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CANGAÇOS NÃO CONTADOS

o som das seis | joão martins


SUMÁRIO

NOMES DE NPC’s
pág 02 - 03
PDM’s IMPORTANTES
pág 04 - 06
JOGADORES
pág 07- 11
CAPÍTULO I: Os Águias Pretas
pág 12 - 17
CAPÍTULO II: Massacre dos Queimados
pág 18 -
CAPÍTULO III: O Roubo no Trem
pág
CAPÍTULO IV:
pág
CAPÍTULO V:
pág
SPIN-OFFS
pág

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NOMES DE NPC’s
aleatórios

NPC’s MASCULINOS; Antônio, Horácio, Gaspar, Amaro,


José, João, Zé, Manoel, Francisco, Silvano, Dico,

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Aparecido, Dega, Zeca, Luiz, Severino, Sebastião,
Tunico, Tinoco, Daltinho, Alberto, Benedito,
Jacinto, Bento, Joaquim, Bartolomeu, Gonzaga,
Jovino, Wilson, Nivaldo, Walter, Valdir, Vitor,
Toninho, Valter, Vagner, Marcel, Daniel,
Nascimento, Caetano, Martinho, Dilson, Durval,
Milton, Rivaldo.
NPC’s FEMININOS: Josefa, Terezinha, Dirce, Idete,
Antônia, Joana, Vera, Isabel, Jade, Néia, Dandara,
Maria, Cristina, Nilda, Velda, Evanilda, Girlene,
Edinalva, Doranilce, Nilce, Nelsa, Jacira,
Betânia, Isaura, Marinalva, Iolanda, Catarina,
Graça, Dora, Glória, Benedita, Mara, Georgina,
Idê, Inara, Inácia, Idalina, Francisca, Ana,
Chiquinha, Carmen, Eva, Zulmira, Zita.
APELIDOS MASCULINOS: Canário, Sabiá, Bagaço, Boca
Negra, Cajueiro, Carrasco, Chá Preto, Zói de
Cobra, Ferrugem, Faísca, Fiapo, Lua Branca,
Maçarico, Vermelho, Marreca, Pinga Fogo, Rajado,
Zé Baiano, Navalhada, Zoiudo, Mané, Bigorna, Loro,
Bocão.
APELIDOS FEMININOS: Dadá, Dedé, Déte, Dita,
Porquinha, Tieta, Cuca, Boneca, Bailarina,
Pimentinha, Foquinha, Fiona, Dona Santa, Gaia,
Dinha, Nina.
CIDADES: Iracema, Ouro Branco, Araguaia, Lagoa da
Prata, Dois Irmãos, São Juazeiro, Caraúbas, Serra
Velha, Taquari, Tamarana.

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PDM’s IMPORTANTES
backgrounds

Tião Severino
“Canhoto”
(João)

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Como aquele famoso ditado diz: “Nunca julgue o livro
pela capa”. Quem vê Severino acha que ele é um homem
idoso simples e um pouco viciado em bebidas, porém em
seus tempos de glória, protagonizou a lendária dupla
de pistoleiros mais famosa de todo o cangaço, Canhoto
e Canário.

Após viver como caçadores de recompensas por entre


essas terras secas do sertão, ele decidiu abandonar
sua dupla por causa de conflitos com Canário e o
desafiou para um duelo.

Seu apelido “Canhoto” veio após este duelo que


acabou perdendo, sendo atingido em cheio na mão
direita onde perdeu o dedo anelar e sua habilidade
com o revólver. Porém, ele sobreviveu e acabou tendo
que treinar a sua mão esquerda, adaptando seu molde e
inventando uma maneira única de atirar que ninguém
possuía.

Reza a lenda que depois daquela derrota, ele nunca


mais errou um tiro em um duelo graças a sua mão
esquerda, fazendo jus ao apelido de “Canhoto” e
virando mais uma das Lendas do Cangaço, porém ele
gostaria de reconciliar com Canário mais uma vez como
nos velhos tempos.

Nos tempos atuais, Severino vive apenas em sua


pequena fazenda na região de Caraúbas.

“Navalha”
(João)

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Criador e líder da gangue mais brutal de todo o
cangaço, Navalha possui uma história sombria.

Sua infância foi conturbada, pois seu pai foi um


bêbado. Já sua mãe foi uma prostituta que
trabalhava para um cafetão em um bordel.

Pouco se sabe sobre sua mãe e seu pai. Navalha


foi largado às traças no meio do mato quando
pequeno, quase morrendo pelos animais nativos. Ele
sobreviveu graças a uma pequena navalha que tinha
em seus bolsos, tanto que ele ainda possui essa
navalha consigo e ela é o motivo de estar vivo até
hoje.

Cresceu em meio ao mato da caatinga em casinhas


de taipa abandonadas, aprendendo o básico que pode
para sobreviver. Ele possui uma fala seca, curta e
grossa, tendo um temperamento explosivo, porém é
muito inteligente em seus planos.

Mais tarde ele formou uma gangue com pessoas que


encontrava em seu caminho, chamando de “Águias
Pretas”. Ficaram conhecidos por causa da marca que
fazem em todas as suas vítimas, um A dentro de um
círculo nas bochechas e também por seus
assassinatos brutais.

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JOGADORES
backgrounds

Chico Margarida
"Língua de Ouro"
(Yan)

Criado e vivido no interior de Minas Gerais.


Chico da Língua de Ouro como já foi conhecido por

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suas bandas, tomou seu primeiro calote que mudava
sua vida.

Saindo de seus terrenos, passou a viver à mercê


das terras do cangaço com sua fiel escudeira:
Canela Moreira. Uma égua que foi mais valente que
um monte de cabra por aí.

Foi vivendo sua vida indo de bar em bar em várias


cidades, conversando, adquirindo informações e
ouvindo histórias, sempre tendo vantagem com o
melhor preço.

Chico é filho do Coronel Peixoto, com ele


aprendeu a usar armas, mas Chico não é muito sábio
de atirar pra matar. Na fuga ele é muito bom,
porém ele nasceu com uma doença nas pernas.

Filho da Dona Margarida, Chico sabe que quando


nasceu, o médico bateu forte no joelho dele sem
querer e o deixou ferrado. Entretanto, nosso
Mineiro ainda está cativado a viver na lábia, pois
no primeiro bang-bang, ele já se esconde.

Há muito tempo nos árduos campos de mineração,


uma mulher chamada Margarida se casou com um
colono, o que fez dar a luz anos depois numa
criança mestiça, nem brasileira e nem portuguesa.

Foi crescendo em meio aos subúrbios da pequena


cidade de Ouro Preto, vivendo dos botecos e
praças, apostando e gesticulando, sua mãe o amava

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de forma rasa já que via a imagem de alguém impuro
se formando, alguém que enganava pelo próprio bem.

Seu pai voltou para Portugal pouco tempo depois,


assim que tinha seus 18 anos, Chico já era
conhecido por todo ouro preto, mas não de bom modo
já que ele era o famoso trambiqueiro, sempre tinha
o que todos queriam comprar de forma mais barata,
chegando até a falir algumas lojas.

Sua mãe morreu de febre amarela e de um dia para


o outro Chico estava sozinho no mundo, já não
gostava de ficar naquela cidade pois todos não
gostavam dele. Chico partiu rumo a Salvador,
conhecido por Língua de Ouro, já que sempre tinha
argumentos para se safar de qualquer briga, sendo
sua marca registrada uma boina com uma fina
armação de ouro, deixando ela única.

Nos tempos atuais, Chico não está mais na ativa e


não usa sua boina, pois sente que virá trazer a
tona mais uma vez o homem que já não é mais.

Cássia Diaz
(Karol)

Ela é uma pistoleira implacável, com olhos de


fogo e um coração de pedra. Seu pai, líder nato de
uma gangue chamada Irmãos Diaz, aterrorizava as
podres almas das pessoas ricas do sertão.

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Cássia era a mão direita do seu pai e tio, Zé e
Zeca Diaz. Durante sua vida no bando, aprendeu a
se virar no perigo, mas em um dia tudo isso mudou.

Cristina, filha de um coronel local, conquistou


em um relance seu difícil coração na praça de uma
pequena cidade e desde então elas começaram a ter
um caso proibido.

Tudo ia bem até a fatídica noite do dia 2 de


agosto de 1875. Quando seu pai descobriu o
relacionamento da sua filha e decidiu matar a
sangue frio seu amor na frente de Cássia.
Começando um tiroteio que matou várias pessoas
inclusive seu tio Zeca Diaz, porém Cássia
conseguiu escapar deste caos.

Assim como a fúria de uma onça, ela jurou


vingança contra seu próprio pai e todos os outros
membros do bando.

Teodoro Araruna
“Machado”
(Dhavi)

Teodoro Araruna fazia parte de um culto indígena


chamado “Queimados”. Um culto que queimava
símbolos na própria pele como forma de
“iniciação”, além de serem canibalistas. Os

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Queimados tem origem indígena de uma religião
local que teve seus valores retorcidos.

Crescido em volta do culto, no dia de sua


“iniciação” Teodoro conseguiu fugir, pois não
concordava com os princípios do seu povo. Por um
tempo ele ficou escondido até que um dia acabou
sendo encontrado, torturado e jogado nas brasas da
fogueira. Perdendo a visão de um de seus olhos.

Entretanto, Teodoro foi salvo por Carrasco. Um


cangaceiro que passava pela região, viu todo
aquele ritual e resolveu ajudá-lo da morte súbita.

Eventualmente, Carrasco introduziu Teodoro em seu


bando chamado: "Os Ventania de Chumbo". Lá teve
seu primeiro contato com armas de fogo e se tornou
o caolho mais preciso daquelas bandas.

Após alguns anos de vida no cangaço, Teodoro


decidiu seguir seu rumo. Apelidado de “Machado”,
ele ainda mantém contato com Os Ventania de
Chumbo.

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CAPÍTULO I
os águias pretas

I.

A nossa história começa em 1880, no interior do


Brasil, nas terras secas do sertão nordestino, uma
terra com pouca água, que possui leis desiguais e
onde tudo se resolve por meio da bala. Por conta
da escassez da chuva e do clima quente, a
vegetação do lugar é árida, pálida e sem graça. As
pessoas que vivem nessas bandas lutam dia após dia

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para sobreviverem, seja por meio da esperança ou
por meio da dor.

- Mestre: Karol, descreva sua personagem.

Você está cavalgando rumo ao horizonte, atrás de


ti a poeira se alastra pelas patas do seu cavalo.
Nada parece te abalar, porém há um grande remorso
guardado dentro de você e parece como um câncer
que te destrói todos os dias ao acordar e ao ir
dormir. A vingança é o que move seu corpo e seus
dias parecem passar rápidos demais.

Aos fundos, você vê algumas montanhas e canyons,


também há uma vegetação baixa com poucos arbustos,
cactos e árvores secas ou com poucas folhas. Uma
típica vegetação de Cerrado Brasileiro misturada
com o deserto do Oeste Americano. Enquanto
cavalga, lá longe você começa a enxergar uma
encruzilhada com alguns urubus voando em círculos
e chegando mais perto você vê alguns homens e
mulheres no chão e em volta deles há algumas
pegadas e muitas poças de sangue.

Assim, você confirma sua hipótese, a morte veio


cobrá-las mais cedo.

Em cada rosto de todos os mortos, algo te chama a


atenção, você vê cortes de navalha e neles está
escrito a primeira letra do alfabeto, um “A”
dentro de um círculo bem grande nas bochechas de
cada um dos corpos.

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Após ver esse massacre, tu enxerga uma placa com
uma cabeça de touro escrita:

- CARAÚBAS a 5 Km.

- Mestre: O que você faz?

Cássia parte em disparada para o pequeno


vilarejo. Em sua cabeça passa uma série de
perguntas nas quais ela não sabe a resposta, porém
ela descobrirá.

- Mestre: Yan e Dhavi, por favor descrevam seus


personagens.

Vocês estão em um lugar no qual já sabem.


Exatamente, no pequeno bar da vila que se chama
“Tudo Menos Água”. Aqui acontece de tudo e mais um
pouco, hoje aparenta ser mais um dia normal, não
possuindo muitas pessoas presentes, mas o clima do
local está bem tranquilo e alegre.
O Yan e o Dhavi estão em uma mesa jogando truco
com outros dois cabras.

Vocês estão na mão de onze e ganhando de lavada


graças aos seus maços imperceptíveis, é a última
rodada e você começa.

- Mestre: O que você faz?

(Neste momento o mestre irá pedir para que seu


jogador role 3d6 e dependendo do resultado, eles

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ganham a partida de truco ou não).

OBS: Nessa parte da história vai ser o roleplay


liberado dos personagens, onde eles se encontram e
se conhecem, interagindo com o local até a chegada
da Cássia na cidade. Primeiro vão se conhecer
Chico e Teodoro, depois conhecem a Cássia e por
último durante a batalha eles conhecem o Canhoto.

Cássia, você chega ao pequeno vilarejo e já está


anoitecendo, você vê algumas casas de taipa,
outras de madeira, um bar com uma placa escrito:
“Tudo Menos Água”, também tem um celeiro e uma
pequena capelinha no centro da cidade. Porém há
pouca movimentação na rua, quase não se vê uma
alma viva, a não ser os bêbados cambaleando ou
vomitando na estrada após sair do bar

- Mestre: O que você faz?

Ao entrar no bar naquelas portas típicas de velho


oeste que vai e vem, você vê que todas as cabeças
do local se viram pra você, todos te encaram de
cima a baixo, no ar fica um estranho silêncio,
porém em poucos segundos tudo volta ao normal.

OBS: Neste momento, Cássia entra e faz o que ela


quer, até a chegada dos águias pretas.

De repente, vocês e todos que estão presentes no


bar escutam um tiro de revólver pro alto bem
barulhento e outro tiro que acerta um homem que

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estava fumando em pé encostado ao lado da janela,
estraçalhando a vidraça e machucando algumas
pessoas próximas.

Após isso, um homem do lado de fora fala:

- Boca Negra: APAREÇA, APAREÇA DESGRAÇADO! VIM


RESOLVER AS CONTAS COM VOCÊ. EU DISSE QUE IRIA
VOLTAR E DESSA VEZ NÃO VAI TER MISERICÓRDIA!.

Nesse momento, Durval (dono do bar) começa a


ficar tenso, porém com raiva. Ele fala:

- Eles chegaram Adauto! Eles Chegaram!

Um homem que está vestindo quase igual eu, está


sentado em frente ao balcão tomando seu whisky
tranquilamente, se levanta e vai até as portas do
bar com a mão perto do coldre

- Mestre: O que vocês fazem?

OBS: Neste momento, vai acontecer a interação dos


jogadores com a gangue e tudo que os jogadores
pretendem fazer antes do combate. Durante isso, o
capanga que estará segurando Daniel, vai matar a
sangue frio na frente de todos, começando o
primeiro bang-bang do RPG.

CONCLUSÃO: Caso os personagens vencem e matem


todos os capangas das Águias Pretas, no bolso do
“líder” vai estar um bilhete e uma carta, lá vai
estar escrito uma senha de um cofre e uma carta

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dizendo que o “líder” iria se encontrar com alguém
chamado "Z", esse "Z" seria o pai da Cássia.

II.

Anteriormente na nossa última sessão, nossos


cangaceiros Cássia, Chico, Machado e Tião tiveram
suas vidas entrelaçadas por conta de um tiroteio
no bar “Tudo Menos Água” do Durval.

Após uma jogatina de truco, sinuca e algumas


rodadas de bebidas, apareceram alguns bandidos e
houve um tiroteio por todos os lados, com vocês
levando a melhor desta vez.

Com isso, descobriram que havia uma carta no


bolso do “líder” dos bandidos contendo a seguinte
mensagem:

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- “Encontro você lá em Ouro Branco. Eu sei que
posso voltar a ativa outra vez.” Também havia uma
sequência de números que eram: 055-661. Assinado:
“Z”.

Vocês ficam com várias dúvidas na cabeça, se


perguntando quem é Navalha, Os Águias Pretas, esse
tal de “Z”, qual que é a desses números e muito
mais.

Depois do tiroteio, vocês dão um nome a gangue:


“Os Trem das Onze”. Com o ponteiro do relógio às
11h da noite em ponto, iluminado por uma lua cheia
vindo para dentro do bar do Durval em Caraúbas.

Nosso Chico após beber algumas, briga com seu


companheiro Machado dando um tapa na cara dele e
todos ficando chocados com a cena, porém foi
engraçada.

Assim vocês partem para a casa do Tião para


passarem a noite lá e acordam no dia seguinte,
tomam seus cafés, passam em uma loja de bugigangas
no centro da cidade e enfim partem rumo a Ouro
Branco, ficando a Oeste e dando alguns dias de
viagem.

Com a bússola emprestada por Chico, Tião


encaminha o grupo rumo a Ouro Branco, após dois
dias de viagem, vocês decidem acampar e todos que
estavam em volta da fogueira foram contando um
pouco de sua história para se conhecerem melhor.

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Após esse momento, Tião pega seu violão e começa
a arranhar algumas notas nele enquanto Chico faz a
percussão. Depois disso, cada um vai a sua barraca
para dormir no acampamento.

A noite está limpa, há poucas estrelas no céu e


também há uma lua cheia muito grande iluminando
essas terras que muitos dizem ser amaldiçoadas.

Cada um de vocês tem manchas do passado que


parecem persegui-los a vida inteira, porém a
noite vem tudo à tona, alguns conseguem lidar com
isso e outros não.

Machado, você tem um pesadelo onde estava sendo


queimado e acorda no meio da madrugada assustado.

Você escuta alguma coisa vindo do lado de fora.

- Mestre: O que você faz?

OBS: Neste momento, os jogadores são


surpreendidos por um bando de coiotes comendo um
veado morto e lutam para sobreviverem.

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20
SPIN-OFFS
backgrounds

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Irmãos Diaz

Formado pela Família Diaz, sendo os líderes Zé e


Zeca Diaz, são uma gangue de cangaceiros que
viviam roubando dos ricos e doando aos pobres.

Antes dessa vida perigosa, a Família Diaz eram


moradores de uma vila pequena do interior de
Pernambuco. A patriarca da família: Inácia Diaz,
era uma fazendeira e cuidava de sete crianças
junto com seu fiel esposo Bento Diaz, porém tudo
isso iria mudar.

Durante o verão de 1850 teve uma Grande Seca que


veio para ficar quase uma década inteira. Assim, a
Família Diaz acabou perdendo seus rebanhos e suas
plantações por conta da falta de água, com isso
Seu Bento disse a sua família que iria tentar uma
nova vida na cidade grande e voltaria para buscá-
los dessa desgraça que estavam passando.

Depois desse dia, Seu Bento nunca mais voltou e


sua família nunca soube o que aconteceu com ele,

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Dona Inácia teve que cuidar sozinha de sete
crianças sem possuir nada em suas mãos.

O tempo passou e seus filhos foram crescendo,


porém a vida não deu uma segunda chance a ela.
Dona Inácia contraiu febre amarela e partiu dessa
para melhor, deixando seus filhos sozinhos no
mundo.
Zé Diaz, filho mais velho da família e agora
responsável pelo seus irmãos, não sabia o que
fazer. Sua mãe havia morrido e Zé teve que se
virar fazendo o que sabia de melhor para
sobreviver, furtando e roubando pessoas.

Nisso, ele ensinou aos seus irmãos suas


peripécias e juntos viviam de pequenos furtos em
algumas cidades. Mais tarde, acabou formando uma
gangue que se chamou “Irmãos Diaz” e se tornou o
líder, sendo seu irmão Zeca Diaz,o segundo mais
velho, seu braço direito.

A gangue possuía uma única regra simples que era:


“NUNCA ROUBE DOS NECESSITADOS”.

Eles sabiam muito bem sobre a desgraça de ser um


pobre e tinham empatia por eles, sendo o único
alvo dos Diaz os ricos.

Por muito tempo os Irmãos Diaz ficaram em ação


espalhando seu nome pelo sertão nordestino. Tanto
que alguns irmãos morreram pelo caminho e outros
tendo famílias, como no caso do Zé que teve uma
filha chamada Cássia e aprendeu na prática a
sobreviver nesse mundo da pior maneira possível.

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Porém tudo nessa vida acaba e não foi diferente
com os Irmãos Diaz. Em 1875 teve “O Massacre de
Araguaia”, onde começou um tiroteio entre os
Irmãos Diaz e a polícia local, muitos morreram
sobrando apenas Zé e sua filha Cássia. Porém, a
gangue se desfez e os laços entre pai e filha
também acabaram, com ela jurando vingança contra
seu próprio pai.

Desde então, Zé Diaz acabou ficando sem a sua


família pela segunda vez coincidentemente. Sem
esperanças ou alternativas, Zé acabou fugindo de
Taquari e passou a se virar sozinho novamente, só
que agora mudou sua identidade e seu jeito de ser.

Zé Diaz acabou mudando seu nome para simplesmente


“Z” e vive de pequenos serviços para qualquer tipo
de cangaceiro, seja bom ou mau.

Atualmente Z está fazendo negócios com os Águias


Pretas e tem um acordo com o líder da gangue,
Navalha.

Sua próxima missão é roubar um cofre de um trem


de carga. O cofre está trancado a sete chaves,
porém Z possui experiência com esse tipo de
serviço.

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Os Águias Pretas

A gangue mais brutal de todo o cangaço, cometendo


muitos crimes cruéis e sanguinários, amedrontando
todos que passam em seu caminho.

Seu líder, Navalha é um sobrevivente das terras


secas. Possuindo conhecimentos avançados sobre a
caatinga, o cerrado e cangaços. Porém todo vilão
tem sua controvérsia, ele possui um grau de
psicopatia e tem uma cicatriz no rosto de nascença
em sua bochecha esquerda.

Quem passa por eles, quase não vive pra contar


história. Ficaram conhecidos por uma peculiaridade
que fazem com as pessoas que matam. Na maioria de
suas vítimas eles fazem uma marca de um "A" dentro
de um grande círculo na bochecha, representando o
nome da gangue: Os Águias Pretas.

Ninguém sabe como surgiram ou apareceram, apenas


sabem que eles fazem seus ataques em volta das
pequenas cidades, atacando fazendas próximas,
viajantes ou qualquer um que olhe torto para eles.

25
Os Queimados

Faísca

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“Canário”

Ninguém nunca soube sobre seus paradeiros, de


onde veio ou de qual é seu verdadeiro nome. A
única coisa que se sabe sobre ele é que Canário
adorava aves, daí veio seu apelido.

Passou a maioria da sua infância desenhando


caricaturas de aves e ficava andando sobre as
matas do cerrado piauiense.

Uma vez, Canário estava cavalgando em direção a


Três Irmãos e viu um rapaz novo perdido por aí.
Seu nome era Adauto Severino e posteriormente eles
se tornaram Lendas do Cangaço.

A dupla decidiu viver como caçadores de


recompensas, já que não possuíam outra alternativa
e eles gostavam dessa vida arriscada.

Dizem as lendas que os dois capturaram mais de


trinta cangaceiros que amedrontavam o sertão
nordestino. Um dia, a dupla conheceu uma mulher
chamada Eva e ela conquistou o coração dos dois.

Em um bar, os dois brigaram por causa dela e


decidiram resolver na bala. Canário levou a melhor
nessa e se desfez da maior dupla do Cangaço, com

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ele vivendo ao lado de Eva até o casal falecer por
conta de Navalha.

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