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EXTENSÃO DE MONTEPUEZ

Departamento de Ciências, Tecnologia, Engenharia e


Matemática

Curso: Licenciatura em Estatística e Gestão de Informação com Habilitações em Desenvolvimentos


de Sistemas Informáticos
Disciplina: Cálculo Diferencial em 𝑅 𝑛
Ano: 2º Semestre: 1ᵒ Ano Lectivo:2024
Docente: MSc. Fernando Vahanlé Data: 12/03/2024

Funções de Varias Variáveis, Limites e Continuidade de Funções de duas Variáveis

Introdução

A disciplina Cálculo II, que faz parte da grade curricular dos cursos que abrangem as áreas
de Ciências Exactas, objectiva mostrar ao aluno da importância do aprendizado do cálculo, que
leva o estudante para a elaboração dos modelos que possa explicar com certa precisão os
fenómenos que ocorrem nesses referidos cursos (Informática, Engenharia etc).

O conteúdo da disciplina Cálculo II visa os estudos das funções de duas ou mais variáveis,
limite e continuidade de uma função de duas variáveis, estudo de derivadas parciais e suas
aplicações, integrais múltiplas e suas aplicações. Esse conteúdo será desenvolvido totalmente em
sala de aula, contudo, para facilitar o aprendizado.

Estudamos anteriormente funções de uma única variável independente, entretanto, surgem


no nosso cotidiano problemas que envolvem duas ou mais variáveis independentes.

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Alguém se lembra o que é uma função?

Função é uma correspondência entre elementos de dois (2) conjuntos onde a cada
elemento do 1° conjunto se faz corresponder ou se associa a um único elemento do 2° conjunto.

Exemplo

No primeiro semestre trabalhamos com as chamadas funções reais de uma variável.

• São funções definidas de IR ou uma parte de IR em IR.

Exemplo 𝑦 = 𝑥 2 ; 𝑦 = 𝑙𝑛𝑥

Até aqui, tratamos o cálculo de funções de uma única variável. No entanto, no mundo
real, quantidades físicas frequentemente dependem de duas ou mais variáveis.

Exemplo

Na temperatura T em um ponto da superfície da Terra em um dado instante de tempo


depende da longitude x e da latitude y do ponto. Podemos pensar em T como uma

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correspondência que há pares ordenados (𝑥, 𝑦) fazem corresponder um único valor 𝑇(𝑥, 𝑦), uma
função assim se chama função de duas variáveis.

Definição

Uma função f de duas variáveis é uma regra que associa a cada par ordenado de números
reais (𝑥, 𝑦) de um conjunto D, um único valor real denotado por 𝑓(𝑥, 𝑦).

Observações:

a) O conjunto D é o conjunto domínio de 𝑓 e sua imagem o conjunto de valores possíveis,


ou seja 𝐼𝑚𝑓 = {𝑓(𝑥, 𝑦): (𝑥, 𝑦) ∈ 𝐷}
b) Frequentemente escrevemos 𝑍 = 𝑓(𝑥, 𝑦) as variáveis 𝑥 e 𝑦 são variáveis independentes e
𝑍 é a variável dependente.
c) Em geral 𝐷 = 𝐼𝑅 2 𝑜𝑢 𝐷 𝐶 𝐼𝑅 2 e imagem 𝐼𝑅 ou um subconjunto de 𝐼𝑅.
d) Uma ideia gráfica:

e) Se a função 𝑓 é dada por sua fórmula e seu domínio não é especificado, fica entendido como
domínio de 𝑓 o conjunto de todos os pares de valores (𝑥, 𝑦) para os quais a expressão dada
fornece um número real bem definido.

Exemplo: Determine os domínios das seguintes funções e calcule 𝑓(3,2)

a) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 + 𝑦 2

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A expressão para 𝑓 está bem definida para todo par ordenado (𝑥, 𝑦).

𝑓(3, 2) = 𝑥 2 + 𝑦 2 = 32 + 22 = 9 + 4 = 13

𝑏) 𝑓(𝑥, 𝑦) = √𝑥 2 + 𝑦 2 − 4 𝑜𝑢 𝑔(𝑥, 𝑦) = √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2

O número cuja raiz quadrada será extraída for não negativo. 𝑓(𝑥, 𝑦) = √𝑥 2 + 𝑦 2 − 4

A expressão está bem definida se e só se 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4 ≥ 0 ou 𝑥 2 + 𝑦 2 ≥ 4. Portanto, o domínio


de 𝑓 é 𝑑𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐼𝑅 2 / 𝑥 2 + 𝑦 2 ≥ 4}

O número cuja raiz quadrada será extraída for não negativo. 𝑔(𝑥, 𝑦) = √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2

A expressão está bem definida se e só se 4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 ≥ 0 ou 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 4. Portanto, o domínio


de 𝑔 é 𝑑𝑜𝑚𝑔 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐼𝑅 2 / 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 4}

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𝑓(𝑥, 𝑦) = √𝑥 2 + 𝑦 2 − 4; 𝑓(3,2) = √32 + 22 − 4 = √9 = 3

𝑔(𝑥, 𝑦) = √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 ; 𝑔(3,2) = √4 − 32 − 22 = √4 − 9 − 4 = √−9 ∉ 𝐼𝑅


√𝒙+𝒚+𝟏
𝑐) 𝑓(𝒙, 𝒚) = 𝒙−𝟏

A expressão para 𝑓 está bem definida se o denominador for diferente de 0 e o número cuja raíz
quadrada será extraída for não negativo, ou seja 𝑥 + 𝑦 + 1 ≥ 0, 𝑥 − 1 ≠ 0
𝑦 ≥ −𝑥 − 1, 𝑥 ≠ 1
𝐷 = {(𝑥, 𝑦) / 𝑦 ≥ −𝑥 − 1, 𝑥 ≠ 1}

Descreve os pontos que estão sobre ou acima da recta 𝑦 = −𝑥 − 1, ao passo que 𝑥 ≠ −1,
significa que os pontos sobre a recta 𝑥 = 1, precisam ser excluídos do domínio.
√3+2+1 √6 √−3
𝑓(3,2) = = e 𝑓(−2, −2) = ∉ 𝐼𝑅
3−1 2 −3

d) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥𝑙𝑛(𝑦 2 − 𝑥)
Como ln(𝑦 2 − 𝑥) é definido somente quando 𝑦 2 − 𝑥 > 0 ou seja 𝑥 < 𝑦 2 o 𝑑𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦) ∶
𝑥 < 𝑦2}

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Uma forma de visualizar o comportamento de uma função de duas variáveis é considerar seu
gráfico.
Plano a:
Definição:
Se 𝑓 é uma função de duas variáveis com domínio 𝐷, então o gráfico de 𝑓 é o conjunto de todos
os pontos (𝑥, 𝑦, 𝑧) em 𝐼𝑅 3 tal que 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) e (𝑥, 𝑦) pertençam a 𝐷.

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Assim como o gráfico de uma função de uma única variável é uma curva C com equação
𝑦 = 𝑓(𝑥), o gráfico de uma função com duas variáveis é uma superfície S como estando
directamente em cima ou abaixo de seu domínio D que está no plano 𝑥𝑦 com equação 𝑧 =
𝑓(𝑥, 𝑦)
Exemplo:
Esboce o gráfico da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 6 − 3𝑥 − 2𝑦
O gráfico de 𝑓 tem a equação 𝑧 = 6 − 3𝑥 − 2𝑦 ou 3𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 6 que representa um plano.
para desenhar, primeiro achamos os interceptos fazendo 𝑦 = 𝑧 = 0 na equação obtemos 𝑥 = 2..
Fazendo 𝑥 = 𝑧 = 0 na equação obtemos 𝑦 = 3. Fazendo 𝑥 = 𝑦 = 0 na equação obtemos 𝑧 = 6.

Desenha o gráfico de 𝑓(𝑥, 𝑦) = √9 − 𝑥 2 − 𝑦 2

Esboce o gráfico de ℎ(𝑥, 𝑦) = 4𝑥 2 + 𝑦 2

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James Stewart
Mostra outros exemplos pág. 890, destacar que a representação é uma superfície em
cada caso.
Plano b:
Outro método emprestado dos cartógrafos, é um mapa de contornos, em que os pontos
com elevações constantes são ligados para formar curvas de contorno ou curvas de nível.
Definição
As curvas de nível de uma função 𝑓 de duas variáveis são aquelas com equação
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐾, onde 𝐾 é uma constante (na imagem de f).
Uma curva de nível 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐾 é o conjunto de todos os pontos do domínio de 𝑓 nos
quais o valor de 𝑓 é K. Em outras palavras ela mostra onde o gráfico de 𝑓 tem altura 𝑘.
Exemplo
Esboce o gráfico das curvas de nível da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦
As curvas de níveis são

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𝑏) 𝑔(𝑥, 𝑦) = √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 ; k = 0, k = 1 e k = √3 𝑐) 𝑧 = 𝑥𝑦; 𝑘 = 1, 𝑘 = 2 𝑒 𝑘 = 3

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Visto as curvas de nível para duas variáveis, se pode estender a três ou mais variáveis.
Definição
Uma função com três variáveis 𝑓 é uma regra que associa a cada tripla ordenada (𝑥, 𝑦, 𝑧) em um
domínio 𝐷 ⊂ 𝐼𝑅 3 um único número real denotado por 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧).
Exemplo
A temperatura T em um ponto da superfície terrestre depende da latitude y e da longitude x do
ponto e do tempo t, de modo que podemos escrever 𝑇 = 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑡)
Exemplo

Determine o domínio de 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = √𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 − 4

A expressão para 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) é definida desde que 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 − 4 ≥ 0 logo,


𝑑𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ 𝐼𝑅 3 / 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 ≥ 4}.

Determine o domínio de 𝑔(𝑥, 𝑦, 𝑧) = √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 − 𝑧 2

A expressão para 𝑔(𝑥, 𝑦, 𝑧) é definida desde que 4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 − 𝑧 2 ≥ 0 logo,


𝑑𝑜𝑚𝑔 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) ∈ 𝐼𝑅 3 / 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 ≤ 4}.

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Observações
1. É muito difícil visualizar uma função 𝑓 de três variáveis por seu gráfico, uma vez que
estaríamos em um espaço de quatro dimensões.
2. É possível ganhar algum conhecimento de 𝑓 desenhando seus conjuntos de nível, que são
as superfícies com equação 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑘 onde 𝑘 é uma constante (superfícies de nível).
Exemplo
Determine as superfícies de nível da função 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2
As superfícies de nível são 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑘, onde 𝑘 ≥ 0.

Elas formam uma família de esfera concêntrica com raio √𝑘

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Limites e Continuidade de Funções de duas Variáveis


Que significa a anotação lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎

Usamos esta anotação para indicar que os valores de 𝑓(𝑥) se aproximam do número 𝐿, quando 𝑥
se aproxima do 𝑎.
Graficamente

Exemplo lim 𝑥 2 = 0
𝑥→0

Então significa a notação lim 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐿


(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Usamos a notação anterior para indicar que os valores de 𝑓(𝑥, 𝑦) se aproximam do número 𝐿
quando o ponto (𝑥, 𝑦) se aproxima do ponto (𝑎, 𝑏) ao longo de qualquer caminho contido no
domínio da função 𝑓.

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Em outras palavras, podemos tomar os valores de 𝑓(𝑥, 𝑦) tão próximos de 𝐿, quanto o desejado
escolhendo pontos (𝑥, 𝑦) suficientemente próximos do ponto (𝑎, 𝑏), mas não iguais a (𝑎, 𝑏).
Uma definição mais precisa é a seguinte.
Definição
Seja 𝑓 uma função de duas variáveis cujo domínio 𝐷 contém pontos arbitrariamente próximos de
(𝑎, 𝑏). Dizemos que o limite de 𝑓(𝑥, 𝑦) quando (𝑥, 𝑦) tende a (𝑎, 𝑏) é 𝐿 e escrevemos:
lim 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐿
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Se para todo número 𝜀 > 0 existe um número correspondente 𝛿 > 0 tal que |𝑓(𝑥, 𝑦) − 𝐿| < 𝜀
sempre que (𝑥, 𝑦) ∈ 𝐷 e 0 < √(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 < 𝛿
Observações
1. Outras notações para limite
lim 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐿 e 𝑓(𝑥, 𝑦) → 𝐿 quando (𝑥, 𝑦) → (𝑎, 𝑏)
𝑥→𝑎
𝑦→𝑏

Note que |𝑓(𝑥, 𝑦) − 𝐿 | corresponde a distância entre os números 𝑓(𝑥, 𝑦) e 𝐿 e


√(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 é a distância entre o ponto (𝑥, 𝑦) e o ponto (𝑎, 𝑏).

2. Assim a definição diz que a distância entre 𝑓(𝑥, 𝑦) e 𝐿 pode ser arbitrariamente pequena
se tornarmos a distância de (𝑥, 𝑦) a (𝑎, 𝑏) suficientemente pequena (mas não nula).
3. Se limite existe, 𝑓(𝑥, 𝑦) deve se aproximar do mesmo valor limite independentemente do
modo como (𝑥, 𝑦) se aproxima de (𝑎, 𝑏), assim se acharmos dois caminhos diferentes de

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aproximação ao longo dos quais 𝑓(𝑥, 𝑦) têm limites diferentes, segue então que
lim 𝑓(𝑥, 𝑦) não existe.
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Teorema
Se 𝑓(𝑥, 𝑦) → 𝐿1 , quando (𝑥, 𝑦) → (𝑎, 𝑏) ao longo do caminho C1, e 𝑓(𝑥, 𝑦) → 𝐿2 , quando
(𝑥, 𝑦) → (𝑎, 𝑏) ao longo do caminho C2 com L1 ≠ L2, então lim 𝑓(𝑥, 𝑦) não existe.
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Exemplo
𝑥 2 −𝑦 2
a) Mostre que lim não existe.
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥 2 +𝑦 2

𝑥2
Vamos precisar aproximar (0,0) ao longo do eixo 𝑥 tomando 𝑦 = 0 temos 𝑓(𝑥, 0) = 𝑥 2 = 1 para
todo 𝑥 ≠ 0, logo 𝑓(𝑥, 𝑦) → 1 quando (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo do eixo 𝑥.

𝑥𝑦
b) Se 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 +𝑦 2, será que lim 𝑓(𝑥, 𝑦) existe?
(𝑥,𝑦)→(0,0)

0
Se 𝑦 = 0 temos 𝑓(𝑥, 0) = 𝑥 2 = 0 , 𝑥 ≠ 0, portanto 𝑓(𝑥, 𝑦) → 0, quando (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo
do eixo 𝑥 .
0
Se 𝑥 = 0, então 𝑓(0, 𝑦) = 𝑦 2 = 0, 𝑦 ≠ 0. Assim 𝑓(𝑥, 𝑦) → 0 quando (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo do
eixo 𝑦.
Apesar de termos encontrado valores idênticos caminhando sobre os eixos x e y, não podemos
afirmar que esse limite exista, dado por 0.

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Vamos agora aproximar de (0,0) ao longo de outra recta, por exemplo 𝑦 = 𝑥 para todo 𝑥 ≠ 0

1
Logo 𝑓(𝑥, 𝑦) → 2 quando (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo de 𝑦 = 𝑥, como obtivemos valores diferentes
para o limite ao longo de caminhos diferentes, podemos afirmar que o limite dado não existe.
𝑥𝑦 2
c) Se 𝑓(𝑥, 𝑦) = será que lim 𝑓(𝑥, 𝑦) existe?
𝑥 2 +𝑦 4 (𝑥,𝑦)→(0,0)

Considerando a solução do exemplo b), fazendo (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo de uma recta não-
vertical que passa pela origem 𝑥 = 0 𝑦 = 0 𝑦 = 𝑥, 𝑓(𝑥, 𝑦) → 0. Tomemos 𝑦 = 𝑚𝑥, onde 𝑚 é a
𝑥(𝑚𝑥)2 𝑚2 𝑥 3 𝑚2 𝑥
inclinação da recta e 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑓(𝑥, 𝑚𝑥) = 𝑥 2 +(𝑚𝑥)4 = 𝑥 2 +𝑚4 𝑥 4 = 1+𝑚4 𝑥 2 , portanto 𝑓(𝑥, 𝑦) → 0
quando (𝑥, 𝑦) → (0,0) ao longo de 𝑦 = 𝑚𝑥.

Como caminhos diferentes levaram a resultados diferentes, o limite não existe.


1
Para algumas funções, é fácil reconhecer que um limite não existe, por exemplo lim
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥 2 +𝑦 2
não existe pois os valores de 𝑓(𝑥, 𝑦) crescem ilimitadamente quando (𝑥, 𝑦) se aproxima de (0,0) por
qualquer caminho.

Vamos agora olhar o caso onde o limite existe, como para a função de uma única
variável, o cálculo de limite de funções com duas variáveis pode ser muito simplificado usando-
se as propriedades dos limites.
As leis do limite para funções de uma variável podem ser estendidas para as
funções de duas variáveis.

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❖ O limite da soma é a soma dos limites, o limite do produto é o produto dos


limites, e assim por diante.
❖ Em particular, as seguintes equações são verdadeiras.
o lim 𝑥 = 𝑎, lim 𝑦 = 𝑏, lim 𝑐 = 𝑐.
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏) (𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏) (𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

❖ O teorema do confronto também vale.


Alguém lembra desse teorema?
Se 𝑓(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥) ≤ ℎ(𝑥) quando 𝑥 está próximo de 𝑎 (excepto possivelmente em
𝑎) e lim 𝑓(𝑥) = lim ℎ(𝑥) = 𝐿 então lim 𝑔(𝑥) = 𝐿
𝑥→𝑎 ℎ→𝑎 𝑥→𝑎

Alguém pode adequar a função de duas variáveis.


Se 𝑓(𝑥, 𝑦) ≤ 𝑔(𝑥, 𝑦) ≤ ℎ(𝑥, 𝑦) quando (𝑥, 𝑦) está próximo de (𝑎, 𝑏) excepto
possivelmente em (𝑎, 𝑏) e e lim 𝑓(𝑥, 𝑦) = lim ℎ(𝑥, 𝑦) = 𝐿
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏) (𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)
então lim 𝑔(𝑥, 𝑦) = 𝐿 .
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Se 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑔(𝑥, 𝑦) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 (𝑥, 𝑦) 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜(𝑎, 𝑏) 𝑒 lim 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐿 então


(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)
lim 𝑔(𝑥, 𝑦) = 𝐿.
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)

Continuidade de Funções de duas Variáveis


Outro elemento de importância para o cálculo de limite de funções de uma única variável é a
definição de função continua, ou seja, a condição lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)
𝑥→𝑎

Funções contínuas de duas variáveis também são definidas pela propriedade da


substituição direta:
Definição
Uma função de duas variáveis é dita contínua em (𝑎, 𝑏) se lim 𝑓(𝑥, 𝑦) =
(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏)
𝑓(𝑎, 𝑏)
Observações
1. Dizemos que 𝑓é contínua em 𝐷 se 𝑓 for contínua em todo ponto (𝑎, 𝑏) de 𝐷.
2. O significado intuitivo de continuidade é que a superfície que corresponde ao gráfico de
uma função contínua não tem buracos ou rupturas;
3. Usando as propriedades dos limites, podemos ver que a soma, diferença, produto e
quociente de funções contínuas são contínuas em seus domínios;

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4. Uma soma de termos da forma 𝑐𝑥 𝑛 𝑦 𝑚 , onde 𝑐 é uma constante, 𝑦, m e n são números


inteiros não negativos, se chama função polinomial de duas variáveis ou simplesmente
polinómio;
5. Uma função racional é uma razão de polinómios;
6. As funções polinomiais são contínuas em todo 𝐼𝑅 2 e qualquer função racional é contínua
em seu domínio (por quê?).
R) Por ser quociente de funções polinomiais.
Exemplos Verifique se as funções são continuas no ponto dado.
𝑠𝑒𝑛(𝑥 2 +𝑦 2 )
𝑠𝑒 (𝑥, 𝑦) ≠ (0,0)
1. Seja 𝑓(𝑥, 𝑦) = { 𝑥 2 +𝑦 2
1 𝑠𝑒 (𝑥, 𝑦) = (0,0)
2
É contínua em todo 𝐼𝑅
𝑠𝑒𝑛(𝑥 2 + 𝑦 2 )
lim = 1 = 𝑓(0,0)
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2 + 𝑦2
𝑥 2 −𝑦 2
2. Onde a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 +𝑦 2 é contínua?

R) Como 𝑓 é uma função racional, ela é contínua em seu domínio, ou seja 𝐷 = {(𝑥, 𝑦) /
(𝑥, 𝑦) ≠ (0,0)}.
A função é descontínua em (0,0), pois ela não está definida nesse ponto, ainda sem falar de
𝑥 2 −𝑦2
comportamento lim 2 2 não existe.
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥 +𝑦

𝑥 2 −𝑦 2
𝑠𝑒 (𝑥, 𝑦) ≠ (0,0)
3.Seja 𝑔(𝑥, 𝑦) = {𝑥 2 +𝑦 2
0 𝑠𝑒(𝑥, 𝑦) = (0,0)
Aqui 𝑔(𝑥, 𝑦) está definida em (0,0), mas ainda assim 𝑔 é descontínua em (0,0) porque
lim 𝑔(𝑥, 𝑦) não existe (primeiro exercício).
(𝑥,𝑦)→(0,0)

4. Calcule lim (𝑥 2 𝑦 3 − 𝑥 3 𝑦 2 + 3𝑥 + 2𝑦)


(𝑥,𝑦)→(1,2)

R) lim ( 𝑥 2 𝑦 3 − 𝑥 3 𝑦 3 + 3𝑥 + 2𝑦) = 12 ∗ 23 − 12 ∗ 23 + 3 ∗ 1 + 2 ∗ 2 = 11
(𝑥,𝑦)→(1,2)

Como 𝑓(𝑥, 𝑦) é um polinómio, ela é contínua em qualquer lugar, portanto, podemos calcular seu
limite pela substituição direta.

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5𝑥+1 𝜋𝑧
5. a)Calcule lim 𝑥−𝑦 b) lim 𝑒 −𝑥𝑦𝑠𝑒𝑛( 2 )
(𝑥,𝑦)→(2,1) (𝑥,𝑦,𝑧)→(3,0,1)

5a. Evidentemente (2,1) ∈ 𝑑𝑜𝑚 𝑓(𝑥, 𝑦) pois 𝑓 contínua em (2,1) e


𝑑𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐼𝑅 2 / 𝑥 ≠ 𝑦}

5𝑥+3 13
Logo lim = = 13
(𝑥,𝑦)→(2,1) 𝑥−𝑦 1

5𝑥+3
Agora calcule lim
(𝑥,𝑦)→(1,1) 𝑥−𝑦

R) (1,1) ∉ 𝑑𝑜𝑚 𝑓, 𝑓 não é contínua em (1,1)

Quando o ponto (𝑥, 𝑦) se aproxima do ponto (1,1) os valores de 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑚 𝑒 crescem
ilimitadamente.
Cálculo de Limites envolvendo Indeterminações
𝑥 2 −𝑦 2
Calcule: a) lim
(𝑥,𝑦)→(1,1) 𝑥−𝑦

𝑥 2 −𝑦 2 0 (𝑥−𝑦).(𝑥+𝑦)
R) lim =[ ] lim
(𝑥,𝑦)→(1,1) 𝑥−𝑦 0 (𝑥,𝑦)→(1,1) (𝑥−𝑦)

lim = (𝑥 + 𝑦) = lim (1 + 1) = 2
(𝑥,𝑦)→(1,1) (𝑥,𝑦)→(1,1)

𝑠𝑒𝑛(𝑥+𝑦) 0
𝑏) lim 𝑥+𝑦 = [0]
(𝑥,𝑦)→(0,0)

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𝑠𝑒𝑛(𝑥+𝑦) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Fazendo 𝑥 + 𝑦 = 𝑡; 𝑡 = 0 + 0 = 0, 𝑡 → 0 . lim 𝑥+𝑦 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 =1
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑡

𝑐) lim (1 + 𝑥𝑦)𝑥𝑦 = [1∞ ]


(𝑥,𝑦)→(0,0)

1
1
Fazendo 𝑥𝑦 = 𝑡; 𝑡 = 0𝑥0 = 0, 𝑡 → 0 . lim (1 + 𝑥𝑦)𝑥𝑦 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 (1 + 𝑡) 𝑡 = 𝑒
(𝑥,𝑦)→(0,0)

𝑥𝑦−1 (𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1) (𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1)


d) lim
0
[0] lim = lim =2
(𝑥,𝑦)→(1,1) √𝑥𝑦−1= (𝑥,𝑦)→(1,1) √𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1)
( (𝑥,𝑦)→(1,1)
(𝑥𝑦−1)

𝑥 2 +𝑦 2 0 (𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦 2 +1+1)
e) lim √𝑥 2 +𝑦2 +1−1 = [0] lim 2 2 2 2 =
(𝑥,𝑦)→(0,0) (𝑥,𝑦)→(0,0) (√𝑥 +𝑦 +1−1)(√𝑥 +𝑦 +1+1)
(𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦2 +1+1)
lim 2
(√𝑥 2 +𝑦 2 +1) −12
=
(𝑥,𝑦)→(0,0)

(𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦2 +1+1) (𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦 2 +1+1)


lim = lim =
𝑥 2 +𝑦 2 +1−1 (𝑥,𝑦)→(0,0) (𝑥 2 +𝑦 2 )
(𝑥,𝑦)→(0,0)

lim (√𝑥 2 + 𝑦 2 + 1 + 1) = 2
(𝑥,𝑦)→(0,0)

1− cos (𝑥 2 +𝑦2 ) 0
f) lim 𝑥 2 +𝑦 2 = [0]
(𝑥,𝑦)→(0,0)
1− cos (𝑥 2 +𝑦2 )
Fazendo (𝑥 2 +𝑦 2)
= 𝑡; 𝑡 = 0 + 0 = 0, 𝑡 → 0 . lim 𝑥 2 +𝑦 2 =
(𝑥,𝑦)→(0,0)
1−𝑐𝑜𝑠(𝑡) 0
𝑙𝑖𝑚𝑡→0 = [ 0]
𝑡
1 − 𝑐𝑜𝑠(𝑡) (1 − 𝑐𝑜𝑠(𝑡))(1 + 𝑐𝑜𝑠(𝑡))
𝑙𝑖𝑚𝑡→0 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0
𝑡 𝑡(1 + 𝑐𝑜𝑠(𝑡))
(1− cos2(𝑡)) sen2 (𝑡)
= 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 𝑡(1+𝑐𝑜𝑠(𝑡)) = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 𝑡(1+𝑐𝑜𝑠(𝑡)) = 0

𝑥 2 −𝑦 2 0 (𝑥−𝑦).(𝑥+𝑦)
R) lim =[ ] lim
(𝑥,𝑦)→(1,1) 𝑥−𝑦 0 (𝑥,𝑦)→(1,1) (𝑥−𝑦)

𝑠𝑒𝑛(𝑥+𝑦) 0
𝑏) lim 𝑥+𝑦 = [0]
(𝑥,𝑦)→(0,0)

𝑠𝑒𝑛(𝑥+𝑦) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Fazendo 𝑥 + 𝑦 = 𝑡; 𝑡 = 0 + 0 = 0, 𝑡 → 0 . lim 𝑥+𝑦 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 =1
(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑡

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𝑐) lim (1 + 𝑥𝑦)𝑥𝑦 = [1∞ ]


(𝑥,𝑦)→(0,0)

1
1
Fazendo 𝑥𝑦 = 𝑡; 𝑡 = 0𝑥0 = 0, 𝑡 → 0 . lim (1 + 𝑥𝑦)𝑥𝑦 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 (1 + 𝑡) 𝑡 = 𝑒
(𝑥,𝑦)→(0,0)

𝑥𝑦−1 (𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1) (𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1)


lim
0
= lim =2
g)
(𝑥,𝑦)→(1,1) √𝑥𝑦−1= [0] lim
(𝑥,𝑦)→(1,1) √𝑥𝑦−1)(√𝑥𝑦+1)
( (𝑥,𝑦)→(1,1)
(𝑥𝑦−1)

𝑥 2 +𝑦 2 0 (𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦 2 +1+1)
h) lim √𝑥 2 +𝑦2 +1−1 = [0] lim 2 2 2 2 =
(𝑥,𝑦)→(0,0) (𝑥,𝑦)→(0,0) (√𝑥 +𝑦 +1−1)(√𝑥 +𝑦 +1+1)
(𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦2 +1+1)
lim (√𝑥 2 +𝑦 2 +1) −12
2 =
(𝑥,𝑦)→(0,0)

(𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦2 +1+1) (𝑥 2 +𝑦 2 )(√𝑥 2 +𝑦 2 +1+1)


lim = lim =
𝑥 2 +𝑦 2 +1−1 (𝑥,𝑦)→(0,0) (𝑥 2 +𝑦 2 )
(𝑥,𝑦)→(0,0)

lim (√𝑥 2 + 𝑦 2 + 1 + 1) = 2
(𝑥,𝑦)→(0,0)

1− cos (𝑥 2 +𝑦2 ) 0
i) lim 𝑥 2 +𝑦 2 = [0]
(𝑥,𝑦)→(0,0)
1− cos (𝑥 2 +𝑦2 )
j) Fazendo (𝑥 2 + 𝑦 2 ) = 𝑡; 𝑡 = 0 + 0 = 0, 𝑡 → 0 . lim 𝑥 2 +𝑦 2 =
(𝑥,𝑦)→(0,0)
1−𝑐𝑜𝑠(𝑡) 0
𝑙𝑖𝑚𝑡→0 = [0]
𝑡
1 − 𝑐𝑜𝑠(𝑡) (1 − 𝑐𝑜𝑠(𝑡))(1 + 𝑐𝑜𝑠(𝑡))
𝑙𝑖𝑚𝑡→0 = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0
𝑡 𝑡(1 + 𝑐𝑜𝑠(𝑡))
(1− cos2(𝑡)) sen2 (𝑡)
= 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 𝑡(1+𝑐𝑜𝑠(𝑡)) = 𝑙𝑖𝑚𝑡→0 𝑡(1+𝑐𝑜𝑠(𝑡)) = 0

Composições de Funções
Como para as funções de uma variável, a composição é outra maneira de combinar funções
contínuas para obter outra também contínua.
De facto, pode ser mostrado que 𝑔 é uma função contínua de uma única variável definida na
imagem de 𝑔, a função composta ℎ: 𝑓𝑜𝑔 definida por ℎ(𝑥, 𝑦) = 𝑓(𝑔(𝑥, 𝑦)) é também contínua
em seu domínio de definição.

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𝑦
Onde a função ℎ(𝑥, 𝑦) = arctan(𝑥 ) é contínua?
𝑦
R) A função 𝑔(𝑥, 𝑦) = 𝑥 é racional, logo é contínua em todo lugar excepto sobre a recta 𝑥 = 0

Como a função 𝑓(𝑡) = arctan(𝑡) é contínua em qualquer lugar, a função composta


𝑦
𝑓(𝑔(𝑥, 𝑦)) = arctan(𝑥 ) é contínua excepto onde 𝑥 = 0.

𝑠𝑒𝑛(𝑥𝑦)
Determine o maior conjunto no qual a função é contínua 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 −𝑦 2

𝐷𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐼𝑅 2 / 𝑥 ≠ 2𝑙𝑛𝑦}


𝑒 𝑥 − 𝑦2 = 0
𝑥
𝑒 𝑥 = 𝑦2, 𝑦 = ±√𝑒 𝑥 , 𝑦 = ± 𝑒 2
𝑙𝑛 𝑒 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑦 2
Plano B
𝑥 = 𝑙𝑛 𝑦 2 , 𝑒 𝑥 = 𝑦 2
𝑥
𝐷𝑜𝑚𝑓 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐼𝑅 2 / 𝑦 ≠ ±𝑒 2 }
𝑒 𝑥 = 𝑦2

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Referências Bibliográficas:
1. O Cálculo com Geometria Analítica vol II – Louis Leithold
2. Cálculo diferencial (Análise Matemática) vol. I e II – Beirão
3. Cálculo diferencial e integral (Análise Matemática) vol. II– N.S.Piskonouv- Lisboa
4. Cálculo B – vol II – Diva Flemming - Florianópolis: Pearson Education
5. Cálculo – Um Novo Horizonte vol II – Howard Anton
6. Cálculo II – vol II – James Stewart.

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