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FACC - FACULDADE

CONCÓRDIA

Experimentação Agrícola
Princípios Básicos da Experimentação

Prof: Dr. Fernando Zuchello


Experimentação Agrícola

Experimentação
A experimentação tem por objetivo o estudo dos experimentos, ou seja, fazer
comparação dos efeitos dos tratamentos, isto é, seu planejamento, execução,
análise dos dados obtidos e interpretação dos resultados.

Método Experimental

É o método utilizado quando se pretende estabelecer relações de causa e


efeito entre duas variáveis.
Experimentação Agrícola

Tratamento ou fator
É o método, elemento ou material cujo efeito desejamos medir ou comparar
em um experimento.

Exemplos:

a) variedades de milho;
b) níveis de proteína na ração;
c) diferentes temperaturas de pasteurização do leite;
d) diferentes espaçamentos de plantio.
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Unidade Experimental ou Parcela


É a unidade que recebe o tratamento e fornece os dados que deverão refletir
seu efeito.

Exemplos:

a) Um litro de leite;

b) uma fileira de plantas com 3 m de comprimento no campo;

c) Uma vaca ou grupo de vacas;


Experimentação Agrícola

Planejamento Experimental
Também denominado delineamento experimental, representa um conjunto
de ensaios estabelecido com critérios científicos e estatísticos, com o
objetivo de determinar a influência de diversas variáveis nos resultados de um
dado sistema ou processo.
Experimentação Agrícola

Delineamento Experimental
É a maneira como os tratamentos são designados às unidades experimentais.

Exemplos:

• Delineamento Inteiramente Casualizado;

• Delineamento em Blocos Casualizados;


Experimentação Agrícola

Objetivos
a. determinar quais variáveis são mais influentes nos resultados;

b. atribuir valores às variáveis influentes de modo a otimizar os resultados;

c. atribuir valores às variáveis influentes de modo a minimizar a variabilidade


dos resultados e,

d. atribuir valores às variáveis influentes de modo a minimizar a influência de


variáveis incontroláveis;
Experimentação Agrícola

Benefícios
• redução do número de ensaios sem prejuízo da qualidade da
informação;
• estudo simultâneo de diversas variáveis, separando seus efeitos;
• determinação da confiabilidade dos resultados;
• realização da pesquisa em etapas, num processo iterativo de
acréscimo de novos ensaios;
• seleção das variáveis que influem num processo com número
reduzido de ensaios;
• representação do processo estudado através de expressões
matemáticas;
• elaboração de conclusões a partir de resultados qualitativos.
Experimentação Agrícola
Experimentação Agrícola
Experimentação Agrícola

Terminologia
• Variável de Resposta – É a variável mensurada usada para avaliar o efeito
de tratamentos.
• Fatores – Variável que afeta as variáveis de resposta e que podem assumir
diversas alternativas.
• Níveis – Os valores que um determinado fator pode assumir.
• Fatores Primários – Fatores que causam um grande impacto em uma
variável de resposta e que devem ser considerados.
• Fatores Secundários – Fatores cujo impacto na variável de resposta não é
significante ou não se tem interesse em quantificar.
• Erro experimental: – É o efeito de fatores que atuam de forma aleatória e
que não são passíveis de controle pelo experimentador.
• Interação – Dois fatores interagem se o efeito de um depende do nível do
outro.
Experimentação Agrícola

Princípios Básicos da Experimentação


São três os princípios básicos da experimentação: repetição, casualização e
controle local.

Princípio da Repetição:

A repetição consiste em aplicar o mesmo tratamento a várias unidades


experimentais, ou seja, consiste na reprodução do experimento básico. Não
existe uma regra dizendo qual deve ser o número mínimo de repetições.

Como regra prática, sugere-se que os experimentos tenham pelo menos 10


graus de liberdade para o resíduo.
Experimentação Agrícola

Princípios Básicos da Experimentação


Princípio da casualização
Consiste em distribuir ao acaso os tratamentos às unidades experimentais.
Este princípio tem por finalidade propiciar, a todos os tratamentos, a mesma
chance de serem designados a qualquer uma das unidades experimentais.
Assim com o uso do princípio da casualização, as variações que contribuem
para o erro experimental são convertidas em variáveis aleatórias.

A C B E D
B A E D C
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Princípios Básicos da Experimentação


Princípio da casualização
Do ponto de vista estatístico, com o uso do princípio da casualização em um
experimento:
a. obtém-se uma estimativa válida do erro experimental;
b. fica garantido o uso de testes de significância, pois os erros
experimentais atuam de forma independente nas diversas unidades
experimentais.
Todo experimento deve conter no mínimo os princípios básicos da repetição
e da casualização.

T1 T6 T5
T3 T4 T2
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Princípios Básicos da Experimentação


O uso do princípio do controle na casualização só é recomendado quando as
unidades experimentais não são ou não estão sob condições homogêneas
devido a influência de um ou mais fatores.

Para utilizar este princípio, é necessário inicialmente dividir as unidades


experimentais em blocos de unidades de tal forma que dentro de cada bloco
haja homogeneidade e um número de unidades igual ao número de
tratamentos do experimento.

A finalidade, do uso do princípio do controle na casualização, é reduzir o


efeito do erro experimental através do controle da variação existente entre as
unidades experimentais.
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Fontes de variação de um experimento


Premeditada

É aquela introduzida pelo pesquisador com a finalidade de fazer


comparações. Tratamentos.

Sistemática

Variações não intencionais, mas de natureza conhecida. Variação inerente ao


material experimental. Podem ser controladas pelo pesquisador.
Heterogeneidade do solo, tamanho de semente.

Aleatória

São variações de origem desconhecida, não podendo ser controladas.


Constituem o erro experimental. São devidas a duas fontes: variações no
material experimental e falta de uniformidade nas condições experimentais.
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Estudo Simples-cego
Método de estudo sobre uma droga ou procedimento no qual os
grupos estudados desconhecem quem está recebendo o fator
em questão, mas o investigador, sim.
Experimentação Agrícola

Estudo Duplo-cego
É um método de ensaio clínico realizado em seres humanos onde
nem o examinado (objeto de estudo) nem o examinador sabem
o que está sendo utilizado como variável em um dado momento.
É comumente usado como critério de validação de práticas
experimentais quantitativas em ciência.

Examinado Examinador
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Estudo Triplo-cego
Neste caso, além do pesquisador e do sujeito de pesquisa, quem
analisa os resultados desconhece o tratamento.
Neste tipo de estudo, o recebimento de uma forma farmacêutica
já é suficiente para garantir o mascaramento do estudo.
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Métodos para Aumentar a Eficiência dos Experimentos


A precisão se refere à ordem de grandeza da diferença entre dois
tratamentos, passível de ser detectada em um experimento.

Escolha do material experimental


Para certos tipos de trabalhos é desejável um material uniforme,
cuidadosamente selecionado.
Experimentação Agrícola

Métodos para Aumentar a Eficiência dos Experimentos


Escolha da unidade experimental
Em experimentação de campo, as parcelas retangulares são mais
eficientes na superação da heterogeneidade do solo quando seu eixo
maior está na direção da maior variação do solo.
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Métodos para Aumentar a Eficiência dos Experimentos


Escolha dos tratamentos
Cuidadosa seleção dos tratamentos é importante não apenas na
obtenção dos objetivos do experimentador, mas também para
aumentar a precisão do experimento.
O uso de experimentos fatoriais, nos quais dois ou mais fatores são
testados simultaneamente, pode proporcionar considerável aumento
na precisão.
Experimentação Agrícola

Métodos para Aumentar a Eficiência dos Experimentos


Experimentação Agrícola

Métodos para Aumentar a Eficiência dos Experimentos


Técnicas mais refinadas
Uma técnica adequada tem por objetivos:
a) aplicação uniforme dos tratamentos;
b) proporcionar medidas adequadas e não viciadas dos efeitos dos
tratamentos;
c) prevenir erros grosseiros; e
d) controlar influências externas de forma que todos os tratamentos
sejam afetados igualmente.
A técnica comumente utilizada é a de análise de covariância.
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Método Científico

Problema Hipótese

Aceita H0
Testar
Hipótese
Rejeita H0

Novo
Conhecimento

Novo
Problema
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Teste mais comuns


Número e Tipos de grupos Paramétrico Não Paramétrico
Teste t
Independentes Teste de
para amostras
(não pareados) Mann-Whitney
independentes
2 grupos
Teste t
Dependentes Teste de
para amostras
(pareados) Wilcoxon
dependentes
Independentes Teste de
ANOVA
(não pareados) Kruskal-Wallis
3 ou mais grupos Dependentes
ANOVA Teste de
(pareados)
médias repetidas Friedman

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