Você está na página 1de 14

ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR

DIVISÃO DE ENSINO
NACN – Núcleo de Aprofundamento em Ciências da Natureza
Laboratório de Física

1. MODELO DE RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

Professor: Antônio Ribeiro

Barbacena, 30 de abril de 2022.


1. ESTRUTURA DO RELATÓRIO

O relatório deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm),
digitados na cor preta, utilizando fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, com
espaçamento entre linhas de 1,5, no formato Justificado. As legendas das Figuras e Tabelas
devem ser escritas usando a mesma fonte do texto, tamanho 10, espaçamento simples e
centralizados.
As folhas devem apresentar margens esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de
2 cm. Todas as folhas do relatório devem ser numeradas sequencialmente, levando em
consideração a Capa e o número de páginas do Sumário, contudo, estes não devem ter
numeração. A numeração iniciará na Introdução. O trabalho deverá ser entregue impresso e
apresentar a seguinte estrutura:

1.1- CAPA;
1.2- INTRODUÇÃO;
1.3- OBJETIVOS;
1.4- MATERIAIS E MÉTODOS;
1.5- RESULTADOS E DISCUSSÕES;
1.6- CONCLUSÕES;
1.7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1.1- CAPA

Elemento obrigatório, para proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as


informações indispensáveis à sua identificação. As informações são transcritas na seguinte
ordem:
• nome da instituição e da disciplina;
• nomes de Guerra dos alunos;
• título da aula prática: em letras maiúsculas;
• local e data da aula prática.

A figura 1 é um exemplo da disposição dos elementos que compõem a capa. A data da


aula prática no formato DD/MM/AA, deve estar no rodapé da página.

2
Figura 1. Exemplo dos elementos que compõem a capa do relatório.

1.2- INTRODUÇÃO

Parte inicial do texto, que contém a delimitação do assunto tratado e outros elementos
necessários para apresentar o tema do relatório.

1.3- OBJETIVOS

Descrever os objetivos da aula prática realizada.


3
1.4- MATERIAIS E MÉTODOS

Deverá abordar os materiais utilizados nas aulas práticas, bem como, os equipamentos.
Por exemplo:
• Material utilizado na prática: liga metálica, material compósito;
• Tipo de corpo de prova, geometria, dimensão;
• Equipamento usado para a prática: máquina de ensaio, forno, termopar, cadinho, entre
outros.;
• Parâmetros para execução da prática: temperatura de ensaio, carga utilizada, etc.
Além da abordagem sobre os materiais e equipamentos, o procedimento experimental
utilizado deverá ser descrito na íntegra. A utilização de tabelas e figuras devem seguir as
orientações do item 1.5.

1.5- RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados deverão ser apresentados na forma de tabelas, gráficos e imagens,


quando for o caso, seguida de discussão técnica e crítica sobre os mesmos. Qualquer material
gráfico que não esteja na forma de tabela é designado de figura. Qualquer tabela ou figura
deve ser obrigatoriamente, e previamente, citada no texto, além de ser devidamente numerada
em sequência.

Tabelas

As tabelas devem estar centralizadas no documento. Toda tabela deve ser identificada
com seu número e com uma legenda na sua parte superior, de acordo com o exemplo a seguir:

Tabela 1. Tratamento de dados experimentais - MRU

Abreviações precisam ser definidas por extenso no rodapé da tabela. Caso a tabela
utilizada não seja do autor do relatório, é preciso adicionar a referência na legenda.

Figuras

As figuras devem estar no formato JPEG, coloridas e no tamanho que seja legível

4
todos os detalhes. As figuras devem ser identificadas com seu número e legenda na parte
inferior. Quando for o caso, identificar na figura o nome dos “detalhes”:

Exemplo:

Figura 2. Esquema do trilho de ar utilizado em nosso laboratório (Manual CIDEPE).

Assim como as tabelas, as figuras a serem utilizadas e que não são obra do autor do
relatório precisam ter a citação da fonte de onde foram retiradas.
Todas as afirmações feitas nas discussões devem se basear em fatos da literatura que
por sua vez deve ser corretamente citada, veja item 1.7.

Gráficos

Os gráficos devem ser feitos utilizando o programa Graph.

Figura 3. Evolução da posição do móvel em função do tempo.

5
Assim como em outras figuras e tabelas, dados utilizados que não sejam dos autores
precisam ter a citação da fonte. É oportuno colocar as figuras, tabelas e gráficos no corpo do
texto, ou seja, à medida que vai se desenrolando o texto, coloca-se a figura citada em seguida,
facilitando a construção do trabalho. Comentar os resultados de forma clara, sem rodeios,
sempre embasado em informações técnicas sobre o assunto podendo eventualmente fazer
algum comentário particular, quando for pertinente ao assunto estudado.

1.6- CONCLUSÕES

Expor as conclusões diante dos resultados obtidos e esperados durante o experimento


realizado. Trata-se de uma síntese conclusiva do que foi discutido no item 1.5.

1.7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Elemento obrigatório, que consiste na relação das obras consultadas e citadas no texto,
de maneira que permita a identificação individual de cada uma delas. As referências devem
ser organizadas conforme aparecem no texto e utilizando o sistema numérico de chamada,
entre colchetes, como [1], ou em ordem alfabética.
a) Livros: SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se
houver). Local de publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas ou volume.
(Coleção ou série).
b) Artigo de periódico: SOBRENOME, PRENOME; SOBRENOME, PRENOME abreviado
Título: subtítulo (se houver). Nome do periódico, Local de publicação, volume, número ou
fascículo, paginação, data de publicação do periódico.
c) Documento publicado na internet: AUTOR (ES). Título: subtítulo (se houver). Disponível
em:<endereço da URL>. Data de acesso.

Exemplos de referências:

Usando sistema numérico:


[1] ATHAYDE, Tristão de. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931. 180 p.
[2] KUHN, H. A.; LASCH, H. G. Avaliação clínica e funcional do doente. São Paulo: E.P.U.,
1977. 4 v.
[3] MATSUO, T. et al. Science of the rice plant. Tokyo: Food and Agriculture Policy
Research
Center, 1997. v. 3: Genetics.
[4] BOYD, A. L.; SAMID, D. Molecular biology of transgenic animals. Journal of Animal
Science, Albany, v. 71, n. 3, p. 1-9, 1993.

Usando a ordem alfabética:


ATHAYDE, Tristão de. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931. 180 p.
BOYD, A. L.; SAMID, D. Molecular biology of transgenic animals. Journal of Animal
Science, Albany, v. 71, n. 3, p. 1-9, 1993.
KUHN, H. A.; LASCH, H. G. Avaliação clínica e funcional do doente. São Paulo: E.P.U.,
1977. 4 v.

6
MATSUO, T. et al. Science of the rice plant. Tokyo: Food and Agriculture Policy Research
Center, 1997. v. 3: Genetics.

7
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR
DIVISÃO DE ENSINO
LABORATÓRIO DE FÍSICA

2. ESTUDO DO MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME DE UM


CARRINHO EM UM TRILHO SEM ATRITO

Alunos: Fulano
Cicrano
Beltrano

Professor: Antônio Ribeiro

Barbacena, 30 de abril de 2022.


2.1- INTRODUÇÃO

Movimento Retilíneo Uniforme

Define-se Movimento Retilíneo Uniforme como sendo aquele movimento que tem
velocidade escalar constante. Pode-se dizer ainda que o móvel percorre distâncias iguais em
intervalos de tempos iguais.
Nesse caso, a velocidade escalar instantânea coincide com a velocidade escalar média
S
em qualquer instante. Substituindo ∆S = S − S 0 e ∆t = t − t 0, em v m = obtém-se
t
S- So
vm = v = .
t- t o
ou, assumindo t0 = 0, obtém-se a equação horária do Movimento Retilíneo Uniforme:

S = So + vt.

Esta equação mostra que a posição S(t) de um corpo em Movimento Retilíneo Uniforme em
função do tempo t se comporta como uma função linear.

2.2- Objetivo

 Identificar um movimento retilíneo e uniforme (MRU);


 Coletar dados para que através de ferramentas matemáticas consigamos identificar o MRU;
 Determinar a velocidade média do carrinho;
 Construir o gráfico da variação da posição do móvel em função do tempo;
 Obter o valor da velocidade média do móvel a partir do gráfico ∆𝑥 versus ∆𝑡;
 Identificar as variáveis da expressão 𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑡;
 Fornecer a equação horária de um móvel em MRU, a partir de suas observações
e medições.

2.3- Materiais Utilizados para a Realização do Experimento

 Trilho de ar, unidade geradora de fluxo de ar;


 Sensores fotoelétrico;
 Carro;
 Impulsor eletromagnético;

2
 Bobina e Suporte;
 Multicronômetro.

2.4- Procedimento experimental

O experimento inicial adotado foi ligar a bobina de impulsão acionada por um


interruptor de saída digital ligada a um multicronômetro. Quando acionado o interruptor, o
carrinho é impulsionado ao longo do trilho.
Por sua vez, o trilho era composto de pequenos furos que proporcionam ao carrinho a
suspensão no ar, desse modo, conseguimos eliminar o atrito para com a superfície. Além
disso, ao longo do trilho foram colocados sensores, o primeiro sensor fotoelétrico foi colocado
na posição 400 mm (posição inicial do carrinho), de forma fixa, e os demais sensores tinham
suas posições ajustáveis de acordo com o desenvolvimento do experimento.
Os passos seguintes permitirão a obtenção dos dados experimentais:
a) Nivelar a rampa com a bancada.
b) Colocar a bobina na extremidade direita da rampa, conforme Figura 1.
c) Preparar o carrinho com o bastão de ferrite, a mola para amortecimento para o experimento
(Figura 1).

Sensor Bobina
fotoelétrico
Bastão de
ferrite

Mola de
amortecimento

Figura 1. Esquema do trilho de ar utilizado em nosso laboratório (Manual CIDEPE).

d) Encostar o bastão de ferrite do carrinho na bobina e ajuste a posição do primeiro


sensor fotoelétrico. Esse sensor deve ser colocado próximo à extremidade do
carrinho para que a velocidade inicial do carrinho possa ser considerada
nula.
e) Ligar os cronômetros.
f) Ligar o gerador de fluxo de ar.
g) Com o bastão de ferrite do carrinho em contato com a bobina, segure a chave que liga a
bobina. Para dar início ao movimento, basta soltar a chave.

3
Neste procedimento evite manter a bobina ligada por mais de 30 segundos.

h) Coletar os dados no display do cronômetro e os apresente na Tabela 1.

Tabela 1 – Posição do carrinho como função do tempo


Medida 1 2 3 4 5
S (mm) 300 350 500 600 700
t (s) 0 0,90 3,70 6,00 8,00

2.5- Análise dos dados experimentais

A partir dos dados coletados na Tabela 1 realizou-se os procedimentos a seguir:

2.5.1) Usando o programa Graph, inseriu-se os pontos da tabela 1, conforme ilustrado na


figura 2.

Figura 2. Editando a série de pontos da Tabela 1 no programa Graph.

4
2.5.2) A seguir, foi plotado o gráfico S(t) x t, conforme ilustrado na figura 3.

Figura 3. Evolução da posição do móvel em função do tempo.

A partir da análise deste gráfico, pode-se perceber (com leves discrepâncias


atribuídas à precisão na operação do cronômetro, pequenos atritos), que se obteve uma boa
aproximação do movimento retilíneo uniforme, ou seja, em intervalos de tempo
aproximadamente iguais temos uma velocidade aproximadamente constante.
Ainda, se um gráfico da aceleração no tempo fosse construído para este experimento,
seu valor seria igual a zero — aproximadamente. Esta é a principal característica do MRU,
aceleração nula.
Observa-se que os coeficiente angular e coeficiente linear da função obtidos no gráfico
foram, respectivamente, 4,97.10² e 3,05.10. O coeficiente angular representa a velocidade v
do carrinho (em mm/s) e o coeficiente linear o espaço inicial So (em mm).

5
A figura 4 representa graficamente o módulo da velocidade do carrinho, obtida a partir
do gráfico da figura 3.

Figura 4. Diagrama da velocidade do carrinho em função do tempo, obtido a partir do gráfico S x t.

Observa-se que a velocidade média entre dois intervalos de tempo quaisquer, não são
iguais, conforme mostram os cálculos a seguir.

S S- So
vm =
=
t t- t o
 A velocidade média entre os instantes to = 0 e t1 = 0,90 s foi de:
S- So 350-300 50 2
vm = = = = 5,56.10 mm/s
t- t o 0,90-0 0,90

 Analogamente, a velocidade média entre os instantes t1= 0,90 s e t2 = 3,70 s foi de:

6
S- So 500-350 150 2
vm = = = = 5,36.10 mm/s
t- t o 3,70-0,90 2,80
 Finalmente, pegando a velocidade média entre os instantes t3= 6,00 s e t4 = 8,00 s, tem-se:
S- So 700-600 100 2
 vm = = = = 5,00.10 mm/s .
t- t o 8,00-6,00 2,00

Para cada intervalo de tempo, a velocidade média obtida pelo carrinho foi diferente; o que
na prática significa que o movimento do carrinho não foi uniforme ao longo de todo o seu
trajeto. Os resultados obtidos neste experimento são válidos, pois algumas leves discrepâncias
são facilmente atribuídas ao manuseio do carrinho, resistência do ar, um pequeno atrito com o
trilho.

2.6- Conclusão

Neste experimento, a velocidade o carrinho não apresentou um movimento


uniforme. A causa pode ter sido devido a um erro sistemático, das medições do tempo, na
qual
o experimentador sem muita habilidade não conseguiu realizar as medições diretas
perfeitamente.
No entanto, percebe-se que a oscilação não foi muito grande. Assim, é possível que
esse erro tenha ocorrido no momento de acionamento do interruptor, má nivelação do trilho,
mal posicionamento do primeiro sensor, dentro outros fatores. Mas entendemos que o
carrinho desenvolveu uma velocidade muito próxima de um MRU, como pode-se observar do
gráfico S x t da figura 3.

2.7- Referências Bibliográficas


Juraitis, K. R. Introdução ao Laboratório de física experimental: Método de obtenção,
registro e análise de dados experimentais. Londrina EDUEL, 2009.
Piacentini, J. J., et al. Introdução ao Laboratório de Física. 5. ed. Florianópolis: Editora
da UFSC, 2013.
Timoner, A.; Majorana, F.S. e Leiderman, G.B. - Práticas de Física.V.3 – Editora Edgard
Blucher Ltda, São Paulo,1976.

Você também pode gostar