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Manaus
2023
Universidade do Estado do Amazonas
Escola Superior de Tecnologia / EST
Cálculo 3
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Cálculo 3
SUMÁRIO
𝑏
1 ∫𝑎 𝐹 ′ (𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎)
onde 𝐹 é contínua em [𝑎, 𝑏]. A Equação 1 é também chamada Teorema da Variação Total:
a integral de uma taxa de variação é a variação total.
2 Teorema Seja 𝐶 uma curva suave dada pela função vetorial 𝑟(𝑡), 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏.
Seja 𝑓 uma função diferenciável de duas ou três variáveis cujo gradiente ∇𝑓 é contínuo
em 𝐶. Então,
Se 𝑓 é uma função de três variáveis e 𝐶, uma curva plana com o ponto 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 )
ao ponto 𝐵(𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ), então temos
4
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𝑚𝑀𝐺
𝑭(𝒙) = 𝒙
|𝒙|3
ao mover uma partícula de massa m do ponto (3, 4, 12) para o ponto (2, 2, 0) ao longo da
curva suave por partes 𝐶. (Veja o Exemplo 4 da Seção 16.1)
Solução:
𝑚𝑀𝐺 𝑚𝑀𝐺 1 1
= − = 𝑚𝑀𝐺 ( − ) (𝑅𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎)
√22 + 22 + 02 √32 + 42 + 122 2√2 13
16.2 que, em geral, ∫𝐶1 𝑭. 𝑑𝒓 ≠ ∫𝐶2 𝑭. 𝑑𝒓. Mas uma decorrência do Teorema 2 é que
∫ 𝛻𝑓. 𝑑𝒓 = ∫ 𝛻𝑓. 𝑑𝒓
𝐶1 𝐶2
sempre que 𝛻𝑓 for contínua. Em outras palavras, a integral de linha de um campo vetorial
conservativo depende somente das extremidades da curva.
Uma curva é denominada fechada se seu ponto final coincide com seu ponto
∫ 𝑭. 𝑑𝒓 = ∫ 𝑭. 𝑑𝒓 + ∫ 𝑭. 𝑑𝒓 = ∫ 𝑭. 𝑑𝒓 − ∫ 𝑭. 𝑑𝒓 = 0
𝐶 𝐶1 𝐶2 𝐶1 −𝐶2
4 Teorema Suponha que 𝑭 seja um campo vetorial contínuo em uma região aberta
𝜕𝑃 𝜕𝑄
=
𝜕𝑦 𝜕𝑥
6 Teorema Seja 𝑭 = 𝑃(𝑥, 𝑦)𝒊 + 𝑄(𝑥, 𝑦)𝒋 um campo vetorial em uma região
aberta simplesmente conexa D. Suponha que P e Q tenham derivadas contínuas de
primeira ordem e que
𝜕𝑃 𝜕𝑄
= em todo o D
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Então 𝑭 é conservativo.
𝑭 = (𝑥 − 𝑦)𝒊 + (𝑥 − 2)𝒋
é ou não conservativo.
𝑭 = (3 + 2𝑥𝑦)𝒊 + (𝑥 2 − 3𝑦 2 )𝒋
é ou não conservativo.
𝒇 tal que 𝑭 = 𝛻𝑓. (b) Calcule a integral de linha ∫𝐶 𝑭. 𝑑𝒓, onde C é a curva dada por
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑦 2 (2)
Observação: Esse método é mais curto que o método direto de cálculo para as integrais
de linha que aprendemos na Seção 16.2.
1.2 Conservação de Energia
De acordo com a Segunda Lei do Movimento de Newton (ver Seção 13.4), a força
𝑭(𝒓(𝑡)) a um ponto em C está relacionada com a aceleração 𝒂(𝑡) = 𝒓′′ (𝑡) pela equação
𝑏 𝑏
𝑊 = ∫ 𝑭. 𝑑𝒓 = ∫ 𝑭(𝒓(𝑡)). 𝒓′ (𝑡) 𝑑𝑡 = ∫ 𝑚𝒓′′ (𝑡). 𝒓′ (𝑡) 𝑑𝑡
𝐶 𝑎 𝑎
1 1
𝑊 = 2 𝑚|𝒗(𝑏)|2 − 2 𝑚|𝒗(𝑎)|2 [1]
onde 𝒗 = 𝒓′ é a velocidade.
1
A quantidade 𝑚|𝒗(𝑡)|2 é chamada energia cinética do objeto. Portanto,
2
2 Teorema de Green
O teorema de Green fornece a relação entre uma integral de linha ao redor de uma
curva fechada simples C e uma integral dupla sobre a região do plano D delimitada por
C. (Veja a Figura 5. Assumimos que D é constituído por todos os pontos dentro de C,
bem como todos os pontos de C.) Ao enunciarmos o Teorema de Green, usamos a
convenção de que a orientação positiva de uma curva fechada simples C refere-se ao
sentido anti-horário de C, percorrido uma só vez. Assim, se C é dada pela função vetorial
𝒓(𝑡), 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏, então a região D está sempre do lado esquerdo quando 𝒓(𝑡) percorre C.
(Veja a Figura 6)
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Teorema de Green Seja C uma curva plana simples, fechada, contínua por partes,
orientada positivamente, e seja D a região delimitada por C. Se P e Q têm derivadas
parciais de primeira ordem contínuas sobre uma região aberta que contenha D, então
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴 =
𝐶 𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Observação A notação
∮ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦
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ou
é algumas vezes usada para indicar que a integral de linha é calculada usando a orientação
positiva da curva fechada C. Outra notação para a curva na fronteira de D, positivamente
orientada e ∂D, daí a equação do Teorema de Green pode ser escrita como
𝜕𝑄 𝜕𝑃
1 ∬𝐷 ( 𝜕𝑥 − 𝜕𝑦 ) 𝑑𝐴 = ∫∂D 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦
𝑏
∫ 𝐹 ′ (𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎)
𝑎
Solução: 1° Passo: Apesar desta integral poder ser calculada pelos métodos usuais da
Seção 16.2, isto envolveria o cálculo de três integrais separadas sobre os três lados do
triângulo. Em vez disso, vamos usar o Teorema de Green.
2° Passo: Observe que a região D englobada por C é simples e que C tem orientação
positiva (veja a Figura 7). Se tomarmos 𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑥 4 e 𝑄(𝑥, 𝑦) = 𝑥𝑦, então teremos
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1 1−𝑥
4
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑥𝑦 𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴 = ∫ ∫ (𝑦 − 0)𝑑𝑦𝑑𝑥
𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦 0 0
C
1 1
1 𝑦=1−𝑥 1
= ∫[ 𝑦 2 ]𝑦=0 𝑑𝑥 = ∫(1 − 𝑥)2 𝑑𝑥
2 2
0 0
1 1
= (1 − 𝑥)3 ]10 = (𝑅𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎)
6 6
O Teorema de Green dá as seguintes fórmulas para a área de D:
1
𝐴 = ∮ 𝑥 𝑑𝑦 = − ∮ 𝑦 𝑑𝑥 = ∮ 𝑥𝑑𝑦 − 𝑦𝑑𝑥
𝐶 𝐶 2 𝐶
𝑥2 𝑦2
Exemplo 6 Determine a área delimitada pela elipse 𝑎2 + 𝑏2 = 1.
1
𝐴= ∮ 𝑥𝑑𝑦 − 𝑦𝑑𝑥
2 𝐶
1 2𝜋
= ∮ (acos(𝑡))(𝑏𝑐𝑜𝑠(𝑡))𝑑𝑡 − (𝑏𝑠𝑒𝑛(𝑡))(−𝑎𝑠𝑒𝑛(𝑡))𝑑𝑡
2 0
𝑎𝑏 2𝜋
= ∮ 𝑑𝑡 = 𝜋𝑎𝑏 (𝑅𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎)
2 0
2.1 Versões estendidas do Teorema de Green
Apesar de termos demonstrado o Teorema de Green somente para o caso
particular onde D é simples, podemos estendê-lo agora para o caso em que D é a união
finita de regiões simples. Por exemplo, se D é uma região como a mostrada na Figura 8,
então podemos escrever 𝐷 = 𝐷1 ∪ 𝐷2 , onde 𝐷1 e 𝐷2 são ambas simples. A fronteira de
𝐷1 é 𝐶1 ∪ 𝐶3 e a fronteira de 𝐷2 é 𝐶1 ∪ (−𝐶3 ); portanto, aplicando o Teorema de Green
em 𝐷1 e 𝐷2 separadamente, obtemos
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴
𝐶1 ∪𝐶3 𝐷1
𝜕𝑥 𝜕𝑦
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𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴
𝐶1 ∪(−𝐶3 ) 𝐷2 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Figura 8- Região 𝐷 = 𝐷1 ∪ 𝐷2
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴
𝐶1 ∪𝐶2 𝐷
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Solução: 1° Passo: Observe que, apesar de D não ser simples, o eixo y divide em duas
regiões simples (veja a Figura 9). Em coordenadas polares, podemos escrever
𝐷 = {(𝑟, 𝜃)| 1 ≤ 𝑟 ≤ 2, 0 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋}
2° Passo: o Teorema de Green fornece
𝜕𝑄 𝜕𝑃 2
∫ 𝑦 2 𝑑𝑥 + 3𝑥𝑦 𝑑𝑦 = ∬ ( (3𝑥𝑦) − (𝑦 )) 𝑑𝐴
𝐷
𝜕𝑥 𝜕𝑦
C
𝜋 2
= ∬ 𝑦 𝑑𝐴 = ∫ ∫ (𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃)𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃
𝐷 0 1
𝜋 2
1 14
= ∫ 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑑𝜃 ∫ 𝑟 2 𝑑𝑟 = [−𝑐𝑜𝑠 𝜃]𝜋0 [ 𝑟 3 ]12 = (𝑅𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎)
3 3
0 1
O Teorema de Green pode ser aplicado para regiões com furos, ou seja,
regiões que não são simplesmente conexas. Observe que a fronteira C da região D na
Figura 10 é constituída por duas curvas fechadas simples 𝐶1 e 𝐶2 .
𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬ ( − ) 𝑑𝐴 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴 + ∬ ( − ) 𝑑𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝐷′
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐷 𝐷′′
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= ∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 + ∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦
𝜕𝐷′ 𝜕𝐷′′
Como as integrais de linha sobre a fronteira comum são em sentidos opostos, elas
se cancelam e obtemos
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬ ( − ) 𝑑𝐴 = ∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 + ∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦 = ∫ 𝑃 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦
𝐷
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝐶 𝐶 𝐶
1 2
3 Referências
Stewart, James Cálculo, volume 2 / James Stewart; tradução EZ2 Translate. -- São
Paulo: Cengage Learning, 2013.