USP - Universidade de São Paulo / Escola Politécnica

PTR - Departamento de Engenharia de Transportes

PTR 3321 – Projeto de Vias de Transporte - 2 Semestre de 2022

EXERCÍCIO 1 – PROJETO
Gabarito Detalhado
Este gabarito irá detalhar a resolução do exercício proposto para o conjunto de coordenadas abaixo. O raciocínio
é análogo para os demais casos.

Nº de ESTACA 1 ESTACA 2
Nome do Aluno
Ordem N E N E
9 Bruna Rangel Cunha 320532,639 103560,546 320532,388 103558,562

a) As estacas (módulos de 20,000m) dos pares de coordenadas (N, E) dados na TABELA 2.

Inicialmente, precisamos das coordenadas do PC da Curva Circular 5 do Projeto de Referência, bem como o Raio
da curva:

𝑁𝑃𝐶5 = 320.536,004

𝐸𝑃𝐶5 = 103.580,571

𝑅 = 275 𝑚

Em seguida, calcula-se o tamanho da corda (reta) entre os pontos PC5 e a ESTACA 1:

𝑑𝐸𝑆𝑇1 = √(𝑁𝑃𝐶5 − 𝑁𝐸𝑆𝑇1)2 + (𝐸𝑃𝐶5 − 𝐸𝐸𝑆𝑇1)2

𝑑𝐸𝑆𝑇1 = 20,305 𝑚

Com essa corda, podemos calcular a parcela do ângulo AC que é relativa à ESTACA 1:
𝐴𝐶
𝑑 = 2 ∙ 𝑅 ∙ 𝑠𝑒𝑛
2

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𝑑𝐸𝑆𝑇1
𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇1 = 2 ∙ 𝑎𝑠𝑒𝑛 ( )
2∙𝑅
𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇1 = 0,074 𝑟𝑎𝑑

Com o ACEST1, podemos calcular o desenvolvimento do arco que vai de PC5 até a ESTACA 1:

𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇1 = 𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇1 ∙ 𝑅

𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇1 = 20,310 𝑚

Transformando a estaca de PC5 em metros (estacas com módulo de 20,000 metros), obtém-se:

𝑃𝐶5 = 1295 + 3,690

𝑃𝐶5 = 20 ∙ 1295 + 3,690

𝑃𝐶5 = 25903,690 𝑚

Com isso, podemos obter o comprimento correspondente à ESTACA 1:

𝐸𝑆𝑇1 = 𝑃𝐶5 + 𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇1

𝐸𝑆𝑇1 = 25924,000 𝑚

Convertendo este comprimento em estacas de módulo de 20,000 metros:

25924,000
= 1296,2 → 1296
20,000
25924,000 − (20 ∙ 1296) = 4,000 𝑚

𝑬𝑺𝑻𝑨𝑪𝑨 𝟏 = 𝟏𝟐𝟗𝟔 + 𝟒, 𝟎𝟎𝟎

Para a ESTACA 2, voltamos a calcular a corda entre ela e PC5:

𝑑𝐸𝑆𝑇2 = √(𝑁𝑃𝐶5 − 𝑁𝐸𝑆𝑇2)2 + (𝐸𝑃𝐶5 − 𝐸𝐸𝑆𝑇2)2

𝑑𝐸𝑆𝑇2 = 22,304 𝑚

Calcula-se então o AC referente à ESTACA 2:

𝑑𝐸𝑆𝑇2
𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇2 = 2 ∙ 𝑎𝑠𝑒𝑛 ( )
2∙𝑅
𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇2 = 0,081 𝑟𝑎𝑑

Calculando o Desenvolvimento Circular:

𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇2 = 𝐴𝐶𝐸𝑆𝑇2 ∙ 𝑅

𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇2 = 22,310 𝑚

Foi calculado anteriormente que PC5 = 25903,690 m. Assim:

𝐸𝑆𝑇2 = 𝑃𝐶5 + 𝐷𝐶𝐸𝑆𝑇2

𝐸𝑆𝑇2 = 25926,000 𝑚

25926,000
= 1296,3 → 1296
20,000
25926,000 − (20 ∙ 1296) = 6,000 𝑚
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𝑬𝑺𝑻𝑨𝑪𝑨 𝟐 = 𝟏𝟐𝟗𝟔 + 𝟔, 𝟎𝟎𝟎

b) As coordenadas (N, E) da interseção das retas dadas pela Corda da Curva 5 (reta PC5 / PT5) e pela
reta que passa na Estaca 1 e é normal a Corda daquela.

Iniciaremos obtendo as coordenadas dos pontos PC e PT da Curva Circular 5 do Projeto de Referência:

𝑁𝑃𝐶5 = 320.536,004

𝐸𝑃𝐶5 = 103.580,571

𝑁𝑃𝑇5 = 320.644,652

𝐸𝑃𝑇5 = 103.301,851

Em seguida, iremos calcular a equação da reta que passa por PC5 e PT5. A equação da reta é dada por:

𝑦=𝐴∙𝑥+𝐵

O valor de A pode ser obtido por:

𝑁𝑃𝑇5 − 𝑁𝑃𝐶5
𝐴=
𝐸𝑃𝑇5 − 𝐸𝑃𝐶5

𝐴 = −0,390

Com o valor de A, podemos obter B pela equação da reta:

𝑦=𝐴∙𝑥+𝐵

𝑁𝑃𝐶5 = 𝐴 ∙ 𝐸𝑃𝐶5 + 𝐵

𝐵 = 360912,699

𝑦 = −0,390 ∙ 𝑥 + 360912,699

O ponto de interseção é obtido determinando a equação da reta que é perpendicular à corda PT5 – PC5 e que
passa pela ESTACA 1. Se duas retas 1 e 2 são perpendiculares entre si, existe uma relação entre o coeficiente
de inclinação de ambas as retas:
1
𝑚1 = −
𝑚2

Dessa forma, a inclinação da reta perpendicular é:

1
𝐶=−
𝐴
𝐶 = 2,565

Com isso, é possível obter a equação da reta perpendicular:

𝑦=𝐶∙𝑥+𝐷

𝑁𝐸𝑆𝑇1 = 𝐶 ∙ 𝐸𝐸𝑆𝑇1 + 𝐷

𝐷 = 54863,040

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𝑦 = 2,565 ∙ 𝑥 + 54863,040

Com ambas as equações, conseguimos calcular as coordenadas do ponto de interseção:

𝐷−𝐵
𝐸𝐼𝑁𝑇 =
𝐴−𝐶
𝑬𝑰𝑵𝑻 = 𝟏𝟎𝟑. 𝟓𝟔𝟒, 𝟑𝟐𝟔

𝑦=𝐴∙𝑥+𝐵

𝑁𝐼𝑁𝑇 = 𝐴 ∙ 𝐸𝐼𝑁𝑇 + 𝐵

𝑵𝑰𝑵𝑻 = 𝟑𝟐𝟎. 𝟓𝟒𝟐, 𝟑𝟑𝟔

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