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COC797 - ANÁLISE E PROJETO DE ESTRUTURAS OFFSHORE I

Atividade 2

Gabriela A. Estrela

Dados

Considere um duto de aço carbono com as seguintes caracterís cas:

Geometria:

Ld := 700m -----> comprimento

De := 0.600m -----> diâmetro externo

Di := 0.550m -----> diâmetro interno

Material:

Ed := 205GPa -----> módulo de elasticidade longitudinal

νd := 0.30 -----> coeficiente de poisson

Hd := 1.000m -----> diâmetro hidrodinâmico

Carregamento:

Corrente marinha com perfil de velocidades linear - 1,0 m/s em uma das extremidades e 2,0 m/s na
extremidade oposta.

m m
Va := 1.0 Vb := 2.0
s s

C d := 1.40 -----> coeficiente de poisson

Te := 2000kN -----> diâmetro hidrodinâmico

Outros dados relevantes:

kg
ρw := 1025
3
m

Assumindo que o duto se encontra assentado no leito marinho, calcule os deslocamentos e curvaturas ao longo
do seu comprimento desprezando o atrito e considerando as extremidades birotuladas.
Desenvolvimento

1º Cálculo da área (A) e do momento de inércia (I) do duto, considerando a seção transversal circular vazada:

Ad :=   De - Di  = 0.045 m
π 2 2 2
-----> área da seção transversal circular do duto
4  

2
Ad = 0.045 m

π  4
 De - Di  = 1.87  10 m
4 - 3 4 -----> momento de inércia da seção transversal
Id :=
64   circular do duto

-3 4
Id = 1.87  10 m

2º Consideração sobre o momento fletor nas extremidades do duto considerado:

Como hipótese deste problema o duto tem suas extremidades bi-rotuladas, portanto
os momentos nas extremidades são nulos.

Figura 1.1 - desenho ilustrativo de uma viga bi-rotulada com


momentos nas extremidades nulo.

M a := 0N m -----> momento fletor na primeira rótula/extremidade

M b := 0  N m -----> momento fletor na segunda rótula/extremidade


Desenvolvimento
3º Consideração sobre os carregamentos:

Pela equação de Morison (1950) é possível obter a força atuando em um corpo devido à
passagem de um fluxo oscilatório, dada pela seguinte equação:

A formulação assume que as forças podem ser computadas através de uma aproximação
composta pela soma de duas parcelas:
· uma parcela de inércia ( FI ) proporcional às acelerações do fluido e do corpo;
· uma parcela de arraste ( FD ) associada a efeitos viscosos, proporcional às velocidades
do fluido e do corpo.

Como este problema trata-se de uma análise estática, ou seja, o duto não se movimenta
devido à passagem do fluxo, os efeitos da parcela inercial, associado às acelerações, podem ser
desprezados no cálculo das forças. De modo que a força devido à corrente no duto pode ser
calculada por:

1 2 N
Fa :=  Cd  ρw Hd  Va = 717.5
2 m

N
Fa = 717.5 -----> Força por metro na extremidade A do duto
m

1 2 3 N
Fb :=  C d ρw Hd Vb = 2.87  10 
2 m

3 N
Fb = 2.87  10  -----> Força por metro na extremidade B do duto
m

Um carregamento aplicado por uma corrente marinha com velocidade V0 em uma das
extremidades e VLna extremidade oposta com variação linear entre essas extremidades causa um
carregamento parabólico na estrutura, mais complexo de ser estudado. Neste caso, a força Fx que atua
no corpo pode ser expresso na seguinte forma:

2
FX( x) :=  F +
 a ( )
Fb - Fa  
x
Ld
 
Cálculo das Curvaturas

**[MATERIAL RETIRADO DA APOSTILA DO CURSO DE OFFSHORE I /MESTRADO COPPE - PROFESSOR JOSÉ RENATO MENDES]
Cálculo das Curvaturas

Te 1
k := = 0.072 -----> parâmetro "k"
Ed  Id m

2
Ma  Fb - Fa 
Fa

2 -4 1
Ga := - - = -3.59  10
Te Te 
Ed  Id
 k Ld  m

2
Mb  Fb - Fa 
Fb

2 -3 1
Gb := - - = -1.435  10
Te Te 
Ed Id
 k Ld  m

 F ( x) 2
sinhk ( Ld - x)
sinh( k x)  X 2  Fb - Fa    
κ( x) := Gb  + +   + Ga -----> curvatura do duto
sinh( k Ld ) Te Te  k Ld  sinh( k Ld)
  

Curvatura ao longo do Riser

-3
1 10
k (1/m)

-4
5 10

0
0 200 400 600

x (m)

Na expressão para cálculo da curvatura (κ) a primeira e última parcela estão relacionadas aos
efeitos de extremidade, enquanto a parcela central corresponde à curvatura longe das extremidades.O
carregamento variável da corrente ao longo do riser provoca uma variação grande na curvatura ao longo da
linha. Do gráfico é possível notar que a amplitude das curvaturas são pequenas, na ordem de 10   ,
-3 1
 m
isso faz com que os raios de curvatura exigidos sejam grandes. Além disso é possível observar que os
efeitos de extremidade têm pouca influência no comportamento do do trecho central, isso acontece porque
o fator k Ld = 50.562 e para fatores k  L > 10 os efeitos dos apoios são pouco percebidos pela região
central do duto (duto longo).
Cálculo dos Deslocamentos

 F ( x) 2
sinhk ( Ld - x)
sinh( k x)  X 2  Fb - Fa    
κ( x) := Gb  + +   + G  -----> curvatura do duto
sinh( k Ld )   a sinh( k Ld)
 Te Te
 k Ld  

2
FX( x) :=  F +
 a ( )
Fb - Fa  
x
Ld -----> Força ao longo do duto
 

Integrando-se duplamente por partes os termos dependentes da variável x é possível obter o


deslocamento ao longo do duto.Onde:

  sinh( k x)
p termo( x , k) :=   sinh( k x) dx dx 
  k
2

  sinh-k Ld - x 
  ( )
( )
t termo x , k , Ld := 
 (
 sinh k L - x dx dx  -
  d  ) 2
  k

Para fazer a integral dupla da função FX( x), tem-se:

2
FX( x) :=  F +
 a ( )
Fb - Fa  
x
Ld
 

  2 3 4
( ) ( )
  F ( x) dx dx := F  x + 2  F  x 2 x
Fb - Fa  + Fb - Fa 
  X a 2 a 6Ld 2
  12 Ld

2 3 4
( ) ( )
x x 2 x
IdF( x) := Fa + 2  Fa Fb - Fa  + Fb - Fa 
2 6Ld 2
12 Ld

A equação do deslocamento, que sintetiza a integral dupla da curvatura fica da seguinte forma:

 2
sinhk ( Ld - x)
x  Fb - Fa  
2
sinh( k x) 1   + C x + D
y( x) := Gb  +   ( IdF( x) ) +   + G 
a 2
Te Te  k Ld 
k  sinh( k Ld )  k  sinh( k Ld)
2
 
Cálculo dos Deslocamentos

Aplicando as condições de contorno y(a)=0 e y(b)=0 para obter as constantes de integração C e D:

Ga
D := - = 0.069 m -----> Constante D
2
k

 sinh( k Ld)
 2
Ld  Fb - Fa  
2
sinhk ( Ld - Ld )

 1     
 Gb  2 +   ( IdF( Ld ) ) +   + Ga + D
Te 
 k  sinh( k Ld)  e
T
 k Ld   k  sinh( k Ld )
2

C := -  = -0.23 -----> Constante C
Ld
 

Substituindo as constantes na função de deslocamento, tem-se:

 2
sinhk ( Ld - Ld)
x  Fb - Fa  
2
sinh( k x) 1   + C x + D
y( x) := Gb  +   ( IdF( x) ) +   + Ga 
Te 
k  sinh( k Ld )  e
2 T
 k Ld   k  sinh( k Ld )
2

Deslocamentos ao longo do Riser


20

0
y(x)m

- 20

- 40

- 60
0 200 400 600

x (m)

xmax := root
 d y( x) , x , 300m , 700m = 387.179 m

 dx 

( )
y xmax = -50.786 m

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