ft , Ft ;
60 2
Ft1 := 2037.183272 (1)
> # Força radial no pinhão
tan an
Fr1 d evalf Ft1$ ;
cos b
Fr1 := 775.3533256 (2)
> # Força axial no pinhão
Fa1 d evalf Ft1$tan b ;
Fa1 := 622.8294301 (3)
> # Forças na coroa
Ft2 d Ft1;
Fr2 d Fr1;
Fa2 d Fa1; # nos sentidos opostos às forças no pinhão

Ft2 := 2037.183272
Fr2 := 775.3533256
Fa2 := 622.8294301 (4)

DCL veio DEF


Como o veio tem apenas um componente, podemos trabalhar no plano das forças transversais ao veio e
da força axial
> # força transversal
2 2
FTE d evalf sqrt Ft2 CFr2 ;
FTE := 2179.745046 (5)
> # reações nos apoios utilizando as equações de equilíbrio estático
Fa2$D2
SumME dKLDE$FTE C LDE CLEF $RF C ;
2
SumF d RDKFTE CRF;
Result d solve SumME, SumF , RD, RF ; assign % :
SumME := K77.06566445 C0.140 RF
SumF := RDK2179.745046 CRF
Result := RD = 1629.276014, RF = 550.4690318 (6)
> # reação axial no apoio F
2 2
NF d Fa2; RF1 d sqrt RF CNF
NF := 622.8294301
RF1 := 831.2235885 (7)

b) Se os esforços na secção crítica do veio forem M=150 Nm, T=300 Nm e N=700 N, qual o diâmetro
mínimo para o veio DEF em termos de resistência mecânica e de torsão. Considere que a tensão de
cedência do material do veio é de 310 MPa e que o coeficiente de segurança à cedência é de 2,4.
Considere para a análise de torção que o ângulo de torsão relativo admissível é de 0,3º/m e que o módulo
de elasticidade transversal do material do veio é de 80 GPa. [3 valores]
> M d 150; T d 300; N d 700;
sced d 310$106; cs d 2.4;
0.3$Pi
qadm d ; # [rad/m]
180
9
G d 80$10 ;
M := 150
T := 300
N := 700
sced := 310000000
cs := 2.4
qadm := 0.005235987757
G := 80000000000 (8)
> # análise de cedência do material
# tensão admissível do material do veio
sced
sadm d ;
cs
sadm := 1.291666667 108 (9)
> # tensão máxima equivalente de von Mises na seção crítica do veio
2
2 N$r 2
seqmax d 3
$sqrt C2$ M C3$T ;
Pi$r 2
2
100 49 r C84 r C144
seqmax := 3
(10)
pr
> # diâmetro mínimo do veio para a análise de cedência do material
rmin d solve seqmax = sadm, r ;
dminced d 2$rmin 1 ;
rmin := 0.01437373807, K0.007186680358 C0.01241321999 I, K0.007186680358
K0.01241321999 I
dminced := 0.02874747614 (11)
> # análise de torção

# momento polar de inércia da secção transversal do veio


4
Pi$d
Jd ;
32
# ângulo relativo na secção crítica
T
qrel d ;
G$J
1 4
J := pd
32
3
qrel := 4
(12)
25000000 p d
> # diâmetro mínimo do veio para a análise de torção
dmin d solve qrel = qadm, d ;
dmintor d dmin 1 ;
dmin := 0.05197065468, 0.05197065468 I, K0.05197065468, K0.05197065468 I
dmintor := 0.05197065468 (13)
> # diâmetro mínimo do veio
dmin d max dminced, dmintor ;
dmin := 0.05197065468 (14)
>

Problema 2 - 8 valores
Na Figura P2 é possível observar um sistema de transmissão por correia plana com uma relação de
transmissão de 2,1. A polia motora tem 180 mm de diâmetro e roda a 450 rpm, estando sujeita a 52 Nm
de momento torsor. Considere que o coeficiente de atrito entre a correia e as polias é de 0,13, a distância
entre os centros das polias é de 80 cm e LAB=40 cm e LBC=30 cm.

a) Determine os esforços na correia e a potência transmitida à polia movida. [2,5 valores]


b) Se os esforços na correia forem F1=1850 N e F2=1260 N, determine a secção crítica do veio ABC e
os esforços nessa secção, se não considerar a parte do veio entre o motor e o apoio em A. [4 valores]
c) Se no apoio C do veio ABC existirem duas forças de reação, uma força radial de 3000 N e uma força
axial 180 N, qual a vida nominal em horas de serviço de um rolamento de esferas com uma capacidade
de carga estática de 7,2 kN e uma capacidade de carga dinâmica de 14,3 kN. [1,5 valores]

> restart :

# Dados
i d 2.1 : D1 d 0.180 : n1 d 450 : T1 d 52 : m d 0.13 : C d 0.80 : LAB d 0.40 : LBC
d 0.30 :

a) Determine os esforços na correia e a potência transmitida à polia movida. [2,5 valores]


> # diâmetro da polia movida
D2 d i$D1;
D2 := 0.3780 (15)
> # ângulo de inclinação da correia
D2 KD1
a d arcsin ;
2$C
# ângulo de abraçãmento da polia motora
q1 d Pi K2$a;
a := 0.1240680492
q1 := 2.893456556 (16)
> # esforços na correia
D1
eq1 d T1 = $ F1 KF2 ;
2
F1 m$q1
eq2 d =e ;
F2
sol d solve eq1, eq2 , F1, F2 ; assign % :
eq1 := 52 = 0.09000000000 F1 K0.09000000000 F2
F1
eq2 := = 1.456664674
F2
sol := F1 = 1842.990111, F2 = 1265.212333 (17)
> # potência transmitida à polia movida
# a potência é totalmente transmitida da polia motora para a polia movida logo P2=P1
2$Pi$n1
P1 d evalf $T1 ;
60
P2 d P1;
P1 := 2450.442270
P2 := 2450.442270 (18)

b) Se os esforços na correia forem F1=1850 N e F2=1260 N, determine a secção crítica do veio ABC e
os esforços nessa secção se não considerar a parte do veio entre o motor e o apoio em A. [4 valores]

> F1 d 1850; F2 d 1260;


F1 := 1850
F2 := 1260 (19)
DCL veio ABC

Como o veio tem apenas um componente, podemos trabalhar no plano da força total transversal ao veio
> # força transversal
Fh d F1 CF2 $cos a ;
Fv d F1 KF2 $sin a ;
2 2
FTB d evalf sqrt Fh CFv ;
Fh := 3086.094758
Fv := 73.01250000
FTB := 3086.958322 (20)
> # reações nos apoios utilizando as equações de equilíbrio estático
SumMB dKLAB$FTB C LAB CLBC $RC;
SumF d RA KFTB CRC;
Result d solve SumMB, SumF , RA, RC ; assign % :
SumMB := K1234.783329 C0.70 RC
SumF := RA K3086.958322 CRC
Result := RA = 1322.982138, RC = 1763.976184 (21)
> # esforços ao longo do veio
# Momento fletor
# troço AB
MAB d RA$x;
MAd d subs x = 0, MAB ;
MBe d subs x = LAB, MAB ;
MAB := 1322.982138 x
MAd := 0.
MBe := 529.1928552 (22)
> # troço BC
MBC d RA$x KFTB$ x KLAB ;
MBd d subs x = LAB, MBC ;
MCe d subs x = LAB CLBC, MBC ;
MBC := K1763.976184 x C1234.783329
MBd := 529.1928554
MCe := 0. (23)
> # grafico de momento fletor
with plots :
f1 d plot MAB, x = 0 ..LAB, filled = true :
f2 d plot MBC, x = LAB ..LAB CLBC, filled = true :
display f1, f2 , title = "momento fletor ao longo do veio" ;
180.000 (26)
> # cálculo da força equivalente no rolamento
# da tabela fornecida para os fatores X e Y de rolamentos de esferas
FA
c d evalf ;
C0

c := 0.02500000000 (27)
> # logo da tabela e=0,22
FA
> evalf ;
FR
0.06000000000 (28)
FA
> # como ! e da tabela
FR
X d 1; Y d 0;
X := 1
Y := 0 (29)
> # força equivalente no rolamento
F d X$FR CY$FA;
F := 3000 (30)
> # para rolamento de esferas
ad3
a := 3 (31)
> # vida nominal do rolamento
6 a
10 C
Lh d evalf $ ;
60$n1 F
Lh := 4011.257888 (32)
>

Problema 3 - 6 valores

Um motor aciona um sistema de transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes retos. O pinhão tem
um ângulo de pressão de 20º e roda a 320 rpm. A potência do motor, de 2300 W, é transmitida ao veio
motor, de diâmetro de 40 mm, através de uma união rígida.
a) Calcule o momento torsor imposto ao veio motor e os esforços no pinhão, se o diâmetro deste for de
80 mm. [2 valores]
b) Se existir uma união rígida, de 30 mm de espessura, a ligar os veios do motor ao veio do pinhão e essa
união for ligada através de 8 parafusos, de 6 mm de diâmetro, colocados num círculo com raio de 15 mm
em relação ao centro da união, verifique se há falha dos parafusos. O material dos parafusos tem σadm=
100 MPa e τadm=45 MPa. [2 valores]
c) Sendo que o pinhão está fixo ao veio através de uma chaveta plana, calcule as tensões na chaveta. [2
valores]

> restart :

# Dados
a d 20 : n d 320 : P d 2300 : dv d 0.040 :
a) Calcule o momentor torsor imposto ao veio motor e os esforços nos dentes do pinhão, se este tiver um
diâmetro de 80 mm. [2 valores]
> d1 d 0.080 :
> # momento torsor imposto ao veio
P
T1 d evalf ;
2$Pi$n
60
T1 := 68.63556919 (33)
> # Esforços no pinhão
# Força tangencial
d1
Ft d solve T1 = $F ;
2
Ft := 1715.889230 (34)
> # Força Radial
a$Pi
Fr d evalf Ft$tan ;
180
Fr := 624.5326051 (35)

b) Se existir uma união rígida, de 30 mm de espessura, a ligar os veios do motor ao veio do pinhão e essa
união for ligada através de 8 parafusos, de 6 mm de diâmetro, colocados num círculo com raio de 15 mm
em relação ao centro da união, verifique se há falha dos parafusos. O material dos parafusos tem σadm=
100 MPa e τadm=45 MPa. [2 valores]
6 6
> h d 0.030 : np d 8 : dp d 0.006 : r d 0.015 : sadm d 100$10 : tadm d 45 $10 :
> # nos parafusos
Fp d solve T1 = np$r$Fp ; Fp$8
Fp := 571.9630766
4575.704613 (36)
> # tensão de corte no parafuso
Fp
tp d evalf 2
;
dp
Pi$
2
tp := 2.022905576 107 (37)
> # não há falha por corte tp!tadm

> # tensão de compressão no parafuso


Fp
sp d ;
h$dp
sp := 3.177572648 106 (38)
> # não há falha por compressão sp!sadm

c) Sendo que o pinhão está fixo ao veio através de uma chaveta plana, calcule as tensões na chaveta. [2
valores]
> # tensões da chaveta ao corte e esmagamento
> # dimensionamento da chaveta
# da tabela do slide 40 das tabelas: para d=40 mm
b d 12; #mm
h d 8; #mm
b := 12
(39)
h := 8 (39)
> # comprimento da chaveta
Lmax CLmin
Lmax d 1.8$dv; Lmin d 1.57$dv; Lmed d ;
2
Lmax := 0.0720
Lmin := 0.06280
Lmed := 0.06740000000 (40)
> # tensão de corte na chaveta
T1 K3 Fch
Fch d ; Ac d b$10 $Lmed; tch d ;
dv Ac
2
Fch := 3431.778460
Ac := 0.0008088000000
tch := 4.243049530 106 (41)
> # tensão de esmagamento na chaveta
K3
h$10 Fch
Ae d $Lmed; sch d ;
2 Ae
Ae := 0.0002696000000
sch := 1.272914859 107 (42)
>

Você também pode gostar