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FÍSICA

Quando necessário, considere as seguintes constantes:


Aceleração local da gravidade g = 10 m/s2. Velocidade
da luz no vácuo c = 3,0 x 108 m/s.
Massa molar do ar seco mar = 29 g/mol. Massa molar da
água mH O = 18 g/mol.
2
Constante de Rydberg Ry = 13,6 eV.

1
Um bloco de massa mA encontra-se sobre a superfície de
uma cunha de massa mB, que desliza sem atrito em uma
superfície plana devido à ação de uma força horizontal. O
ângulo de inclinação da cunha é dado por θ. Sabendo que
o coeficiente de atrito entre o bloco e a cunha é , calcule
em função de mA, mB, θ,  e g:
a) a aceleração mínima à qual a cunha deve ser submetida
para que o bloco inicie um movimento de subida;
b) a intensidade da força de contato entre o bloco e a
cunha.

Resolução
a) Para um referencial na cunha, introduzimos uma
força de inércia dirigida para a esquerda de
módulo mA a.

Na iminência do bloco A se mover para cima, te-


mos:
mA a cos  = Pt + Fat (1)
Pt = mAg sen  (2)
e FN = PN + mA a sen  = mAg cos  + mA a sen 
FN = mA (g cos  + a sen )
Fat =  FN = mA (g cos  + a sen ) (3)
ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021
Substituindo-se (2) e (3) em (1), vem:
mA a cos  = mA g sen  + mA (g cos  + a sen )
a cos  –  a sen  = g sen  + g cos 
a (cos  –  sen ) = g (sen  + cos )

g (sen  +  cos )
a = –––––––––––––––––
(cos  –  sen )

Para a cunha começar a subir, sua aceleração deve


ter módulo ligeiramente superior ao valor de a
encontrado.
g (sen  + μ cos )
amín  –––––––––––––––––
cos  –  sen 

Observação:  ⬆ cotg 
b) 1) FN = mA g cos  + mA a sen 
g (sen  + μ cos )
FN = mA g cos  + mA . sen  . ––––––––––––––––
cos  –  sen 
sen  (sen  + μ cos )

FN = mAg cos  + –––––––––––––––––––
cos  –  sen  
cos2  –  sen  cos  + sen2  +  sen  cos 

FN = mAg –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
cos  –  sen  
mA g
FN = –––––––––––––
cos  –  sen 

2) FC2 = FN2 + ( FN)2

FC2 = FN2 (1 + 2)

FC = 
1 + μ2 FN

mA g
FC = 
1 + μ2 –––––––––––––
cos  –  sen 

g (sen  +  cos )
Respostas: a) a = –––––––––––––––––
(cos  –  sen )

mA g
b) FC = 
1 + μ2 –––––––––––––
cos  –  sen 

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


2
Existe um limite inferior da distância Terra-Lua para que
o nosso satélite não se desintegre por efeitos de maré.
Para determinar uma expressão aproximada dessa
distância, considere a Lua como a composição de dois
semi-satélites esféricos idênticos, homogêneos e em
contato. Os corpos descritos realizam um movimento
circular ao redor da Terra, cuja massa é dada por MT, com
os três centros sempre colineares. A estabilidade da Lua
é associada à tendência natural dessas duas metades
manterem o contato entre si por efeitos gravitacionais.
Considerando que o raio da lua RL é muito menor do que
a distância Terra-Lua D e que MT é muito maior que a
massa da Lua ML, faça o que se pede.
Caso necessário, use: (1 + x)n  1 + nx, se x  1.
a) Considerando que os semi-satélites têm a mesma
densidade da Lua, determine os seus raios r e massas
m. Deixe sua resposta em termos dos dados do
enunciado.
b) Estime o valor mínimo de D para que a Lua não se
desintegre. Deixe sua resposta em termos de MT, m e
r.
Resolução
a)

Assim, cada semi-satélite é uma esfera com


metade da massa da Lua:

ML
m = ––––
2

Observando que cada semi-satélite tem a mesma


densidade da Lua, temos:
μS = μ L

ML
–––––
2 ML
––––––– = –––––––
4 4
–– π r3 –– π RL3
3 3

RL
r = ––––
3
2

b) Considerando a Lua como a composição de dois


semi-satélites esféricos, temos:

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Como os corpos realizam movimentos circulares:

1) FT – FS + N = FR
1 C1
G MT m G m2
––––––––– – ––––––
2
+ N = m2 (D – r)
(D – r) 2 (2r)

2) FT + FS – N = FR
2 C2

G MT m G m2
––––––––– + –––––– – N = m2 (D + r)
(D + r)2 (2r)2

Na iminência de perder contato, N = 0; assim,


temos:
2
21 =  2
G MT Gm G MT Gm
––––––– – ––––––––– = ––––––– + –––––––––
(D – r)3 4r2 (D – r) (D + r)3 4r2 (D + r)

MT r –3 r –3
––––
D3 冤冢1 – ––D 冣 冢
– 1 + ––
D 冣 冥 =

m r –1 r –1
= ––––––
4r2D 冤冢1 + ––D 冣 冢
+ 1 – ––
D 冣 冥
Usando: (1 + x)n ⬇ 1 + n x
MT 3r 3r
––––
D3 冤冢1 + –––
D 冣 冢
– 1 – –––冣冥 =
D

m r r
= ––––––
4r2D 冤冢1 – ––D 冣 + 冢1 + ––
D 冣冥

MT 6r m
––––
D2 冢 D 冣
––– = ––––
4r2
.2

3
12MT
mD3 = 12 r3 MT ⇒ D = r –––––
m
ML
Respostas: a) m = ––––
2
RL
r = ––––
3
兹苶2
3
12MT
b) D = r –––––
m

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


3
As fontes F1 e F2 contêm duas buzinas que geram ruídos
de frequências próprias f1 e f2 (f2 > f1), respectivamente.
A fonte F1 mantém-se em repouso, enquanto a fonte F2
realiza um movimento harmônico simples de frequência
fm e amplitude A ao longo da reta que une os dois corpos.
Um observador vizinho a F1 registra um intervalo
acústico entre os dois sons captados que varia de 5/4 até
3/2. Considere o tempo de propagação do som despre-
zível. Com base nas informações fornecidas, determine:
a) o intervalo acústico entre f1 e f2;
b) a relação entre fm, A e a velocidade do som v0.
Resolução
a)

Efeito Doppler percebido pelo observador:


f2 f2 v0 f2
mín
(I) ––––– = –––––––– ⇒ f2 = ––––––––
v0 v0 + Vmáx mín v0 + Vmáx

5 f2 5
Imín = –– ⇒ –––––
mín
= ––
4 f1 4
v0f2 5
––––––––––– = ––
f1(v0 + Vmáx) 4

f2 5(v0 + Vmáx)
––– = ––––––––––– (1)
f1 4 v0

f2 f2
máx
(II) ––––– = –––––––––
v0 v0 – Vmáx

v0 f2
f2 = –––––––––
máx v0 – Vmáx

3 f2 3
Imáx = –– ⇒ ––––– = ––
máx
2 f1 2

v0 f2 3
–––––––––––– = ––
f1 (v0 – Vmáx) 2

f2 3 (v0 – Vmáx)
––– = ––––––––––– (2)
f1 2 v0

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


(III) Comparando-se (1) e (2):

5 (v0 + Vmáx) 3 (v0 – Vmáx)


––––––––––– = –––––––––––
4 v0 2 v0

5 (v0 + Vmáx) = 6 (v0 – Vmáx)

5 v0 + 5Vmáx = 6 v0 – 6Vmáx

Da qual:

v0 = 11 Vmáx (3)

(IV) Substituindo-se (3) em (1), obtém-se o


intervalo acústico, I, pedido.

f2 5 (11 Vmáx + Vmáx)


I = ––– = –––––––––––––––
f1 4 . 11 Vmáx

5 . 12 Vmáx
15
I = –––––––––––– ⇒ I = –––
4 . 11 Vmáx 11

b) No MHS: Vmáx = Aω = A 2π fm

Logo, de (3):

v0
v0 = 11 . A 2 π fm ⇒ f = ––––––
m
22πA

f2 15
Respostas: a) ––– = –––
f1 11

v0
b) fm = ––––––
22πA

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


4
Considere um cubo de lado a, que contém n mols de um
gás ideal em equilíbrio termodinâmico, sobre o qual é
colocado um recipiente cilíndrico de altura h e raio r,
completamente preenchido de um fluido de densidade ρ.
O cilindro e o cubo são separados por uma membrana
flexível. No topo do cilindro, há uma outra membrana
flexível sobre a qual é colocado um corpo de massa m.

Sabendo que a velocidade de propagação do som é v0 a


uma temperatura T0, que a pressão atmosférica vale Patm
e que uma fonte sonora gera uma onda com frequência f
no interior do cubo, determine:
a) a temperatura do gás no interior do cubo;
b) uma expressão para o comprimento de onda dessa
onda no meio gasoso.
Resolução
a) 1) ptotal = plíquido + pcorpo + patm
mg
ptotal = ρ g h + ––––––– + patm
π . r2

2) ptotal . V = n R T

ptotal . V
T = –––––––
n.R

Como V = a3, temos:

mg
(ρ g h + –––– + patm) . a3
π r2
T = ––––––––––––––––––––––––
n.R

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


b) Para um gás ideal, a velocidade do som no gás é
dada por:

.R.T
v= –––––––
M

.R.T
–––––––
v M v T
––– = ––––––––– = ––– = –––
v0 T0 v0 T0
 R –––
M0

T
Assim, v = ––– . v0
T0

Pela Equação Fundamental da Ondulatória, te-


mos:
v
v = λ . f ⇒ λ = ––
f

T v
λ= ––– . ––0
T0 f

mg
(ρ g h + –––– + patm) . a3
π r2 v0
λ= –––––––––––––––––––––– . –––
n . R . T0 f

Respostas:

mg
(ρ g h + –––– + patm) . a3
π r2
a) T = ––––––––––––––––––––––––
n.R

mg
(ρ g h + –––– + patm) . a3
π r2 v0
b) λ = –––––––––––––––––––––– . –––
n . R . T0 f

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


5
Uma cidade localiza-se ao nível do mar, próxima à costa
oceânica à oeste e a poucos quilômetros de uma cor-
dilheira. Durante o dia, uma brisa constante úmida de ar
flui da costa para a montanha. Um barômetro localizado
na cidade indica uma pressão de 100 kPa a temperatura de
25°C. Por sua vez, um outro barômetro localizado no
ponto mais alto da cordilheira indica uma pressão de
80 kPa. Considere que o calor específico molar do ar
a volume constante vale 2R. Se necessário, considere:
3 3
2 1,26 e 
   2,15.
10
a) Estime a temperatura no ponto mais alto da cordilheira
em kelvin.
b) Considerando uma umidade relativa 0 = 50% ao nível
do mar e 1 = 10% no ponto mais alto da cordilheira,
estime o volume de água em m3 que precipita por hora
na trajetória da brisa entre a cidade e o pico se o fluxo
médio de ar seco que alcança o topo da cordilheira for
de 2,0 x 109 kg/h.
c) Explique qualitativamente a razão pela qual desertos
se formam no lado continental das cordilheiras.

Resolução
a) 1) O calor específico molar a pressão constante é
dado por:
CP = CV + R

Temos, portanto:

CP = 2R + R ⇒ CP = 3R

CP 3R 3
2)  = –––– ⇒  = –––– ⇒  = ––
CV 2R 2

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


3) Para a transformação adiabática, vale a expres-
são:

1 1
1 – –– 1 – ––––
T1 p1  T1 p1 (3/2)
––– = ––– ⇒ ––– = –––
T0 p0 T0 p0

1
T1 p1 ––
3
––– = –––
T0 p0

1
––
80 3
T1 = ––– . (25 + 273) (K)
100

3

8
T1 = ––––– . 298 (K)
3
 
10
2
T1 = –––– . 298 (K)
2,15

T1  277K

preal
b) 1) φ = ––––– . 100%
pmáx
φ
preal = ––– . pmáx
100

Do gráfico
2) Situação 0: 0 = 25°C ⎯⎯⎯→ pmáx  3,4 kPa
0

preal = 1,7 kPa


0

Situação 1: 1  277K – 273K


1  4°C
Do gráfico: pmáx = 0,8 kPa
1

Como φ1 = 10%, temos:

preal = 0,08 kPa


1

3) Na situação 1, em uma hora, temos:


mar = 2,0 . 109 kg = 2,0 . 1012g
1
mar
nar = –––– MM: massa molar
MM
2,0 . 1012
nar = ––––––––– mol
1 29
nágua preal
1 1
4) ––––––– = –––––––
nar par
1 1

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


nágua 0,08
1
––––––– = ––––– ⇒ nágua = 1 . 10 –3 . nar
nar 80 1 1
1
2,0 . 109
nágua = ––––––– mol
1 29

mágua = nágua . MM
1 1
18
mágua = 2,0 . 109. –––– g
1 29

mar p0
0
5) ––––– = ––––
mar p1
1

100
mar = –––– . mar
0 80 1

mar = 2,5 . 1012g


0
2,5 . 1012
nar = ––––––– g
0 29

nágua preal
0 0
6) ––––––– = –––––
nar par
0 0

1,7
nágua = –––– . nar
0 100 0

4,25 . 1010
nágua = ––––––––– mol
0 29

mágua = nágua . MM
0 0
18
mágua = 4,25 . 1010 . –––– g
0 29

7) mágua = mágua – mágua


0 1

18
mágua = –––– (4,25 . 1010 – 2,0 . 109) (g)
29
18
mágua = –––– (4,25 . 107 – 0,2 . 107) (kg)
29
18
mágua = –––– 4,05 . 107 kg
29
mágua
8) Vágua = ––––––––
água

Assumindo ρágua = 1,0 . 103 kg/m3, temos:

18 4,05 . 107
Vágua = –––– . ––––––––– (m3)
29 1,0 . 103

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Vágua  2,5 . 104 m3

Precipitam-se aproximadamente 2,5 . 104 m3 de


água por hora.

c) O ar oceânico, quente e úmido, ao encontrar a


barreira física da cordilheira mais fria, produz a
precipitação na região costeira.
As correntes secas passam para o continente, não
promovem as chuvas fertilizadoras do solo, que
sem vegetação não retém o calor, nem umidade,
para a regulação térmica local. A desertificação é
inevitável.

Respostas: a) T1  277K
b) Vágua  2,5 . 104 m3
c) vide texto

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


6
O LIGO é um observatório de ondas gravitacionais
baseado em interferômetros de Michelson-Morley. Con-
sidere um interferômetro no qual um feixe LASER
monocromático de 300 nm é dividido em dois feixes que
percorrem dois caminhos ópticos de 4,0 km. Quando uma
onda gravitacional atravessa esse sistema com velocidade
c, o espaço-tempo é perturbado. Esse efeito pode ser
aproximado como movimentos harmônicos simples do
espelho 1 e do espelho 2 ao longo dos caminhos ópticos
de seus respectivos feixes incidentes. Enquanto um
comprimento de um braço do interferômetro contrai, o
outro se dilata na mesma amplitude. Durante a passagem
da onda gravitacional, o sinal medido no detector, ori-
ginalmente igual a I0, passa a descrever um compor-
tamento como o representado no gráfico abaixo.

Faça o que se pede nos itens a seguir.


a) Determine o comprimento de onda da onda gravita-
cional detectada.
b) Qual a máxima variação do comprimento de cada
braço do interferômetro?
Resolução
a) I) Se “enquanto um braço do interferômetro se
contrai, o outro se dilata na mesma amplitu-
de”, depreende-se que os MHS dos espelhos 1
e 2 ocorrem em oposição de fase.
Isso significa que no instante em que um
espelho está na posição de máxima dilatação
do respectivo braço do LIGO, o outro está na
posição de máxima contração.
Logo, em cada ciclo dos MHS, haverá duas
ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021
posições dos espelhos 1 e 2 compatíveis com
uma diferença de percursos própria a gerar
interferência construtiva no detector, lá
produzindo um sinal reforçado, com intensi-
dade I0.
Portanto, o período T da onda gravitacional é
o dobro do período T0 de variação da
intensidade de onda no detector.
Do gráfico:T0 = 0,2 s

Logo: T = 2 T0 ⇒ T = 2 . 0,2 s

T = 0,4s

II) Para as ondas gravitacionais:


λ
c = λ f ⇒ c = –––
T

λ λ = 1,2 . 108 m
3,0 . 108 = ––– ⇒
0,4
b) Enquanto o comprimento de um braço do interfe-
rômetro contrai, o outro se dilata. Assim, teremos:

O feixe de laser percorrerá distâncias respecti-


vamente iguais a:

d1 = 2 (L – A)
d2 = 2 (L + A) ida e volta

Consequentemente:

Δd = 4A em que A é a amplitude do MHS.

ou
Δd
A = –––– (1)
4

Cálculo da intensidade resultante:

IRes = I1 + I2 + 2 
I1I2 cos Δ

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


em que I1 e I2 são as intensidades de cada feixe de
onda que incide nos espelhos 1 e 2 separadamente
e Δ é a defasagem angular detectada.
Já que I1 = I2 = I , teremos:
IRes = I + I + 2 
I
. I cos Δ
IRes = 2I + 2I cos Δ
IRes = 2I (1 + cos Δ )

No caso particular de IRes = I0 (máximo do gráfi-


co), teremos Δ = 0 e cos Δ = 1

Assim: IRes = 2I (1 + 1)

I0 = 4I
3
No caso particular de IRes = ___ I0 (mínimo do
4
gráfico), teremos:

3
___ I0 = 2I (1 + cos Δ )
4
3
___ (4I) = 2I (1 + cos Δ )
4

1 π
Da qual cos Δ = ___ e Δ = –– rad
2 3
Cálculo da máxima variação do comprimento de
cada braço A:

Δd ⎯→ Δ
λ ⎯→ 2π rad

λ.Δ
Δd = _______

π
300 . –––
3
Δd = –––––––––– (nm)

Δd = 50 nm

De (1), teremos:

Δd
A = ___
4

50
A = ___ nm ou
4

A = 12,5 nm

Respostas: a) 1,2 . 108 m


b) 12,5 nm
ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021
7
Considere o circuito ilustrado abaixo com uma fonte de
tensão alternada senoidal de 60 Hz e tensão de pico de
120 V, um diodo ideal sujeito a uma diferença de
potencial Vd, dois resistores, cujas resistências elétricas
valem 50 e 100 , e um reostato de resistência variável
R. Um diodo é um dispositivo eletrônico que permite a
passagem de corrente em apenas um sentido (Vd > 0).

Faça o que se pede nos itens a seguir.


a) Descreva e esboce o gráfico da corrente i(t) que
atravessa o reostato quando este está configurado para
oferecer uma resistência elétrica de R = 25 .
b) Determine o valor de R que proporciona uma trans-
ferência máxima de potência da fonte alternada ao
reostato.
Resolução
a)

A fonte gera uma tensão alternada V(t) dada por:


V(t) = Vmáx sen (2π ft)

Com Vmáx = 120V e f = 60Hz, temos:


V(t) = 120 . sen(120πt)(V)

A corrente total no circuito é dada pela Lei de


Pouillet:
V(t)
i(t) = ––––––––
r + Req

Em que:
r = 100Ω
e

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


50 . 25
Req = –––––––– (Ω)
50 + 25

50
Req = ––– (Ω)
3

Então:
120 sen (120πt)
i(t) = ––––––––––––––– (A)
50
100 + –––
3

36 sen (120πt)
i(t) = ––––––––––––– (A)
35

Como o resistor de 50Ω e o reostato estão em


paralelo, temos pela Primeira Lei de Ohm:
V = Ri
50 . i1(t) = 25 . i2(t)
1
i1(t) = ––– i2(t)
2

Mas
i1(t) + i2(t) = i(t)

1 36 sen (120πt)
––– i2(t) + i2(t) = –––––––––––––– (A)
2 35

24 sen (120πt)
i2(t) = –––––––––––––– (A)
35

Como o diodo só permite a passagem de corrente


em um sentido, a corrente fica retificada, ou seja,
valores de corrente em sentido oposto ao permi-
tido pelo diodo não estão presentes no circuito. O
gráfico de i2 x t fica:

b) A potência no reostato é dada por:


V2(t)2
Pot(t) = ––––––– (1)
R

Em que V2(t) é dada por:


V2(t) = V(t) – 100i(t)
V2(t) = 120sen(120πt) – 100i(t) (2)

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Por sua vez, i(t) é dada por:
V(t)
i(t) = ––––––––––––––
50R
100 + –––––––
50 + R

120sen(120πt)
i(t) = –––––––––––––– (3)
50R
100 + –––––––
50 + R

Substituindo as equações (2) e (3) na equação (1),


temos:
120sen(120πt) 2
120sen(120πt) – 100 . –––––––––––––
50 R
100 + –––––––
50 + R
Pot = ––––––––––––––––––––––––––––––––
R

Para a condição de potência máxima no reostato,


V(t) deve assumir seu valor máximo, fazemos
então sen(120π t) = 1. Então a Pot fica:
2
120
120 – 100 . ––––––––––––
50 R
100 + –––––––
50 + R
Pot = –––––––––––––––––––––––––––
R

Desenvolvendo-a, temos:

14400R
Pot = –––––––––––– (W) (4)
(100 + 3R)2

Para valores positivos de R, esboçamos o gráfico


da função Pot(R):

Para a potência máxima de 12W, obtemos o valor


de R na equação (4):

14400R
12 = ––––––––––––
(100 + 3R)2

9R2 – 600R + 10000 = 0

100
R = ––––– Ω
3
ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021
Segunda solução:

Durante o ciclo positivo, o circuito pode ser


esquematizado como se segue:

Observe que o diodo atua como um curto-circuito


neste ciclo.
Podemos, agora, encontrar o equivalente de
Thevenin entre os terminais A e B.

Na condição de potência máxima, temos:

100 x 50
RTh = R = ––––––––––– (Ω)
100 + 50

100
R = –––– Ω
3

Respostas:
a)

100
b) R = –––– Ω
3

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


8
Em um espectrômetro de massa, íons de massa m e carga
q são acelerados de uma fonte S até uma fenda por uma
diferença de potencial elétrico V. Assim que atravessam a
fenda, acessam uma câmara na qual existe um campo
magnético uniforme Bz^, perpendicular ao plano ilustrado
pela figura abaixo. Em condições normais de funcio-
namento, os íons entram na câmara com velocidade
perpendicular ao anteparo e têm o movimento com-
pletamente contido no plano da figura até atingir a placa
detectora a uma distância horizontal x da fenda de entrada

Contudo, verificou-se um desvio horizontal dx nos


valores esperados de suas medidas, resultando em uma
distância x – dx, associada a uma elevação vertical do
ponto de detecção de dz. Suspeita-se que as partículas
carregadas tenham uma componente de velocidade
vertical de tal forma que a velocidade de entrada das
mesmas faz um ângulo α com a direção normal ao
anteparo. Assumindo essas considerações, calcule:
a) cos em termos de dx, B, q, m e V;
b) a distância dz em termos de B, q, m, V e .
Resolução
a) A seguir, temos um esquema da situação proposta:

A velocidade V0 com que os íons penetram na


região de campo magnético pode ser determinada
por:
τF = ΔEC
res
2
m V0
qV = ––––––
2

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


2 qV
V0 = ––––––
m

O diâmetro x pode ser determinado por:


m V0
x = 2 . ––––––
qB

Após a detecção do desvio, a velocidade com que


os íons penetram passa a valer V0 cos α; assim, o
novo diâmetro será:
m V0 cos α
x – dx = 2 . ––––––––––
qB

Assim, substituindo-se o valor de x encontrado,


temos:
m V0 2 m V0 cos α
2 . ––––––– – dx = –––––––––––
qB qB

2 m V0 2 m V0 cos α
dx = ––––––– – –––––––––––
qB qB

dx q B = 2 m V0 (1 – cos α)
dx q B
–––––––– = 1 – cos α
2 m V0

dx q B
cos α = 1 – ––––––––
2 m V0

Finalmente, substituindo pelo valor inicial encon-


trado para V0, temos:
dx q B
cos α = 1 – ––––––––––––––
2 qV
2m ––––
m

dx B q
cos α = 1 – –––––– –––––––
2 2mV

b) Para determinar dz, vamos analisar o movimento


na direção vertical.
dz = V0 . Δt
z

Observando que Δt corresponde a meio período:


T
Δt = –––
2

Assim:
T
dz = V0 sen α –––
2

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


πm
dz = V0 sen α –––
qB

Substituindo pelo valor inicial encontrado para


V0, vem:
2 qV πm
dz = –––––– . sen α –––
m qB

2 m V sen α π
dz = –––––– –––––––
q B

dx B q
Respostas: a) cos α = 1 – –––––– –––––––
2 2mV

2 m V sen α π
b) dz = –––––– –––––––
q B

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


9
Considere uma haste condutora móvel de massa m e
resistência R sobre trilhos fixos em forma de U, conforme
a figura abaixo. Esse sistema está em uma região com

campo magnético B uniforme e perpendicular ao plano
do trilho. Em um determinado instante, a haste é solta do

repouso e cai sob a influência da gravidade g e de uma
força de resistência do ar, proporcional à sua velocidade,
→ →
Fr = – v. Considerando que a resistência da haste é
muito maior que a resistência do trilho, faça o que se
pede.
a) Forneça o diagrama de forças que atuam na haste e
indique suas intensidades.
b) Determine a velocidade terminal da haste.
c) Esboce o gráfico da velocidade v(t).

Resolução
a) De acordo com a Lei de Lenz, deve surgir na haste
uma força magnética que se opõe ao vetor velo-

cidade ( v(t)). Assim, o diagrama de forças na
haste, de comprimento a, pode ser esquematizado
como se segue:

Obs.: O sentido da corrente elétrica induzida na


haste pode ser determinando pela regra da mão
esquerda.
Determinemos, agora, as intensidades das forças
atuantes:
Fr = v
P = mg
Fmag = B i ᐉ = B i a

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Mas:
Eind
i = –––––
R

Bᐉ v Bav
i = ––––– = –––––
R R
Bav B2 a2 v
∴ Fmag = B . ––––– . a = ––––––
R R

b) A velocidade terminal é atingida quando a força


resultante na haste é nula, assim
Fr + Fmag = P
B2 a2 v
v + –––––– = mg
R

B2 a2
v + ––––– = mg
R

mg mg
v = ––––––––– = –––––––––––
B2 a2 R + B2 a2
+ ––––– –––––––––
R R

mgR
v = –––––––––––
R + B2 a2

v é a velocidade terminal na haste

c) O gráfico típico de velocidades terminais pode ser


esboçado como se segue:

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


10
Uma placa metálica é iluminada com radiação de
diferentes comprimentos de onda a fim de coletar
fotoelétrons. Os elétrons emitidos são desacelerados por
uma diferença de potencial, e os potenciais de corte para
os quais a corrente elétrica deixa de ser detectada para
cada comprimento de onda isolado são apresentados na
tabela a seguir.

λ (Å) Vc (V)

250 37

150 70

110 100

50 235

Faça o que se pede nos itens a seguir


a) Determine, em eV, a função trabalho da placa metálica.
b) Em seguida, foi utilizada uma lâmpada de hidrogênio
para iluminar a mesma placa metálica. Determine de
quais saltos quânticos dos elétrons do átomo de H é
possível obter radiação capaz de emitir fotoelétrons da
placa metálica considerada.
Resolução
a) A Equação de Einstein para o efeito fotoelétrico
relaciona a energia cinética do fotoelétron (EC )
com a energia do fóton incidente no metal
(EFóton = hƒ) e a função trabalho ( ), que repre-
senta a menor energia do fóton para a liberação
do elétron:
EC = EFóton –

Substituindo a energia cinética do elétron (EC)


pelo trabalho para desacelerá-lo ( = e . VC ), vem:

e . VC = EFóton –

e . VC = hƒ –

hc
e . VC = ___ –

eVC = hc – 

1eVC = hc – 1
1
2eVC = hc – 2
2

1eVC – 2eVC = (hc – 1) – (hc – 2)


1 2
1eVC – 2eVC = (hc – 1) – (hc – 2)
1 2

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


1VC – 2VC
1 2
= –––––––––––––––– e
2 – 1

Equação válida para todos os valores da tabela.


150 . 70 – 250 . 37
= –––––––––––––––– e
250 – 150

= 12,5 eV

b) O modelo de Bohr descreve as trocas dos níveis


energéticos final e inicial do átomo de hidrogênio,
respectivamente, nƒ =1 e ni , pelo cálculo da ener-
gia do fóton (EFóton) liberado no salto quântico:

1 1
EFóton = 13,6 –––– – ––––
nƒ 2 ni2

Para ocorrer o efeito fotoelétrico na placa metá-


lica, as transições da lâmpada de hidrogênio de-
vem liberar fótons com energia igual ou maior que
a função trabalho estimada no item a, ou seja:
EFóton ≥ 12,75 eV

1
___ 1
13,6 – ___ ≥ 12,75
2 2
nf ni

1
___ 1
13,6 – ___ ≥ 12,75
2
1 ni

ni ≥ 4

A partir da transição do nível 4 para o nível 1,


ocorre o efeito fotoelétrico.

Respostas: a) = 12,5 eV
b) ni ≥ 4

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


R E DAÇ Ã O
Com base no seu conhecimento e em pelo menos um dos
itens da coletânea, discorra argumentativamente sobre o
seguinte tema: a influência do medo nas ações humanas.
Item 1. “Ao princípio esperança, contrapomos o princípio
responsabilidade, e não o princípio medo. Mas, certa-
mente, o medo pertence à responsabilidade, tanto quanto
a esperança. A esperança é uma condição de toda ação,
pois ela supõe ser possível fazer algo e diz que vale a pena
fazê-lo em uma determinada situação. Para o homem
experimentado, e mesmo para o favorecido pela sorte,
pode tratar-se de algo mais do que esperança: da certeza
daquele que confia em si mesmo. Mas, por maior que seja
a confiança em si, só se poderia ter a esperança de que os
desdobramentos daquilo que já se obteve será, no fluxo
imprevisível das coisas, aquilo que se desejou. Os homens
experientes sabem que um dia podem desejar não ter
agido desta ou daquela forma. O medo de que falo não se
refere a esse tipo de incerteza, ou ele pode estar presente
apenas como um efeito secundário. Com efeito, é uma
das condições da ação responsável não se deixar deter por
esse tipo de incerteza, assumindo-se, ao contrário, a
responsabilidade pelo desconhecido, dado o caráter
incerto da esperança; isso é o que chamamos de ‘coragem
para assumir a responsabilidade’. O medo que faz parte
da responsabilidade não é aquele que nos aconselha a não
agir, mas aquele que nos convida a agir. Trata-se de um
medo que tem a ver com o objeto da responsabilidade. A
responsabilidade é o cuidado reconhecido como obriga-
ção em relação a um outro ser, que se torna ‘preocupação’
quando há uma ameaça à sua vulnerabilidade. Mas o
medo está presente na questão original, com a qual
podemos imaginar que se inicie qualquer responsa-
bilidade ativa: o que pode acontecer a ele, se eu não
assumir a responsabilidade por ele? Quanto mais obscura
a resposta, maior se delineia a responsabilidade. Quanto
mais no futuro longínquo situa-se aquilo que se teme,
quanto mais distante do nosso bem-estar ou mal-estar,
quanto menos familiar for o seu gênero, mais necessitam
ser diligentemente mobilizadas a lucidez da imaginação e
a sensibilidade dos sentidos. Torna-se necessária uma
heurística* do medo capaz de investigar, que não só
descubra e represente o novo objeto como tal, mas que
tome conhecimento do interesse moral particular, ao ser
interpelado pelo objeto, algo que jamais teria ocorrido
antes.”
*Heurística: método para chegar à resolução de problemas, à
invenção ou à descoberta; arte ou ciência de inventar, de descobrir;
hipótese provisória adotada para investigar os fatos. Fonte: Hans
Jonas. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a
civilização tecnológica [adaptado]. Trad.: Marijane Lisboa, Luiz
Barros Montez. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2006,
p. 351-352.

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Item 2.
Congresso internacional do medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos
desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo
das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos
democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois
da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas
e medrosas.
Fonte: Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. 1a ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 139.

Item 3.

Desenho sem título de Pawel Kuczynski, publicado em 15/10/2016, no


perfil do artista no Instagram.
Fonte: https://www.instagram.com/p/BLlzqbWj5Kj/.
Acesso em 22/08/2021.

ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021


Comentário à proposta de Redação
A influência do medo nas ações humanas foi o
tema proposto, a ser desenvolvido numa dissertação.
O candidato contou com três textos nos quais deveria
basear-se para abordar o tema. O primeiro deles,
fragmento adaptado da obra O princípio responsa-
bilidade: ensaio de uma ética para a civilização
tecnológica, contrapõe a responsabilidade, que abarca
o medo, à esperança, definindo esperança como
“condição de toda ação”, uma vez que confere um
grau de autoconfiança que gera a determinação de
realizar o que se deseja, ainda que os desdobramentos
da condição almejada não necessariamente correspon-
dam ao que se esperava. Nesse caso, o medo atuaria
como uma forma de “coragem de assumir a responsa-
bilidade”, como “um convite a agir”, sobretudo em
relação a outrem. O emprego da heurística – método
de análise para identificar o real problema e sua
posterior solução – se faria fundamental para
identificar o grau de preocupação – representado pelo
medo – com um outro ser, permitindo avaliar sua
vulnerabilidade, o que implicaria a particularização
do objeto de apreensão. No texto 2, Carlos Drummond
de Andrade, no antológico “Congresso Internacional
do Medo”, propõe a sobreposição do medo, “nosso pai
e companheiro”, ao amor, que se retiraria para dar
lugar a um receio generalizado – tanto do familiar
quanto do desconhecido. No terceiro texto, o desenho,
de autoria de Pawel Kuczynski, uma pessoa (talvez
uma criança) em completo desamparo, aquecendo-se
junto a uma pequena fogueira feita com os degraus
serrados de uma escada que possivelmente a levaria a
uma suposta condição melhor, sabotando assim a
coragem de arriscar e entregando-se ao traiçoeiro
conforto propiciado pelo medo. Após refletir sobre as
ideias e informações contidas nesses textos, o
candidato deveria proceder à própria análise do tema,
cabendo reconhecer, primeiramente, a presença
constante do medo nas ações e decisões humanas.
Seria apropriado, contudo, destacar a influência
perigosa desse sentimento que, ao ganhar espaço
exagerado, acabaria por paralisar atitudes e decisões,
impedindo a concretização de desejos e a realização
de projetos, sonhos, ideais etc. Já uma outra versão do
medo poderia ser apontada como aquela que,
integrando o princípio da responsabilidade, dedicaria
uma atenção especial a quem estaria em situação de
vulnerabilidade, buscando conhecer suas reais
necessidades, a fim de evitar incorrer nos riscos de
atos impensados.
A conclusão do texto poderia ser dedicada à defesa
da responsabilidade, que, norteando o medo,
protegeria o ser humano de eventuais precipitações,
mas sem permitir-lhe sucumbir às dificuldades, em
especial quando está envolvida a preocupação em
proporcionar algum benefício ao outro.
ITA 2.a fase (2.o dia) — Novembro/2021

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