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hart
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
1. INTRODUÇÃO
Experimentos com um fator de tratamento (𝒐𝒏𝒆-𝒘𝒂𝒚): compara-
mos as médias de tratamentos ou dos níveis de um único fator, con-
siderando que todos os demais fatores que possam interferir nos
resultados obtidos foram mantidos constantes.
Exemplo: Comparar cinco tipos de inseticida num certo tipo de la-
voura, admitindo que os demais fatores (variedades, níveis de adu-
bação, tratos culturais, densidade de plantio 𝑒𝑡𝑐.) se mantêm 𝑐𝑜𝑛𝑠-
𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠, isto é, são os mesmos para todos os inseticidas estudados.
𝑉2 𝐻2 𝑉1 𝐻1 𝑉1 𝐻3 𝑉2 𝐻1 𝑉1 𝐻3 𝑉1 𝐻1
𝑉1 𝐻2 𝑉2 𝐻3 𝑉1 𝐻2 𝑉1 𝐻1 𝑉2 𝐻2 𝑉2 𝐻3
𝑉2 𝐻2 𝑉1 𝐻3 𝑉2 𝐻3 𝑉2 𝐻1 𝑉1 𝐻2 𝑉2 𝐻1
Principais desvantagens:
• O número de tratamentos aumenta rapidamente com o aumento
do número de níveis e de fatores. Isso pode dificultar o seu uso,
tornando impraticável distribuir os tratamentos em um DIC, DCB
ou em outro delineamento mais complexo.
• A análise estatística é mais trabalhosa e a interpretação dos resul-
tados se torna mais difícil à medida que aumentamos o número de
níveis e de fatores no experimento.
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2. DEFINIÇÕES INICIAIS E VOCABULÁRIO (1)
𝑪𝟎 𝑪𝟏 Total
𝑨𝟎 14 23 37
𝑨𝟏 32 53 85
Total 46 76 112
𝑪𝟎 𝑪𝟏
𝑨𝟎 14 23
𝑨𝟏 32 53
𝑪𝟎 𝑪𝟏 Total
𝑨𝟎 14 23 37
𝑨𝟏 32 53 85
Total 46 76 112
(𝑎) (𝑏)
(𝑐) (𝑑)
Cada total 𝑦𝑖𝑗• foi calculado 𝑛 valores; o total de cada linha (𝑦𝑖•• ) foi
calculado com 𝑏𝑛 valores e o total de cada coluna (𝑦•𝑗• ) com 𝑎𝑛
valores.
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Se quisermos usar as fórmulas de cálculo das SQ´s usando as médi-
as devemos montar uma tabela com os seus valores:
Fator B
Fator A 1 2 … 𝑏 Média
1 𝑦̅11• 𝑦̅12• … 𝑦̅1𝑏• 𝑦̅1••
2 𝑦̅21• 𝑦̅22• … 𝑦̅2𝑏• 𝑦̅2••
⁞ ⁞ ⁞ ⁞ ⁞
𝑎 𝑦̅𝑎1• 𝑦̅𝑎2• … 𝑦̅𝑎𝑏• 𝑦̅𝑎••
Média 𝑦̅•1• 𝑦̅•2• … 𝑦̅•𝑏• 𝑦̅•••
Cada uma das 𝑎𝑏 médias dos tratamentos, 𝑦̅𝑖𝑗• , foi calculada a partir
de 𝑛 valores; cada uma das médias do fator 𝐴, 𝑦̅𝑖•• , foi calculada a
partir de 𝑏𝑛 valores e as médias do fator 𝐵, 𝑦̅•𝑗• , com 𝑎𝑛 valores.
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Roteiro para os cálculos das somas de quadrados:
Efeito principal de 𝑩
𝐻03 : 𝜇•1 = 𝜇•2 = ⋯ = 𝜇•𝑏
𝐻𝑎3 : pelo menos duas médias diferem entre si.
Utilizando a estatística 𝐹 = 𝑄𝑀(𝐵)/𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑜, que tem distribui-
ção 𝐹 com (𝑏 − 1) e 𝑎𝑏(𝑛– 1) graus de liberdade.
Como F𝑐𝑎𝑙𝑐 = 24,85 é superior a F𝑡𝑎𝑏 (2; 18; 5%) = 3,55 rejeitamos
𝐻01 e concluímos que existe uma interação significativa entre os ti-
pos de recipiente e as espécies de eucalipto na altura das mudas aos
80 dias de idade (ver Figura 2).
Como a interação foi significativa concluímos que:
“As mudas das duas espécies de eucalipto se comportam de manei-
ras diferentes quando plantadas em recipientes diferentes”, ou que
“Os recipientes respondem de maneiras diferentes quando recebem
mudas de espécies diferentes”.
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Avaliando a Figura 3 percebem-se comportamentos distintos das al-
turas médias dos recipientes, dependentes da espécie de eucalipto
plantada.
1 (203,9)2
𝑆𝑄(𝐸𝑑. 𝑅1) = (102,62 + 101,32 ) – = 0,2113
4 8
1 2 2 (181,8)2
𝑆𝑄(𝐸𝑑. 𝑅2 ) = (103,5 + 78,3 ) – = 79,3800
4 8
1 (165,5)2
𝑆𝑄(𝐸𝑑. 𝑅3 ) = (80,22 + 85,32 ) – = 3,2513
4 8
Note que:
𝑆𝑄 (𝐸𝑑. 𝑅1 ) + 𝑆𝑄(𝐸𝑑. 𝑅2 ) + 𝑆𝑄(𝐸𝑑. 𝑅3 ) = 𝑆𝑄(𝐸) + 𝑆𝑄(𝐸 × 𝑅)
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Utilizando o quadro auxiliar de médias:
𝑅1 𝑅2 𝑅3 Média
𝐸1 25,6500(4) 25,8750(4) 20,0500(4) 23,8583(12)
𝐸2 25,3250(4) 19,5750(4) 21,3250(4) 22,0750(12)
Média 25,4875(8) 22,7250(8) 20,6875(8) 22,9667(24)
𝑅1 𝑅2 𝑅3 Espécie
𝐸1 25,6500(4) 25,8750(4) 20,0500(4) 23,8583(12)
𝐸2 25,3250(4) 19,5750(4) 21,3250(4) 22,0750(12)
Recipiente 25,4875(8) 22,7250(8) 20,6875(8) 22,9667(24)
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Para calcular, por exemplo, 𝑆𝑄(𝑅𝑑. 𝐸1 ), entramos no modo STAT,
com as médias 25,6500, 25,8750 e 20,0500 e com as frequências de
cada média, 4. Calculamos a variância amostral e multiplicamos o
resultado por 12-1 = 11.
Repetimos o processo para calcular 𝑆𝑄(𝑅𝑑. 𝐸2 ) obtendo:
𝑆𝑄(𝑅𝑑. 𝐸1 ) = 87,1217 𝑆𝑄(𝑅𝑑. 𝐸2) = 69,5000
Comparando os dois 𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐 ’s com o 𝐹𝑡𝑎𝑏 (2; 18) = 3,55, conclui-se que
as médias de alturas de mudas plantadas nos três recipientes não
são iguais entre si, tanto para 𝐸𝑢𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑡𝑢𝑠 𝑐𝑖𝑡𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜𝑟𝑎 (𝐸1) quanto
para 𝐸𝑢𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑡𝑢𝑠 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑖𝑠 (𝐸2).
Croqui do ensaio
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