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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE


FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO CÁLCULO VETORIAL

Rafaela Brandão Leal,


RGA - 202012905004
E-mail: rafabrandao2009@hotmail.com

CUIABÁ-MT

02 de março de 2022
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
2. TEOREMA DE GREEN ................................................................................................. 3
2.1 CURVAS LIMITADA E FECHADA ....................................................................... 4
2.2 INTEGRAL DE LINHA ........................................................................................... 5
3. TEOREMA DE STOKES ............................................................................................... 8
4. TEOREMA DE GAUSS ............................................................................................... 10
4.1 EXERCICIO ........................................................................................................... 13
5. VETORES GRADIENTES E O METODO DOS MULTIPLICADORES DE
LAGRANGE ......................................................................................................................... 18
Referências ............................................................................................................................. 20
1. INTRODUÇÃO

Neste relatório serão abordados e aplicados conceitos breves do cálculo


vetorial e de três teoremas de suma relevância em operações matemáticas e
nos cursos de engenharias, química, física e entre outros, proporcionando
assim um desenvolvimento mais favorável nos problemas diários encontrados
nestas áreas. O cálculo vetorial engloba operações matemáticas onde incluem
grandezas físicas que portam intensidade, direção e sentido, essas são
propriedades relacionadas geometricamente.

O objetivo do cálculo vetorial é fazer com que em um sistema um único


vetor tenha o efeito de diversos vetores. Os vetores são ferramentas que
possuem três atributos fundamentais, que são, intensidade, sentido e
orientação, essas são utilizadas para aferir orientações espaciais aos valores
encontrados, assegurando que as forças não sejam somente números, mas
expressem direções e sentidos específicos.

Os teoremas de Green, Gauss e Stokes, são aplicados para o


desenvolvimento de conceitos matemáticos, gerando assim clareza para as
resoluções de problemas, cada teorema tem suas interpretações físicas e
geométricas que auxiliam no entendimento matemático frisando melhor o
conhecimento.

2. TEOREMA DE GREEN

George Green foi um matemático britânico que dispôs influência na área


das exatas, sendo a primeira pessoa a operar o termo potencial na teoria do
campo e estabeleceu alguns teoremas de analise vetorial que permitiam
calcular o potencial eletrostático. O teorema de Green é uma ferramenta
utilizada na matemática onde correlaciona efeitos do volume aos efeitos de
superfície, logo também empregada para calcular áreas delimitadas por uma
curva limitada e fechada, calcular a integral de linha com um método direto e
rápido, além de agregar na formulação de outros teoremas, como exemplo,
Stokes e Gauss, tendo como ênfase aplicações extensas e intensamente
essenciais nas áreas da física, química, engenharias e etc.
FIGURA 1 - George Green

Fonte: Knoow.net

2.1 CURVAS LIMITADA E FECHADA

Uma curva no plano x, y pode-se dizer que é um contradomínio de uma


aplicação continua de um intervalo I de números reais para este plano. Neste
Teorema o conceito de curva fechada e limitada é de suma importância
fazendo assim parte das análises das regiões.

Uma curva plana ou fechada em um gráfico é considerado um conjunto


de pares ordenados (x, y) em um intervalo fechado I, onde as pontas se
cruzam. No teorema de Green, especificamos dois tipos de curvas fechadas,
simples e não simples. As curvas que não há intersecções com elas mesma
são nomeadas curvas simples, logo as que se intersectam são denominadas
não simples, como por exemplo uma figura na forma de um 8.

FIGURA 2 – Curvas fechadas simples e não simples.

Fonte autoral (2022)


2.2 INTEGRAL DE LINHA

A integral de linha é empregada pelo Teorema de Green onde tem


aplicações em: energia potencial, trabalho, fluxo de calor, entre outras
condições onde é estudado ao longo de uma curva atuando em um campo
vetorial e campo escalar, com isso, pode-se dizer que a integral de linha em
vez de integrar em um intervalo [a, b], é integrado somente uma curva C.

Logo podemos definir a integral de linha de um campo vetorial F:

Sendo F (x, y) = M (x, y) i + N (x, y) j um campo vetorial continuo definido sobre


um caminho C definido por uma curva suave α (t), para a ≤ t ≤ b. A integral de
linha de F ao longo de C é:

∫𝐹 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝛼 (Integral de 𝑓 sobre C) (1.0)


𝐶

𝑏
∫ 𝐹 ⋅ 𝑑𝛼 = ∫ 𝐹 (𝛼 (𝑡)) . 𝛼 ′ (𝑡) 𝑑𝑡 (1.1)
𝐶 𝑎

Isso ocorre caso a integral da direita existir.

Se α (a) = α (b), logo C é referida uma curva fechada e denotamos a integral de


linha por:

∮ 𝐹 𝑑𝛼 (1.2)
𝐶

Considerando uma curva C descrita por:

𝛼(𝑡) = 𝑥(𝑡)𝒊 + 𝑦(𝑡)𝒋 + 𝑧(𝑡)𝒌, 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏 (1.3)

e suponhamos que:

𝑭(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝒊 + 𝑄(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝒋 + 𝑅(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝒌 (𝟏. 𝟒)

Com isso a integral de linha do campo vetorial f pode ser descrita como:

∫𝑭 ⋅ 𝑑𝛼 = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑥 + 𝑄(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑦 + 𝑅(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑧 (1.5)


𝑐
𝑐

Com isso,
∫𝑐 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑥 , ∫𝑐 𝑄 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑦 e ∫𝑐 𝑅 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑧 (1.6)

Essas são chamadas de integrais de linha ao longo do caminho C com relação


a X, Y, Z respectivamente.

FIGURA 3 – Caminho de integração no exemplo 1.0

Fonte: (THOMAS, 2009, p.470).

Observando a integral da equação (1.1), pode-se dizer que a mesma é


uma integral definida simples, a qual integra relacionada ao parâmetro t. Nesta
fórmula calculará a integral corretamente independentemente qual seja a
parametrização que for utilizada, desde que a mesma seja lisa.

O Teorema de Green contem curvas fechadas simples que possuem


duas orientações: Anti-horária (positiva) e horária (negativa). É utilizada uma
descrição de uma região elementar com soma de segmentos orientados
positivamente e negativamente:

FIGURA 4 – Região simples Y

Fonte: autoria própria (2022)


FIGURA 5 - Região simples X

Fonte: Autoria própria (2022)

Neste Teorema há duas possibilidades para a definição, formal norma e


circulação rotacional:

Teorema de Green na forma normal:

Nesta primeira possibilidade, o Teorema de Green descreve que, sob


circunstâncias apropriadas, o fluxo exterior de um campo vetorial ao longo de
uma curva fechada simples no plano é análogo à integral dupla do divergente
do campo sobre a região delimitada pela curva.

O fluxo exterior de um campo F = M𝒊 + N𝒋 através de uma curva


fechada simples C é igual à integral dupla de div F sobre a região R limitada
por C.

𝜕𝑁 𝜕𝑀
∮ 𝐹 ⋅ 𝑛 𝑑𝑠 = ∮ 𝑀 𝑑𝑦 − 𝑁 𝑑𝑥 = ∫ ∫ ( + ) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 (1.7)
𝑅 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝑐 𝑐

Teorema de Green circulação rotacional:

Na segunda forma o Teorema de Green afirma que a movimentação no


sentindo anti-horário de um campo vetorial em torno de uma curva fechada
simples é a integral dupla da componente k do rotacional do campo sobre a
região limitada pela curva.
Essa circulação ocorre no sentido anti-horário de um campo F = Mi + Nj
em torno de uma curva fechada simples C, por exemplo um círculo, no plano é
igual à integral dupla de (rot F). Logo K está sobre a região R delimitada por C.

𝜕𝑁 𝜕𝑀
∮ 𝐹 ⋅ 𝑇 𝑑𝑠 = ∮ 𝑀 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑑𝑦 = ∫ ∫ ( − ) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 (1.8)
𝑅 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑐 𝑐

Essas duas formas do Teorema de Green são semelhantes. No


momento em que é aplicado a equação (1.7) ao campo G1 = Ni + Mj tem-se a
equação (1.8), logo empregando a equação (1.8) a G2 = -Ni + Mj, tem-se a
equação (1.7).

3. TEOREMA DE STOKES

O Teorema de Stokes descrito pelo matemático George Gabriel Stokes é


aplicado de maneira habitual em problemas de campos vetoriais, em
problemas como fluxo magnético em superfícies, quando as mesmas são
aplicadas em regiões planas, logo esses problemas são levados para um caso
particular do Teorema de Green

FIGURA 6 – George Gabriel Stokes

Fonte: stringfixer.

Este Teorema pode ter um campo vetorial de espaço dimensional ou


espaço tridimensional, ou seja, um plano (x, y) ou (x, y, z), onde z é constante e
nulo, com isso ele consegue associar a integral de linha ao longo da curva C
fechada simples, sendo C contida no plano tridimensional (𝐶 ⊆ ℝ3), com isso a
integral fica sobre uma superfície S, e a fronteira será formada por uma curva
C.
Usando o lado esquerdo do Teorema de Green e supondo que F seja uma
função vetorial F = (P, Q, 0), temos:

∮ 𝑃(𝑑𝑥 + 𝑄 𝑑𝑦) = ∮(𝑃, 𝑄, 0) . (𝑑𝑥, 𝑑𝑦, 𝑑𝑧) = ∮𝐹. 𝑑𝛼 (1.9)


𝑐 𝑐
𝑐

Aplicando o Teorema de Stokes com vetor normal unitário ̂𝑛:

∮𝐹. 𝑑𝛼 = ∬(𝛻 × 𝐹) 𝑛̂𝑑𝑆 (2.0)


𝑐
𝑆

Nota-se que a superfície de S é a região no plano D, onde o vetor 𝑛̂ aponta na


direção z, coincidindo assim com as limitações de direções positivas para os
̂ = k. Desse modo a expressão será:
Teoremas de Green e Stokes, com isso 𝒏

𝜕0 𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕0 𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑃
̂ = [(
𝜵𝒙𝑭. 𝒏 − )𝒊 +( − )𝒋+ ( − ) 𝒌] . 𝒌 = ( + ).
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦

Logo o lado direito do Teorema de Green é:

𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬(𝛻 × 𝐹) 𝑛̂𝑑𝑆 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴 (2.1)
𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑆

Supondo que um gráfico de uma função F (x, y), seja considerado uma
superfície S, deste modo teremos S parametrizado por:

𝑥=𝑢
{ 𝑦=𝑣 (2.2)

𝑧 = 𝐹(𝑢, 𝑣 ) = 𝐹 (𝑥, 𝑦)

Pode-se dizer que em um determinado (u, v) o domínio está contido em um


plano x, y, se e somente se qualquer elemento do plano x, y for também
⃗⃗ é um
elemento do domínio, ou seja, 𝐷 ⊆ ℝ2. Logo se 𝐹 = 𝐹₁𝑖⃗ + 𝐹₂𝑗⃗ + 𝐹₃𝑘
campo vetorial, temos que, a integral dupla sobre a região S integrando F é

igual a integral dupla sobre a região D que integra o campo vetorial, onde 𝑖⃗ =
𝜕𝑧 𝜕𝑧
− ; 𝑗⃗ = − ; logo temos:
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝑧 𝜕𝑧
∬ 𝐹 𝑑𝑆 = ∬ (𝐹₁ (− ) + 𝐹₂ (− ) + 𝐹₃) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 (2.3)
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑆 𝐷

A 𝜕𝐷 é uma parametrização, caso 𝐶: [𝑎, 𝑏] → ℝ2, C(t) = (x(t), y(t)) . No


gráfico a seguir observa-se a curva fronteira da derivada da função S (𝜕𝑆), a

mesma é uma curva fechada simples orientada, tendo assim uma imagem de
aplicação que se tem uma orientação impelida por P.

IMAGEM DE APLICAÇÃO: 𝑝: 𝑡 → 𝑝(𝑡) = (𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡))).

FIGURA 7 – Gráfico Stokes

Fonte: Repositório UFERSA (2009)

Graficamente, sendo S uma superfície orientada onde é definida por uma


função 𝐶 2 , 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), onde (𝑥, 𝑦) ∈ 𝐷, sendo essa região aplicável no Teorema
de Green. Tendo F como um campo vetorial 𝐶 1 sobre S, onde a derivada da
função S denota a fronteira de S, temos que:

∮ 𝐹⃗ 𝑑𝑟⃗ = ∬ 𝑟𝑜𝑡𝐹⃗ . 𝑛⃗⃗𝑑𝑆 = ∬(𝛻 × 𝐹⃗ ) 𝑑𝑆 = ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑆 (2.4)


𝐶
𝑆 𝑆 𝜕𝑆

O Teorema de Stokes conta com inúmeras aplicações nos setores


científicos. A utilização simultânea com o Teorema de Gauss e a passagem da
forma integral para a forma diferencial das equações de Maxwell são uns dos
principais usos. Na física a notação diferencial é bastante empregada no
conhecimento do eletromagnetismo no caso mais avançado.

4. TEOREMA DE GAUSS
O Teorema de Gauss e também conhecido como Teorema da
Divergência, concedido pelo matemático alemão Johann Carl Friedrich Gauss,
compara uma integral tripla em um solido D contido em um plano (x, y, z), ou
seja, D 𝖢 𝑅3 , com a integral sobre a superfície S 𝖢 𝑅3 , sendo assim a fronteira
deste solido.

É importante frisar que o Teorema de Stokes relaciona ao longo de uma


borda de superfície uma integral de superfície, fazendo com que o Teorema de
Gauss expresse uma ligação entre uma integral de superfície à uma integral de
volume, dentro da região limitada pela essa superfície.

FIGURA 8 – Johann Carl Friedrich Gauss

Fonte: stringfixer

⃗⃗⃗ uma função, onde D está contido em um plano x, y, z então 𝑅3 ,


Sendo 𝑭
é um campo vetorial tridimensional dado por 𝐹⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝐹₁ (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑖⃗ +
𝐹₂ (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑗⃗ + 𝐹₃ (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑘⃗⃗ , tendo suas componentes 𝐹⃗ tal que cada elemento
de D é também elemento do plano (x, y, z), sendo assim D é um subconjunto
de 𝑅3 implicando assim que sejam contínuos e tenham derivadas parciais de
ordem continuas em D. Com isso pode-se definir o divergente de 𝐹⃗ como:

𝜕𝐹₁ 𝜕𝐹₂ 𝜕𝐹₃


∇. 𝐹⃗ ≝ + + (2.5)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Supondo que em uma região do espaço regular e suave onde cada


elemento de S em sua fronteira é também elemento de 𝑅3 , tem-se assim um
subconjunto, sendo assim regular e suave. Suas projeções 𝑆𝑥𝑦 no plano xy, 𝑆𝑦𝑧
no plano yz e 𝑆𝑥𝑧 no plano xz serão áreas seladas de 𝑅2 , dessa maneira terão
a fronteira suave e retas paralelas nos eixos coordenados onde atravessam as
projeções e cortam S em dois pontos, logo:

FIGURA 9 – Teorema da Divergência

Fonte: Calculo III, p.192 (2020)

∭ ∇. 𝐹⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧 = ∬𝐹
⃗⃗⃗⃗. 𝑛⃗⃗ 𝑑𝑆 (2.6)
𝐷 𝑠

O Teorema da divergência tem uma relação com o Teorema de Green,


compreendemos que o Teorema de Gauss pode ser sobreposto em qualquer
tipo de dimensão e se trata de um ato particular do Teorema de Stokes. Com
isso em duas dimensões o próprio fica similar ao Teorema de Green.

∬(∇. 𝐹) 𝑑𝐴 = ∫ 𝐹 𝑛̂𝑑𝑠 (2.7)


𝐷 𝐶

Desse modo, 𝑛̂ é um vetor normal onde é direcionado para fora da fronteira,


este vetor é dirigido em 90° horizontalmente, sendo capaz de ser (dy, -dx),
tendo assim um modulo vetor de √𝑑𝑥 2 + 𝑑𝑦 2 = 𝑑𝑠, portanto 𝑛̂ 𝑑𝑠 = (𝑑𝑦, −𝑑𝑥).

Apoderando partes de 𝐹 = (𝑄, −𝑃), do lado direito torna-se:

∫ 𝐹 𝑛̂𝑑𝑠 = ∫(𝑄, −𝑃) . (𝑑𝑦, −𝑑𝑥) = ∫(𝑄 𝑑𝑦 + 𝑃 𝑑𝑥) (2.8)


𝐶 𝐶
𝐶

Com isso através do Teorema de Green, temos:


∫(𝑃𝑑𝑥 + 𝑄𝑑𝑦) = ∬(∇. 𝐹)𝑑𝐴 = ∬(∇. (𝑄, −𝑃))𝑑𝐴
𝐶 𝐷 𝐷

𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬(∇. (𝑄, −𝑃))𝑑𝐴 = ∬ (( − )) 𝑑𝐴 (2.9)
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝐷 𝐷

4.1 EXERCICIO

Para melhor compreender o Teorema de Gauss, vamos dissertar um exemplo:

1. Em uma integral dupla de superfície calcule ∬𝑆 ⃗⃗⃗⃗


𝐹 . 𝑛⃗⃗ 𝑑𝑆, onde 𝐹⃗ =

( 𝑥 + 𝑦)𝑖⃗ + ( 𝑦 2 )𝑗⃗ + 𝑧𝑘⃗⃗, S é a fronteira do cilindro 𝐷 =


{(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝜖𝑅 3; 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 1, 0 ≤ 𝑧 ≤ 1} e 𝑛⃗⃗ orientado para fora de
D.

RESOLUÇÃO:

1° Parte: Buscar a resolução da integral de superfície ∬𝑆 ⃗⃗⃗⃗


𝐹 . 𝑛⃗⃗ 𝑑𝑆, aplicando o
Teorema de Gauss. Observa-se que a superfície é estabelecida por outras três
superfícies diferentes.

Calculando o divergente temos:

𝜕𝐹1 𝜕𝐹2 𝜕𝐹2


∇(𝐹⃗ ) = + + , 𝐶𝑜𝑚𝑜 𝐹⃗ = ( 𝑥 + 𝑦)𝑖⃗ + ( 𝑦 2 )𝑗⃗ + 𝑧𝑘⃗⃗
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Logo as derivadas parciais são:

𝜕𝐹1 𝜕 (𝑥 + 𝑦)𝑖⃗
= = 1
𝜕𝑥 𝜕𝑥

𝜕𝐹2 𝜕 (𝑦 2 )𝑗⃗
= = 2𝑦
𝜕𝑦 𝜕𝑦

𝜕𝐹2 𝜕𝑧𝑘⃗⃗
= =1
𝜕𝑧 𝜕𝑧
Logo,

𝜕𝐹1 𝜕𝐹2 𝜕𝐹2


∇(𝐹⃗ ) = + + = 2 + 2𝑦
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

2° Parte: O Teorema de Gauss tem a seguinte igualdade:

⃗⃗⃗⃗. 𝑛⃗⃗ 𝑑𝑆 = ∭ ∇. 𝐹⃗ 𝑑𝑉
∬𝐹
𝑆 𝐷

Porém averiguando o Teorema, pode-se observar uma superfície


fechada S delimitando o solido D. Com isso o campo vetorial atua em qualquer
circunstância, pois não se encontra divisão por 0.

FIGURA 10 – Superfície fechada S

x y

Fonte autoral (2022)

No enunciado fica explicito que os vetores normais são orientados para fora de
solido D, dessa maneira a utilização do vetor normal é essencial para as
situações serem realizadas, para que a aplicação a igualdade do Teorema seja
efetuada menos limitação.
FIGURA 11 – Superfície fechada S com os vetores normais.

y
x

Fonte autoral (2022)

O objetivo é encontra a integral de superfície, porem primeiramente iremos


calcular a integral tripla.

3° Passo: Sabendo os valores do divergente temos:

∭ ∇. 𝐹⃗ 𝑑𝑉 = ∭ 2 + 2y dV
𝐷 𝐷

Como o exercício está sendo com um cilindro o mais viável será utilizar
coordenadas cilíndricas, assim temos:

𝑥 = 𝑟 cos 𝜃

𝑦 = 𝑟 sin 𝜃

𝑧=𝑧

Para mudança de variáveis em integrais múltiplas vamos usar o Jacobiano que


neste caso é:

𝐽=𝑟
Logo para maior auxilio teremos que utilizar a equação do cilindro:

𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟 2

4° Passo: Observando os parâmetros variar, podemos encontrar a variação de


𝑟 e 𝜃, analisando a projeção do solido no plano xy.

FIGURA 12 – Projeção do solido no plano xy

Fonte autoral (2022)

Dessa maneira pode-se averiguar que o raio r varia do interior da superfície


desde o começo até o ápice do raio do cilindro que neste caso é 1.

0≤ 𝑟≤1

Já o ângulo 𝜃 da uma volta completa e a variação do z varia de cima para


baixo no solido, como exposto na figura 11, ou seja,

0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋; 0 ≤ 𝑧 ≤ 1

Com isso a integral tripla será substituída.

∭ 2 + 2y dV
𝐷

2𝜋 1 1
∭ 2 + 2y dV = ∫ ∫ ∫ (2 + 2𝑦) 𝐽 𝑑𝑦 𝑑𝑟 𝑑𝜃 =
𝐷 0 0 0
2𝜋 1 1
∫ ∫ ∫ (2𝑟 + 2𝑟𝑦) 𝑑𝑦 𝑑𝑟 𝑑𝜃 =
0 0 0

Calculando a integral de dentro em y, temos:

2𝜋 1 1
∫ ∫ (∫ (2𝑟 + 2𝑟𝑦) 𝑑𝑦) 𝑑𝑟 𝑑𝜃 =
0 0 0

1
2𝜋 1 2𝑟𝑦 2
=∫ ∫ [2𝑟𝑦 + ] 𝑑𝑟 𝑑𝜃
0 0 2 0

Substituindo na integral os limites de integração:

2𝜋 1 2𝜋 1
2 )]
=∫ ∫ [2𝑟 (1) + 𝑟(1 𝑑𝑟 𝑑𝜃 = ∫ ∫ [3𝑟]𝑑𝑟𝑑𝜃
0 0 0 0

1
2𝜋
3𝑟 2 3 2𝜋 3
∫ [ ] 𝑑𝜃 = [ ] ∫ 𝑑𝜃 = [ ] (2𝜋) = 3𝜋
0 2 0 2 0 2

Com isso a integral de superfície no Teorema de Gauss é 3𝜋.

⃗⃗⃗⃗. 𝑛⃗⃗ 𝑑𝑆 = 3𝜋
∬𝐹
𝑆
5. VETORES GRADIENTES E O METODO DOS
MULTIPLICADORES DE LAGRANGE

Vetor gradiente, mais conhecido como vetor que designa sentido e


orientação, por locomoção a começar de uma posição determinada,
alcançando dessa maneira melhor progresso possível no valor de uma
proporção a começar na qual se determina um campo escalar para uma
superfície em interesse. Com isso compõe a partir do campo escalar e de um
gradiente, um campo vetorial, que emparelha a cada ponto do espaço
equivalente vetor gradiente para a grandeza em consideração.

O vetor gradiente é definido por:

𝑖
𝜕𝑓 𝜕𝑓 𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑔𝑟𝑎𝑑 𝑓 = 〈 , …, 〉 , 𝑜𝑢, 𝑔𝑟𝑎𝑑 𝑓 = ∑ 𝑒̂
𝜕𝑥1 𝜕𝑥2 𝜕𝑥𝑛 𝜕𝑥𝑖 𝑖
0

Onde 𝑒̂𝑖 são os vetores unitários que definem a base a partir da coordenação e
𝜕
, representa a derivada parcial.
𝜕𝑥𝑖

O método dos Multiplicadores de Lagrange, facilita topar com os


extremos, seja ela máximo ou mínimo, de uma função independente das
variáveis passíveis a restrições. Essa técnica implica em inserir uma variável
nova chamada de multiplicador de Lagrange (𝜆), logo a mesma é definida da
seguinte maneira:

𝛬 (𝑥, 𝑦, 𝜆) = 𝑓 (𝑥, 𝑦) − 𝜆 . (𝑔(𝑥, 𝑦) − 𝑐)

Nesta função o multiplicador de Lagrange pode ser acrescentado ou subtraído.


Caso f (x, y) for um ponto máximo em um problema original, irá existir um 𝜆, tal
que (x, y, 𝜆) seja uma posição estacionário para uma função lagrangiana,
dessa maneira haverá um ponto onde as derivadas parciais de 𝛬 serão nulas.
Porém nem todos as posições estacionárias há solução para o problema. Com
isso o método dos multiplicadores de Lagrange existe para garantir um estado
para otimização com restrição, por esse fato que o método é empregado em
resoluções de problemas de programação, a mesma consiste em uma
ferramenta importante em restrições de igualdade
PROBLEMA DE OTIMIZAÇÃO:

Encontre as dimensões de um retângulo, cujo perímetro é 42, de tal maneira


que ele possua área máxima.

RESOLUÇÃO:

Temos que:

2𝑏 + 2ℎ = 42

42 − 2ℎ
𝑏= = 21 − ℎ
2
Logo a área é base x altura (b x h):

𝐴 = 𝑏. ℎ

𝐴 = (21 − ℎ). ℎ

𝐴 = (21ℎ) − ℎ2

Derivando e igualando a equação a zero, temos:

𝜕𝐴 𝜕 (21ℎ − ℎ2 )
= = 21 − 2ℎ
𝜕ℎ 𝜕ℎ

𝐴̀ = 21 − 2ℎ

21 − 2ℎ = 0

2ℎ = 21

21
ℎ= = 10,5 𝑚
2
Encontrando b, temos:

𝑏 = 21 − ℎ

𝑏 = 21 − 10,5 = 10,5 𝑚

Logo as dimensões do retângulo é de b = 10,5 m e h = 10,5 m.


Referências

ÁVILA, G. (1982). CALCULO3: FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS, 3 ED. SÃO PAULO: LIVROS

TECNICOS E CIENTIFICOS EDITORA.

BANDEIRA, R. D. (2016). TEOREMA DE GREEN E APLICAÇÕES. UESP.

Bouchara, J. (2006). Calculo Integral Avançado. EDUSP.

C., M. N. (20 de novembro de 2010). Coordenadas Polares. Fonte: unesp: wwwp.fc.unesp.br

JUNIOR, G. A. (2020). TEOREMA DE GREEN, GAUSS, STOKES E ALGUMAS APLICAÇÕES. UFERSA.

Leithold, L. (1994). O calculo com geometria analitica 3 ed. São Paulo: Harbra.

Marchand, L. (2016). Multiplicadores de Lagrange: uma aplicação em problemas de otimização

global restrita. universidade Rio Grande.

MENDES, C. M. (2005). CALCULO VETORIAL. UNIVERSIDADE.

RAFAEL.O. (2018). CAPITULO 3 INTEGRAIS DE SUPERFICIE. UNIVERSIDADE.

STRAUCH, I. (2008). Análise Vetorial em dez aulas. RIO GRANDE DO SUL: UFRGS.

THOMAS, G. (2009). CALCULO 11 ED. SAO PAULO: Pearson Addison Wesley.

Thomas, G. B. (2002). Cálculo, (décima edição), Volume 2. São paulo: Addison Wesley/Pearson

Education do Brasil.

Valle, M. (2019). Teorema de Green - aula 18» (PDF). Universidade Estadual de Campinas.

VALLE, M. E. (2020). TEOREMA DE STOKES, AULA 24. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS.

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