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REATORES

NÃO IDEAIS

Distribuições de Tempos de Residência para Reatores


Químicos
Referências
Slides são conteúdos adaptados do:
FOGLER, H.S. Elementos de Engenharia das Reações Químicas, 3ª.
Edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2002.
REATORES NÃO IDEAIS
• Reatores Não Ideais são aqueles para os quais é
necessário um tratamento matemático específico em
função de peculiaridades de reação e/ou reator. Para se
prever a conversão e a distribuição de produtos para tais
sistemas, faz-se necessário um modelo do padrão de
escoamento para o reator.
• Para modelar esses padrões, utilizamos combinações
e/ou modificações de reatores ideais.
MODELOS DE UM PARÂMETRO
• MODELO DE TANQUES EM SÉRIE

• MODELO DE DISPERSÃO
Modelos de um parâmetro

• MODELO DE TANQUES EM SÉRIE


1. definir o modelo;
2. aplicar a DTR;
3. determinar o número ideal de tanques em série;
4. cálculo da conversão.
Modelo de um parâmetro

• MODELO DE TANQUES EM SÉRIE

• Utilizando a definição de DTR, a fração de material que


sai do sistema de 3 reatores e que permaneceu no
sistema entre o tempo t e t+t é

(5.1)
MODELO DE TANQUES EM SÉRIE
• BALANÇO MATERIAL TRAÇADOR PARA O 1O REATOR:

(5.2)
• Integrando

• Sendo e

(5.3)

• A vazão volumétrica é constante e os volumes de todos os


reatores são idênticos, portanto os tempos espaciais também
são iguais, sendo o volume de um único reator → éo
tempo de residência de um reator
MODELO DE TANQUES EM SÉRIE
• BALANÇO MATERIAL PARA O 2O REATOR fornece:
dC 2
V2 = vC1 − vC 2
dt
dC 2 1
= dt
C1 − C 2 
• Substituindo C1 obtém-se:
t
dC 2 C 2 C 0 − 1
+ = e
dt i i
t

• Utilizando-se um fator de integração e  com as condições 1

iniciais C 2 = 0 para t=0 obtém-se


t
C0t −
1
C2 = e
i
(5.4)
MODELO DE TANQUES EM SÉRIE
• BALANÇO MATERIAL PARA O 3O REATOR fornece:
t
C 0 t 2 − 1
C3 = e (5.5)
2 i2
• Substituindo a eq. (5.5) na (5.1) encontramos:
t
C 3 (t ) t 2 − 1
E (t ) = = 3e

2 i (5.6)
C
o
3 (t )dt

• Generalizando este método para uma série de n CSTR,


ele nos fornece a DTR para n CSTRs em série:
t
t n −1 −
1
E (t ) = e (5.7)
(n − 1)! i
n


MODELO DE TANQUES EM SÉRIE
2
• n =  2 esta expressão representa o número de tanques
em série necessários para modelar o reator real com n
tanques ideais em série .
Em que:  2 variância

• Temos que encontrar primeiro 𝜏2 e 𝜎2 a partir de dados


da concentração do traçador (cap.13):
• 𝜏=∫𝑡𝐸(𝑡)∙𝑑𝑡= V/𝑣
• 𝜎2 =∫(𝑡−𝜏)2𝐸(𝑡)∙𝑑𝑡= ∫𝑡2𝐸(𝑡)∙𝑑𝑡−𝜏2
MODELO DE TANQUES EM SÉRIE
• Se a reação for de 1a ordem

1
• X = 1− sendo V
(1 +  i k ) n i =
v0 n

• Para reações de ordem diferente de um, um número inteiro


de reatores precisa ser utilizado.
MODELO DE UM PARÂMETRO
MODELO DISPERSÃO
• Descreve reatores tubulares não ideais;
• Existe uma dispersão axial do material;
• Transporte pelo escoamento de massa fluida + transporte de
cada componente resultante das difusões molecular e
convectiva.
• Perfis radiais de concentração:

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MODELO DE UM PARÂMETRO
MODELO DE DISPERSÃO
• Como a dispersão afeta o perfil de concentração.
• Considerando a injeção de uma traçador pulso.
• O pulso se alarga a medida que ele se move ao longo do
reator.
MODELO DE DISPERSÃO
• Vazão molar do traçador por convecção e dispersão:

(11.20)

Transporte de cada
Escoamento de massa fluida
componente na mistura
através de qualquer seção
transversal do reator

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MODELO DE DISPERSÃO

• Um balanço molar no traçador T fornece:


FT CT
− = AC
z t

• Substituindo FT e dividindo pela área da seção transversal


 2CT  (UCT ) CT (*)
Da − =
z 2 z t
MODELO DE DISPERSÃO
• Uma vez encontrada a concentração, calcula-se o
tempo de residência e a variância. Feito isto, utiliza-se
estes valores para encontrar Da .
• Para demonstrar como isto é feito, escrevemos a eq.
(*) na forma adimensional (em que  = t ).

MODELO DE DISPERSÃO
• Na forma adimensional
𝑡.𝑢
CT Z =
= ; = e
CT 0
𝐿
L
D a  2   
− =
UL  2   (5.20)

• A quantidade UL é a forma do número de Peclet, Per


Da

velocidade de transporte por convecção


UL
Per =
Da
velocidade de transporte por difusão ou dispersão

1  2    em termos de Per
− =
Per  2
 
Condições de contorno
• No caso de vasos fechados, assumimos que não existe
dispersão ou variação radial na concentração, nas correntes de
entrada e saída da seção reacional, enquanto que nos vasos
abertos, isto ocorre.
Condições de contorno
• Vaso fechado-fechado

tm = 
2
=
2

2
 2 Per Per2
(
1 − e −P er
)
• Vaso aberto - aberto
2
t m = (1 + )
Per

2 2 8
= −
 2 Per Per2
Escoamento, Reação e
dispersão
• Conversão para uma reação de primeira ordem em um reator
tubular ou de leito de recheio com dispersão

 Per 
 
 2 
4qe
X = 1−  Per q   Per q 
   − 
(1 + q )2 e  2 
− (1 − q ) e
2  2 

• Em que

Da
q = 1+ 4
Pe
EXEMPLO
Cálculo da conversão utilizando-se os modelos de dispersão e de tanques em série
A reação de primeira ordem
A→B
é conduzida em reator tubular de 10 cm de diâmetro e de 6,36 m de comprimento. A velocidade
específica de reação é de 0,25 min-1. Os resultados de um teste de traçador conduzida neste reator são
mostrados na Tabela abaixo.
Calcule a conversão usando (a) o modelo de dispersão de vaso fechado; (b) um PFR; (c) o
modelo de tanques em série e (d) um único CSTR
t(min) C(t)
0 0
1 1
Tabela – Concentração de saída do traçador em 2 5
função do tempo
3 8
4 10
5 8
6 6
7 4
8 3
9 2,2
10 1,5
12 0,6
14 0
(a) o modelo de dispersão de vaso fechado
 Per 
 
 2 
4qe
X = 1−  Per q   Per q 
   − 
(1 + q )2 e  2 
− (1 − q ) e
2  2 

Da
q = 1+ 4
Per

Solução
Para reação de primeira ordem: Da = k
Para calcular a conversão:
2
Per =
UL
ou =
2

2
(
1 − e −P er
)
Da  2 Per Per2
Precisamos encontrar os valores de q e Per
SOLUÇÃO

Precisamos então calcular: 


V
 =  tE (t )dt =
0
v
 
 2 =  (t −  ) E (t )dt =  (t )2 E (t )dt −  2
2

0 0
C (t )t
E (t )t = 

 C (t )dt
o


 = t m =  tE (t )dt = 5,19 min
0
 
 =  (t −  ) E (t )dt =  (t )2 E (t )dt −  2 = 32,66 − (5,19) 2 = 5,724 min 2
2 2

0 0
Dispersão em um vaso fechado

2
=
2
(Per − 1 + e −P er
) Per = 8,3
 2 Per2
𝐷𝑎 = 𝜏𝑘 = 0,25 ∗ 5,19 = 1,30

𝐷𝑎 1,3
𝑞= 1+4 = 1+4∗ = 1,28
𝑃𝑒 8,3

 Per 
 
Solução  2 
4qe
X = 1−  Per q   Per q 
= 0,69
  − 
(1 + q )2 e  2 
− (1 − q ) e
2  2 

Quando os efeitos difusivos estão presentes neste reator tubular, consegue-se


69% de conversão.
SOLUÇÃO
• c) o modelo de tanques em série

 2 (5,19)2
n= 2 = = 4,71
 5,72

• para uma reação de primeira ordem para n-tanques em série,


a conversão

1 1 1
X = 1− = 1− = 1− = 0,682
(1 +  i k ) n
(1 + ( / n)* k ) n
  5,19  
4, 71

1 +   * 0,25 
  4,71  

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